cao linqiu

Transcrição

cao linqiu
--
LINGufSTTCA.
I
"",REVISTA
R LITERATURA
SEMESTRAL DO. DEPARTAMENTO DE LETRAS MODERNAS
FACULDAnK DR LETRAS ANO 2
UNIVERSIDADE
EDUARDO MONDLANE,
MAP:UTQ NOVRMBRO,. 1987
FICHA TECNICA
i
.,
Titulo: Limani -- Lingulstica e Literatura
Comissao de Coordenayao: Bento Sitoe
Gil ber t;o Matusse
Greg6rio Firmlno
Ines Hachungo
Edi.tor: Departamento de Letras Modernas
N~cleo Editorial da U.E.M.
Compos Lcao r Bento Sitae
Reprodu~ao: Divisao Grafica da U.E.M.
Novemhro de 1987
Limani. - Linguistica e Literatura
Caixa Postal 257. Maputo, R.P.Mo~ambique.
",
ALGUNS PHOB1,EMAS
DA NORMA'rIZA~1\O
Greg6rio
A
mudan~a
do
estatuto
em 1975 nao
impJicou
j~ em vigor,
apesar
m09ambicana
que
cont.inuou a
que
de
lingua
das novas
isto
passa
ma90es
cia,
e
como
aoen t uado
em
parte,
do
o
nao
aument.o da
mais
do
altos,
mimer o
dos utentes
mos
sintonia
0
do
pois
Muitos
dos
mesma
do
que
dos
da
viam
mesmo
dos,
os
para
de
anos
use
sem
da
que
transfor-
se
legue
dos
tenham
con t ri.bui.,
fen6neno,
utentes
da
s6cio-po-
lingua. 0 ma i.or envol--
bantu
das
(ou
de
que
etc.),
portuguesa.
estruturas
de
norma
vez
a subida
Este
0 refor90
grupo),
cada
justificam
aumerrt.o
dos mecanis-
dcsta
se
em moldes
em escolariza9§o
domf.n.i
o da
outro
nf.vei s
atingindo
factores
ILnqua
com6rcio,
em que os interJ.ocuto-
na con t i.nqericLa
os falantes
problemas
°
antes da independan-
na lingua ofieial. n§o a tinharn aprendido
Mas,
as suas
processar
p6blicos,
nao in~lidou
sistem&tico
se
inter·-relaciona
da nova situa~ao
eseolar
do Portugu&s
Portugal.
dos m09ambi.canos na aC950 p6blica
lingua
falantes
em
estas,
I
em
1.inguIstica
foi sofrendo
este
de comunica9aO
s50 alguns
ensino
se
mesmo
Para
servi90s
popu Laczio
de
usada
com
Portugu&s
em consequ&ncia
a
contexto
5e j.nsere e cumpre
o. alargamento
poder,
falam
novo
embor a ne st es ultimos
o aumento das situa95es
res
que a realidade
pecul.iaridades do espa90 m09ambica-
a todos as niveis,
(instancias
operada
linguistica
a actividade
e do novo est.at.ut o da referida
vimento,
do
natural
j~ se operavam
na t.ura L,
lingua portuguesa
Lf.ti.ca
As
consideravelmcnte.
grande
apesar
poderia,
Sf~
pauJatinamente,
que, a1i5s,
normatividade
no rma+pad rfio
em
nao
ela se fosse adaptando
no. Assim,
~,
em que
comunica9ao
M09ambique
configura90es
lingua
do meio
portuguesa
a
de
a ser usado:
uma
com as condi96es
fun90es
politico
reger--se peJa
Considerando
Firmino
a Lt.er acoe s
assume,
Portugu~s
0
DO POR'I'UGU.F.!SEM MO~AMBIQ{m
lingua.
expressarern
adequados.
ou escolariza-
europeia
nao
eram/
1J 1.1
s~o menores.
com
fn
1 ;1\11
C"';
A perda
da possihilidade
nn+i vo s
da
1 j"ngu<l
guismo - r cpa r e+s e que a
1.2%
s
tem
tes 24.4% falam
como
ba nt.u
de
pe r cerrt aqem
como
0
Po
0
Portugu8s
r
t.uque
s
Lf
mocamb i ca-:
f a La nt.ca
total.
materna
nqua
como segunda
os
e
Destes,
r
e
starr-
lingua e uma lingua
d i.f .i cu I tam
materna(l)
J Lnq ua
£requente
t uque s a born como 0 b i 1 .i ri-
6 igual a 25.6% da popula~~o
nos de Portugu&s
apene
po r
de eontacto
cornpot.eno
ia
a
linguIstiea. em Partugu6s.
As
na tura i s
Li nqua s
d i.s
po r
dos
permitir
homerrs
a
como
s eres
intercomunicaqao.
pois
imprescindIvel
do mundo,
a
troca
comunicados
o
modo
de
como
se
a
cultura
entre
os
se
qeradora da estruturalidade
"-'--~-.--.--~~------.----'----~
que,
.•.•.•.
ista
~,
urn conjunto
como
a
o
relac;ao do
pJanos."
te
meio
la
e
de
coridicoe s
19J3:93)
espac;o e
peia
estruturalidade
0
meio,
que
e
a
realidade,
como urn factor de modeliza9ao.
apresentarn estruturas
des
eoncebem
do
categorizam
de
0
do
mundo
em
conformidade
e
a
cultura
corn a
que
de
uma
lingua
eonc]uir
determinados
~ocio~f~ra,
que,
tal
apor i cao
a
po ssI'Ie 1 a
em
c
vi.da
todos
os
sempre ex i st.err-
certos
e
homens,
se insere
meio
onde
desta
estruturalidade
de
mediadora,
actua
modo como as sociedaem
cuja
funqao
Esta posi9~o
fortemente
prop5e
liqado
que
a
comunidade
dessa
sejar a lingua ~ uma vis50 do mundo.
pode-5e
0
mundo
a linguagem.
Sapir-Wharf,
"6
~ por via disso que as linguQs
r e Lat.i.v
i.smo linguistico,
hip6tese
serve
que representam
se realiza
estruturas)
pe lo
e
par a
depende
cultura
valores
par
e, mais do que isso, entre os va]ores
P
A
uma
lingua,
sernpre u sad a
Semeste
mundo
sentl.do
Uma
uma
se integram,
de
v i.da orqan i ca , t.oz na
V.M.A.,
ce r t;o
condicionada
da
(':r,
do
cria
fen6menos
s
invi~vel~Ora,
subordinam.
regras,
Lhe
assim,
mundo.
mesmos&
por
<10
intercomunicagao
do
hornem, con~erindo-lhe
(SILVA,
nurn
de
jlr";Y);
>
desenvolviment.o
de
e
prescri90es
bi osf o r
da
conhecimento
0
homens
de
assume,
realizaq50
i.cacao
s50,
que
no quaJ os seres bumanos
os
sistemas
comun
sociais
conhecimento
processa
que
de
lingua
A
a
0
conhecimento
da
.i.nst rumo n t.o
um
para,
func;ao cogno~cente
tor-na
saa
a
chamacla
organizadas
comunidade,
A luz destes
que cad a lingua constitui
6 suportada
representa9§o
s50
mesma
(das
ou
argumentos.
uma forma especi-
fica de codificar 0 real e, sendo assim, "languages evident.ly
do differ in t.he way they symbolically
reflect the world,
<"\
c.
'!.
TI ~~
that is, in the way they categnrize
or codify
the expcrienfre
te
n-
of their speakers."
(COHDER, 1973:72).
a,]a
s,
que
a
a
que
Li nqua
c ada
permi t.em
que
com
iado s
as
eriunc
de
manifestar
de
transfer&ncias
conhecimento
do
referido
falante
cod i f i caceio
Ll:
exige,
que r
em
e st.r
u t uras
linguisticas
destrin9ar
as
.r e a Li.z a
se
au
rnai.o
r
e
e no
a
segunda
bilinguismo
uso das
po rque
lingua
existem
borado
surqem
entre
ha
nunca
pelos
A
s
realidade
de
tais
a
na
nonna-padrao
o
de
s
maioria
u
Este fen6mE~no
em
,
aprox i.maooes
no16gico
dos
as
cases,
onde
e
em
as-
pronunc i.a(2)
da
que
tal
LinquI s t.i.ca s I
s
Oeste
em
me no r
modo,
numa
impossiveis
tamb6m
que as linguae
univer-
quer a tradu<;ao
lingua.
permite
Linqu Ls+ i.cos
das
est~
elucidativos:
detec9ao
p r-evis t.os
fundamentalmentc,
das
maternas,
linguas
- a nivel
mais
da lingua
a
nao
linguas
ao grupo
transformar;ao
que
facto que 6 corro-
resultantes,
e s t.r ut.ur a s
como
(linguistics
mOQambicana
factos
que,
aspectos
formas
Lf.nqua
est-a em fun<;.3o
frisar
sompre
pertencentes
Eis alguns exemplos(3)
possa
entre>
detectaveis,
precise
seriam
vigor,
de
caso
uso desta
mais not o r i o - cremos
a
categoriza9ao
em
linguisticos
pon t.o de se r urn bom indicador
y
0
de uma segunda
pe rtu rbacoe s
f
domInios
uma oposi<;ao total,
linguistica
a
0
as distintas
sals). So assim nao fosse,
(L2 )
pe rt.urba coe s na ap.rcndi zaqeru
e
6
do
men saq ens .
coexist.E:ncia, mui to mai.s na
universais
quer a aprendizagem
out.r a
das
bilingucs.
aprespntam
em outras,
representam,
dos
Porem,
culturas
e
sempr e
a aprendizagem
materna.
a
t.r
a ns f erfmoia
sac
Lfnqua s em
para
Li.nqua s
d i s s eme Lhanca s
como
as
na maioria
das
pela
r e cat.eqo r i zaoe o d if .i ci lmon t e
de
ssLve L,
motivadas
f a Lant.e biLi.nque
0
ri as
tendcTlcla
a
uma
uma
existem
negativas,
grau,
sitUB<;RO de
variadas
que
pe r I e i t ame nt e
1
da
para
cons cquen t.emen t e ,
positivas
au
aspectos,
Es t.e pr oce s so
Lrupo
e,
(Ll )
as
Lf nqua s ,
t.e rao
a
cnt.eqo
Ln+e rcomuni quem ,
descodifi ca9ao
na
muitos
se
as
linguistieas
pcculiarcs
na
modo
b i. linque
falante
urn
aspectos
dua s
•r
u t.errt
es
de
da
IS
s eu s
os
s eu
t.r ans po s icao
quer
.<1
ap reserrt.aa
bantu.
f one t i.co+Eo-:
fortalecida
materna
na
ac
do f a Lan t e .
1.
Os
f
a Lan Les
s om
o
que
de
uma
o cl us i.va velar
s eu
turno,
0
falantes
das
o
Igi
norma,
som.
linguas
a0tualizando
0
a cen t.ua.r
Assim,
bantu
som
s cr
pode-se
fricatizar
pr onunc i ado
a
referidas
mais
de
de
f a lan t es
OS
t.cndenc i.a de
referido
tendencia
de ve
I 9 I.
sonora
tJ~m a
realizam
a
segundo
I
tent a
Gitonga
'I'SOrlqB
oc Luaao
pOI'
quando
deduzir
que
a
tendem
pr6ximo
como
as
produzir
existente
nessas
Lf.nqua s •
2. Os fala~tes
bilabial
de Em&khuwa
e
reallzando-as,
Na
referida
tendem
],inguodental
portanto,
lIngua
embora nela ocbrram
Ibl
e
Ipl
como
aquelas
a ansurdecer
de
s urda s - que ,~l?~.!l~~'?.se distinguem
Dai a tend6ncia
3.
Ainda
no ambito
deve-se
e
Idl
It I
como
a
exemplo,
de
existem
oclusivas
-
Ibl e ldl.
no nume ro anterior,
frequente
notar
e f cc t.ua +se
na
cia de reproduzir
ern falantes
a ma i.o
ria
zona
Vejam-se
);5
alveolar
0
nivel
0
dos
motivados
outros nfveis
que
linguodentais~
r ef eri.do. Na
foi
dos
sons
lingua
mai.s pr ox i.mos
cavf.dade bucal.,
da
falante de Tsonga
Ao
terA a tenelen-
esto articula<;;:50.
Se bem que seja
desvios
0
oclusi.vas
art.i cuLacrlo
falar a lingua portuguesa,
os
nao
da s ou t.r
a s no vozeamento.
consoantes
prenc1em-se corn
'I'songa, por
t.i p i fica
6
respectivamente.
sonoras
se mencionou
que
I ,
lInguas bantu a tendencj.a para a nlio actualiza~50
de
As r azoes
de st.e s
do que
respectivamente,
Ipl e It 1
ensurdecimento
0
acrescentar
d8,diversos
de
para
t
1
oclusivas
sons pr6ximos
r
1dI
e
as oclusivas
fon~tico-fano16gico
falantes
pelo
como sejam
0
mocambi.canos
bilinguismo
morfo-sintActico
0
de
oeorr-em
que mel.hor
Port.uques ,
tamb~m
a
ou a lexical.
alguns exemplas:
(1) P - Eu fui dado urn rebu9ado.
A frase
<;;€io
numa
pas s i va
[rase
NEu fui dado urn rebu9ado"
incorrecta
activa
ob ject.o .indir ect.o e
po r cont.er um
correspondente,
nao
representa
a
de
suposto
desempenha
ob ject.o directo,
uma canstrusujeito
a
que,
fun9§0
como
de
devia
se r , Tendo
em conta
dev i.a
ser
"Poi-me
frase
activa
que
a
urna
accao
isso
que
(obliquo)
a
ao
r ea Li.z.a,
sob
a
as
h
f aLarrt.e s ,
pronomes
vo -
e
quando
esta
as
pronome
de
s empenham
a
do
f6cil
pode
ser
p
-.
pessoal
conceptualizar
explicada
poder
apresentar
pro nome Elina t.ern a funcao
recto)
nas
pronome
(0
0
i ndLre ct o
caso
ma t iz e s
(~ntre
nominatj-
caso
0
da
.i ndi r e ct.o ,
t.i.po s
0
6 prcte-
mais
usual
s ujcit.o
--
Ser5
qual
pr e+ve r ha 1 ,
Lf.nqua
t i.vo
pr oriorne s
de
0
ser
0
r··(-.r::1
P0n~rr'r
t.em
so
11C<;5.0)
a d i st incao
Gi t.onga
e
(a
s
e
propria
La
A perturba<;~o
de
Tsonga
os
para
os s equ i nt.e s e xemp 105: "Mina
Le xidonsana"
doi s
sujeito.
facto
pelo
conhecemos,
que
e x i qo
aCy[io
IDC'.
com
po s Lcao
que
0
que
de prova
(0
ainda
pa s s i.va
urn ob j e c t o
por
numa
da
eI a
objecto
os
a
a
no usa do clitico,
se
note--se
qua 1
r
de
ell s t i.nqu i r
f ra
n50
- portanto,
pronome-sujeito
na
sujeito
menos as
s
do
norma,
e s t abe Le ce r
fun<;ao
a
s eq uern
c Ll t i.c o
pessoais-objecto
em
ocorrer
mais
faci.1
perturbac;6es
favor
dever
-.
s
di f iculdade
rido
e
n50
pe n s o aI
pessoais-sujeito
que ocasiona
n
pronome
(I
por
aqo nt e
canter
ssu.po r
ref e rfmc i.a
fa z
Lado ,
da
ve
de
pode-s{~
,
urua
s erido
0
outro
favor
frase
a
do
Por
a
v
..•
de t e rmi.na r
que
nem
pr e s s upoe
que
r ebuoado
r e f e r ide s ,
errt i dudo
a
,
interessa
s u j e it.o .
seja,
ou
?
r ebuc ado "
um
nao
r ases
f
0
da
forma
alguns
dado
r e s pe ct.Lvamen t e ,
nem
nomeac
tui
dua s
apr e s en t am,
urn r ebucado
agente
cujo
ca so a fr a s e pa s s i.va correct
r am+mo urn
"De
"Eu
as
neste
dado
como
r ase
f
que
e
Lant.e
referida
ba nt.u
-
pe l 0
me smo pr oriome
0
r ef c r i.do s .
Podem servir
ndzi, t.amunylka
x idon aaria "
de s u j e i.t.o I e "MinD vand z i.nyi.ki-:
tem a f unc ao de objecto
mina
.i nd i-:
.
r
a
Mas, como
pode
nao
entidadc
r e-s
a que
0
na "
quer
(Gitonga)
d i.ze r
eu da frase
val.o r e s
os
algo
que
pode
A
f r ase
em analise.
Ela
lexicalizado
traduzido
te s
a
cJcsi9I!d<:,:ftO
;:1
lLnqua s
de f
dil
Lc i.eric i a ,
ba nt.u:
(Tsonga) ou "Eni niningiwilc
t.ambem pode
pode ser
na s
"1\1ina vand z i ny i.k i 1e
"De r am+me urn r ebuc ado
e
dado ~m rehu9ado~
se colma tar
acont.ccer
na passiva,
estar
Lneren
passi va para
xidonsana"
(4).
"Eu £ui
t ran s f e r e _. ob j e ct.o Lnd i.r ec t.o - recor·-
58
e a uma cons t r ucao
ndzinyikiwi1e
a
pronome
absorver
sequ.i ndo+so
Ie
0
ajudar
iniciada
mas
tal
por
eu,
v
a
,
ernbo r a
oxpl i ca r
pe Lo pronome
nao
Lnva lI da
mas nao
nao
neste
a
mi.na
a
"Niua
gidosa-
x i don s an a
se
errcon t
f r ase
,
re
a norual a
podia
exp l.Lca cao
caso.
v
nilo
-"que
A ocorrencia
d\..~conco rdanc i a
do
pref ixo
do
s u jo it.o ) da
que ~quele
-
de
iS80
de
alguns
t.r a t a+s e de
ser
f
a Lant e s .
do
por
sujeito
p lu r aL,
~~,
2,
va,
.i nd i.r-e ct.o
-
errada
s e s e t r at ar
nao
A
a
podendo
tenc1encia
mi na
de
de
pe rmi t e
de sujeito
a fun950
cantrariamente
A t r aducao
como j~ se referiu,
(co-referente
classe
atribuir
um ob je ct.o
traduzido
pr onome e qui.va Lerit.e ,
- conduz,
do
pronorne n50 se possa
facto,
por
pe s s oa
3?l
verbal
ou
out.r o
uma ou t.r a 1 Inqua
Crase "Eu fui
bantu
dado urn rebu9a-
do".
*t
(2) r -
lingua
Na
dos morfemas
ti vas,
qu6 isto?
0
portuguesa,
Q - pronomes,
s e qurido
apr oson tarn
da
fr a s e ,
ou
na
a
os
"0
consoante
movi men t.o
.is t o?
e l.es
que
frequente,
e
os
au
morfema
0
Quer pa r oc e r quo o st.e
nao ,
da
sua
em
Maputo,
t.sonqa
s eme lhan tc ,
in ten: 09a tivo
ocupa
"I
nc i.ni
uma
de
e
dopo i.s
f
ormas
aspectos
verba
0
irregular
r e co nhe.cI ve Ls
que
no
~uy_~
pr e s en t.e
para
transp5em
5e
para
de
esta
medial.
na
qua I
pronome
0
antes
J~.?i.!..'
de
s e pre ten-
verbal
(ser lestar),
que
0
uma
explica-
c6pula
do
e
com Ulna constru-
s obr e a qual
da
de
Por em,
ocorr&ncia
a
medial,
enU.dade
t.u.i
de
regra
a
ba s i.ca ,
1exi?",
a
substi
Lns t.anc.Lacao l ,
de
relaciona
po s Lcao
.i nf o rrna cao ,
inicial
tern uma posi9ao
pr onome que f az r e f e r Snc i.a
uma co r t.a
tradicional
su je i.t.os
exemplo
se
interroga-
(interrogativa
po s Lcao
interrogativo
fen6meno
Vel
servem
pos i cao
na
qu@?"
a
como a que constitui
<;ao, na qual
<;;30
s e jam ,
r eti.r a
ou
(interrogat.i
e
se
que
qramat ica
da
mor f erna s
II
exemplo,
por
interrogativa
latura
"lsto
final,
posi95a
eco),
norncnc
vas
au adv~rbios
adjectivos
r ef e r Ldos
que
interrogati
as
indicativo.
i,
nao . tern
S50
Portugu~s
que
estes
conforme
se
pode vcr no exemplo.
(3) F - ~
sentar
0
Is!":!!'.
Numa Erase
mela
verba]
6
ya ke "
(rf'songa).
lJ~)
an§loga
do
de
ao exemplo,
ser
"I matsha-
suf .i xa
a l~xtensao
Ao verba
+e La indicativa
norn i.na Li.zacfio
(g a sua maneira
5e
sentar!
)
bantu
desonvolvida.
1-1/1
dele.
.:ts}1..C;una
se
da
maneira
Juntamente
com
verba
pode
referido
segundo
este
a qual
processo
a t r ave s
do
uso
uma aC9ao
ocorre
do
uma
prefixo
nominal
surge
ao
e
ma. Ls t.o
verbo
0
lado
do
A forma
verbal
seJltar.
artigo
verba 1
o pronome
i
que transparece
0
no
e
pessoal
a
que
forma
a
entre
a
que
r e s u Lt.a da
pr epo s Lcao
respectivamente,
vo ya~.:.~. Para
ser
ou
t r aducao
"sentar"
a
au
forma-
de
sentar
cujo
ser".
Q.§:, ("
copula
aspectos
salientar
-ts}!_~m~_.,
"maneira
da
a l.em dos
deve-se
de
nomi na l,
naminaliza950.
Lnt.er f e r enc i a s emfirrti.ca . ~)urqe
de
semantico,
refor~a
resultam,
considerados,
urn fen6meno
uma
con t r a ccfio
ele
e do possessi
fo-sint~cticos
infinitivo,
definido
6
na "f r a s o " em Por t uq uc s :
mor-
que
existe
!'-~~~~t!:!E
verba
0
s i.qn i.f .i.cado
Do ponto
de
nesta
frase,
comporta-se,
pode
vista
do
mesmo modo que -t.sh~!9.:. em 'rsonga.
(4)
1"1 --
A mama ba t eu -me
(A mam! bateu-me
o
- Afikile
F2.
Em f'1,
do s
c i am+se
os
~nquanto
e
exprime,
indevidamente,
dos
0
urn desenvolvimento
valores
coisas
na
do
uma jun~ao
em que
de
s e passa
concessivos
situaQ5es
acontecimentos.
que
e s t.a desviado
introdutores
duas
doi s
culpa.
na nandzu.
imp1ici t.a estados
em causa
a outra
vi s I veI
kuve andzi
conec t.or
relacionar
tenho
culpa.)
s Lmul.t.aneernent.c •
pr6prio
em rela9ao
r ef e r Ldos .
contrastiva
ou adversativos
uma delas
t.sonqa ,
DaI ,
va lor
SE~U
representa
an6maloji16gico
Na Lfnqua
fr a s e
a
parece,
impre-
kuve
que
a s s o-:
sur jam
como Fl.
(5)
F - Eu tenho
"Eu
uma
0
n50
kuve ahiyimbelela.
conector
porque
frases
tenho
frase
o
(Tsonga)
o
dcs t.e s
falante
:0
do
rea 1izam
- valor
t>
F2'
se
normal
n
- Mamaniandzibile
que
- par
embora nAo ti.vesse
FI'
uso
_~gua~!o
pretadas
oabe ca
possIvel
ou
"Ni nani
[rases
infere,
cabe~a.
II
pa r eoe
nas
Ii tera1mente.
ser
linguas
hungu"
ob t em+ae de
de
(Eu tenho
uma
uma forma
que
Uma frase
e Las
de cabe9a.)
t r aducao
bantu:
(Gitonga).
ant.emao ,
dares
"Ndzi
Ii teral
ni
0 significado
pr aqma.t.Lca ,
riao
ana l oqa
ou
podem ser
de
nhloko"
exacto
soja,
0
Lnt.e r-:
em Por t.uq ue s
nao
TIll
a
permite
que
se u
0
extrac950
dos
e
i.ave 1.
uso
Lnv
d(~ver-se-ia diz er
com dares
(6)
mesmos
r.e nho
"Fu
do res
falo
Ell
Fl '
f"lina
ni
Nas
caso
com
bantu,
existe
ng.QI~.~
e
possivel
va
e
nBo
uma
no proprio
das
significado
das
reel II p I .i,c a \= a 0
1) Z
.i d 0
S
[,;0
us o
O
neo
loko
palavra
traduzivel
OU
.ngud~~
(Git,ongal,
J]3.~Ju=!2.9..2Eru.
Lor e s
s emant
passivel.
ico s ,
linguas bantu.
palavras
0 1.1
Joq i smos
ou
Em
parecer
Quer
9cnera.lizat;50 pant
r :~~~2_~)
t's: t 2!~s:?
df'
quando estou bebado.l
uma
(Tsonga)
u
t.chovar
como
referidos,
'I'oda v i a , as
ern
portuguesa
CIa influencia
h i.ndu
e
pode
eff~ctuar-sc
vive
porque
com
r"lo<;'ombique
djico
au
muita
podem
0
linquas
de
t'0rqu(~
f
meio
frequ~ncia.
j
mput ar
a
oode
Os
urn
da s
usa
de
de
urn
safrem:
t ambem
se
Nos
e
outras
como
f a l.an r;e
1:f.nguabantu
desvio
em
como
mas
Dearre
aparentemente,
linguae
a
inf Lufmo i.a
a
quando
a t rave s
imprescindivel
que,
ser
-chovha
es s a
determinado
desvios
inf Lueric.i a
e
ta.1
d ev em
somente
au
t nd i r cct a ,
n5.o
ja
pa s s a ndo a JLnqua
inequi voc-a ,
Po r t.uque s r esu.l
t.am, naturalmente,
lJ[~)
verbos
a Le est.a ou aquela
cond i cao
+e s t.a
num
forma
s,
Mogambique.
oxp.l Lcam
africanas
e La 6
uma
o~
que vai
se
nao
mosmo quando
I
L{n91J<,'J."mat.e r na
se
t.r arrs f orrna coe s po r
dar:;
a absorvc nfio
com
aportuguesaram-se
a
nao
quando
!lg_~q.zU.-~9.~q.?-u
E!;_j.:.!:!..s:i:.£0!J:..!.~:!~tE:_•
0
cu
uma s eme Lhe nca
em
casas
Po rt.uquo
Po r t.uque s
po r exist:ir
por
.9.udzu-!l.9.u~~~.
que
0
referidas
.!'!.9!?..Pi~~'::'!?3~~!.
•
e s t ou bebado.
.!J.9~1(dzu.
(Gitonga)
de
~ui_~.~~.::~~~~i.t.~6
4.
n i nq uqe.ne La
Ol)tJ~OS
reduplicag50
t r ad
e s t ou
"Eu
(Tsonga)
levile.
linguas
r e dup Li.c a cri o
a
cabeya",
E~.gs:pL~.
nd z i.kh ane La
Enl
1"1"
no
ca be ca " ou
de
sobretudo
ndzidakwile.
f enome
tenho
"Eu
.!!!~.it~
. .t1ui_t.:0-n~~it.~.quando
(Eu Eala muito,
mas
de
pe]o
de cabeya".
£-'1 --
.!!!uij:o,
1uga.r
No
pragm~ticos
efeitos
n50
ooe xi.s t-enc La
do deficiente
domf n i.o
do
funcionament.o
por em,
que
estruturas
corn outras
quer
dizer,
servem
para
do
def i.c i enc i a
suprime-sea
y5es/analogias
o que
das
com a
estruturas
parte
Neste
recurso
a
existentes
principalrnente,
uma
Por t.uque s.
das
apr ox i.ma-:
na
generalizay§o
caso,
l.ingua,
de aspectos
realizag5es
linguisticas,
Sao exemplos:
.1)
Lnco rpo r acao
A
e
Se
so.
verdade
acrescenta
que
a
prefixo
do
uma
em mu i, tos
palavra
a
des
casos
para
forma
pr e f i.xo
0
indicar
em .9.~sdizc':c o u desf~.?:~:?!> a norma nao
uso para
0
2, parece,
da compar acao
. se
(pr ot.e se )
urn fenorneno
de
pres creve
do
de et.imologia
ac r e s cerrt.ament;o de
transp5e-se
h2i£
para
a
urn a
corn a pa l avr a ------amanha que
resul tasse
Assim,
por
tal
ca so de d(~s~.~n~~l.l~~!~
..
acrescentarnent.o
0
referido
oposiyao,
exemplo,
2)
conseg~:0-r.
popular
e
hoje.
a partir
interpretada
a
urn a
que
0
palavra
se
como
palavra
deduz
manha.,
erradamente
de amanha.
Por
da
out:ro
pr6pria
lado,
alguns
complexidade
GON~ALVES(1986:18),
estruturas
cuja
dificuldades.
das
pelos
casas,
diz
lingua
'rea
pr6prios
casos
qualquer
po r
casos,
dos
falantes,
do
VOll
F2 ::: Nao
r azee s
sis~erna
de
apresenta
sao
s erit.L«
noutros
qualquer
estrutura
a
aprenda
julgar
urn bom exemplo
linguistico
incorrectos
chequeI
tui
sernpre
lingua:
p r epo s i ci.ona L,
consti
na escola.
Como frisa
variadas,
po r
da
surgi r
existem
dessa
sent.idas
regencia
de usos
(8} FI - Eu
linguist.:.ico.
independentemente
A
podem
lingua,
natos
de dificuldades
li~gua,
desvios
o s s a s dificuldades
falantes
problem~tica
alguns
sistema
realiza9ao,
materna".
osc i Lacoe s
"ern
Em cert.os
trata-se
dessa
do
destes
sua
pelas
de
portugu@s.
uma
Eis
de ·preposiQoes:
(em vez de "Eu vou A escola")
f a Lar .
(em vez
de
"Nilo cheguei
a falar)
F3 ::: Cheguei
a/q casa
eI~
casa
ao meio-dia.
ao rneio--dia
It )
(em vez de "Cheguei
Estes
que,
(10
o
tr~s
ca~os
ern parte,
Po r tuq ue s
documentam
s e ver .i f .i ea
(easo
a pr epo s i cao
a.
do
a se referir
apreensao
d if Lc i I
em
Fl.
as
com
B,
interior
Em F2
o
pelo
verba
0
valor
de
ado
e
ocorrencia
apresentado
do
da
(e s co La ,
movimento
para
preposi<;ao
em.
~. de
I o r ma a ma rc a r
"urn e s t.ado
que
(Intervalo
v .i s t.a
(/I1NI'EUS,·r.LILM.
et
do
tempo)
de
It. ' .. pos t e r i o r
de
lado,
e La c i onam+s e
r
urn e s pa co
It.
no
pont,o
ou t r o
Par
indica
nurn dado
ocorrer~
.
adjacente
termo
s ua
da
;... s obr e
a1.,19133:134)
falar.
cliticos
mu i
sua
casos.
que
em It."
Os
da
Loce Liz
do
de matizes
exiq e a pr epo s icao
( P)
e vi.ta r
portadores
no<;50 de
que
se
po l.o facto
aparecimento
conclusivo
It ( - P)
para
a
aspectuaJ
coisas
o verba
suscita
pa r a
s e fa la
(~m parte,
de
esta
generaiizaondo
d e s c r it.o s
interior
0
zonas
f aLan t.e s
co i s a s
par0ce,
c0.~ar
d i Fe r ent.e
a
para
que
que
a J guns
de
Inuito
tcndcncia
a vaJores
pa r a
e s t.ados
urn movi ment.o
casal.
o
F3
n
pod c+s e e xp li ca r ,
rJe
e
em ou+.r a s
Br a s i.L) :
lsto
de a preposi<;ao
urn fen6meno
tos
oon sti.t.uem
aLa n t e s .
f
ocorrencia
uma
Sequndo
var i.a
out r a
norma
a
,Lsta
da lingua
va.r
ie cao
portuguesa
cr i a
para
noutros
d i f .i cu I
pl~ob]t~m~tica
em v i qo r,:
decontc~xt.o
co Lo carn+se" .an t.e s . do ver bo ,
···verbal.
area
a
po
s i cao
con t ex
t.o r
nun s
numa .posi.cao
clades
(5). Dal·a acor~encia
em
certos
pas
-
u t cnt.e
de frases
s
an6malas
como:
,(9)
Fl
ser
F2
-
sob
"Quando te
0
sua
ponto
F3 = Urn fio
'Jo corrector,
saia
La aJargando
ate.
de vista
sob
(de vi.a
com ele.")
0
ser
(devi a
p.onto
v i s t.a
de
"Tambem se
pode
da sua ocorr&ncia.")
que ia-5e
alargando
carnarote.
ocupa r
com c Le ,
estavas
ana l.is a r
oco r r snc i a .
do
es tava s
encontrei,
pod e . se
'I'arnbom
da
analisar
encontrei"':te,
Quando
=
a
at~
(dov.i a
ex+eris
ao
ocupar
ser
do
a extensao
"Urn fio
corr cdo r ,
que
so
s aLa
do
camarote.")
Ma.s a d.i.f Lcu Ldacle
sua
3penas
~
~ode-se
explicar
~(CJ)
no
incorrecta
llSO
dos
cl iticos
c010ca<;.30.
0 aparecimento
Como
do pronome
nao
SE:'
ja
se
restringe
referi.u,
eu e da constru<;ao
passiva
ment.o
em "Eu fui dado
nao
~:
~tonos
se
vor~~de
operam
que
na
transfarmac;6es
que s t.ao
se
de
lingua
do
easo
for no ce
gu&s falade
liaridadcs
no Brasil
aos
fon~tico-fono]_6gico
dialect6logos
at:
ing iu
tal
uma
surgiu
um
novo
da
instancias
ne oe ssar 10
torna-se
h ist.o
ri.a da
]
Inqua
tinha
d e.ferid
que
ser
Por t.uques
de uma
nacao
pur i st.as
que
usa
em Portugal,
foi,
correspondia
~
do
sistema
inovadores,
tabus
0
que
facto
Para
por
uma
Portugu&s
da
0
as i L.
fez
tal
lu i r que
I
dizer
pe Las
conclusao,
ligados
advento
0
com
que
po lft i ca
para
se
como
do
opunha
mui tos
Brasil
do
ados
P.,19R4:H9),
eeo
dentro
do
c ri.a
cao
a
era
ganhando
lingua
portu-
"brasileiriza<;ao"
normatizado
quer
porque
da
sociedade
com movimentos
culturais
Romantismo
decisivamente
pelos
conc
('l'EYSSIER,
era conotada
fen6meno
aspec-tos
si cao , que
acerbos"
0
esta
s~:; caminharia
po
diferen9a.
(~ reconhecido
Br
nivel.
diferenciada,
certos
no
0
que nao quer
autonomia
a
Esta
contribuiu
difundidos
Po r t u-:
1 Lnqua
pode
0
br as i, leiro
assim
sua
da
cornpreender
po rt.uq
ue sa
din8mica
a
sobre
so
que
considerar
nomeadamente,
que
0
sendo
linguistico
gradualmente,
brasilei_ra quer porque
dos
deno~a
a pe cu Li.a r i.z a cao
amp I i tude
"ri.qo rist.as
do
tamb6m
por uma s~rie de pecu-
debru~ado
t&m
essetn que
so
a
com
que
ref l.e xao ,
europeus,
melhor
5e
original.
ou
defensores
Foi este
no s s a
diolectos
acornpanhada
porque
podem
~ norma europej.a, ou mais exactamen-
moviment.o .i n(h:[Jr~ndcnt
i sta
intelectuais
en t ao
circunst~n-
distancia96es
a
iit e i s
our ope i a ,
oficials.
s
paralelismos
ex is t.e uma no rma pr6pr ia -
pa rc i a l.me
n+ e
a
que
das
caracteriza-se
cons i der am que
no Brasil,
que
0
co l oca+s e
mod Lf i.cacoe
apresentar
apesar
e l eme nto s
relativamente
que s a
ao padrao
pelo menos em algumas
par
rclativamentc
brasileiro
relativamente
em Moc;ambique?
Brasil,
situac;.3omoc;ambicana,
existem,
M09ambiquc
urn caso em que a norma-padrao
psrante
cias, a uso do Portugu@s
Os
pessoais
em
essas
que
0
adoptada nao pode orientar,
te,
pronomes
portuguesa
au desvios
de s t.ri.noar
sj.gnificar. Estar-se-~
o
dos
tileita e ofieiosamente (6),
adoptado
eur opeu
a
f unc i.on amerit.o
ni.o do
domI
do desconhecJ-
(clfticos).
Sendo
)
urn rebuc;ado" a partir
puristas.
e
para
Modernismo.
0
a
~Algumas
e li.rui.na
cao
inova96es
~TI
par
e l o
(polo
.i nt r-odu z i da s
Modernismo)
aco Lhi.da s pe La
e Las
Lf.nqua r
con s ti.t.uern
a .__l2.S?J~~~~
__
~:~rq§jJ~~_~:E~_!~.:(!li.!!~9:
(por
~
colocar
as
ser50
encontradas
m i n i.ma
se
e
suficientemente
gu&s
coris t itu.i
no Brasil
nacionalistas.
I
ter
a
Disto
facilitando-se,
uso
lingua
se
pode
da
disforica.
modelo,
(CINfI'HA,
L.
valores
do Portu-
europeu
para
P. ,1984:90-91).
da
lingua
uma
portuguesa
assim,
Oeste
1inguisticas
que
a
destas
aceita9~0
modo,
no
rc La cfi o
imp8s-se
Brasi.L,
pela
tipo
ana logo
Algo
nilo
oco r r om
que
ao s
lam
se
novo
urn
em
uma conot aoao
n21 ~TeneraU dado ,
e+ Lhe s ,
( pa s s ar
"prestigia9fio"
como
norma,
como
ideal
de i xa r
por
transparecer,
no
linguistico ..•"
outra,
~~
que
5e
fa 1ar
bem
c2r~cterfsticas
Ihc
apontem.
Po rt.uque s , como
sentido
da escolariza9~o,
de saber
leituras,
literarias
elevac1as,
normatacitamen.te
posse
etc.
falante
Mo~ambique,
valores
urn
ma i or
implicitam
qUE~
gran
basicamentc
- , como posse
etc.,
conoi.de.r
ada
sujeito
de
aprendido
est a
se u
utentes,
a
em
do
Seus
que
Ora,
decurso
dos
rel.ativos ~s caracteristicas
cul.tura - no
90es
Portugu~s
que
('T~'''i\
('
si.mboLico
como
a s s i.m
brasileira
('l'EYSSIEH,
norma
esta
,
e
mo<;ambicanos da lingua portuguesa
sent:ido
prestigio
ao pad rao europeu que (',.
"...como
deseja
entre
falantes
Os
ainda
par
ern.
r-e s e r va+s
confcrem
au
do
po rt uque sa
cons t.at a r
Mo~?ambique ;
uso,
uma variante
inov2I95es
de
de
a partir de certa al.tura, a valores
das
linguistica.
chama r
Li.be r dado
a
accnt.uado.
decorreu
comunidade
podemos
br asi.Lei.r a ). No resto,
transforma~50
ligada,
prestigio)
operando,
bem
ha
que
0
transiq5es
e s pe c Lfi ca "
que
esteve
moda
diversa
r uma norma
Constata-se
as
dc~Linitiv(]melltE'
e xemp l.o :
brasiJeiro
a ideia de que
imp6e
a
todas
e s t i Lo
uma
a
a t.ono s
pr-onomcs
I o r am
em
de
atrav6s
de habilita-
domfnio
0
vigor,
ou
da
se ja,
a norma europeia.
Para
al.em do
a transforma950
ja
no
que
de
de
nao
amplia9So
novas
2
G7;!.0
bL~
ja
f oi
refer ido
irnIJl1rta
de uma lingua ~ um processo
no rrna
sentido
sobretudo,
a
a
que
s ur qe
ev.i.t.or
0
como urn pon t.o de
a maxi m i zac ar.
de st.aca r que
lento, controlado
r ef e r e nc.i a
dos desvios
- que
ernpo br-ec i.me nt.o da me sma mas, pelo
das
possibilidades
situa96es.
Veja-se
0
comunicativas
caso
de
"Voc6
e
aqe
visa,
con tr ar Lo ,
em
fun<;50
est~s
born?"
I
no
lugar
de
primeira
da
"Tu
vista,
lingua
vista
uso
f acam
cerceia
as
a
uma
re1a<;50 ao alocutario
de aproxima9ao
c;oes
nao
que
se
do
em
uma
nova
a
certa
lingua
modo, n50
tes.
sob
forma
podcria
Assim,
a
anc i.amerrt.o
0 pri me i ro diz
do
locutor
(7).
com novas
d i t.a
s
fr.3sica
novas
svi.o
vocabuIo s ou man i.f e s t ar
os
a
no
homem
comunica-
r ene scen ti.sta s
surgimento
aspectos,
rnundo ,
as necessidades
sofreu
em
de
caracterizada
II
f or cou "
i coe s po rque , de
cond
portuguesa
dos
outro
seus
inova96es
uten-
quer
a
oriqina:rias
Lf riqua s
exo t.Lca s ) quer
(desaparecimento
d e-rases
f
0 de
realidades,
lexical
das
significa-
a lingua portuguesa,
Ldei as
do
em
uma rela9ao
SAo estas
implicaram
e st ar
satisfazer
lingua
de
0
pr onome s
dois
faz subentender
todos
de
entre
~s novas exigencias
que
adapt.ar···se21S
a
[ala,
novos
d i.f usao
XV-XVI),
realidade
par uma
se
f aLant.es
incorporar
tiva s , Um e xemp lo ~ a
os
conta na f rase em causa
para responder
(s6c.
ra
nao
sob 0 pont.o
confusAo
ernbo
tipo se, por exemplo,
a
novas estruturas
Po.rtuqa I
d i st
cornunicativas
frase,
uma
que
com
can tacto dos
v ir ob.r iqada
da
a
que,
agramaticalidade
os interlocutores.
s e tern
em r esu It.ado
a
que,
e 0 segundo
entre
n50 ser~ do mcsmo
de
0 sentido
el.acao de
r
est.a bom?"
potencialidades
v i.s
t.o
.r-efercmcia El pe ssoa
r espei to
"Voce
evidencia-se
tn
de
e
ou
Apesar
t.o t aI idade,
pragmatico,
voce
de
bom> "
portuguesa.
pre judi.car , na
de
os t as
'J
.ongas
de
a
nivel
marcas
.,
~
s01rpcarregaaas
e st.rutu ra czto
da
arcaj.zantes,
de subordinadas
cultivo
que conferem
a lingua uma nova complexi.dade e maleabilidade).
Cremos
indicios
que
de
referidos
no
ecnda
urn
empr
no
fen6menos
pr oq rama
anterior.
de
Lnve
amplitude
para a compatibiliza950
que a lingua portuguesa
falado
linguisticos
paragrafo
conven i ent.emcnt.e a
passo
Portugu&s
em
do s
tipo
do
Urge,
st.i qacao
Moc;ambique
clos que
contudo,
para
.,
:J<l
se
que
h6.
s50
S(~
d irne
n si.oria r
me srno s . Seri<.l 0
primeiro
da norma com as transforma<;5es
vem sofrendo
em Mo<;ambique.
NOTAS
(1)
extra:fdos ;de
Da do s
!:~!:,.1.~,.:2_,
..~~~S!'5:E~£I..:Ci:2~~.?'
MINED/EM~). 1~'B6.
vol. 1. 2a ed. revista e actualizada,
a spe c t.o , aponta
l\cerca deste
(2)
tain
aspects
difficult
to
of
the
learn.
In
e ven t.ua I Ly master
will
language.
There
appears
learning
and
to
be
t he
some
rules.
to be programmed
they become
said
t.o
of
rules
about
the
cer-
be
more
wcll-motj,vated
difference
of
t a rqo t.
thE-~
kind
learning
learner
pr cnunci a+i.on ,
his
(... ) Articulatory
between
the
of
the
formation
processes
do
seem
less fixed r ou t Lne s r once learned
in more or
firmly
a
•••
If
appear
grammatical
of pronunciation. and
speaking
l.anquaqe
end
cannot. be
'l'hesame
CORDf.m (1973:133):
target
the
p.46.
established
and rosjsLant
to modification
or e xt.ens ion ;"
(3) Chamamos
a atenq§o
presentes
neste
para
trabalho
das nossas constdera95es.
exausti vas
tal
urn trabalho
como
servirem
de
dos e jar
pr l nc i pal
f
os sc
caso
':1
desvios
de
como
apenas
Par isso, nao merecerao
seria
t.ema
cujo
facto de os exemplos
0
pr ova
cxpJiciJ<;i5es
tr
S(.:
a nri Li s e
a ta s s e
de
de
de~'l}io;.:;
em tanto que tal.
(4)
As
dua s
r ases
devem
defenda
que
f
t r aduz i r+s.e
po
r
dado
"Po i+-me
urn
r ebucado " .
(5)
quem
Ba
ja
f
ma rca
uma
requdnc i a do
de
urn
quer
[eito
de
que
uma
Dizemos
que
0
forma
~~
u so
do
locacao
s
c Lf t i.co coris
do
mocamb i cano
consta,
nao
A
prop6si to
por
isso,
e st udo
s
c lf
. mai.s
t i.cos
arbitraria;
d ev .i.do
Moqambique
obedece
a
a 1La
t.rat.a+s e
a profundado
em
a
ti c u i
certas
por quo
n50
(:
normas
das do padr§o europeu.
oficiosamente
a adoP9ao ofi~ia]
(7)
Po r t.uque
rnerecedor de
se bem que diferentes
(6)
co
"mau u so " do r e f eri.do pr onomo . lUii:l.~;r
assunto
parecer
do
a
e
existe
nao
merecedor
de
po rque ,
nenhurn document.o que
do padrao europeu
dest.e ponto
oficialment:e
I
que
oo
forma 1ize
em M09ambique.
e
mui to
urn estudo
Ln t e.ressan t;e
mais
er
aprofundado,
acrescent.ar
deve+ae
fa 1ante,
cermore
rqc+;
das
as
conhece,
the
duas
que
0
da s
as duas
ou
0
sujeito
quest5es.
tormas,
referidas
comunicati.vo-linguJsticas
falado
que
s&o subjacentes?
f o.rmas
num
ver i fi ca r ,
mesmo
t.u e vodL 0 uso alterna-
algumas
1evanta
que Ihes
uso
0
comurn
pressupor
usa arbitrariamente
e,
muito
da s formas
faz
farmas
valores
ce as
:isto
ion.
usa alternado
0
do
falante
r ne r
e
que
isto
Ou ser~
obe de ce
Ser~
&,
0
que
0
desconhe-
contr~rio,
a outras
pr opr i as
socia is,
falante
do
causas
Por t.uque s
em M09ambique?
tion
seem
rncd
BIBJ,lOGRAFIA
CONSULTADA
tion
COHDER, S. ·1'1'1'. 1.In 3.
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Penquin
Books.
vio s
rov<J
de
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GON«;ALVES
P.
I
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de
"0
1986.
em
Port.uque s
Con s t r-ucoe s
de
em Mo<;ambique -Ana l i se
Subordina<;ao",
~~ma_ni
nQ 1:J1-23.
um
MA'J'EUS,
t<1.H. Cvl.
et
Coimbra:
SA.
al.
J 983.
Gramzit.Lc a da _Lingua Portugu~'-
Almedina.
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MINED/Ef'.1S.
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e actualizada .

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