arrington lavar biografia

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arrington lavar biografia
Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo •
Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus
Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão •
ustificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírit
Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batism
por imersão • Ceia do Senhor • Lava pés • Sã doutrina • Abstinência •
4º TRIMESTRE • 2010 •
• NºLei
293 dos dez mandamentos e sua vigência • Verdadeiro dia
Temperança
de descanso • Distinção das leis • Manutenção da obra: dízimos e ofertas
• Submissão às autoridades e liberdade de consciência • Casamento, lar e
amília • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreiçã
de Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio
• Juízo final • Origem e extinção do mal • Nova terra – o lar dos remidos
• Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo
• Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus
Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão •
ustificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírit
Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batism
por imersão • Ceia do Senhor • Lava pés • Sã doutrina • Abstinência •
Temperança • Lei dos dez mandamentos e sua vigência • Verdadeiro dia
de descanso • Distinção das leis • Manutenção da obra: dízimos e ofertas
• Submissão às autoridades e liberdade de consciência • Casamento, lar e
amília • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreiçã
e Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio
Juízo final • Origem e extinção do mal • Nova terra – o lar dos remidos •
Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo •
Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus
Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão •
ustificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírit
Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batism
Nossas
crenças
ponto • Abstinência •
por imersão • Ceia
do Senhor
• Lavaponto
pés • Sãa doutrina
Temperança • Lei dos dez mandamentos e sua vigência • Verdadeiro dia
de descanso • Distinção das leis • Manutenção da obra: dízimos e ofertas
• Submissão às autoridades e liberdade de consciência • Casamento, lar e
amília • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreiçã
de Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio
• Juízo final • Origem e extinção do mal • Nova terra – o lar dos remidos
• Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo
• Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus
Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão •
ustificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírit
Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batism
por imersão • Ceia do Senhor • Lava pés • Sã doutrina • Abstinência •
Temperança • Lei dos dez mandamentos e sua vigência • Verdadeiro dia
de descanso • Distinção das leis • Manutenção da obra: dízimos e ofertas
• Submissão às autoridades e liberdade de consciência • Casamento, lar e
amília • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreiçã
e Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio
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o Pai
N
No Filho
No Espírito Santo
2 out 2010
Visão divina: “A visão que precisamos ter é a de Deus, o Deus de toda
a revelação bíblica; o Deus da Criação, que fez todas as coisas agradáveis
e boas e que fez o homem e a mulher à sua imagem para subjugar o
mundo; o Deus da aliança da graça, que, apesar da rebelião humana, está
chamando as pessoas para si mesmo; o Deus de compaixão e justiça,
que odeia a opressão e ama o oprimido; o Deus da encarnação, que se
fez fraco, pequeno, limitado e vulnerável e que participou de nossa dor
e alienação; o Deus da ressurreição, ascensão e Pentecoste, (...) do poder
e autoridade universais (...); o Deus da História, que trabalha de acordo
com um plano em direção à conclusão.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São
Paulo: Vida, 2006, pp. 20-1)
Deus é luz: “De todas as afirmações sobre a essência de Deus, nenhuma é mais abrangente que esta: Deus é luz. Revelar-se faz parte da natureza divina, como brilhar é propriedade da luz; e a revelação é de pureza
perfeita e majestade inexprimível. Temos de conceber Deus como um
ser pessoal, infinito em toda sua perfeição e transcendência – ‘... o Alto
e sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo...’ (Is 57.15) – que,
no entanto, deseja ser conhecido e, portanto, revelou-se. (...) ele se revela
aos ‘pequeninos’, isto é, às pessoas suficientemente humildes para acolher a revelação que ele fez de si mesmo (Mt 11.25,26).”(Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad.
Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, pp. 24-5)
Fé centrada em Cristo: “É verdade que a fé cristã é uma fé trinitária. Cremos em Deus como Criador, sustentador e Pai. Cremos, também,
no Espírito Santo como Espírito da verdade que falou por intermédio dos
profetas e que santifica o povo de Deus. Entretanto, acima de tudo, nosso
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
testemunho é direcionado a Jesus Cristo, Filho do Pai e doador do Espírito,
que foi concebido, nasceu, padeceu e foi crucificado, morto e sepultado,
desceu ao mundo dos mortos, ressuscitou, ascendeu aos céus, reina e voltará para julgar.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 24)
A auto-revelação de Deus: “É impossível distinguir entre Jesus e o
Cristo, o histórico e o eterno. Eles são a mesma pessoa: Deus e homem.
Essa ênfase na revelação histórica do invisível e do intangível é ainda, atualmente, necessária; até pelo cientista treinado no evangelho no método
empírico, o radical que acha que muito do que existe no evangelho é
‘mito’ – você não pode demitologizar a encarnação sem, por meio disso,
contradizê-la – e pelo místico que se preocupa apenas com sua experiência religiosa subjetiva e negligencia a auto-revelação objetiva de Deus
em Cristo.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da
obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, pp. 42-3)
Um ser divino: “As Escrituras dão testemunho inequívoco da divindade do Espírito Santo. Ele é um membro da divindade, o objeto sempre
bendito de nossa adoração, nosso amor e nosso louvor, que compartilha
da mesma natureza divina que o Pai e o Filho (Mt 28:18s; 2 Co 13:14; Ef
4:4-6). (...) Ele é freqüentemente mencionado como Deus em seu ato
criativo e redentor (Jó 33:4; Sl 51:10s; Ez 37:14; 2 Co 3:3). Jesus fala do pecado contra o Espírito Santo como sendo maior do que aquele praticado
contra o Filho do Homem (Mt 12:28-32). Sendo que o Filho do Homem,
Jesus, é divino, esta é uma prova adicional da divindade do Espírito.”
(Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São
Paulo: ABU, 2005, p. 183)
O Espírito habita em nós: “Romanos 8.9 é de grande importância para
a doutrina do Espírito Santo por, pelo menos, duas razões: Primeiro, o texto
ensina que a marca do cristão autêntico é estar cheio do Espírito, ou ser
habitação do Espírito Santo. O pecado que habita em nós (Rm 7.17,20) é o
legado de todos os filhos de Adão; o privilégio dos filhos de Deus é ter o
Espírito habitando neles para lutar contra o pecado que neles habita e ser
capaz de subjugá-lo.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 101)
Comentários adicionais
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Na Bíblia Sagrada
Na criação do mundo
Na criação do ser humano
9 out 2010
Por que devemos acreditar na Bíblia?: “A palavra [revelação] significa ‘tirar o véu’ e expressa o fato de que a natureza, o caráter e os propósitos de Deus estão escondidos de nós, a não ser que, e até que, ele
mesmo afaste o véu e se mostre a nós. (...) Jesus Cristo é a palavra viva
de Deus, enquanto que as Escrituras são sua palavra escrita, que aponta
para Cristo. Ambos são ‘palavra’ falada por Deus a nós. Da mesma forma
como os seres humanos só podem conhecer a mente uns dos outros
se falarem um com o outro, assim também nós só podemos conhecer
a mente de Deus porque ele falou conosco (Hebreus 1.1-2)”. (Stott, J.
Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel.
Curitiba: Encontro, 2004, pp. 171-2)
Jesus e as Escrituras: “A primeira e a mais importante razão por que
os cristãos acreditam na inspiração divina e na autoridade das Escrituras
não é o que as igrejas ensinam, ou os autores afirmam, ou ainda os leitores sentem, mas aquilo que Jesus mesmo disse. Visto que ele endossou a
autoridade das Escrituras, temos a tendência de concluir que sua autoridade e a autoridade das Escrituras ou se sustentam juntas ou caem juntas... Toda a evidência disponível confirma que Jesus Cristo consentiu em
sua mente e submeteu-se em sua vida à autoridade do AT. Seria inconcebível que seus seguidores tivessem das Escrituras uma visão inferior à
que ele tinha.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 128)
Deus sustenta o universo: “Deus não deixa o universo existir do
nada por si mesmo, visto esse de fato não poder, mas continuamente
ele sustenta sua existência e ativamente governa sua operação. Não é
uma opinião bíblica a que diz que Deus criou o universo com certas leis
que governam sua operação. A posição bíblica é a de que Deus está
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
sustentando o universo continuamente, e controlando o mais diminuto
acontecimento dentro dele. Em outras palavras, esse universo, em sua
integridade, está sendo governado por uma mente pessoal em vez de
por leis e poderes impessoais.” (Cheung, V. Introdução à teologia sistemática. Trad. Felipe Sabino de Araújo Neto e Vanderson Moura da Silva. São
Paulo: Arte Editorial, 2008, pp. 146-7)
Poder criativo e sustentador: “Paulo escreve que Deus Pai, por meio
da intervenção de Deus Filho, havia criado não somente todas as coisas
‘visíveis e invisíveis’, mas que ‘é antes de todas as coisas, e nele tudo
subsiste’ (Cl 1.17). Cristo é anterior a toda a criação, e mesmo agora ele
está sustentando sem interrupção o universo inteiro. Deus havia criado
o universo por sua palavra, e precisamente agora ele está ‘sustentando
todas as coisas por sua palavra poderosa’ (Hb 1.3b). Paulo observa em
Atos 17.28: ‘Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’.” (Cheung, V.
Introdução à teologia sistemática. Trad. Felipe Sabino de Araújo Neto e
Vanderson Moura da Silva. São Paulo: Arte Editorial, 2008, p. 147)
Uma perspectiva cristã: “O ensino cristão sobre a dignidade, a nobreza
e o valor dos seres humanos é de extrema importância hoje em dia; em
parte, por causa da própria auto-imagem dos seres humanos e, em parte,
para o benefício da sociedade. Quando os seres humanos são desvalorizados, tudo na sociedade se torna amargo. Mulheres e crianças são desprezadas; os doentes, considerados um aborrecimento, e os idosos, um fardo;
as minorias étnicas, discriminadas; o capitalismo mostra a sua face mais
horrível (...); a vida humana parece não ter valor, pois praticamente já não é
mais humana.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados
da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 187)
Homens e mulheres: “Visto que os homens e as mulheres são iguais
(por sua criação e em Cristo), não pode existir a questão da inferioridade
de um ou de outro. Além disso, essa dupla verdade lança luz no relacionamento e nos papéis do homem e da mulher. Homens e mulheres, como
foram criados por Deus com dignidade igual, devem respeitar, amar e servir um ao outro, e não desprezar um ao outro. Mas eles foram criados para
a complementação um do outro; homens e mulheres precisam reconhecer
suas diferenças, sem tentar eliminá-las nem usurpar as características um
do outro.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da
obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 193)
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Na queda e na restauração do ser humano
Em Jesus Cristo: Salvador e Mediador da humanidade
Na regeneração
16 out 2010
Pecaminosidade humana: “Muito do que se assume como líquido e
certo na sociedade ‘civilizada’ fundamenta-se na suposição do pecado
humano. Praticamente todas as legislações apareceram porque não é
possível confiar que os seres humanos sejam capazes de resolver suas
contendas com justiça e sem egoísmo. Uma promessa não é suficiente;
precisamos de um contrato. Portas não são suficientes; temos de trancálas e nelas colocar ferrolhos também. (...) Tudo isso acontece em razão
do pecado do homem. Não podemos confiar uns nos outros. Essa é uma
terrível declaração sobre a natureza humana.” (Stott, John. Cristianismo
autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 196)
O trabalho da consciência: “A consciência do ser humano decaído,
com freqüência, está equivocada (necessita ser educada pela Palavra de
Deus) e adormecida (precisa ser despertada pelo Espírito de Deus). É verdade também que algumas pessoas negam que tenham qualquer senso
de pecado, insistindo, ao mesmo tempo, que tudo agora é relativo, pois
não há mais absolutos morais. Não acredite nelas. Pois Deus, por meio da
Criação, ainda concede a todos os seres humanos um senso moral, que
a natureza decaída que herdamos distorceu, mas não destruiu.” (Stott,
John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John
Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 196)
A morte de Jesus: “Ele morreu para nos dar um exemplo de como
suportar o sofrimento injusto sem retaliação (exemplo, 1 Pedro 2.21-23).
Morreu para revelar o inesgotável e inextinguível amor de Deus (Romanos 5.8; 1 João 4.10). Morreu como uma representação viva de cada um
de nós, para que, assim como ele morreu e ressuscitou, nós também
morramos para o pecado e vivamos para a justiça (1 Pedro 2.24). (...) Mas
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
acima de tudo, ele morreu como Salvador. Foi ‘por amor de nós homens
e para nossa salvação’ que ele ‘desceu dos céus’ (Credo Niceno) e entregou sua vida.” (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e
Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, pp. 111-2)
Apenas por intermédio de Jesus: “... a completa e final auto-revelação de Deus, a sua revelação como Pai que nos salva e adota em sua
família, foi dada somente por meio de Jesus. Portanto, Jesus disse: ‘Quem
me vê, vê aquele que me enviou’. Essa é a razão pela qual todo questionamento sobre a veracidade do cristianismo deve começar com o Jesus
histórico, que afirmou, sem fanfarra nem trombetas, e de forma calma e
discreta, ser ele o único que conhecia o Pai e o único que poderia tornálo conhecido.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados
da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 59)
Regeneração: “A regeneração significa literalmente ‘nascer de novo’
ou ‘renascer’. A regeneração marca o momento e o meio de entrarmos
em união com Cristo. Trata-se de uma mudança instantânea da morte espiritual para a vida espiritual, uma ressurreição espiritual (Ef 2:1,5),
o acontecimento único no início da vida cristã, paralelo ao nascimento
físico. Os regenerados preocupam-se principalmente com ‘as coisas de
Deus’, sua Palavra, seu povo, seu serviço, sua glória, e, acima de tudo,
com o próprio Deus. Eles encontram novos poderes para resistir ao pecado, para obedecer e servir a Deus.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da
Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 192)
O nascimento “do alto”: “Regeneração é o novo nascimento, e seria
absurdo imaginar que qualquer pessoa pudesse dar à luz a si mesma,
quer física quer espiritualmente. O novo nascimento é um nascimento
‘do alto’, um nascimento ‘do Espírito’, um nascimento ‘de Deus’. É Deus
quem nos ‘gera’, ao colocar seu Espírito em nós, ao implantar vida em
nossa alma e ao fazer que participemos de sua natureza divina. Tudo isso
é trabalho apenas de Deus, que faz de nós uma ‘nova criação’ em Cristo.”
(Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de
John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, pp. 272-3)
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Na Conversão
Na Justificação
Na Adoção
23 out 2010
Arrependimento e fé: “O chamado de Deus para o arrependimento é
um lembrete do caráter fundamentalmente moral do evangelho. O evangelho preocupa-se essencialmente com o pecado humano e o remédio
de Deus. O arrependimento é um dos elementos em toda resposta sincera ao evangelho. De modo inverso, a ausência de qualquer mudança
de atitude em relação ao pecado é uma evidência de que a pessoa não
foi verdadeiramente regenerada (1 Jo 3:9). (...) A fé é fundamental a toda
experiência cristã autêntica. (...) A fé pode ser provisoriamente descrita como ‘confiança na verdade de Jesus Cristo crucificado e ressurreto.”
(Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São
Paulo: ABU, 2005, p. 194)
Uma virada dupla: “Arrependimento e fé são, na verdade, os elementos essenciais da conversão, quando vistos do ponto de vista da experiência do homem. Pois o que é a conversão, senão uma ‘volta’? E o que é ser
convertido, senão ‘voltar’? (...) A conversão, portanto, envolve uma dupla
volta; de um lado, uma volta dos ídolos e do pecado e, de outro, uma
volta para o Deus vivo e Salvador ou Pastor de nossa alma. O ‘voltar-se’,
conforme o NT, chama-se arrependimento; e o ‘voltar-se para’, conforme
o NT, chama-se ‘fé’. Assim, arrependimento mais fé é igual a conversão, e
nenhum homem pode ousar dizer que se converteu se não se arrepender
e crer.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra
de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 264)
Justificação: “A justificação é aquela obra da graça de Deus pela qual
o pecador, mediante sua união pela fé com Cristo, é tido como justo
diante de Deus, com base na obediência e na morte de Cristo (...). É vital
reconhecer que a justificação refere-se à condição de justiça que Deus
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
concede ao crente e não principalmente à justiça intrínseca, real. Este
é o fato que forma a base da paz, da segurança e da alegria do cristão.
Sendo pecadores, não somos aceitos em vista de nossos débeis esforços
para obedecer adequadamente a Deus, mas por ele nos garantir a perfeita justiça de Cristo.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed.
Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 194)
A fé e as obras: “Paulo estava lutando com a confiança dos judeus
no mérito das boas obras como base da salvação, em oposição à qual
ele proclamou a salvação pela graça, unicamente através da fé. Tiago
enfrentou um problema diferente, uma ortodoxia morta que, apesar de
crer, não via implicações morais em sua fé. Paulo desejava estimular seus
leitores, lembrando-os de que a fé que não transforma a vida diária do
homem é falsa e morta. Assim, tanto para Tiago como para Paulo, a fé
e as obras são ambas essenciais para uma resposta autêntica a Deus. As
boas obras têm seu lugar, não como a base da justificação, mas como
resultado inevitável dela.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3
ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 195)
Adoção: “A adoção refere-se àquela obra da graça de Deus pela qual
ele nos recebe como seus filhos através de Cristo e em união com ele. (...)
Quando nos lembramos do que éramos em nossos pecados, o conceito de
adoção comunica com muito poder a magnitude da misericórdia de Deus
para conosco. Que todos os nossos pecados fossem perdoados já é em si
admirável; mas que os rebeldes perdoados viessem a se tornar filhos e filhas legítimos de Deus, estabelecidos na intimidade de seu círculo familiar,
é certamente um milagre além de qualquer outro.” (Milne, B. Estudando as
doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 198)
A provisão de Deus: “A natureza da salvação é paz e reconciliação –
paz com Deus, paz com os homens e paz interior. (...) Graça e misericórdia
são expressões do amor de Deus; graça para com o culpado e não merecedor, misericórdia para com o necessitado e o desesperançado. Paz
é aquela restauração da harmonia com Deus, com os outros e consigo
mesmo, à qual chamamos de ‘salvação’. Juntando tudo isso, paz indica
o caráter misericordioso da salvação, nossa necessidade desta; e graça,
a provisão gratuita dessa graça de Deus em Cristo.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena
Aranha São Paulo: Vida, 2006, pp. 243-4)
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5
Na santificação
Na preservação
No Batismo no Espírito Santo
30 out 2010
O significado da santificação: “O conceito básico de santificar é separar
ou consagrar. Este sentido é na verdade semelhante a justificar, pois se refere a uma realidade definitiva: nossa separação, feita por Deus, para sermos
exclusivamente dele (At 26:18; 1 Pe 1:2). Mas a palavra tem um segundo
significado na Escritura (...): alcançar a santidade intrínseca de caráter (Lv
11:44s) (...). O fato de que as Escrituras utilizam dois termos para descrever
o crescimento do povo de Deus em santidade, e o emprego para esse fim,
de uma palavra ligada à posição definitiva que recebemos através de nossa
união pela fé com Cristo, enfatizam a possibilidade de separar a crise de
renovação e a transformação moral que se segue.” (Milne, B. Estudando as
doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 199)
Caráter e conduta: “Se o testemunho interior do Espírito se dá em
nossos corações, já o seu testemunho exterior se manifesta no nosso
caráter e conduta. Quando Paulo enumerou nove das principais características de quem é semelhante a Cristo (‘amor, alegria, paz, paciência,
amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio’), ele as
chamou de ‘frutos do Espírito’ (...) (Gálatas 5.22-23). Assim ele compara o
Espírito a um jardineiro e nós a um jardim. (...) se os bons frutos da santidade cristã aparecem, poderemos saber que é Ele que os está fazendo
crescer. ‘Vocês os conhecerão por seus frutos’, disse Jesus (Mateus 7.16).”
(Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, pp. 58-9)
Descuido moral: “A Escritura declara que todos os que são atraídos
para Cristo e passam a ter fé nele, acham-se eternamente livres do pecado e de sua condenação, mas esta verdade jamais se apresenta como
uma base para o descuido moral. As pessoas que nascem de novo do Espírito Santo darão evidência disso buscando ter uma vida santa, embora
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
para atingir esse alvo o caminho seja penoso e lento, como a biografia
bíblica deixa muito claro. A pessoa que volta de todo o coração a uma
vida de pecado, (...) não manifeste remorso e continue nesta apostasia
até o fim de seus dias, jamais nasceu verdadeiramente de Deus, apesar
da aparência inicial.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed.
Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 208)
Desvio: “O cristão certamente não vive sem pecado. De fato, a própria ansiedade que leva alguém a vasculhar sua vida a fim de encontrar
sinais de renovação moral, é por si mesma uma evidência da regeneração. Além disso, os ‘desvios’ são fatos reais, embora lamentáveis, da vida
cristã. Às vezes, cristãos verdadeiros se desviam bastante. Todavia, eles
jamais perdem totalmente sua percepção espiritual e, mesmo desviados,
retêm algum desejo de voltar ao Senhor. O apóstata, que mostra nunca ter sido um discípulo verdadeiro, perde toda preocupação moral e
espiritual e rejeita até mesmo a idéia de que a morte de Cristo remove
pecados (Hb 10:26-29)” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed.
Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 208)
A experiência é para todos: “A profecia de Joel, repetida por Pedro
no dia de Pentecostes, ressalta que esse derramamento do Espírito é
para todos os crentes. Isso é chamado às vezes de democratização do
Espírito, em distinção ao Antigo Testamento, no qual o Espírito era para
um grupo seleto. O Senhor agora deseja conceder o Espírito para todo
o seu povo. (...) o derramamento do Espírito sobre cada crente individual
transcende época e raça. (...) A pessoa que busca precisa ser convencida
de que a experiência é de fato para ela.” (PALMA, Anthony D. O Batismo
no Espírito Santo e com Fogo. 4 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 94-95).
Deus é soberano: “Uma vez que o batismo no Espírito é um dom, o
momento de sua concessão está nas mãos daquEle que o concede. O
Senhor certamente responde a oração da fé quando a meta da oração
está de acordo com a sua vontade. Mas por razões que ele não explica,
algumas vezes a cronologia do Senhor difere da nossa. (...) derramamentos do Espírito podem ocorrer em momentos inesperados. Consequentemente, uma pessoa que deseja ser batizada no Espírito não pode estar
sob auto-condenação se a experiência não acontecer quando esperado.”
(PALMA, Anthony D. O Batismo no Espírito Santo e com Fogo. 4 ed., Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, p. 94-95).
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Nos dons espirituais
Na oração e sua eficácia
Na cura divina
6 nov 2010
A distribuição dos dons: “É Deus quem concede os dons e determina
os cargos. Ele tem um plano perfeito, não apenas para a Igreja como um
todo, mas também para cada igreja local. Não temos motivo algum para
crer que cada congregação do Novo Testamento possuía todos os dons.
A igreja de Corinto era especialmente abençoada com dons (1 Co 1:4-7;
2 Co 8:7). No entanto, Deus dá a cada congregação exatamente os dons
de que precisa e quando precisa.” (Wiersbe, W. W. Comentário Bíblico
Expositivo: Novo Testamento 1. Santo André: Geográfica, 2006, p. 798).
O propósito dos dons: “A manifestação do Espírito é dada ‘a cada
um’. O consenso entre os escritores do Novo Testamento é que todo
crente recebe pelo menos um dom (Rm 12.3; 1 Co 1.7; 3.5; 12.7, 11; 14.1,
26; 1 Pe 4.10; cf. Mt 25.15). Os dons são dados aos indivíduos não para
o seu benefício pessoal, mas para o benefício de outros (‘para o que for
útil’). Uma exceção seria a função de auto-edificação das línguas não
interpretadas (1 Co 14:4). (...) Os dons são dados a indivíduos por causa
da igreja. Este comentário seria desnecessário caso alguns não retivessem para si mesmos os dons que lhes foram dados para o benefício da
Igreja.” (Arrington, F. L.; Stronstad, R. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio
de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1011).
Oração: “Orar não é só ser verdadeiramente santo, também é ser verdadeiramente humano. Pois aqui estão seres humanos, feitos por Deus
como Deus e para Deus, dedicando tempo à comunhão com Deus. Então a oração é uma atividade autêntica em si mesma, independente de
quaisquer benefícios que ela possa trazer. Mas é também um dos meios
de graça mais efetivos. Eu duvido que qualquer pessoa já tenha se tornado semelhante a Cristo sem ter sido diligente na oração. (...) Quando
entendida corretamente, a oração é sempre uma resposta à Palavra de
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
Deus. Primeiro ele fala (através da Bíblia), depois nós respondemos (em
oração).” (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, p. 180)
Oração comunitária: “A oração comunitária (...) não deve ser negligenciada. Uma promessa especial de bênção está ligada à intercessão
comunitária (Mt 18:19s), como a igreja primitiva descobriu (At 1:14; 2:42).
E o fato de nos reunirmos freqüentemente com os irmãos na fé para
orarmos, pode introduzir nova vida e vigor em nossas orações pessoais,
muitas vezes fracas e vacilantes. É pouco provável que tenha havido algum reavivamento genuíno na igreja, no decorrer dos séculos, que não
tenha sido precedido e acompanhado por oração pessoal e comunitária
fervorosa.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd
Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 247)
Milagres nos Evangelhos: “Os milagres de Jesus nos Evangelhos canônicos são sérios, comedidos, discretos e espiritualmente importantes...
Além disso, (...) o lapso de tempo entre o ministério público de Jesus e a
publicação dos Evangelhos não foi longo o suficiente para o desenvolvimento de lendas; e muitas testemunhas oculares ainda estavam vivas e
podiam refutar (se as histórias não fossem verdadeiras), por exemplo, a
cura da orelha direita de Malco, que fora decepada, e a restauração da visão a Bartimeu.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 520)
Aberto para Deus: “Se aceitarmos as Escrituras como nosso guia, evitaremos opostos extremos. Não descreveremos os milagres como algo
que ‘nunca ocorre’, nem como ‘normais’. Ao contrário, estaremos totalmente abertos para o Deus que trabalha por meio da natureza e por
meio do milagre. E esperamos, quando se afirma uma cura miraculosa,
que ela se assemelhe àquelas dos Evangelhos e de Atos e, desse modo,
que seja uma cura completa e instantânea de uma condição orgânica,
sem uso de meios médicos nem cirúrgicos, convidando a uma investigação e persuadindo até mesmo os não-cristãos.” (Stott, John. Cristianismo
autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 522)
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No batismo por imersão
No lava-pés
Na ceia do Senhor
13 nov 2010
O significado do batismo: “Para o Novo Testamento (...), o batismo é o
momento simbólico em que o pecador é unido a Cristo em todo o curso de
seu ato redentor: vida, morte, ressurreição, ascensão e reino (Gl 2:20; Ef 2:5s).
Isto não subentende que a salvação seja transmitida no ato do batismo em
si. É só a fé que salva, ou seja, a fé que abraça a Cristo, mas para os escritores
do Novo Testamento, o batismo era o ponto normal em que a fé se expressava publicamente, apropriando-se de Cristo e das bênçãos da sua salvação:
a purificação do pecado, a renovação no Espírito, a capacitação para servir e
a entrada no corpo de Cristo (1 Co 12:12; 1 Pe 3:21).” (Milne, B. Estudando as
doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, pp. 240-1)
O argumento do significado do batismo: “Além dessas indicações
dos textos narrativos do Novo testamento de que o batismo sempre se
seguia à fé salvadora, há uma segunda consideração em favor de convertidos: o símbolo externo do início da vida cristã deve ser ministrado
apenas aos que dão prova de já ter iniciado a vida cristã. Os autores do
Novo Testamento escreveram com o nítido pressuposto de que todos
os que eram batizados já tinham aceitado a Cristo pessoalmente e experimentado a salvação. Por exemplo, Paulo diz: ‘Porque todos quantos
fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes’ (Gl 3.27).” (Grudem,
W. Teologia Sistemática. Trad. Norio Yamakami, Lucy Yamakami, Luiz A.
T. Saião, Eduardo Pereira e Ferreira. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 817)
Pés sem lavar: “Lavar os pés era uma tarefa delegada tipicamente ao mais
baixo escravo. Normalmente, num cenáculo alugado como esse, um criado
estaria à disposição para lavar os pés dos convidados quando eles entravam.
(...) Lavar os pés era necessário por causa do pó, da lama e outras sujeiras
encontradas por um pedestre nas estradas sem pavimento dentro e ao redor
de Jerusalém. Mas evidentemente não havia nenhum servo para executar a
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
tarefa quando Jesus e os discípulos chegaram ao cenáculo; então, em vez de
se apresentarem para executar uma tarefa tão humilhante um para o outro,
os discípulos tinham simplesmente deixado os seus pés sem lavar.” (MacArthur Jr., John. A morte de Jesus. São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 41).
Um ato chocante: “Uma história interessante sobre lavar os pés (...) conta que Rabi Ishmael não permitia que a sua mãe lavasse os seus pés quando ele voltava da sinagoga porque o trabalho era muito aviltante. Ela, no
entanto, pediu que uma corte de rabinos o repreendesse por não permitir
que ela tivesse essa honra. Embora a história tenha o objetivo de sugerir a
posição elevada atribuída aos sábios do judaísmo (...), ela ressalta o motivo
pelo qual os discípulos reagiram daquela maneira quando Jesus começou
a lavar os seus pés. O ato de Cristo, portanto, no contexto do judaísmo do
século I, era verdadeiramente chocante.” (Richards, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 3 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 229).
Recordação: “O significado mais simples e mais óbvio da Ceia do Senhor é que ela comemora a morte de Jesus Cristo na cruz. (...) Jesus tomou o pão e o partiu, referiu-se a ele como ‘meu corpo’ e disse: ‘Façam
isto em memória de mim’. Do mesmo modo, depois da ceia, ele tomou
o cálice, referiu-se a ele como sendo ‘a nova aliança do meu sangue’ e
repetiu o mandamento: ‘Façam isso, sempre que o beberem em memória
de mim’ (1 Coríntios 11.23-25). Portanto, tanto pelo que fez com o pão e o
vinho (...) como pelo que disse a respeito deles (...), Jesus estava chamando atenção para a sua morte e o seu propósito e exortando-os a que se
lembrassem dele dessa forma.” (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi
S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, p. 196)
Comer e beber indignamente: “O que significa, então, comer e beber
‘indignamente’ (1 Co 11.27)? Podemos a princípio pensar que tal palavra
aplica-se estritamente à nossa conduta quando de fato comemos o pão
e bebemos o vinho (...). Mas quando Paulo explica que a participação indigna envolve ‘não discernir o corpo’, ele indica que devemos dar atenção
a todos os nossos relacionamentos no corpo de Cristo (...) ‘examine-se,
pois, o homem a si mesmo’ significa que devemos perguntar se os nossos
relacionamentos no corpo de Cristo estão de fato refletindo o caráter do
Senhor, a quem encontramos na ceia e a quem representamos.” (Grudem,
W. Teologia Sistemática. Trad. Norio Yamakami, Lucy Yamakami, Luiz A. T.
Saião, Eduardo Pereira e Ferreira. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 843)
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Na sã doutrina
Na abstinência
Na temperança
20 nov 2010
Não se pode negociar a doutrina: “A afirmação de que o cristianismo é apenas vida, e não doutrina, é radicalmente falsa. A vida
decorre da doutrina, e não esta daquela. A verdade é absoluta. A
doutrina é inegociável. Não se transige o conteúdo da verdade. Não
se substitui o verdadeiro evangelho por um falso evangelho. O julgamento da verdade não é algo pessoal e subjetivo. Uma verdade
é verdade para todos, em todos os tempos e em todos os lugares”
(Lopes, H. D. Morte na panela: uma ameaça real à igreja. São Paulo:
Hagnos, 2007, p. 59).
O alerta de Jesus: “Ao dizer às pessoas que tivessem ‘cuidado
com os falsos profetas’ (Mt 7:15), Jesus obviamente assumiu que
eles existiam. Jesus também deixou explícito que eles cresceriam e
que o período que precederia o fim seria caracterizado não apenas
pela expansão do evangelho, mas também pelo surgimento de falsos mestres que levaria muitos a se desviar. Ouvimos falar a respeito
deles por quase todas as cartas do NT.” (Sttot, J. Cristianismo autêntico: 908 textos selecionados de John Stott. Trad. Lena Aranha. São
Paulo: Vida, p. 169)
E falou o Senhor a Moisés: Levítico 11 começa desta maneira: E falou
o Senhor a Moisés. Não devemos entender essa expressão apenas como
um recurso literário, utilizado pelo escritor de Levítico para introduzir
um novo assunto. Antes, ela enfatiza a natureza divina da doutrina da
abstinência. As distinções entre os animais limpos e imundos, que se
seguem nesse capítulo, não são ideia de Moisés. Nem mesmo são distinções elaboradas por Arão. A Bíblia ensina que foi o próprio Senhor
quem fez essas distinções. Isso mostra o caráter extremamente elevado
da doutrina da abstinência.
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
Abstinência e santidade: Ao exigir que o seu povo se abstivesse de
comer carnes imundas, o Senhor tinha em mente a santidade dele. Sempre que ordenanças relacionadas com alimentação aparecem no Pentateuco, a palavra “santo” está por perto. Vemos isso em Êx 22:31, Lv 20:2526 e Dt 14:21. Mas o melhor exemplo se encontra em Levítico 11. A relação entre abstinência e santidade é claramente mostrada nos versículo
44 a 45. A santidade deve governar todos os aspectos da vida, incluindo
o alimento. Não devemos levar nada impuro para dentro do templo do
Espírito Santo, isto é, o nosso corpo (1 Co 6:19-20).
Distúrbios alimentares: “Por que as pessoas exageram na comida
a ponto de ficarem obesas, ou passam fome a ponto de ficarem anoréxicas? Todos os estudos sugerem que esses distúrbios muitas vezes
surgem de um senso de falta de valor. Todos conhecemos o padrão do
bem-estar proporcionado pela comida. Quando nos sentimos um pouco deprimidos, um pedaço de bolo de chocolate ou de torta de maçã
pode fazer com que nos sintamos muito melhor. [A comida] não existe
para consolar os isolados e solitários, fortalecer uma auto-imagem frágil.” (Tomlin, G. Os sete pecados capitais: você pode vencê-los. Trad. Valéria
Lamim Delgado Fernandes. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008,
p. 104)
Domínio próprio: “Temperança (ou domínio próprio, de acordo com
a versão RA) é o domínio sobre os desejos humanos pecaminosos e a sua
falta de controle. Ironicamente, os nossos desejos pecaminosos que prometem auto-realização e poder, inevitavelmente nos levam à escravidão.
Quando nos rendemos ao Espírito Santo, inicialmente sentimos como
se tivéssemos perdido o controle, mas Ele nos leva a exercer o autocontrole que seria impossível somente com as nossas próprias forças.”
(Comentário do Novo Testamento: Aplicação pessoal. Trad. Degmar Ribas.
Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 297)
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Na lei dos dez mandamentos e sua vigência
No verdadeiro dia de descanso
Na distinção das leis
27 NOV 2010
Dependendo de Deus: “Tentar defraudar Deus é defraudar a si mesmo, pois tudo que temos pertence a Deus: nossa vida, família e bens.
Uma águia, buscando alimento para os filhos, arrancou com suas fortes
garras a carne do altar do sacrifício. Voou para o ninho dos seus filhotes
com o cardápio do dia, mas havia ainda na carne uma brasa acesa e esta
incendiou o ninho dos seus filhotes, provocando um desastroso acidente. Não é seguro retermos o que é de Deus para o nosso sustento. Deus
é criador, provedor e protetor, por isso devemos depender Dele mais do
que dos nossos próprios recursos.” (Lopes, H. D. Malaquias: a Igreja no
tribunal de Deus. São Paulo: Hagnos, 2006, pp. 99-100)
A contribuição cristã: “A contribuição deve estar de acordo com a
prosperidade (1 Co 16.2) e segundo as posses (2 Co 8.11). Não dá liberalmente quem não oferta proporcionalmente. (...) A proporção é a prova
da sinceridade. (...) Não devemos desperdiçar o que Deus nos concede
nem acumular bens egoisticamente. (...) devemos guardar o que precisamos e compartilhar o que podemos. A semente que multiplica não é a
que comemos, mas a que semeamos.” (Lopes, H. D. Dinheiro: a prosperidade que vem de Deus. São Paulo: Hagnos, 2009, pp. 45-6)
Postura equilibrada: “... a exigência da submissão e a exortação contra
o rebelar-se são colocadas lado a lado, em termos universais. É por essa
razão que vivem sendo aplicadas equivocadamente por regimes opressivos de extrema direita, como se as Escrituras dessem aos governantes
carta branca para desenvolver uma tirania e para exigir obediência incondicional. (...) Nós devemos submeter-nos até o exato momento em que a
obediência ao estado passa a implicar em desobediência a Deus. Mas se
o estado exige aquilo que Deus proíbe, ou então proíbe o que Deus ordena, então, como cristãos, nosso dever é claro: resistir, (...) desobedecer
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
ao estado a fim de obedecer a Deus.” (Stott, J. A mensagem de Romanos.
Trad. Silêda e Marcos D. S. Steuernagel. São Paulo: ABU, 2000, pp. 413-4)
O ministério do estado: “... qual é o ministério que Deus confiou ao
estado? É um ministério que tem a ver com o bem e o mal, tema que
aparece aqui e ali em Romanos 12 e 13. Paulo já disse que devemos odiar
o mal e apegar-nos ao bem (12.9), que não devemos retribuir a ninguém
mal por mal, mas sim fazer o que é correto aos olhos de todos (12.17), e
que não nos deixemos vencer pelo mal, mas que vençamos o mal com o
bem. (...) A autoridade ‘é serva de Deus para o seu bem’ (4a) e ‘é serva de
Deus ... para punir quem pratica o mal’ (4b). (...) As funções do estado são,
pois, promover e recompensar o bem e impedir e punir o mal.” (Stott, J.
A mensagem de Romanos. Trad. Silêda e Marcos D. S. Steuernagel. São
Paulo: ABU, 2000, pp. 416-7)
Aceitação: “É impossível um casamento subsistir de forma saudável,
se o relacionamento conjugal não for timbrado pela aceitação. É um
atentado contra o cônjuge querer moldá-lo ao nosso gosto. Ninguém
pode ser feliz se anulando. (...) O amor não visa os próprios interesses.
(...) Por isso, o segredo da felicidade no casamento não é apenas encontrar a pessoa certa, mas ser a pessoa certa. Onde há aceitação, floresce a
confiança. Onde há confiança, o amor é maduro. Onde o amor é maduro,
o casamento vence com galhardia, sem naufragar, os vendavais da vida.”
(Lopes, H. D. O melhor de Deus para a sua vida. Belo Horizonte: Betânia,
2005, vol. 3, pp. 17-8)
Como vão seus filhos?: “Vai tudo bem com seus filhos? Você os coloca diariamente no altar de Deus por meio de suas orações? (...) Seu viver
tem representado para eles modelo de vida cristã piedosa? Seus filhos
sabem que você é cheio do Espírito? Eles vêem em você coerência, fidelidade e obediência ao Senhor? Seus filhos podem imitar sua vida para serem bem-sucedidos diante de Deus e dos homens? Você tem abençoado
seus filhos? (...) Você tem insistido com Deus na salvação deles? Há amor
e compreensão no relacionamento com seus filhos? Há encorajamento e
estímulo?” (Lopes, H. D. O melhor de Deus para a sua vida. Belo Horizonte: Betânia, 2005, vol. 3, p. 21)
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a manutenção da obra: dízimos e ofertas
N
Na submissão às autoridades e liberdade de consciência
No casamento, no lar e na família
4 DEZ 2010
Membros do seu corpo: “O propósito de Deus (...) não é salvar almas
individuais isoladas uma da outra e assim perpetuar nossa solidão, mas
construir uma igreja, congregar um povo seu proveniente de toda nação e
cultura. O Novo Testamento retrata essa sociedade divina através de muitas
metáforas que expressam vida e participação. Nós somos irmãs e irmãos na
família de Deus, cidadãos de seu reino e pedras de seu templo (ver Efésios
2.19-22). Somos também ovelhas do rebanho de Cristo, galhos da videira
e membros do seu corpo (João 10.14-16; 15.1-8; 1 Coríntios 12.27). Nós
pertencemos incontestavelmente uns aos outros, porque pertencemos incontestavelmente a ele.” (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, pp. 191-2)
O povo de Deus: “A noção de povo de Deus continua na igreja do Novo
Testamento, o Israel de Deus (Gl 6:16). Pedro faz uso especial dessa noção
(1 Pe 2:9; cf. Tt 2:14) e a Bíblia termina com a triunfante afirmativa: ‘Eis o
tabernáculo de Deus com os homens... Eles serão povos de Deus e Deus
mesmo estará com eles’ (Ap 21:3). A aliança como base do relacionamento
também continua no Novo Testamento. A igreja herda as promessas feitas
a Israel, apoiada na nova aliança selada através do sacrifício do Messias,
Jesus (Mt 26:28; Lc 22:20; Hb 9:15; cf. Jr 31:31).” (Milne, B. Estudando as
doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 217)
O ser humano não tem uma alma, ele é alma: “‘O homem se tornou
um ser vivente’. Ele tornou-se um ser vivente porque foi ativado pelo
‘fôlego da vida’. O fôlego, ao entrar em contato com o corpo do homem,
tornou-o uma coisa viva. (...) A frase, para este resultado – o homem tornar-se um ‘ser vivente’ – é nepes hayyâ [transliteração do texto hebraico].
Infelizmente, o termo nepes (ou nephesh) é traduzido universal e tradicionalmente por alma, o que torna difícil pensar nele com outro sentido.
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
Por esse motivo, a teologia popular (...) pensa em termos da humanidade
ter alma, mas o texto (aqui e em outras passagens) declara que o homem
é alma.” (MERRIL, E. H. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Shedd
Publicações, 2009, p. 181).
A natureza humana: “... a natureza humana é uma unidade
corpo+espírito, que recebe o nome de alma: (...) assim a Bíblia descreve
o ser humano: corpo + espírito = alma. Wheler Robinson diz que ‘a idéia
hebraica de personalidade é um corpo vivente e não uma alma encarnada’. (...) O ser humano é um composto unitário entre um elemento
material e outro, imaterial. O composto pode ser dissociado, e a dissociação acontece na morte. (...) A morte é exatamente essa separação entre
corpo e espírito. Quando Deus retira o seu sopro, o espírito, o homem
volta ao pó.” (KIVITZ, Ed René. O livro mais mal-humorado da Bíblia. São
Paulo: Mundo Cristão, 2009, p. 64).
Três dias e três noites: “Cristo esteve morto por três dias e três noites
inteiras. Ele foi colocado no túmulo na quarta-feira, momentos antes do
pôr-do-sol, e ressuscitou no fim do sábado, ao entardecer. A sexta-feira
santa deveria ser mudada para quarta-feira santa. Não há nenhuma frase
afirmando que Ele foi enterrado na sexta-feira, ao entardecer. Isso faria
com que ele ficasse no túmulo apenas um dia e uma noite, tornando suas
próprias palavras mentirosas (v. 40). O sábado de João 19.31 não era o de
uma semana regular, mas o sábado especial por causa das festividades.”
(DAKE, F. J. Bíblia de Estudo Dake. Rio de Janeiro e Belo Horizonte: CPAD
e Atos, 2009, p. 1555).
A celebração da páscoa: “Na véspera do dia décimo-quarto dia de
Nisan [ou abibe] tudo tinha seu lugar no Templo. Cada homem já escolhera e comprara o cordeiro sem mácula de um ano exigido pela Lei;
ele era entregue aos sacrificadores que ficavam na entrada do pátio dos
sacerdotes, e um toque de trombeta dava sinal para o sacrifício. (...). Esta
grande matança era chamada de ‘preparação para a Páscoa’. As entranhas e as gorduras eram lançadas no fogo e assim, através de toda a
semana da Páscoa, um cheiro terrível de carne queimada pairava sobre a
cidade. Depois disso o cordeiro sacrificado era levado por seus doadores
a fim de ser comido.” (DANIEL-ROPS, Henri. A vida diária nos tempos de
Jesus. 2 ed., São Paulo: Vida Nova, 1986, p. 229-230).
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11
Na igreja de Cristo
Na mortalidade da alma
No dia da morte e da ressurreição de Jesus
11 DEZ 2010
Obediência por gratidão: “O pacto da lei (...) foi celebrado com Israel
depois de sua redenção alcançada mediante poder e sangue. Deus já
havia restaurado Israel à justa relação com ele, mediante a graça. Israel já
era o seu povo. O Senhor desejava dar-lhe algo que o ajudasse a continuar sendo o seu povo e a ter uma relação mais íntima com ele. O motivo
que levasse a cumprir a lei haveria de ser o amor e a gratidão a Deus por
havê-los redimido e feito filhos seus.” (Hoff, P. O Pentateuco. Trad. Luiz
Caruso. São Paulo: Vida, p. 131).
O Espírito de Deus e a lei de Deus: “O Espírito que habita em nós
pode nos capacitar: (1) a conhecer a lei de Deus, de modo que compreendamos cada vez mais as implicações dela para os dias de hoje;
(2) a amar a lei de Deus, para que não mais vejamos como um fardo,
mas como um prazer (‘Como eu amo a tua lei!’ – Salmo 119:97); e (3)
a cumprir a lei de Deus, de modo que, libertos da escravidão do pecado, encontramos na obediência a verdadeira liberdade. Deus não
faz exigências sem nos dar os meios de cumpri-la.” (Sttot, John. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel.
Curitiba: Encontro, 2004, p. 144)
O quarto mandamento: De certa forma, esse quarto mandamento é
uma sequência natural dos dois primeiros (e parcialmente os resguarda).
A correta observância do Sábado impede que as pessoas idolatrem seu
próprio trabalho e compromissos. (...) O quarto mandamento não está
apenas relacionado aos dois primeiros, mas também estabelece uma
ponte para os outros seis, os quais tratam dos relacionamentos interpessoais no meio da comunidade. O Sábado é um presente de Deus para
todos. (Hamilton, V. P. Manual do Pentateuco. Trad. James Monteiro dos
Reis. 2 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 222).
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
O sábado do Senhor, teu Deus: “O sábado é uma instituição divina
em dois sentidos. Primeiro, o sábado semanal é instituído pela palavra de
ordem de Deus. Em segundo lugar, Deus requer esse dia para si mesmo:
‘o sábado do SENHOR, teu Deus’. Os seis dias de trabalho foram cedidos
ao homem para a busca de seu trabalho e lazer; mas não o sábado que
Deus chama de ‘meu santo dia’ (Is 58:13). Não devotar esse dia aos propósitos e atividades ordenadas para a sua santificação é roubar de Deus
algo que lhe pertence.” (Kistler, D. Crer e observar. Trad. Heloisa Cavallari.
São Paulo: Cultura Cristã, 2009, pp. 120-121)
A vigência da lei moral de Deus: “Os Dez mandamentos dados por
Deus aos israelitas eram uma síntese das normas de conduta que ele
esperava do seu povo. E eles continuam em vigor. Mesmo que agora a
lei cerimonial do Antigo Testamento esteja obsoleta, e embora a sua lei
civil não seja necessariamente apropriada para as nações de hoje, ainda
assim a sua lei moral permanece. Ela não era só a lei de Moisés, era a lei
de Deus.” (Sttot, John. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e
Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, p. 142)
A lei cerimonial: “Os livros de Êxodo, Levítico e Deuteronômio contêm praticamente toda a lei cerimonial, sendo Levítico o principal ‘manual’ cerimonial para os israelitas. Encontramos nesse livro as leis acerca dos sacrifícios de animais (holocaustos), ofertas, sacrifícios pacíficos,
sacrifícios pelos pecados por ignorância, pecados ocultos, sacrilégios,
pecados voluntários, consagrações, purificações, várias doenças, festas,
casamentos, leis de propriedades, resgates e várias outras. Grande parte
da lei se refere ao Tabernáculo e toda a simbologia e representação que
este tem com relação ao sacrifício de Cristo” (Meister, M. Lei e graça. São
Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 47)
Comentários adicionais
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12
Na segunda vinda de Cristo
Nas ressurreições
No milênio
18 DEZ 2010
O retorno de Cristo em glória: “À medida que olhamos na direção
da parousia [vinda], não devemos demitologizá-la (negando que será um
fato histórico) nem enfeitá-la (decorando-a com nossas especulações
fantasiosas). Ao contrário, se somos sábios e humildes, reconheceremos
que muito desse acontecimento permanece misterioso e, desse modo,
devemos ser cuidadosos para não ir além do ensino claro das Escrituras.”
(Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de
John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 534)
A data do segundo advento: “Não devemos tentar criar um esquema
detalhado dos acontecimentos dos últimos dias e prever assim a data e
a hora da volta de Jesus; contudo, o outro extremo, de ignorar toda a
questão dos ‘sinais’, é também errado. A atitude correta é a de vigilância,
reconhecendo que o conflito entre o bem e o mal irá acirrar-se antes do
fim, embora nem mesmo isso possa escapar à ambigüidade da história.
(...) O momento exato pertence à escala perfeita de Deus.” (Mt 26:28; Lc
22:20; Hb 9:15; cf. Jr 31:31).” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3
ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 267)
O último inimigo: “A morte não é o único inimigo de Deus e dos homens.
É o pior de todos, o maior de todos e, na agenda de Deus, é o último a ser
aniquilado. É por isso que Cristo tem de continuar a reinar até o fim da história, “até que Deus faça que ele domine todos os inimigos” (1 Co 15.25, NTLH),
até a total destruição de todo domínio, autoridade e poder das pessoas e
forças que se opõem a ele. O grand finale, porém, só virá depois da derrota
da morte, depois da morte da morte, depois do enterro da morte, depois de
a morte ser lançada no “lago de fogo”, depois do desaparecimento da morte
(Ap 20.14).” (http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/304/a-ressurreicaodo-corpo-nas-epistolas-de-paulo < acessado em 28 de setembro de 2010).
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
O corpo ressurreto: “O fato de que o nosso corpo será ‘incorruptível’
significa que ele não se desgastará, não envelhecerá e não está sujeito
a nenhuma enfermidade ou doença. Será para sempre um corpo plenamente saudável e forte. Não haverá sinal de doença nem de dor, pois
todos seremos perfeitos. Não haverá mais algo ‘desonroso’ ou desprezível, mas o corpo parecerá ‘glorioso’ em sua beleza. O nosso corpo será
também ressurreto em ‘poder’ (1 Co 15.43), e isso mantém o contraste
com a ‘fraqueza’ que vemos no corpo agora.” (Grudem, W. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 698).
O aprisionamento de Satanás: O anjo que desceu do céu prendeu
o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por
mil anos (Ap 20:1). Alguns estudiosos da Bíblia acreditam que Satanás foi
acorrentado quando Jesus morreu na cruz, ressuscitou dentre os mortos
e subiu ao céu. Embora a primeira vinda de Cristo tenha posto limitações
na atividade de Satanás, a história dos últimos dois mil anos oferece
muitas provas de que ele não foi amarrado no sentido exposto no Apocalipse. Isso só ocorrerá por ocasião da segunda vinda de Cristo.
O milênio será no céu: Apocalipse 20:4b diz que os que tomaram
parte na primeira ressurreição reinaram com Cristo durante mil anos. Mas
onde Cristo está? Ele está no céu. Não se tem indicação, em Ap 20:4-6,
de que João esteja descrevendo um reinado milenar terreno. Vê-se que
a cena se passa no céu. Nesse texto, não é dito coisa nenhuma acerca da
Terra como centro desse reino. Nada é dito aqui acerca dos santos que
ainda estejam na terra, durante o reino milenar – a visão trata exclusivamente de crentes em Jesus que foram ressuscitados ou transformados e
estão vivendo com Cristo no céu.
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No juízo final
Na extinção do mal
Na nova terra, lar dos remidos
25 DEZ 2010
Olhos postos no futuro: “Às vezes o mal prossegue sem a devida
punição, e o bem nem sempre é recompensado nesta existência com
as bênçãos prometidas. Os ímpios dos dias de Malaquias tiveram a coragem de gritar: ‘Onde está o Deus do juízo?’, Ml 2.17. Jó e seus amigos
lutaram com o problema dos sofrimentos dos justos, e a mesma coisa fez
Asafe no Salmo 73. A Bíblia nos ensina a ter os olhos postos no futuro,
no juízo final, vendo neste a resposta decisiva de Deus para todas essas
interrogações” (Berkhof, L. Teologia Sistemática. Tad. Odayr Olivetti 3 ed.
São Paulo: Cultura Cristã, p. 672).
Não haverá segunda chance: É importante reconhecer a irreversibilidade do julgamento futuro. A Palavra de Deus, em Hebreus 9.27, é
muito clara ao afirmar que ao homem está ordenado morrer uma só
vez e, depois disso, virá o juízo. Quando o veredito for pronunciado, no
julgamento final, os ímpios serão designados para seu estado final. Os
que nessa vida não se renderam ao amor e à justiça de Deus manifestos
na cruz não poderão mais se reconciliar com Deus. A Bíblia não dá, em
nenhum lugar, alguma indicação de que haverá uma segunda chance.
Não existe espaço para o arrependimento, apenas para a constatação do
posicionamento tomado em vida e do consequente juízo de Deus.
Um ser perigoso: “Devemos nos desfazer, em nossa mente, da caricatura medieval de Satanás. Ao descartarmos os chifres, os cascos e a
cauda, ficaremos com o retrato bíblico de um ser espiritual altamente
inteligente, extremamente poderoso e totalmente inescrupuloso. Jesus
não apenas acreditava na sua existência, mas alertou-nos acerca do seu
poder. Ele o chamou de ‘príncipe deste mundo’.” (Sttot, John. Cristianismo
autêntico: 908 textos selecionados de John Stott. Trad. Lena Aranha. São
Paulo: Editora Vida, p. 532)
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Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010
Livramento completo do mal: “O estado final dos salvos será de
completo livramento do pecado. Haverá santidade completa. Seremos
semelhantes a Cristo (1 Jo 3.2; Rm 8.29). O pecado não só será extirpado
do crente, mas também de toda a ordem social e cósmica de que participaremos. Todas as conseqüências do pecado serão banidas (...). A ordem
eterna será de isenção da natureza má (...). A completa vitória sobre o
pecado implica completa transcendência sobre todas as outras formas
do mal. Não haverá mais maldição (Ap 22.3)”. (Severa, Z. A. Manual de
Teologia Sistemática. Curitiba: AD Santos, 1999, p.482)
Somos peregrinos: “Quando se converte, o pecador se junta aos outros pecadores convertidos e começa a participar do grande êxodo dos
cristãos rumo à pátria celestial. Pedro nos diz que somos “estrangeiros
de passagem por este mundo” (1 Pe 2.11). A esta altura, Jesus já havia
dito que nós “não somos do mundo” (Jo 17.14). E Paulo acrescenta que
“somos cidadãos do céu” (Fp 3.20). Esse batalhão de caminhantes cresce
todos os dias. Tornamo-nos peregrinos em tempos e lugares diferentes,
mas entraremos na Canaã dos cristãos no mesmo dia (http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/321/o-exodo-cristao < acessado em 28 de
setembro de 2010).
A recompensa do remidos: “A recompensa dos justos é descrita como
vida eterna, isto é, não apenas uma vida sem fim, mas a vida em toda a sua
plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente
vida, Mt 25.46; Rm 2.7. A plenitude dessa vida é desfrutada na comunhão
com Deus, o que é realmente a essência da vida eterna, Ap 21.3. Eles verão a Deus em Jesus Cristo face a face, encontrarão plena satisfação nele,
alegrar-se-ão nele e O glorificarão.” (Berkhof, L. Teologia Sistemática. Trad.
Odayr Olivetti. 3ª ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, p. 679).
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