EspINhA TEM TRATAMENTO
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EspINhA TEM TRATAMENTO
Espinha tem tratamento Fique tranquilo, se cuide e tenha paciência, a acne é comum e tem solução Episódio nada inédito aquele que apresenta o adolescente prestes a se formar no colegial, entrando no banheiro, se olhando no espelho e avistando de repente uma grande espinha na ponta do nariz. Toda boa mini série juvenil passa por esse capítulo para mostrar algum indício de maturidade de seu personagem principal. O pior dos pesadelos: a puberdade. Nem tanto por ela, mas pela tão comentada acne, que transforma a aparência de qualquer pré-adolescente “bonitão”, em motivo de risadas e comparações maliciosas, acarretando inclusive, problemas de auto-estima. Mas, a verdade é que não é tão terrível assim. Qualquer jovem que preze seu estado de evolução apresenta acne, cravos e seus derivados durante um período da vida. É normal, difícil mesmo é se acostumar com estes micros seres invasores! Tudo bem, todos ficam abalados com a presença da espinha, mas atualmente os tratamentos existentes para combater esse mal são bastante eficazes, graças ao avanço da tecnologia e a presença da Isotretinoína, como nos explica a Dra. Ana Lúcia Nóbrega Tomé (CRM 88069), dermatologista. 12 De onde vem? “A acne juvenil é uma das dermatoses mais frequentes. As lesões surgem na puberdade, em quase todos os jovens, em ambos os sexos. Em alguns são mínimas e podem permanecer assim por toda adolescência. Em outros, tornam-se evidentes e de intensidade variável, perturbando a qualidade de vida, atrapalhando o convívio social e desencadeando problemas emocionais. Sem tratamento adequado persiste geralmente até o final da adolescência e, eventualmente, com lesões isoladas, pode manter-se por anos”, explica Dra Ana Lúcia. Esperar que a acne suma e não buscar tratamento é um erro comum entre os jovens e seus pais, que entendem que essas lesões fazem parte do desenvolvimento da adolescência e que em certo momento, chegando à idade adulta, elas desaparecerão. A questão, é que as espinhas não aparecem só por conta do desenvolvimento do corpo, são várias as causas que acarretam a acne, como ensina Dra. Ana no quadro da página ao lado. causas que acarretam a acne Distúrbio da queratinização folicular Ocorre uma queratinização folicular anômala com obstrução do orifício folicular (poro) formando o cravo. Hipersecreção sebácea Na puberdade os hormônios (andrógenos) desenvolvem as glândulas sebáceas (1). O mecanismo mais comum é que essa glândula seja hiper-secretora a um estímulo androgênico normal (produzir sebo em excesso). E menos frequente, temos aumento de hormônios circulantes (como em doença hormonais ou terapia hormonal androgênica). Bactérias As bactérias que vivem no folículo pilossebáceo, proliferam com o aumento de sebo (2) e sua retenção, gerando um processo inflamatório. Observamos então as ‘espinhas’(3). Existe também o fator hereditário, “que influencia o tamanho da glândula sebácea, sua atividade na adolescência e a queratinização anômala com obstrução dos folículos”, complementa a dermatologista. Além disso, existem os fatores emocionais, que podem “agravar a acne por uma ação cerebral sobre o sistema hormonal”, alerta a médica que ainda ressalta a aparição de acne no período menstrual. É bom deixar claro que são esses os fatores que acarretam a espinha e seus derivados, e que a alimentação não pode ser considerada vilã nesta área, chocolates e alimentos gordurosos “não agravam a acne, e essa influência alimentar é raramente observada”, atenta a Dra. Ana Lúcia. Uma verdade que merece atenção é aquele velho aviso de não espremer cravos e espinhas. Sim, elas são feias, indesejáveis e nada queridas, mas se espremidas, serão lembradas para sempre, até que algum tratamento resolva a questão da cicatriz, portanto, espere secar, siga as instruções do seu dermatologista e mantenha as mãos longe das inflamações! Cuidado O “diagnóstico e tratamento adequado devem ser instituídos pelo dermatologista”, alerta a médica, complementando que “ produtos de compra espontânea motivados pela TV ou catálogos são um risco. Podem causar dermatites irritativas, além de retardarem a procura por um tratamento médico, aumentando o risco de piora do quadro e de sequelas inestéticas”. Infelizmente, não existe uma maneira preventiva “que o paciente ou sua família possam adotar para evitar o aparecimento da acne, a recomendação é iniciar o tratamento o quanto antes, independente da idade ou da intensidade da acne”, explica Dra. Ana Lúcia. Cuidado com o sol! A chegada do verão traz a tira colo aquela busca incessante pela boa aparência, tornando qualquer solução milagrosa a resposta para o sumiço imediato das espinhas, mas cuidado “para não traumatizar suas lesões”, orienta a dermatologista, indicando que “a exposição solar deve ser feita com uso de boné, chapéu e protetor solar FPS 30 ou mais (observar na embalagem indicações de produto em gel, oil free, não comedogênico), além de respeito aos horários. Existe uma resposta de piora da acne pós-sol, além de intensificar as manchas que acabam escurecendo”. “Para as meninas que buscam maquiagem, atenção para o uso de produtos que contenham informação “não comedogênico” (não formador de cravos). A acne cosmética antes vista nas mulheres adultas tem sido observada também nas adolescentes agravando a acne juvenil”, alerta Dra. Ana. Existe solução E não há porque desesperar, “de acordo com a idade, quadro clínico e evolução, o dermatologista indicará o uso de sabonetes, medicamentos tópicos ou de uso sistêmico (antibióticos e isotretinoina) Cicatrizes e manchas também serão tratadas com medicamentos de uso tópico, peelings químicos, procedimentos cirúrgicos e uso de tecnologia como laser e luz intensa pulsada”, explica a especialista. 13
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