PDF - Instituto Cairbar Schutel
Transcrição
PDF - Instituto Cairbar Schutel
14.000 EXEMPLARES – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL – DEZEMBRO DE 2014 – ANO 2 – Nº 15 ÁGUA: recurso vital Veja entrevista com Dr. Raul de Mello Franco Jr. e matéria de Lucas Saber nas páginas 12 e 13. Foto: http://www.freewallsource.com USE Bauru realiza Feira do Livro na praça Data: 6 a 21 de dezembro/14. Horário: das 10 às 21h. Local: Praça Rui Barbosa, em Bauru (SP) Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT PÁGINA 2 Dezembro de 2014 Editorial O interesse pessoal N as alegrias do Natal, o sentimento predominante é de gratidão pelas grandezas do Espiritismo. Gratidão a Jesus – pela presença, pela bondade, pela grandeza – e que se estende a dois nobres vultos da Doutrina Espírita: Wallace e Yvonne. Wallace Leal Rodrigues nasceu em 11/12/1924, há noventa anos, portanto. Yvonne Pereira no dia 24/12/1900. Na presente edição homenageamos Wallace e na próxima falaremos de Yvonne, este notável ícone da mediunidade. Mas a edição de dezembro está repleta de ótimas reflexões ao leitor. Desde a matéria de capa sobre a água e as valiosas reportagens e notícias. E recomendamos, com ênfase a matéria constante da página 15, num interessante e divertido relato anônimo sobre a velha questão do interesse pessoal. Deixamos nosso abraço de gratidão aos patrocinadores – graças a eles o jornal mantém-se gratuito –, aos leitores em geral, às instituições que distribuem a publicação e aos articulistas, desejando um Feliz Natal e muita dedicação ao bem no Ano Novo! r O sentido espiritual do Natal O Natal de Jesus e o Apóstolo de Matão. Édo Mariani [email protected] A proximamo-nos do NATAL DE JESUS e notamos que as vibrações deixadas por Ele, pela força poderosa e confortadora de Sua mensagem de amor, se renovam para a humanidade e a boa semente semeada por Deus no íntimo de todos os seus filhos, insuflados por essa força irresistível se aflora amainando desavenças e malquerenças e os bons sentimentos vibram paz e alegria para a grande maioria das criaturas. Natal é tempo de pensar nos familiares, nos amigos, no próximo, perto ou distante, como irmãos espirituais que somos; é o momento propício e ideal para refletimos sobre o sentido da fraternidade com aqueles que temos sido sovinas de afeto e de colaboração com suas necessidades materiais ou espirituais. É tempo de dizermos “eu te amo” sem constrangimento para os que amamos, abraçando-os afetuosamente; é o ensejo de exercitarmos a aproximação, o reencontro, a confraternização, o perdão com aqueles que nos desentendemos. Foi essa força irresistível que levou Sholem Asch, que confessa ter sido romano no tempo de Jesus e ter vivido nessa época em Jerusalém, autor do livro sobre a vida de Jesus, traduzido por Monteiro Lobato, com o título “O NAZARENO”, a descrever como se sentiu diante de Jesus: “(...) Confesso que durante o Sermão da Montanha deixei-me arrastar pela magia daquele homem. (...) O pálido rosto do rabi, emoldurado “ Natal é tempo de pensar nos familiares, nos amigos, no próximo, perto ou distante, como irmãos espirituais que somos; é o momento propício e ideal para refletimos sobre o sentido da fraternidade com aqueles que temos sido sovinas de afeto e de colaboração com suas necessidades materiais ou espirituais. na barba moça, o corpo frágil, a expressão de infinita piedade, tudo me tocou e senti-me com Ele. E Eu ainda pressentia que algo superior à minha compreensão pairava em torno daquele homem que me libertava de qualquer medo”. Situação idêntica aconteceu com muitas pessoas, inclusive o nosso estimado Cairbar Schutel, o apóstolo matonense, com a diferença que este conheceu Jesus nesta existência através do estudo dos Seus Evangelhos à luz da doutrina espírita, o Consolador Prometido, e ficou tão empolgado com a Sua mensagem confortadora e libertadora, tornando-se um dos mais ardorosos divulgadores da mensagem cristã, tendo editado sobre temas do Evangelho os livros: Parábolas e Ensinos de Jesus, O Cristianismo e O Espiritismo e Vida e Atos dos Apóstolos. Schutel não só estudou e escreveu sobre os Evangelhos; transformou-se no “Homem Novo”, no verdadeiro “Homem de Bem”, realizando em Matão, nos idos de 1905, avultada obra cristã de amparo à pobreza, tendo por isso recebido o cognome de o Pai da Pobreza de Matão além da fundação de dois órgãos de divulgação do Espiritismo, em circulação até os dias atuais. Que neste NATAL queridos leitores, meditemos sobre o sentido moralizador dos ensinos de Jesus, e em Sua homenagem e nosso benefício, nos esforçarmos por seguir os Seus ensinos e exemplos. r PÁGINA 3 Dezembro de 2014 Reflexões de Natal Amai-vos uns aos outros. Richard Simonetti [email protected] 1 – Na sua opinião, que tipo de mensagem Jesus traria aos homens se viesse até nós neste Natal? Como os mestres diligentes diante dos discípulos distraídos, repetiria suas lições, reiterando o amai-vos uns aos outros, como a base para edificação de uma sociedade mais justa e feliz. 2 – O que envolve o amor é justamente a reciprocidade. Como amar aqueles que não nos amam? Pior, como amar aqueles que nos causam prejuízos morais e materiais? Poderíamos responder com outra pergunta, usando as próprias palavras do Mestre: Se só amardes os que vos amam, que recompensa tereis? O mérito está em amar os que agem de forma contrária. os discriminemos, nem os menosprezemos, conscientes de que também são filhos de Deus, nossos irmãos portanto. E se nos parecer demasiado, contrariando o juízo do Mundo, recordemos com Jesus: Se a vossa justiça não ultrapassar a dos escribas e fariseus não entrareis no Reino dos Céus. 3 – Devemos amá-los da mesma forma como amamos os que nos amam? Problemático ter afeto por eles. O que Jesus pretende é que não os encaremos como desafetos. Que não 4 – Raros se dispõem a esse empenho. É que não atentam ao fato de que não fazem favor a ninguém. Ensina Jesus: Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, para que ele não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e te recolham à prisão. Ódio, rancor, mágoa, ressentimento, constituem a prisão sem grades, que oprime muita gente. 5 – E quando os próprios familiares se convertem em inimigos, criando-nos constantes embaraços? Jesus, que sabia das coisas, nos dá a fórmula perfeita: perdoar, não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete. Perdão sempre. 6 – Percebe-se que raras pessoas estão dispostas a esse perdão incondicional. Por quê? Sem dúvida é uma questão de maturidade. Espíritos mais experientes têm melhor discernimento e maior capacidade de relevar. Não aturar desaforo é atitude típica do homem comum, sempre intransigente com os outros, indulgente consigo mesmo, esquecido da severa advertência de Jesus: não julgueis, para que não sejais julgados, pois com o juízo que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido, hão de vos medir. 7 – Essa maturidade acontece com o passar do tempo, pela força das coisas, ou pode ser conquistada? Se fosse só uma questão de tempo não haveria necessidade da presença de Jesus para nos ensinar. O amadurecimento pode ser acelerado, a partir da proclamação dos anjos, diante dos pastores de Belém: Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra aos homens de boa vontade! 8 – Por que somente aos homens de boa vontade? A paz é uma conquista pessoal, não um favor divino. Pede empenho de nossa parte, um combate sistemático às nossas imperfeições, exercitando a bondade, que é a boa vontade em ação, no sentido de cumprir a recomendação básica de Jesus: tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles. r PÁGINA 4 Dezembro de 2014 Lar da Criança, do C. Schutel Instituição foi fundada em 1957 em Pompéia-SP. Ademildes Basílio O município paulista de Pompéia, na região de Marília, com população em torno de 20.000 habitantes, teve fundação em 19/11/57 – em reunião na Casa dos Espíritas, atualmente Centro Espírita Cairbar Schutel, sob direção do Sr. Constantino Marcolino de Souza, que convocou o encontro –, do Lar da Criança Alice Araújo. Constituída juridicamente em 15/12/57, tem por finalidade amparar a criança e seu desenvolvimento, com serviços gratuitos de assistência para que os pais possam trabalhar, sem discriminação de qualquer natureza. Alice Araújo foi, por muitos anos, Diretora do conhecido Lar da Criança Anália Franco em São Ma- [email protected] nuel-SP e incentivadora para a fundação do lar para crianças. A desencarnação de Alice ocorreu antes da fundação e o grupo espírita decidiu homenageá-la com o nome na entidade. Atendendo crianças na faixa etária de quatro meses a cinco anos e onze meses, a finalidade fundamental é acolher crianças, auxiliando as famílias na criação e educação dos filhos. Conforto no Dia de Finados Campanha “E a vida continua”. Cesar Moron A Associação Chico Xavier ofereceu o conforto do conhecimento espírita com a campanha E a vida continua, no [email protected] dia de Finados com a distribuição de 10.000 mensagens (2 títulos de Emmanuel: Eles vivem e Ante os que partiram), 500 exemplares de O Céu e o Inferno, 200 exemplares de O Evangelho Segundo o Espiritismo e 1.000 unidades de DVD com temática específica sobre a imortalidade Com cuidadoras, todo o trabalho se desenvolve no estímulo ao desenvolvimento intelectual, motor, de sociabilidade e fala, sendo que a partir dos quatro anos frequentam a Escola Municipal de Educação Infantil e no período que permanecem no Lar vivem situações de aprendizagem e convivência harmoniosa com seus pares e com os adultos que trabalham na instituição. O transporte é feito pela Prefeitura Municipal. Com 100 crianças atendidas, divididas em cinco grupos por faixa etária, a instituição emprega 17 profissionais nas diversas áreas e despesas mensais em torno de R$ 23.000,00, com receitas de diferentes fontes. Administrada por um Conselho Deliberativo, a instituição possui reconhecimento de Utilidade Pública Municipal Estadual e Federal. Contatos e informações pelo telefone (14) 3452-1535. r da alma. Tudo isso no Cemitério da Saudade, em Bauru (SP). É um trabalho de esclarecimento e consolo sobre a patente realidade da imortalidade da alma, frente às angústias próprias da chamada perda de entes queridos. Detalhes e cópias do material distribuído estão no site da instituição: www. associaçãochicoxavier.com.br r PÁGINA 5 Dezembro de 2014 Comentários do Departamento Doutrinário: Examinemos a Nós Mesmos Da USE BAURU Departamento doutrinário O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor. Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima. Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário. Testa a paciência própria: - Estás mais calmo, afável e compreensivo? Inquire as tuas relações na experiência doméstica: - Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa? Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário: - Colaboras com mais euforia na seara do Senhor? Observa-te nas manifestações perante os amigos: - Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes? Reflete em tua capacidade de sacrifício: - Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente? Pesquisa o próprio desapego: - Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres? Usas mais intensamente os pronomes “nos”, “nosso” e “nossa” e menos os determinativos “eu”, “meu” e “minha”? Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros? Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma? Dissipaste antigos desafetos e aversões? Superastes os lapsos crônicos de desatenção e negligência? Estudas mais profundamente a Doutrina que professas? Entendes melhor a função da dor? Ainda cultivas alguma discreta desavença? Auxilias aos necessitados com mais abnegação? Tens orado realmente? Tuas ideias evoluíram? Tua fé raciocinada consolidouse com mais segurança? Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras? Evangelho é alegria no coração: - Estás, de fato, mais alegre e feliz “ Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida. intimamente, nestes três últimos anos? Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo! Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor. Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida. Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária. Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil... Livro: Opinião Espírita. Francisco Xavier e Waldo Vieira Emmanuel e André Luiz Diante da clareza estonteante da recomendação acima, vamos fazer a avaliação acima semestralmente, nos avaliando sinceramente. Sejamos como o doente que em feliz tratamento, examina cuidadosamente seus próprios esforços em atender as recomendações do Médico Bondoso, que cuida para que não se faça necessária a cirurgia dolorosa e de difícil recuperação. Nossa felicidade está em nossas mãos. Sempre. r Dezembro de 2014 Dinâmicas perpetuam a Casa Espírita Fraternidade, emancipação e planejamento transformam realidade. Alexandre Perez H [email protected] á algum tempo, inspirados pela trilogia de Joana de Ângelis (Humanizar, Qualificar e Espiritizar), estamos preocupados com a finalidade e vivência espírita das casas espíritas de nossa região. Ouvindo problemas e ensaiando soluções ao longo dos anos, acabamos por chegar a uma proposta que julgamos válida: É a trilogia: a) - Dinâmica Fraterna na Casa Espírita (a qual já mencionamos no Tribuna, e matéria publicada na edição de Por dinâmica fraterna entendese a preocupação pela verdadeira necessidade do próximo como o principal fator norteador do planejamento, funcionamento e organização de atividades de uma casa espírita, fazendo com que todo trabalhador, dirigente ou diretor valorize muito mais a eficiência educadora e assistencial do papel de seus serviços e atuação pessoal, do que outros elementos que comumente valorizávamos, como a frequência, tradição ou destaque da pessoa necessitada até a sua educação paulatina nos princípios doutrinários libertadores do espírito. É a preocupação em acompanhar e incentivar o educando, e adequar os serviços de educação às necessidades dos que os frequentam, sem esperar que cada qual se adapte por si mesmo. Com isso conseguiremos materializar os fundamentos mais enobrecidos da Doutrina Espírita, quais os que tornam as almas mais emancipadas no caminho evolutivo que lhes cabe trilhar sozinhas. outubro/14, página 15). b) - A Transformação do Assistido em Assistente e c) - Dinâmica Perpetuadora da Casa Espírita. Sendo um triângulo de eventos que se inter-relacionam, esperase que um componente acabe por levar ao outro, contribuindo mutuamente para a “saúde” das instituições espíritas. deste ou daquele trabalho, desta ou daquela pessoa. A transformação do assistido em assistente é uma consequência natural do primeiro elemento desta trilogia, que consiste na preocupação da educação da alma acima de todas as outras conveniências, partindo do esclarecimento básico a respeito das necessidades urgentes A dinâmica perpetuadora da casa espírita, por sua vez, é consequência deste segundo elemento da trilogia, e consiste no planejamento lógico e eficaz de todas as atividades e finalidades da casa, expressos no estatuto e em seus regimentos internos, que adotam por objetivo máximo fornecer socorro, informação, educação, PÁGINA 6 inclusão, trabalho, avaliação e acompanhamento progressivo para todo aquele que está inscrito como frequentador, trabalhador, educando, dirigente, diretor, etc... dentro das dependências da casa espírita. Esta dinâmica possui como consequência o encadeamento lógico de todos os serviços oferecidos pela casa, de tal forma que novos frequentadores estão constantemente sendo atendidos, orientados e educados em uma ponta, e, na outra ponta, novos trabalhadores estão constantemente sendo capacitados e incluídos na rotina da casa, perpetuando assim a sua existência. Quando os serviços estão assim organizados, é forçoso admitir que a preocupação com as verdadeiras necessidades do próximo é a principal razão da existência da casa, o que nos leva de volta à definição da Dinâmica Fraterna, o primeiro elemento desta trilogia. E eis que o ciclo se estabelece. Dentro desta trilogia, que aporta valores de mudanças dinâmicas, capacitação responsável e atendimento moralizador, entre outras coisas, não há como desviarmo-nos inadvertidamente dos postulados mais atuais da Doutrina Espírita, que prescrevem o esclarecimento e maturidade dos seres humanos para nossa fase de transição planetária. Uma casa espírita assim organizada, por mais simples que seja, procurará sempre humanizar seus métodos, pessoas e serviços; procurará qualificar-se para as propostas que busca materializar; e, inevitavelmente estará “espiritizando” enquanto informa, orienta e educa a todos que se encontram sob seu teto acolhedor. Estará atendendo também à proposta de Joana de Ângelis. Assim, queridos amigos, fica esta nossa contribuição, ainda que resumida, para que todos possam refletir sobre os caminhos que percorremos como espíritas, como espíritos da Terra, e como participantes do Movimento Espírita. r PÁGINA 7 Dezembro de 2014 O Espiritismo, as células tronco embrionárias e o aborto Como ficamos nas pesquisas científicas com embriões? Jorge Salomão [email protected] a manipulação de embriões, para fins estritamente terapêuticos ou de pesquisa, fora do ambiente uterino, não será considerada em hipótese alguma como atividade contrária à vida (art. 5º, Lei n° 11.105/2005). É que nessa situação (fertilização são inerentes. A propósito, o espermatozoide e o óvulo são células com vida própria e nem por isso estão sob o comando de um ser espiritual! Observa-se, na obra de André Luiz, Missionários da Luz, que o espírito de Segismundo somente foi de embriões in vitro), o espírito ou entidade reencarnante jamais estará vinculada àquele material biológico, sendo que os impulsos vitais nele presentes será fruto dos fenômenos físicos naturais que lhe ligado ao futuro corpo 15 minutos após a fecundação. Antes disso, a forma infantil de Segismundo já havia sido conectada à forma perispiritual de Raquel, sua futura mãe (Capítulo 13). Quer dizer, o processo de liga- Foto: http://www.asilovecamila.com/ I ndagações têm surgido no sentido de se saber qual é a posição que o Espiritismo adota em relação à questão das células tronco. Células tronco embrionárias, são todas aquelas células que tem a capacidade de se dividir e formar outras células idênticas a elas próprias. Apresentam as características da autoreplicação e da diferenciação, a significar, essa última, na capacidade que tem essas células de se transformar em qualquer outra célula do corpo, tais como, célula muscular, sanguínea, nervosa etc. Quando se inicia a união da alma com o corpo? Dá-se a partir da concepção, responderam os espíritos (Questão n. 344, Livro dos Espíritos). Será que a união do espírito com o futuro corpo se dá, sempre, a partir da concepção, mesmo naquela concepção ocorrida in vitro? Configurar-se-ia o aborto, então, manipular-se embriões produzidos em laboratório? Somente ocorre aborto, quando uma vida que pulsa no interior do útero de uma mulher é interrompida (Mayana Zatz, Revista Veja, 05/03/208, edição 2050). Com isso, ção do espírito ao corpo exige que o embrião esteja implantado no útero materno, que tenha havido o entrelaçamento da forma perispiritual do reencarnante com a da sua futura mãe e, finalmente, a ligação do ser espiritual ao zigoto. Não submetido a esse ambiente e processo, o embrião não passará de um material biológico destituído de qualquer presença espiritual, podendo, inclusive, ser usado para fins de pesquisa ou métodos terapêuticos. Não ocorrerá, por essa razão, crime de aborto, porquanto a vida, vista sob o ângulo da união do espirito com a matéria, sequer se iniciou para aquele material genético. Auxiliar no desenvolvimento da Ciência, que de boa vontade se ocupa em melhorar a vida de milhares de pessoas portadoras de doenças ou lesões, muitas delas gravíssimas, é meta também buscada pelo Espiritismo. Por isso, ele aprova a utilização das células tronco embrionárias, porque se trata de conquista oriunda do progresso do conhecimento humano usada em benefício da própria humanidade (Questão n. 779, Livro dos Espíritos). r Coro Frater, de Matão, apresenta-se em datas festivas do Natal • 15 de dezembro, segunda-feira, 20h em Ibitinga-SP, no C. E. Francisco de Assis de Amor e Caridade; • 16 de dezembro, terça-feira, 20h em Matão-SP, no C. E. O Clarim; • 18 de dezembro, quinta-feira, 20h em Matão-SP, no C. E. Bezerra de Menezes; • 20 de dezembro, sábado, 20h, em Matão-SP, na Comunidade Espírita Cairbar Schutel; • 21 de dezembro, domingo, 9h, em Matão-SP, no C. E. Nosso Lar; • 21 de dezembro, domingo, 20h, em Matão-SP, no C. E. Allan Kardec. As apresentações incluem tempo de palestras temáticas. Dezembro de 2014 PÁGINA 8 FEIRAMOR e Feira do Livro Eventos movimentam Bauru. Josylene Sousa [email protected] FEIRAMOR Realizada em Bauru (SP), nos dias 8 e 9/11/14, a 27ª. edição da Feira Espírita Beneficente, organizada pela USE local – reuniu 37 instituições da cidade e região que desenvolvem trabalhos sociais. Os voluntários são o grande destaque do evento que, aliado à qualidade da alimentação oferecida e artesa- “ Foram dois dias de alegria e confraternização, envolvendo a região toda, demonstrando generosidade e espírito de trabalho. natos elaborados carinhosamente, cuja receita é destinada a creches, abrigos, casa de sopa, etc., além de cabeleireiros e outros profissionais que doam suas horas de trabalho. Foram dois dias de alegria e confraternização, envolvendo a região toda, demonstrando generosidade e espírito de trabalho. FEIRA DO LIVRO O evento ocorre no período de 6 a 21 de dezembro/14, das 10 às 21h, na Praça Rui Barbosa, sendo fruto de um projeto dos participantes do Curso de Gestão de Centros Espíritas – elaborado pela USE Bauru e Associação Chico Xavier, em 2010. A realização da Feira em praça aberta permite o acesso de pessoas de todas as classes, e religiões, muitas buscando explicações, orientações para suas dúvidas, sendo esclarecidas e com sugestões de livros que auxiliem sua caminhada. Com descontos que chegam a 60%, livros de variadas editoras e autores agendados para momentos de autógrafos, a Feira na Praça também disponibiliza títulos da literatura infanto-juvenil e livros usados, com preços a partir de R$ 1,00. E ainda o kit Obras Básicas, com preços bem abaixo da tabela. Como atrações da feira, haverá autógrafos, contação de histórias, musicais, etc. Visite a Feira do Livro na Praça, a importante realização da USE Bauru neste final de ano. Informações adicionais, utilize o telefone 14 3227-0770 ou pelo e-mail [email protected]. r PÁGINA 9 Dezembro de 2014 Sugestão comovente para presentear no Natal! Autor reúne histórias lindas numa única obra. Mythos Editora C om contos comoventes cujos personagens buscam a realização de um sonho, o livro Seu Legado para o Mundo emociona às lágrimas pela sensibilidade do autor. Marco Túlio Michalick é espírita desde a adolescência, autor de cinco livros e vinculado ao movimento espírita de Brasília-DF, onde reside. Natural de Belo Horizonte e representante comercial, elaborou uma obra notável. Um livro de contos, com lindas histórias, todas com personagens na busca de um sonho. Ilustrado e com acréscimos doutrinários no final de cada capítulo, a obra vem alcançando excelente repercussão, dada à sensibilidade dos textos. Entrevistado pela revista eletrônica O Consolador (que pode ser acessada pelo portal www.oconsolador. com – edição 377, de 24/08/14), da qual extraímos trechos parciais para a presente publicação. 1 - Como surgiu a ideia dos belíssimos contos? R- Sempre pensei no legado que podemos deixar depois de “partirmos”. Não o legado material (...) www.mythoseditora.com.br mas um legado espiritual, aquele que pode beneficiar a sociedade. (...) 3 - As emoções próprias de cada conto, por si só comovedores, que tipo de reflexão lhe causou? R- Cada conto é uma emoção diferente. São histórias comoventes que tratam de assuntos atuais. Cada um tem sua particularidade, sua essência e sua realidade. (...). 5 - Quais as impressões e repercussões depois do livro lançado? R- Foi surpreendente! As pessoas me retornaram (...). Tenho uma amiga (...) que disse que (...) seu filho adolescente estava “devorando” o livro (...). Outra informou que havia dado o livro para sua filha com câncer e que os contos estavam lhe fazendo bem (...). Alguns disseram que já tinham lido alguns contos várias vezes e em todos os momentos se emocionaram. As pessoas estão gostando tanto da obra que estão comprando novamente para dar de presente. (...). 6- Qual o conto que mais lhe comoveu? Por quê? R- (...) Entre eles estão: “O Mar” que conta a história de Salma, uma mulher palestina que sonhava em banhar-se no mar; “A Menina, o Músico e o Violinista” mostra que a música pode superar limites inimagináveis; “Maggie” baseada em fatos reais, é a história de uma cadelinha da raça lhasa apso que mudou a vida de uma família; “A História de Oliver Stawn” mostra o amor de um casal e tem um final surpreendente; “A Cilada” conta como os espíritos das trevas se reúnem para destruir um centro espírita; “O Doador” é a história de um homem falido que tenta o suicídio... (...) todos realmente têm sua essência e são comoventes. (...). 9 - Suas palavras finais. R- (...) gostaria de convidar o leitor a adquirir Seu Legado para o Mundo, acredito que alguma história do livro irá influenciar positivamente em sua vida. E ainda, deixar o seguinte questionamento: Qual o legado espiritual você deixará? Já pensou nisso? Ainda não? Talvez, tenha chegado a hora de refletir sobre o assunto. r OBRA PODE SER ADQUIRIDA PELO TELEFONE 0800 707 1206 OU PELO SITE www.candeia.com PÁGINA 10 Dezembro de 2014 Noventa anos de Wallace Leal V. Rodrigues Autor, editor, tradutor, entre outras referências, Wallace é um marco na história. Redação [email protected] N ascido a 11 de dezembro de 1924 em Divisa (ES), alcançamos em 2014 os 90 anos de nascimento do genial Wallace Rodrigues, autor dos conhecidos livros E, para o resto da vida e A Esquina de Pedra, entre outros, inclusive tradutor e prefaciador de inúmeras obras, sua lucidez doutrinária e mesmo sua brilhante inteli- gência, de tantas experiências valiosas no campo da cultura e da arte, fazem-no credor de imensa gratidão e reconhecimento. Redator chefe da Casa Editora O Clarim – fundada por Cairbar Schutel, em Matão, no interior paulista –, destacou-se pelas impecáveis traduções e conteúdo doutrinário de seus livros e prefácios de tantas obras, durante seu tempo de trabalho junto à editora, nos idos tempos das décadas de 60 a 80. Escritor, tradutor, pesquisador inveterado, de grande capacidade e esmero intelectual – de forma e fundo –, de linguagem, estilo e conteúdo, gostava de pesquisar obras e autores importantes, brasileiros e estrangeiros. Buscava o belo, a cultura, a arte, vinculando-os sempre ao objetivo de exaltar a grandeza da vida e das virtudes humanas, sempre possíveis de serem conquistadas, em qualquer idade. Alma de grande sensibilidade, deixou-se tocar pela Doutrina Espírita, dela fazendo o sol e a luz de sua existência. Muitos de seus trabalhos também estão publicados na Revista Internacional de Espiritismo e na tradicional publicação Anuário Espírita – publicado pelo IDE -Araras – com várias matérias de sua lavra, tendo traduzido também inúmeros romances estrangeiros e posteriormente publicados pela mesma editora, destacando-se os notáveis A Janela do Meio, O Ignorado Amor, Voltou mas esqueceu, Vozes na casa, entre outros, muitos deles disponíveis com novas paginações e novas capas, no trabalho constante da editora em mantê-los à disposição do público. E, para encerrar, no ano em que se comemora os 90 anos de seu nascimento, a editora reedita um de seus clássicos: Katie King, em muito bem elaborado documento literário sobre as pesquisas de Willian Crookes em torno da imortalidade com as materializações de Florence Cook, cuja obra merece abordagem específica. Indicamos aos leitores aprofundarem pesquisas sobre essa notável personalidade, especialmente por meio de seus livros e de sua rica biografia, fartamente disponível, igualmente homenageado na edição de novembro/14 da RIE – Revista Internacional de Espiritismo. r Palestra em Marília comemora 58 anos do Lar Amélie Boudet Data: 05 de dezembro, sexta-feira, 20h Local: Rua Amélie Boudet, 55 – Pq São Jorge – Marília-SP Palestrante: Wellerson Santos, de Belo Horizonte (MG) Tema: Ide e Pregai Informações: 14 3417 4930 Nota: o evento soma-se a outras duas palestras comemorativas realizadas em 22 e 29/11/14. PÁGINA 11 Dezembro de 2014 Ser muito espírita Tema sugere pensar na coerência com os princípios que abraçamos. Marcelo Teixeira T atiana era uma assídua jovem da mocidade espírita. Um belo dia, ela deixou de ir. Maurício, um dos evangelizadores, perguntou a Elisa, mãe de Tatiana e colaboradora assídua do centro, o que havia acontecido. Resposta: - A Tatiana está namorando um rapaz que é muito católico. Por isso, ficou difícil para ela vir aqui. Impressionado com a resposta de Elisa, Maurício disse que era perfeitamente possível Tatiana namorar o rapaz católico e continuar frequentando a mocidade espírita, da qual tanto gostava. Elisa, então, retrucou: - Mas a família dele é muito católica! Maurício devolveu: - Ué! E a sua família é muito espírita! [email protected] Elisa ficou extática. Jamais passara por sua cabeça tal raciocínio. A frase de Maurício guarda uma lição: muitos espíritas ainda se comportam como se existisse uma religião oficial, correta – o Catolicismo. E dependendo da região ou da classe social, o Protestantismo. As outras, Doutrina Espírita incluída, seriam religiões periféricas. Assim, se sou espírita e começo a namorar uma católica ou evangélica, devo me bandear para a religião dela, que é a correta. A minha é o batuque, o Satanás etc. O médium e expositor José Raul Teixeira comentou, durante um seminário, que certa vez, num evento, ao saberem que ele era espírita, disseram: - Prove que a reencarnação existe! Raul rebateu: - E você me prove que não existe! Por que nós temos que provar aos outros que a reencarnação existe? Será porque somos os errados e eles, os certos? Ninguém precisa provar nada para ninguém. É simplesmente uma questão de fé. No livro Espiritismo e Justiça Social, Luiz Gonzaga Pinheiro conta que um amigo seu disse certa vez que evitava dizer que era espírita para não impressionar as pessoas. Afinal, segundo ele, ainda havia muita discriminação e má vontade. A Doutrina Espírita é o consolador prometido por Jesus. Nas palavras de Gonzaga, “uma das mais completas e racionais propostas de evolução que o planeta já recebera.” Perguntado por que agia assim, o amigo respondeu que o Espiritismo ainda era visto como coisa de terreiro, o que feria a sensibilidade das pessoas. O problema do amigo de LGP e da mãe de Tatiana é o mesmo. Elisa acha normal que a filha abandone a casa espírita para seguir o namorado, que está na “religião certa”, como se isso existisse. O amigo de LGP se acovarda diante da opinião equivocada que muitas pessoas têm da Doutrina Espírita. Elisa deveria instruir a filha a ter firmeza de caráter na hora de defender sua fé. O amigo de LGP deveria mandar os prováveis incomodados estudar a Doutrina Espírita, a fim de inteirarem-se de seus postulados e não discriminarem o que não conhecem. O que não podemos é calar ou mudar para a “religião certa”, pois isso favorece a visão distorcida. O espírito Emmanuel diz que a maior caridade que se pode fazer à Doutrina Espírita é divulgá-la. Pois bem. Divulguemo-la por meio da nossa conduta, o que inclui ter uma postura convincente acerca dos postulados que abraçamos. r Feedback, uma importante ferramenta para as instituições Sugestões, críticas construtivas e opiniões devem ser oferecidas com bondade. Wellington Balbo N o dia 25/10/14 proferi palestra no Centro Espírita Encontro Fraterno na cidade de Salvador (BA). Ao adentrar a Casa, ambiente acolhedor e harmonioso conversei com os dirigentes e disse-lhes sobre as minhas boas impressões com relação a tudo que vi. Qual foi minha surpresa quando o dirigente chorou de emoção e me agradeceu, dizendo: - Sabe, escutar isso é muito bom, mostra que estamos sendo úteis. Naturalmente que fiquei admirado com a reação do dirigente. E ele completou: Quando ocorre o feedback ficamos satisfeitos, mesmo que não seja positivo, o retorno é importante para sabermos como estamos indo. Em face desse fato fico a refletir na importância de dialogarmos, conversarmos, oferecermos um [email protected] retorno, um feedback às pessoas, principalmente àquelas que dirigem as instituições. Quantas vezes adentramos um centro espírita, fomos beneficiados pelas vibrações do ambiente, recebemos as maravilhas do mundo espiritual e saímos melhores? Quantas dessas vezes conversamos com o orador ou dirigente para falar-lhe de nossas impressões? Quantas vezes observamos algo errado e não nos dirigimos a quem de direito para chamar-lhe a atenção ao fato? O feedback é uma ótima ferramenta para que as instituições aperfeiçoem os seus métodos, para que, por exemplo, os centros espíritas melhorem a qualidade de seus trabalhos. Além, claro, de servir como estímulo para que se continue na labuta. Sim, porque o reforço positivo é importante para dar um “gás”, um incentivo ao trabalhador. Afinal, quem não gosta de receber um elogio? Entretanto, frequentemente esbarramos em algo que está disseminado em nossa sociedade: O receio de melindrar os outros. - Não vou falar nada, pois ele pode se ofender. Fique tranquilo. Ninguém se ofenderá se a crítica for construtiva e você utilizar palavras adequadas, com jeito e caridade. - Não vou elogiar porque ele irá se envaidecer. Fique tranquilo, ninguém irá se envaidecer com um simples elogio, ou, melhor, um feedback sobre o desenvolvimento de sua atividade. Quer queiramos ou não, somos importantes no processo de enriquecimento do semelhante, mas para isso é preciso coragem, quebrar o paradigma do melindre e, claro, utilizar a caridade. Uma mensagem de São Luis, do ano de 1860 e que está em O Evangelho segundo o Espiritismo mostra que podemos, sim, dar o feedback negativo aos outros desde que façamos com caridade e moderação, sem o prazer de denegrir. E se podemos dar o feedback negativo é claro que o podemos fazer de forma positiva, a fim de convidar os amigos a prosseguirem com coragem na divulgação da mensagem de Jesus. Recordemos sempre que as instituições têm no feedback uma ótima ferramenta para modificar e melhorar o seu trabalho. Cabe a nós, então, utilizar a mencionada de forma adequada e prudente conforme recomendanos São Luis. r PÁGINA 12 Dezembro de 2014 Água – recurso essencial à vida Escassez chama à reflexão e pede modificações de hábitos. Redação O Dr. Raul Mello Franco Jr., Promotor de Justiça em Araraquara-SP proferiu em Matão a excelente palestra Ecologia e Espiritismo. Dada à importância e atualidade de sua abordagem, gentilmente concedeu-nos entrevista sobre o tema. Acompanhemos atentamente suas valiosas considerações. 1 - A escassez de água no sudeste do Brasil especialmente, assunto do momento, e as modificações climáticas e geológicas do planeta, é resultado de que fator principal? As pessoas olham para as secas sazonais e retiram do fato uma conclusão simplória: há seca porque não chove! Talvez tributem isso a algum capricho da natureza ou à divindade. Há quem simplesmente culpe S. Pedro ou os políticos. Poucos são capazes de ir além. E por que não chove? Que razões estão provocando, cada vez de forma mais intensa, essa oscilação entre secas e enchentes? Por que passamos meses sem chuva e, de repente, temos tempestades devastadoras? Qual a razão desse desequilíbrio que parece ter feito desaparecer as fronteiras das estações climáticas? Por que o planeta experimenta uma evolução térmica galopante e perigosa? A razão disso tudo está na forma como a humanidade se comporta: os seus valores, hábitos, padrões de consumo. Em uma palavra: escolhas! Optamos por resolver mobilidade com a queima de combustíveis fósseis. Governos (inclusive o brasileiro) [email protected] continua a incentivar a compra de veículos altamente poluidores. Encartamos a produção e o consumo de proteína animal entre as nossas prioridades (a criação de gado é uma das maiores inimigas do meio ambiente). Desejamos cobrir e mobiliar as nossas casas com produtos à base de madeira. Usamos a água de forma totalmen- consumo, desejos e escolhas devem ser atendidos imediatamente para gerar riquezas materiais, exigimos, com o nosso comportamento, que florestas sejam derrubadas, que virem pastagens, que o gado se multiplique, que a pesca predatória se intensifique, que as parcas reservas de água doce se esgotem, que o fogo elimine o nosso lixo. A e não abastece as nascentes. Sem a mata que dá coesão ao solo, materiais sólidos das margens e encostas dos cursos d’água vão se depositando no leito dos rios (é o assoreamento). A fauna da região se ressente. Animais vão caminhando para a morte e para a extinção. Sem evaporação não há nuvens; sem nuvens não há chuva. “A carne que estamos comendo tem gosto de mata queimada”, alertam os ativistas ambientais. Nossas reservas florestais se perdem e dão lugar a pastos ou culturas de soja pra exportação. Passamos sede e acumulamos doenças com a falta de umidade ou com o consumo exagerado de carne animal. Tudo isso num ciclo que se repete não apenas por maldade dos homens, mas pela falta de planejamento e incentivo de práticas econômica e de consumo sustentáveis. 2 - Como corrigir nossos hábitos de consumo e uso dos recursos naturais? te irresponsável, como se fosse um bem infinito. Produzimos toneladas de lixo todos os dias e nem queremos saber onde isso tudo vai parar. Abusamos do plástico sem nos preocuparmos com o seu descarte. E porque numa sociedade de seca do sudeste está inserida, claramente, nesse painel ambiental. É fruto de uma crise que passa pelo desmatamento da Amazônia, do cerrado e da Mata Atlântica. Sem vegetação de cobertura, a umidade do ar não é recolhida pelas árvores O primeiro passo é a conscientização e a reedução ambiental. Não se pode esperar que o outro faça. Cada um precisa fazer a sua parte, mudando as suas escolhas, combatendo o consumismo desenfreado. Quando os homens passaram a olhar com asco para os casacos de pele, eles simplesmente desapareceram. Hoje ninguém tem coragem de surgir em público com um deles. O mesmo se deu com as peles de crocodilo ou as peças de marfim. No final da década de 1980, o inconformismo de uma mulher (Gro Brundtland), uma médica norueguesa que se tornou 1ª Ministra da Noruega, produziu a redução de 30% das emissões de dióxido de enxofre, um gás altamente tóxico e corrosivo, produzido pela queima de óleo e PÁGINA 13 carvão. Nada disso terminou, mas houve sensível diminuição. Se não me interesso por comprar animais silvestres ou por consumir carnes e esse comportamento se dissemina, a promoção dessas atividades inevitavelmente irá decair. Se as minhas compras passam a ser mais cuidadosas, desde o exame da embalagem (é reciclável?) até do tipo de fibra utilizado na composição das roupas que gosto e isso, aos poucos, passa a ser um comportamento natural das pessoas, é claro que a indústria e o comércio terão que se adaptar. Se a minha relação com o consumo da água é inteligente e eu já consigo conter os meus excessos (procurando e resolvendo vazamentos, denunciando abusos, racionalizando o meu banho, a lavagem de quintais, calçadas ou veículos e até a escovação de dentes, por exemplo), estou fazendo a minha parte para o reequilíbrio do planeta. Chegamos num ponto crítico de deterioração do meio ambiente. Mudar a minha forma de olhar para o problema (que não é de alguém, mas meu), de renunciar a certos confortos ou prazeres de alto custo ambiental, de policiar os meus atos e domar os meus impulsos de consumo são correções éticas básicas para viver numa sociedade que, sem correção, marcha para o sufocamento e a extinção. Aliás, já não é mais questão de querer fazer. É obrigação que se impõe e que determina a diferença entre a vida e a morte. 3 - O que tem a ver Ecologia e Espiritismo? Ecologia e Espiritismo são ciências que surgiram na mesma época. Ernst Haeckel, o naturalista alemão considerado o pai da Ecologia, é contemporâneo de Kardec. Há uma sinergia entre Ecologia e Espiritismo. Ambas abordam a realidade de forma sistêmica e enfrentam a mesma resistência Dezembro de 2014 dos homens em não compreender e aceitar essa realidade. Exigem reformas, mudanças de comportamento, vigilância contínua quanto à maneira de agir. Valorizam a vida, a convivência, a afetividade, o equilíbrio, a pacificação. Olham para os seres do planeta com o coração e com a sensibilidade, não apenas com os olhos e com o interesse econômico. As duas ciências acreditam na educação como a mola para a transformação da nossa realidade. 4 - Por que o meio ambiente influencia a evolução humana? Repassemos, rapidamente, algumas bases da Doutrina. O Livro dos Espíritos nos ensina que tudo se encadeia na natureza. Desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo (q. 540). Tudo se acha submetido à grandeza e harmoniosa lei da unidade (A Gênese, cap. XIV, item 12). Ninguém evolui de forma isolada, separado do planeta e dos demais seres. Criado simples e ignorante, o espírito estagia por milhões de anos nos reinos inferiores de criação, desenvolvendo funções mais complexas, inteligência, senso moral (Q. 607, L.E.). É a evolução filogenética. Assim, pensar no equilíbrio do planeta significa preocupar-se com os demais seres que, em reinos inferiores ou na linha hominal, contribuem para um desenvolvimento que se opera em elos, numa grandiosa corrente. Homem algum é capaz de cumprir os seus compromissos reencarnatórios vivendo dentro de uma caixa ou preso num cubículo. O meio ambiente não vive e pulsa lá fora, no oceano distante ou numa floresta equatoriana. Vive e pulsa dentro de nós. Fornece o que respiramos, os elementos que correm nas nossas veias, a comida que levamos à boca, a água que nos hidrata. Não há, portanto, apenas influência; há interação. r O que vale mais: a água ou o ouro? Recurso natural pede consciência individual e coletiva. Lucas José Sáber A [email protected] água é a molécula mais importante do corpo humano, predomina em abundância no nosso organismo. Uma pessoa adulta possui no seu corpo um percentual de 60% a 75% de água. A quantidade de água no organismo humano varia em função da idade, do sexo e da quantidade de tecido adiposo que possui. Já paramos para pensar o que acontecia se faltasse agua em nosso organismo? Nosso planeta assim como nosso corpo também necessita de água para seu perfeito equilíbrio, pois esse fluido é uma das fontes da vida na Terra. Nós, seres Humanos vivemos sobre o Planeta desfrutando dos recursos naturais, aos quais necessitamos aprender o uso racional sem desperdícios. Mas fazemos exatamente ao contrario, até que o próprio meio ambiente, regido pela Lei cósmica, necessitou tomar as rédeas da situação, nos ensinando assim à forma correta de utilizar as riquezas dispostas ao nosso processo evolutivo. Quem de nós gostaria de estar submetido às atividades improprias no dia a dia? Desta mesma forma, a nossa preciosa água, espera de nós ser empregada em atividades nobres que variam conforme suas características, por exemplo, utilizar água potável para o consumo e não na limpeza de quintais. Porque não desenvolvermos atividades autossustentáveis como utilizar a água que lavamos roupa para outras limpezas para evitar o desperdício? Em um Planeta de provas e expiações seria normal passarmos pela escassez de agua, mas como ficaríamos após o processo de transição? Jesus diz no Evangelho que “Nada passara até que toda Lei seja cumprida”, e exatamente neste ponto observamos em O Livro dos Espíritos sobre a Lei de Conservação, que explica perfeitamente nossa responsabilidade para com os recursos que nos são oferecidos em nossa sublime jornada, esclarecendo que transformamos o Planeta através de nossas atitudes morais em um mundo melhor. Deus criador supremo, infinitamente justo e bom, jamais nos castigaria com a sede ou pela fome, apenas colhemos frutos de nossas próprias semeaduras, e passamos dificuldades por não observarmos que “não existe efeito sem causa” e que a cada um será dado conforme as suas obras. Sejamos otimistas e esforcemo-nos em melhorar a nossa postura diante do universo que apenas espera a nossa perfeição, única fatalidade da Lei Divina. r PÁGINA 14 Dezembro de 2014 Ano novo renova as esperanças Associação reúne trabalho valioso desde a fundação Cesar Moron P arece que foi ontem, 08 de junho de 2005, que um grupo de idealistas espíritas, da cidade de Bauru, fundou a Associação Chico Xavier para a Divulgação Espírita com o objetivo primordial da difusão do Espiritismo e sua divulgação pelos veículos de comunicação: Rádio, Televisão, Internet e Jornal. A Associação Chico Xavier para Divulgação Espírita agradece a todos o apoio e a colaboração recebida durante o ano de 2014, de intensa programação. Foram meses de trabalho e realizações. Nossa banca do Chico, que fica na maior feira livre da cidade, aos domingos, continua firme, le- [email protected] vando o livro espírita para fora da casa espírita, é a literatura espírita disponível para o público profano. Quebrando paradigmas, realizamos a Feira do Livro Espírita dentro de um Shopping, e durante 20 dias, realizamos em todas as noites, palestras com os mais variados expositores, de Bauru e região. Na oportunidade, distribuímos aos visitantes da feira 4.000 livros O Evangelho Segundo o Espiritismo. Também estivemos presentes no dia de Finados no cemitério da Saudade, com a campanha: E a vida Continua... e distribuímos 5.000 mensagens sobre a data, 500 exemplares de O Céu e o Inferno e 200 de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Também foram distribuídos 1.000 dvds com uma palestra sobre a data, gravada com o professor Nazil Canarim jr. (Disponível em nosso site: www.associacaochicoxavier. com.br). Foi um grande momento de divulgação da Imortalidade da Alma. Não podemos esquecer-nos da nossa forte parceria com o jornal Tribuna do Espiritismo, levando O amor saiu de moda? Uma boa pergunta para esse fim de ano. Sidney Fernandes [email protected] O orquidófilo trata da planta com respeito, conversa com ela na certeza de que é ouvido e dá atenção especial às menos desenvolvidas, permeando suas ações com grande carinho. No filme Rio, do brasileiro Carlos Saldanha, a personagem Linda encontra um filhote de ararinha-azul abandonado. Graças aos seus cuidados, o animal sobrevive, desenvolve-se e torna-se seu melhor amigo. Uma relação de carinho, confiança e muito afeto. A égua que monto, gosto de seu jeitinho. Abraçada ao meu pescoço, engole meus medos. Trouxe-me a esperança de dias melhores. Eu que pensava que só amava cachorros e gatos, me descubro apaixonada pelos cavalos, por sua existência, minha doce Nina. A declaração de amor acima foi dedicada por uma jovem à égua Nininha, que lhe trouxe de volta a felicidade nos dias de equoterapia. Diz o lendário escritor norte-americano Dale Carnegie que não existe maior demonstração de simpatia e amizade do que o sorriso de um cão, ao receber seu dono, ou mesmo um desconhecido, com o abanar de sua cauda. *** De fato, vemos nas relações dos homens com plantas e animais inúmeras manifestações de amor. E elas são compreensíveis e dignas de serem imitadas. E com gente, acontece a mesma coisa? Nem sempre. Aproximações entre pessoas geralmente ocorrem muito menos em razão do verdadeiro afeto e muito mais pela atração física. Há quase que um total alheamento ao que mais interessa: o amor. Os casamentos destituídos de afeto não chegam a durar, em alguns casos, mais do que dois anos. Fazer amor deixou de representar a corte, a aproximação e a solidificação de afetos. E nós sabemos que o sexo é apenas parte do amor. a informação espírita nas mais distantes cidades. Estamos inaugurando em dezembro o Brechico, nome carinhoso do nosso Brechó e recebemos doações de roupas, móveis, eletro domésticos, eletrônicos, livros, etc. Mas 2015 promete mais. Além de nossos eventos tradicionais, estamos preparando o lançamento do Curso de Espiritismo à distância; da conclusão de nosso estúdio de gravações; da realização de um grande encontro em nossa cidade e muito mais. Diante de tantas atividades em andamento, surgiu a necessidade de criação de uma nova identidade visual da Associação Chico Xavier, que ilustra este artigo. Nosso telefone de contato é: 14-3241-1857, e-mail: associacaochicoxavier.com.br Na paz do nosso patrono Chico e de nosso Mestre Jesus, agradecemos a todos e a Associação conta com sua ajuda para a realização de nossa missão.r Não, caro leitor, não estou apresentando quixotesca defesa do puritanismo e do moralismo social. Não podemos nos esquecer, todavia, de que agregar carinho, confiança, afeto, respeito e alegria de convivência, só pode resultar na feliz combinação do verdadeiro amor, em sua construção permanente. E sem querer ser mais piegas e brega do que até agora fui neste texto, valho-me dos versos do mais extraordinário defensor do amor: Eu sou aquele amante à moda antiga, do tipo que ainda manda flores; Apesar do velho tênis e da calça desbotada, ainda chamo de querida a namorada (Roberto Carlos, Amante à moda antiga). *** Lembremo-nos sempre da recomendação de André Luiz, contida no livro Sinal Verde, de que, em matéria de felicidade convém não esquecer de que nos transformamos naquilo que amamos. r PÁGINA 15 Dezembro de 2014 O interesse (ou desinteresse) pessoal num caso divertido Relato anônimo demonstra surpresa perante esforço de bondade. Redação U m cidadão de Santa Catarina me enviou um e-mail, pedindo orientação e ajuda. Provavelmente achou o meu endereço num site que mantenho em favor dos meus alunos. Ele relatou que estava desemprego e havia se separado da esposa. A escola do filho entrara na Justiça contra ele. Exigia pagamentos de mensalidades atrasadas, além de outras que, assegurou, já estavam pagas. Os valores eram abusivos e ele desejava mostrar isso ao juiz. Ocorre que a Defensoria Pública do Estado não atuava na cidade onde ele morava. A OAB também não tinha, naquele momento, um convênio ativo com o Estado. Sem poder pagar um advogado, bateu-lhe o desespero. O prazo que tinha para responder estava se esgotando e a juíza da Comarca se negava a atendê-lo sem um advogado. Depois de várias mensagens trocadas, consegui entender melhor a situação e me compadeci profundamente da situação dele. À noite, em casa, redigi uma longa mensagem. Orientei cada passo do que ele poderia fazer. Preparei um roteiro [email protected] extenso e minucioso que incluía até petições escritas, prontas para serem impressas, assinadas e apresentadas no protocolo do Fórum. Ele agradeceu, mas deixou claro que não poderia pagar pelos meus serviços. Eu respondi que não tinha problema algum. Eu nada estava exigindo e nem poderia fazê-lo. Ele quis saber, então, qual a razão da minha ajuda. “Qual o seu interesse em fazer isso? Você nem me conhece! Não sabe da minha história, do meu passado. Sequer tem certeza do meu nome!” Expliquei que queria apenas contribuir para solucionar o problema que o angustiava. Ele cruzou o meu caminho e, então, eu não poderia perder a oportunidade de ajudá-lo. Aparentemente ele estranhou a resposta, mas seguiu o meu roteiro. Algumas coisas não deram certo. Acionei, então, o “plano B”. Mantive contato por telefone com o promotor de justiça da cidade dele e pedi que o recebesse na Promotoria. O meu amigo desesperado disse que isso não daria certo. Ele já havia estado lá e não quiseram atendê-lo. Depois de uma longa conversa com o promotor catarinense, foi agendado o atendimento, não antes do promotor me perguntar, repetidas vezes, se eu era parente ou amigo pessoal do sujeito. Expliquei como eu havia tomado conhecimento do problema. Senti que o meu colega achou um pouco esquisita a minha insistência em querer ajudar um estranho. Fomos em frente. Mandei novamente um relato escrito, uma espécie de rascunho que iria facilitar o trabalho do promotor. As coisas, desta vez, avançaram. A juíza recebeu o pedido do promotor e, pelo que soube, eles acabaram chegando a um acordo com a escola. Toda essa história, com dezenas de mensagens trocadas, durou cerca de dois meses. Tudo resolvido, o meu amigo virtual tornou a me escrever. Agradeceu, em mensagem comovente, o que eu havia feito e insistiu em saber porque eu o havia ajudado. Eu pedi que ele repetisse o gesto com quem atravessasse o seu caminho. Era o que importava. Então, numa missiva final, ele pediu pra que eu não esquecesse: se por acaso fosse candidato a “alguma coisa” (acho que ele se referia a algum cargo eletivo), poderia avisá-lo. Ele iria trabalhar em meu favor. Isso me provocou muito riso. Lembreime, imediatamente, da questão 895 de O Livro dos Espíritos: “o verdadeiro desinteresse é coisa ainda tão raro na Terra que, quando se apresenta, é tomado como fenômeno”. r Dezembro de 2014 REMETENTE: Instituto Cairbar Schutel Caixa postal 2013 15997-970 - Matão-SP PÁGINA 16 Cidade tem seu primeiro grupo espírita Grupo busca recursos para construir sede própria. trocínio diário das mensagens dos notáveis CDs da FEP conhecidos como Momento Espírita em uma emissora de rádio local. Por outro lado uma vez ao mês é realizada a Espírita Bezerra de Menezes, localizado em Paranavaí, foi fechado e todo o seu patrimônio material e financeiro foi doado ao grupo para auxiliar na implantação do primeiro Centro Espírita na cidade de Alto Paraná, com o nome Centro Espírita A Caminho da Luz. reunião do Evangelho no Lar na casa de um dos integrantes, com confraternização entre as famílias após o Evangelho. Um fato marcante, todavia, alterou a história de maneira expressiva: em novembro de 2013, o Centro Com o dinheiro da doação foi adquirido um terreno de 450m², no qual já foi iniciada a construção de um salão de 120m². Para a finalização da obra iniciada, sala de passes e banheiros está previsto um orçamento de R$ Sirlene Pinheiro Pascuti A pequena cidade de Alto Paraná (PR), de apenas 13 mil habitantes, 60 anos de fundação e economia basicamente agrária, vê surgir seu primeiro grupo espírita. Com apenas oito trabalhadores e simpatizantes que frequentam as reuniões, enfrentando ainda as resistências da população, o grupo surgiu em 2009 com o nome de Chico Xavier, auxiliado pelos amigos do Centro Espírita Fé, Amor e Caridade, da vizinha Paranavaí que, por três anos seguidos ministraram estudos sistematizados, preparando a equipe nascente. Estudando as obras básicas, às terças e quartas-feiras, as reuniões ocorrem em sala cedida por uma Escola Municipal. Uma vez por mês é realizado o curso de qualificação de trabalhadores no setor da mediunidade, oferecido pela FEP – Federação Espírita do Paraná. Além disso, o planejamento na área de divulgação permite oferecer aproximadamente cinco palestras anuais, realizadas na Casa da Cultura da cidade, além do pa- [email protected] 90.000,00. Faltando ainda a construção de salas de evangelização, cozinha e refeitório. Para a arrecadação de fundos com essa finalidade, o pequeno grupo realiza promoções de venda de pizzas, bazar com roupas usadas, venda de livros e contribuição espontânea feita pelos trabalhadores. Os fatos desencadeados, o esforço do pequeno grupo e o fortalecido ideal do bem mostra o investimento que a Espiritualidade direciona aos trabalhadores de boa vontade, imbuídos do esforço sério e devotado, que se pode sentir a todo instante – seja na inspiração sentida ou na dificuldade vencida –, razão pela qual há que se agradecer e continuar trabalhando. Para qualquer ajuda, contatos podem ser feitos pelos e-mails: sir [email protected] e [email protected] ou pelos telefones: (44) 9914-6861 e (44) 9956-9333 (TIM) Quem quiser colaborar pode efetuar depósito bancário: Centro Espírita a Caminho da Luz - Cooperativa SICREDII União Paraná – agência: 0718, conta corrente: 10957-1. r