CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
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CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA: Princípio básicos, avaliação e intervenção Rosangela Marostega Santos Fonoaudióloga Jornada Acadêmica da ULBRA 23 de setembro de 2009 Leitura e escrita iniciais • Pressupõem a descoberta da relação grafo‐fonológica, baseada em um esforço da criança para realizar a conversão das letras em sons (na leitura) e dos sons nas letras (na escrita), alcançada através da reflexão consciente. Consciência Fonológica Freitas, 2003 Consciência fonológica z z z z É o conhecimento acerca da estrutura sonora da linguagem e se desenvolve mediante contato com a linguagem oral de sua comunidade (Nascimento, 2009). Envolve a manipulação oral e auditiva dos sons da fala (Chard & Dickson, 1999), independente do seu significado. Habilidade em analisar, explicitamente, a fala em seus componentes fonológicos (Cielo,2002). Parte integrante da metalinguagem. Metacognição Metalinguagem Consciência Fonológica Consciência Semântica Consciência Sintática Consciência Pragmática Consciência Silábica Consciência Intrassilábica Consciência Segmental Consciência Fonêmica Consciência Fonoarticulatória Fônica Componentes da CF proposto por Rueda (1995) adaptado por Santos e Lamprecht (2008) Metalinguagem z Permite o ser humano refletir e manipular aspectos estruturais da linguagem falada. Para Ygual-Férnandez et al (1998), a metalinguagem refere-se a qualquer componente da linguagem, como a fonologia, a sintaxe, a semântica e a pragmática. Exemplos de metalinguagem z Conceituar palavra. sapato z Distinguir palavra de figura. CASA Saber que a palavra rei é menor que a palavra relógio. Mais exemplos de metalinguagem Modificar palavras e letras, brincando com os efeitos da modificação. Expressões Sensibilidade fonológica Conhecimento fonêmico Conhecimento segmental Reflexão fonológica Capacidade ou habilidade fonológica “phonological awareness” Consciência fonológica z A consciência fonológica é formada por uma estrutura hierárquica, desenvolvida através de estágios, que começam a partir do domínio de unidades fonológicas mais globais (sílabas) até a consciência dos segmentos fonêmicos da fala (fonemas). Gouh,Larson e Yopp (1996) Consciência fonológica • Depende do Processamento fonológico. Capacidade de utilizar informações fonológicas para processar a linguagem oral e escrita (Avila, 2004). Considerada uma operação mental em que o indivíduo faz uso oral da estrutura fonológica de uma determinada língua, para aprender a decodificá-la no plano escrito (Navas e Santos, 2002). O processamento fonológico envolve habilidades como: I.Discriminação auditiva – perceber se “vaca” é diferente de “faca” detectar, identificar, reconhecer padrões de freqüencia , intensidade e duração, ter atenção para... ou seja HABILIDADE AUDITIVA. II. Memória fonológica – habilidade para processar , manter e recuperar a informação verbal. III. Produção fonológica – articulação das palavras . Produção/percepção • São fatores determinantes para a representação fonológica exercendo papel importante no desenvolvimento da Consciência fonológica Falando sobre os Componentes da consciência fonológica 1. Há um conhecimento implícito e um explícito. 2. Há diferentes níveis de consciência fonológica. 3. Há graus de complexidade variados em cada tarefa 1. Conhecimento Implícito X Explícito (Roazzi & Dowker,1989) Jogos espontâneos com os sons das palavras Consciência fonológica Implícita Análise consciente dos sons Consciência Fonológica Explícita 2. Níveis CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA Nível silábico Nível Silábico É um conhecimento adquirido cedo e pode se desenvolver antes de a criança aprender a ler e escrever. Sílaba é a unidade natural de segmentação da fala. O molde silábico • As línguas diferem quanto ao número de segmentos permitidos em cada constituinte silábico. • No português, não há acordo quanto ao número máximo de elementos que uma sílaba possa conter (Collischonn,2005). Molde silábico (Selkirk, 1982) • Sílaba é constituída por duas unidades: o onset (ataque) e a rima (núcleo + coda) . S Onset Rima Nu Coda p a r Padrão silábico do português • V abacaxi VC armário VCC instante CV pato CVC porta CVCC monstro CCV prato CCVC três CCVCC transporte VV aula CVV leite CCVV grau CCVVC claustrofobia CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA Nivel silábico Nível intrassilábico Nível Intrassilábico • As palavras podem ser divididas em unidades maiores que um fonema individual, mas menores que uma sílaba. Na teoria da sílaba é denominado de ONSET e RIMA Aliteração e Rima. Freitas, 2003. Aliteração • São palavras que apresentam o mesmo onset (Freitas, 2003). • Uma série de duas ou mais palavras que começam pelo mesmo som consonantal inicial (Shaywitz, 2006). Rima z da palavra – igualdade entre os sons desde a vogal ou ditongo tônico até o último som. Freitas, 2003 Rima z da sílaba – formada por palavras que terminam com o mesmo som. Freitas, 2003 Consciência da rima z Capacidade de descobrir que duas palavras compartilham um som ou um mesmo grupo de sons no final das palavras. CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA Nível silábico Nível intrassilábico Nível fonêmico Nível Fonêmico Compreende a capacidade de dividir as palavras em fonemas Unidades mínimas sonoras capazes de distinguir significado. Consciência fonêmica É a habilidade oral de manipular conscientemente os segmentos da fala. Emerge quando a criança se dá conta de que as palavras são formadas por sons que podem ser modificados, apagados ou reposicionados (Haase, 1990). Importante lembrar que... • A unidade de estudo da Consciência Fonêmica é o Fonema ‐ FONOLOGIA Unidade abstrata aumenta a dificuldade de o indivíduo realizar a segmentação fonêmica de uma produção sonora, uma vez que exige alto nível de consciência fonológica. Digam som por som o nome da figura CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA Nível silábico Nível intrassilábico Nível fonêmico Nível fonoarticulatório Consciência fonoarticulatória (CFA) z z z Capacidade de o indivíduo refletir sobre os sons (fones) e os gestos motores orais (Santos, 2009). É uma sub-habilidade da consciência fonológica que ocorre em estrita relação com a consciência fonêmica (Santos & Lamprecht, 2008). Ajuda a consolidar os conhecimentos fonológicos (Wise, Ring & Olson, 1999). Importante lembrar que... • A unidade de estudo da Consciência Fonoarticulatória é o Fone ‐ FONÉTICA Unidade concreta sons da fala especificados pelas características articulatórias e acústicas (Callou & Leite, 1990). Os falantes de uma língua podem refletir sobre seus sons de duas maneiras básicas: 1. sobre a sua organização, o que representa um conhecimento fonológico; 2.sobre a forma de produzi‐los, o que representa um conhecimento fonoarticulatório. Descrição das unidades de análise da CF. Pre Pr Preto PALAVRA to SÍLABA e t o ONSET/RIMA /p/ /r/ /e/ /t/ /o/ FONEMA [p] [r] [e] [t] [u] FONE Rueda, 1995 Fica claro ? Consciência fonológica Refletir sobre os sons da língua, ignorando o significado. Consciência fonêmica Uma subcategoria da consciência fonológica. Refletir sobre o som isolado (fonema). Fônica Relacionar som e letra / conversão fonema/grafema Desenvolvimento da CF + S I • sensibilidade à rima e aliteração M P L • consciência silábica Há tarefas + complexas E s • consciência intrassilábica • consciência fonêmica/ consciência fonoarticulatória ? (Santos,2006) complexo + Freitas, 2003/Santos,2006 Escala de complexidade da CF (Chard & Dickson, 1999) Síntese e segmentação Segmentação de palavras em frases Identificação de rima Tarefas + simples silábica Produção de rima, exclusão e identificação de sílabas Consciência Fonêmica Tarefas + complexas Operações mentais envolvidas nas tarefas de CF independente do nível 1) identificação ou percepção do segmento da fala, 2) retenção do segmento, 3) aplicação da operação comparar, reconhecer,detectar,produzir,segmentar, contar,excluir, incluir, agrupar, transpor. 4) evocação ou produção do resultado. Gonzáles (1998) Falando sobre as Tarefas Comparação z Começam iguais? • Quem não começa com este movimento de boca? Reconhecimento z quem começa com o mesmo movimento de boca? Detecção • Tem [pa] em • Tem [s] em Produção • Diga uma palavra que rima com • Diga uma palavra que começa com o primeiro pedaço da palavra • Diga uma palavra que começa com primeiro som da palavra Segmentação- contagem • O que você está vendo? Quantas vezes você abre sua boca para falar o nome? (sílaba) Quantos sons você ouve? (fonema) Contagem + reconhecimento • Conta quantos pedaços tem as palavras e escolha as que combinam I I I I I I I I Adriana Costa e Rosangela Santos Segmentação exclusão sem o [s] fica? Segmentação inclusão NE L Transposição ? As tarefas podem variar segundo : • Tipo de unidades (poli ou monossílabas) • Contexto onde estão inseridas (onset simples ou complexo) • Posição que a unidade sonora ocupa na palavra (inicial,medial, final) • Quantidade de operações cognitivas exigidas • Tipo de operação realizada Freitas, 2003. Alguns cuidados... Antes de iniciar atividades é importante UTILIZAR: 1. palavras conhecidas pelas crianças 2. pronunciar de forma clara 3. Cuidar com o padrão silábico e com o número de sílabas simples complexo z Não esqueçam z O desempenho da criança depende da demanda cognitiva da tarefa e do nível linguístico. z O nível de complexidade e a forma como as tarefas são explicadas para a criança podem mascarar os resultados em CF. Como avaliar a consciência fonológica? O processo de avaliação deve detectar SE uma dificuldade de aprendizagem existe de fato; QUE dificuldade é essa; POR QUE ela existe; QUAIS as diferenças entre esta dificuldade e as demais vividas pelas outras crianças; QUAL o caminho a seguir. Costa, 2003/2004 AVALIANDO A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA (Adams e colab., 2006) 9 9 9 Indicado para ser utilizado em turmas. É capaz de captar de forma satisfatória os níveis gerais de CF dos alunos. Na pré-escola, sugere-se em grupos de no máximo 6 crianças TAREFAS 1- Identificando rimas 2- Contando sílabas 3 – Combinando fonemas iniciais 4 – Contando fonemas 5- Comparando o tamanho das palavras 6- Representando fonemas com letras Identificando rimas Contando sílabas II III Combinando fonemas Contando fonemas IIII IIII Outra proposta: Indicado para a avaliação de crianças: Em processo de alfabetização Com dificuldades de escrita/ leitura e ou fala CONFIAS Não alfabetizadas z As tarefas do CONFIAS foram organizadas de forma seqüencial, buscando uma gradação de dificuldade ao longo do teste, isto é, é proposta uma escala crescente de complexidade. z A utilização deste instrumento possibilita a investigação das capacidades fonológicas, considerando a relação com as hipóteses de escrita (Ferreiro e Teberosky, 1991). Adriana Costa Rosangela Santos Antes de avaliar a CF : 1. Identificar a hipótese de escrita. COMO? Escrita espontânea e/ou semi-dirigida de palavras e frases Estimular a criança a escrever o que quiser Usar um livro com gravuras interessantes ( Ex: sobre fantasmas e solicitar que escreva o que mais a assustou em cada página) Hipóteses de Escrita Pré‐silábico • A escrita não pode funcionar como veículo de transmissão de informação. Cada um pode interpretar sua escrita, mas não a dos outros. • A criança “lê” em desenhos, gravuras, fotos, ou seja, em imagens gráficas. EEEEEEEEEEEEE (céu) A (formiga) Adriana Costa e Verônica Alfonsin, 2005 Silábico z z A escrita representa algumas características da linguagem; Sabem segmentar os enunciados sonoros em unidades silábicas; Silábico-alfabético – Etapa de transição entre a hipótese silábica e a alfabética. Alfabético z z z Correspondência entre fonemas e grafemas; é possível a compreensão de que uma sílaba pode ter uma, duas ou três letras. No princípio tem dificuldade de separação das palavras, quando escreve um texto ou frase. Exemplo escrita alfabética Falando sobre o CONFIAS 1ª parte: Consciência silábica S1 – Síntese S2 – Segmentação S3 – Identificação de sílaba inicial S4 – Identificação de rima S5 – Produção de palavra com a sílaba dada S6 – Identificação de sílaba medial S7 – Produção de rima S8 – Exclusão S9 – Transposição Adriana Costa 2ª parte: Consciência fonêmica F1 – Produção de palavra que inicia com o som dado F2 – Identificação de fonema inicial F3 – Identificação de fonema final F4 – Exclusão F5 – Síntese F6 – Segmentação F7 - Transposição Adriana Costa Após a avaliação O que podemos concluir ? z z Quais habilidades estão adquiridas e se estão ou não adequadas à hipótese de escrita. Escore é ou não adequado É capaz de refletir e manipular com os sons da fala. Adriana Costa Intervenção Qual a importância do conhecimento fonológico? z Para quem já sabe ler e escrever esses são processos mecânicos, mas no momento em que vou ensinar, preciso saber explicitar os conhecimentos necessários para essas tarefas Costa e Santos, 2006 Cagliari, 1999; 2001 z A prática tem mostrado que um programa de instrução pode fazer com que o psicopedagogo/ fonoaudiólogo/alfabetizador ensine passo a passo o que o aluno precisa saber para superar suas dificuldades. z Se ele não souber o que são letras, será necessário explicar isso. Costa e Santos, 2006 Explicar : é o segredo do processo de instrução!!! Costa e Santos, 2006 RECOMENDAÇÕES PARA O TRABALHO EM CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA - Recurso valioso para o ensino sistemático da língua. - Práticas reais de leitura e escrita NÃO É MÉTODO!!! z O sistema de escrita alfabético não representa diretamente o significado da palavra, mas a seqüência de seus sons. B A L A = Bala Pré‐silábico – O que precisa aprender 1) Se escreve com letras • Aprender o alfabeto – Adriana Costa e Verônica Alfonsin, 2005 Pré‐silábico – O que precisa aprender 1) Se escreve com letras 2) Sair da etapa do realismo nominal • A escrita representa a fala – Como? Costa e Santos, 2006 Percebendo que a escrita representa a fala 1) Atividades que envolvam a noção de palavra na linguagem oral Costa e Santos, 2008 Consciência da palavra Refere‐se ao conhecimento de que as frases constituem‐se de palavras e que essas palavras podem ser manipuladas. Essa habilidade é mais desenvolvidas na préescola. Também é um caminho importante para a noção de segmentação da palavra escrita. Costa e Santos, 2006 Substituir os desenhos por palavras VOCÊ VIU... Um passarinho que estava no Uma que entrou na cozinha. Um todo tristinho. Adriana Costa e Rosangela Santos Substituindo palavras o é do . Material: •Cartelas com frases simples, sendo que as palavras “conteúdo” são o desenho. •Fichas “ponto” para marcar os pontos. Adriana Costa Percebendo que a escrita representa a fala 1) Atividades que envolvam a noção de palavra na linguagem oral + 2) Atividades de consciência fonológica ‐ consciência da sílaba Costa e Santos, 2008 Consciência Fonológica no nível da sílaba ‐ objetivos 1. Direcionar a atenção para a unidade de segmentação mais natural da fala ‐ a sílaba. 2. Perceber que as palavras podem ser analisadas em unidades menores, a sílaba. 3. Ensinar o aluno a segmentar as palavras em sílabas é uma tarefa relativamente fácil primeiro passo para desenvolver a consciência fonêmica. Pedro no parque de diversões: Desenvolvendo a consciência fonológica no nível da sílaba e das unidades intrassilábicas Coordenação: Fga. Rosangela Marostega Santos Fga. Melissa Bernardes Toffoli Fga. Adriana Corrêa Costa Pdga. Gabriela Pauzeiro Drumond Daniela Alfama da Rosa (licenciada em letras) Síntese silábica Costa e Santos, 2006. Segmentação e contagem de sílaba Toffoli e Santos, 2007 Silábico – Unidade fonológica a ser aprendida • Fonemas CONSCIÊNCIA FONÊMICA COMO ???? CONSCIÊNCIA FONOARTICULATÓRIA Costa e Santos, 2007 Alguns cuidados com o trabalho com fonemas... • Antes de iniciar atividades envolvendo o fonema é importante UTILIZAR: 1. Palavras conhecidas pelas crianças 2. Pronunciar de forma clara e adequada 3. Cuidar com o padrão silábico e com o número de sons da palavra 4. O aprendiz deve ser estimulado a explorar, comparar e contrastar o ponto e o modo articulatório. Ex.: O que você está fazendo com seus lábios, língua, boca e voz quando produz o som [m], [v], [p]... 5. Usar espelhos para estimular a percepção visual da fala. Costa e Santos, 2006 Segundo Heilman e cols. (1996), as crianças em processo de alfabetização usam o aparelho articulatório quando aprendem a associar os gestos fonéticos (articulatórios) com as representações visuais (gráficas). Apoio de pistas articulatórias como uma estratégia inicial para segmentar as sílabas em fonemas Jogos que envolvem a consciência fonêmica • 1) Caça ao tesouro • 2) Tapa certo Silábico‐alfabética z Unidade a ser trabalhada Fonema Adriana Costa e Rosangela Santos, 2007 Alfabética • Até a etapa alfabética, a criança elaborou uma gradual compreensão de como funciona a escrita alfabética. • Passa a dominar as convenções fonema‐ grafema tal como são restringidas pelo sistema alfabético, isto é, que valores sonoros cada letra ou dígrafo pode ter. • ideal do sistema alfabético. Alfabéticas sem valor sonoro convencional • Cometem muitas trocas do tipo conversor fonema‐grafema. Um determinado fonema é grafado por uma letra que não pode representar esse som. Os sujeitos transgridem o princípio da correspondência fonográfica. Alunos da 1ª série cometem muitos erros relacionados ao conversor fonema-grafema, que são erros mais primitivos. Correlações entre as Hipóteses de Escrita e Consciência Fonológica E S T Á G I O S Pré‐silábico Consciência da sílaba silábico DE E S C R I T A Sensibilidade a rima, cons. da palavra Consciência do fonema + fonoarticulatória Alfabético Ortográfico Relação ainda mais explícita entre sons/letras Costa e Santos, 2007 N Í V E I S D E C F Programas de Intervenção, Materiais e Recursos Tecnológicos Componentes do Programa “escrever uma palavra” (Sanchez, Rueda e Orrantia,1989) 1- ouvir a palavra BOLA 2.Separar em pedaços ( golpes de glote) 3. Contar o número de pedaços - 2 4.Desenhar quadrados 5. Articular cada pedaço 6. Contar o número de sons - boooo laaaaaa 2 7. dividir cada quadrado conforme o número de sons 8. escrever cada sílaba- bo la B O L A 9. escrever a palavra inteira - BOLA Santos e Costa, 2007 Método das boquinhas z z z Autor: Renata Jardini, 1997. Objetivo- alfabetizar ou reabilitar distúrbios de leitura e escrita. Método fono-visuo-articulatório. crianças com z Correlaciona o som com o movimento articulatório da boca (articulemas Usa fotos de boca) som/letra/articulema. z Inicia pelas vogais/ letra caixa alta/ posição inicial/ passa pelas consoantes – l, t,p,m,n,d,v,b,c,r,j,s,g,r... EC último a ser trabalhado. z Santos e Costa, 2007 Materiais disponíveis no mercado Há extenso material organizado por Jardini (autora do método das Boquinhas) para trabalhar com a CFA. Importante para trabalhar conhecimento do alfabeto – adaptar jogo do tapa , formar palavras etc... Alfabetização Fônica Computadorizada (Software) [CAPOVILLA, MACEDO, CAPOVILLA, DIANA] , 2006. 1-Palavras 2-Rimas 3-Aliterações 4-Sílabas 4.1-Atividades de 5-Fonemas Menu de Alfabeto 1-Vogais 2-Consoantes 3-Encontrando palavras 4-Descobrindo palavras “Habilidades Auditivas e Consciência Fonológica: da teoria à prática”, de Keila Knobel e Nascimento. Composto por um livro teórico-prático, 22 cartelas ilustradas e um CD contendo 41 faixas com estímulos sonoros para a realização de 101 exercícios para o trabalho com o processamento auditivo (central) e a consciência fonológica. Ano de publicação: 2009. Dessa forma... z Para alfabetizar, precisamos ajudar a criança, a descobrir o princípio alfabético. z Essa descoberta implica apreender a abstração implícita no reconhecimento do valor de cada consoante diante de diferentes vogais. Esta é a primeira parte. (Oliveira, 2004) z Mais tarde o aluno vai aprender que, como tudo na vida, há exceções ao funcionamento do código. (Oliveira, 2004) RECOMENDAÇÕES PARA O TRABALHO EM CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA - desenvolver a consciência fonológica em caráter preventivo, - oportunizar que as crianças “brinquem com as palavras” através de atividades lúdicas, informais, interativas, sem tonalidade avaliativa ou de memorização; - não realizar as atividades como um treino auditivo, de forma isolada, mas sim fazendo parte de um trabalho amplo com a leitura e escrita. Adriana Costa e Gabriela Freitas Pesquisa experimental – trabalho de conclusão de curso (Fonoaudiologia/IPA) de Farias (2008) Amostra : 12 crianças, idades entre quatro e cinco anos, com hipótese de escrita pré‐silábica(PS),de uma escola de educação infantil de Porto Alegre/ RS. Metodologia: Etapa 1 ‐ triagem audiológica, avaliação da hipótese de escrita e da Consciência Fonológica (Confias); Etapa 2 ‐ 12 crianças com hipótese PS foram divididas em dois grupos: grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC): GI: fizeram uso do software três vezes por semana, durante 10 encontros de 20 minutos; GC: receberam a estimulação que comumente é feita pela escola. Etapa 3 – Reavaliação da H.Escrita e da C.F. das 12 crianças RESULTADOS E DISCUSSÃO Comparação do número total de acertos do CONFIAS no pré e teste Pré‐teste: N ú m e ro to ta l d e a c e rto s (C O N F IA S ) Controle Intervenção 60 50 • GC: média de 22 acertos. • GI: média de 23 acertos 40 30 Pós‐teste: 20 10 Pré Avaliação Pós • GC: média de 24 acertos • GI: média de 48 acertos RESULTADOS E DISCUSSÃO Hipótese de escrita no pré e pós‐teste Pré‐teste: • GC e GI: 100% pré‐silábico. 100 N ív e l d e e s c rita (% ) Pós‐teste: • GC: 100% pré‐silábico • GI: 83,33% silábico (5) e 16,67% pré‐silábico (1) Pré-silábica Silábica 80 60 40 20 0 Pré Pós Controle Pré Pós Intervenção Farias (2008) conclui que o uso do software “Pedro no Parque de diversões” mostrou‐se viável para estimular diretamente os níveis silábico e intra‐silábico da consciência fonológica de crianças com idades entre quatro a cinco anos, e indiretamente o nível fonêmico; além de propiciar mudança da hipótese de escrita. Importante pontuar: O desenvolvimento das habilidades auditivas e a estimulação da CF/CFA devem ser encarados como recursos valiosos e não como uma nova metodologia de ensino. Podem ser incorporados na prática pedagógica dos professores, como uma ferramenta preparatória para a alfabetização, dos fonoaudiólogos, no aprendizado sistemático dos sons da língua nos casos de desvios de fala, e dos fonoaudiólogos e psicopedagogos na reabilitação das dificuldades de leitura e escrita (Santos, 2006). Finalizando Qualquer programa de intervenção exige comunicação e colaboração entre os pais, terapeuta, professores, equipe da escola, além de promover a autoconfiança da criança (Salles, 2004). Fontes principais z ADAMS e cols. CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA EM CRIANÇAS PEQUENAS. POA: Artmed, 2006. z COSTA, A.; ALFONSIN, V.. Repensando a intervenção individualizada no processo de alfabetização a partir das pesquisas em consciência fonológica. In: Anais: Práxis Psicopedagógica. Porto Alegre: Edicom, ABPp-RS, 2005. z FERREIRO, E. Uma reflexão sobre a língua oral e a aprendizagem da língua escrita. Revista Pátio, ano 8, n. 29, fev./abr. 2004. z FREITAS, Gabriela. Sobre a consciência fonológica. Em: LAMPRECHT, Regina e colab. Aquisição fonológica do português. Porto Alegre: Artmed, 2003 z z z z z z Moojen, Sônia. Habilidades envolvidas no ato de ler: Ação Psicopedagógica. Anais do Encontro O olhar clínico na prática psicopedagógica, promovido pela ABPp. 2003/2004 MORAIS, Artur. A apropriação do sistema de notação alfabética e o desenvolvimento de habilidades de reflexão fonológica. Letras de Hoje. Porto Alegre. v.39, n.3, p. 175-192, set. 2004. MORAIS, A. Metodologias de alfabetização. 2005 OLIVEIRA, João Batista. ABC do alfabetizador. Editora Alfa Educativa, 2ª ed. 2004. SANTOS, R.; COSTA, A. A natureza dos erros ortográficos. Curso de extensão: Estudos em Leitura e escrita. FAPA, 2008. SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. Revista Pátio, ano 8, n. 29, fev./abr. 2004. Santos, R. Sobre consciência fonoarticulatória, in: Lamprecht, R(org). Consciência dos sons da língua, EDIPUCRS (in press). OBRIGADA. z [email protected]
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