CATETERISMO CARDÍACO O Acompanhamento da Pessoa

Transcrição

CATETERISMO CARDÍACO O Acompanhamento da Pessoa
CATETERISMO CARDÍACO
O Acompanhamento da Pessoa
Isilda Cardoso
José Fernandes
Susana Oliveira
CATETERISMO CARDÍACO:
O ACOMPANHAMENTO DA PESSOA
CATETERISMO CARDÍACO

Prática clínica baseada na evidência

Casuística do serviço – UC

Situação crítica - urgência
“TEMPO É MIOCÁRDIO”
CATETERISMO CARDÍACO
Amostra

100% dos doentes internados na UC
o

1/01 a 30/06/15
45% dos doentes foram submetidos a Cateterismo
Cerca de metade dos doentes internados
CATETERISMO CARDÍACO:
CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTO
Doente com EAM com:
Supra de ST
Evolução de sintomatologia
< a 4 horas
Doente com EAM muito
instável e/ou em Choque
Cardiogénico
Doente não apresenta
os critérios anteriores
Internamento na
Unidade Coronária
Cateterismo
de Urgência
(PTCA
direta)
Cateterismo nas
primeiras 24h
CATETERISMO CARDÍACO:
O ACOMPANHAMENTO DA PESSOA
•
O nível e a qualidade dos cuidados
prestados durante o transporte
nunca poderão ser inferiores aos dos
cuidados prestados na unidade de
origem.
(Nunes, 2009)
•
As boas práticas advém da
aplicação de linhas orientadoras
baseadas na evidência científica
disponível, e na opinião de peritos.
(Ordem dos Enfermeiros, 2008)
CATETERISMO CARDÍACO
CATETERISMO CARDÍACO
Visualizar o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias;
Determinar o grau e a localização exata da lesão
coronária;
Planear a melhor estratégia de intervenção;
Realizar a angioplastia da artéria coronária lesada (PTCA).
ACESSOS ARTERIAIS
VIAS DE ABORDAGEM

Artéria femoral;

Artéria radial;

Artéria braquial;

Artéria cubital.
TIPOS E DISPOSITIVOS DE
HEMOSTASE
1. Compressão manual (Artéria femoral/radial)
2. Compressão mecânica assistida

Femostop® (Artéria femoral)

Tr-Band®(Artéria radial)
3. Dispositivos de encerramento percutâneo (Artéria femoral)

Starclose®

Perclose Proglide®

Angioseal®
TRANSPORTE DO DOENTE PARA CATETERISMO:
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Na Unidade Coronária:
•
Recolher toda a informação sobre o doente,
junto do enfermeiro e do médico:
o
•
Antecedentes, doença atual, terapêutica
(nomeadamente, dose de carga AAS e
clopidogrel/ticagrelol), horário da última toma
de enoxiparina e clopidogrel/ticagrelol;
Reunir equipamento, medicação e toda a
documentação necessária:
o
Avaliação inicial, carta de transferência de
enfermagem, folha de terapêutica, relatório
médico, análises…
TRANSPORTE DO DOENTE PARA CATETERISMO:
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
•
Providenciar a mala com equipamento de
uso clínico e medicação de urgência;
•
Dar todo o apoio necessário ao doente e
família, procurando transmitir confiança e
segurança;
•
Verificar permeabilidade de acessos venosos
periféricos (1 acesso para terapêutica de
urgência).
TRANSPORTE DO DOENTE PARA CATETERISMO:
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Durante o transporte:
•
Verificar equipamento
funcionalidade;
e
sua
•
Promover ambiente seguro e o
mais tranquilo possível;
•
Colocar o doente em posição
confortável;
•
Monitorizar a função cardíaca
(desfibrilhador de pás-elétrodos,
preferencialmente), bem como as
outras funções vitais;
TRANSPORTE DO DOENTE PARA CATETERISMO:
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
•
Administrar oxigénio suplementar,
caso necessário;
•
Estar alerta para alterações do
ritmo e frequência cardíaca, que
impliquem tratamento emergente
(disritmias);
•
Despistar sinais e sintomas de
possíveis
complicações
(dor,
disritmias, edema agudo do
pulmão, choque cardiogénico),
tomando as medidas adequadas.
TRANSPORTE DO DOENTE PARA CATETERISMO:
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
No hospital/ serviço de destino
Transmitir toda a informação sobre o doente à equipa que o acolhe;
 Entregar documentação e meios auxiliares de diagnóstico que acompanham o
doente.

Duas situações podem ocorrer:
- Caso o doente fique:
Explicar a situação ao doente;
o Recolher todo o equipamento que o acompanhou.
o
- Caso o doente regresse:
o
Aguardar pela realização do exame e permanência do doente no recobro e prestar
os cuidados necessários no retorno.
RETORNO DE CATETERISMO ACESSO ARTÉRIA
FEMORAL: CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Manter os cuidados descritos anteriormente;

Manter repouso em decúbito dorsal, com o membro inferior intervencionado
em extensão, restringindo mobilidade;

Vigiar penso do local da punção;

Vigiar sinais de compromisso neuro-circulatório.
RETORNO DE CATETERISMO ACESSO ARTÉRIA
RADIAL: CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Restringir mobilidade do membro superior intervencionado;

Vigiar penso do local da punção;

Vigiar sinais de compromisso neuro-circulatório;

Caso o doente traga o TR-Band:
o
Assegurar que o mesmo não se desloca;
o
Em caso de hemorragia  insuflar balão  compressão;
o
Em caso de hematoma  retirar o TR-Band e fazer compressão manual  até hemóstase 
penso compressivo.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM À CHEGADA DO
DOENTE AO SERVIÇO DE ORIGEM

Transmitir toda a informação pertinente ao enfermeiro responsável pelo
doente;

Entregar documentação e relatório do cateterismo cardíaco;

Registar, na plataforma SAPE, os cuidados prestados e intercorrências durante
o transporte e exame (nomeadamente, via de acesso, modo de encerramento,
hemóstase..).
“Dever cumprido!” - Regresso a casa...
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
•
Coordenação Nacional para as Doenças Cardiovasculares. (2007). Recomendações clinicas para o
Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) [em linha]. Alto
Comissariado da Saúde, Lisboa. Acedido em Setembro de 2015, em http://www.formate.com/mediateca/finish/19-saude/4234-recomendacoes-ciinicas-eam-e-avc
•
Entidade Reguladora da Saúde. (2007). Estudo e avaliação do sector do transporte terrestre de
doentes
[em
linha].
Porto.
Acedido
em
Setembro
de
2015,
em
https://www.ers.pt/uploads/writer_file/document/108/200731583312842202_original_rel.pdf
•
Gonçalves, M., Matos, V., Oliveira, J., Pereira, H. (2003). Angioplastia coronária – Passaporte para a
vida [em linha]. Grupo de Estudos de Hemodinâmica e Cardiologia de Intervenção da Sociedade
Portuguesa
de
Cardiologia,
Lisboa.
Acedido
em
Setembro
de
2015,
em
http://www.spc.pt/SPC/Iniciativas/Passaporte/pdfs/BrochuraAngiografia.pdf
•
Nunes, F. (2009). Tomada de Decisão do Enfermeiro no Transporte do Doente Crítico. Revista
Nursing, 246, 40-46
•
Ordem dos Enfermeiros. (2008). Dor – Guia Orientador de Boa Prática [em linha]. Lisboa. Acedido
em Setembro de 2015, em www.ordemenfermeiros.pt/publicacoes/Documents/cadernosoedor.pdf
•
Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos & Ordem dos Médicos. (2008). Transporte de
Doentes Críticos – Recomendações. Lisboa: Centro Editor Livreiro da Ordem dos Médicos.
OBRIGADA!