Vander Morales

Transcrição

Vander Morales
News
A revista do Grupo LET Recursos Humanos
N0 23 | Setembro / Outubro | 2010 | Ano 4
www.grupolet.com
PERSONAGEM / CAPA
Vander Morales
(Presidente da Asserttem e Sindeprestem)
explica porquê “vivemos o
grande momento da
Terceirização e do Trabalho
Temporário” – Pág. 10
UMA EDIÇÃO
INTERNACIONAL !
• Dave Nerz (CEO da NPA)
e os desafios de R&S
no planeta – Pág. 12
• Rogério Pirana
(Katoen Natie do Brasil)
e os "gargalos" de RH – Pág. 3
• Conheça o case
de expatriados
da Michelin – Pág. 6
institucional
Foto: Army Agency / Renan Monteiro
Editorial
Papo com o leitor
Expediente
“Trabalho Temporário
e Terceirização: agora é a hora!”
Grupo LET Recursos Humanos
Membro Oficial
Caros leitores,
C
om a diversificação das formas de prestação de serviços e
as velozes demandas do mercado por resultados cada vez
mais qualitativos, o Trabalho Temporário e a Terceirização são dois
segmentos que não apenas ganham importância, mas se firmam
como uma tendência inexorável para o futuro. Com o foco incessante em informar mais e melhor aos nossos leitores buscamos
em nossa matéria de capa esclarecer questões importantes deste
tema com Vander Morales, Presidente da Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário) e do Sindeprestem (Sindicato das Empresas de Trabalho Temporário e Serviços Terceirizáveis). Vander nos dá excelentes indicativos e alertas sobre o
que deve ser feito por prestadores e tomadores destes serviços no Brasil. Destaco também a intensa
participação de Márcia Costantini, representante da Asserttem no Estado do Rio de Janeiro, em várias ações junto às empresas.
Com um olhar sempre universal, conversamos também com o americano Dave Nerz, CEO da
NPA (National Personnel Association Recruitment), rede mundial de recrutamento e seleção à qual o
Grupo LET está associado. Ele nos revela desafios instigantes pelos quais o nosso segmento passa
em todos os continentes. E os chamados “gargalos” de RH? Como dimensioná-los e enfrentá-los?
Nossa entrevista da edição com o experimentado gestor de pessoas Rogério Pirana, atualmente em
uma multinacional no interior de São Paulo, revela alguns caminhos ideais.
E em NEWSLET candidato também tem voz. Leia aqui como eles avaliam nossos processos seletivos. Eles têm voz e vez; tanto que o Grupo LET acaba de inaugurar seu escritório no Centro do Rio de
Janeiro, oferecendo a eles e aos clientes uma interessante alternativa para uma prestação de serviços
geograficamente mais eficaz. E temos também nesta edição “aula especial” de Tai-Chi-Chuan, reportagem sobre Gestão de Expatriados com a Michelin e a consultora Andréa Fuks, além de conclusões
instigantes sobre a edição 2010 do CONARH (Congresso Nacional sobre Gestão com Pessoas).
Aqui você jamais perderá por folhear!
Boa leitura!
Joaquim Lauria
Diretor Executivo do Grupo Let Recursos Humanos
Escritório LET – Rio de Janeiro (RJ)
– Centro - Avenida Rio Branco 120,
grupo 607, sala 14, Centro, Rio de
Janeiro (RJ) – tel.: (21) 2252-0780
Escritório São Paulo - Rua James Watt
84, 2º andar - Brooklin – Cep: 04576-050
São Paulo (SP) – Brasil
Tels.: (11) 5506-4299/5505-2509
5506-0639
Escritório Curitiba - Avenida Winston
Churchill 2.370 sala 406, 4º andar Pinheirinho Cep: 81150-0050 - Curitiba
(PR) – Brasil - Tel.: (41) 3268-1007
Escritório Juiz de Fora (MG) – Rua Fernando Lobo 102, sala 804, Ed. Europa
Central Tower, Centro - Juiz de Fora
(MG) - Brasil – Cep: 36016-230,
Tel.: (32) 3211-5025
Escritório Belo Horizonte (MG)
Rua São Paulo 900, Salas 806 e 807,
Centro, Belo Horizonte - Cep: 30170-131
Tel.: (31) 3213-2301
Diretor Executivo: Joaquim Lauria
Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria
Dicas NewsLet - Livros
“Construindo
Relacionamentos
Através de
Dinâmicas de
Grupo”, de
Edson Andrade –
Qualitymark Editora
da Costa – Qualitymark Editora
Qualitymark Editora
Precisamos visualizar uma dinâmica de grupo como uma ferramenta que transforma os benefícios
absorvidos por cada pessoa que
participa de um grupo. Por meio
de uma série de sugestões, com
poesias, filmes, músicas, citações
e textos, o autor propõe que a dinâmica em grupo é um meio mais
do que aproveitável para a criação
de laços relacionais que tornem
nossas vidas melhores e muito
mais produtivas. Afinal, em cada
encontro que vivemos, levamos
um pouco de cada pessoa e deixamos um pouco de nós.
Em muitas empresas o índice de acidentes de trabalho dobra se não houver um grande trabalho educacional
que envolva força de vontade e mudança cultural. Com ampla vivência na área
de pesquisas em Segurança e Saúde
no Trabalho, os autores defendem uma
urgente sensibilização das lideranças
com uma linguagem clara, ressaltando
os aspectos técnicos relevantes e situações de risco encontradas no dia-a-dia
de trabalho. Afinal, como dizia Peter
Drucker: “a segurança e a saúde no trabalho convivem com a cultura intelectual (palavras e ideias) e a do gerente
(pessoas e trabalho).
Se você tem um excelente peixe,
mas não sabe como vendê-lo, ninguém saberá o quanto ele é excelente e de nada valerá tal excelência.
Diante de um mundo de incertezas e
onde o risco é sempre a bola da vez,
aqueles que conhecem e sabem se
usar de um bom Marketing se estabelecem e progridem no mercado.
Além de importantes dicas para lidar com esta tendência, o autor dá
o imprescindível bê-a-bá de termos
como “Mercado”, “Vendas”, “Produto”, “Consumidor”, “Preço”, “Negociação”, entre outros. entre “Pereira
da Costa” e “Qualitymark Editora.
2 | Setembro / Outubro | 2010
Matriz
Centro Empresarial Barra Shopping
Av. das Américas 4.200, Bloco 09, salas
302-A, 309-A – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 3416-9190 - CEP – 22640-102
Site: http://www.grupolet.com
“Segurança e Saúde no
“Marketing para
Trabalho – Cidadania,
Empreendedores
Competitividade e Pro-
– Um Guia para
dutividade”, de Marco
Montar e Manter um
Antonio F. da Costa e
Negócio”, de Nelson
Maria de Fátima Barrozo
Pereira da Costa –
Revista
News
Publicação bimestral
Setembro / Outubro 2010
Ano 4 – Nº 23
Tiragem 1.500 exemplares
Jornalista responsável (redação e edição):
Alexandre Peconick
(Comunicação Grupo LET)
Mtb 17.889 / e-mail para
[email protected]
Diagramação e Arte:
Murilo Lins ([email protected])
Foto da Capa:
Bruno Leite
Oportunidades:
Cadastre seu currículo diretamente em
nossas vagas clicando www.grupolet.
com/vagas/candidato e boa sorte!
Impressão:
Walprint Gráfica e Editora Ltda.
Endereço: Rua Frei Jaboatão 295,
Bonsucesso – Rio de Janeiro – RJ
E-mail: [email protected]
Tel: (21) 2209-1717
entrevista
ENTREVISTA
especial
Rogério Pirana
Gerente Corporativo de RH da Katoen Natie do Brasil
“Os Gargalos de RH”
NEWSLET – Em 33 anos quais foram
os maiores desafios vencidos por
você no trabalho com pessoas?
Rogério Pirana – Os maiores obstáculos de minha carreira estão ligados
à constante necessidade de aprender,
desaprender e se adaptar às mudanças. As relações com os empregados,
sindicatos, acionistas e o poder público
Foto: Divulgação Katoen Natie do Brasil
E
m 33 anos de carreira, Rogério
Fernandes Pirana já viu e viveu
um pouco de tudo em uma área
que mais do que trocar de nome, trocou
de foco muitas vezes. Natural de Campinas (SP), casado, com dois filhos, graduado em Administração de Empresas e
pós-graduado em Economia pela PUCCampinas (SP) ele iniciou sua trajetória
na Rhodia, em 1977, como Assistente
de Administração de Pessoal. Aprendeu
muito ao atuar em segmentos, como
telecomunicações, automobilístico, químico, petróleo, logística e serviços; em
empresas como: Nortel Networks, Toyota, Shell e Tim Celular.
Sempre lendo muito – inclusive sobre temas com os quais não concorda
– Rogério sugere uma reflexão sobre o
que chama de “Geração I”, de “Infeliz”.
“Há muita gente infeliz no mercado, por
não estar sentindo satisfação em suas
funções e sucumbir às pressões”, dispara ele, que desde junho de 2009 é o
Gerente Corporativo de Recussos Humanos da Katoen Natie do Brasil, empresa multinacional belga com matriz
em Antuérpia e operações em diversos
estados do Brasil. De seu escritório, em
Paulínia (SP), a 120 km da capital paulista, nos concedeu esta entrevista.
no Brasil mudaram muito nas últimas
décadas, porém as poucas mudanças
na antiga legislação trabalhista tenderam ao retrocesso. Por outro lado, ocorreu nítida evolução do clima organizacional das empresas, fruto do trabalho
árduo do RH em lidar com o paradoxo
de uma estrutura trabalhista arcaica e
estática, e a necessidade de mudança
e melhoria contínua.
NEWSLET – Que situações colocam os
profissionais de RH sem ter o que fazer
para poder exercer o seu trabalho?
Rogério Pirana – RH fica de mãos atadas nas situações em que deixa de
exercer o seu papel decisivo no processo de Gestão de Pessoas, em que
se vê obrigado a focar em ações de
curto prazo, deixando de acompanhar
e se antecipar ao frenético dinamismo
do mercado. É necessário pensar um
passo à frente. As soluções de hoje se-
rão os problemas de amanhã, como as
soluções de ontem são os problemas
de hoje. Considerando o vigoroso crescimento da economia brasileira para os
próximos anos, os maiores gargalos de
RH estarão concentrados na atração,
desenvolvimento e retenção da mão-deobra. Isto irá ocorrer em todos os níveis
de cargos da empresa, principalmente
da metade da pirâmide organizacional
para baixo onde está concentrada a
maioria dos profissionais, com reflexos
de forte pressão de alta nos custos de
folha de pagamento, dos processos seletivos e de treinamento.
NEWSLET – Por que há tamanha carência dessa “mão-de-obra operacional”?
Rogério Pirana – O “apagão” é resultado
da pouca atuação preventiva das empresas na preparação de contingentes
adicionais de profissionais e de ações
eficazes de parcerias com entidades,
Setembro / Outubro | 2010 | 3
Entrevista
instituições de ensino e poder público.
O maior desafio já é a retenção de talentos nas empresas, porque as estratégias, políticas e instrumentos de RH
desenvolvidas no passado não atendem mais o perfil dos novos e exigentes profissionais que estão entrando no
mercado. É preciso o RH entender que
a relação das pessoas com o emprego
mudou muito! Vivemos um momento
de “Você S.A.”, no qual as empresas
buscam profissionais que tragam soluções e os profissionais buscam empresas que casem com os seus valores.
des e sugestões, propondo parcerias.
Mas isto demanda tempo e energia do
RH que precisa parar de perder tempo
demais no operacional e equilibrar melhor o seu foco entre o operacional, o
estratégico e as ações práticas.
NEWSLET – O quê está equivocado
em muitos processos seletivos que
comprovam não oferecer eficácia
com relação à aderência de candidatos à cultura de uma empresa?
tempo demais no
Rogério Pirana – Normalmente a definição do perfil de uma vaga se concentra
no conteúdo da tarefa que o funcionário
irá realizar (o quê), esquecendo que as
pessoas são demitidas ou não alcançam sucesso normalmente pela forma
que elas realizam as tarefas (o como).
A clareza da adequada atitude esperada do candidato é fator chave de sucesso de um processo seletivo e evita
definição de perfis irreais desalinhados
à necessidade e cultura da empresa.
NEWSLET – Por outro lado, nas relações externas de RH, o que está
faltando para harmonizar objetivos e
visões entre a academia, o mercado e
o poder público?
Rogério Pirana – O momento é muito
favorável para que isto aconteça. Percebo uma mudança positiva da postura
do poder público e do meio acadêmico
no sentido de aproximação com o mercado de trabalho. Falta às empresas
fazerem a sua parte, compartilhando
suas visões, endereçando necessida4 | Setembro / Outubro | 2010
NEWSLET – E quando o assunto é
integração interna, que ajustes a área
de RH deve aplicar em uma multinacional com colaboradores de diversas
culturas?
“RH perde
operacional
ao invés de
equilibrar seu
foco entre o
operacional,
o estratégico
e as ações”
Rogério Pirana - É necessário desenvolver uma cultura que reconheça de fato a diversidade como a
maior riqueza. O caminho é habilitar
os líderes a gerenciar os conflitos
do dia-a-dia que a diversidade pode
trazer. As empresas condicionaram
seus líderes a serem extremamente
pragmáticos e intolerantes, faltando uma visão humanista da relação
de trabalho. É preciso incentivar e
recompensar os líderes que desenvolvem um ambiente de resgate da
alegria no ambiente de trabalho, hoje
tão rara nas grandes organizações.
De forma preocupante, hoje impera a
“Geração I”, “de Infeliz”.
NEWSLET – Uma gestão mais participativa e uma postura do RH como
consultor não facilitaria soluções eficazes desses gargalos?
Rogério Pirana – Não acredito que seja
suficientemente eficaz apenas a mudança de postura do RH para mais consultor e menos executor. Equivaleria a
uma evolução do papel de figurante
para coadjuvante em um filme. O momento exige que o RH assuma papel de
protagonista na remoção de obstáculos
ao crescimento sustentável dos negócios da empresa, sendo visto por toda
a organização como uma área que atua
sempre na linha de frente, agregando
valor em todas as suas intervenções e
saindo da posição cômoda de sombra
das lideranças que muitos RHs acabaram estacionando.
NEWSLET – Dentro das perspectivas
que estão se colocando para o Brasil
em relação ao mundo, como você enxerga a evolução do RH?
Rogério Pirana – Acredito que a maior
competência de um profissional de RH
seja a sua capacidade de resiliência
frente às diversidades. Isso significa ser
otimista e enxergar em cada problema
uma oportunidade de evolução. Como
a história segue sempre um movimento
pendular, vislumbro um futuro promissor para a melhoria das relações de
trabalho, cujo foco será a obtenção de
resultados com qualidade de vida, da
pressão psicológica para desafio e superação. Uma mudança dos funcionários atualmente com olhos marejados
de lágrimas para olhos que brilham de
entusiasmo. As empresas que conseguirem de fato fazer isto não terão problemas para atrair e reter talentos.
Ilustração: Raquel Winter
serviços let
“Olha a VUVUZELA aí!” Fala candidato!
Como foi o processo seletivo pelo qual você passou com o Grupo LET
Recursos Humanos?
“O ambiente no Grupo LET é muito organizado. Fui bem recebida
e a entrevista correspondeu totalmente à
minha expectativa. As
informações foram extremamente claras e a sinceridade da entrevistadora me
ajudou a ficar à vontade para mostrar o
que de melhor eu sei e sou.”
Aline Firmo, candidata ao cargo de
Analista Financeiro. Entrevistada pelo
Grupo LET no Rio de Janeiro.
“O atendimento foi
rápido, tranquilo e muito
objetivo. Como tudo me
foi esclarecido de forma
simples, sem rodeios,
pude ficar mais concentrado nas respostas e no que eu deveria
fazer. Melhor do que isso, só o retorno
da minha aprovação, se for o caso.”
Leandro Sinatora, candidato ao cargo
de Assistente Administrativo. Entrevistado pelo Grupo LET em São Paulo (SP).
“A entrevista me deixou tranquila, o que é
difícil de acontecer. Não
esperei muito para ser
atendida. E a Analista não se colocou com
aquela postura tão formal. Foi mais uma
conversa do que entrevista, o que me
deixou à vontade para que eu me expressasse melhor.”
Elaine do Nascimento, candidata ao
cargo de Analista Financeiro. Entrevistada pelo Grupo LET no Rio de Janeiro.
Fotos: Alexandre Peconick e Divulgação Grupo Let
“Não esperava ser
chamada tão cedo.
Havia acabado de me
cadastrar pela Internet.
Além do excelente atendimento, adorei ouvir
que teria uma rápida
resposta mesmo não aprovada. Ligaram no dia seguinte e há mais de um
mês estou trabalhando.”
Leticia Carine Peixoto, candidata
a uma vaga de Atendente Comercial.
Entrevistada pelo ‘Grupo LET em
Juiz de Fora (MG).
“O processo
seletivo pelo
qual passei foi
muito demorado e cansativo,
mas fui muito
bem informada em seu passo a passo
pela profissional do Grupo LET. Gostei
bastante do formato da entrevista que
abriu espaço para que eu pudesse mostrar o meu melhor.”
Bernadete Rodrigues, candidata a
uma vaga de Orientadora Regional do
Projeto Olá Turista. Entrevistada pelo
Grupo LET em Belo Horizonte (MG).
“O processo seletivo, independente se
for aprovado ou não,
me encantou. Senti um
respeito, um atendimento personalizado.
Em outros lugares já cheguei a deixar
uma entrevista no meio pela falta de
consideração. Quando existe respeito,
nós até aprendemos um pouco com a
entrevista.”
Charles Pereira, candidato ao cargo de Diagramador. Entrevistado pelo
Grupo LET no Rio de Janeiro.
“Gostei muito de todo o
processo seletivo desde
o primeiro telefonema.
Na entrevista, destaco
a extrema atenção que
todos tiveram comigo
no Grupo LET, não apenas quem me entrevistou. Isso foi vital para que eu não
ficasse nervosa.”
Rubia Gonçalves, candidata a uma
vaga confidencial. Entrevistada pelo
Grupo LET em São Paulo (SP).
“É interessante perceber a precisão com a
qual o Grupo LET me direcionou para uma vaga
no meu perfil. Fiz dois
processos seletivos lá e
no primeiro não fui aprovado por florear
demais. Aprendi. Seis meses depois me
chamaram novamente, me senti mais
confiante e fui aprovado.”
José Helio Condé, candidato a uma vaga
de Consultor de Vendas. Entrevistado
pelo Grupo LET em Juiz de Fora (MG).
Setembro / Outubro | 2010 | 5
Fotos: Alexandre Peconick
por dentro do rh
Valor ao negócio
O francês Benoit de la
Bretèche (à esquerda)
e o brasileiro Antônio
Mello (à direita) usam
diariamente todo
o aprendizado que
adquiriram fruto da
convivência em países
de idioma, cultura e
hábitos distintos
Expatriados:
Q
O Diferencial Competitivo
uando uma organização
decide internacionalizar o
seu negócio, precisa trocar
uma diversidade de conhecimentos. Situação ideal: ações desenvolvidas em um escritório da empresa
são disseminadas a outros países e culturas. Resultado: a empresa ganha em
competitividade. Alertas, RHs de médias
e grandes empresas sabem que incluir
em seu escopo de trabalho a Gestão de
Expatriados é um caminho que só tende
a ganhar novos contornos.
Na prática, a “esticada de fronteiras” - vinda de estrangeiros ou ida de
brasileiros ao exterior – tem trazido
muito aprendizado, sucesso às cifras
e ao ambiente organizacional. Mas é
preciso cuidar de cada etapa. A Global Line, empresa com 15 anos de experiência em Diversidade Cultural já
treinou mais de três mil profissionais
6 | Setembro / Outubro | 2010
expatriados, envolvendo mais de 40
nacionalidades. Mostramos também
o exemplo da Michelin, multinacional
francesa de pneus, que mantém hoje
cerca de 50 expatriados no Brasil e
outros 30 brasileiros no exterior em
países como França, China, Tailândia,
EUA e Japão, boa parte ocupando
cargos de nível técnico e gerencial.
Para a Michelin, que tem funcionários em 170 países, a expatriação faz
parte do plano de carreira com foco
claro no desenvolvimento de suas
pessoas. Funcionários saem de sua
origem, passam um tempo vivenciando experiências em outro país e ao retornar somam o que aprenderam aos
seus pares e ao dia a dia de trabalho.
“Expatriar é uma estratégia do negócio
para abrir a mente das pessoas”, confirma Benoit de la Bretèche, Diretor de
Recursos Humanos para a América
do Sul da Michelin. Aos 55 anos, este
francês atua há 30 na Michelin, tendo
sido 25 fora da França. Já morou no
Brasil entre 1990 e 1994, mais oito
anos na Polônia, quatro na Inglaterra,
quatro na Espanha e alguns meses na
Nigéria. Voltou ao Brasil em junho de
2009 já para assumir o cargo atual.
O caso do brasileiro Antônio Mello,
42 anos, casado e com duas filhas (uma
delas nascida na França), comprova o
quanto a expatriação pode representar
uma guinada na carreira de um profissional que já imaginava ter chegado ao
topo. Há 20 anos na empresa, o atual
Diretor de Desenvolvimento para Distribuição da Michellin América do Sul
ingressou como estagiário. Graduouse em Direito e por 16 anos passou
por todos os cargos até atingir a Diretoria Jurídica aos 32, onde ficou por
mais seis. Em 2006, em conversa com
por dentro do rh
gestores da Michelin, surgiu a ideia de
expatriá-lo à França e transferi-lo para
a área Comercial. Ele mudou-se com
a esposa e a filha de três anos para a
cidade de Clermont-Ferrand.
“A transição e a adaptação à França foram muito fáceis; pois além do
comitê de acolhimento e do suporte
que a Michelin deu à minha família,
havia uma comunidade de brasileiros
da empresa que já moravam lá”, conta
Antônio, que em terras francesas desenvolveu importantes competências
das quais ainda não dispunha.
Mais do que conforto, o aprendizado cultural para a família foi outro fator
decisivo para que Antônio pudesse
dar o melhor de si durante os quatro
anos. A empresa pagou o colégio de
sua filha, o que proporcionou à sua
esposa conhecer e trocar experiências
com as mulheres francesas e à filha o
aprendizado do idioma local com fluência. “Reconheço que ela tem uma visão de mundo comum a pouquíssimas
crianças em sua na idade (hoje, sete
anos)”, afirma o Diretor da Michelin.
Sobre o ganho pessoal da expatriação, Antônio não economiza benefícios:
“Recebi uma aula de humildade ao mudar de segmento e de país; pois aprendi a lidar com áreas de desconforto e a
desenvolver uma adaptabilidade mais
flexível; isso não tem preço porque me
permite enfrentar com naturalidade as
situações imprevisíveis e entender que,
por mais experiência que tenhamos,
nunca saberemos tudo”. Mesmo tendo
retornado ao Brasil há alguns meses,
Antônio está aberto a novas experiências no exterior que não rompam seu
vínculo verde-e-amarelo. Mas ele admite que, mesmo com uma boa receptividade lá fora, a saudade aperta no primeiro ano como expatriado.
A segurança para ele e outros funcionários da multinacional francesa é
que toda decisão sobre expatriação é
tomada de forma compartilhada. “Regularmente perguntamos às pessoas
se elas têm disponibilidade e interes-
se profissional em mudar de país. Todos os detalhes, desde os aspectos
legais, até os logísticos e psicológicos, são colocados de forma aberta”,
revela Benoit de la Brechète.
Em expatriações que duram em
média de três a cinco anos, os funcionários multiplicam conhecimentos
e ampliam consideravelmente sua
rede de contatos, fatores fundamentais hoje para o alcance da alta performance. No caso do Diretor de RH
da Michelin América do Sul a adaptação foi fácil, pois ele já havia passado
pela “experiência brasileira”. “Só tive
“Aprendi a lidar com
áreas de desconforto
e a desenvolver uma
adaptabilidade mais
flexível; isso não
tem preço porque me
permite enfrentar
com naturalidade as
situações imprevisíveis”
Antônio Mello,
Diretor da Michelin
América do Sul
um grande desafio em 1990, quando
vim para cá pela primeira vez porque
à época havia uma inflação de 1% ao
dia e eu não sabia o que era isso na
França”, lembra Benoit, que considera a simpatia brasileira um fator de
aproximação com os franceses.
Similaridades à parte, a adaptação é
o calcanhar de aquiles de muitas expatriações. Andréa Fuks, sócia-fundadora
da Global Line, tem ampla expertise em
dar suporte no aspecto cultural e psicológico das expatriações aos RHs, que
por motivos estratégicos muitas vezes
só ficam com os enfoques técnicos.
Por meio de treinamentos, ela informa
que é preciso ganhar a confiança do
expatriado. Dessa forma, ele se sente
estimulado e absorve a nova metologia,
que inclui a adoção de novas atitudes e
o desenvolvimento de habilidades voltadas para o convívio com a diversidade e
as novas formas de escuta. “Sugiro aos
RHs agendar ações receptivas com o expatriado, como um café da manhã dele
com os líderes; pessoas, em qualquer
cultura, gostam de se sentir apoiadas e
isso tem que ser de imediato”, entende
Andréa, cujo trabalho tem acelerado em
muito o processo de adaptação dos expatriados ao novo país.
Mesmo um metódico trabalho não
evita alguns problemas citados por estrangeiros que vêm morar a trabalho
no Brasil como a segurança (que atinge em especial a família) e o alto grau
de burocracia. “O principal desafio
dependerá da origem do expatriado;
alemães, suíços e suecos, por exemplo, bastante específicos na forma de
comunicar, ficam confusos com a falta
de clareza dos brasileiros”, informa a
consultora da Global Line.
Outro obstáculo é o da dificuldade de
entender as gírias. “Uma boa saída para
lidar com isso é aprimorarmos o senso
de humor”, indica Andréa, que em 2009
realizou um extenso trabalho com profissionais de diversos países da América Latina. “Foi interessante ver como o
bom humor facilitou o entendimento entre eles, pois a modalidade do espanhol
que falam é distinta”, analisa.
Andréa revela ainda um dado instigante das expatriações: muitos estrangeiros são enviados ao Brasil para
aprender como ser “flexível e criativo”, o
que, segundo eles, é um diferencial nosso. “Em um estudo caseiro com RHs de
empresas estrangeiras constatei que no
conselho dessas empresas havia pelo
menos um ou dois alto executivos que
havia passado pela experiência de morar no Brasil”, diz.
Nas palavras de quem passou pela
expatriação, de fato nada, muito menos
a Internet, substitui o valor do aprendizado de uma convivência olho no olho.
Setembro / Outubro | 2010 | 7
PARCEIROS LET / ABRH - Nacional
8 | Setembro / Outubro | 2010
Foto: Divulgação ABRH-Nacional
R
epresentatividade
muito
além de seu tempo e foco na
“fórmula” RH + Educação
= Resultados Positivos. Estas marcas diferenciais da gestão Leyla
Nascimento à frente da Presidência da
ABRH-Nacional ficaram nítidas para os
participantes do Congresso Nacional
sobre Gestão de Pessoas (CONARH
2010), realizado pela ABRH-Nacional no
último mês de agosto.
Entre inúmeras inovações, o CONARH 2010 mostrou a importância dos
novos parceiros “além fronteiras” para
desenvolver estudos e eventos: a APG
(Associação Portuguesa dos Gestores e
Técnicos de Recursos Humanos – www.
apg.pt) de Portugal – que propiciou a
criação da Federação das Associações
de Língua Portuguesa - e a SHRM (Society for Human Resource Management –
www.shrm.org) dos Estados Unidos. “Tivemos um CONARH com uma proposta
diferenciada fruto do intenso trabalho do
Comitê de Criação e de novos diretores,
como Nelson Savioli e Marcos Felipe Magalhães”, enfatiza Leyla Nascimento.
Entre as conferências de maior repercussão, destaque para a de Peter
Felix, Presidente da AESC (Association of Executive Search). De acordo
com o executivo, “O Brasil já é um dos
mercados-chave e vai se tornar em
breve uma das maiores economias do
mundo; mas é preciso lidar com o desenvolvimento de líderes”, alertou.
No caminho desta imensa responsabilidade para o RH, uma das ferramentas
de apoio foi lançada durante o CONARH:
a ABRH TV, projeto liderado por Marcos
Felipe Magalhães, Diretor de Marketing
da ABRH-Nacional em parceria com
a empresa Affero. A ABRH TV (http://
www2.abrh.tv.br/), que veio para ficar,
permitiu à muita gente acompanhar as
atividades do CONARH em tempo real.
E não foram apenas conferências.
Durante o evento, a ABRH TV realizou
entrevistas especiais (acesse o endereço e clique em Arquivo), como a de Luiz
Edmundo Rosa, Diretor de Educação da
Peter felix durante
o CONARH 2010
Ecos do
CONARH 2010
ABRH-Nacional e também do Comitê de
Criação do CONARH 2010. Para Luiz Edmundo, a pequena evolução na infraestrutura educacional foi muito insuficiente
para atender o tamanho da evolução da
nossa economia. Dois hiatos dos mais
graves nesta relação academia/mercado, segundo o Diretor, estão, primeiro na
falta de disciplinas comportamentais na
maioria dos cursos universitários (Engenharia, por exemplo) e, segundo, nas
deficiências do ensino fundamental. Por
isso, ele afirma que a Educação deve
ser o tema central para que as organizações alcancem o sucesso. Não importa
qual o negócio.
Uma forma eficaz de estimular o futuro do negócio seria, segundo sugere
Luiz Edmundo, o de a empresa adotar
uma escola, o que significa influenciar
a melhoria do ensino desse ambiente.
“As empresas são centros muito avançados de conhecimento, com acesso
às informações mais privilegiadas,
então se você é um empresário faça
a sua parte; pouco importa o tamanho
do pote”, afirmou ele durante a entrevista à ABRH TV.
Importa mesmo para o mercado é
que os frutos deste CONARH já estão
disseminados pelas 23 seccionais da
ABRH-Nacional.
Foto: Marden Matos
ACONTECE / PREMIAÇÃO PETROBRAS - UN REDUC
Da esquerda para a
direita, Edna França e
Vanessa de Paula no
palco da premiação
Valor
reconhecido
P
lanejamento + qualidade +
práticas eficazes = acidente
zero e reconhecimento. No
último dia 27 de agosto esta
fórmula consagrou a área de Segurança no Trabalho do Grupo LET Recursos
Humanos, que conquistou o Prêmio REDUC de SMS para Empresas Contratadas 2010 na categoria B - atendimento
a funcionários que cumpriram de 25 mil
a 250 mil horas anuais de exposição ao
risco em área administrativa.
Reconhecidas por se superarem
nos rigorosos padrões de Segurança Industrial, Meio Ambiente e Saúde
Ocupacional em relação aos seus 25
funcionários prestadores de serviço do
setor administrativo da Refinaria Duque
de Caxias (Petrobras), Vanessa de Paula, Técnica de Segurança no Trabalho e
Edna França, Auxiliar Administrativa, receberam o troféu da 1ª colocação das
mãos de João Ricardo Barusso Lafraia,
Gerente Geral da REDUC. Também estavam presentes à cerimônia realizada
no auditório da Gerência Geral da REDUC, Sérgio Neviére Coimbra, Gerente
de Suporte Operacional da UN/REDUC,
Cândido Luiz de Queiroz, Gerente de
SMS da UN/REDUC e mais 150 profissionais das demais empresas finalistas.
Ainda na Categoria B, a empresa Steel
ficou a 2ª colocação e a Três Amigos
com a 3ª.
“Ganhar este prêmio é um diferencial para o Grupo LET; significa que
estamos bem acima dos rigorosos padrões solicitados e a Petrobras, sem
dúvida, tem um alto nível de exigência
em SMS”, comemora Vanessa de Paula, profissional que se dedica incansavelmente ao aprimoramento da qualidade dos treinamentos, sobretudo para
a prevenção de acidentes de trabalho
em uma área considerada de risco 4,
valor máximo para os padrões de segurança. “Estar disponível e atender às
necessidades do cliente foi fundamental para esta conquista; mas sabemos
que temos que superar expectativas e
estamos motivadas para isso”, ressalta
Vanessa, que tem em Edna França seu
“braço-direito” para este trabalho.
Das 200 empresas prestadoras das
mais diversas modalidades de serviços, apenas cerca de 50, segundo informação de Sérgio Neviére Coimbra,
cumpriram os pré-requisitos para se
qualificarem como concorrentes ao
Prêmio REDUC de SMS para Empresas Contratadas, que é concedido
anualmente desde 2002.
Entre os principais pré-requisitos
para se concorrer ao prêmio, a em-
presa não pode ter processos judiciais
trabalhistas ligados à Petrobras, além
de ser imprescindível entregar um documento que evidencie estar cumprindo todos os requisitos de segurança,
meio ambiente e saúde. “É bem complexo cumprir todos os itens do documento, entregue todos os meses, não
podemos ter nota abaixo de 80%”, revela a Técnica de Segurança no Trabalho do Grupo LET, que em 2009 atingiu
entre 90% e 100% de nota.
Em quatro anos de contrato com a
UN/REDUC o Grupo LET tem um índice baixíssimo de acidentes de trabalho.
“Na verdade, em dois anos desde que
atuo com eles não houve sequer um acidente”, assegura Vanessa de Paula que,
com muito orgulho, entregou o troféu e
o diploma a Joaquim Lauria e Kryssiam
Lauria, Diretores Executivo e Adjunto,
respectivamente do Grupo LET.
De acordo com a Gerência Geral
da UN/REDUC Petrobras este prêmio
é um incentivo às empresas prestadoras de serviço para que continuem se
aprimorando no cuidado à integridade
física do trabalhador e ao patrimônio
da Petrobras.
Fotos: Alexandre Peconick
Vanessa entrega o
troféu aos diretores
do Grupo LET
Recursos Humanos
Setembro / Outubro | 2010 | 9
PERSONAGEM / CAPA
Foto: Bruno Leite
Vander Morales – Presidente da Asserttem e do Sindeprestem
“Precisamos de choque de investimentos e estratégia”
O
prazer do associativismo
como “bandeira” está em
cada ação deste empresário paulistano atuante
no setor de serviços há quase três
décadas. No ano em que a Asserttem
(Associação Brasileira das Empresas
de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário) completa 40 anos,
abrimos espaço para Vander Morales,
seu Presidente, nos informar sobre
como se encontram os segmentos de
Terceirização e Trabalho Temporário
no Brasil.
Morales também preside o Sindeprestem (Sindicato das Empresas de
Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de
Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo), é membro da Câmara Brasileira de Serviços Terceirizáveis (CBST), da Confederação Nacional
do Comércio (CNC) e representante do
Brasil na Confederação Latino Americana das Empresas de Trabalho Temporário e Terceirização (CLETT&A). Seu
conhecimento sobre os dois setores
10 | Setembro / Outubro | 2010
tem sido muito requisitado em grandes
eventos nacionais e internacionais de
Gestão com Pessoas.
NEWSLET – E sobre o Projeto de Lei
4.302/98 que regulamenta a Terceirização?
NEWSLET – Há alguma novidade
sobre a legislação do Trabalho Temporário?
Vander Morales – O Brasil ainda não
possui uma legislação adequada para
a atividade, regulada, hoje, pelo Enunciado 331 do Tribunal Superior do
Trabalho, considerado ultrapassado.
O Projeto de Lei 4.302/98 deve ser votado em breve na Câmara dos Deputados e, se aprovado, dará à atividade
a regulamentação jurídica necessária
para que as empresas sérias e idôneas de Terceirização possam atuar.
A nova legislação servirá de barreira
para a ação de empresas inidôneas,
impedindo que o direito dos trabalhadores seja burlado. Em várias ocasiões, estivemos reunidos em Brasília
com parlamentares, em especial com
o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, argumentando
sobre a urgência de uma regulamentação para o setor, um dos que mais
cresce no Brasil, expandindo e criando vagas de trabalho formal.
Vander Morales – O Trabalho Temporário é regulamentado pela Lei
6.019/74 e, em março deste ano, o Ministro do Trabalho e Emprego (MTE),
Carlos Lupi, assinou a portaria nº 550
que simplifica a prorrogação dos contratos. O processo, antes burocrático,
passou a ser via internet pelo Sistema
de Registro de Empresas de Trabalho
Temporário (SIRETT), disponível no
site do Ministério do Trabalho e Emprego. Uma aprovação, que demorava em média 45 dias, pode ser feita
em até 72 horas. Por meio do sistema
online, o MTE emite a liberação para
que o contrato temporário continue
por mais três meses e a empresa
pode imprimir a autorização no local
onde estiver.
PERSONAGEM / CAPA
NEWSLET - O que de mais efetivo
as empresas e gestores podem fazer
junto ao poder público para acelerar
estas necessidades do mercado de
trabalho?
“Governos e mercado
estão mais conscientes
quanto à importância do
emprego temporário”,
Vander Morales – Estamos muito próximos de um consenso entre poder
público, associações e empresas,
que permita compatibilizar aspectos
que ainda causam alguma polêmica,
caso da diferenciação entre atividade
meio e atividade fim da Terceirização
e Trabalho Temporário. Outra questão
superada é a da preservação dos direitos trabalhistas. Hoje, os trabalhadores terceirizados contam com tudo
o que é previsto na Constituição e na
CLT, tudo é tratado e acordado nas
convenções coletivas entre os sindicatos laborais e patronais. O projeto
de Lei 4.302/98 objetiva consolidar em
lei o que as empresas sérias e idôneas do setor já praticam: garantir aos
trabalhadores todos os seus direitos
constitucionais.
Vander Morales
NEWSLET – O que foi feito pela Asserttem e pelo Sindeprestem durante a crise econômica pata promover
uma transformação cultural nos setores resistentes a mudanças?
Vander Morales – Durante e após a
crise, incentivamos a modalidade de
contratação de trabalhadores temporários: ferramenta fundamental para
muitas empresas, que precisavam de
agilidade para recuperar seus níveis
de produção. Governos e mercado
estão mais conscientes quanto à importância do emprego temporário,
fruto do trabalho da Asserttem e do
Sindeprestem, que comprovam ano
a ano, por meio de suas pesquisas,
a relevância destes setores para o
desenvolvimento do país. Juntas, as
duas entidades participam de fóruns
de discussão, promovem debates e
conquistam espaço e credibilidade
junto à imprensa.
NEWSLET – “Parceria” parece ser a
grande palavra do final da primeira
década do século 21. Como o Sr. vê
esta palavra?
Vander Morales – Em sua busca por
otimização de resultados, as empresas têm encontrado nas prestadoras
de serviços especializados fortes parceiros e facilitadores. Trabalhadores
terceirizados e temporários passam a
ser considerados imprescindíveis nas
novas relações de trabalho que se estabelecem internacionalmente. No Brasil, perto de 75% das grandes empresas contratam a prestação de serviços
especializados, percentual próximo de
países asiáticos e europeus.
NEWSLET – Entra governo, sai governo, nos debatemos com o fantasma da imensa carga tributária no
Brasil - uma das maiores do planeta.
Por que tem sido tão difícil se reduzir carga tributária no Brasil?
Vander Morales – Para aumentar a arrecadação e ao mesmo tempo incentivar o
empreendedorismo, é necessário reduzir impostos. Municípios paulistas que
reduziram a alíquota do Imposto Sobre
Serviços (ISS), por exemplo, tiveram
sua arrecadação aumentada. Os tributos são vitais para o desenvolvimento,
porém, a sua redução desencadeia um
círculo virtuoso, pois beneficia contribuinte, governos e toda a sociedade.
O grande problema é que, além da alta
carga tributária, os cidadãos gastam
duas vezes pelo mesmo motivo, pois a
tributação não retorna à população em
serviços de qualidade, como planos de
saúde, escolas particulares, contrata-
ção de segurança, entre outros. Há no
Brasil eficiência para arrecadar e ineficiência para investir. Hoje, enquanto a
união fica com 60% do que é arrecadado, os estados ficam com 25% e os
municípios apenas com 15%, com a
agravante que é nestas esferas, a estadual e a dos municípios, que a maioria
dos problemas se apresenta. Por estas
razões, a Reforma Tributária não pode
mais ser ignorada pelo poder público,
Executivo e Legislativo.
NEWSLET – De que forma a Terceirização e o Trabalho Temporário serão
decisivos para a demanda que será
gerada pela Copa do Mundo de 2014
e os Jogos Olímpicos Rio 2016?
Vander Morales – Este ano, com a
Copa do Mundo na África do Sul, registramos no Brasil aumento na procura por produtos e, consequentemente, por trabalhadores temporários
para suprir a demanda. Para o mundial de 2014 e Jogos Olímpicos de
2016, certamente a disponibilidade de
vagas em vários segmentos será muito maior, aquecendo a economia brasileira. Da mesma forma, a prestação
de serviços especializados poderá
ter um crescimento considerável em
praticamente todas as áreas, sobretudo Lazer e Entretenimento. A África
do Sul atenuou seus efeitos da crise
sobre o emprego com a realização
da Copa do Mundo. Somente durante
os jogos no país, foram contratados
200 mil temporários. Mas para que a
Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 tenham a grandiosidade
que merecem o Brasil precisa de um
choque de investimentos e estratégia.
Até lá, esperamos contar com a regulamentação da Terceirização, o que,
certamente contribuiria para o desempenho ainda melhor do setor.
Leia a entrevista de
Vander Morales, na íntegra,
acessando www.grupolet.com
Setembro / Outubro | 2010 | 11
Foto: Site Sxc.hu
Conexão internacional - npa
Crescem os
Recruta
Seleção
R
ecrutar candidatos ideais para as vagas com os
modernos perfis de capacitação exigidos pelo mercado tem sido um desafio cada vez
mais cheio de obstáculos não apenas
no Brasil, mas em todos os continentes. “Boa parte do mundo está vendo
o balanço do pêndulo em favor do
candidato que tem sido moeda mais
valorizada do que a vaga oferecida”,
afirma Dave Nerz, CEO da NPA (National Personel Association) – www.npaworldwide.com, a mais antiga rede
mundial de recrutamento de pessoas,
à qual o Grupo LET Recursos Humanos é a única filiada no Estado do Rio
de Janeiro.
Segundo Nerz a extrema escassez
não é apenas de talentos, mas de pessoas qualificadas para cargos operacionais, fator acentuado após a Crise
Econômica Global de 2008. Ele esclarece que os salários hiperinflados, por
exemplo, dos Engenheiros e outros
profissionais técnicos que ocorre no
Brasil se repetem em todos os continentes, com mais força nos Estados
Unidos e na Europa. “Ásia e Austrália
estão se recuperando mais rapidamente desta balança que tem excesso
12 | Setembro / Outubro | 2010
de empregos para poucos candidatos”, revela o CEO da rede que conta
com braços em praticamente todos os
cantos e culturas do planeta.
Os profissionais de TI (Tecnologia
da Informação) também continuam, e
serão cada vez mais, a “bola da vez”,
segundo o CEO que tem a oportunidade diária de ampliar sua visão periférica acerca de recrutamento no
globo terrestre. Ele informa que aos
profissionais de TI graduados e até
mesmo a estudantes desta área têm
sido oferecidas grandes quantias em
dinheiro e “pagamentos de bônus”
para juntar-se a empresas de tecnologia sedentas por talentos. Os brasileiros estão entre os profissionais que
representam a vanguarda deste segmento, segundo Nerz e devem, ainda,
continuar a serem “importados” por
países como México, Estados Unidos,
Canadá e Alemanha, economias fortemente afetadas durante a crise.
Algo semelhante, mas não tão exagerado se repetiu no setor de petróleo
e gás nos anos de 2005 a 2008. “Nesta
área é tal a carência de pessoas que
se procura por qualquer profissional
que tenha o curso, não precisa ter talento”, reconhece Nerz.
O CEO da NPA enfatiza que em grande parte dos maiores mercados do planeta o desafio do recrutamento cresce
em função dos profissionais mais especializados estarem se aposentando.
Tem sido extremamente complexo, por
exemplo, encontrar Engenheiros com
a experiência prática e conhecimento
dos quais dispõe um engenheiro com
35 anos de prática que se aposenta.
“Parece que a liderança de Recursos
Humanos tem sido míope em seu planejamento para as necessidades de
futuros talentos”, dispara Nerz, se referindo, sobretudo ao fato de que quando
as condições econômicas tornaram-se
mais difíceis os empregadores cortaram pessoal e eliminaram estágios e
programas de formação. Agora, como
o mercado se recupera, ainda que lentamente, as empresas e os trabalhadores aposentados ou demitidos são
recrutados para funções extras. O que
é isso? Cresce no mercado a função do
“Consultor de Negócios”, ou seja, profissionais com grande experiência auxiliam os mais jovens oferecendo como
moeda de troca nada mais do que o
seu CONHECIMENTO.
Membros da NPA, como o Grupo
LET Recursos Humanos, dispõem de
Conexão internacional - npa
desaf os de
10 AÇÕES VITAIS para RH nos
próximos anos segundo a NPA...
Foto: Divulgação NPA
mento &
no planeta
Dave Nerz,
CEO da NPA
uma capacidade global de avaliar as situações, encontrar profissionais – com
as qualificações exigidas – e colocá-los
nas posições atendendo, inclusive, demandas de curto espaço de tempo. A
alta expertise do trabalho em rede colaborativa explica esta viabilidade real.
Índia, Brasil e China, por exemplo,
estão produzindo a maioria dos engenheiros mais qualificados e representam, também em outros segmentos
profissionais, segundo dados na NPA,
grandes mercados de trabalhadores
altamente qualificados que ainda estão sub-valorizados em relação ao Japão, América do Norte e Europa.
Já na área de Saúde há uma preocupante escassez de profissionais em
muitas especialidades da Medicina, o
que vai continuar aumentando, segundo
previsão pessimista do CEO da NPA. Já
quase não são formados, por exemplo,
Pediatras e Ortopedistas. Se a Saúde vai
mal, a boa notícia é a de que a área do
Varejo encontra-se em franca expansão.
Nerz conta que há excesso de oferta de
boa mão de obra varejista nos Estados
Unidos, Canadá, Austrália, América do
Sul e, sobretudo, na Ásia.
Não é suficiente o RH entender o
quê acontece no mercado mundial.
Do alto de sua larga experiência, Dave
Nerz, enfatiza que os recrutadores de
pessoas devem adquirir cada vez mais
conhecimento sobre todas as culturas
e tipos de negócio do planeta.
“É sábio para os recrutadores diversificarem seus negócios, acrescentando pessoal adicional em áreas da
empresa que não apresentam forte
demanda naquele momento, pois está
evidente que no mundo inteiro os chamados picos e vales de recrutamento
estão ocorrendo com mais freqüência
e com um ritmo acelerado”, explica
Nerz, que acrescenta ser extremamente vantajoso para as empresas o envio
• Desenvolver habilidades que serão
perdidas quando os empregados se aposentarem ou forem recrutados para longe.
• O talento deve ser desenvolvido e
consolidado como uma parte fundamental da estratégia de negócios de
longo prazo.
• Envolver e motivar as novas gerações de trabalhadores que entram
nos projetos. As novas gerações têm
diferentes estilos e motivações do que
aqueles que os precederam.
• A globalização dos negócios da
empresa terão forte impacto sobre a
busca dos talentos do futuro.
• Os empregadores terão de fazer
mais marketing de suas organizações
para tornar o emprego atraente e desejável aos candidatos talentosos.
• Os empregadores terão de procurar talentos de fora do seu país para
encontrar o talento que precisam.
• Os empregadores terão de contratar
e treinar para a construção do talento
que eles precisam.
• Os desafios exigidos pelo conhecimento de não somente uma, mas
várias línguas estrangeiras, será um
problema cada vez mais importante.
• Os empregadores terão de ser mais
criativos nas questões financeiras
provenientes dos deslocamentos de
candidatos entre países. Realocação, na
verdade, se tornará tão importante quanto o salário em muitas negociações.
• Empregadores podem precisar
terceirizar ou contratar pessoas com
habilidades específicas.
de seus profissionais aos “mercados
mais quentes” do planeta. “Isso cria
um ponto de partida mais equilibrado
para ações futuras”, defende ele.
Finalmente, o CEO da NPA dá aos
gestores de pessoas um aviso eloquente: “é evidente que as atribuições de
mais curta duração e os projetos irão
direcionar os negócios nos próximos
anos; dessa forma se prepare para oferecer aos funcionários concessões nos
seus contratos, vai ser necessário.”
Setembro / Outubro | 2010 | 13
saúde
Foto: Alexandre Peconick
Tai-Chi-Chuan
“Porque EQUILÍBRIO é fundamental”
O Professor Márcio Lacerda é
Representante da Associação
International Yang Family
Tai Chi Chuan, através de seu
descendente mestre Yang Jun.
14 | Setembro / Outubro | 2010
porativo, é benéfico tanto antes de se
iniciar o expediente (funciona como um
armazenador de energia) como ao final
do mesmo (o retorno ao normal, eliminando o estresse).
“Os movimentos do corpo realizados no Tai-Chi-Chuan promovem um
relaxamento gerado pela condução
elétrica do cérebro por toda uma rede
de veias e artérias no organismo que
vai até a planta dos pés; a boa distriFoto: Site Sxc.hu
A
primorar a qualidade, força
e intensidade da concentração, da ação inovadora,
dos ossos e músculos, do
sono e muitas outras atividades vitais
diárias de um ser humano é possível
sem tanto esforço, química, cirurgia
ou qualquer processo artificial. Tudo
isso pode ser alcançado por meio da
realização de exercícios coordenados, produzindo movimentos que já
realizávamos em nossa infância ou
que eram rotina para nossos ancestrais, como engatinhar, tatear e andar.
O Tai-Chi-Chuan, arte milenar chinesa
com base no nosso sistema nervoso
central que determina a tomada de
decisões, tem esta exata capacidade.
Em uma sessão que dura entre 40 e
60 minutos e inclui a realização de 13
movimentos em ritmo lento e meditativo,
a pessoa que pratica o Tai-Chi-Chuan já
poderá perceber seus sentidos mais
aflorados. Pode ser praticado por gente
de todas as idades e, no aspecto cor-
O Tai-Chi-Chuan pode ser
praticado a qualquer hora
do dia e ao ar livre
buição dessa energia ajusta o sistema
nervoso central, desenvolve o tato,
sensibiliza as extremidades, plantas
dos pés e palmas das mãos e confere mais precisão para que a pessoa
sinta melhor a relação de seu próprio
corpo com o meio ambiente”, ensina
o professor Márcio Lacerda, coordenador do Centro Brasileiro de Tai-ChiChuan e pesquisador e estudioso do
tema há 40 anos.
Foto: Alexandre Peconick
saúde
Alunos de Márcio Lacerda praticam
Tai-Chi-Chuan no Espaço Bellini em Ipanema
Segundo o professor, a continuidade
dos movimentos que levam ao estado
de meditação pode explicar a geração
dos benefícios. Ele assegura que o TaiChi-Chuan nos proporciona atingir objetivos com menor desgaste físico e emocional. “Muitas pessoas não sabem lidar
corretamente com seus níveis de energia; chegam a uma reunião de trabalho,
por exemplo, como se estivessem em
uma frente de batalha de uma guerra,
se isso acontece, algo está errado e o
Tai-Chi-Chuan serve para limpar esse
reservatório de energia e disciplinar o
ser humano para um uso eficaz dessa
energia”, orienta Márcio, que esteve na
China três vezes e já formou dezenas de
professores de no Brasil.
Ao reconstruir e promover uma limpeza na mente humana esta arte milenar que significa “a permanente transformação com base nas forças do Universo”
– estimula o seu praticante a inovar e a
aprender como trabalhar e se relacionar
bem, mesmo sob pressão. “O Tai-Chi faz
com que os sentidos sejam educados
junto ao movimento e à respiração e abre
espaço à intuição, elemento chave para
qualquer tipo de inovação amplamente
necessária à atividade profissional nos
dia de hoje”, avalia o coordenador do
Centro Brasileiro de Tai-Chi-Chuan.
O empresário Lino Py, filho do Psicanalista Luiz Alberto Py, é aluno de Márcio
e também fala sobre sua experiência positiva: “a prática do Tai-Chi me conduz a
uma meditação em movimento e a um
relaxamento que equilibra a minha mente; o fato de equilibrar a rede elétrica de
energias do organismo também melhora muito a atividade cardiovascular; é de
fato uma limpeza geral, tudo se renova”,
conta Lino.
Para o aproveitamento ser eficaz
em uma aula de Tai-Chi-Chuan o aluno deve buscar estar 100% atento
para realizar a postura do movimento
adequada, observando a posição da
cabeça, do tronco, da mão, da perna,
do joelho e dos pés.
Nas empresas onde o professor Márcio Lacerda aplicou programas de aulas
de Tai-Chi-Chuan houve, segundo ele,
grande diminuição do número de acidentes de trabalho devido ao aumento
da capacidade de concentração das
pessoas associado à melhoria das condições fisiológicas. Esta prática pode
ainda evitar a ocorrência das chamadas
doenças ocupacionais, como por exemplo, aquelas que acontecem por esforço
repetitivo de alguma atividade. “A filosofia da aula e de condução do exercício
no Tai-Chi-Chuan faz com que a pessoa
adquira, após cerca de quatro meses,
uma disciplina de colocar-se em estado de alerta no momento em que está
empreendendo qualquer atividade”,
justifica ele ao deixar claro que a prática da arte milenar não deixa ninguém
perfeito, mas ajuda a reduzir o número
de falhas humanas e o retrabalho nas
organizações, que é o responsável por
boa parte dos prejuízos nos negócios.
E as aulas não precisam acontecer no
ambiente das empresas. De acordo com
o professor, um grupo de pessoas pode
se reunir para a prática do Tai-Chi-Chuam em qualquer espaço físico razoável.
Márcio já deu aulas em empresas como
IBM, Xerox do Brasil e CEG (Companhia
Estadual de Gás).
“Além dos benefícios orgânicos há
um ganho incomensurável em termos
de integração entre as pessoas que
praticam o Tai-Chi-Chuan; é o momento
no qual cada um busca encontrar a sua
paz interior e o seu equilíbrio de saúde”,
acrescenta Lino Py, assíduo freqüentador das aulas realizadas nos bairros de
Ipanema, Copacabana e Botafogo.
Os exercícios realizados em uma prática de Tai-Chi-Chuan são todos direcionados à recuperação de uma memória
corporal que trazemos conosco e que,
aos nos tornarmos adultos, vamos substituindo. Segundo o professor Márcio, o
adulto no processo de desenvolvimento
inibe uma parcela de seus sentidos em
virtude de um conjunto de regras sociais
às quais se vê obrigado a seguir. Mestres chineses afirmam que a criança é “o
puro Tai-Chi” porque ela tem os sentidos
muito mais apurados ao não fazer uma
exploração intelectual do movimento
como fazemos. “O estado do ser humano mais concentrado e explorador de
si mesmo, aconteceu quando ele era
criança”, aponta Márcio. Por isso mesmo, o adulto é estimulado por meio do
Tai-Chi-Chuan e reexecutar movimentos
que fazia espontaneamente quando tinha dois ou três anos de idade.
Aos profissionais que lidam com
pessoas nas organizações e sabem
que a capacidade de cada um aproveitar o melhor de si deve estar a cada
dia mais precisa e assertiva vale considerar o Tai-Chi-Chuan como um aliado
sem contra-indicação.
Informações no site
www.taichichuanbrasil.com.br
Setembro / Outubro | 2010 | 15

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