devarim 7 final - International Psychoanalysis

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devarim 7 final - International Psychoanalysis
PSICANÁLISE
E JUDAÍSMO
Arnold Richards
Em A Interpretação dos
Sonhos, Freud (1900) relata
o que muitos estudiosos
de Freud entendem ser
uma experiência definidora.
Quando ele tinha 14 anos de
idade, seu pai contou a ele
sobre um incidente de seu
próprio passado. Ele estava
caminhando pela rua em
Freiberg quando um gentio
disse a ele que ele deveria
caminhar na sarjeta, e
depois derrubou o chapéu da
cabeça de Jakob Freud. “E
o que você fez?”, Sigmund
perguntou a seu pai.
Freud passava horas olhando para esta
estátua de Moisés, em Roma.
A
Psicanálise foi iniciada por um judeu, Sigmund Freud. Ele nasceu em
Freiburg, na Morávia, e viveu a partir dos dois anos de idade em Viena,
mas seus pais nasceram na Galícia – seu pai, Jakob, em Tzimenitz e sua
mãe, Amalia, em Brody. Freud, como judeu e criador da psicanálise,
sempre se preocupou com o fato de que a psicanálise em si fosse considerada
uma ciência judaica. Ele escreveu que se seu nome tivesse sido Uberhauser, a
psicanálise teria tido uma recepção mais positiva; e ele saiu fora de seu círculo
para selecionar não-judeus para posições de liderança neste novo campo.
Em 1910, ele escreveu para seus colegas judeus vienenses no Segundo Congresso de Psicanálise: “A maioria de vocês são judeus e, portanto, incompetentes para conquistar amigos para os novos ensinamentos. Os judeus têm que se
contentar com o modesto papel de preparar o terreno. É absolutamente essencial que eu desenvolva laços no mundo da ciência. Os suíços nos salvarão”. Foi
com este espírito que Freud favoreceu o grupo suíço não-judeu no segundo
Congresso da Associação Psicanalítica Internacional (IPA, na sigla em inglês).
E, para o desprazer de seus seguidores judeus vienenses, ele tornou Carl Jung o
primeiro presidente da IPA.
Ele também apoiou Putnam, um não-judeu, em detrimento a Brill, outro
natural da Galícia, como presidente da recém-formada Associação Psicanalítica Americana. Embora Freud nunca tenha negado suas origens familiares da
Galícia, a atenção que ele deu às reflexões sobre a história de sua família não é
insignificante: “Eu tenho razões para acreditar que a família de meu pai esteve
por muito tempo em Rhineland (mais tarde Colônia), que no século 14 ou 15
eles fugiram em direção ao leste em função da perseguição anti-semita e que
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no curso do século 19, eles reconstituíram
daicos, incluindo o hebraico e o ídiche,
Quando Sigmund
algumas de suas negações são suspeitas.
seus passos da Lituânia através da Galícia
tinha cinco anos de
para a Áustria Germânica”.1
Acredita-se que o ídiche era a única línidade,
os
seus
pais
O pai de Freud, Jakob, havia se mugua falada pela mãe de Freud e que ele
se estabeleceram em
deve ter falado a mesma com ela quandado para a Morávia após uma década em que passou viajando entre Tzimedo era criança e, mesmo quando adulto,
Viena e, pelo idioma,
nitz e Freiberg em seus negócios como educação e modo de se quando ele a visitava todos os domingos
comerciante de lã. Influenciado por seu
até ela falecer. Seu pai inscreveu a Bíblia
vestir, Sigmund tornou- que ele deu a seu filho no seu trigésimoavô, Siskind Hoffman, ele tornou-se um
se parte da sociedade quinto aniversário em hebraico com uma
maskil, um judeu iluminista, mais afinavienense.
do com o movimento judaico-alemão da
melitza (um anagrama compilado de citaReforma do que com o judaísmo rabínico
ções bíblicas). Freud pode não ter ficado
completamente assimilado como ele teria gostado de paretradicional. Em 1855, o ano em que se casou com Amalia Nathanson, sua segunda ou terceira esposa, Jakob cocer. Ele, como muitos judeus vienenses na época, era clameçou a usar roupas ocidentais e já estava falando e assiramente ambivalente sobre suas raízes judaicas e suas liganando documentos em alemão, não em hebraico ou ídições com os judeus originários dos shtetl na Galícia.
Freud compartilhava com outros judeus uma grande esche. Ainda assim, ele continuou estudando o Talmud, assim como a Bíblia, e seu filho Sigmund adquiriu duas cótima por todas as coisas alemãs. Quando um nazista tentou
convencer Erich Maria Remarque a retornar à Alemanha
pias de uma edição do Talmud em alemão, hebraico e aramaico, publicada em 1929.
com o comentário: “Você não está com saudade de casa?”,
Jakob deixou Freiberg porque, uma vez que a nova liRemarque respondeu: “Não. Eu não sou judeu”. Mas Freud
nha da estrada de ferro passava pela cidade, ele não consetambém se identificou fortemente com Moisés, que trouxe
guiria mais ganhar a vida lá. Quando Sigmund tinha cina Lei e um líder contido, e com José, o intérprete.
co anos de idade, os seus pais se estabeleceram em Viena e,
Ele atribuiu uma identidade judaica ao general de Napelo idioma, educação e modo de se vestir, Sigmund torpoleão, Massina, que na realidade não era judeu. E não foi
mero acaso por Freud ser judeu que ele se viu como alunou-se parte da sociedade vienense. De acordo com o historiador Oscar Handlin2, a geração dos pais de Freud era
no em um ginásio vienense onde a maioria dos estudanformada principalmente de comerciantes e artesãos que
tes era de judeus. A historiadora Sara Winter observa, em
partilhavam a ambição de dar a seus filhos uma educaconcordância com Handlin, que o ensino era o principal
ção secular. Handlin diz que, como os judeus jovens, os
veículo de aculturação para os judeus na Viena de meacontemporâneos de Freud viam um diploma universitádos do século dezenove. Winter escreve: “Naquela época,
uma educação ginasial havia se tornado um elemento crurio como a única forma de se ganhar respeito. Ele sustenta que para a classe média, os judeus seculares na Áustria e
cial da classe alta e status profissional na Alemanha e em
Alemanha, o Bildung – com seus símbolos culturais defipaíses germano-falantes. E para aqueles que não possuem
nidos, entre os quais um diploma universitário era necesuma origem econômica e socialmente privilegiada, o idesário – tinha status e que isso era em parte uma forma de
al do Bildung tinha o benefício especial que os capacitacompensação pelo fato de pertencer a uma minoria que
va a reivindicar seu bom gosto como base para fazer parte
em uma elite moral.”3
havia sido discriminada por séculos.
A aquisição do Bildung era a meta da educação ginasial.
Embora Freud enfatizasse sua educação humanística,
Conseqüentemente, Freud estudava latim e grego intensisempre minimizando seu conhecimento de assuntos juvamente. Ele também estudava Shakespeare, Cervantes, e
as grandes personalidades do Iluminismo alemão, incluin1. FREUD, S. (1925) An Autobiographical Study. Standard Edition 20:3-70. (1925,
p. 7-8)
do Lessing, Goethe, Schiller e Heine. O “gebildet mensch”
2.
HANDLIN, O, (1951). The Uprooted: The Epic Story of the Great Migrations
That Made the American People. Philadelphia, University of Pennsylvania Press,
2002.
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3.
WINTER, S. Freud and the Institution of Psychoanalytic Knowledge (1999, p. 41).
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Freud tinha o propósito de tornar-se parte da distinta sociedade em Viena.
foi educado nos ideais clássicos de ordem e harmonia, e
o trabalho adulto de Freud mostra claramente os efeitos
dessa educação em seu pensamento, não somente em alusões específicas à filosofia e mitologia grega, mas também
na sua devoção à metáfora arqueológica para a psicanálise:
o psicanalista revela camadas da mente assim como o arqueólogo desenterra camadas de uma civilização enterrada – por meio desta metáfora, a psicanálise encontra um
lugar na companhia de sábios respeitados e fascinantes e
de esforços científicos. O passado é entendido através do
estudo de remanescentes no presente, enquanto o universal é apreendido através do estudo de um caso específico
da história. Mas mesmo tendo acolhido o ideal do Bildung
como seu assunto intelectual conhecido, a divergência necessária em relação à sociedade judaica tradicional trouxe
suas próprias tensões.
Em The Ordeal of Civility (A Provação da Civilidade),
John Murray Cuddihy (1974) examina o que significava
emancipação para os intelectuais judeus. Ele situa a criação da psicanálise de Freud diante deste pano de fundo e,
como Handlin e Winter, ele deixa claro que o conceito de
Bildung tinha um significado expandido para muitos dos
primeiros analistas judeus; era a chance deles de alcançar
a correspondência com as tradições e costumes culturais
que os permitiria integrarem-se numa sociedade e um sta-
tus do qual haviam sido excluídos historicamente. Ainda
assim, cada adoção de valores culturais europeus mais amplos também era um distanciamento da cultura judaica de
suas famílias. Cuddihy sugere que os judeus urbanos com
mobilidade ascendente do século dezenove sentiam-se envergonhados perante seus pais provincianos e “culpados
por estarem, portanto, envergonhados.”4
Em A Interpretação dos Sonhos, Freud (1900) relata o
que muitos estudiosos de Freud entendem ser uma experiência definidora. Quando ele tinha 14 anos de idade, seu
pai contou a ele sobre um incidente de seu próprio passado. Ele estava caminhando pela rua em Freiberg quando
um gentio disse a ele que ele deveria caminhar na sarjeta,
e depois derrubou o chapéu da cabeça de Jakob Freud. “E
o que você fez?”, Sigmund perguntou a seu pai. Seu pai
respondeu que desceu à sarjeta e pegou seu chapéu. Freud
estava certamente ciente da presença dentro dele mesmo
da dinâmica mencionada por Cuddihy. Ele estava envergonhado do comportamento de seu pai e mais tarde ele descreveu em si mesmo uma identificação com o general cartaginês Hannibal, que enfrentou os romanos.
Sara Winter (1999) mostra que mesmo antes de Freud
ter feito a viagem que ele recorda em Uma Perturbação
4.
CUDDIHY, John Murray, p. 58.
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da Memória na Acrópole, “ele estava descomo um judeu essencial? Eu afirmaria
A melhor palavra
confortavelmente ciente de que ele tinha,
que ele tinha duas coisas em mente. O
para caracterizar a
como ele coloca, “superado” seu pai, que
comprometimento judaico com a moraidentidade
judaica
de
lidade, que era estampado em Freud por
não pôde ler Édipo Rei (Oedipus TyranFreud é ambivalência.
seu professor de hebraico e mentor Sanus), de Sófocles, em grego, como Freud
pôde fazer com sua educação clássica.
A questão de ser judeu muel Hamerschag, e foi determinante
Tanto a consciência quanto o desconforto
tornou-se mais central para o Bildung (sicherkeit) e a importância central da intelectualidade – os judeus
são relevantes. Freud escreve no jornal da
para ele à medida que eram o povo do livro: eles valorizavam o
Acrópole: “Nosso pai tinha sido um coele ficava mais velho,
merciante. Ele não teve educação secunmodo interpretativo e a interpretação dos
embora a identificação sonhos e símbolos eram centrais para a
dária e Atenas não poderia ter significado
muito para ele. Portanto, o que interferiu
com as figuras bíblicas psicanálise de uma forma que se assemeem nossa alegria na viagem para Atenas
de Jacó, José e Moisés lha ao valor central da interpretação do
5
Talmud no judaísmo. Em novembro de
era um sentimento de piedade filial.”
tenha sido importante
Nós temos uma versão menos “piedo1938, Freud, recém-chegado a Londres,
cedo
em
sua
vida.
sa” e mais reveladora deste tema feita pelo
recebeu um pedido para ajudar a YIVO
Dr. M. Grinwald, um judeu religioso de
em seu esforço de arrecadar fundos com o
Buzhocz, o lugar de nascimento do avô
seguinte bilhete para Jakob Melitis: “Nós
paterno de Freud. Em 1941, Grinwald
judeus sempre soubemos respeitar os valores espirituais. Nós preservamos nossa
contribuiu para o Haaretz, o periódico
unidade através das idéias e, em função
judaico mais antigo na Palestina, com a
delas, nós sobrevivemos até hoje em dia.
estória de um encontro com Freud em
O fato do rabino Jochanan ben Zakkai,
Viena nos primeiros anos do século 20.
imediatamente após a destruição do TemGrinwald havia dado uma palestra sobre
plo, ter obtido do conquistador permisum drama popular polêmico, Yohanan o
são para estabelecer a primeira academia
Profeta, que muitos acharam ser afrontopara o conhecimento judeu em Jabneh
so para os judeus ortodoxos. Após a palestra, enquanto Grinwald e sua platéia esfoi para mim sempre uma das manifestavam tendo um amigável almoço, Freud
tações mais significativas em nossa histófez diversas piadas relacionadas à religião,
ria.” Mas o que não era parte da identidae chamou a atenção para quantos judeus eram parecidos
de judaica de Freud era a religião judaica, apesar de Jochacom Yohanan, o protagonista da peça, com seu casaco surnan ben Zakkai e seus seguidores terem estudado a Torá na
Academia e terem impressionado tanto Freud.
rado, cabelos desalinhados e rosto misterioso. Depois ele
comentou que ele mesmo preferia o homem vestido com
Freud não tinha compreensão dos rituais e práticas religiosas judaicas. Ele até mesmo considerava abandonar o
um elegante traje a rigor àquele vestido como um profejudaísmo e se converter para não ter que ficar sob a chupá
ta. Grinwald recordou, pensando para si mesmo, “quanto
este homem se desviou da vida judaica!”6
durante a cerimônia de casamento. Ele foi dissuadido por
Eu acredito que o relato de Grinwald sobre o seu enoutro mentor e figura paterna, Joseph Breuer (ele mesmo
contro com Freud nos primeiros anos do século 20 posfilho de um rabino hassídico). Breuer disse que isso seria
sa nos auxiliar a compreender melhor a relação de Freud
um passo extremo que ele não deveria dar.
com sua identidade judaica. Como podemos entender
Freud escreveu dois ensaios sobre religião — O Futuro
de uma Ilusão e Atos Obsessivos e Práticas Religiosas7. No seo que Freud queria dizer quando se referia a ele mesmo
7.
5.
6.
(1936, pp. 247-248).
GRINWALD, M. (1941). Ha’aretz. September 21st, 1941.
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FREUD, S. (1927). The Future of an Illusion. Standard Edition, 21. London: Hogarth Press, 1959, pp. 5-56. Freud, S. (1907), Obsessive acts and religious practices. Standard Edition, 9: 115-127. London, Hogarth Press, 1959.
gundo, ele entende os rituais religiosos como semelhantes
aos sintomas neuróticos. No primeiro, ele explica a prática
religiosa como derivada dos desejos de infância. Embora
estes ensaios possam ter alguma base psicanalítica válida,
eles podem ser mais bem entendidos como tratados polêmicos e sugerem que Freud tinha uma forte necessidade de
se separar dos guetos judeus ortodoxos. Mas por quê?
Freud tinha o propósito de tornar-se parte da distinta sociedade vienense, cujos membros usavam traje a rigor
e não falavam ídiche, não tinham cabelos desalinhados e
não usavam casacos surrados. Sua relação com o ídiche é
de interesse. A evidência é que ele sabia ídiche, a língua
de sua mãe, mas ele negava-se a ser fluente em ídiche assim como em hebraico. No entanto, ele era um colecionador de piadas judaicas (ídiches) e seu livro sobre faculdade
mental e o inconsciente apresentavam o caso para profundos insights que poderiam ser juntados aos poucos a partir da análise dessas piadas, inclusive uma melhor compreensão sobre como a mente funciona.
Eu acho que a melhor palavra para caracterizar a identidade judaica de Freud é ambivalência. A questão de ser
judeu tornou-se mais central para ele à medida que ele ficava mais velho, embora a identificação com as figuras bíblicas de Jacó, José e Moisés tenha sido importante mesmo cedo em sua vida. Ele passava horas na igreja de São
Pietro in Vincole, Roma, olhando para a escultura de Moisés, de Michelangelo; ele escreveu um ensaio sobre a escultura que ele publicou anonimamente, novamente eu acho
que é uma reflexão de sua ambivalência a respeito de sua
identidade judaica. Moisés, claro, tornou-se um assunto
muito importante, quase uma obsessão, nas últimas décadas de sua vida. Hitler, quando chegou ao poder no início
da década de 30, fez com que Freud se tornasse mais ciente de sua identidade judaica, mas escrevendo o ensaio (em
três partes), ele estava, eu afirmaria, tentando resolver seus
conflitos sobre sua identidade judaica.
A ambivalência é clara. Ele se refere a Moisés como um
egípcio e priva os judeus de terem seu próprio profeta. Ele
usa o conhecimento que adquiriu sobre culturas antigas
no ginásio para desenvolver sua tese. Freud começou colecionando suas relíquias logo após a morte de seu pai. Cercando-se de “imagens esculpidas” e, por meio destas, ele
se distanciou do mundo judaico de seu pai e de suas raízes da Galícia.
O preconceito de Freud a respeito do ritual e práti-
ca religiosa era transmitido para seus seguidores, inclusive sua filha Anna. Ele resistiu por algum tempo em realizar um Congresso da IPA em Jerusalém, mas não fez
objeções quando ele finalmente se realizou. Entretanto,
eu deveria observar que nenhum dos filhos de Freud era
circuncidado, todos casaram com judeus. Freud também
fez várias afirmações positivas sobre o Sionismo, embora se preocupasse com o destino de um Estado judeu em
uma terra com uma população nativa hostil. Os seguidores de Freud tentaram descorar a religião e o judaísmo
a partir da psicanálise. Quando eu pratiquei, o interesse no judaísmo era visto como neurótico. Eu me lembro
do esforço para convencer os responsáveis a não ter aulas
em Iom Kipur. Contudo, os tempos mudaram, em parte
porque a identidade judaica de Freud tornou-se mais um
objeto de exame durante a década passada.
Em dezembro de 2006, uma conferência sobre o
Mundo Judaico de Freud foi patrocinada pelo Instituto
Leo Baeck, pelo YIVO (Instituto de Pesquisa Judaica) e
o Museu Freud. Os registros serão publicados em 2009,
mas você pode acessar um arquivo de áudio e vídeo no
site do Centro de História Judaica:www.cjh.org.
Bibliografia
Cuddihy, J. (1974). The Ordeal of Civility: Freud, Marx, Levi-Strauss,
and the Struggle with Jewish Modernity. New York, Basic Books.
Freud, S. (1900). The interpretation of dreams. Standard Edition 4/5.
——— (1907). Obsessive acts and religious practices. Standard Edition,
9: 115-127. London, Hogarth Press, 1959.
——— (1925). An Autobiographical Study. Standard Edition 20:3-70.
——— (1927). The Future of an Illusion. Standard Edition, Vol. 21.
London, Hogarth Press, 1959, pp. 5-56.
——— (1936). A disturbance of memory on the Acropolis. Standard Edition 22:239–248.
Grinwald, M. (1941). Ha’aretz. September 21st, 1941.
Handlin, O. (1951). The Uprooted: The Epic Story of the Great Migrations That Made the American People. Philadelphia, University of
Pennsylvania Press, 2002.
Winter, S. (1999). Freud and the Institution of Psychoanalytic Knowledge. Palo Alto, Stanford University Press.
Arnold Richards é psicanalista praticante em Nova York. Ex-editor
da Journal of American Psychoanalytic Association. É atual diretor
do YIVO e ex-presidente do conselho desta instituição, e também
editor do volume Freud’s Jewish World (no prelo).
Traduzido do original em inglês por Fabiano Augusto Vera Garcia.
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