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Arte&Agenda
6 | DOMINGO, 2 de maio de 2010
CORREIO DO POVO
Sala Redenção exibe ciclo de Hitchcock
CP MEMÓRIA
Filme ‘Intriga Internacional’ integra a seleção do ciclo
A
Sala Redenção – Cinema Universitário, localizada no Campus Central da Ufrgs, apresentará, a partir desta segunda-feira, um
ciclo especial dedicado inteiramente a Alfred Hitchcock, o mestre do suspense e do mistério. Durante todo o mês de maio, o público da Sala Redenção
poderá assistir à boa parte da filmografia do diretor
inglês, considerado um gênio principalmente após
ser descoberto pelos cineastas da nouvelle vague
francesa – que fizeram uma releitura de seus filmes. François Truffaut, inclusive, publicou o conhecido livro HitchcockTruffaut, com 500 perguntas
respondidas pelo próprio diretor. Talvez o grande interesse dos jovens cineastas franceses por Hitchcock resida no fato de que ele dominava a linguagem
e conhecia como ninguém os recursos técnicos, imprimindo um caráter autoral em seus filmes – ao
mesmo tempo em que brincava com o público com
suas participações relâmpagos (algo que Truffaut
mais tarde também irá fazer como uma homenagem ao mestre). Seu primeiro sucesso ocorreu com
o filme “O Inquilino”, de 1926, baseado nos assassinatos de Jack, o Estripador; a fase inglesa de sua
produção dura até 1939, quando Hitchcock mudase para os Estados Unidos.
Seu primeiro filme em Hollywood, “Rebecca – A
Mulher Inesquecível”, de 1940, recebeu 11 indicações ao Oscar, entre elas de Melhor Filme e de Melhor Diretor. Hitchcock recebeu as estatuetas de Melhor Filme e de Melhor Fotografia em preto-e-branco, afirmando-se cada vez mais como um cineasta
do mistério e do suspense. Com uma produção bastante extensa, Hitchcock teve momentos de grande
êxito e outros nem tanto. De qualquer forma o estilo
do diretor é uma referência em todo o mundo e hoje
tem seu lugar mais do que firmado na galeria dos
grandes mestres do cinema mundial. Como escre-
veu François Truffaut, a respeito da morte do diretor, “o homem estava morto, mas não o cineasta,
pois seus filmes, realizados com um cuidado extraordinário, uma paixão exclusiva, uma emotividade extrema disfarçada por um domínio técnico raro,
não deixariam de circular, distribuídos mundo afora, rivalizando com as produções novas, desafiando
o desgaste do tempo, confirmando a imagem que
Jean Cocteau ao falar de Proust: ‘sua obra continuava a viver como os relógios no pulso dos soldados
mortos’”. É uma parte da obra de Alfred Hitchcock
que a Sala Redenção – Cinema Universitário traz para seu público.
Com curadoria de Tânia Cardoso de Cardoso, este ciclo terá entrada franca, em sessões de segunda
a sexta-feira, nos horários das 16h e 19h. Amanhã,
a primeira sessão do ciclo será de “O Inquilino”, às
16h. “Champagne”, filme mudo realizado em 1928,
será exibido na sessão das 19h deste dia 3 de maio.
Também serão apresentados outros clássicos do
cineasta. Entre eles, “Festim Diabólico”, (EUA,
1948), sobre o assassinato de um jovem por parte
de dois colegas de escola, desejosos em provar que
conseguem realizar “o crime perfeito”. Entre as características do diretor, está o fato de que gostava
de fazer pontas nos próprios filmes, aparecendo como um simples figurante ou em uma cena rápida.
É o caso neste longa-metragam, quando Hitchcock
aparece atravessando uma rua, após os créditos.
“Pacto Sinistro” (1951), “Disque M para Matar”
(1954), “Janela Indiscreta” (1954) e “Ladrão de Casaca” (1955) também estão entre os títulos a serem
apresentados, além de “O Homem que Sabia Demais” (1955). Obras realizadas na década de 60 e
70 também estão incluídas. É o caso de “Psicose”
(1960), “Os Pássaros” (1963), “Intriga Internacional”
(1969) e “Trama Macabra” (1976).
Poesias nos vidros
Documentário retoma a trajetória de Thomaz Perina, em oitenta anos dedicados à arte
Vinte ônibus estão circulando pela
Capital com poemas de cinco autores
do Rio Grande do Sul, além das ilustrações de Orlando Bona Filho, em
adesivo aplicados em seus vidros de
trás (busdoors).
Os versos de Everton Behenck,
João Angelo Salvadori, José Eduardo
Degrazia, Laís Chaffe e Paulo Seben
circulam por 30 dias, em uma iniciativa do projeto Cidade Poema, em parceria com o FestiPoa Literária.
Lançado em 2009, o Cidade Poema chega ao seu segundo ano unindo
poesia às demais artes no objetivo de
colocar a literatura na vitrine, em iniciativas que vão de outdoors a pequenos ímãs de geladeira, de minimetragens poéticas a bolachas de chope, de
performances teatrais a adesivos ilustrados. Idealizado pela jornalista Laís
Chaffe, o projeto foi homenageado pelo jornal Vaia com uma edição especial neste FestiPoA.
Os 80 anos de dedicação do artista plástico Thomaz Perina à
pintura são o tema do documentário e da exposição “Eu quero o
mínimo pra falar – Trajetórias de Thomaz Perina”, lançados recentemente em Campinas.
O documentário conta a trajetória de
Perina e foi produzido durante o levantamento de parte sua obra. Produzido pela
Timbro Filmes e dirigido pelo jornalista Camilo Cassoli, o documentário revela aspectos da vida de Thomaz Perina contados pelo próprio artista. Com trilha sonora de
Ivan Vilela, traz uma descrição minuciosa
da técnica, cores e inspirações, além de
mostrar os desafios do processo criativo e
curiosidades de episódios que marcam suas
lembranças. As gravações foram realizadas
no ateliê localizado nos fundos da casa onde Perina mora desde a infância, na Vila
Industrial, em Campinas. Acompanhado pela historiadora Sônia Fardin — responsável
pelo inventário e pela organização da exposição — o artista rememorou diversos fatos
de sua vida e fases de sua obra: “A ideia
foi aproveitar a oportunidade de vê-lo falando sobre seu trabalho durante o levanta-
mento de informações para o inventário, em depoimentos que
tivessem maior naturalidade do que se fossem realizados exclusivamente para a câmera”, explica Cassoli.
No documentário, o público poderá conhecer detalhes da vida do artista, como o fato de, paralelamente à elaboração de sua obra em telas, ter
sido um requisitado decorador de bailes de
Carnaval; e de ter começado a desenhar ainda aos 8 anos, nas ruas de terra das proximidades de sua casa — época em que seu
público ainda eram os operários que trabalhavam nas fábricas da região e que desviavam seus caminhos para ver as ilustrações
de Perina. Outro destaque é a presença de
imagens inéditas de Perina realizadas em
1979 por Dayz Peixoto Fonseca, para um
filme não concluído sobre o artista. “Destacamos essas cenas no início do filme tanto
por sua riqueza visual, que se relaciona
com o conteúdo das obras de Thomaz,
quanto pelo fato de terem sido feitas justamente para um documentário sobre Thomaz Perina. É como se agora elas chegassem de certa forma a seu objetivo principal”, afirma Cassoli.
Araújo passa por reforma
Palco de shows de João Gilberto,
Caetano Veloso, Cássia Eller, espaço de
manifestações políticas, assembleias
ou de palestras com grandes personalidades, como José Saramago, o Auditório Araújo Vianna começa a ser revitalizado pela Opus. A reforma do espaço, orçada em mais de R$15 milhões,
prevê uma nova cobertura acústica fixa definitiva — feita em madeira, poliuretano expandido e resina impermeável —, vedação no forro, fechamento das laterais, climatização, ampliação do palco, troca das poltronas,
entre outras melhorias.
Inaugurado em 12 de março de
1964, com capacidade para 4,5 mil
pessoas, o projeto é dos arquitetos
Moacyr Moojen Marques e Carlos Maximiliano Fayet. A partir da década de
70, o Araújo Vianna consagrou-se como espaço para espetáculos de MPB.
A cobertura do auditório foi debatida
durante 30 anos.
DVD
Novidades nas locadoras movem o universo dos cinéfilos, trazendo produções
que vão do drama ao futebol, passando pela comédia e pela aventura.
■ CASAIS — Após várias tentativas de conciliação, Jason (Jason Bateman) e
Cynthia (Kristen Bell) estão prestes a se divorciarem em “Encontro de Casais”. Em
um último esforço de salvar o casamento eles viajam para uma ilha, chamada
Éden, para fazer terapia de casal. Com a ideia de economizar dinheiro, Jason e
Cynthia convencem seus amigos a viajarem também e explicam que não é
necessário fazer a terapia, pois a ilha oferece diversas atividades, como nadar
com tubarões, mergulho, ioga, entre outras. Relutantes, os amigos do casal,
Dave (Vince Vaughn) e Ronnie (Malin Akerman), Joey (Jon Favreau) e Lucy
(Kristen Davis) e o recém-divorciado Shane (Fraizon Love) com sua namorada,
Trudy (Kali Hawk), concordam. A ilha é dividida em duas partes, Leste e Oeste,
os casais são direcionados para a parte oeste da ilha e os solteiros para o
leste. Na primeira noite, os quatro casais descobrem que tem que optar por
fazer a terapia ou deixar a ilha paradisíaca. Após discutirem, os casais decidem
ficar e participar da terapia de casal. Durante as sessões de terapia, todos
descobrem que têm dificuldades, indisposições e muitos conflitos surgem... e
em meio a tantos problemas, Trudy foge para o lado Leste da ilha.
■ FUTEBOL — Os amantes do futebol vão se deliciar com os melhores gols,
jogadas, curiosidades, estatísticas e análises das 18 Copas do Mundo. A Coleção
“Copa do Mundo FIFA – 1930-2006” é composta por 15 DVDs, lançados semanalmente e virão acompanhados de dossiês sobre a História das Copas, elaborados pela revista Placar. Além dos documentários (90 minutos em média), que
na versão brasileira têm a narração do radialista Domenico Gatto, os DVDs trazem
biografias de craques que participaram das Copas e os mais belos gols em várias
categorias (longa distância, jogadas ensaiadas, acrobáticos, entre outros). Dentre
os 30 craques biografados na coleção, estão os brasileiros Pelé, Zico, Romário,
Ronaldinho, Roberto Carlos, Rivaldo e, é claro, Ronaldo Fenômeno.
■ DOURADOS — Esqueça a história da “Cachinhos Dourados e os Três Ursos”
que você aprendeu na escola ou que a sua mãe contou pra você na hora de
fazê-lo dormir. No filme “Cachinhos Dourados e os 3 Ursos? O Reality Show”, a
garota dos cabelos cor de ouro é vaidosa e mimada e comanda um programa de
reality show chamado “Reforma Super Fabulosa” (Totally Fab Rehab, em inglês),
que realiza transformações radicais na casa das pessoas. Justamente por causa
deste programa é que o caminho de Cachinhos Dourados — que não tem
cachinhos, mas um belo topete louro-cruza com o da família de ursos. Mac, o
pai, Ruby, a mãe, e Junior Urso, o filho, moram em uma casa caindo aos
pedaços, velha e feia onde os eletrodomésticos mal funcionam. Depois que
Junior manda um depoimento gravado para o programa, solicitando a reforma da casa, e Cachinhos Dourados os seleciona para ganharem a reforma, a
confusão toda começa. Ao invés de “doce lar”, Cachinho dá a eles um lar feito
literalmente de doces que logo é descoberto por um enxame de abelhas.
■ MESTRE — Por trás de todo o grande homem se esconde um professor,
e isso era certamente verdade para Bruce Lee que aclamava como seu mentor um expert em artes marciais chamado Ip Man. Um gênio do Wushu (ou a
escola de artes marciais da China), Ip Man cresceu numa China recentemente
despedaçada pelo ódio racial, radicalismo nacionalista e pela Guerra. Ele ressurgiu como uma Fênix das Cinzas graças à suas participações em lutas contra
vários mestres Wushu e lutadores de kung-fu — finalmente treinando ícones
de artes marciais como Bruce Lee. Esta cinebiografia do diretor Wilson Yip
mostra a história da vida de Ip em “O Grande Mestre”.

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