selemat - APELMAT

Transcrição

selemat - APELMAT
Edição 164 - Julho/Agosto 2015
www.apelmat.org.br
SELEMAT
Sob chuva e trovoadas
No meio da tempestade que tomou conta do cenário econômico do País,
o pacote de concessões anunciado pelo governo pode ser um sinal de calmaria.
O que esperar pela frente?
Gestão e negócios
Com 42 anos e uma trajetória
marcada por desafios e cenários
adversos, o que fez da Localiza
uma companhia bem-sucedida?
M&T Expo 2015
Confira a cobertura do 3º Congresso
Nacional de Valorização do
Rental e os destaques da feira
Edição 164 - Julho/Agosto 2015
PÁGINA
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Editorial
Ficar parado ou aproveitar as oportunidades?
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8
PÁGINA
16
Destaques em terraplenagem, construção civil,
infraestrutura, obras públicas e gestão
Cenário
Reportagem
de Capa
Em meio à turbulência econômica do Brasil, o empreendedor pode chorar
ou vender lenços. Enxergar as oportunidades é a melhor saída
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Manutenção
e Mercado
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Veja como ferramentas de machine control podem contribuir
para uma operação mais segura e precisa dos equipamentos
Gestão e
Negócios
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Redução de custos
Canal Aberto
Obras
Conheça os pilares de sucesso da Localiza, empresa de
locação que tem 42 anos de uma trajetória inspiradora
Entenda as diferenças e as particularidades
dos modelos de licitação em RDC e PPPs
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30
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32
Milton Riitano fala sobre planejamento e mudança
de hábitos para fazer do fator tempo um aliado
Entrevista
Internacional
Munição para competitividade
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34
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Opinião
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Por um programa de concessões sem jabuticabas
Apelmat
30 Anos
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42
Empréstimo entre sociedades e sócios:
cuidados e tributação
Selemat
M&T Expo
Apelmat e Selemat apresentam nova logotipia
As novidades apresentadas na feira
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54
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64
Confira os eventos dos últimos meses
Social
Agenda
Apelmat
Acompanhe a programação da associação para este ano
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66
Classificados
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80
Tabela
As melhores ofertas de serviços e equipamentos
Preços de locação e prestação de serviços de terraplenagem
Expediente
Composição da Diretoria da Apelmat 2014/2018
Presidente - Marcus Welbi Monte Verde
Vice-Presidente - Flávio Figueiredo Filho
Vice-Presidente - José Antonio Spinassé
Vice-Presidente - Wanderley Cursino Correia
Vice-Presidente - Alex Sandro Martins Piro
Vice-Presidente - Rubens Pelegrina Filho
Vice-Presidente - Luis Carlos Gomes Leão
Vice-Presidente - Hilário José de Sena
Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira
Secretário - Vanderlei Cristiano Vieira Rodrigues
Diretor Executivo - Paulo da Cruz Alcaide
Diretor Executivo - Afonso Manuel Vieira da Silva
Conselheiro Fiscal - José Abrahão Neto
Conselheiro Fiscal - Gilberto Santana
Conselheiro Fiscal - Ademir Geraldo Bauto
Conselheiro Fiscal - Vicente de Paula Enedino
Suplente de Conselho Fiscal - Luiz Gonzaga de Brito
Superintendente - Luiz Antônio Sanches
Diretoria Adjunta da Apelmat 2014/2018
Diretor Adjunto - Eduardo Alperovich
Diretor Adjunto - José Doniseti Luiz
Diretor Adjunto - Luiz Carlos Vieira da Silva
Diretor Adjunto - José Eduardo Busnelo
Diretor Adjunto - Emerson Dias Correia
Diretor Adjunto - Ivomario Netto Pereira
Conselho Consultivo da Apelmat 2014/2018
Presidente do Conselho - Marcus Welbi Monte Verde
Conselheiro - Sergio dos Santos Gonçalves
Conselheiro - Edmilson Antonio Daniel
Conselheiro - Antonio Augusto Ratão
Conselheiro - Marco Antonio C. F. de Freitas
Conselheiro Consultivo - José Dias da Silva
Conselheiro Consultivo - Armando Sales dos Santos
Conselheiro Consultivo - Jovair José Marcos Merlo
Conselheiro Consultivo - Elvecio Bernardes da Silva
Conselheiro Consultivo - Wilson Lopes Moço
Conselheiro Consultivo - Artur Madureira Carpinteiro
Conselheiro Consultivo - Flavio Fernandes de Freitas Faria
Conselheiro Consultivo - Maurício Briard
Conselheiro Consultivo - Manuel da Cruz Alcaide
SELEMAT
Composição da Diretoria do Selemat 2014/2018
Presidente - Marcus Welbi Monte Verde
Vice - Presidente - Flávio Figueiredo Filho
Secretário - Wanderley Cursino Correia
Tesoureiro - Cesar Augusto Madureira
Suplente de Diretoria - Wanderley Cursino Correia
Suplente de Diretoria - Alex Sandro Martins Piro
Suplente de Diretoria - José Ayres
Suplente de Diretoria - Ricardo Bezerra Topal
Conselheiro Fiscal - Manuel da Cruz Alcaide
Conselheiro Fiscal - Luiz Gonzaga do Nascimento
Conselheiro Fiscal - Fernando Rubio Mazza
Suplente de Conselho Fiscal - Fabio Lourenço de Paulo Lima
Suplente de Conselho Fiscal - Jamerson Jaklen Silva Pio
Suplente de Conselho Fiscal - Adalto Feitosa Alencar
Delegado Efetivo - Marcus Welbi Monte Verde
Delegado Efetivo - Manuel da Cruz Alcaide
Delegado Suplente - Maurício Briard
Delegado Suplente - Flavio Figueiredo Filho
Superintendente - Luiz Antônio Sanches
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Editora
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Colaboração
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Diagramação, design e arte-final
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Marcos Dechechi
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A Revista Apelmat/Selemat é uma publicação da Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de
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Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da
Apelmat/Selemat. As informações que constam nos anúncios e informes
publicitários veiculados são de responsabilidade dos anunciantes.
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Julho/Agosto 2015
Editorial
Ficar parado ou aproveitar as oportunidades?
Ninguém contesta que vivemos um dos momentos mais difíceis no setor. O
cenário de instabilidade nos impõe desafios duros e requer, muitas vezes, decisões
difíceis.
Apertar os cintos, enxugar custos, buscar eficiência no dia a dia dos negócios faz
parte do processo para enfrentar a tempestade. Nesse contexto, o contato pessoal, o
olho no olho, tem maior valia na busca por alternativas e soluções. Afinal, ninguém
faz nada sozinho.
Nesse sentido, participar das Rodadas de Negócios promovidas pela Apelmat,
juntamente com o Selemat, é uma forma efetiva de conhecer o que o mercado
oferece e o que pode trazer vantagem competitiva para atender às atuais demandas e
desafios.
A iniciativa da Apelmat beneficia seus filiados. Como isso é possível? Nesses
eventos, são apresentados itens e serviços de fornecedores que, muitas vezes, são
desconhecidos dos associados ou passam despercebidos. Sem falar nos descontos
oferecidos aos membros da associação.
Além disso, as empresas fornecedoras contam suas histórias, que, no atual
momento, podem inspirar e encorajar, pois retratam trajetórias de sucesso e
superação.
Em tempos de crise, sobrevivem os que aproveitam as oportunidades que surgem.
E a Rodada de Negócios é uma delas – falo por experiência própria.
Por mais negro que o céu esteja, sabemos que não ficará assim para sempre. Não é
hora de paralisar, mas de ser ativo, buscar parcerias e agarrar com afinco as
possibilidades que surgem. Ninguém avança sozinho. Vai ficar parado ou vai
aproveitar plenamente as oportunidades?
Boa leitura!
Vanderlei Cristiano Vieira Rodrigues
Secretário da Apelmat
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Julho/Agosto 2015
Cenário
Mostra assertiva
Vitrine de novas tecnologias no segmento de equipamentos móveis na
América Latina, a M&T Expo 2015 reuniu 45.755 visitantes e rendeu
bons negócios
A
M&T Expo 2015 – 9ª Feira Internacional de Equipamentos
para Construção e Mineração e 7ª
Feira e Congresso Internacionais de
Equipamentos para Mineração foi
realizada no início de junho no São
Paulo Expo Exhibition & Convention, em São Paulo (SP). Em um
espaço de 100 mil metros quadrados,
o evento contou com 478 expositores, representando 25 países e cerca
de mil marcas.
Os 45.755 visitantes puderam
conhecer uma grande variedade de
equipamentos para terraplenagem,
pavimentação, içamento de cargas,
perfuração de rochas, mineração,
entre outros, além de motores, material rodante, peças e componentes.
A realização de negócios, segundo
a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração
(Sobratema), organizadora da feira,
foi expressiva. “Com base nos
depoimentos de diversos expositores, chegamos à conclusão de que a
movimentação de vendas antes,
durante e depois da M&T Expo 2015
deve representar entre 20% e 30% do
volume total de vendas anuais, que
historicamente se situa em R$ 15
bilhões, mas que neste ano, em
função da desaceleração, deve ser da
ordem de R$ 10 bilhões”, afirma
Afonso Mamede, presidente da
Sobratema.
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O Grupo Wirtgen avalia que obteve uma exitosa participação.
Entre os equipamentos que apresentaram melhor desempenho, o
destaque foi a linha de fresadoras da marca Wirtgen, que alcançou
um crescimento de 88% sobre as vendas realizadas na feira em
relação à edição de 2012.
“Tivemos um bom desempenho de vendas em todas as linhas,
sobretudo em fresadoras, que apresentaram crescimento expressivo
nesta edição”, afirma Luiz Marcelo Tegon, presidente comercial da
Ciber Equipamentos Rodoviários. “Apesar de, no volume total de
negócios fechados no evento, termos obtido um total de vendas
aproximadamente 20% abaixo ao que atingimos em 2012, isso
representou uma queda muito inferior ao que nossa indústria tem
sentido em 2015, com redução do volume de negócios nas mais
diversas linhas de equipamentos que produzimos de mais de 70% na
média, se comparado ao mesmo período de 2014”, acrescenta.
O Grupo Fayat, por meio de suas marcas Bomag e Marini,
apresentou lançamentos fabricados no País e também importados.
“Como as marcas do grupo no Brasil ainda estão em fase de aumento
de reconhecimento pelo cliente, pois só estamos há dois anos
operando com fábrica no País, consideramos que nossa participação
na feira foi um sucesso acima do que tínhamos planejado”, comenta
Reus Rosa, gerente-geral e CEO para a América Latina. “Mesmo
com todas as dificuldades enfrentadas pelo mercado de construção
no País nos últimos meses, o evento acabou gerando negócios acima
do esperado para este momento. Entendemos isso como ganho de
participação, e não crescimento da base de negócios”, completa.
Paralelamente à feira aconteceu o M&T Expo Congresso, que
reuniu um público de mais de mil congressistas. Com uma
programação composta por 16 seminários e eventos especiais, foram
debatidos os principais assuntos que norteiam o mercado de
equipamentos para construção e mineração.
Julho/Agosto 2015
Cenário
3º Congresso Nacional
de Valorização do Rental
Quatro apresentações levaram informações relevantes para os
profissionais do setor de locação
P
romovido pela Associação
Brasileira dos Sindicatos,
Associações e Representantes dos
Locadores de Equipamentos,
Máquinas e Ferramentas (Analoc)
durante o M&T Congresso, o 3º
Congresso Nacional de Valorização
do Rental foi realizado em 11 de
junho, no São Paulo Expo Exhibition
& Convention Center.
Com o intuito de fornecer uma
perspectiva real da atividade de
locação de equipamentos no Brasil,
o evento foi aberto por Afonso
Mamede, presidente da Sobratema, e
contou com quatro palestras.
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Mamede afirmou que a instituição da Analoc é fundamental para a
integração e fortalecimento do segmento de locação, vital para a
economia e um importante provedor de soluções para o mercado de
construção no Brasil. “A Sobratema apoia, valoriza e não mede
esforços para que o setor se estruture. Estamos nisso juntos”, disse.
Na sequência, Reinaldo Fraiha, presidente da Analoc, falou sobre
“a importância da integração do setor de locação através das
entidades” e detalhou a missão da instituição. “Queremos trabalhar
incessantemente com as entidades para fortalecer e criar um setor de
rental respeitado no mercado”, afirmou.
A Analoc atualmente é formada por 11 instituições e está presente
em nove Estados. “Nossa intenção é ter uma entidade em cada Estado
a fim de fortalecer o setor”, expôs.
Julho/Agosto 2015
Cenário
A necessidade de batalhar pelos interesses comuns
de forma organizada motiva a integração do
segmento. “Somos de um ramo em que o
investimento é intensivo, de alto risco, e temos que
nos associar para debater o setor e encontrar
melhores caminhos”, apontou Fraiha.
A valorização da classe tem como alvos de ação o
governo, a indústria de máquinas e bancos, e o
mercado locador. Para alcançar tais públicos e elevar
o nível de reconhecimento do setor, a Analoc se
propõe a promover parcerias com entidades coirmãs,
difundir a importância do preço justo, ter a ética
como princípio fundamental nas relações e trabalhar
para a capacitação empresarial a partir de palestras
sobre gestão empresarial, cursos e workshops.
Entre as políticas estratégicas – questões delicadas
e importantes para o setor – focadas pela associação
estão a metodologia de locação, a informação
logística, a segurança jurídica e a relação com o
sindicato laboral, com outras associações e com os
grandes eventos do segmento.
Visão panorâmica
José Protko, especialista na área de locação da
Caterpillar, apresentou aos participantes do
congresso um pouco da história e do cenário da
locação nos mercados emergentes.
Protko enfatizou que a América Latina é uma
região cuja infraestrutura ainda está em construção e
que tem como desafios a urbanização e a
consolidação de mercado de maneira particular em
cada país.
Segundo o especialista, identificam-se cinco
modelos básicos de locação na região – os mesmos
que são vistos no mercado americano. A diferença é
que, enquanto o setor norte-americano levou 55 anos
para passar pela primeira consolidação, o latinoaamericano
precisou de aproximadamente 30 anos.
“As coisas têm acontecido rapidamente”, disse.
O primeiro modelo de negócio de locação é a
empresa familiar, muito comum no fim da década de
50 na região latina. O segundo é a companhia, padrão
que cresceu dos anos 1980 aos 2000. O terceiro é a
entrada dos fabricantes no setor de locação a partir
dos anos 1990. O quarto e o quinto modelos são os
consolidadores (aquisições de empresas locais e
fusões) e os integradores de serviço.
Segundo o especialista, há muito trabalho por fazer
nos países emergentes. “Um dado importantíssimo é
que 65% de crescimento da América Latina para
2025 virá de mais de cem grandes cidades – e não só
de localidades que conhecemos hoje, como Lima,
Santiago e São Paulo, mas de cidades que ainda vão
se expandir”, disse. “Existem muitos desafios,
crescimento e oportunidades.”
Aqui e agora
Paulo Simão, presidente da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC), apresentou uma
visão atual do mercado de construção no Brasil e
falou do campo político no qual a Analoc quer atuar.
“Temos que ser proativos no sentido de levar
sugestões ao governo e de participar ativamente na
elaboração das regras e das leis, porque assim
minimizamos os problemas. É claro que gostaríamos
de, às vezes, ter uma atitude mais forte, mas isso não
resolve nada e fecha portas. Isso até pode ser papel de
algumas pessoas, mas acho que temos que ter esse
espírito de estarmos juntos para construir a
mudança”, afirmou.
Simão ressaltou que o mercado vive um momento
complicado, com muitas incertezas, mas que é
preciso enxergar o atual contexto de maneira
equilibrada e com bom senso. “Não há nada que não
possa ser revertido, e os sinais positivos existem e
devem ser valorizados.”
Eduardo Tevah, consultor e conferencista, encerrou o congresso com uma apresentação descontraída
e repleta de recomendações para encarar os desafios
presentes. “Mais do que motivação, quero levá-los a
uma mudança de atitude”, disse. “O cenário exige
uma nova atitude. O seu negócio depende muito da
sua gestão, da sua decisão”, completou.
As condutas a serem pensadas – ou repensadas –
que podem inspirar e conduzir ao sucesso, segundo
Tevah, são:
1. Como reinventar meu negócio? É preciso ter a
mente aberta para o novo e para inovar. Isso requer
sair da zona de conforto e buscar o aprimoramento. E
é fundamental estar pronto para ouvir e buscar novas
ideias; fazer benchmarking
2. Valorize as pessoas que trabalham com você.
Capacitar, mobilizar e avaliar é o trinômio do
sucesso da gestão de pessoas
3. Valorize o cliente. Torne a sua empresa uma
referência em atendimento
4. Volte a trabalhar com alegria
5. Tenha foco em resultados. O sucesso não está na
venda, mas na rentabilidade. O nome do jogo hoje é
“caixa”
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Cenário
Sinais de retomada?
O mercado de construção civil é um dos que mais
têm sofrido com a atual crise econômica. No caso do
segmento de equipamentos para o setor da
construção, o volume de vendas nos primeiros cinco
meses de 2015 foi 44,3% inferior ao resultado do
mesmo período do ano passado, de acordo com o
Estudo de Mercado Sobratema: O Mercado
Brasileiro de Equipamentos para Construção –
Tendências. A pesquisa foi apresentada pelo
consultor Brian Nicholson durante o M&T Expo
Congresso, realizado em São Paulo. A sondagem
ouviu 32 empresas (27 construtoras e sete
locadoras).
Para os dirigentes da Sobratema, a recuperação do
setor pode estar nas recentes concessões anunciadas
pelo governo em obras de infraestrutura.
Oportunidade é o que não falta, como mostrou o
vice-presidente da entidade, Mario Humberto
Marques, que também realizou palestra durante o
congresso. Ele analisou os investimentos
necessários ou previstos para melhorias em áreas
como portos, aeroportos, rodovias, hidrovias,
ferrovias, água, energia elétrica e mineração. Porém
frisou que, apesar de ser um imenso universo de
oportunidades de negócios, existem entraves como a
queda do PIB, alta da inflação e, principalmente,
falta de confiança. “Este último é motivado pela falta
de transparência das concessões anunciadas em
2012”, citou.
O lado bom de todo esse cenário um tanto cinzento
é que os empresários tendem a ser menos pessimistas
do que o cenário real, segundo constatou Brian
Nicholson em sua pesquisa. “Isso é importante, pois
se a pessoa não for otimista, é melhor mudar de
barco”, finalizou. E o quadro revelado pela
sondagem é realmente impactante: para 94% dos
entrevistados, os resultados de 2015 serão piores ou
muito piores na comparação com 2014. Entre os
dados negativos apontados, como atraso nas obras e
falta de crédito, um dos destaques ficou com o
desemprego: 79% das empresas demitiram neste
ano, por conta da queda nas vendas.
LBX Company tem novo diretor
A LBX Company, fabricante das escavadeiras Link-Belt, anunciou
que Rob Orlowski (foto) juntou-se à companhia como diretor de
marketing e comunicação.
Recentemente, atuou como gerente de produto para a linha de
escavadeiras na Komatsu America Corp e, antes, passou 14 anos na
CNH em diversas funções.
Rob é fluente em espanhol e português, e tem um bom conhecimento
de mandarim. “Estou muito contente por tê-lo junto à nossa equipe
como diretor de marketing e comunicação. Devido ao constante
crescimento da LBX na América do Norte e América Latina, a liderança
de Rob e sua vasta experiência em nossa indústria o tornam um
profissional adequado para o trabalho”, afirmou Eric Sauvage,
presidente e CEO da LBX.
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Julho/Agosto 2015
Vetelli Veiculos e Peças Ltda
Tel. (11) 4335.6700
SÃO BERNARDO DO CAMPO
Rua Pedro Zolcsak, 50
CEP. 09790-410
www.vetelli.com.br
Cenário
Quatro décadas
Ampliação
A Komatsu instalou-se no Brasil em 1975 na cidade de
Suzano (SP) numa área de 634 mil metros quadrados. A
fábrica brasileira foi a primeira planta fora do Japão, fazendo
parte da estratégia de expansão global com um parque fabril
completo. Em 1997, foi fundada a segunda planta no Brasil,
na cidade de Arujá (SP) ocupando uma área total de 24 mil
metros quadrados, onde são produzidos tanques, caçambas,
cabines, chassis e chaparia em geral.
Como parte do plano estratégico do Grupo Komatsu, o
País ganhou mais atenção e dedicação a partir de 1998,
quando foi fundada a Komatsu Brasil International,
subsidiária de vendas destinada exclusivamente a cuidar do
mercado brasileiro.
Com presença em todo o território nacional por meio da
rede de distribuidores, a Komatsu atua nos mercados de
construção, florestal e mineração.
Com mais de 15 anos de experiência na área
de venda de pneus industriais e de carga, a
Comercial Rodrigues é a representante oficial
no Brasil de grandes marcas mundiais de
pneumáticos industriais e de superelásticos
(pneus sólidos). Agora a empresa passou a
representar também a Tiron, a Doublecoin e a
Tyrfil, conhecidas pela tecnologia avançada,
durabilidade, alto índice de recapagem,
estabilidade e precisão em manobras, além do
baixo custo de manutenção e garantia de
fábrica em todo o território nacional.
Brasil: foco de
investimentos internacionais
Pesquisa realizada pela KPMG aponta que
problemas de infraestrutura (69%), proteção da
propriedade intelectual (51%) e complexidade
das regulações (50%) são os principais
desafios encontrados por companhias que
almejam investir no Brasil. Apesar disso, o
País, ao lado de China e Índia, continua, entre
os mercados de alto crescimento (high growth
markets, ou HGM, em inglês), no topo da lista
de destinos de investimentos planejados para
as empresas em expansão, seguido por México,
Cingapura e Coreia do Sul.
Sotreq lança novo canal de distribuição
A Sotreq abriu um novo canal de distribuição no mercado de mangueiras e terminais hidráulicos para
equipamentos, solução que tem como objetivo ampliar o suporte ao cliente e desenvolver ainda mais esse
segmento por meio de parcerias estratégicas com revendedoras locais e regionais. A CTL – Contagem Turbinas é
a primeira revenda credenciada para esse modelo e vai atender ao Estado de Minas Gerais.
“O principal ponto positivo dessa solução para os clientes é a
conveniência: a agilidade na entrega, o telefone exclusivo e a
flexibilidade tanto no horário de atendimento como na
disponibilidade de estoque consignado”, comenta Frederico
Campos, coordenador de desenvolvimento de mercado de peças
da Sotreq.
“A Caterpillar é a única montadora de máquinas no mundo que
fabrica as próprias mangueiras hidráulicas. A abertura de mais
um nível de distribuição é o passo que faltava para termos um
sistema de produto 100% verticalizado, sem similares no
mercado brasileiro”, afirma Nilso De Toni Jr., gerente comercial
de sistemas de fluidos da Caterpillar para a América do Sul.
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Julho/Agosto 2015
Reportagem de Capa
Sob chuva e
trovoadas
No meio da tempestade que tomou conta do cenário econômico do País,
o pacote de concessões anunciado pelo governo pode ser um sinal de
calmaria? O que os empresários da construção civil devem esperar pela
frente? Com mais ou menos otimismo, alguns especialistas revelam seus
prognósticos para curto e longo prazo
A
nuvem negra estava rondando
há algum tempo, aproximou-se
lentamente e, no momento em que
menos se esperava, quando as
previsões apontavam um longo
período ensolarado, ela se estabeleceu sem dar muitos sinais de que irá
desvanecer-se tão cedo. Ainda
assim, será que ventos de mudança –
ansiosamente aguardados – podem
começar a soprar? Há quem aposte
que sim e outros, ressabiados,
Isaac Martins, da Training People
acreditam que o mau tempo deve
“O empreendedor possui dois caminhos:
chorar ou vender lenço. Acredito que a
persistir. De qualquer forma, há um
segunda opção seja a mais adequada”
consenso: não é hora de deixar o
guarda-chuva em casa.
Leroy acredita que, neste momento, é necessário ajustar para
“Já estamos, desde o início do ano, crescer. Mesmo assim, crê em uma reversão no quadro já a partir do
em recessão. Vale ressaltar que a ano que vem. “O governo está implementando um forte ajuste fiscal,
economia brasileira em 2014 não necessário haja vista o seu elevado nível de endividamento.
cresceu quando comparada com Associada à política fiscal contracionista, a monetária segue na
2013. A projeção para 2015 é de mesma direção. Minha expectativa é a de que, a partir do primeiro
encolhimento, com taxa de desem- semestre de 2016, a economia volte a crescer.”
prego subindo e, o pior, inflação de
No início de junho, o governo federal anunciou um pacote de novas
custos acelerada”, avalia Felipe concessões com investimentos de R$ 198,4 bilhões para modernizar
Leroy, professor de economia do aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. Elas fazem parte da nova
Ibmec/MG. “É contraintuitiva a etapa do Plano de Investimento em Logística (PIL), que prevê uma
priori uma economia que não cresce, parcela de R$ 69,2 bilhões para o período de 2015 a 2018 e, a partir de
mas apresenta uma expectativa de 2019, mais R$ 129,2 bilhões. Desse montante, R$ 66,1 bilhões
inflação para o ano de 2015 duas deverão compor as concessões para as rodovias, para as quais já estão
vezes acima do centro da meta, que é previstos cinco leilões referentes a projetos iniciados no ano passado,
de 4,5% ao ano. Nesse caso, a infla- no valor de R$ 19,6 bilhões. Entre as obras, estão previstas
ção é puxada pelo lado do custo.”
duplicações de pistas, faixas adicionais e sinalização.
16
Julho/Agosto 2015
Reportagem de Capa
Considerada estratégica pelo governo para a
retomada do crescimento, a expansão ferroviária
também terá uma nova rodada de concessões –
somando R$ 86,4 bilhões para cinco
empreendimentos, incluindo o trecho brasileiro da
Ferrovia Bioceânica, que vai até o Peru e receberá
cerca de R$ 40 bilhões em investimentos. Já o setor
portuário, importante para impulsionar as
exportações, deverá contar com R$ 37,4 bilhões.
Para a modernização aeroportuária, as concessões
totalizam R$ 8,5 bilhões e incluem obras em Porto
Alegre, Salvador, Florianópolis, Fortaleza e em
outros sete aeroportos regionais. Os novos leilões
estão programados para o primeiro trimestre de
2016.
O professor Leroy, entretanto, se mantém cético
em relação a esses números. “Acho pouco provável
de ser implementado diante da forte restrição
orçamentária”, opina. Para ele, a construção civil e,
consequentemente, o setor de locação de
equipamentos foram fortemente afetados, uma vez
que o governo “desancorou o setor”. “Na minha
concepção, o crescimento anterior foi artificialmente
inflado pela política creditícia e de subsídios. O
momento atual é de restrição orçamentária do
governo, que não consegue manter a política fiscal
expansionista”, expõe.
Reginaldo Gonçalves, da Faculdade Santa Marcelina
“Na análise de viabilização econômica, as empresas
só se interessam por opções com melhor taxa de retorno”
No curto prazo, Leroy avalia que os empresários do
ramo de locação de equipamentos e de construção
civil devem considerar o pior cenário possível para
sua tomada de decisões, e isso envolve desemprego
elevado, altas taxas de inflação e uma política
econômica (monetária e fiscal) contracionista. Para
o longo prazo, ele pondera que será preciso ajustar
principalmente a estrutura de custos, “além de
18
realizar adaptações no sentido de aumentar a
competitividade dos produtos ofertados no mercado.
Prezo sempre uma política conservadora diante de
um período de alta volatilidade. Como há uma
elevada incerteza com relação ao futuro diante da
instabilidade política e econômica, é melhor traçar
planos conservadores”, fala.
Copo meio cheio
Alguns especialistas veem com bons olhos a
segunda etapa do PIL. Um deles é Reginaldo
Gonçalves, coordenador de ciências contábeis da
Faculdade Santa Marcelina (FASM). Para ele, as
regras de concessão e os modelos financeiros estão
mais realistas, e isso poderá atrair mais investidores
do que em 2012. Em sua opinião, os investidores
esperam um choque de confiança do governo. “Na
análise de viabilização econômica, as empresas só se
interessam por opções com melhor taxa de retorno”,
aponta.
Gonçalves acredita que a busca por recursos
privados pode aquecer o mercado, mas é preciso
redobrar a atenção sobre a transparência das
operações, uma vez que, em alguns casos, o governo
participará dos negócios como investidor ou como
financiador, com taxas de juros mais atraentes.
“Muitas companhias que poderiam participar dos
projetos estão envolvidas na Operação Lava Jato.
Isso é um risco na busca por investidores tanto no
mercado interno quanto externo”, observa.
Apresentado na M&T Expo 2015, um estudo feito
pela Associação Brasileira de Tecnologia para
Construção e Mineração (Sobratema) indicou que,
no segmento de equipamentos para o setor da
construção, o volume de vendas nos primeiros cinco
meses de 2015 foi 44,3% inferior ao resultado do
mesmo período do ano passado. A sondagem ouviu
32 empresas, sendo 27 construtoras e sete locadoras.
O lado bom de todo esse cenário um tanto cinzento
é que os empresários tendem a ser menos pessimistas
do que o cenário real, segundo constatou Brian
Nicholson, consultor e coordenador da pesquisa.
“Isso é importante, pois se a pessoa não for otimista,
é melhor mudar de barco”, diz. E o quadro revelado
pela sondagem é impactante: para 94% dos
entrevistados, os resultados de 2015 serão piores ou
muito piores na comparação com 2014. Entre os
dados negativos apontados, como atraso nas obras e
falta de crédito, um dos destaques ficou com o
desemprego: 79% das empresas demitiram neste ano
por conta da queda nas vendas.
Julho/Agosto 2015
Reportagem de Capa
Para os dirigentes da Sobratema, a recuperação do
setor pode ser impulsionada pelas concessões
anunciadas no PIL. Mario Humberto Marques, vicepresidente da entidade, considera que não faltarão
oportunidades com base nos investimentos previstos
para portos, aeroportos, rodovias, hidrovias,
ferrovias, água, energia elétrica e mineração. No
entanto, lembra a existência de importantes entraves
como a queda do PIB, a alta da inflação e,
principalmente, a falta de confiança, motivada pela
ausência de transparência das concessões
anunciadas em 2012.
Vender lenço
Quem também reforça a tese de que é preciso ver as
oportunidades no meio da crise é Isaac Martins,
consultor da Training People, mestre em
comunicação organizacional pela Universidade de
São Paulo (USP) e consultor. “Hoje vivemos uma
época turbulenta comparada a uma chuva bem forte,
quase um temporal, porém empresas sólidas vão
sobreviver”, analisa, definindo-se como “um
otimista”. “Apesar desse cenário desfavorável, não
acredito que estamos em uma recessão, pelo menos
por enquanto. O empreendedor possui dois
caminhos: chorar ou vender lenço. Acredito que a
segunda opção seja a mais adequada.”
Especialmente para o atual momento delicado,
Martins propõe algumas ações imediatas:
1. Reveja os processos internos – Avalie a estrutura
da empresa, elimine desperdícios, melhore a
comunicação interna e faça a empresa ser mais
rápida nas decisões
2. Invista em novos canais – Há empresas que
adotam novas tecnologias. Martins conta que uma
loja de material de construção conseguiu aumentar
as vendas utilizando televendas e o aplicativo
WhatsApp
3. Renove a equipe – Infelizmente, a cada ano
alguns colaboradores ficam caros e desatualizados.
Em momentos como este, o gestor deverá tomar uma
decisão: investir em qualificação ou realizar trocas
4. Estabeleça metas para corte de custos – Que tal
fornecer um prêmio para os departamentos que mais
economizaram no mês? Segundo Martins, essa pode
ser uma ótima saída
5. Invista em treinamento – Treinar a equipe é um
sinal claro de que a empresa está desejosa de
melhorar
Brian Nicholson, da Sobratema
“Se a pessoa não for otimista,
é melhor mudar de barco”
Felipe Leroy, do Ibmec/MG
“Minha expectativa é a de que, a partir
do primeiro semestre de 2016,
a economia volte a crescer”
Martins acredita que as “turbulências” ainda
devam perdurar por uns 12 meses e que trarão
grandes dificuldades para algumas companhias,
principalmente para as que não se prepararam para
isso, fato que considera um erro de estratégia. “O
foco agora deve estar em fazer de tudo para manter o
mesmo faturamento do ano anterior”, recomenda.
O consultor chama a atenção para outros fatores _e
o principal entre eles, o relacionamento com os
clientes. “Lembre-se de que vendas é relacionamento. Portanto, aumente o número de visitas, vá a
campo, busque novos clientes e esteja junto aos
vendedores. Segundo, explore novos mercados. Um
empreendedor é aquele que observa o cenário atual e
enxerga as oportunidades, não os problemas”, frisa.
“Em resumo, não veja o que está acontecendo como
um problema, mas sim uma adversidade que o gestor
deve enfrentar com otimismo e motivação. Se sua
equipe sentir que você está desanimado, o efeito será
devastador.”
www.apelmat.org.br
19
Canal Aberto
Redução de custos
Para se atingir o equilíbrio nas contas em tempos de crise, o corte
estratégico e planejado de despesas é importante para qualquer
empresa
Por Fabio Faccio e Maurício Paulo*
N
ão há custo que não possa ser
reduzido. Com metodologia e
visão completa dos processos
internos, as organizações devem
mantê-lo no nível mais baixo
possível, até porque esse é um dos
elementos do negócio que as
empresas devem controlar.
Um dos principais obstáculos ao
processo de enxugar as despesas é
um famoso argumento: o custo está
no limite, não há mais o que reduzir.
Independentemente do cenário
econômico – e o atual nos força a
rever os custos permanentemente –,
toda companhia que tenha
enfrentado e superado uma crise
financeira sabe que não há despesa
irredutível. O que acontece com
frequência é que o objetivo de
reduzir não é uma decisão
consolidada e firme. É apenas uma
vaga intenção, uma experiência, um
projeto. As fortes reações dos setores
envolvidos (operações, vendas,
administração etc.) se encarregarão
de boicotar ou dificultar a frágil
orientação pela contenção.
Muitas ações podem ser tomadas
para alcançar competitividade em
custos. Redefinir funções, fundir
atividades, agilizar a logística
interna e externa, visitar os clientes
ou canteiros das obras, negociar com
fornecedores e parceiros, planejar e rever a carga tributária são
algumas das lições de casa que os empresários devem fazer.
Determinadas atitudes fazem parte de todo processo de abatimento
de encargos financeiros. Para revisar e reduzir os custos globais
dentro das empresas, é necessário reexaminar também os processos
internos que os originam.
A urgência em equilibrar as contas e ver resultados efetivos nas
companhias faz com que realizemos as duas coisas em paralelo –
diminuir encargos e reconsiderar processos. Uma boa redução das
despesas com metodologia e planejamento tem como consequência,
além da economia financeira de fato, uma reforma profunda de
processos, o que traz um ganho perene e permanente de eficiência.
Não há como reduzir custos de forma eficaz sem examinar os
processos internos da empresa.
Tradicionalmente, as companhias costumam inspirar-se no
orçamento do ano anterior e aplicar-lhe índices de redução para
montar o do ano corrente, sem saber se o valor de cada despesa
corresponde à realidade daquele momento. Para evitar essa
distorção, deve-se adotar o Orçamento Base Zero (OBZ). Parte-se
sempre do zero, estudando as despesas uma por uma para identificar
possíveis excessos (ou carências) nos gastos de cada item. Isso vale
para tudo: compra de insumos, aquisição de material de escritório ou
gestão de serviços terceirizados.
A rigidez no controle de custos faz com que as empresas obtenham
ganho significativo na gestão dos processos internos. A perseguição
à contenção de despesas deve ser constante e permanente, mas para
alcançar os resultados desejados deve ser tratada com urgência, pois
sempre é tempo de rever seus custos!
*Fabio Faccio e Maurício Paulo são sócios-diretores
da Infinity Consulting – Consultoria Empresarial
20
Julho/Agosto 2015
Manutenção e Mercado
Tudo sob controle
Ferramentas avançadas de automação disponíveis no mercado podem
ajudar o usuário a ter uma operação mais segura e precisa em seus
equipamentos de terraplenagem, o que contribui para resultados cada
vez mais satisfatórios. Veja como isso é possível
E
m tempos de competitividade
acirrada, os processos devem
ser ainda mais produtivos. Cumprimento de prazos, eliminação do
retrabalho e redução de despesas
deixaram de ser metas e passaram a
ser obrigações dentro de qualquer
empresa. Atentas a essas novas
demandas, principalmente entre os
usuários de equipamentos de
terraplenagem, as fabricantes de
sistemas de automação têm
oferecido ferramentas sofisticadas
de machine control (orientação e
automação operacional) que visam a
auxiliar o operador na execução de
suas tarefas. “A necessidade de
reduzir custos é uma demanda que
tem se intensificado nos últimos
anos. A melhoria dos processos de
execução e o aumento da eficiência e
qualidade são pontos fundamentais
para a sobrevivência em um mercado
cada vez mais competitivo e com
margens menores”, avalia Evandro
Ferretti Manffra, gerente do
segmento na América do Sul da
Leica Geosystems, empresa com
extenso catálogo de sistemas de
automação para máquinas pesadas.
22
New Holland FleetGrade
Maleta de demonstração utilizada pela companhia para mostrar de forma mais
didática e fácil como o sistema machine control funciona para clientes
Segundo Manffra, os mecanismos de controle de máquina são
importantes para garantir que o trabalho seja feito sem erros e dentro
da especificação do projeto. “A uniformidade obtida com a utilização
de tais sistemas é fundamental para a execução perfeita sem
necessidades de retrabalho”, salienta. Além disso, eles permitem que
o empreiteiro consiga se manter dentro do cronograma e do
orçamento estabelecido. Tendo em vista esse objetivo, foram
lançados recentemente um sistema de indicação para
perfuratrizes/bate-estacas – o Leica iCon rig – e os sistemas para
controle de pavimentadoras 3D – o Leica PaveSmart 3D.
Julho/Agosto 2015
Entre as principais vantagens destacadas pela empresa no sistema
Leica iCon rig – que inclui os modelos iRD3 (para perfuração) e iRP3
(bate-estacas) – estão a diminuição de custos com a eliminação ou
redução drástica do trabalho de demarcação (diminuição da
dependência de estacas de marcação). Além disso, o equipamento
fornece listas de pontos via GNSS diretamente para a cabine, para que
os operadores possam navegar para os locais com rapidez e precisão. A
companhia frisa também as facilidades de integração do sistema com
outras soluções iControl sobre uma mesma plataforma e a interface
simples e intuitiva. Além disso, as visualizações podem ser
customizadas facilmente pelo usuário e o software rig iCON é
compatível com vários formatos de dados 3D.
Manffra explica que os sistemas podem ser classificados de duas
formas: de indicação e de controle. “Os de indicação mostram ao
operador a posição em que se encontra a concha, na escavadeira, e a
lâmina, no caso do trator de esteiras e da motoniveladora. O posicionamento da lâmina é realizado pelo operador, que fará isso de acordo com
a especificação do projeto. Os sistemas de controle fazem a movimentação da lâmina de maneira automática, e o operador se encarregará
apenas de controlar a direção da máquina”, descreve o gerente.
Por meio de uma interface considerada amigável, o operador
consegue introduzir os parâmetros de referência diretamente no painel
ou carregar o modelo 3D pelo computador do sistema.
“A instalação do produto é feita por profissionais treinados da Leica
Geosystems, que irão posicionar os sensores, painéis e demais
componentes do sistema no local mais apropriado. Após a fixação dos
componentes, o sistema é calibrado e fica apto a operar”, esclarece
Manffra.
O gerente calcula ser necessário menos de um ano para que o
investimento feito seja pago devido à economia gerada com a sua
utilização. “Há de se considerar que existem benefícios de difícil
mensuração, como o aumento da segurança na obra. Um passivo
trabalhista pode custar o valor do equipamento ou mais”, acrescenta.
Parceria
Entre os destaques apresentados pela New Holland Construction,
fabricante de máquinas para construção e infraestrutura da CNH
Industrial, durante a M&T Expo 2015 estava o New Holland
FleetGrade, machine control da marca, resultado da associação
mundial entre a CNH Industrial e a Leica GeoSystems. Ele permite que
equipamentos como motoniveladoras, tratores de esteiras, escavadeiras
hidráulicas e retroescavadeiras trabalhem de forma guiada, como se
utilizassem um GPS. Também proporciona o controle hidráulico
automático, no caso das motoniveladoras e tratores de esteiras.
“Normalmente, para realizar uma terraplenagem é necessário realizar
o estudo topográfico e depois uma pessoa usa estacas para fazer as
instruções para o operador de motoniveladora, ou seja, a precisão do
trabalho depende da visão e da habilidade do operador”, fala Rafael
Barbosa, especialista de produto da New Holland Construction. “Mas
com o sistema instalado na máquina usamos o mesmo estudo
topográfico. Ele é carregado no sistema, que utiliza as coordenadas
precisas para poder controlar a lamina, fazendo assim todo o trabalho.
Ou seja, podemos ter menos passadas e consequentemente menos
tempo para a conclusão do trabalho, além de garantirmos maior
precisão”, explica.
www.apelmat.org.br
23
Manutenção e Mercado
De acordo com Marcos Rocha, gerente de
marketing de produto da companhia, o usuário dos
equipamentos da empresa pode contar com o auxílio
de uma equipe especializada para encontrar a
solução mais indicada para atender a suas
necessidades em termos de automação. “No caso do
recém-lançado trator de esteiras D180C, por
exemplo, ele tem uma predisposição para esse uso,
com botões de ativação desse sistema no console
frontal e joystick, além de ativação no painel”,
ressalta.
Sem retrabalho
Para John Fierro, gerente regional de contas da
Trimble, o principal diferencial do machine control é
a eliminação do retrabalho. Especialista em
tecnologias de posicionamento, incluindo GPS,
laser, óptica e inercial com software aplicativos,
comunicação sem fio e outros serviços, a empresa
oferece especialmente para máquinas de terraplenagem uma série de sistemas de automação do
movimento de corte, incluindo soluções a laser,
sistemas de navegação global via satélite (GNSS) ou
ópticos para o controle e monitoramento do processo
construtivo. “Eles permitem facilitar a operação
durante a etapa de terraplenagem, reduzindo
significativamente o retrabalho e aumentando a
segurança na obra. Como há uma automação na
máquina, mesmo operadores pouco experientes
conseguem realizar um trabalho de qualidade”,
destaca.
Segundo Fierro, para que o operador possa se beneficiar com o uso desses sistemas, basta que os receptores GNSS, as eletroválvulas (dependendo do modelo da máquina) e um computador de bordo sejam
instalados. “O receptor GNSS fornece o posicionamento preciso da lâmina da máquina, permitindo que
as eletroválvulas acionem seu movimento. Um
computador de bordo fornece as informações de
corte e aterro em tempo real”, descreve. O gerentegeral de contas acrescenta que recentemente foram
implementadas inovações no monitoramento da
qualidade da terraplenagem na fase de acabamento,
por meio de uma plataforma on-line.
Fierro comenta que as empresas recorrem a essas
soluções, entre outros motivos, para conseguir
antecipar o prazo de entrega das obras, reduzir o
valor da hora-máquina e aumentar a segurança na
obra. De acordo com ele, em função do tipo de
equipamento a ser instalado e da operação que será
realizada, o tempo para o retorno do investimento
pode ser de um a oito meses.
Controle total
Trator de esteiras em operação com sistema da Trimble
Escavadeira hidráulica
da New Holland equipada com o New Holland FleetGrade
Sem dúvidas
1. O que é machine control?
Trata-se de um sistema de direção precisa,
posicionamento ou controle da máquina para o
aumento da eficiência e produtividade, reduzindo
custos operacionais e otimizando o uso de materiais
utilizados em processos finais.
2. Quais são os sistemas existentes?
Os sistemas podem ser classificados de duas
formas: de indicação e de controle.
Os de indicação mostram ao operador a posição
em que se encontra a concha, na escavadeira, e a
lâmina, no caso do trator de esteiras e da
motoniveladora. O posicionamento da lâmina é
realizado pelo operador, que fará isso de acordo
com a especificação do projeto.
Já os sistemas de controle fazem a movimentação
da lâmina de maneira automática, e o operador se
encarregará apenas de controlar a direção da
máquina.
Orientação
Controle
O sistema detecta as correções
que são necessárias
O sistema detecta as correções
que são necessárias
O operador conduz a ferramenta
até a posição indicada
O sistema indica o que deve
ser feito pelo operador
O sistema controla a ferramenta
(lâmina) até a posição indicada
Fonte: Leica Geosystems
24
Julho/Agosto 2015
Gestão e Negócios
O cliente em
evidência
Atender bem quem está do outro lado do balcão e não deixar de
valorizar quem está dentro são as principais preocupações da Localiza,
que tem uma trajetória inspiradora
D
ar atenção ao cliente, valorizar
colaboradores e fornecedores e
prestar o melhor serviço. Esse é o bê-aá-bá que toda companhia precisa
decorar caso pretenda se destacar em
qualquer ramo de atuação. Com a
Localiza, empresa especializada em
aluguel de carros, não foi diferente.
Fundada em 1973, ela adotou essas
ações como lema e, até hoje, após 42
anos, as considera como os pilares
para a condução dos negócios. “Há
especificidades em cada área, mas
acredito que existam dois princípios
que sempre valem e são fatores
decisivos: a valorização do cliente e
dos colaboradores. Além desses, está
o comprometimento em prestar o
melhor serviço”, pontua Nora
Lanari, diretora de relações com os
investidores da Localiza.
26
Nora Lanari, da Localiza
“Neste momento, quando temos inflação alta, PIB negativo, mercado encolhendo
e alta taxa de juros, as empresas devem olhar para dentro em busca de eficiência”
Olhando para trás, Nora acredita que esses preceitos sempre
nortearam cada decisão importante tomada ao longo dos anos e,
acima de tudo, serviram para balizar toda nova estratégia e
direcionamento. E não foram poucos os desafios enfrentados ao
longo da história da empresa. Logo de cara, em seu ano de fundação,
teve de encarar o primeiro choque do petróleo. O segundo veio pouco
tempo depois, em 1979. “Acho que não é possível destacar apenas
uma tática em especial, mas várias decisões foram importantes. Uma
delas, por exemplo, foi a de atender 24 horas por dia, sete dias por
semana, desde o início das atividades da empresa”, relembra Nora.
Julho/Agosto 2015
Gestão e Negócios
Em 1985, durante a crise da dívida externa
brasileira – quando o capital se tornou escasso e o
custo, mais elevado –, a companhia resolveu ampliar
sua presença no mercado por meio do franchising e,
desse modo, conseguiu alavancar as vendas muito
acima do esperado. “Foi uma estratégia inteligente,
pois uma franquia é menos intensiva em termos de
capital. Além disso, foi possível desenvolver
mercados locais”, avalia. Alguns anos adiante, em
1990, outra decisão que ampliou as possibilidades da
organização foi a de vender os carros diretamente ao
consumidor final, por meio da Localiza Seminovos.
Segundo a diretora de RI, a empresa foi a primeira a
adotar o termo “seminovos” para definir o tipo de
carro que seria comercializado.
Para chegar ao patamar atual, com quase 550
agências e mais de 118 mil carros em nove países,
outras estratégias foram traçadas. Entre elas, a venda
de um terço da companhia para um fundo de private
equity, com o intuito de obter a capitalização
necessária ao desenvolvimento de um planejamento
de longo prazo, fato que ocorreu em 1997. Além
disso, em 2005, iniciou a oferta pública de ações no
Novo Mercado da Bovespa, com o valor de R$ 3,83.
Destaque desde o dia de abertura de capital, as ações
estavam valendo R$ 36,30 em 31 de março de 2015,
o que representava um crescimento de 829,50%. Até
o fim do primeiro trimestre deste ano, a Localiza
estava avaliada em cerca de US$ 3,5 bilhões.
Mais um cenário desafiador
Segundo seus balanços, no primeiro trimestre
deste ano, a companhia registrou crescimento de
6,5% na receita líquida em relação ao mesmo
período de 2014 – com isso, alcançou R$ 1,007
bilhão (lucro líquido de R$ 100,3 milhões). Mesmo
consolidada economicamente, a Localiza reconhece
que a conjuntura atual exige atenção. “Neste
momento, quando temos inflação alta, PIB negativo,
mercado encolhendo e alta taxa de juros, as empresas
devem olhar para dentro em busca de eficiência”,
opina Nora. Segundo a executiva, para se ajustar à
situação atual, a expansão da frota neste ano deverá
ser menor. “Temos sempre que ajustá-la em função
da demanda.”
Para atravessar mais este cenário de crise, as lições
aprendidas com as dificuldades enfrentadas no
passado mostram que o foco deve ser no aumento da
produtividade. “É preciso ver se não há nenhum
custo fora de controle, por exemplo. Além disso,
nossa estratégia é a de preservar a posição de caixa:
temos aproximadamente R$ 1,4 bilhão para passar
por este período turbulento”, conta a diretora.
Para ela, outras ações que podem servir de
parâmetro para as demais empresas do segmento de
rental são aquelas voltadas para a valorização e o
comprometimento dos colaboradores. “Um exemplo
é a nossa central de reserva. As atendentes que mais
converterem ligações aparecem em destaque em um
local que chamamos de Hall da Fama. Todos nós
temos metas: o lavador de carros, o diretor
financeiro, o presidente. É preciso saber fazer bem
todos os elos do ciclo.”
Mais do que nunca, a preocupação com a imagem
da empresa deve estar no topo das prioridades. Nesse
quesito, a Localiza lança mão de uma série de
ferramentas para garantir a satisfação do usuário “em
cada elo do ciclo”, principalmente durante a retirada
e a devolução do veículo. “Temos que prestar o
melhor serviço, com agilidade e qualidade. O cliente
não pode diferenciar se está sendo atendido por uma
franqueada ou pela própria empresa”, exemplifica.
“É preciso zelar pelo nome da companhia, que tem
nível de reputação elevado.”
Na opinião de Nora, quem deseja empreender
nesse mercado competitivo deve saber que hoje os
clientes são mais bem informados e exigentes. “É
preciso conhecer o cenário econômico para tomar as
melhores decisões para o negócio, mas não se deve
descuidar também do concorrente, do fornecedor e,
principalmente, do cliente: é ele que gera receita”,
reforça.
Veja +
No site da Apelmat (www.apelmat.org.br), você confere os principais marcos na história de quatro décadas
da Localiza.
www.apelmat.org.br
27
Obras
Público e privado
de mãos dadas
O desenvolvimento da infraestrutura necessária para o crescimento do
País tem se beneficiado das parcerias entre o setor privado e o governo.
Entender as particularidades dos diferentes modelos de licitação – RCD e
PPP – pode ajudar o setor de locação a lidar melhor com cada contexto
C
álculos feitos pelo Sebrae
Nacional apontam que, do total
de R$ 198 bilhões previstos pelo
governo federal em seu novo plano
de concessões em infraestrutura,
cerca de R$ 11,88 bilhões representam oportunidades para micro e
pequenas empresas. No rol de
serviços oferecidos por elas, podem
ser incluídos os de movimentação de
terra, entre outros. Por isso, nesta
etapa do processo, é importante
entender como funcionam os
modelos de licitação em Regime
Diferenciado de Contratação (RDC)
e as Parcerias Público-Privadas
(PPPs). “Inicialmente, é preciso que
fique claro que as Leis n° 12.462/11,
do RDC, e n° 11.079/04, das PPPs,
têm objetivos distintos”, explica a
Alécia Paolucci Nogueira Bicalho,
advogada especializada em direito
administrativo que atende a entidades públicas e empresas privadas em
contratações públicas de infraestrutura.
28
Alécia Paolucci Nogueira
Bicalho, advogada
“As Leis n° 12.462/11, do RDC,
e n° 11.079/04, das PPPs,
têm objetivos distintos”
A advogada esclarece que a lei do RDC busca implementar um
maior dinamismo na etapa de procedimento ao prever, entre outros
mecanismos, a inversão das fases de julgamento de propostas e
habilitação, a fase recursal única ao final do julgamento e prazos
reduzidos de publicidade prévia. “Sua dinâmica é semelhante à
modalidade licitatória do pregão, mas, sob o aspecto conceitual, esse
sistema se aproxima da gênese das delegações ao prever a
possibilidade de remuneração vinculada ao desempenho, contrato de
eficiência e, enfim, sua grande vedete, a contratação integrada, na
qual cabe ao contratado o encargo de desenvolver toda a concepção
do empreendimento”, compara.
Julho/Agosto 2015
Obras
Com relação à contratação de obras e serviços de
engenharia, o RDC considera preferenciais a empreitada por preço global, a empreitada integral e a
contratação integrada. A empreitada a preços unitários passa a ser uma exceção que precisa ser justificada, destinando-se a obras que envolvam inovação
técnica ou tecnológica de domínio ainda restrito no
mercado. “Esse regime compreende a elaboração,
pela contratada, dos projetos básico e executivo, e o
cumprimento de todos os encargos de execução até a
entrega do empreendimento em funcionamento. Em
razão de sua complexidade e também por implicar
custos mais elevados em função dos riscos alocados
ao contratado (remunerados por taxa de risco inclusa
no orçamento), esse regime se destina ao
atendimento de equipamentos de grande porte”,
observa. Além disso, as contratações pelo RDC são
sempre totalmente orçamentadas, ou seja, os
pagamentos são integralmente cobertos pela
administração pública.
Alécia explica que as PPPs, por sua vez, têm por
finalidade a contratação de serviços – públicos ou
não –, ao contrário das concessões comuns, que se
prestam à delegação à iniciativa privada da prestação
de serviços públicos. Além disso, há a possibilidade
de aporte de recursos diretamente pelo poder
público, quando possível, em prol da desoneração da
contraprestação mensal (CPM) ou da tarifa, ou de
ambas. “A deflagração das licitações de PPPs condiciona-se à observância de uma agenda prévia pelo
poder público, contemplando os estudos de viabilidade econômico-financeira e ambiental, dados de
oferta e demanda, custos de investimentos e de
operação, a taxa interna de retorno do empreendimento; enfim, todas as projeções do projeto a serem
acomodadas no horizonte de prazo alargado de
execução contratual, de até 35 anos”, completa.
Riscos e oportunidades
Na opinião da advogada, ambos os regimes
seguem uma nova cultura que vem se acomodando
paulatinamente. “Eles impõem uma mudança de
paradigma com relação às contratações públicas
principalmente no cenário contemporâneo do direito
administrativo e, em especial, da administração
pública gerencial, com ênfase às regras dos contratos
(tendência de contratualização), ao consenso e
mecanismos amigáveis de soluções de controvérsias
e, enfim, à efetiva parceria”, discorre.
Portanto, é importante saber avaliar os riscos
contratuais que, no caso do RDC, seguem as regras
do artigo 65 da LNL e, das PPPs, o artigo 10 da Lei n°
8.987/95. “Quanto às precauções a serem observadas
na etapa de licitações, recomendaríamos, no RDC, o
detido exame do regime de execução, medição e
pagamento”, enfatiza Alécia. No caso das PPPs, ela
salienta a importância do estudo aprofundado do
edital e seus anexos (Evtea, projeto referencial,
plano de negócios, projeções financeiras de Capex e
Opex, caderno de encargos, matriz de risco,
mecanismos de reequilíbrio).
A participação de pequenas e médias empresas é
admitida no RDC. “Neste caso, são aplicadas as
regras de preferências para fornecedores ou tipos de
bens, serviços e obras previstas na legislação, em
especial aquelas referidas no artigo 38 da lei: artigos
3º das Leis n° 8.248/91 e 8.666/93, e artigos 42 a 49
da LC 123/06”, observa a especialista. Já nas PPPs,
as exigências financeiras e encargos contratuais de
execução, inclusive mediante obrigatória
constituição de Sociedade de Propósito Específico
(SPE), limitam a presença de companhias de menor
porte, em razão da natureza dos empreendimentos.
“Mas isso não exclui a possibilidade de sua
contratação pela SPE para a execução de atividades
acessórias, complementares, ou projetos
associados.”
Para quem está interessado, é importante saber que
a fase preparatória das PPPs é mais demorada em
razão do volume dos estudos e prazos prévios de
publicidade, tais como audiência e consulta pública.
“Os PMIs (Procedimentos de Manifestação de
Interesse) e as PNSs (Propostas Não Solicitadas) são
ferramentas úteis no ganho de tempo, na medida em
que viabilizam a coleta de informações junto ao
mercado, antes da fase de modelagem propriamente
dita, em benefício da maturação dos projetos”,
explica.
Na lista de exemplos bem-sucedidos em cada um
dos modelos, Alécia cita, entre as PPPs, escolas,
aterro sanitário e de resíduos sólidos na região
metropolitana de Belo Horizonte, além de
consórcios públicos entre municípios, todos em
Minas Gerais. “Quanto ao RDC, o líder de
contratações é o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT), com regimes
tradicionais ou de contratações integradas”, finaliza.
Veja +
No site da Apelmat (www.apelmat.org.br), você confere os detalhes do anúncio da segunda etapa do
Programa de Investimento em Logística (PIL), os investimentos previstos por região do Brasil e a opinião de
outros especialistas.
www.apelmat.org.br
29
Entrevista
No balanço das horas
A falta de tempo é a principal reclamação de nove entre dez
empresários, mas com algumas mudanças de hábitos é possível otimizar
o dia e dia para fazer do relógio um aliado
H
ouve um tempo em que
encaixar todas as atividades
cotidianas nas 24 horas do dia era
relativamente simples. Hoje, com a
pressão sobre os profissionais e as
inúmeras ferramentas de conectividade que fazem com que todos
estejam em estado de alerta em
tempo integral, isso virou um
verdadeiro desafio e fonte de
estresse constante. Prova é a existência de um curso de extensão
universitária voltado especialmente
para esta nova “ciência”: a administração do tempo.
Docente responsável pelo curso,
que é ministrado na Universidade
São Judas de São Paulo (SP), no
campus da Mooca, Milton Riitano é
categórico: “Prioridade e
importância são dois fatores
completamente distintos. Muitas
pessoas consideram o que é
importante como prioritário, e isso
normalmente traz erros na condução
das tarefas do dia a dia”. CEO da
Packaging & Resources Brasil e
diretor executivo do Grupo
Refferência, Riitano é especialista
na qualidade de atendimento e em
projetos para a solução de conflitos e
para a motivação de pessoal.
30
Revista Apelmat/Selemat De modo geral, os profissionais veem o
relógio como um aliado ou um inimigo? Por que isso acontece?
Milton Riitano O relógio é visto como aliado ou inimigo
dependendo do grau de organização dos profissionais ou mesmo de
uma dona de casa. Quando uma pessoa sabe exatamente o que, como
e quando fazer, terá o relógio como parâmetro para suas atividades, e
não algo que o leva ao estresse ou até mesmo a angústias.
Julho/Agosto 2015
Entrevista
RAS Identificar as prioridades no cotidiano deve
ser a primeira ação a ser feita? Quais outras
ferramentas são importantes no gerenciamento do
tempo?
MR Muito se fala sobre prioridades, mas há certa
confusão entre considerar algo prioritário e algo
importante. Prioridade e importância são dois fatores
completamente distintos. Muitas pessoas
consideram o que é importante como prioritário, e
isso normalmente traz erros na condução das tarefas
do dia a dia.
“Muito se fala sobre prioridades,
mas há certa confusão
entre considerar algo
prioritário e algo importante”
RAS Empresários que lidam com serviços ou
venda de equipamentos costumam ter uma rotina
cheia de visitas a obras e clientes. Como não ser
prejudicado por esses constantes compromissos e
deslocamentos?
MR O deslocamento faz parte da rotina desses
profissionais, e isso deve estar no processo de
organização do dia de trabalho. A locomoção não é o
fator que cria barreiras, mas a falta de foco e
objetividade entre as prioridades a serem feitas no
escritório e na “rua” é que torna os resultados
negativos.
RAS Qual a melhor forma de aprender a dizer
“não” a determinados pedidos?
MR Falar “não” é necessário para que se consiga
manter o foco nas prioridades e no controle das
atividades. Mas o “não” nunca deve vir sozinho;
simplesmente dar a negativa é um tratamento
perigoso e pode causar, às vezes, algum tipo de
constrangimento. O “não” deve vir sempre
acompanhado de uma explicação ou mesmo de uma
solicitação de prazo ou indicação de alguém que
possa atender aquele que necessita de algo.
RAS Como aproveitar o tempo de modo a buscar
qualificação profissional e participar de
treinamentos?
MR Tudo é uma questão de prioridades,
organização e uma boa dose de força de vontade.
Normalmente sempre encontramos tempo – e
energia – para fazer aquilo de que gostamos e que
nos é importante.
RAS Em uma entrevista, você afirmou que “o
autoconhecimento é fundamental para administrar
melhor o tempo”. De que modo isso acontece?
MR Nenhuma ferramenta, por mais simples ou
complexa que se queira utilizar, terá qualquer efeito
se a pessoa não entender realmente os hábitos e
atitudes que podem prejudicá-la. Por exemplo, há
pessoas que colocam o relógio para despertar às 6
horas da manhã, mas ficam enrolando de dez em dez
minutos para levantar e quando percebem já estão
atrasadas. Há quem simplesmente abre a porta do
guarda-roupa e espera que um santo salvador decida
por ele qual roupa usar. Não há agenda ou qualquer
outro tipo de controle que dê jeito nisso. A mudança
de hábitos é a grande sacada.
RAS O que fazer para que o trabalho não
comprometa as horas que devem ser dedicadas à
vida pessoal?
MR Tempos atrás, não era necessário colocar nos
planejamentos o tempo de lazer ou convívio familiar.
Diante de tantas mudanças no perfil de trabalho e das
novas tecnologias, que praticamente deixam os
profissionais 24 horas “ligados” à empresa, calcular
a agenda de trabalho juntamente com o lazer é de
fundamental importância. Até porque, em algumas
atividades, o planejamento pessoal (lazer aliado à
qualidade de vida) é de interesse da empresa que se
preocupa com a saúde dos seus profissionais.
RAS Como é estruturado o curso de gestão do
tempo ministrado na Universidade São Judas?
MR O público-alvo é formado basicamente por
profissionais que buscam melhor desempenho em
suas atividades e principalmente uma melhor
performance diante de todos os objetivos desejados.
Mas também por aqueles estudantes que, diante de
um mercado cada vez mais exigente, querem
organizar seus estudos e conseguir realizar um maior
número de atividades para terem êxito mais
rapidamente e estarem “prontos” para novos
desafios.
O curso conta, em sua grande parte, com cases e
análises que podem levar a uma compreensão dos
fatores que dificultam a eficácia e eficiência no
trabalho ou nos estudos. São apresentadas
ferramentas de controle e de planejamento do dia a
dia e até mesmo um planejamento de vida para
aqueles que desejam se organizar para alcançar
objetivos a longo prazo.
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31
Internacional
Munição para
competividade
C
onjunto de processos específicos e identificáveis, tais como
desenvolvimento de produtos, tomada de decisão estratégica e habilidade para fazer alianças. Assim, em
2000, Kathleen Eisenhardt e Jeffrey
Martin definiram capacidades
dinâmicas, num excelente artigo
publicado no Strategic Management
Journal (Strat. Mgmt. J. 21:1105 –
1121).
A identificação das capacidades
dinâmicas tornou-se capítulo
obrigatório de quase todos os cursos
para executivos, pós-graduações,
mestrados. E é natural que assim
seja, pois são esses processos que,
correta e adequadamente desenvolvidos e exercitados, municiam as
empresas dos recursos necessários à
criação de valor para o cliente e as
mantêm, pelo menos durante algum
tempo, “a salvo” da ação de
concorrentes.
32
*Nuno Antunes Ferreira, correspondente
internacional da Revista Apelmat/Selemat,
é especialista em marketing,
vendas e negócios internacionais
Como vimos na edição 162, a lógica do serviço-dominante implica
a “metamorfose” dos bens tangíveis em aspectos intangíveis tais
como competências, informação e conhecimento.
Essa transformação é o resultado natural da maturidade da
empresa, do seu conhecimento dos mercados em que opera e da
adequada manipulação das suas capacidades dinâmicas.
Julho/Agosto 2015
Vale a pena olhar para as nossas companhias, para os recursos
disponíveis, para as novas formas de relacionamento com o
trabalho e as respectivas curvas de aprendizagem e ver se
chegamos à mesma conclusão que Kathleen Eisenhardt e Jeffrey
Martin: “A vantagem competitiva de longo prazo reside em
adequadas configurações de recursos, e não nas capacidades
dinâmicas”.
Canteiro de obras
No que diz respeito ao andamento de obras, alguns fatos
interessantes estão ocorrendo na Europa. Ao abrigo da
Connecting Europe Facility (CEF), a Comissão Europeia
anunciou a verba recorde de € 13 bilhões para o financiamento de
um plano que engloba 276 projetos de transportes.
"Muito se fala da Copa do Mundo
Fifa 2018 na Rússia, que
tem custo previsto em
€ 10,44 bilhões"
“Os projetos que selecionamos vão servir os cidadãos e as
empresas. Quer pela ampliação e melhoramento de
infraestruturas, quer pela remoção de gargalos existentes. Estou
muito feliz por anunciar o maior plano de investimento alguma
vez feito na União Europeia na área dos transportes”, disse
Violeta Bulc, comissária europeia para os transportes.
Espera-se que esse investimento contribua para a geração de
cerca de € 28 bilhões de cofinanciamento entre verbas públicas e
privadas.
Assuntos quentes na Europa
Muito se fala da Copa do Mundo Fifa 2018 na Rússia. A última
revisão do custo total previsto para o campeonato é de € 10,44
bilhões. Com o impacto positivo que um projeto dessa magnitude
tem no setor da construção, entre outros segmentos, os russos não
querem nem ouvir falar em perda de direitos.
No Reino Unido, as britânicas Carillion e Kier e a francesa
Eiffage juntaram-se para assegurar a entrada em funcionamento
da linha de alta velocidade High Speed 2, que ligará, numa
primeira fase, as cidades de Londres e Birmingham. O início da
construção está previsto para o começo de 2017, e a entrada em
funcionamento para 2026.
Na Suécia, a Autoridade Sueca de Transportes escolheu a
Skanska para a construção do túnel da conexão sul da via de saída
da cidade de Estocolmo. O túnel terá uma extensão de 350 metros
e duas pistas em cada sentido. O valor do contrato é de cerca de €
139 milhões, e o início dos trabalhos ocorrerá na primavera de
2016 e terminará em 2021.
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Selemat
Empréstimo entre sociedades
e sócios: cuidados e tributação
Por Luiz Fernando Martins Macedo*
D
e tempos em tempos, somos
indagados sobre as consequências jurídicas da realização de
operações de empréstimos entre
sócios (pessoa física) e suas
respectivas sociedades. Prática
comum, mas que do ponto de vista
jurídico exige alguns cuidados.
Antes de mais nada é imprescindível celebrar um contrato que
contenha, no mínimo, as seguintes
informações: a qualificação das
partes, o valor do empréstimo, o
prazo de devolução, dentre outras
cláusulas como o índice de correção
monetária, os juros que serão pagos e
eventuais penalidades por inadimplemento (multa, juros de mora etc.).
Caso não seja formalizado um
contrato, a fiscalização tributária
pode depreender que se trata de uma
doação, com a consequente
incidência do tributo estadual
(ITCMD). Além disso, de acordo
com o art. 592 do Código Civil
Brasileiro, se não houver prazo
formalmente estabelecido no
acordo, o período do mútuo será
considerado de 30 dias, pelo menos.
34
SELEMAT
*Luiz Fernando Martins Macedo é sócio-fundador do escritório
Martins Macedo e Advogados Associados
Uma questão relevante é a remuneração (juros) do empréstimo,
que deverá ser estipulada considerando o valor praticado no
mercado. Se os juros cobrados estão sendo exigidos no patamar de
1% ao mês, por exemplo, não é recomendável que se contrate uma
remuneração maior, pois haverá risco de questionamento pelo Fisco,
em especial se quem está tomando o empréstimo for uma empresa
optante pelo lucro real.
Pode haver também empréstimo de sócio (pessoa física) para
pessoa jurídica da qual participe sem cobrança de juros. Também nos
mútuos entre empresas ligadas (companhias controladoras e
controladas e coligadas ou interligadas), pode ser dispensada a
cobrança de juros.
Deve-se observar que se o mutuante (pessoa jurídica que
emprestou o dinheiro às empresas controladas, coligadas ou
interligadas) tiver tomado emprestado de terceiros pagando juros, o
Fisco poderá considerar indedutíveis as despesas financeiras pagas
pelo mutuante por considerá-las não necessárias à atividade negocial
da companhia.
Julho/Agosto 2015
Selemat
No caso de empréstimo feito por sócios,
administradores ou acionista controlador, ou de
pessoa a eles ligada, o Fisco poderá exigir que seja
comprovada, além da efetiva entrega dos recursos à
empresa, a origem do numerário, sob o risco de
enquadramento da operação como omissão de
receitas na companhia.
Cuidado redobrado deve ser observado nos
empréstimos em dinheiro feitos por sociedade aos
sócios, sendo recomendável inserir cláusula com
cobrança de juros, forma e prazo de pagamento, sob
pena de o Fisco considerar como adiantamento de
pró-labore e exigir retenção do Imposto de Renda
Retido na Fonte (IRRF) pela tabela progressiva.
Observa-se ainda que os rendimentos obtidos na
operação de mútuo recebidos por quem emprestou o
dinheiro de pessoa jurídica mutuária sujeitam-se à
incidência do IRRF. A responsabilidade pela
retenção de tal imposto é da pessoa jurídica que
efetuar o pagamento dos dividendos.
IRRF
O Imposto de Renda incidente sobre essas
operações tem alíquotas escalonadas considerando o
prazo de contratação da operação:
– 22,5% em operações com prazo de até 180 dias;
– 20% em operações com prazo de 181 dias até 360
dias;
– 17,5% em operações com prazo de 361 até 720
dias;
– 15% em operações com prazo acima de 720 dias.
Caso o sócio mutuante (aquele que emprestou o
dinheiro) seja pessoa física, o IRRF incidente sobre
os rendimentos é considerado definitivo, ou seja, os
dividendos não entrarão na base de cálculo do IRPF
devido na Declaração de Ajuste Anual e os
rendimentos do empréstimo deverão ser declarados
como rendimentos sujeitos à tributação exclusiva.
Além disso, o imposto retido não poderá ser
compensado na declaração.
Caso o sócio mutuante seja pessoa jurídica:
1. Os rendimentos decorrentes de operações de
mútuo integram o lucro real, o lucro presumido ou
arbitrado para fins de determinação da base de
cálculo do IRPJ;
2. O IRRF incidente sobre rendimentos é
compensável com o IRPJ devido pela empresa com
base no lucro real, presumido ou arbitrado.
Se a companhia for optante pelo lucro real no
cálculo do imposto mensal por estimativa, esses
dividendos não são computados, e o imposto retido
na fonte sobre eles não poderá ser compensado com o
tributo mensal calculado pela forma estimada. Nos
meses em que forem levantados balanços ou
balancetes de redução ou suspensão do imposto, os
rendimentos integrarão o lucro real do período e o
IRRF poderá ser deduzido do imposto calculado
sobre o lucro real do período.
Já o IRRF incidente sobre os rendimentos
auferidos em operações de mútuo realizadas por
pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional ou
isentas do Imposto de Renda é considerado
definitivo, o que significa que esse tributo não
poderá ser restituído nem compensado.
CSLL
Os rendimentos recebidos em decorrência de
operações de mútuo integram a base de cálculo da
Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) devida
pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro
real, inclusive da contribuição devida mensalmente,
calculada por estimativa, presumida ou arbitrada.
IOF
As operações de empréstimo entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e física sujeitam-se, também, à incidência do IOF segundo as mesmas normas aplicáveis às operações de financiamento e empréstimos praticadas pelas instituições financeiras.
O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou
do valor que constitua o objeto da obrigação ou sua
colocação à disposição do interessado, e é incidente
sobre o saldo devedor diário apurado no último dia
de cada mês.
As alíquotas do IOF na operação de empréstimo
sob qualquer modalidade, inclusive abertura de
crédito, são as seguintes:
- mutuário pessoa jurídica: 0,0041%;
- mutuário pessoa física: 0,0082%.
Além disso, o IOF incide sobre as operações de
crédito à alíquota adicional de 0,38%,
independentemente do prazo da operação, seja o
mutuário pessoa física ou jurídica.
Vale lembrar que, para ser válido perante terceiros,
o contrato de empréstimo deve ser registrado no
cartório de títulos de documentos. De acordo com a
jurisprudência judicial e administrativa, a falta de
registro pode ser suprida pela apresentação do
contrato e pela devida contabilização da operação.
Por fim, este artigo não aborda as operações com
residentes e domiciliados no exterior. Orientamos a
todos que, sempre que for implementada alguma
modalidade de mútuo em que sócio ou sociedades
emprestam dinheiro entre si, é imprescindível uma
orientação jurídica que subsidie a operação, evitando
problemas e contingências futuras.
www.selemat.org.br
Opinião
Por um programa
de concessões
sem jabuticabas
Por Fernando Faria*
O
governo federal anunciou o tão
esperado novo programa de
concessões. Um dos objetivos é
dinamizar a economia nacional,
severamente afetada pelo conjunto
de eventos que impactou diretamente o setor da construção e
infraestrutura. Outro propósito é
mitigar a falta de investimento
público acumulado, que posiciona
mal o Brasil nos rankings de estoque
e qualidade das suas infraestruturas.
O anúncio aconteceu em um
momento delicado da economia. O
ajuste fiscal impede a adoção de
medidas que poderiam ajudar a
trazer mais segurança ao investidor e
coloca pressão adicional sobre o
BNDES, que não pode continuar a
ser o principal, para não dizer quase
único, financiador de grandes
projetos de estradas, ferrovias,
usinas hidrelétricas e aeroportos,
entre outros.
36
*Fernando Faria é sócio da área
de assessoria em projetos
de infraestrutura da KPMG
Porém, a pressão para que o novo programa de concessões se
concretize é muito grande. O governo federal está competindo com
outras nações na região para captar parceiros internacionais. O Brasil
precisa dessa liquidez no seu processo de ajuste e de uma nova
concorrência nesses projetos, reduzindo a dependência do mercado
de players domésticos, alguns deles afetados pelos efeitos da
Operação Lava Jato e pelo reduzido crescimento da economia. A
verdade é que o País parte atrás de seus vizinhos nessa corrida, pois o
modelo de concessão brasileiro está repleto de jabuticabas, que
reduzem o apetite de novos entrantes. Entretanto, ainda é possível
ganhar a corrida. Como?
Julho/Agosto 2015
Opinião
Primeiramente, melhorando a atratividade do
programa – não é a primeira vez que o governo
anuncia uma nova fase de concessões. Contudo, é
importante que cumpra o que acabou de anunciar,
pois não há mais espaços para descumprimento de
planos e promessas. Executar o projeto agregará
confiança e o colocará no topo das prioridades
políticas. É isso que o parceiro internacional procura
– credibilidade, cumprimento de prazos e
compromisso político de longo prazo.
Melhorar a atratividade significa, também,
eliminar algumas das jabuticabas que esses projetos
têm e que não são entendidas pelos parceiros
internacionais. Precisa haver mais estudos prévios à
licitação, que melhorem a alocação de riscos,
seguindo excelentes práticas internacionais. O foco
do decisor político tem de ser o output gerado pela
concessão e o encargo para a sociedade, e não qual a
rentabilidade que o privado exige nesses projetos –
que é apenas uma variável da equação que se mitiga,
assegurando concorrência no processo.
O modelo licitatório também precisa ser
aperfeiçoado, aproximando-se das melhores práticas
internacionais já seguidas por outros países latino-aamericanos. Uma proposta só baseada no preço,
definido na modalidade de pregão, não é
necessariamente a mais adequada. Mais uma vez, o
foco do setor público deve ser o valor econômico
para a sociedade, e isso deve refletir-se na forma de
contratar.
Aprimorar o modelo de financiamento dos
projetos é preciso, já que o contexto atual de
financiamento dos empreendimentos está longe de
ser o melhor. O BNDES é pressionado a financiar
projetos de infraestrutura em condições
preferenciais sem uma alocação correta de riscos,
por deficiente estruturação inicial da concessão.
Naturalmente, o banco procura garantias com quem
as pode dar: o setor privado. Entretanto, há um limite
para garantias privadas, e só a sua necessidade afasta
os parceiros internacionais.
Melhorar a estruturação da concessão e sua
alocação de riscos certamente ajudará o BNDES a
financiar com base no risco do projeto, facilitando
também a entrada de outros players no mercado.
Com o recente anúncio, o governo federal
reconheceu que a solução não pode ser sempre o
banco de fomento brasileiro. Mas agora é
fundamental criar incentivos ou instrumentos de
garantia que atraiam outras modalidades de
financiamento.
Os instrumentos de garantia devem ser do próprio
contrato de concessão, ou PPP ou acessórios que
tragam conforto a outros financiadores privados.
Peru e Chile fizeram isso muito bem. Hoje, o seu
mercado de project finance é essencialmente
privado. Existem formas de estruturar essas
garantias sem afetar o ajuste fiscal em curso, dada a
contingência das mesmas. Isso também significa
adotar as melhores práticas para temas como
resolução de litígios contratuais, reposição de
equilíbrio financeiro, força maior ou consequências
do término antecipado dos contratos. Aqui não é
preciso inventar a roda – outros países bem-ssucedidos na implementação de programas de
concessão já o fizeram.
Outra jabuticaba do mercado de infraestrutura
brasileiro é a multiplicidade de agências públicas
envolvidas no processo licitatório de uma concessão.
Tal fator precisa ser revisto, pois desresponsabiliza
quem tem efetivamente de implementar o programa
de concessões.
Precisamos de um setor público forte, com
capacidade de entregar um programa de concessões
e PPP que agregue valor à economia. Isso só é
possível definindo responsabilidades e redefinindo
condutas, separando bem a função executiva do
papel de regulação, que deve ser totalmente
independente. A participação governamental nos
projetos deve ser apoiada por consultores
experientes, conhecedores das melhores práticas
internacionais e capazes de contribuir para a
capacitação dos agentes públicos, elemento
essencial de qualquer programa.
O desafio que o governo federal tem nas mãos não
é fácil, mas a margem de erro é mínima. Desta vez, o
programa de concessões tem de ser diferente,
factível e ter credibilidade para atrair novos players.
Não pode ser apenas para inglês ver, mas para
britânicos, norte-americanos, chineses, japoneses,
alemães e investidores do mundo todo conhecerem,
acreditarem e participarem. Só assim o Brasil poderá
vencer a corrida por atração de capitais
internacionais, tão necessários na presente
conjuntura de nossa economia.
www.apelmat.org.br
37
Apelmat 30 Anos
De “roupa” nova
O aniversário de fundação da Apelmat foi marcado por homenagens e
pela apresentação da identidade visual reformulada
E
m 29 de maio, a Apelmat
completou 30 anos de
existência. Três décadas de uma
história marcada por desafios,
superação e perseverança. Na data
de sua fundação, a associação
celebrou esse marco recebendo
fundadores, ex-presidentes,
diretores e representantes de grandes
marcas do setor como Caterpillar,
John Deere, Case, Komatsu, New
Holland, Sany, Volvo, Machbert,
Sotreq, AGF e Ford Caminhões, ao
lado de outros parceiros.
Entre os presentes estavam José
Dias, fundador e primeiro presidente
da Apelmat; Manoel da Cruz
Alcaide, presidente entre 2010 e
2013, que abriu as portas da sede
própria; Afonso Mamede, presidente
da Associação Brasileira de
Tecnologia para Construção e
Mineração (Sobratema); e Carlos
Alberto Laurito, gerente de relações
institucionais do Sindicato da
Indústria da Construção Pesada do
Estado de São Paulo (Sinicesp).
Marcus Welbi, presidente da
Apelmat e do Selemat, entregou uma
placa homenageando diretores e
colaboradores da entidade, e
Edmilson Júnior, diretor de vendas
da VGM – Valor Global Máquinas,
prestou homenagem com uma placa
comemorativa concedida à Apelmat.
38
Nessa mesma noite, foram apresentadas a missão, a visão e os valores
da associação, reafirmando o compromisso da entidade em integrar as
empresas associadas a fim de unir forças para ter melhores resultados
na locação de bens móveis e na prestação de serviços mecanizados.
SELEMAT
SINDICATO DAS EMPRESAS LOCADORAS DE EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS
PARA TERRAPLENAGEM E CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
A nova identidade visual da Apelmat e do Selemat foi lançada. A letra
“A” estilizada na logomarca da Apelmat remete à força, e a letra “S” do
Selemat no logotipo aponta para o elo entre os filiados.
O primeiro logotipo da Apelmat fazia referência à esteira de um
equipamento e carregava consigo a ideia de união. Quando o Selemat
foi criado, o mesmo conceito gráfico foi aplicado à identidade visual do
sindicato.
Em 2010, ambos os logotipos foram reformulados, recebendo um
contorno. O objetivo era facilitar a analogia com a esteira. “Com a atual
revisão, deixamos para trás a esteira, mas não abandonamos nossa
origem, que é a linha amarela, e passamos a mostrar a força que a
entidade tem no setor com a letra “A” estilizada”, comenta Welbi.
Tripé fundamental
Missão A Apelmat tem como finalidade integrar as empresas
associadas a fim de unir forças para ter melhores resultados, seja na
locação de bens móveis ou na prestação de serviços mecanizados. Atua
na hora de adquirir equipamentos novos, peças ou serviços para
manutenção da frota e na preparação da mão de obra especializada em
nossas atividades.
Visão A Apelmat tem como ideais a união e o espírito empreendedor,
preparando as empresas associadas para suprirem a demanda de
serviços na diversidade de mercados existentes, com a visão de que o
setor seja referência nacional e internacional.
Valores A Apelmat é uma entidade de classe que representa seus
associados com trabalho, dedicação, profissionalismo, respeito,
responsabilidade e transparência perante as empresas associadas, as
demais entidades do mercado, seus patrocinadores, fabricantes de
máquinas e equipamentos e revendedores, sendo seu principal objetivo
fortalecer a união em um mercado que se encontra em ascensão.
Julho/Agosto 2015
M&T Expo
O estado da arte
em equipamentos
Inovações tecnológicas em equipamentos para terraplenagem,
pavimentação, içamento de cargas, perfuração de rochas e mineração,
entre outros, além de motores, material rodante, peças e componentes.
Confira os principais destaques apresentados durante a M&T Expo 2015
E
m junho deste ano, profissionais
da construção, mineração e
locação de equipamentos que
estiveram presentes no Centro de
Exposições Imigrantes, em São
Paulo (SP), puderam ver de perto o
que de mais inovador a indústria de
máquinas tem a oferecer. A M&T
Expo 2015 – 9ª Feira e Congresso
Internacionais de Equipamentos
para Construção e 7ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Mineração reuniu mais
de 500 expositores nacionais e
estrangeiros. Veja a seguir uma
pequena amostra dos lançamentos
expostos durante a feira. No site da
Apelmat (www.apelmat.org.br),
você encontra mais detalhes e
também outros destaques do evento.
42
Julho/Agosto 2015
M&T Expo
BMC-Hyundai
Entre os produtos expostos, a linha de escavadeiras com os modelos
R140-9S e R220LC-9S (foto) chamou a atenção. Com porte de 14
toneladas e motor de 126 hp, a R140-9S apresenta a potência de um
equipamento de 16 toneladas. Já a R220LC-9S oferece, segundo a
fabricante, maior produção por metro cúbico e o menor custo do
mercado. Com capacidade para 22 toneladas, o equipamento possui
um conjunto reforçado de braço e lança de escavação, o qual apresenta
maior resistência em aplicações severas, além de baixo nível de
reparos.
A retroescavadeira H940C, com motor mais potente, de 100 hp, e
peso operacional de 7.900 kg, foi outro equipamento exposto.
Case Construction Equipment
Segundo a empresa, a linha de tratores de esteiras lançada na M&T
Expo 2015 garante uma economia de combustível de 10% em
comparação com a concorrência, o que significa uma redução de cerca
de R$ 12 mil por ano se a máquina trabalhar oito horas por dia.
Os modelos lançados no Brasil são o 1150L (com peso operacional
de 14.038 kg), 1650L (17.243 kg) – ambos na versão PAT – e 2050M
(22.446 kg), na versão PAT e BD (Bulldozer).
Os três possuem transmissão hidrostática totalmente automática e
com sensor de carga, que elimina a necessidade de passar marcha.
Caterpillar
A empresa levou mais de 20 máquinas para construção de diferentes
famílias e portes. Os lançamentos incluíram tecnologias como o
rastreamento do produto e o controle automatizado da lâmina de alta
precisão, por exemplo.
Três máquinas foram exibidas pela primeira vez na América do Sul.
As estreantes foram a pavimentadora de asfalto AP1055F com a mesa
SE60 VT XW, a retroescavadeira 420F2 (foto) e a miniescavadeira
hidráulica 302.7D.
John Deere
Quem passou pelo estande da John Deere pôde conferir os
lançamentos em três categorias de máquinas de construção – as pás-ccarregadeiras 744K-II, 824K-II e 844K-II (foto), com peso operacional de 24, 26 e 34 toneladas métricas, respectivamente; a motoniveladora 672G; e a escavadeira hidráulica acima de 45 toneladas, com
modelo 470G.
De acordo com a empresa, as pás-carregadeiras têm eixos maiores,
de alta capacidade, com arrefecimento e filtragem-padrão,
transmissão com tecnologia Smart Shift e a opção de direção por
joystick.
O sistema John Deere WorkSight, um pacote de soluções
tecnológicas, também foi apresentado pela companhia.
www.apelmat.org.br
43
M&T Expo
Ciber Equipamentos Rodoviários
Subsidiária do Grupo Wirtgen (Wirtgen, Vögele, Hamm e
Kleemann) no Brasil, a empresa apresentou quatro novidades: o
britador cônico Kleemann MCO 9 EVO (foto), o pré-lançamento da
nova usina de asfalto Ciber iNova 2000 P2 e a nacionalização da
produção da pavimentadora Vögele Super 1300 “traço 3” e do
compactador Hamm HD 90.
As principais aplicações do novo britador da Kleemann são
britagem secundária e terciária, gerando material de alta qualidade.
A nova usina de asfalto Ciber iNova 2000 P2 tem capacidade de
produzir até 200 toneladas por hora de concreto asfáltico em apenas
duas mobilidades – segundo a companhia, algo inédito para uma usina
de alta capacidade produtiva.
Iveco
Expostos nos estandes da Case e New Holland (marcas da CNH
Industrial), os caminhões semi e extrapesados Tector 260E28 e HiaWay
600S44T foram os destaques da Iveco. Eles foram
desenvolvidos para transporte urbano de cargas e também trabalhos
exigidos pela construção civil. Entre as principais características da
linha Tector estão os dois tipos de câmbio e quatro diferentes opções
de entre-eixos que totalizam 16 versões. Já a linha de extrapesados Hi-.Way foi projetada para longas distâncias, com economia na
manutenção, operação e consumo de combustível.
Foto: Alexandre Andrade
Hitachi
Tendo iniciado, em fevereiro do ano passado, uma joint venture com
a John Deere para a produção local de escavadeiras em Indaiatuba
(SP), a Hitachi dividiu o estande com sua parceira. No espaço,
mostrou dois desses equipamentos: o lançamento ZX470LC-5 (foto) e
a já conhecida ZX160LC-5. Outros dois modelos foram lançados,
ZX670LC-5 e ZX870LC-5, que se somam aos quatro já produzidos.
Entre as principais características desses novos equipamentos está a
possibilidade de escolha entre três modos de operação com o intuito de
balancear a produção com a eficiência de combustível.
Sany
A Sany lançou três novos modelos de máquinas. Entre as principais
características técnicas da motoniveladora SAG 200 (foto) estão um
sistema de detecção de carga que eleva a precisão operacional em 30%
e reduz o consumo de combustível em 5%.
A retroescavadeira BL70C é produto “multitarefa”, com um
dispositivo de carregamento em oito conexões, podendo ser
implementado com rompedor hidráulico, caçambas de escavação e
carregamento, entre outros acessórios.
O guindaste STC 800S atende ao segmento de 80 toneladas e tem
lança principal com cinco segmentos, em formato de “U”, com 47 m
de comprimento e extensão treliçada (JIB) de 17 m. Ele possui todos
os eixos direcionáveis com opção de trabalhar em modo caranguejo.
44
Julho/Agosto 2015
M&T Expo
New Holland
A escavadeira de rodas WE190B PRO (foto) foi o principal
lançamento exposto. Como diferenciais, o equipamento apresenta
controle multifuncional, fácil dirigibilidade e simultaneidade de
movimentos. Além disso, tem proteção ROPS/FOPS, sistema
hidráulico de três bombas e uma bomba de giro exclusiva, entre
outros. Apesar de ser fabricado na Itália, há planos de nacionalização
desse modelo nos próximos anos. A escavadeira de rodas se juntou aos
três outros novos produtos apresentados ao mercado brasileiro no
primeiro trimestre: o trator de esteiras D180C e as escavadeiras
E215C e E245 ME.
Yanmar
Os visitantes da M&T Expo puderam conhecer no estande da
Yanmar a nova miniescavadeira Vio30, na classe de 3 toneladas, que
possui algumas inovações e diferenciais, tais como Giro Zero, engate
rápido e modo eco, que controla a rotação do motor, possibilitando
uma maior eficiência e redução no consumo de combustível.
Komatsu
A empresa lançou o trator de esteiras D61EX-23M0, da família
Dantotsu. Com peso operacional de 19.770 kg, potência de 168 hp e
lâmina de 3,8 m³, conta com itens inovadores, como o novo sistema
HST de transmissão e conjunto do radiador na traseira da máquina, o
que possibilita maior visibilidade por parte do operador. Além disso, o
equipamento inclui monitor colorido de 7” e câmera traseira opcional,
além da tecnologia Komtrax, com a qual é possível monitorar e
registrar os dados de opção e condições da máquina.
Maxter Máquinas
A empresa apresentou equipamentos compactos da marca Wacker
Neuson, como miniescavadeiras, pás-carregadeiras compactas e
minicaminhões (dumpers), além das autobetoneiras Carmix,
rompedores hidráulicos, empilhadeiras e caçambas trituradoras
AllWork e fresadoras de asfalto e escarificadoras da marca Simex. A
companhia expôs seus produtos no estande da WebPesados, hoje o
principal canal de prospecção de potenciais clientes da empresa.
Sotreq
Ao lado da Caterpillar, a Sotreq apresentou os diferenciais das novidades trazidas para o evento pela
fabricante. A representante dispôs de uma equipe comercial, técnica e de apoio operacional no local para
mostrar os diferenciais das máquinas, soluções e serviços, como o Cat EMSolutions (Equipment Management
Solutions), um portfólio de tecnologia associada à prestação de serviços com foco no gerenciamento de
equipamentos.
A exposição também contou com diversos modelos de work tools disponíveis para o mercado nacional,
como martelos hidráulicos, multiprocessadores e garras de demolição, entre outros.
www.apelmat.org.br
45
M&T Expo
Kobelco
A Comingersoll lançou a linha de miniescavadeiras da marca
Kobelco nos modelos SK35SR e SK55SRX. O primeiro é dotado de
um braço de 1,37 m de comprimento, possui alcance máximo de
escavação de 5,35 m e consegue escavar numa profundidade de 3,05
m, com uma altura máxima de escavação de 4,8 m. Seu peso
operacional é de 3.770 kg. Já o modelo SK55SRX vem com um braço
de 1,69 m de comprimento, tem alcance máximo de escavação de 6,24
m e consegue escavar numa profundidade de até 3,90 m. Seu peso
operacional é de 3.770 kg.
Atlas Copco
A companhia apresentou vários equipamentos, entre eles:
compressores e torres de iluminação, da área de negócios de energia
portátil; rompedores embarcados e manuais e compactadores leves,
entre outros, da área de negócios construção e demolição; e
equipamentos Dynapac, da linha de construção de estradas, com os
compactadores de solos e asfalto e pavimentadoras.
Entre os lançamentos recentes da área de energia portátil estão
geradores de energia e compressores de diversos modelos, que
possuem chassi 100% vedado e eficiência energética superior.
Falando dos equipamentos Dynapac, o destaque foi a
pavimentadora de alto desempenho modelo F2500C (foto), de 18
toneladas de peso operacional.
LBX
A norte-americana apresentou três equipamentos: dois modelos da
série Spin Ace – 80SA e 135SA – e a escavadeira 210X2 (foto), de 21
toneladas, da série X2. A linha Spin Ace, de escavadeiras hidráulicas
com raio compacto e braço articulado, são ideais para aplicações em
lugares confinados, em espaço restrito e áreas urbanas, devido ao seu
giro traseiro radial compacto. Os dois são equipados com motor Isuzu
Tier III e foram desenvolvidos para proporcionar produtividade,
economia, baixo nível de ruído, força e potência.
Romanelli
A empresa lançou duas vibroacabadoras para o mercado de
pavimentação asfáltica, a VAR P 300 e VAR E 300, uma sobre pneus e
outra sobre esteiras. De acordo com a companhia, as máquinas são
indicadas para obras de pequeno e médio porte e contam com nova
tecnologia eletrônica, incluindo joystick de alta resistência e
transmissão hidrostática.
46
Julho/Agosto 2015
M&T Expo
Erkat do Brasil
Uma nova linha de fresadoras com cabeça de corte transversal foi o
principal lançamento da empresa. Elas são indicadas para as mais
diferentes aplicações, como abertura de valas e canaletas, construção
de estradas, escavação de túneis, extração de rochas para mineradoras
e pedreiras, demolições e perfurações, entre outras. Os equipamentos
se adaptam perfeitamente a todas as linhas de máquinas, são
silenciosos e operam com baixa vibração.
Ammann
O Grupo Ammann apresentou soluções para a construção de
estradas, como os equipamentos de compactação leve. Os dois novos
modelos de compactadores vibratórios ACR 60 e ACR 68 são
equipados com o motor de quatro tempos Honda GX 100 e com
potência de 2,2 kW a 4.300 rpm. Já o rolo compactador AV110X, de 11
toneladas, conta com motor diesel Cummins Tier 3 e cabine
panorâmica, completamente envidraçada, que garante ao operador
ótima visibilidade da área de trabalho.
Kubota
A empresa mostrou quatro miniescavadeiras, com destaque para o
modelo U-008, com peso operacional de 890 kg e motor a diesel de
três cilindros, que possibilita melhor eficiência e baixo consumo de
combustível e uma reduzida emissão de ruído e vibração. A
miniescavadeira alcança uma profundidade de escavação de até 1.600
mm e uma altura de escavação de até 2.775 mm.
Volvo Construction Equipment
A empresa apresentou a nova escavadeira sobre rodas EW205D
(foto). Equipada com o motor D6 da Volvo, conta com a avançada
tecnologia Eco, criada pela companhia para diminuir o consumo de
combustível e aumentar a produtividade.
O carro inferior (superestrutura) é robusto, conferindo estabilidade
em qualquer condição de trabalho, como em terrenos irregulares ou na
operação de cargas mais pesadas. A máquina tem ainda trava de eixo,
que pode ser acionada manual ou automaticamente.
Outra novidade é a escavadeira EC220DL para aplicação florestal.
Romac
Com matriz na cidade de Gravataí (RS), a Romac passa a distribuir os equipamentos das marcas Doosan e
Bobcat no Estado de São Paulo. Para isso, inaugurou recentemente uma filial em Campinas (SP), numa área de
6.200 m² com showroom de equipamentos, estoque de peças e serviços pós-venda.
48
Julho/Agosto 2015
M&T Expo
SDLG
A empresa aumentou sua linha de carregadeiras com a LG933L
(foto). Lançada no Brasil e em toda a América Latina, a companhia
destaca como vantagem a elevada capacidade de manobra. A máquina
tem pequeno raio de giro e elevada eficiência operacional. Equipada
com o motor Weichal Deutz, a LG933L conta com um sistema
hidráulico que tem comandos rápidos, fáceis e leves de operar. Além
disso, o sistema de arrefecimento foi projetado com uma grande área e
com excelentes entrada e saída de ar, o que garante uma alta eficiência
na refrigeração do fluido de arrefecimento e do óleo hidráulico.
Doosan
Um dos destaques foi a escavadeira hidráulica modelo DX225LCA
(foto) de 22 toneladas, produzida na planta industrial da empresa em
Americana (SP), que pode ser adquirida pelo Finame.
A empresa apresentou sua linha de pás-carregadeiras com caçambas
que variam de 2,0 a 5,0 m³, como por exemplo a DL550.
A marca também expôs soluções para trabalho em espaços
confinados, com a apresentação dos novos modelos de
miniescavadeiras DX63-3 e DX80R, com capacidade de 6 e 8
toneladas, respectivamente.
JCB
A empresa apresentou seu mais recente lançamento, a
retroescavadeira ICXT (foto), modelo compacto de esteiras da já
conhecida linha da marca; a conquista de mais um financiamento do
BNDES Finame, dessa vez para a pá-carregadeira 422ZX; além do
sistema LiveLink, tecnologia de monitoramento remoto das
máquinas, agora disponível também para a pá-carregadeira 426ZX.
A retroescavadeira compacta de esteiras ICXT conta com engate
rápido universal, o que permite o uso de diversos acessórios,
aumentando sua versatilidade e usabilidade.
Auxter
A concessionária dos equipamentos da JCB para o Estado de São Paulo esteve presente no estande da JCB.
Atualmente a Auxter está focada em aprimorar a equipe de pós-venda em todos os sentidos. “O indicador de
penetração de mercado, um dos mais importantes do nosso setor, mostrou um crescimento de 30% em 2015, em
relação a 2014, do parque de equipamentos da marca com idade de seis anos”, informou o gerente de suporte ao
produto da Auxter Luís Fernando de Carvalho. De acordo com ele, foram aproximadamente 900 clientes a mais
no período, incluindo grandes frotistas.
Liebherr
A companhia participou da feira com duas novidades: a escavadeira
R 954 C SME (foto) e a autobomba de concreto THP 70 D-C,
produzida pela primeira vez nacionalmente. Essas máquinas foram
concebidas após uma série de estudos da Liebherr Brasil para o
desenvolvimento de produtos adequados às necessidades nacionais.
Os projetos foram realizados em parceria entre a Liebherr Brasil e as
empresas do Grupo Liebherr na Europa.
50
Julho/Agosto 2015
M&T Expo
Terex Latin America
A companhia mostrou, pela primeira vez no Brasil, o guindaste todo
terreno Explorer 5800 (foto). Com design compacto, o equipamento se
destaca por sua versatilidade e acessibilidade aos mais variados tipos
de obras. O Explorer 5800 tem capacidade para içar até 220 toneladas
e pode chegar a mais de 100 m de altura.
A marca da Terex, Genie, expôs a lança telescópica Genie SX-180.
O equipamento é a maior plataforma aérea do portfólio da empresa e
uma das maiores do mundo. Com braços telescópicos
autopropulsados, o produto chega a 56 m de altura, levando dois
profissionais em sua cesta de trabalho.
LDA
A nova linha de usinas para misturas asfálticas a quente da LDA Indústria e Comércio tem como diferencial a
possibilidade de que elas trabalhem com uma “sobra” de potência para, assim, adaptar-se às variáveis do
terreno. Outro aperfeiçoamento é que, para reduzir a emissão de poluentes, a máquina conta com um sistema de
queima inteligente, que aproveita integralmente a capacidade calorífica do combustível e recupera materiais
“finos” mediante filtros a seco tipo mangas. A nova máquina tem capacidade de 50 a 150 toneladas por hora,
com tancagem de asfalto.
LiuGong
A empresa anunciou que reforçará sua presença no mercado nacional com uma melhor estrutura de pósvvendas,
contemplando o estoque de peças e serviços que ficarão disponíveis a partir de sua primeira fábrica no
Brasil. A planta, localizada no parque industrial de Mogi Guaçu (SP), já está recebendo os primeiros lotes de
peças que darão sustentação ao crescimento de vendas.
A expectativa é produzir 1.500 unidades por ano na nova instalação. O investimento se dará ao longo de três
anos, refletindo as expectativas de evolução dos negócios no País.
Machbert
Os destaques foram os rompedores de grande porte sem tirante, que apresentam
como benefícios o aumento da robustez e energia disponível, maior resistência e
baixa manutenção. Eles atendem a qualquer tipo de aplicação destinada a
rompedores hidráulicos, como as áreas de demolição, reciclagem, construção civil,
pedreiras e mineração em geral.
Titan Pneus
Os destaques expostos no estande foram os pneus 23.5R25 MXL
(foto), Road Grader _- 13.00-24 e ND LCM 17.5-25, produtos
indicados para uso em pás-carregadeiras e motoniveladoras. O
diferencial tecnológico dos pneus, segundo a empresa, é que
apresentam excelente estrutura de carcaça, assegurando maior
resistência a cortes. Outra vantagem é o desenho da banda de rodagem
não direcional, com barras transversais espaçadas no centro que
proporcionam excelente tração e estabilidade lateral.
www.apelmat.org.br
51
Social
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Feira M&T 2015 - Estande Apelmat
Julho/Agosto 2015
Feira M&T 2015
Social
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Social
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Feira M&T 2015
Julho/Agosto 2015
Feira M&T 2015
Social
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Social
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Feira M&T 2015
Julho/Agosto 2015
Feira M&T 2015
Social
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Social
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Apelmat 30 Anos
Julho/Agosto 2015
Apelmat 30 Anos
Social
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Social
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Palestra BNDES
Julho/Agosto 2015
Rodada de Negócios Rodalink e Machbert
Social
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Agenda Apelmat
RODADA DE NEGÓCIOS
REUNIÃO DE DIRETORIA
DATAS
EMPRESA
DATAS
14 de julho
11 de agosto
08 de setembro
Machbert e Rodalink
BMC e Comercial Rodrigues
IVECO Peças e Serviços e BR Automotiva
13 de agosto
10 de setembro
08 de outubro
05 de novembro
03 de dezembro
FEIRAS
DATAS
EVENTO
26 a 28 de agosto
20 a 22 de outubro
ConcreteShow
BW Expo
PALESTRAS
DATAS
PALESTRANTE
22 de setembro
Redução de Custos em Alta
Palestrante Dr. Mauricio Antonio
da BMM Consulting
13 de outubro
TITAN “Pneus do Brasil”
Palestrante Emydio Gaio
27 de outubro
CAIXA Econômica Federal
Alternativas para Crédito e Financiamentos
Palestrante
Superintendente Sérgio Cançado
10 de novembro
Geração de Negócios Lucrativos
Palestra VERMERR
Consultoria Ambiental
Palestrante Dr. Marcelo Tadeu Clemente
EXPO APELMAT
DATAS
EMPRESA
01 de setembro
15 de setembro
06 de outubro
03 de novembro
17 de novembro
Faça sua reserva
Faça sua reserva
Faça sua reserva
Faça sua reserva
Faça sua reserva
CURSO DE OPERADOR DE MÁQUINAS
com Oswaldo dos Santos Junior
DATAS
MÊS
DIAS
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
11
02
06
03
01
05
03
18
16
13
10
8
12
10
25
23
20
17
15
19
17
27
25
27
24
29
26
30
29
26
31
28
FECOMERCIO
64
DATAS
EVENTO
15 de junho
29 de julho
26 de agosto
31 de agosto
24 de agosto
14 de setembro
28 de setembro
19 de outubro
26 de outubro
23 de novembro
07 de dezembro
14 de dezembro
Reunião do Conselho de Serviços
Reunião Plenária
Coordenadoria da Capital
Reunião do Conselho de Serviços
Reunião Plenária
Reunião do Conselho de Serviços
Reunião Plenária
Reunião do Conselho de Serviços
Reunião Plenária
Reunião do Conselho de Serviços
Reunião Plenária
Reunião do Conselho de Serviços
FIESP
DATAS
EVENTO
13 de julho
10 de agosto
14 de setembro
19 de outubro
09 de novembro
14 de dezembro
Observatório da Construção - DECONCIC
Observatório da Construção - DECONCIC
Observatório da Construção - DECONCIC
Observatório da Construção - DECONCIC
Observatório da Construção - DECONCIC
Observatório da Construção - DECONCIC
Julho/Agosto 2015
Linha Direta Apelmat
PATROCINADOR
EMPRESA
Contato
E-mail / Site
Telefone
Página
Yanmar
Sotreq
Romanelli
Ciber
Analoc
Veneza
Iveco
Auxter
Komatsu
Case
Machbert
Bobcat
Maxter
Apelmat
Concrete Show
BW Expo
Gilberto Sato
Paulo Rogério
[email protected]
[email protected]
www.romanelli.com.br
_
(19) 3801-9248
(11) 3718-5026
(43) 3174-9000
(11 ) 2605-2269
(11) 97662-7833
(11) 4335-6700
(11) 3602-6000
(11) 3693-9336
0800-727-2273
(11) 3225-4466
(11) 2505-6181
(11) 3173 1010
(11) 99915-9713
(11) 4878-5901
(11) 4304-5255
2ª contracapa
3ª contracapa
4ª contracapa
05
07
09
13
15
17
21
23
25
33
37
47
49
Página
Reciclotec
Fabio Carmona
Mauro Andrade Júnior
Roberto Mazzutti
Bauko Geraldo
Brasif
Alberto Moreira
Alberto Rivera
Fabio Mello
Marcos Dechechi
Cassiano Facchinetti
Renato Grampa
www.analoc.org.br
[email protected]
www.vetelli.com.br
[email protected]
www.komatsu.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
CLASSIFICADOS
EMPRESA
Contato
E-mail / Site
Telefone
ITR
Ecoplan
Everton
Sevilha
Seixo
Monte Verde
Metragem
Luna
Dalterra
Saluter
Rodalink
Novak Gouveia
Comercial Rodrigues
Martins Macedo
Monteli Seguros
Celso
Roberto Cardia
Euler
Valdir
Paulo ou Eduardo
Marcus Welbi
César Madureira
José Spinassé
Adalto
Vanderlei Cristiano
Leandro
Simone
_
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
www.seixo.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
www.dalterra.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
www.comercialrodrigues.com
[email protected]
[email protected]
(11) 3340-7555
(51) 3041-9100
(11) 3525-8700
(11) 2141-1700
(11) 2409-4344
(11) 5061-7028
(11) 3782-7474
(11) 2952-8752
(11) 7846 2358
(11) 3776-7480
(11) 4448-1891
(11) 3977-4030
(13) 3222 8004
(11) 3079-8506
(11) 3079-8506
Dr. Luiz Fernando
Luiz Monteli
63
64/65
66/67
68
69
69
70
70
71
71
72
73
73
74
74
Peças
Locação e Terraplenagem
Serviços
www.apelmat.org.br
65
Classificados
Setor de Peças
Empresa
ITR
Página
63
Ecoplan
64/65
Everton
66/67
Sevilha
68
ANUNCIE E VENHA
EVOLUIR
Setor de Locação e Terraplenagem
Empresa
Página
Seixo
69
Monte Verde
69
Metragem
70
Luna
70
Dalterra
71
Saluter
71
Faça sua
reserva
com nosso
departamento!
(11)
Setor de Serviços
Empresa
Página
Rodalink
72
Novak Gouveia
73
Comercial Rodrigues
73
Martins Macedo Advogados
74
Monteli Seguros
74
3722-5022
Celular Marcos Dechechi
(11)
99915-9713
O maior
meio de
informação
do setor!
REVISTAS IMPRESSAS
66
DIGITAL
e-mail: [email protected]
Julho/Agosto 2015
Peças
Classificados
www.apelmat.org.br
67
Classificados
68
Peças
Julho/Agosto 2015
Peças
Classificados
Rua dos Nauticos, 116
Vila Guilherme
São Paulo - SP - Brasil
Cep: 02066-040
E-mail: [email protected]
www.apelmat.org.br
69
Classificados
70
Peças
Julho/Agosto 2015
Peças
Classificados
www.apelmat.org.br
71
Classificados
72
Peças
Julho/Agosto 2015
Peças
Classificados
www.apelmat.org.br
73
Classificados
74
Locação e Terraplenagem
Julho/Agosto 2015
Locação e Terraplenagem
Classificados
Estrada da Riviera,3970 - Riviera Paulista - São Paulo - SP - Fone (11) 3776-7480
www.apelmat.org.br
75
Classificados
76
Serviços
Julho/Agosto 2015
Serviços
Classificados
www.apelmat.org.br
77
Classificados
78
Serviços
Julho/Agosto 2015
CURSOS
APRESENTAÇÃO
Curso de operador de máquinas:
Com o docente
Oswaldo dos Santos Junior
Reg. MTB SP/006609-5
DATAS
MÊS
DIAS
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
11
02
06
03
01
05
03
18
16
13
10
8
12
10
25
23
20
17
15
19
17
27
25
27
24
29
26
30
29
26
31
28
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ASPECTOS GERAIS
1-Operacionalidade
a)Movimentação de cargas;
b)Trabalho próximo a linhas elétricas;
c)Trabalho de escavação/tubulação;
d)Raio de operação;
e)Manutenção corretiva e preventiva.
2-Segurança
a)Raio de operação da máquina em relação a segurança;
b)EPIs e sua utilização;
c)Sinalização
d)Atos e condições de não conformidade;
e)Seguir as orientações dos técnicos responsáveis pela obra;
f)Visão geral de norma regulamentadora, NR 06, 11, 12, 18 e 26;
g)Ter conhecimento do local de trabalho.
3 – Direção Defensiva
a)Conhecimento de leis;
b)Negligência;
c)Imprudência;
d)Imperícia;
e)Atenção;
f)Habilidade;
Simulador de escavadeiras
g)Ação;
Apresenta situações do mundo real, perigos do
h)Descanso;
local de trabalho, violações de segurança,
i)Direção e álcool
sinais de mão e os controles da máquina
Tabela de preços elaborada pela Apelmat
80
Setembro/Outubro 2015
Locação de Equipamentos
www.apelmat.org.br
81
Execução de serviços de terraplenagem
82
Setembro/Outubro 2015

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