Anatomia do membro inferior - Counter

Transcrição

Anatomia do membro inferior - Counter
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Reabilitação 2008/2009
Anatomia
do
membro inferior
2007/2008
-1-
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Osteologia
Osso coxal
 osso chato
 constituído por 3 porções: ílion, púbis e ísquion.
 a superfície lateral tem uma superfície articular profunda – acetábulo – que articula com a
cabeça do fémur.
 acima do acetábulo encontra-se o ílion, que é constituído pelo corpo e pela asa.
 em posição ântero-inferior ao acetábulo encontra-se o foramen obturador.
 à frente do foramen obturador encontra-se o púbis e atrás o ísquion.
 o púbis é formado pelo corpo, ramo superior e ramo inferior.
 o ísquion é formado pelo corpo e ramo.
 a união do ramo inferior do púbis com o ramo do ísquion constitui o ramo ísquio-púbico.
 apresenta um contorno irregularmente quadrilátero pelo que se podem descrever duas faces e
quatro bordos.
 face externa:
 apresenta na sua porção média o acetábulo.
 é circunscrito por um rebordo circular – limbo do acetábulo – que apresenta a
incisura acetabular entre o ísquion e o púbis.
 tem uma porção não articular – fossa acetabular – que constitui o fundo da
cavidade acetabular.
 tem uma porção articular – superfície lunata – periférica, em forma de
crescente.
 acima do acetábulo encontra-se a superfície gluteal (fossa ilíaca externa)
 é dividida pelas 3 linhas gluteas em 4 áreas:
 atrás da linha posterior, a região superior rugosa dá inserção ao grande
glúteo, a região inferior lisa dá inserção a parte do ligamento sacrotuberoso e
piriforme.
 entre as linhas posterior e anterior, abaixo da crista ilíaca, insere-se o
glúteo médio
 entre as linhas anterior e inferior insere-se o pequeno glúteo
-2-
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 abaixo da linha inferior, onde há muitos foramina vasculares
 abaixo do acetábulo encontra-se o foramen obturador
 é circunscrito acima pelo acetábulo, à frente pelo púbis e atrás pelo ísquion.
 apresenta dois bordos, que se unem na parte inferior, afastando-se na parte
superior, constituindo o sulco obturador (goteira infrapúbica), por onde passam, os
nervos e os vasos obturadores.
 encontra-se preenchido pela membrana obturadora
 face interna:
 dividida em duas partes por uma crista dirigida obliquamente para baixo e para a
frente – linha arqueada.
 por cima desta linha encontra-se a fossa ilíaca (fossa ilíaca interna) onde se insere o
músculo ilíaco.
 por baixo e por trás encontra-se, de cima para baixo, a tuberosidade ilíaca, a faceta
auricular, uma superfície plana e quadrilátera (correspondente ao acetábulo) e o foramen
obturador.
 bordo anterior
 este bordo, muito acidentado, apresenta, de cima para baixo, a espinha ilíaca ânterosuperior, a incisura fémuro-cutânea, a espinha ilíaca ântero-inferior, a incisura do psoas-ilíaco, a
eminência ilio-púbica, a linha pectínea e o tubérculo púbico.
 bordo posterior
 apresenta, de cima para baixo, a espinha ilíaca póstero-superior, a incisura
inominada, a espinha ilíaca póstero-inferior, a grande incisura ciática, a espinha isquiática e a
pequena incisura ciática.
 bordo superior
 também conhecido por crista ilíaca, tem a forma de S dando inserção aos músculos do
abdómen
 a crista ilíaca apresenta um lábio externo, um lábio interno e uma área intermédia.
 apresenta também do lado externo um tubérculo.
 bordo inferior
 é constituído pelo ramo inferior do púbis e pelo ramo do ísquion.
-3-
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 em cima apresenta a superfície sinfisial que se articula com a faceta do lado oposto
para constituir a sínfise púbica.
Fémur
 osso longo
 par
 grande eixo dirige-se obliquamente para baixo e para dentro
 articula com o osso coxal, tíbia e patela
 tem um corpo e duas extremidades:
 corpo - forma de prisma triangular com 3 faces e 3 bordos:
 a face anterior da inserção aos músculos vasto intermédio e genu articularis
 a face póstero-lateral dá inserção ao músculo vasto intermédio
 a face póstero-medial não apresenta inserções musculares
 os bordos medial e lateral são arredondados
 o bordo posterior, também conhecido por linha áspera (linea aspera), é muito espesso e
dá inserção:
 ao vasto medial no lábio medial
-4-
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 ao vasto lateral no seu lábio lateral
 aos adutores magno, longo e curto e à curta porção do bicípete femural no seu
interstício
 em baixo a linha áspera bifurca-se para dar dois ramos que alcançam os côndilos. Estes
dois ramos delimitam um espaço triangular de base inferior – triângulo popliteu.
 em cima a linha áspera trifurca-se, dando origem a 3 ramos:
 um lateral, ou tuberosidade gluteal, que termina no grande trocânter e dá
inserção ao grande glúteo
 um médio, ou linha pectínea, que alcança o pequeno trocânter e dá inserção
ao músculo pectíneo
 um interno, ou crista do vasto medial, que passa por baixo do pequeno
trocânter, alcança a face anterior do corpo do osso onde toma o nome de linha
intertrocanteriana. Dá inserção ao vasto medial.
 o foramen nutritivo principal deste osso encontra-se ao nível da linha áspera
 extremidade superior
 compreende a cabeça do fémur, o grande trocânter e o pequeno trocânter.
 entre a cabeça e os trocânteres encontra-se o colo anatómico e, entre o corpo e a
extremidade superior do fémur, o colo cirúrgico.
 a cabeça representa 2/3 de uma esfera, encontrando-se abaixo e atrás do seu centro
uma depressão – a fóvea para o ligamento da cabeça do fémur.
 o grande trocânter encontra-se para fora do colo e dá inserção aos músculos: glúteo
médio, obturadores interno e externo, gémeos superior e inferior, piriforme, vasto lateral e
pequeno glúteo.
 o pequeno trocânter situa-se na porção posterior e inferior do colo e dá inserção ao
músculo iliopsoas.
 o colo anatómico situa-se entre a cabeça e os trocânteres, dirige-se obliquamente para
baixo e para fora. O seu eixo forma, com o grande eixo do corpo do fémur um ângulo de 130º.
 extremidade inferior
 apresenta adiante uma superfície articular para a patela – superfície patelar.
 a face posterior apresenta os côndilos femurais (medial e lateral), separados pela fossa
intercondilar.
 a face medial do côndilo medial apresenta o epicôndilo medial e a face lateral do
côndilo lateral apresenta o epicôndilo lateral
Patela
 apresenta duas faces, dois bordos, uma base e um vértice.
 a face anterior apresenta estrias verticais paralelas e numerosos orifícios vasculares
 a face posterior apresenta na união dos seus ¾ superiores com o ¼ inferior uma linha
transversal. A porção superior articula com a tróclea femural e encontra-se dividida por uma crista
vertical em duas facetas: a faceta lateral e faceta medial.
 nos bordos inserem-se os músculos vastos e as asas da patela
 a base dá inserção adiante ao músculo quadricipete femural
 o vértice dá inserção ao ligamento patelar
Tíbia
-5-
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 osso longo
 par
 corpo
 forma de prisma triangular:
 a face medial é superficial e encontra-se relacionada com a pele. Na sua porção mais
superior dá inserção aos tendões de três músculos: grácilis, semi-tendinoso e sartório.
 a face lateral dá inserção ao músculo tibial anterior.
 a face posterior apresenta superiormente a linha do solear (saliência óssea) que se
dirige para baixo e para dentro. Da zona media dessa linha desce uma outra crista. Nesta face
encontra-se também o buraco nutritivo do osso.
 Na linha solear insere-se o músculo solear, no lábio superior o popliteo e no
lábio inferior os músculos tibial posterior (na metade lateral) e flexor comum dos
dedos (na metade medial).
 o bordo anterior é também conhecido por crista da tíbia e termina, em cima, na
tuberosidade anterior da tíbia.
 o bordo medial dá inserção a feixes do flexor comum dos dedos.
 o bordo lateral dá inserção ao ligamento interósseo.
 extremidade superior
 é muito volumosa
-6-
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 apresenta duas superfícies articulares – cavidades glenóides de tíbia – uma medial e
outra lateral, que articulam com os côndilos femurais. São suportadas pelos côndilos da tíbia.
 as duas cavidades glenóides estão separadas pela eminência intercondilar, que é
formada ela própria por duas saliências: tubérculos intercondilares lateral e medial.
 atrás e à frente da eminência existem as áreas intercondilares anterior e posterior,
onde se inserem os ligamentos cruzados.
 extremidade inferior
 é muito menos volumosa que a extremidade superior
 tem uma forma cubóide, podendo por isso descrever-se seis faces:
 a face superior continua-se com o corpo do osso.
 a face inferior apresenta uma superfície articular para o talus.
 a face anterior é lisa e relaciona-se com os tendões dos músculos extensores dos dedos.
 a face posterior tem uma saliência que separa dois sulcos onde deslizam os tendões do
flexor do halux, do tibial posterior e longo flexor dos dedos.
 a face lateral tem uma faceta articular para a fíbula.
 a face medial apresenta uma saliência – maléolo tibial.
Fíbula
 osso longo
 par
 situado na porção lateral da perna
 articula com a tíbia e com o talus
 corpo
 forma de prisma triangular
 a face lateral recebe os músculos longo e curto peroneal lateral.
 a face medial está dividida em duas porções pela crista interóssea da fíbula. Na
metade anterior ligam-se músculos da região anterior da perna (longo extensor dos dedos e
extensor do halux) e na metade posterior ligam-se músculos da região posterior da perna (tibial
posterior).
 a face posterior dá inserção ao solear em cima e ao flexor do halux em baixo. O
buraco nutritivo encontra-se na porção media desta face.
 o bordo anterior dá inserção ao septo intermuscular anterior que separa a loca
anterior da loca externa.
 o bordo medial dá inserção ao músculo tibial posterior.
 o bordo lateral dá inserção ao septo intermuscular posterior, que separa a loca lateral
da loca posterior.
 extremidade superior
 também chamada de cabeça da fíbula.
 articula com a tíbia, tem uma faceta articular.
 divide-se em cabeça, colo e apex.
 extremidade inferior
 tem a forma de uma saliência volumosa designada de maléolo lateral.
 a porção medial apresenta uma faceta articular triangular que articula com o talus.
 a porção lateral apresenta um sulco onde se encontram os tendões dos peroneais
laterais.
-7-
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Ossos do pé
Talus
 divide-se em: cabeça, colo, tróclea e processo posterior.
 forma cubóide
 a face superior apresenta uma tróclea, ampla superfície articular para a tíbia, que é
limitada de ambos os lados por bordos que se relacionam com os maléolos.
 a face inferior apresenta 3 facetas articulares para o calcâneo, separadas por uma
ranhura – sulco do talus.
 a face lateral apresenta uma faceta articular para o maléolo peroneal e ainda o
processo lateral.
 a face medial tem uma faceta articular em forma de vírgula para o maléolo tibial.
 a face anterior é constituída pela cabeça do talus que articula com o navicular.
 a face posterior apresenta uma saliência – processo posterior – que tem duas
saliências: os tubérculos medial e lateral.
Calcâneo
 é o osso mais volumoso do tarso
 articula com o talus e com o cubóide
 tem uma forma irregularmente cubóide:
 a face superior apresenta, nos seus 2/3 anteriores, três facetas articulares, duas
anteriores e uma posterior, separadas por uma escavação central – sulco do calcâneo. Atrás destas
facetas articulares a face superior é rugosa, sendo preenchida por tecido adiposo que separa a
articulação talocrural do tendão calcâneano.
 a face inferior é muito rugosa, dando inserção a músculos e ligamentos. Apresenta na
sua porção posterior duas saliências: os processos medial e lateral, que no seu conjunto
constituem a tuberosidade do calcâneo.
 a face lateral apresenta na união do terço anterior com os dois terços posteriores a
tuberosidade lateral do calcâneo ou tróclea peroneal, porque se relaciona com os tendões do
longo e curto peroneais laterais.
 a face medial apresenta uma saliência – sustentáculo tálico – e um sulco relacionado
com os tendões dos músculos flexores.
 a face anterior tem uma faceta articular para o cubóide.
-8-
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 a face posterior é muito rugosa e dá inserção ao tendão calcaneano (de Aquiles).
Navicular
 articula atrás com o talus, à frente com os três cuneiformes e lateralmente com o cubóide.
 medialmente ajuda a constituir o bordo interno do pé.
Cubóide
 articula atrás com o calcâneo, à frente com os 2 últimos metatársicos, medialmente com o
cuneiforme lateral e lateralmente forma o bordo lateral do pé.
 a face inferior tem uma saliência – tuberosidade do cubóide – à frente da qual passa o tendão
do longo peroneal.
Cuneiformes
 têm forma de cunha
 o cuneiforme medial tem uma base inferior e um vértice superior enquanto que os cuneiformes
intermédio e lateral tem a base superior e o vértice inferior.
 articulam atrás com o navicular, à frente com os metatársicos e o lateral articula com o cubóide.
Metatársicos
 são ossos longos
 características gerais:
-9-
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 têm um corpo e duas extremidades
 a extremidade posterior tem facetas articulares e não articulares (superior e inferior)
 a extremidade anterior tem forma arredondada que articula com as falanges proximais.
 o corpo tem forma de prisma triangular com uma ligeira concavidade inferior.
 características particulares:
 o 1º é o mais grosso, mais espesso e mais curto
 o 5º é o mais fino e o mais curto dos restantes.
 o 1º articula com o cuneiforme medial
 o 2º articula com os 3 cuneiformes
 o 3º só articula com o cuneiforme lateral
 o 4º articula com o cuneiforme lateral e com o cubóide
 o 5º articula apenas com o cubóide
Falanges
 todos os dedos têm 3 falanges à excepção do 1º que só tem duas.
 as falanges proximais na extremidade posterior apresentam uma cavidade glenóide que articula
com o côndilo do metatársico correspondente. A extremidade anterior tem uma forma de tróclea.
 as falanges médias têm na extremidade posterior uma cavidade glenóide.
 as falanges distais na extremidade anterior têm a forma de um crescente rugoso que suporta a
unha.
- 10 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Artrologia
Articulação coxo-femural
 enartrose
 superfícies articulares:
 cabeça do fémur
 acetabulo
 superfície lunata (em forma de meia lua) – é esta que articula
 fossa acetabular – esta não articula
 labrum acetabular – aumenta a cavidade acetabular. Insere-se em todo o contorno da
cavidade acetabular, à excepção da incisura isquio-púbica, onde passa como uma ponte formando
o orifício isquio-púbico. Dá-se o nome de ligamento transverso acetabular à porção do labrum
acetabular que se encontra situada sobre a incisura isquio-pubica.
 meios de união:
 capsula articular
 a nível do osso coxal fixa-se no rebordo acetabular e na porção adjacente da
face exterior ou capsular do labrum acetabular. A nível da incisura isquio-púbica insere-se
na face externa do ligamento transverso acetabular.
 a nível do fémur insere-se em volta do colo do osso da seguinte forma: à frente
na crista intertrocanteriana anterior; atrás na face posterior do colo, na união do 1/3
externo com os 2/3 externos; em cima, na linha obliqua que une a linha de inserção
anterior à linha de inserção posterior; e em baixo, no bordo inferior do colo.
 ligamento ílio-femural – fixa-se superiormente na espinha ilíaca ântero-inferior. Daí as
fibras irradiam em leque para se inserirem na linha intertrocanteriana anterior e nos dois
trocanteres. Podem distinguir-se dois feixes.
 ligamento pubo-femural – insere-se na eminência ilio-púbica, na crista pectínea e no
lábio anterior do sulco infrapúbico e dirige-se depois para baixo, para fora e para trás indo inserirse no pequeno trocânter do fémur.
O ligamento pubo-femural e o ligamento ílio-femural formam um conjunto ligamentoso
em forma de N conhecido por ligamento em N de Welcker.
 ligamento ísquio-femural – insere-se no rebordo do labrum acetabular e as sua fibras
vão até à face interna do grande trocânter.
 ligamento redondo – insere-se na fóvea da cabeça do fémur e divide-se em 3 feixes que
se inserem no ligamento transverso acetabular.
- 11 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 sinovial:
 a sinovial da articulação coxo-femural é formada por duas porções distintas: uma
constitui a sinovial propriamente dita e a outra a bainha sinovial do ligamento redondo.
 movimentos:
 flexão, extensão, abdução, adução, rotação e circundução.
Articulação do joelho
 trócleo-bicôndilo-meniscartrose
 superfícies articulares:
 extremidade inferior do fémur
 tróclea anterior com a patela
 côndilos e fossa intercondiliana
 extremidade superior da tíbia
 cavidades glenóides da tíbia
 eminência intercondilar
 áreas intercondilares anterior e posterior
 face posterior da patela
 meniscos interarticulares
 são duas fibrocartilagens interarticulares que não se adaptam a toda a faceta
articular da tíbia.
 não têm a mesma espessura ao longo de toda a superfície.
 têm forma semilunar, mas o menisco lateral tem quase uma forma de O.
 inserem-se nas áreas intercondilares anterior e posterior através de freios
meniscais.
 o menisco lateral abandona um ligamento posterior – ligamento meniscofemural posterior).
 à frente os dois meniscos unem-se por fibras transversais constituindo o
ligamento transverso do joelho.
 meios de união:
 cápsula articular – tem a forma de uma manga.
 inserção femural – faz-se segundo uma linha que percorre, à frente, o contorno
do escavado supratroclear, descendo seguidamente, na face lateral do côndilo lateral e na
- 12 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
face medial do côndilo medial, até alcançar a face posterior dos mesmos. Ao chegar à
fossa intercondilar reflecte-se então na face profunda de cada um dos côndilos,
confundindo-se aí com a extremidade superior dos ligamentos cruzados.
 inserção tibial – faz-se, à frente, sobre a porção mais anterior da área
intercondilar anterior. Daqui, a linha de inserção contorna as duas cavidades glenóides e
chega ao espaço interglenóide, terminando nos ligamentos cruzados.
 ligamento anterior ou ligamento patelar – insere-se no vértice da patela e na
tuberosidade anterior da tíbia. É reforçado por formações aponevróticas dispostas em 3 planos:
 plano profundo – retináculos medial e lateral que se inserem nos bordos
laterais da patela e vão para os côndilos da tíbia e por vezes também para os côndilos do
fémur. Ligamentos menisco-patelares externo e interno.
 plano médio – expansão aponevrótica dos vastos.
 plano superficial – espessamento da aponevrose que envolve a coxa e a perna
que também recebe um espessamento – tracto ilio-tibial.
 bolsa serosa (atrás do ligamento patelar) e também uma bolsa de gordura.
 ligamento lateral interno ou ligamento tibial – insere-se no côndilo medial do fémur
e da tíbia. Tem fibras verticais e obliquas que se inserem no contorno do menisco medial.
 ligamento lateral externo ou ligamento colateral fibular – estende-se desde o côndilo
lateral do fémur até à cabeça da fíbula.
 ligamento posterior – divide-se em duas partes:
 ligamento popliteu obliquo – estende-se desde o côndilo lateral do fémur até
ao ponto em que se continua com o tendão do semimembranoso.
 ligamento popliteu arqueado – insere-se na cabeça da fíbula e na tíbia,
contornando o músculo popliteu.
 ligamentos cruzados:
 anterior – insere-se à frente da eminência intercondiliana (área intercondilar
anterior) e em cima na porção posterior da face medial do côndilo lateral do fémur.
 posterior – insere-se na área intercondilar posterior e em cima na porção
anterior da face lateral do côndilo medial.
- 13 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 sinovial:
 começa no contorno da tróclea, reveste a face anterior do fémur (acima da tróclea),
reflecte-se para a frente revestindo por dentro a cápsula (mas não a patela). A nível do bordo
inferior da patela volta a revestir a cápsula até ao menisco onde se insere no contorno lateral.
 a sinovial inferior é muito pequena.
 atrás segue a cápsula e insere-se logo acima dos côndilos femurais.
 a nível dos ligamentos cruzados, na fossa intercondiliana, a sinovial acompanha a
cápsula, passando à frente dos ligamentos cruzados e reveste-os.
 movimentos:
 flexão, extensão, rotação (muito pouca)
Articulação entre fibula e tíbia
Articulação tibio-fibular superior
 artrodia
 superfícies articulares
 cabeça da fíbula
 côndilo lateral da tíbia (faceta em posição postero-lateral)
 meios de união
 cápsula articular – extremamente fina, à frente e em cima.
 ligamento tibio-fibular anterior – muito resistente, situa-se à frente da articulação e
insere-se na cabeça da fíbula e na porção anterior da tuberosidade lateral da tíbia.
 ligamento tibio-fibular posterior – situa-se atrás da articulação e insere-se na cabeça da
fíbula e na porção posterior da tuberosidade lateral da tíbia.
 sinovial
 encontra-se a cobrir a superfície interior da cápsula, podendo, em raros casos,
comunicar com a articulação do joelho.
- 14 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Articulação tibio-fibular inferior
 artrodia
 superfícies articulares:
 faceta triangular na face lateral da extremidade inferior da tíbia
 faceta semelhante na face medial do maléolo lateral da fíbula
 meios de união:
 é desprovida de cápsula
 ligamento interósseo – une as duas superfícies articulares, estando situado na parte
superior da articulação e podendo ser considerado como um prolongamento da membrana
interóssea.
 ligamento anterior
 ligamento posterior
 sinovial:
 é considerada como um prolongamento da sinovial da articulação tibio-társica.
Membrana interóssea
É uma membrana fibrosa que une os dois ossos da perna.
Insere-se no bordo lateral da tíbia e na crista interóssea que se encontra na face medial da
fíbula.
Tem um orifício superior onde passa a artéria tibial anterior e um orifício inferior onde
passa um ramo da artéria peroneal.
- 15 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Articulações do pé
Articulação talo-crural (tibio-társica)
 trocleartrose
 superfícies articulares:
 tróclea do talus que se prolonga lateralmente por duas facetas localizadas nas faces
medial e lateral.
- 16 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 extremidades inferiores da tíbia e da fíbula.
 meios de união
 cápsula articular – envolve toda a articulação.
 ligamento lateral externo – tem 3 tipos de feixes que se dirigem da fibula até:
 porção antero-lateral do talus – ligamento talofibular anterior
 face posterior do talus – ligamento talofibular posterior
 face externa do calcâneo – ligamento calcaneo-fibular
 ligamento lateral interno – também se pode chamar de ligamento deltóide. É mais
amplo que o externo. Tem 4 feixes:
 tibio-talar posterior
 tibio-talar anterior
 tibio-calcaneano (insere-se a nível do sustentáculo tálico)
 tibio-navicular
Articulação subtalar
 superfícies articulares
- 17 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 3 facetas do calcâneo
 3 facetas do talus
 meios de união:
 ligamento talo-calcaneano interósseo – preenche o seio do tarso
 ligamento talo-calcaneano lateral – liga as faces laterais do talus e calcâneo
 ligamento talo-calcaneano posterior – desde a face posterior do talus à face superior
do calcâneo
 ligamento talo-calcaneano medial – desde a face medial do talus até ao bordo
posterior do sustentáculo tálico
 ligamento talo-calcaneano anterior – desde o colo do talus à face superior do calcâneo
Articulação pró-mesotársica
 é constituída por duas articulações:
 entre o calcâneo, o talus e o navicular
 entre o calcâneo e o cubóide
 articulação talo-calcâneo-navicular
 ligamento entre o talus e o navicular – ligamento talo-navicular dorsal
 ligamento calcaneo-navicular plantar
 articulação calcâneo-cuboideia
 ligamento calcâneo-cuboideu dorsal
 ligamento em Y (também é dorsal) – do calcâneo divide-se em 2 feixes: um para o
navicular e outro para o cubóide
 ligamento plantar longo – vai desde o calcâneo até à extremidade posterior dos
metatársicos, mas também se insere no cubóide
 ligamento calcâneo-cuboide plantar
Articulações mesotársicas
 são todas artrodias
 superfícies articulares:
 entre o navicular e o cubóide
 entre o navicular e os cuneiformes
 entre o cubóide e o cuneiforme lateral
 meios de união:
 todas têm ligamentos plantares e dorsais
 pode haver um ligamento interósseo entre eles
Articulações tarso-mesotársicas
 são artrodias
 superfícies articulares:
 cuneiforme medial – 1º e 2º metatársicos
 cuneiforme intermédio – 2º metatársico
 cuneiforme lateral – 2º, 3º e 4º metatársicos
 cubóide – 4º e 5º metatársicos
- 18 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 meios de união:
 ligamentos interósseos, dorsais e plantares
Articulações intermetatársicas
 são artrodias
 superfícies articulares:
 as extremidades posteriores dos metatársicos articulam com os ossos do mesotarso e
também lateralmente entre si.
 meios de união:
 ligamentos interósseos, dorsais e plantares
Articulações metatarso-falangicas
 condilartroses
 superfícies articulares:
 extremidade anterior do metatarso é um côndilo
 extremidade posterior da falange é uma cavidade glenóide
 meios de união:
 dois ligamentos laterais (um de cada lado)
 ligamento transverso metatársico profundo
Articulações interfalângicas
 trocleartroses
 meios de união:
 ligamentos colaterais medial e lateral
- 19 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Miologia
Músculos da anca
 músculo glúteo máximo
 é o mais superficial dos glúteos
 inserções:
 superior:
 linha glútea posterior e a área rugosa do osso, incluindo a crista, para
trás e para cima dessa linha
 aponevrose do erector da espinha
 face dorsal da parte inferior do sacro e coccix
 ligamento sacro-tuberoso e fáscia que cobre o glúteo médio
 inferior:
 plano superficial – confunde-se com o tensor da fáscia lata
 plano profundo – ramo lateral da trifurcação superior da linha áspera
(tuberosidade glútea) e lábio externo da linha áspera
 movimentos:
 extensão e rotação lateral da coxa
 pode ser adutor pelos seus feixes inferiores
 pode ser abdutor pelos seus feixes superiores
 vascularização:
 glútea inferior, glútea superior, ramos dorsais das sagradas laterais, ramos da circunflexa femural lateral e ramos da
pudenda interna
 inervação:
 nervo glúteo inferior (L5, S1 e S2)
 músculo médio glúteo
 inserções:
 ¾ anteriores do lábio externo da crista ilíaca, espinha ilíaca ântero-superior e
superfície glútea (entre as linhas glúteas anterior e posterior)
 face externa do grande trocânter
 movimentos:
 abdução da coxa (feixes anteriores e médios)
 rotação medial da coxa (feixes anteriores)
- 20 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 rotação lateral da coxa (feixes posteriores)
 vascularização:
 glútea superior, ramos da glútea inferior, pudenda interna, ramos da circunflexa femural lateral
 inervação:
 nervo glúteo superior (L4, L5 e S1)
 músculo glúteo mínimo
 inserções:
 porção anterior da crista ilíaca e na superfície glútea (à frente da linha glútea
anterior)
 bordo anterior do grande trocânter
 movimentos:
 abdução da coxa
 rotação medial da coxa (feixes anteriores)
 rotação lateral da coxa (feixes posteriores)
 vascularização:
 glútea superior, ramos da glútea inferior, pudenda interna, ramos da
circunflexa femural lateral
 inervação:
 nervo glúteo superior (L4, L5 e S1)
 músculo piriforme
 inserções:
 face anterior das 2ª, 3ª e 4ª vértebras sagradas
 dirige-se para fora, saem da escavação pélvica pelo foramen grande ciático e insere-se na porção média do bordo superior
do grande trocânter
 movimentos:
 adução
 rotação lateral da coxa
 vascularização:
 glútea inferior, glútea superior, pudenda interna, sagrada lateral
circunflexa femural lateral e medial
 inervação:
 ramos de L5, S1 e S2
- 21 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 músculo obturador interno
 inserções:
 face interna da membrana obturadora e contorno do foramen obturador
 passa pela pequena incisura ciática
 face interna do grande trocânter
 movimentos:
 rotação lateral da coxa
 vascularização:
 glutea inferior, glútea superior, pudenda interna, circunflexas femural medial e lateral
 inervação:
 nervo para o obturador interno (L5 e S1)
 músculo obturador externo
 inserções:
 todo o contorno externo do foramen obturador e na fita infrapúbica
 relaciona-se com a face posterior da articulação coxo-femural
 fossa trocanteriana
 movimentos:
 rotação lateral da coxa
 vascularização:
 artéria obturadora, circunflexa femural medial (ramo ascendente)
 inervação:
 ramo posterior do nervo obturador (L3 e L4)
 músculo gémeo superior
 inserções:
 superfície dorsal da espinha isquiática
 fossa trocanteriana
 movimentos:
 rotação lateral da coxa
 vascularização:
 glutea inferior, glutea superior, pudenda interna e circunflexas femural medial e lateral
 inervação:
 nervo para o obturador interno (L5 e S1)
- 22 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 músculo gémeo inferior
 inserções:
 tuberosidade isquiática (parte superior)
 fossa trocanteriana
 movimentos:
 rotação lateral da coxa
 vascularização:
 glutea inferior, glutea superior, pudenda interna e circunflexas femural medial e lateral
 inervação:
 nervo para o quadrado femural (L5 e S1)
 músculo quadrado femural
 situado na porção posterior da articulação coxo-femural
 inserções:
 face externa da tuberosidade isquiática
 crista intertrocanteriana
 movimentos:
 adução
 rotação lateral da coxa
 vascularização:
 pudenda interna, glutea inferior e circunflexas femurais lateral e medial
 inervação:
 nervo para o quadrado femural (L5 e S1)
Músculos da coxa
Região ântero-externa
 sartório
 tensor da fáscia lata
 quadricípete femural
 músculo sartório
 inserções:
- 23 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 espinha ilíaca ântero-superior e na incisura femuro-cutânea
 as suas fibras dirigem-se para baixo, para dentro e para trás
 extremidade superior da tíbia, à frente do côndilo medial (esta inserção é feita
por intermédio de um tendão comum ao semitendinoso e ao gracilis, designando-se este
conjunto por pata de ganso)
 movimentos:
 flexão da perna sobre a coxa
 flexão da coxa
 rotação lateral da coxa
 vascularização:
 artéria femural, safena, ramos directos da genicular descendente,
circunflexas ilíacas superficial e profunda, genicular medial superior e inferior
 inervação:
 nervo femural (L2 e L3)
 músculo tensor da fáscia lata
 inserções:
 lábio externo da crista ilíaca, espinha ilíaca ântero-superior e incisura fémurocutânea
 as suas fibras dirigem-se para baixo e para trás, lançando-se na fáscia femural, ao nível da união do ¼ superior com os ¾
inferiores da coxa, continuando-se depois por uma lâmina aponevrótica, o tracto ilio-tibial, que se vai fixar no tubérculo de Gerdy
do côndilo lateral da tíbia
 movimentos:
 extensão da perna
 abdução da coxa
 rotação medial da coxa
 vascularização:
 gluteas superior e inferior
 inervação:
 nervo glúteo superior (L4, L5 e S1)
- 24 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 músculo quadricípete femural
 constituído por quatro porções:
 recto anterior
 vasto lateral
 vasto medial
 vasto intermédio
 inserções:
 recto anterior – espinha ilíaca ântero-inferior (tendão directo) e porção
superior do rebordo acetabular (tendão reflectido)
 vasto lateral – face externa do grande trocânter e lábio lateral da linha áspera
do fémur
 vasto medial – ramo medial da trifurcação superior da linha áspera e no lábio
medial da linha áspera do fémur
 vasto intermédio – lábio lateral da linha áspera e ¾ superiores das faces
anterior e póstero-lateral do fémur
 os tendões destas quatro porções reúnem-se formando o tendão do
quadricípete, que se insere na base e nos bordos laterais da patela e na tuberosidade tibial
 movimentos:
 extensor da perna
 flexão da coxa (recto anterior
 vascularização:
 recto femural – femural profunda, ramos do ramo descendente da circunflexa
femural lateral e ramos dos vasos da anastomose genicular
 vasto lateral – ramos descendente, transverso e ascendente da circunflexa
femural lateral, genicular lateral superior (ramo da poplitea) e terminações das artérias
perfurantes
 vasto medial – artéria femural, genicular descendente, genicular medial
superior (ramo da poplitea)
- 25 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 vasto intermédio – artéria femural, femural profunda, ramos descendente e
transverso da circunflexa femural lateral e vasos da anastomose genicular
 inervação:
 nervo femural (L2, L3 e L4)
Região medial
 pectíneo
 longo adutor
 curto adutor
 adutor magno
 gracilis
 músculo pectíneo
 inserções:
 pecten púbis, desde o tubérculo púbico até à eminência ílio-pectínea
 ramo médio da trifurcação superior da linha áspera (crista do pectíneo)
 movimentos:
 adução da coxa
 flexão da coxa
 rotação lateral da coxa
 vascularização:
 obturadora, circunflexa femural medial, 1º ramo perfurante da
femural profunda, pudenda externa profunda e femural
 inervação:
 nervo femural (L2 e L3) e acessoriamente o nervo obturador (L3)
 músculo longo adutor
 é o mais superficial dos 3 adutores
 forma triangular
- 26 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 inserções:
 corpo do púbis, entre o tubérculo púbico e a sínfise púbica
 porção média do lábio medial da linha áspera
 movimentos:
 adução da coxa
 rotação lateral da coxa
 flexão da coxa
 vascularização:
 femural, ramos da femural profunda (por vezes podem ser os 1º a 3º ramos
perfurantes), circunflexa femural medial e obturadora
 inervação:
 ramo anterior do nervo obturador (L2, L3 e L4)
 músculo curto adutor
 inserções:
 face anterior do corpo do púbis
 2 feixes:
 superior – para fora do ramo médio da trifurcação superior da linha
áspera
 inferior – porção superior do interstício da linha áspera
 movimentos:
 adução da coxa
 rotação lateral da coxa
 flexão da coxa
 vascularização:
 femural, ramos da profunda femural (por vezes podem ser os 1º a 3º ramos perfurantes), circunflexa femural medial e
obturadora
 inervação:
 nervo obturador (L2 e L3)
 músculo adutor magno
 inserções:
 tuberosidade isquiática e ramo ísquio-púbico
 3 feixes:
 superior – porção superior do lábio externo da linha áspera e no ramo
lateral da trifurcação superior da linha áspera
 médio – ¾ inferiores do lábio lateral da linha áspera
 inferior – parte superior do côndilo medial do fémur
 movimentos:
 adução da coxa
 rotação lateral da coxa
 vascularização:
 femural, profunda femural (ramos directos e todos os perfurantes)circunflexa femural medial e obturadora
 inervação:
 nervo obturador e divisão tibial do nervo ciático (L2, L3 e L4)
- 27 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 músculo gracilis
 inserções:
 corpo e ramo inferior do púbis
 extremidade superior da tíbia, à frente do côndilo medial, por intermédio de
um tendão comum com o sartório e semi tendinoso (pata de ganso)
 movimentos:
 flexão da perna
 adução da perna
 vascularização:
 obturadora, circunflexa femural medial, genicular descendente, genicular medial superior e inferior e femural
 inervação:
 nervo obturador (L2 e L3)
Região posterior
 bicípete femural
 semitendinoso
 semimembranoso
 músculo bicípete femural
 2 feixes de inserção superior:
 longa porção
 insere-se na tuberosidade isquiática por um tendão comum com o
semitendinoso
 curta porção
 insere-se no interstício da linha áspera e no ramo lateral da bifurcação
inferior da linha áspera
 inserção inferior:
- 28 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 as duas porções do bícipete femural dirigem-se para baixo e para fora,
dando origem a um tendão comum que se insere na cabeça da fíbula, e por
alguns feixes no côndilo lateral da tíbia
 movimentos
 flexão da perna sobre a coxa
 rotação externa
 vascularização:
 longa porção – obturadora, glutea inferior e circunflexas femurais lateral e
medial
 curta porção e parte central – 1º a 4º ramos perfurantes da femural profunda
e ramos musculares superiores da poplitea
 inserção distal – genicular lateral superior e inferior e circunflexa fibular
 inervação:
 nervo ciático (L5, S1 e S2), a longa porção através da sua divisão tibial
e a curta porção pela divisão fibular
 músculo semitendinoso
 inserções:
 superior
 na tuberosidade isquiática, por um tendão comum com o bicipete
femural
 inferior
 extremidade superior da tíbia, à frente do côndilo medial, por meio de
um tendão comum com o sartório e o gracilis – pé de pato
 movimentos:
 flexão da perna sobre a coxa
 rotação medial
 vascularização:
 obturadora, glutea inferior, circunflexa femural anterior e posterior, 1º
a 4º ramos perfurantes da femural profunda, ramos musculares superiores da
poplitea e genicular medial inferior
 inervação:
 nervo ciático (L5, S1 e S2) através da sua divisão tibial
 músculo semimembranoso
 inserções:
 superior
 tuberosidade isquiática
 dirige-se para baixo e passa atrás do côndilo medial do fémur
 inferior – trifurca-se:
 tendão directo – parte posterior do côndilo medial da tíbia
 tendão reflectido – contorna a face medial do côndilo medial da tíbia,
indo inserir-se na porção anterior do côndilo medial da tíbia
 tendão recorrente ou ligamento popliteu obliquo – insere-se na face
medial do côndilo lateral do fémur
 movimentos:
 flexão da perna sobre a coxa
 rotação medial
 vascularização:
 obturadora, glutea inferior, circunflexas femurais medial e lateral, 1º a
4º ramos perfurantes, ramos musculares superiores da poplitea, genicular medial
- 29 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
superior e inferior e anastomose da genicular medial inferior com as recorrente
tibial anterior e safena
 inervação:
 nervo ciático (L5, S1 e S2) através da sua divisão tibial
Músculos da perna
Região anterior
 tibial anterior
 longo extensor do halux
 longo extensor dos dedos
 peroneal anterior (inconstante)
 músculo tibial anterior
 inserções:
 superior
 extremidade superior da tíbia – tubérculo de Gerdy
 2/3 superiores da face lateral da tíbia
 porção superior e medial do ligamento interósseo
 inferior
 cuneiforme medial
 extremidade posterior do 1º metatársico
 movimentos:
 flexão do pé
- 30 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 rotação medial do pé
 adução do pé
 vascularização:
 numerosos ramos directos da tibial anterior, recorrente tibial anterior,
maleolar medial anterior, dorsal do pé, társica medial, tibial posterior (ramo
maleolar medial e calcaneano)
 inervação:
 nervo fibular profundo (L4 e L5)
 músculo longo extensor do halux
 inserções:
 superior
 1/3 médio da face medial da fíbula
 metade lateral da face anterior do ligamento interósseo
 inferior
 extremidade posterior da falange distal do halux
 movimentos:
 extensão do halux
 ajuda na dorsiflexão do pé
 vascularização:
 ramos directos da tibial anterior, maleolar medial anterior, dorsal do
pé, 1ª metatársica dorsal, dorsal do halux medial e lateral
 inervação:
 nervo fibular profundo (L5)
 músculo longo extensor dos dedos
 inserções:
 superior
- 31 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 côndilo lateral da tíbia
 dois terços superiores da face interna da fíbula
 porção lateral do ligamento interósseo
 inferior
 divide-se em 4 tendões para os 4 últimos dedos. Cada um deles,
quando chegam à articulação metatárso-falângica, divide-se em 3 tendões: um insere-se na
parte posterior da falange média e os outros dois vão inserir-se na parte posterior da
falange distal.
 movimentos:
 extensão dos 4 últimos dedos
 abdução e rotação lateral do pé
 vascularização:
 ramos directos da tibial anterior, maleolar lateral anterior, ramo
társico lateral da dorsal do pé, 2ª a 4ª metatársicas dorsais, digitais dorsais do 2º e
4º dedos
 inervação:
 nervo fibular profundo (L5 e S1)
 músculo peroneal anterior
 inserções:
 superior
 1/3 inferior da face medial da fíbula
 ligamento interósseo
 inferior
 extremidade posterior do 5º metatársico
 movimentos:
 flexão do pé
 rotação lateral do pé
 vascularização:
 ramos directos da tibial anterior, maleolar lateral anterior, társica lateral,
ramos perfurantes da fibular, terminação da arqueada, 4ª metatársica dorsal
 inervação:
 nervo fibular profundo (L5 e S1)
Região lateral da perna
- 32 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 longo peroneal
 curto peroneal
 músculo longo peroneal
 inserções:
 superior
 porção anterior e lateral da cabeça da fíbula
 1/3 superior da face lateral da fíbula
 origina um tendão que passa atrás do maléolo lateral, desliza sobre a face
lateral do calcâneo, atravessa a planta do pé
 inferior
 extremidade posterior do 1º metatársico
 movimentos:
 rotação lateral do pé
 abdução
 extensão do pé
 vascularização:
 genicular lateral inferior, tibial anterior e posterior, recorrente tibial anterior e
posterior, circunflexa fibular, fibular, maleolar lateral anterior, fibular perfurante,
calcaneana lateral, társica lateral, plantar (e seus ramos) e plantar medial
 inervação:
 nervo fibular superficial (L5 e S1)
 músculo curto peroneal
 inserções
 superior
 2/3 inferiores da face lateral da fíbula
 origina um tendão que depois de passar atrás do maléolo lateral,
ocupa a face lateral do calcâneo
 inferior
 extremidade posterior do 5º metatársico
 movimentos:
 rotação lateral do pé
 abdução
 vascularização:
 fibular, ramo perurante da fibular e maleolar lateral anterior,
calcaneana lateral, társica lateral, plantar lateral e seus ramos e terminação da
arqueada
 inervação:
 nervo fibular superficial (L5 e S1)
- 33 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Região posterior superficial
 tricípete sural
 plantar
 músculo tricípete sural
 é formado por 3 partes:
 gastrocnemius medial
 gastrocnemius lateral
 solear – ocupa toda a face posterior da região superior da perna
 inserções:
 superior
 gastrocnemius – no fémur, por cima dos côndilos e um pouco na face
lateral do côndilo lateral e na face medial do côndilo medial
 solear – face posterior da fíbula, cabeça da fíbula, “salta” para a face
posterior da tíbia (crista do solear) formando a arcada do solear, onde passam os
vasos popliteus e o nervo tibial posterior
 unem-se e formam um tendão comum – tendão calcâneano
 inferior
 porção inferior da face posterior do calcâneo
 movimentos:
 extensão do pé
 adução do pé (acessório)
 rotação medial do pé (acessório)
 vascularização:
 gastrocnemius – artéria sural (ramo da poplitea); genicular inferior lateral e
medial; tibial posterior; fibular; artérias maleolares medial posterior, lateral posterior e lateral
anterior; ramos calcaneanos da tibial posterior, plantar lateral
- 34 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 solear – artéria sural (ramo da poplitea); tibial posterior; fibular; artérias
maleolares medial posterior, lateral posterior e lateral anterior; ramos calcaneanos da tibial
posterior e plantar lateral
 inervação:
 nervo tibial (S1 e S2)
 músculo plantar
 inserções:
 superior
 porção mais elevada do côndilo lateral do fémur
 cápsula da articulação do joelho
 tem um pequeníssimo corpo muscular que origina um tendão que acompanha o tendão calcâneano acabando por se
juntar ao seu bordo medial
 vascularização:
 artéria sural, tibial posterior, fibular, artérias maleolares medial
posterior, lateral posterior e lateral anterior; ramos calcaneanos da tibial posterior
e plantar lateral
 inervação:
 nervo tibial (S1 e S2)
Região posterior profunda
 popliteu
 longo flexor do halux
 tibial posterior
 longo flexor dos dedos
 músculo popliteu
 inserções:
 porção posterior e lateral do côndilo lateral do fémur
 para cima da linha do solhar
 movimentos
 flexor da perna
 vascularização:
- 35 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 artéria poplitea (directamente e via artéria sural), genicular inferior
medial e lateral e recorrente tibial posterior
 inervação:
 nervo tibial (L4, L5 e S1)
 músculo longo flexor dos dedos
 inserções:
 superior
 linha oblíqua da tíbia
 1/3 médio da face posterior da tíbia
 constitui um tendão que passa atrás do maléolo medial, na zona do calcâneo
está no meio dos 3 tendões, vai para a planta do pé, cruza o longo flexor do halux e forma 4
tendões
 inferior
 extremidade posterior da falange distal dos 4 últimos dedos
 movimentos:
 flexão dos 4 últimos dedos
 extensão do pé sobre a perna
 vascularização:
 ramos directos da tibial posterior, fibular, rede maleolar medial e suas
tributárias, plantar medial, plantar lateral e arco plantar, metatársicas plantares e
digitais plantares
 inervação:
 nervo tibial (L5, S1 e S2)
 músculo tibial posterior
 inserções:
 superior
 linha obliqua da tíbia
 face posterior da tíbia
 ligamento interósseo
 face medial da fíbula
 forma um tendão que contorna o maléolo medial
 inferior
- 36 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 navicular
 movimentos:
 rotação medial
 adução
 vascularização:
 tibial anterior, tibial posterior, fibular, rede maleolar medial e suas tributárias
e plantar medial
 inervação:
 nervo tibial (L4 e L5)
 músculo longo flexor do halux
 inserções:
 superior
 2/3 inferiores da face posterior da fíbula
 porção inferior do ligamento interósseo
 constitui um tendão que se relaciona com a face medial do calcâneo, alcança a
planta do pé, cruza o tendão do longo flexor dos dedos
 inferior
 extremidade posterior da falange distal do halux
 movimentos:
 flexão do halux
 vascularização:
 tibial posterior, fibular, maleolar medial posterior e anterior, társica
medial, plantar medial, 1ª metatársica plantar e digitais plantares do halux
 inervação:
 nervo tibial (L5, S1 e S2)
- 37 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Músculos do pé
Região dorsal:
 curto extensor dos dedos
 músculo curto extensor dos dedos
 situado no dorso do pé por baixo dos tendões extensores
 inserções:
 porção anterior da face superior do calcâneo
 tem um corpo muscular que rapidamente se divide em 4 feixes musculares,
originando um tendão cada um
 o 1º para a extremidade posterior da falange proximal do halux
 os 2º, 3º e 4º para os tendões do longo extensor dos dedos
 movimentos:
 extensão dos 4 primeiros dedos
 vascularização:
 ramo perfurante da artéria fibular, maleolar lateral anterior, társica
lateral, dorsal do pé, arqueada, 1ª a 3ª metatársicas dorsais e digitais dorsais dos 4
primeiros dedos
 inervação:
 ramo terminal lateral do nervo fibular profundo (L5 e S1)
Região plantar – 3 regiões musculares:
 medial
 abdutor do halux
 curto flexor do halux
 adutor do halux
 lateral
 abdutor do mínimo
 curto flexor do mínimo
 oponente do mínimo
 intermédia
 curto flexor dos dedos
 quadrado plantar
 lombricóides
- 38 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Região plantar medial
 músculo abdutor do halux
 é o mais superficial e o mais comprido
 inserções:
 processo medial da tuberosidade do calcâneo
 vai ao longo do bordo medial do pé
 extremidade posterior da falange proximal
 movimentos:
 abdução do halux
 vascularização:
 rede maleolar medial, plantar lateral, plantar medial 1ª metatársica
plantar e arco plantar
 inervação:
 nervo plantar medial (S1 e S2)
 músculo curto flexor do halux
 encontra-se situado por baixo do abdutor do halux
 inserções:
 face inferior do cubóide e cuneiforme lateral
 divide-se em dois feixes que se inserem na extremidade posterior da falange
proximal do halux (formam um sulco para o longo flexor do halux)
 movimentos:
 flexão do halux
 vascularização:
 plantar medial, 1ª metatársica plantar, plantar lateral e arco plantar
 inervação:
 nervo plantar medial (S1 e S2)
 músculo adutor do halux
- 39 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 tem dois feixes:
 feixe obliquo - inserções
 cubóide, cuneiforme lateral, extremidade posterior dos 2º e 3º
metatársicos
 extremidade posterior da falange proximal do halux
 feixe transversal
 ligamento transverso intermetatársico plantar do s 3 últimos
metatársicos
 extremidade posterior da falange proximal do halux
 movimentos:
 flexão e abdução do halux
 vascularização:
 plantar medial, plantar lateral, arco plantar e 1ª a 4ª metatársicas plantares
 inervação:
 ramo profundo do nervo plantar lateral (S2 e S3)
Região plantar lateral
 músculo abdutor do mínimo
 inserções:
 processo lateral da tuberosidade do calcâneo
 extremidade posterior da falange proximal do 5º dedo
 movimentos:
 flexão e abdução do mínimo
 vascularização:
 plantar medial, plantar lateral, digital plantar para a face lateral do
mínimo, 4ª metatársica plantar, arqueada e társica lateral
 inervação:
 nervo plantar lateral (S1, S2 e S3)
 músculo curto flexor do mínimo
- 40 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 inserções:
 extremidade posterior do 5º metatársico
 extremidade posterior da falange proximal do 5º dedo
 movimentos:
 flexão do mínimo
 vascularização:
 arqueada, társica lateral, plantar lateral e digital plantar para a face
lateral do mínimo
 inervação:
 ramo superficial do nervo plantar lateral (S2 e S3)
 músculo oponente do mínimo
 inserções:
 face inferior do cubóide
 parte média do bordo lateral do 5º metatársico
 movimentos:
 flexão do mínimo
- 41 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Região plantar intermédia
 músculo curto flexor dos dedos
 inserções:
 processo medial da tuberosidade do calcâneo
 origina 4 tendões que se dirigem para os 4 últimos dedos
 cada tendão bifurca-se (vai ser perfurado pelo tendão do longo flexor dos
dedos) e insere-se na extremidade posterior da falange media dos dedos
 movimentos:
 flexão dos 4 últimos dedos
 vascularização:
 plantar lateral, plantar medial, metatársicas plantares e digitais
plantares para os 4 últimos dedos
 inervação:
 nervo plantar medial (S1 e S2)
 músculo quadrado plantar
 inserções:
 processos medial e lateral da tuberosidade do calcâneo
 tendão do longo flexor dos dedos
 movimentos:
 auxiliar do longo flexor dos dedos
 vascularização:
 plantar medial, plantar lateral e arco plantar
 inervação:
 nervo plantar lateral (S1, S2 e S3)
 músculos lombricóides
 feixes musculares situados entre os tendões do longo flexor dos dedos
 são 4
- 42 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 inserem-se nos 2 tendões dos flexores entre os quais estão situados à excepção do
primeiro que não se relaciona com o flexor do halux (só se insere num tendão)
 contornam por dentro a articulação metatárso-falângica e vão fixar-se no tendão do
extensor dos dedos com o qual estão relacionados
 flectem a falange proximal e estendem as outras
 vascularização:
 plantar lateral e arco plantar, metatársicas plantares e digitais dorsais
para os 4 últimos dedos
 inervação:
 nervo plantar medial e ramo profundo do nervo plantar lateral (S2 e S3)
Plano interósseo
 músculos interósseos
 são dois grupos:
 plantares - aproximam os dedos
 dorsais – afastam os dedos
 interósseos plantares
 são 3 músculos
 inserem-se apenas em 1 metatársico no espaço em que se situam
 ocupam apenas metade do espaço intermetatársico
 cada um dirige-se para o dedo que segue o metatársico onde se insere e
terminam na face medial da falange proximal
 interósseos dorsais
 preenchem todo o espaço interósseo
 inserem-se nos dois metatársicos que delimitam esse espaço
 dirigem-se para o dedo correspondente ao metatársico onde a inserção é mais
extensa
 o 1º dirige-se para a face medial da falange proximal do 2º dedo
 os outros 3 dirigem-se para a face lateral das falanges
- 43 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 vascularização:
 plantares – plantar lateral, arco plantar, 2ª a 4ª metatársicas plantares e digitais
dorsais dos últimos 3 dedos
 dorsais – artéria arqueada, társica lateral, társica medial, 1ª a 4ª metatársicas
dorsais e plantares e digitais dorsais dos 4 últimos dedos
 inervação:
 ramo profundo do nervo plantar lateral (S2 e S3) excepto os do 4º espaço
interósseo que são inervados pelo ramo superficial do nervo plantar lateral
- 44 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Bainhas fibrosas e sinoviais dos músculos da perna
Os tendões dos músculos da perna estão envolvidos por membranas fibrosa – retináculos.
Bainhas fibrosas
 retináculo dos extensores
 parte superior – vai de um maléolo ao outro
 parte inferior – insere-se no bordo lateral do calcâneo e bifurca-se:
 uma porção insere-se no maléolo medial
 a outra porção vai para o bordo interno do pé
 retináculo dos flexores
 estende-se do maléolo medial até ao calcâneo
 retináculo peroneal
 vai desde o maléolo lateral até ao calcâneo
 feixe superior
 feixe inferior
- 45 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Bainhas sinoviais
 cada um dos flexores tem uma sinovial.
 os peroneais têm uma que depois se divide
 os extensores têm uma cada um
- 46 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Aponevroses do membro inferior
 fáscia glútea
 envolve a região glútea
 insere-se na crista ilíaca e no ligamento inguinal
 dirige-se para baixo e continua-se pela fáscia que envolve a coxa
 fáscia femural
 tem uma constituição homogénea à excepção do tracto ilio-tibial onde á mais espessa
 quando chega ao joelho é interrompida por uma bursa e depois continua pela perna
 a face profunda emite septos intermusculares (posterior, medial e lateral) que vão
para a linha áspera do fémur e dividem as regiões anterior, antero-medial e posterior
 aponevrose da perna
 também envia septos para a profundidade:
 septo intermuscular anterior – insere-se na fíbula e separa a loca anterior da
loca lateral
 septo intermuscular posterior – também vai para a fíbula e separa a loca
lateral da loca posterior
 septo transverso – vai da tíbia à fíbula e divide a loca posterior em duas
 aponevroses do pé
 plantares
 superficial – emite 2 septos para a profundidade que separam as 3 regiões
musculares da planta do pé
 septo lateral – vai para o 5º metatársico
 septo medial – vai para o 1º metatársico
 profunda – relacionada com o plano dos interósseos
 dorsais
 superficial – reveste os tendões dos extensores
 média – reveste o curto extensor dos dedos
 profunda – mesmo colada aos metatársicos e interósseos dorsais
- 47 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Vascularização
Ramos da artéria ilíaca
interna
 artéria glútea superior
 artéria glútea inferior
 artéria pudenda interna
 artéria obturadora
- 48 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Artéria femural
 origem
 por continuação da artéria ilíaca externa ao nível do anel femural
 trajecto
 desce ao longo da parte ântero-medial da coxa, no triângulo femural, e na face medial
da coxa
 terminação
 ao nível do anel do adutor magno, continuando-se pela artéria poplítea
 relações
 no anel femural
 medialmente
 veia femural
 lateralmente
 ligamento ileo-pectíneo que a separa do nervo femural
 posteriormente
 interstício entre os músculos pectíneo e psoas ilíaco
 anteriormente
 ligamento inguinal
 no triângulo femural
 anteriormente
 pele, fáscia superficial, gânglios inguinais superficiais, fascia lata, fáscia
femural, veia circunflexa ilíaca superficial, ramo femural do nervo genitofemural
 posteriormente
 fáscia femural , tendões do psoas major, pectíneo e longo adutor
 está separada do pectíneo pela veia femural e vasos profundos e do
longo adutor pela veia femural
 proximalmente o nervo para o pectíneo
 lateralmante
 nervo femural
 medialmente
 veia femural (proximalmente)
 no canal adutor
 anteriormente
 pele, fáscias superficial e profunda e músuclo sartório
 o nervo safeno é inicialmente lateral, depois anterior e por fim medial
 posteriormente
 longo adutor e adutor magno
 a veia femural é inicialmente posterior e depois torna-se lateral
 anterolateralmente
 músculo vasto medial e o seu nervo
 ramos colaterais
 artéria epigástrica superficial
 nasce anteriormente da artéria femural
 corre na fáscia abdominal superficial quase até ao umbigo
 vasculariza os gânglios inguinais superficiais, fáscia superficial e pele
 anastomosa com ramos da epigástrica inferior
- 49 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 artéria circunflexa ilíaca superficial
 nasce perto ou juntamente com a epigástrica superficial
 dirige-se para fora e para cima em direcção à espinha ilíaca antero-superior
 vasculariza a pele, fascia superficial, gânglios inguinais superficiais e parede
abdominal para baixo e para fora da artéria anterior
 anastomosa-se com a circunflexa ilíaca profunda, glútea superior e circunflexa
femural lateral
 artéria pudenda externa superficial
 nasce da face medial da femural
 cruza pela frente a veia femural
 vasculariza os genitais externos
 anastomosa com ramos da pudenda interna
 artéria pudenda externa profunda
 passa à frente da veia femural e atrás da veia safena
 anastomosa com ramos da pudenda interna
 ramos musculares
 vascularizam o sartório, vasto medial e adutores
 artéria femural profunda
 artéria genicular descendente
 nasce da artéria femural junto à sua terminação
 origina ramos:
 musculares – para o vasto medial e adutor magno
 safeno – dirige-se à face medial do joelho, passando entre o sartório e
o gracilis, e anastomosa-se com a artéria genicular inferior medial
 articular – dirige-se para o joelho e anastomosa com a genicular
superior lateral, vascularizando o joelho
Artéria femural profunda
 origem
 nasce lateralmente da artéria femural cerca de 4cm abaixo da origem desta
 trajecto
 passa entre os músculos pectíneo e longo adutor, e mais abaixo entre o longo adutor e
o curto adutor e por fim entre o longo adutor e o adutor magno
 terminação
 a nível da união do terço médio com o terço inferior da coxa emitindo a 4ª artéria
perfurante
 ramos colaterais
 artéria circunflexa femural lateral
 divide-se em ramos ascendente, transverso e descendente
 artéria circunflexa femural medial
 divide-se em ramo ascendente e transverso
 ramos musculares
 para os adutores e flexores
 artérias perfurantes
 perfuram o adutor magno e passam para a face posterior da perna
 passam junto à linha áspera
- 50 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 na face posterior constituem arcadas anastomóticas que vascularizam os
músculos posteriores da coxa
Artéria poplítea
 origem
 nasce a nível do anel do adutor magno, continuando a artéria femural
 trajecto
 desce até à fossa intercondilar e depois obliquamente até ao bordo distal do músculo
poplíteo
 terminação
 passando à frente da arcada tendinosa do solear, e continuando-se pela artéria tibial
posterior
 relações
 na região poplítea
 anteriormente – ligamento posterior da articulação do joelho
 posteriormente – gastrocnémius
 medialmente – semimembranoso
 lateralmente – bicípite femural, gastrocnemius e nervo tibial
 postero-lateralmente – veia poplítea
 ramos colaterais
 artéria genicular superior lateral
 artéria genicular superior medial
 artéria genicular inferior lateral
 artéria genicular inferior medial
 ramos musculares para o gastrocnemius
 artéria pequena safena
 acompanha a veia pequena safena
Circulo arterial pré-patelar
 envolve a patela e os côndilos tibiais e femurais
 é formado por artérias provenientes das geniculares superiores e inferiores, genicular
descendente e recorrente tibial anterior
Artéria tibial anterior
 origem
 artéria tibial posterior
 trajecto
 inicialmente está no compartimento posterior, passa através da abertura na parte
proximal do ligamento interósseo para o compartimento anterior, medialmente em relação ao
colo da fíbula. Desce anteriormente à membrana interóssea aproximando-se da tíbia, e
distalmente encontra-se anteriormente a ela.
 terminação
 a nível do bordo inferior do retináculo dos extensores, continuando-se pela artéria
dorsal do pé
 relações
 posteriormente – ligamento interósseo
 medialmente – músuclo tibial anterior
- 51 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 lateralmente – longo extensor dos dedos (proximalmente) e longo extensor do
halux (distalmente)
 anteriormente – tibial anterior e retináculo dos extensores
 ramos colaterais
 artéria recorrente tibial anterior
 artéria recorrente tibial posterior
 vários ramos musculares
 artéria maleolar medial
 artéria maleolar lateral
- 52 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Artéria tibial posterior
 origem
 continuação da artéria poplítea
 trajecto
 desce à frente do trícipete sural e atrás do longo flexor dos dedos, tibial posterior e
longo flexor do halux
 passa por trás do maléolo medial ( entre o tendão do longo flexor dos dedos e longo
flexor do halux)
 terminação
 a nível do goteira medial do calcâneo emitindo as artérias plantares medial e lateral
 relações
 posteriormente – músculo solear
 anteriormente – longo flexor dos dedos e tibial posterior, tíbia e articulação
tíbio-társica
 na goteira medial do calcâneo está entre o tendão do longo flexor dos dedos e longo flexor do halux
 ramos colaterais
 vários ramos musculares
 para o solear, flexores e tíbial posterior
 artéria peroneal
 dirige-se lateralmente, entre os músuclos tibial posterior e longo flexor do
halux
 antes de chegar à extremidade inferior da perna divide-se originando um ramo
posterior e um ramo anterior (este atravessa o ligamento interósseo, passa para a região
anterior da perna e anastomosa com a társica lateral e com a arqueada
Artéria dorsal do pé
 origem
 continuação da artéria tibial anterior
 trajecto
 corre medialmente ao longo do dorso do pé até à extremidade proximal do 1º espaço
intermetatársico passa para a face plantar do pé e se anastomosa com a plantar lateral formando o
arco plantar profundo
 terminação
 passa para a face plantar do pé e se anastomosa com a plantar lateral formando o arco
plantar profundo
 relações
 inferiormente – ossos e articulações do dorso do pé
 superiormente – pele, fáscias e curto extensor do halux (apenas junto à
terminação)
 medialmente – tendão do longo extensor do halux
 lateralmente – tendão do longo extensor dos dedos e ramo terminal medial do nervo peroneal profundo
 ramos colaterais
 artéria társica lateral
 a nível do bordo lateral do pé anstomosa com a artéria arqueada e com um ramo da peroneal
 vasculariza o curto extensor dos dedos e as articulações do tarso
- 53 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 artéria társica medial
 artéria arqueada
 corre sobre a extremidade posterior dos metatársicos
 emite as metatársicas dorsais que por sua vez emitem as digitais dorsais para os
últimos 3 dedos. Cada uma das metatársicas dorsais tem dois ramos perfurantes: um na
extremidade posterior e outro na extremidade anterior
 artéria metatársica dorsal
 emite as digitais dorsais para os 1º e 2º dedos
Artéria plantar medial
 origem
 ramo terminal da tibial posterior
 trajecto
 ao longo do bordo medial do pé
 terminação
 constitui a artéria digital plantar interna do halux
Artéria plantar lateral
 origem
 ramo terminal da tibial posterior
 trajecto
 cruza a planta do pé em direcção ao bordo lateral do pé
 quando chega à zona dos metatársicos muda de direcção, e dirige-se para o 1º espaço
intermetatársico
 terminação
 anastome com a artéria dorsal do pé, constituindo o arco plantar profundo
 ramos colaterais
 metatársicas plantares que por sua vez originam as digitais plantares
- 54 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Drenagem venosa
Veias profundas
 caminham entre os músculos
 acompanham as artérias e assumem o seu nome
 são normalmente duas para cada artéria
 pode haver só uma veia poplítea
 caso particular – veia femural
Veia femural
 origem
 anel do adutor magno
 trajecto
 obliquo para cima e para fora
 terminação
 a nível do anel femural
 relações
 com a artéria femural
 inicialmente está lateralmente em relação à artéria
 cruza a artéria posteriormente e torna-se medial
 ramos aferentes
 veia genicular
 veia femural profunda
 grande veia safena
 veia epigástrica superficial
 veia circunflexa ilíaca superficial
 veia pudenda externa superficial
 veia pudenda externa profunda
Veias superficiais
Veias do pé
 região plantar
 são de muito pequeno calibre mas são inumeras
 formam uma rede na planta do pé – palmilha venosa
 pode haver uma arcada na zona dos metatársicos
 região dorsal
 já têm algum calibre
 formam inumeras anastomoses
 formam uma arcada dorsal côncava para trás que nos bordos do pé se continuam pelas
veias marginais lateral e medial do pé
- 55 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Veias da perna e coxa
Grande veia safena
 origem
 começa pela veia marginal medial do pé, à frente do maléolo medial
 trajecto
 sobe no bordo medial da perna
 quando chega ao joelho desloca-se para trás
 sobe no bordo medial da coxa e começa a tornar-se anterior
 quando chega à raiz da coxa perfura a aponevrose
 terminação
 na veia femural
 ramos aferentes
 veias do dorso do pé, da perna e da coxa
- 56 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Pequena veia safena
 origem
 veia marginal lateral do pé
 trajecto
 passa atrás do maléolo lateral
 sobe posteriormente na perna
 antes de chegar à região poplítea perfura a aponevrose
 terminação
 veia poplítea
- 57 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Drenagem linfática
 gânglios poplíteos
 gânglios inguinais
 superficiais (supra-aponevróticos)
 superiores
 supero-internos – relacionados com os vasos pudendos
 supero-externos – relacionados com os vasos circunflexos ilíacos
superficiais
 inferiores
 para baixo do local de terminação da veia safena magna
 profundos
 relacionados com os vasos femurais
 3 grupos
 proximal
 intermédio
 distal
- 58 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
ARTÉRIAS
Artéria Ilíaca Interna
Ramos Colaterais:
 Artéria Iliolombar
 Artérias Sagradas Laterais
 Artéria Umbilical
 Artéria Rectal Média
 Artéria Uterina (artéria para o canal deferente no homem)
 Artéria Vaginal (artéria vesical inferior no homem)
 Artérias Vesicais
 Artéria Glútea Superior (sai pelo foramen grande ciático, passa por cima do piriformis e
vai irrigar os músculos glúteos)
 Artéria Glútea Inferior (igual à anterior, sendo que a primeira é mais superior)
 Artéria Pudenda Interna (também sai pelo foramen grande ciático; vasculariza a zona
genital e períneo)
 Artéria Obturadora (sai pelo buraco obturado; vasculariza músculos como o obturador
externo)
Artéria Femoral




Ramo terminal da Artéria Ilíaca Externa
Trajecto:
o Começa a nível do anel femoral;
o Desce ao longo da parte ântero-medial da coxa;
o Passa pelo triângulo femoral;
 Ligamento inguinal (superiormente)
 Sartório (lateralmente)
 Adutor longo (medialmente)
o Face medial da coxa;
o Termina ao nível do anel do adutor magno.
Pulso femoral – sentido na zona inguinal
Relações:
o No anel femoral:
 Anteriormente: ligamento inguinal
 Posteriormente: interstício entre os músculos pectíneo e psoas-ilíaco
 Medialmente: veia femoral
 Lateralmente: ligamento íleo-pectíneo, que a separa do nervo femoral
o No triângulo femoral:
 Anteriormente: fáscia superficial, fáscia lata, fáscia femoral, gânglios
inguinais superficiais, veia circunflexa ilíaca superficial, ramo femoral
do nervo genitofemoral
 Posteriormente: tendões do psoas-ilíaco, pectíneo e longo adutor
 Medialmente: veia femoral
 Lateralmente: nervo femoral
- 59 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009

OAZ
o No canal adutor:
 Anteriormente: fáscias superficial e profunda, sartório
 Posteriormente: longo adutor e adutor magno
 Postero-lateralmente: veia femoral
 Ântero-lateralmente: vasto medial
Ramos colaterais:
o Epigástrica superficial:
 Nasce na parte anterior da artéria femoral, logo ao início;
 Percorre a fáscia abdominal superficial até ao umbigo;
 Vasculariza os gânglios inguinais, fáscia superficial e pele, na zona
epigástrica;
 Anastomosa com ramos da epigástrica inferior.
o Circunflexa ilíaca superficial:
 Nasce lateralmente à epigástrica superficial;
 Em direcção à espinha ilíaca ântero-superior;
 Vascularização semelhante à da epigástrica superficial, com adiçaõ da
parede abdominal para baixo e para fora da epigástrica superior.
o Pudenda externa superficial:
 Nasce na face medial da femoral;
 Cruza pela frente a veia femoral;
 Vasculariza os genitais externos.
o Pudenda externa profunda:
 Nasce um pouco mais abaixo da superficial, passa atrás da veia femoral
e atrás da veia safena;
 Mesma vascularização da superficial;
 Ambas anastomosam com ramos da pudenda interna
o Ramos musculares:
 Sartório;
 Vasto medial;
 Adutores.
o Artéria genicular descendente:
 Nasce perto da terminação da artéria femoral;
 Ramos colaterais:
 Musculares:
o Vasto medial;
o Adutor magno.
 Articular: para o joelho, entre sartório e gracilis;
 Safeno: para a parte medial do joelho, anastomosando-se com
a genicular inferior medial.
o Artéria femoral profunda:
 Nasce lateralmente à femoral, a cerca de 4 cm do início da mesma;
 Trajecto:
 Entre o pectíneo e o longo adutor;
 Entre curto adutor e longo adutor;
 Entre adutor magno e longo adutor.
- 60 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ


Ramos colaterais:
 Artéria circunflexa femoral lateral: 3 ramos, ascendente,
descendente e transverso;
 Artéria circunflexa femoral medial: 2 ramos, ascendente e
transverso;
 Ramos musculares:
o Adutores;
o Flexores.
 Ramos perfurantes:
o São 4 no total;
o Perfuram o adutor magno, passando para a face
posterior da coxa;
o Aí formam arcadas anastomóticas que vascularizam os
músculos da face posterior da coxa (bicípite femoral,
semi-tendinoso e semi-membranoso).
Ramo terminal: Artéria Poplítea
Artéria Poplítea





Trajecto:
o Começa ao nível do anel do adutor magno;
o Fossa intercondilar;
o Desce obliquamente até ao bordo distal do músculo poplíteo;
o Termina à frente da arcada do solear.
Pulso poplíteo – sentido atrás do joelho (retro-patelar)
Relações:
o Anteriormente: ligamento porterior da articulação do joelho;
o Posteriormente: gastrocnémius;
o Medialmente: semi-membranoso;
o Lateralmente: bicípite femoral, gastrocnémius e nervo tibial;
o Postero-lateralmente: veia poplítea.
Ramos colaterais:
o Genicular superior lateral;
o Genicular superior medial;
o Genicular inferior medial;
o Genicular inferior lateral;
o Ramos musculares:
 Gastrocnémius (artérias surais);
 Poplíteo;
o Pequena safena.
Ramos terminais:
o Artéria tibial anterior
o Artéria tibial posterior
Artéria Tibial Anterior
- 61 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009




OAZ
Tem origem abaixo do anel solear por continuação com a poplítea;
Trajecto:
o Começa no compartimento posterior e passa para o compartimento anterior
através da abertura na parte proximal do ligamento interósseo
o Desce anteriormente à membrana interóssea, aproximando-se da tíbia e vai
ficando cada vez mais superficial;
o Termina ao nível do bordo inferior do retináculo dos extensores.
Relações:
o Anteriormente: músculo tibial anterior e retináculo dos extensores;
o Posteriormente: ligamento interósseo;
o Medialmente: músculo tibial anterior;
o Lateralmente: longo extensor dos dedos e longo extensor do hálux.
Ramos colaterais:
o Recorrente tibial anterior;
o Recorrente tibial posterior;
o Maleolar medial;
o Maleolar lateral;
o Ramos musculares:
 Tibial anteior;
 Longo extensor dos dedos;
 Longo extensor do hálux.
o Ramo terminal: Artéria dorsal do pé
Artéria Tibial Posterior

Trajecto:
o Tem origem ao nível da arcada do solear;
o Desce à frente do trícipe sural e atrás do longo flexor dos dedos, tibial posterior e
longo flexor do hálux;
o Passa atrás do maléolo medial.

Pulso tibial posterior – atrás do maléolo medial

Relações:
o Anteriormente: tibial posterior, longo flexor dos dedos, longo flexor do hálux;
o Posteriormente: trícipe sural (solear);
o A nível da goteira medial do calcâneo está entre o tendão do longo flexor dos
dedos e longo flexor do hálux.

Ramos colaterais:
o Ramos musculares:

Solear;
- 62 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ

Longo flexos dos dedos;

Longo flexor do hálux;

Tibial posterior.
o Artéria peroneal:

Origem cerca de 4 ou 5 cm abaixo da arcada do solear;

Lateralmente entre tibial posterior e longo flexor de hálux;

Antes de chegar à extremidade inferior da perna dividindo-se em 2
ramos:
 Posterior;
 Anterior (atravessa o ligamento interósseo, passando para a
região anterior da perna, anastomosando-se com a társica lateral
e com a arqueada).
Artéria Dorsal do Pé




Trajecto:
o Origem a nível do bordo inferior do retináculo dos flexores do pé;
o Corre medialmente ao longo do dorso do pé até à extremidade proximal do 1º
espaço intermetatársico;
o Passa para a face plantar do pé, anastomosando-se com a plantar lateral,
formando o arco plantar profundo.
Relações:
o Superiormente: pele, fáscias do pé e curto extensor dos dedos;
o Inferiormente: ossos e articulações do dorso do pé;
o Medialmente: tendão do longo extensor do hálux;
o Lateralmente: tendão do longo extensor dos dedos e ramo terminal do nervo
peroneal profundo.
Ramos colaterais:
o Lateral do tarso: nasce junto ao início da dorsal do pé, dirigindo-se para o
bordo lateral do pé, anastomosando-se com a arqueada e com um ramo da
peroneal; vasculariza o curto extensor dos dedos e as articulações do tarso;
o Medial do tarso: vasculariza a região medial do tarso;
o Arqueada ou arciforme: extende-se sobre a extremidade posterior dos
metatársicos, emitindo as últimas 3 artérias metatársicas dorsais, as quais têm
2 ramos perfurantes (um anterior e outro posterior). Por sua vez, estas dão as
digitais dorsais para os últimos 4 dedos;
o 1ª artéria metatársica dorsal: emite as digitais dorsais para os 2 primeiros
dedos.
Ramo terminal: ramo perfurante ao nível da extremidade proximal do 1º espaço
metatársico, anastemosando-se com a plantar lateral, formando o arco plantar
profundo.
- 63 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Artéria plantar medial




Origem por continuação com a tibial posterior;
Segue ao longo do bordo medial do pé;
Divide-se em 2 ramos: superficial e profundo;
Termina originando a artéria digital plantar interna do hálux.
Artéria plantar lateral




Origem por continuação com a tibial posterior;
Cruza a planta do pé em direcção ao bordo lateral do pé;
Quando chega à zona dos metatársicos muda de direcção, anastomosando-se com
a dorsal do pé, constituindo o arco plantar profundo;
Origina como ramos colaterais as metatársicas plantares, que por sua vez originam
as digitais plantares.
VEIAS


Profundas
Superficiais
Veias profundas





Caminham entre os músculos;
Acompanham as artérias, assumindo a seu nome;
Normalmente há 2 por artéria;
Pode haver uma só poplítea;
Caso particular – veia femoral.
Veia Femoral:
 Trajecto:
o Tem origem ao nível do adutor magno;
o Dirige-se obliquamente para cima e para fora;
o Termina ao nível do anel femoral.
 Relações: (com a artéria femoral)
o Inicialmente está lateralmente em relação à femoral;
o Cruza a artéria posteriormente e torna-se medial.
 Ramos aferentes:
o Veia genicular;
o Veia femoral profunda;
o Grande veia safena;
o Veia epigástrica superficial;
o Veia circunflexa ilíaca;
o Veia pudenda externa superficial;
o Veia pudenda externa profunda.
Veia superficial
- 64 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Veias do pé
Região plantar:
 Inúmeras mas de calibre muito reduzido formam uma rede na planta do pé (palmilha
venosa) que drena para a veia dorsal do pé;
 Podem construir uma arcada na zona dos metatársicos.
Região dorsal:
 Já têm algum calibre (maior que as plantares);
 Formam inúmeras anastomoses;
 Constituem uma arcada dorsal, côncava para trás, que, ao latingir os bordos dos pés,
se continuam pelas veias marginais lateral e medial do pé, as quais drenam para as
safenas.
Veias da perna e da coxa
Grande veia safena:
 Trajecto:
o Começa pela veia marginal medial do pé, em frente ao maléolo medial;
o Sobe no bordo medial da perna;
o Ao chegar ao joelho desloca-se para trás;
o Sobe no bordo medial da coxa e começa a tornar-se anterior;
o Quando chega à raiz da coxa perfura a aponevrose, desmbocando na veia
femoral.
 Ramos aferentes:
o Veias do dorso do pé, perna e coxa.
Pequena veia safena:
 Trajecto:
o Começa na continuação da veia marginal lateral do pé;
o Passa atrás do maléolo lateral;
o Sobe posteriormente na perna;
o Antes de chegar à região poplítea perfura a aponevrose, terminando por
afluência com a veia poplítea.
DRENAGEM LINFÁTICA


Gânglios poplíteos – relacionados com vasos mas pouco importantes, visto que a linfa
do pé e da perna pode passar directamente para os gânglios inguinais; são à volta de
6;
Gânglios inguinais:
o Superficiais (supra-aponevróticos) – entre 20 e 40:
 Superiores (acima de uma linha imaginária que coincide com a
terminação da grande safena):
- 65 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 Súpero-internos (relacionados com os vasos pudendos);
 Súpero-externos (relacionados com os vasos circunflexos
ilíacos superficiais).
 Inferiores (por baixo do local de terminação da grande veia safena)
o Profundos (relacionados com os vasos femorais) – entre 3 e 6:
 3 grupos:
 Proximal;
 Intermédio;
 Distal.
- 66 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Inervação
A inervação do membro inferior depende de nervos do plexo lombar e do plexo sagrado.
Plexo lombar
 resulta das anastomoses entre as raízes anteriores de L1, L2, L3 e L4
 tem a forma de um triângulo com a base virada para a coluna vertebral
 está entre o músculo psoas e o quadrado lombar
 ramos colaterais:
 nervo iliohipogástrico.
 nervo ilio-inguinal
 nervo cutâneo femural lateral
 nervo genitofemural
 ramos terminais:
 nervo obturador
 origina-se de L2, L3 e L4
 desce à frente da articulação entre o sacro e o osso coxal
 entra no canal infrapúbico
 sai da bacia e termina por bifurcação
 ramos terminais:
 anterior
 desce entre os curto e longo adutores
 emite um ramo para o gracilis
 termina na pele da metade distal da região medial da coxa
 inerva o obturador externo, gracilis e curto e longo adutores
 posterior
 passa atrás do curto adutor e dirige-se para o adutor magno
 emite ainda um ramo articular para o joelho
 nervo femural
 origina-se de L2, L3 e L4
 passa atrás do ligamento inguinal
 termina no anel femural
 emite 2 ramos superficiais
 inervam a região anterior da coxa até ao joelho
 cutâneo femural anterior medial
 cutâneo femural anterior lateral
 inerva ainda o sartório
 e 2 ramos profundos
 um para o quadricipete e que se divide em 4 ramos
 nervo safeno
 desce ao longo da face medial da coxa, até ao bordo medial do pé
 inicialmente é profundo, mas depois é superficial e desce junto à veia
safena
Plexo sagrado
 resulta da união do tronco lombosagrado (L4 e L5), S1, S2 e S3 (ainda parte de S4)
- 67 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 forma de triângulo cuja base se relaciona com os foramina sagrados e intervertebrais e o vértice
virado para o foramen grande ciático
 está junto da parede posterior da bacia mas à frente do piriforme
 a nível do bordo inferior do piriforme constitui o nervo ciático, que passa entre ele e o gémeo
superior
 ramos colaterais:
 ramos musculares
 para todos os músculos da bacia à excepção do obturador externo
 nervo para o piriforme
 nervo glúteo superior
 passa por cima do piriforme e caminha entre o pequeno e médio glúteo
 nervo glúteo inferior
 passa por baixo do piriforme e inerva o grande glúteo
 nervo cutâneo femural posterior
 inerva a porção inferior da anca, região posterior da coxa e região posterior do
cavado poplíteo
 ainda inerva um pouco da região perineal (faz fronteira com o nervo pudendo)
 ramo terminal
 nervo ciático
- 68 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Nervo ciático
 é o nervo misto mais comprido e volumoso do corpo
 nasce a nível do bordo inferior do piriforme
 desce na região posterior dos músculos da bacia (entre eles e o grande glúteo)
 passa entre a tuberosidade isquiática e o grande trocânter
 desce na região posterior da coxa:
 em cima – à frente da longa porção do bicípete femural
 em baixo – entre o semitendinoso e semimembranoso (medialmente) e o bicípete
femural (lateralmente)
 termina acima da região poplítea por bifurcação:
 nervo tibial
 nervo peroneal comum
- 69 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Nervo peroneal comum
 caminha relacionado com a terminação da longa porção do bicípete femural
 contorna a parte lateral do gastrocnémius e o colo da fíbula
 inerva músculos da loca anterior e lateral da perna
 caminha entre as 2 inserções do longo peroneal
 ramos colaterais:
 ramo articular para o joelho
 nervo cutâneo sural lateral
 metade superior da face lateral da perna
 ramo para o tibial anterior
 termina emitindo dois ramos:
 nervo peroneal profundo
 é sempre profundo
 desce na perna à frente do ligamento interósseo, entre o tibial anterior
(medialmente) e extensores (lateralmente)
 vai emitindo ramos para estes músuclos
 antes de chegar ao pé passa atrás do retináculo
 termina logo abaixo do retináculo, emitindo dois ramos:
 ramo lateral
 dirige-se para o curto extensor dos dedos e articulações com ele
relacionadas
 ramo medial
 desce entre o tendão do longo extensor do halux e o do
extensor comum dos dedos
 caminha com a artéria dorsal do pé até ao 1º espaço
intermetatársico onde termina emitindo 2 ramos: um para o halux e outro para o
2º dedo (inerva a região entre estes dois dedos
 nervo peroneal superficial
 começa na extremidade superior da fíbula
 caminha entre o longo e curto peroneais, inervando-os
 na união do 2/3 superiores com o 1/3 inferior torna-se supra-aponevrótica
 antes de chegar ao pé dá 2 ramos terminais:
 nervo cutâneo dorsal medial
 inerva os 2 ou 3 primeiros dedos
 nervo cutâneo dorsal intermédio
 inerva os 3 últimos dedos
 inerva a metade inferior da parte medial da perna
Nervo tibial
 começa a nível do vértice do cavado popliteu (pode ser um pouco acima) continuando o nervo
ciático
 desce na região posterior da perna, entre o tricípete sural e os músculos profundos da região
posterior da perna (popliteu, longo flexor do halux, tibial posterior e longo flexor dos dedos)
 durante o seu trajecto acompanha a artéria tibial posterior e a nível da goteira calcaneana medial
passam entre os tendões do longo flexor dos dedos e do longo flexor do halux
 termina a nível da goteira calcaneana medial por bifurcação originando os nervos:
 plantar medial
 plantar lateral
- 70 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 relações:
 no cavado popliteu:
 lateralmente – bicípete femural
 medialmente – semitendinoso e semimembranoso
 com a veia e artéria popliteas
 na perna:
 com os dois feixes de inserção superior do gastrocnemius
 passa atrás dos músculo popliteu e plantar
 passa anteriormente ao solear (na arcada do solear) juntamente com os vasos
popliteos
 posteriormente – músculo solear
 anteriormente – músculos profundos da região posterior da perna (longo flexor do halux, tibial posterior e
longo flexor dos dedos)
 ramos colaterais:
 ramos articulares
 acompanham as artérias geniculares até à articulação do joelho
 ramos musculares
 nascem entre os dois feixes do gastrocnemius
 inervam o gastrocnemius, plantar, solear e popliteu
 mais distalmente emite ramos (ou um tronco comum inicial) para o solear,
tibial posterior, longo flexor dos dedos e longo flexor do halux
 nervo sural
 nasce na região poplitea
 desce ao longo da face posterior da perna acompanhando a pequena veia
safena
 inerva a região posterior da perna e o bordo lateral do pé
 no dorso do pé passa a chamar-se nervo cutâneo dorsal lateral
 ramos terminais:
 nervo plantar medial
 relacionado com o abdutor do halux
 passa profundamente ao longo do bordo medial do pé
 bifurca-se originando um ramo interno e outro externo
 ramo interno – caminha no bordo medial do halux e forma o nervo
digital medial próprio do halux
 ramo externo – emite ramos responsáveis pelainervação dos 4
primeiros dedos
 fornece ainda inervação para o abdutor do halux, curto flexor do halux e 1º
lombricóide (por vezes também o 2º)
 nervo plantar lateral
 caminha entre o curto flexor dos dedos e o quadrado plantar
 quando chega perto do bordo lateral do pé termina por bifurcação originando:
 ramo superficial – vai para o 5º dedo
 ramo profundo – inerva os interósseos
 inerva ainda os músculos do 5º dedo, os restantes lombricóides e o adutor do halux
- 71 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Aspecto geral da inervação do membro inferior
Bacia
Inervação motora
 todos os músculos são inervados por ramos colaterais do plexo sagrado, excepto o obturador
externo que é inervado pelo nervo obturador
- 72 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Coxa
Inervação motora
 região ântero-lateral
 tensor da fáscia lata – nervo glúteo superior
 sartório e quadricípete femural – nervo femural
 região medial
 todos os adutores e gracilis – nervo obturador
 músculo pectíneo – nervo femural
 região posterior
 bicipete femural, semimembranoso e semitendinoso – nervo ciático
Inervação sensitiva
 raiz da coxa (porção supero-medial)
 nervos iliohipogástrico, ilioinguinal e genitofemural
 metade distal da região medial
 nervo obturador
 região anterior da coxa
 ramos do nervo femural
 região lateral da coxa
 nervo cutâneo femural lateral
 região posterior da coxa
 ramos do nervo ciático
- 73 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Perna
Inervação motora
 grupo anterior
 nervo peroneal profundo
 grupo lateral
 nervo peroneal superficial
 grupo posterior
 nervo tibial
Inervação sensitiva
 região lateral
 metade proximal – nervo cutâneo sural lateral
 metade distal – nervo peroneal superficial
 região medial
 nervo safeno
 região posterior
 nervo sural
- 74 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
Pé
Inervação motora
 região dorsal
 curto extensor dos dedos – ramo lateral do nervo peroneal profundo
 região plantar
 músculos do halux (excepto adutor do halux) – nervo plantar medial
 1º lombricóide – nervo plantar medial
 músculos laterais (para o 5º dedo) – nervo plantar lateral
 músculos interósseos – nervo plantar lateral
 últimos lombricóides – nervo plantar lateral
 curto flexor dos dedos e quadrado plantar – nervos plantar medial e lateral
Inervação sensitiva
 face plantar
 lateralmente à linha imaginária que vai do 4º dedo até ao calcanhar – nervo plantar
lateral
 medialmente a essa linha – nervo plantar medial
- 75 -
Membro Inferior
Reabilitação 2008/2009
OAZ
 face dorsal
 bordo lateral – nervo cutâneo dorsal lateral
 espaço entre os 1º e 2º dedos – nervo peroneal profundo
 resto – nervo peroneal superficial
- 76 -

Documentos relacionados