1 2 Coríntios 5.11 - Primeira Igreja Batista em Barueri

Transcrição

1 2 Coríntios 5.11 - Primeira Igreja Batista em Barueri
2 Coríntios 5.11 – 21 O trecho da carta de Paulo aos Coríntios, que vai de 2.14 – 6.10, tem como propósito demonstrar aos irmão daquela comunidade que eles deveriam perseverar mesmo em meio a tribulações por causa da esperança que havia na Nova Aliança. O trecho particular de nosso estudo é o clímax desta temática, e enfoca que a motivação de nossas vidas e ministério está no amor reconciliador de Jesus Cristo que nos impulsiona ao ministério de trazer pessoas a se reconciliarem com Deus. Εἰδότες
τὸν φόβον τοῦ κυρίου ἀνθρώπους
πείθοµεν,
οὖν
oi\
d
a
fov
b
o"
kuv
r
io"
a[
n
qrwpo"
peivqw
11
a
Ptc. Perf. At. Nom. MP Co. Co. Con. Ac. MS Gen. MS Ac. MP 1 P Pres. Ind. At. tendo conhecido portanto o temor de Deus os homens (nós) (tentamos) persuadir Presente Conativo, expressando a tentativa que é feita de persuadir. Genitivo Objetivo expressando o temor reverencial a Deus. θεῷ
Qeov"
δὲ
πεφανερώµεθα·
fanerovw
Dat. MS Co. Co. Adv. 1 P Perf. Ind. Pass. (por) Deus e também (nós) somos conhecidos a
Aqui Paulo está retomando o tema de abertura encontrado em 3.12, 18 e 4.2. A mudança do Aoristo φανερόω (vs. 10) para o Perfeito (vs. 11, duas vezes) é significativa. No vs. 10 φανερωθῆναι é um Aoristo Constativo e descreve o comparecimento diante do tribunal de Cristo como uma ocorrência simples, retratando sua facticidade nua e crua. Quer se trate de um único aspecto quer envolva todos os cristãos ou uma sucessão de comparecimentos envolvendo cristãos individualmente, a ocorrência é concebida unitariamente. Mas os dois Perfeitos no vs. 11 (πεφανερώμεθα e πεφανερῶσθαι) são Estativos, denotando uma condição existente que resulta de uma ocorrência anterior implícita, “estar em um estado revelado”. Assim, 1
θεῷ... πεφανερώμεθα significa: “estamos total e completamente, de maneira clara, conhecidos diante de Deus”. ἐλπίζω
δὲ
καὶ
ἐν
ταῖς συνειδήσεσιν
suneivdhsi"
ὑµῶν
uJmei`”
1 S Pres. Ind. At. Co. Co. Ad. Adver. Prep. Dat. Dat. FP Pron. 2 Gen. P Perf. Inf. Pass. (eu) espero e também pela consciência de vocês ser conhecido a
a
πεφανερῶσθαι.
fanerovw
πείθω (peíthō) – Persuadir, isto é, induzir alguém pelas palavras a crer. Fazer amigos, ganhar o favor de alguém, obter a boa vontade de alguém, ou tentar vencer alguém, esforçar-­‐se por agradar alguém, tranquilizar. Mover ou induzir alguém, por meio de persuasão, ser induzido a crer: ter fé (em algo), acreditar, escutar, obedecer, submeter-­‐se a, sujeitar-­‐se a, confiar, ter confiança, estar confiante. A partícula conjuntiva οὖν faz a ligação do que Paulo afirma neste versículo em conhecer o temor do Senhor, com referência a sua volta e ao tribunal de Cristo mencionado em 5.10. Paulo tenta convencer as pessoas a responderem ao evangelho, através de leva-­‐las a saber que todos deveremos comparecer perante o tribunal. O temor quanto ao julgamento final, que de fato é temível e terrível, deveria nos impulsionar, não ao agir egoísta, puramente, em cuidar de nossa vida espiritual e os outros que se danem. Não, pelo contrário, a realidade do juízo deveria nos impulsionar a vivermos vidas que sejam testemunho aos outros, e a começar com a vida, e também pela pregação, persuadirmos as pessoas a crerem em Cristo para que, como nós, sejam livres do juízo vindouro. Também fica evidente no texto que para a pregação do evangelho é necessária uma vida de temor, ou seja, como pregar algo que não vivemos, e como anunciar a salvação de um juízo, sendo que não vivemos crendo que exista juízo? Além disso, fica evidente que quem teme também evangeliza, como se fosse a teologia do Tostines: “temo por isso evangelizo, evangelizo porque temo?”. A resposta à esta pergunta é: “ambas as coisas”. Ou seja, quem não tenta persuadir os homens, não o faz porque não tem temor a Deus. 1
HARRIS, J. M. The Second Epistle to the Corinthians: A commentary on the Greek text. Grand Rapids, MI; Milton Keynes, Reino Unido: W.B. Eerdmans Pub. Co .; Paternoster Press, 2005. p. 414. 1 Paulo não só esperava que os Coríntios reconhecesse o que Deus queria deles, por meio do temor reverente que eles deveriam ter para com Deus. Mas, que reconhecessem essas características no próprio Paulo, por seu exemplo e caráter. Ou seja, Paulo era para eles um testemunho de como eles deveriam se comportar como ministros da reconciliação. Lembrando que o Paulo foi quem os levou a se reconciliarem com Deus. “Junto com 5.8-­‐9, este versículo ilustra o fato de que as ações de Paulo foram guiadas, e suas 2
ambições moldadas, por convicções doutrinárias”. Em várias passagens do livro de Atos podemos observar Paulo em debates, explicações, discussões, enfim, envolvido na tarefa de ensinar pessoas a cerca do Reino de Deus e de Jesus, principalmente em termos de sua Messianidade e Paixão. “Segundo o seu costume, Paulo foi à sinagoga e por três sábados discutiu com eles com base nas Escrituras, explicando e provando que o Cristo deveria sofrer e ressuscitar dentre os mortos. E dizia: ‘Este Jesus que lhes proclamo é o Cristo’” (Atos 17.2-­‐13) “Todos os sábados ele debatia na sinagoga, e convencia judeus e gregos” (Atos 18.4) “Paulo entrou na sinagoga e ali falou com liberdade durante três meses, argumentando convincentemente acerca do Reino de Deus” (Atos 19.8) “Desde a manhã até a tarde ele lhes deu explicações e lhes testemunhou do Reino de Deus, procurando convencê-­‐los a respeito de Jesus, com base na Lei de Moisés e nos Profetas” (Atos 28.23b) No final do versículo vemos Paulo mostrando um contraste que deve existir na vida do Cristão. Em primeiro lugar, a preocupação do ministério cristão é agradar a Deus, estar certo de que Deus conhece a pureza de nossas intenções e dedicação total à Ele. Ao mesmo tempo a preocupação de abençoar pessoas vivendo uma vida que leve as pessoas a conhecerem a Deus por meio de reconhecerem Deus em nós. Neste quesito Paulo apresenta sua própria consciência diante de Deus, e conclama a Deus como juiz, mas também apresenta a consciência que os Coríntios tinham do ministério dele. Neste sentido, podemos dizer que Deus também usa nossas características pessoais, nosso estilo, gostos, personalidade, enfim tudo o que somos para salvar pessoas. Também temos aqui uma ponto de equilíbrio, em primeiro lugar a pregação do evangelho deve agradar a Deus, e se as pessoas rejeitarem o evangelho, nem por isso o evangelista deve se entristecer, pois sabe que agradou a Deus. Por outro lado, o foco do evangelho é alcançar pessoas e para tanto deve ser anunciado com a persuasão necessária para este fim, porém nunca devemos pregar um evangelho que agrade as pessoas, mas desagrade a Deus, as pessoas devem ser atraídas pelo evangelho, não pelos métodos persuasivos que usamos para anuncia-­‐lo. 2
HARRIS, J. M. The Second Epistle to the Corinthians: A commentary on the Greek text. Grand Rapids, MI; Milton Keynes, Reino Unido: W.B. Eerdmans Pub. Co .; Paternoster Press, 2005. p. 412-­‐413. 2 12
οὐ
πάλιν
ἑαυτοὺς
eJautou
συνιστάνοµεν
sunivsthmi
ὑµῖν
uJmei`"
Part. Neg. Adver. Pron. Refl. 1 Ac. MP 1 P Pres. Ind. At. Pron. 2 Dat. P não novamente a nós mesmos (nós) recomendamos à vocês a
a
a
ἀλλὰ
ἀφορµὴν
ajformhv
διδόντες
divdwmi
ὑµῖν
uJmei`"
καυχήµατος
kauvchma
ὑπὲρ
ἡµῶν,
hJmei`"
Co. Co. Adv. Ac. FS Ptc. Pres. At. Nom. MS Pron. 2 Dat. P Gen. NS Prep. Gen. Pron. 1 Gen. P à vocês de orgulho com relação a nós a
contudo oportunidade dando (nós damos) O particípio coordenado aqui funciona como uma partícula circunstancial e é traduzida como o verbo principal συνιστάνοµεν: (nós) damos. a
ἵνα
ἔχητε
e[cw
πρὸς
τοὺς
ἐν
προσώπῳ
provswpon
καυχωµένους
kaucavomai
Co. Sub. Final 2 P Pres. Subj. At. Prep. Ac. Artg. Ac. MP Prep. Dat. Dat. NS Ptc. Pres. Med. Ac. MP a fim de que (vós) tenhais para (os) em a
aparência aqueles que se orgulham καυχώμενοι aqui se refere aos adversários de Paulo em Corinto, incluindo não só os membros da igreja que estavam desencantados com ele, mas também os judaizantes forasteiros que chegaram com cartas de recomendação e estavam empenhados em usurpar a influência de Paulo sobre a comunidade. καρδίᾳ.
kardiva
καὶ
µὴ
ἐν
Co. Co. Ad. Part. Neg. Prep. Dat. Dat. FS e não em o coração Os Coríntios tinham um sério problema de orgulho, que Paulo já havia combatido na primeira carta à eles, eles pareciam ser justos, mas em seus corações eles eram maus, inclusive questionando a obra e autoridade de Paulo. Eles tinham aparência de santidade, zelo e amor em seu rosto (πρόσωπον), mas falta dessa realidade em seus corações. Como eram os judeus (não cristãos ou cristãos judaizantes) que se vangloriavam da face glorificada de Moisés, mas se recusavam a ver as realizações da Nova Aliança em pessoas cujos corações eram transformados. Eles se concentravam em características externas da religião, em vantagens superficiais e privilégios de serem judeus, mas não em seu caráter. “As aparências externas, que os críticos de Paulo admiravam incluíam: a)
b)
c)
relação física com Jesus durante Seu ministério terreno (5.16), uma ortodoxia judaica (11.22), visões e revelações (12.1-­‐7). A realidade do ‘coração’, que Paulo considerava mais importante, era o testemunho de sua consciência diante de Deus e das pessoas [que ele havia levado a Cristo, como os próprios 3
Corintos]. Isto era o que faltava aos falsos apóstolos”. O orgulho a que Paulo se refere aqui, que os Coríntios deveriam ter dele, segundo Harris era: “o conhecimento em primeira mão da vida e ministério [de Paulo], incorporado a sua consciência e as consciências deles (vs. 11b) -­‐ Conhecimento de sua dinâmica missionária, pastoral, realizações pessoais, e a memória de seu sofrimento apostólico pela causa de Cristo. Ela foi 4
comunicada à eles por tudo o que Paulo estava escrevendo, especialmente de 2.14 em diante”. 3
CONSTABLE, Thomas. 2 Corinthians: Dr. Constable's Expository Bible Study Notes and Commentary. In: http://www.soniclight.com/constable/notes/htm/NT/2%20Corinthians/2Corinthians.htm 4
HARRIS, J. M. Idem. 3 εἴτε
13
Co. Co. Alt. Co. Co. Exp. se ἐξέστηµεν,
ejxivsthmi
θεῷ·
Qeov"
εἴτε
σωφρονοῦµεν,
swfronevw
ὑµῖν.
uJmei`"
1 P 2 Aor. Ind. At. Dat. MS Co. Co. Alt. 1 P Pres. Ind. At. Pron. 2 Dat. P se (nós) conservamos o juízo para vocês γὰρ
porque a
o
(nós) enlouquecemos para Deus a
a
ἐξίστημι (existēmi) – Tirar da posição, deslocar. Surpreender, deixar atônito, espantado, estar maravilhado, estar fora de si, insano, louco. σωφρονέω (sôphronéô) – Ter mente sã, estar mentalmente saudável, exercer auto-­‐controle, pensar sobre si mesmo de forma moderada, sóbria, freiar as próprias paixões. “O que Paulo quiz dizer com “nós enlouquecemos” e “nós conservamos o juízo”, provavelmente pode incluir todas as seguintes possibilidades: 1. Alguns críticos aparentemente atacaram Paulo por seu ensinamento que diferia da corrente principal do judaísmo, suas experiências de êxtase, e seu serviço incessante. Sua resposta a eles foi: ‘Isso cabe à Deus julgar’ (cf. vs. 9 – 11). 2. Outros críticos poderiam ter pensado que ele era louco por falar em línguas e ter visões (cf. Atos 22.17 – 21 e 26.24). Para Paulo, este era um assunto entre ele e Deus (cf. 1 Coríntios 14.2)5. 3. Ocasionalmente Paulo poderia aparentar ter sido levado pelas emoções, mas, essa conduta só resultou em glórias à Deus. 4. Seu auto-­‐elogío pode ter parecido loucura para alguns em Corínto, mas Paulo só estava defendendo a causa de Deus. Na cultura de Paulo pessoas consideravam auto-­‐elogíos impróprios exceto em certas circunstâncias particulares. 5. Para os judeus a conversão do apóstolo marcou-­‐o como um louco. Críticos de Jesus também haviam julgado-­‐o mal”.6 Desta forma temos três possibilidades para avaliarmos os contrastes colocados aqui: 1.
2.
3.
“loucura” religiosa vs. uma abordagem sã, equilibrada do ministério; Experiência de êxtase vs. discurso racional (línguas vs. profecia); Comportamento exagerado vs. sobriedade de conduta. Das três explicações, a primeira parece ser a mais logica dentro do contexto. Pois, segundo Sumney o que parece estar em foco aqui é a legitimidade do ministério apostólico de Paulo, que ele diz que: “não pode ser julgado com base em aparências”7. Harrys então propõem a seguinte organização para o versículo: “Nós certamente não estamos promovendo a nós mesmos [vs. 12a], pois (γάρ) se as nossas palavras e conduta parecem ser irracionais [vs. 13a] ou racionais [vs. 13b], Deus e vocês são aqueles para quem eu falo e trabalho, assim como a minha vida é um livro aberto para Deus e você [v. 11b]”.8 Este tipo de acusação foi parecida às que fizeram contra Jesus em Marcos 3.21 e João 10.20. KEENER, Craig S. 1—2 Corinthians. Cambridge, U.K.: Cambridge University Press, 2005. p. 166. 7
SUMNEY, Jerry L. Identifying Paul’s Opponents: The Question of Method in 2 Corinthians. Bloomsbury Academic Collections: Biblical Studies. New York, NY: Bloomsbury Publishing, 2015. 8
HARRIS, J. M. Idem, Ibid. 5
6
4 14
ἡ
γὰρ
ἀγάπη
τοῦ Χριστοῦ
Cristov"
Artg. Nom. FS Co. Co. Exp. Nom. FS (o) porque συνέχει
sunevcw
ἡµᾶς,
hJmei`"
Gen. MS 3 S Pres. Ind. At. Pron. 1 Ac. P amor de Cristo (ele) encoraja a nós Genitivo Subjetivo, se referindo ao amor de Cristo pelos crentes. Paulo está se referindo a um estágio anterior de motivação, ou seja, o amor demonstrado por Cristo ao morrer pela humanidade, que causou nosso ministério e deveria motivá-­‐lo. a
a
συνέχω (synéchô) – Manter, o todo, para que não caia em pedaços ou que algo se dissolva. Manter com constrangimento, comprimir, prensar com a mão. Fechar os ouvidos, fechar os céus para que não chova. Pressionar por todos os lados, pode se referir; a uma cidade sitiada, um estreito, que força um navio a navegar através de um canal com espaço reduzido, um curralejo para o gado, que pressiona de todos os lados, forçando o animal a uma posição onde ele não pode se mover, de tal forma que o fazendeiro pode administrar medicação. Manter completamente, manter firme, manter um prisioneiro. Metaforicamente, ser mantido por, estritamente ocupado com algum negócio, no ensino da palavra. Constranger, oprimir, de doenças que pegam em alguém e que o afligem. Estar agarrado com, aflito com, sofrendo de. Encorajar, impelir da alma. κρίναντας
krivnw
τοῦτο,
ou|to"
Ptc. 1 Aor. At. Ac. MP Pron. Dem. Ac. NS porque julgamos Isto: Particípio causal com ação perfectiva em relação ao verbo principal συνέχει. Ou seja, o julgamento feito no passado (Aoristo), com base no sacrifício de Cristo, gerou a convicção, ou conclusão, e consequente constrangimento presente. o
ὅτι
εἷς
ὑπὲρ
πάντων
pa`"
Co. Sub. Int. Adj. Nom. MS Prep. Gen. Adj. Gen. MP 3 S 2 Aor. Ind. At. que se em lugar de (em favor de) de todos (ele) morreu a
ἀπέθανεν,
ajpoqnh/vskw
o
A sequência de usos de πάντες que se inicia aqui, deve ser entendida como se referindo ao mesmo grupo de pessoas. O que é reforçando considerando que καί no vs. 15 pode ser considerado epexegético ou conjuntivo. Este grupo de pessoas é o mesmo grupo descrito por οἱ ζῶντες , ou seja, estes todos aqui, são todos que receberam o favor oferecido pela morte de Cristo, aqueles que crendo morreram para si mesmos e para o pecado, junto com Cristo e assim receberam através da ressurreição a vida em, e para, Cristo. ἄρα
οἱ πάντες
pa`"
Co. Co. Con. Adj. Nom. MP a
ἀπέθανον·
ajpoqnh/vskw
o
3 P 2 Aor. Ind. At. logo todos (eles) morreram O Amor demonstrado por Cristo ao se sacrificar por nós é uma força compulsiva na vida dos crentes, como a compulsão do viciado pela droga que é tão grande que dizemos que a droga controla a pessoas deixando-­‐a um zumbi, dominando a pessoa completamente, um poder dominante que efetivamente erradica toda escolha pessoal na medida em que nos deixa sem opção a não ser viver para Deus. 5 15
καὶ
ὑπὲρ
πάντων
pa`"
Co. Co. Ad. Prep. Gen. Adj. Gen. MP 3 S 2 Aor. Ind. At. e em lugar de (em favor de) de todos (ele) morreu ζῶσιν
zavw
a
ἀπέθανεν,
ajpoqnh/vskw
o
ἵνα
οἱ ζῶντες
zavw
µηκέτι
ἑαυτοῖς
eJautou
Co. Sub. Final Ptc. Pres. At. Nom. MP Adv. Pron. Refl. 3 Dat. MP 3 P Pres. Subj. At. a fim de que aqueles que vivem não mais para si mesmos (que) (eles) vivam a
a
ἀλλὰ
τῷ
ὑπὲρ
αὐτῶν
aujtov"
ἀποθανόντι
ajpoqnh/vskw
καὶ
ἐγερθέντι.
ejgeivrw
Co. Co. Adv. Artg. Dat. MS Prep. Gen. Pron. 3 Gen. MP Ptc. 2 Aor. At. Dat. MS Co. Co. Ad. Ptc. Aor. Pass. Dat. MS (para o) em lugar de (em favor de) deles que morreu e depois foi ressuscitado mas a
o
Paulo aqui, provavelmente está conclamando todos os crentes a viverem o exemplo de seu Senhor, Jesus Cristo. Ou seja, se Jesus deu sua vida gratuitamente por nós, por que não daríamos nós mesmos nossas vidas por Ele anunciado o evangelho? Morrendo para nós mesmos, morrendo pelos outros, morrendo pela causa do evangelho? Se Ele morreu a morte que nós deveríamos morrer, nada mais justo do que vivermos a vida que Ele quer que vivamos. Essa troca é uma troca extremamente injusta, pois Ele levou a parte ruim, morrendo por nós, e nós levamos a parte boa, vivendo por Ele para salvar pessoas para Ele, Ele levou sobre si o castigo por nossos pecados, e nós fomos beneficiados com o perdão dos pecados, e a liberdade da escravidão do pecado. “O resultado pretendido da morte de Cristo foi a renúncia do egoísmo e autossatisfação e a busca de uma vida centrada em Cristo preenchida com ação para o benefício dos outros, como 9
era a vida de Cristo (cf. ὑπέρ, vs. 15, 3X). Este, ao que parece, é o impulso essencial do vs. 15”. Deste modo, podemos observar nesta seção dois motivos para o serviço cristão: 1. A consciência da nossa responsabilidade para com Deus (vs. 11) 2. O exemplo de Jesus Cristo (vs. 14). 2a. Jesus é o nosso juiz – “temor do Senhor” 2b. Jesus é o nosso Salvador – “Amor do Senhor” “Dentro desta seção (vs. 9-­‐15) Paulo especifica cinco motivos para o serviço cristão: 1. O desejo de agradar a Cristo em todas as circunstâncias (vs. 9); 2. A consciência da responsabilidade final a Cristo – “o temor do Senhor” (vs. 10-­‐11a.); 3. Sua preocupação com a glória de Deus e o bem-­‐estar dos salvos (v. 13); 4. O exemplo do amor de Cristo (vs. 14a.); 5. Viver para Cristo como uma resposta à sua morte e ressurreição (vs. 15). Aqui, então, está uma clara evidência do foco cristocêntrico da ética Paulina. A conduta cristã é 10
motivada e determinada por Cristo”. 9
Harris, M. J. Op. Cit. p. 422–423. Idem. p. 423-­‐424. 10
6 Essa consciência e os dois papéis de Jesus (Juiz e Salvador) devem ter impacto direto sobre a forma como vivemos. “... para Paulo, a liberdade significa a transferência de um domínio para outro: 1. Da lei para a graça (Romanos 6.14) 2. Do pecado para a justiça (Romanos 6.18.) 3. Da morte para a vida (Romanos 6.21-­‐23) 4. Da carne para o Espírito (Romanos 8.4) 5. Do eu para Cristo (2 Coríntios 5.11-­‐15)”.11 Agora, nos vs. 16 e 17, Paulo dá o exemplo de como estas realidades mudaram seu foco. 16
Ὥστε
ἡµεῖς
ἀπὸ
τοῦ
νῦν
Co. Co. Pron. 1 Nom. P a
Prep. Gen. Artg. Gen. NS Adver. portanto nós desde (do) agora οὐδένα
oujdeiv"
a
οἴδαµεν
oi\da
σάρκα·
savrx
κατὰ
Adj. Ac. MS 1 P Perf. Ind. At. Prep. Ac. Ac. FS a ninguém (nós) temos conhecido segundo a carne Essa afirmação conclusiva aponta para o fato de que “agora”, depois que tomamos consciência da nossa responsabilidade para com Deus, e de Jesus como Juiz e Salvador, nossa cosmovisão a cerca das pessoas também muda, nós não enxergamos mais as pessoas como as víamos antes, passamos a olhar para elas não mais de maneira natural e simplória. Desde a conversão, Paulo havia parado de fazer julgamentos pessoais superficiais, baseados apenas em aparências externas (vs. 12). Anteriormente, ele olhava para as pessoas em uma base estritamente física, em termos de sua etnia em vez de seu estado espiritual, que é um ponto de vista meramente humano. Agora, se uma pessoa era crente ou não-­‐crente era mais importante para ele do que se era judeu ou gentio. εἰ
καὶ
ἐγνώκαµεν
ginwvskw
Co. Sub. Cons. Adv. 1 P Perf. Ind. At. Prep. Ac. Ac. FS Ac. MS ainda que também (nós) temos conhecido segundo a carne a Cristo a
κατὰ
σάρκα
savrx
Χριστόν,
Cristov"
A afirmação introduzida por εἰ é concessiva, como se ele estivesse dizendo que, não é porque eles um dia reconheceram somente o Jesus histórico, que isto deve ser repetido agora. Os adversários de Paulo focavam apenas no Jesus histórico como um milagreiro ou profeta escatológico como Moisés, mas esta era uma visão Dele de uma perspectiva puramente terrena como Paulo fez quando julgou que Cristo não poderia ser o messias. γινώσκοµεν.
ἀλλὰ
νῦν
οὐκέτι
ginwvskw
a
Co. Co. Adv. Adver. Adver. 1 P Pres. Ind. At. contudo agora já não mais (nós) conhecemos A Mudança dos Perfeitos οἴδαµεν e ἐγνώκαµεν para o Presente γινώσκοµεν demonstra gramaticalmente a transformação da visão, que até então existia, para a visão atual. Ou seja, Paulo conclama seus leitores a ter uma visão presente, diferente da que eles tinham até o momento. Uma visão, ainda mais elevada sobre Cristo, não somente vendo-­‐O com os olhos naturais, mas enxergando-­‐o espiritualmente. 11
FURNISH, Victor Paul. The Anchor Yale Bible: II Corinthians. New Haven and London: Yale University Press. 2008. p. 328. 7 17
Nossa visão a cerca de Jesus também é afetada. Não o vemos mais como o simples profeta bonzinho que fazia milagres e falava coisas bonitas, ainda que também tenhamos conhecido tudo isso a cerca dele, tomamos uma consciência ampliada, espiritual, de quem realmente Ele é, Deus Soberano, Criador (logos), Rei, Senhor, etc... Assim, como os discípulos no barco, quando tomaram consciência do poder de Jesus e de Sua real natureza: “Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem?” (Lucas 8.25). Χριστῷ,
καινὴ
ὥστε
εἴ
τις
ἐν
κτίσις·
Cristov"
kainov"
Co. Co. Co. Sub. Cond. Pron. Indef. Nom. MS Portanto Prep. Dat. Dat. MS Adj. Nom. FS Nom. FS em Cristo nova criação alguém Esta afirmação tem função subjetiva ou seja: “se alguém está em Cristo”, está pessoa “é” nova criação. Ou seja, não é uma mera possibilidade hipotética, é uma realidade concreta, uma mudança de status, de condição. A clausula conclusiva aqui, aponta para o fato de que a consciência espiritual e profunda que adquirimos a cerca da natureza de Cristo e dos outros, transforma a nossa própria natureza, refazendo não somente nosso conhecimento a cerca Dele, mas refazendo-­‐nos a nós mesmos, física e espiritualmente Aquele que está em Cristo tem experimentado o novo nascimento como parte da nova criação. A referência não é individual, mas a toda a igreja, todos os cristãos são parte da “nova criação”, e é por isso que podemos ser vistos como “novas criaturas”. Os rabinos usavam a expressão “nova criatura” para descrever aqueles cujos pecados eram perdoados. Não há aqui a ideia de mudança do passado da pessoa, mas, sim, mudança de sua posição em relação a Deus e o mundo. τὰ ἀρχαῖα
παρῆλθεν,
γέγονεν
καινά·
ἰδοὺ
ajrcai`o
parevrcomai
givnomai
kainov"
a
o
a
o
Adj. Nom. NP 3 S 2 Aor. Ind. At. Interj. 3 S 2 Perf. Ind. At. Adj. Nom. NP as (coisas) antigas (ela) passou eis! (ele) tem feito (tem vindo a ser) novas se Aoristo Perfectivo – finalidade O Adjetivo καινά é subjetivo, ou seja, não são as velhas coisas que foram renovadas, houve uma criação nova, a morte do antigo, a demolição do velho para se fazer algo novo. Perceba que essa nova criação é feita do zero, tudo o que pertencia ao nosso velho homem, a nossa velha natureza tem que morrer, tem que ser destruído, temos que nos despir daquelas roupas velhas do pecado e colocar as novas de santidade. Deus não faz remendos em nossas vidas e sim uma vida completamente nova. Deus não usa parte do que pensávamos, Deus nos dá uma maneira nova de pensar, segundo a mente de Cristo. E até mesmo nosso corpo será novo, por isso ainda morreremos, pois esta carne tem que morrer para que Deus nos dê um novo corpo, um corpo glorificado como o de Cristo. Obviamente, há continuidade e descontinuidade que ocorre na conversão (justificação). Paulo não estava negando a continuidade. Nós ainda temos as mesmas características físicas, personalidade básica, constituição genética, pais, susceptibilidade a tentação (1 Coríntios 10.14), meio ambiente pecaminoso (Gálatas 1.4), essas coisas não mudam. Ele estava enfatizando os elementos de descontinuidade: perspectivas, preconceitos, equívocos, escravização, etc.: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-­‐ a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2.20). Deus acrescenta muitas coisas novas na conversão, incluindo uma nova vida espiritual, o Espírito Santo, o perdão, a justiça de Cristo, bem como novos pontos de vista (vs. 16). 8 18
τὰ
δὲ
πάντα
pa`"
ἐκ
τοῦ θεοῦ
Qeov"
Artg. Nom. NP Co. Co. Ad. Adj. Nom. NP Prep. Gen. Gen. MS (o/a) e tudo desde de Deus O termo πάντα (tudo) se refere a todas as coisas mencionadas anteriormente, advindo das duas clausulas conclusivas dos vs. 16 e 17, o conhecimento renovado a cerca de Cristo, dos outros e de nós mesmos e a recriação integral de nós mesmos. Todas essas coisas têm Deus como fonte, não é um curso que se faz, como uma faculdade, essas coisas não podem ser pagas ou compradas, elas vêm do próprio Deus. Também o texto deixa claro que essas coisas não são provenientes de um desejo humano, de uma busca ou esforço pessoal, “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-­‐la até o dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1.6) “Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas na minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele” (Filipenses 2.12-­‐13) τοῦ καταλλάξαντος
katavllassw
ἡµᾶς
hJmei`"
ἑαυτῷ
eJautou`
διὰ
Χριστοῦ
Cristov"
1 Aor. Ptc. At. Gen. MS Pron. 1 Ac. P Pron. Refl. 3 Dat. MS Prep. Gen. Gen. MS aquele que reconciliou a nós A preposição katav, prefixada ao verbo é perfectiva indicando uma reconciliação completa. o
a
a
para si mesmo (consigo) por meio de Cristo A base dessa mudança total (“novas atitudes” – vs. 16 e “nova criação” – vs. 17) é a graciosa provisão de Deus da reconciliação em enviar o Seu Filho para morrer por nós. Ele trouxe as pessoas para si mesmo ao lidar com nossos pecados em Cristo. Deus é o reconciliador, e Ele reconciliou todos “para Si mesmo”, os eleitos e os não-­‐eleitos da mesma forma: “Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus! Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida! Não apenas isso, mas também nos gloriamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante quem recebemos agora a reconciliação” (Romanos 5.10-­‐11) “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão nos céus, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz. Antes vocês estavam separados de Deus e, na mente de vocês, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês. Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-­‐ los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação, desde que continuem alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todos os que estão debaixo do céu. Esse é o evangelho do qual eu, Paulo, me tornei ministro”(Colossenses 15 – 23). 9 Ele trouxe todos para si mesmo, enviando o Seu Filho que pagou a penalidade do pecado que separa as pessoas de Deus. O fato de que Deus reconciliou todos não quer dizer que todo mundo é justificado, no entanto, as pessoas ainda precisam responder à oferta de salvação por crer no evangelho para receber justificação (vs. 20). A reconciliação remove uma barreira para a nossa salvação, mas não pode por si só, realizar a nossa salvação. Hino 207 CC MENSAGEM REAL12 Flora Hamilton Cassel (1852-­‐1911) e Elijah Taylor Cassel (1849-­‐1930) Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou; Do reino lá do céu embaixador eu sou. Meu Rei e Salvador vos manda em seu amor As boas-­‐novas de perdão. Eis a mensagem que me deu Aquele que por nós morreu; "Reconciliai-­‐vos já", é ordem que ele dá; "Reconciliai-­‐vos já com Deus"! É ordem do meu Rei que todo pecador Arrependido já confesse ao Salvador Todo pecado seu, pois ele prometeu Dar o perdão por seu amor. No meu eterno lar não há perturbação; Eterno gozo e paz os salvos fruirão! E quem obedecer a Cristo vai viver No reino eterno do meu Rei. καὶ
δόντος
divdwmi
ἡµῖν
hJmei`"
τὴν διακονίαν
dikaioniva
τῆς καταλλαγῆς,
katallaghv
Co. Co. Ad. 1 Aor. Ptc. At. Gen. MS Pron. 1 Dat. P Ac. FS Gen. FS e um que deu à nós serviço (ministério) da reconciliação Uso adjetivo do particípio tendo Deus como sujeito, e autor de todas as ações no versículo o
a
Os dois Particípios deste versículo são Aoristos expressando a ação de Deus no passado de reconciliar os homens para si e dar estes reconciliados o serviço de levar outros a se reconciliarem. Estes Particípios Aoristos estão em contraste com os do versículo seguinte que estão no Presente, apontando a reconciliação, ainda em andamento, do mundo, e o fato de que Deus, por meio do ministério da reconciliação, leva aos homens os meios para que seus pecados não lhes sejam imputados. 12 https://youtu.be/-­‐ft0cnffpeM 10 19
ὡς
ὅτι
θεὸς
ἦν
eijmiv
ἐν
Χριστῷ
Cristov"
κόσµον
kovsmo"
καταλλάσσων
katavllassw
ἑαυτῷ,
eJautou`
Co. Sub. Int. Co. Sub. Int. Nom. MS 3 S Impf. Ind. At. Prep. Dat. Dat. MS Ac. MS Ptc. Pres. At. Nom. MS Pron. Refl. 3 Dat. MS a saber que Deus (ele) estava em Cristo o mundo reconciliando para si mesmo a
a
O Particípio tem uma função condicional como parte do imperfeito perifrástico, indicando que quando Cristo morreu, Ele, não apenas reconciliou os salvos, mas também, o mundo. Sendo que a reconciliação do mundo é feita, em Cristo, por meio do ministério da reconciliação. O Acusativo κόσµον funciona como Objeto Direto do Particípio καταλλάσσων: Deus reconcilia o mundo. µὴ
λογιζόµενος
logivzomai
αὐτοῖς
aujtov"
τὰ παραπτώµατα
paravptwma
αὐτῶν
aujtov"
Part. Neg. Ptc. Pres. Med. Nom. MS Pron. 3 Dat. MP Ac. NP Pron. 3 Gen. MP não imputando (levando em conta) contra eles os pecados deles (do mundo) καὶ
θέµενος
tivqhmi
ἐν
ἡµῖν
hJmei`"
τὸν λόγον
lovgo"
τῆς καταλλαγῆς,
katallaghv
Co. Co. Ad. Ptc. Aor. Med. Nom. MS Prep. Dat. Pron. 1 Dat. P Ac. MS Gen. FS e confiando (estabelecendo) sobre nós a palavra da reconciliação a
a
Deus confiou a mensagem da reconciliação para aqueles que experimentaram a reconciliação, e nosso ministério é apresentá-­‐lo a todas as pessoas (Mateus 28.19 – 20). Este é um ministério de todos os crentes, porque Deus reconciliou-­‐nos a todos. A palavra da reconciliação é a mensagem do evangelho. Quem é reconciliado com Deus sabe o que recebeu, sabe o quanto é boa essa reconciliação, por isso é motivado a ser reconciliador. Que tamanha honra, que supremo ministério, poder ser o instrumento de reconciliação de alguém com Deus. Nada neste mundo se equipara a isso, nada tem resultados tão profundos e eternos, nada pode ser mais importante ou prioritário na vida do que este ministério, na verdade, toda a vida deve ser centrada e ter este ministério como alvo. Veja que o tempo presente é um tempo em que Deus não está levando em conta os pecados do mundo, visto que ainda é oferecida pela igreja, através dos embaixadores de Deus (os crentes), a oportunidade de reconciliação. Um embaixador tem que ser uma pessoa primeiramente de respeito e honra em seu próprio país, alguém que é escolhido como o melhor que o país tem para representa-­‐lo. Mas, o embaixador também precisa ser bem visto pelo país onde ele irá representar seu país, para que sua representação seja bem-­‐
vinda, pacífica e para que ele consiga dialogar e buscar os interesses de seu país com sabedoria para não causar uma guerra ou algum tipo de sansão. Neste sentido, aplicando a ilustração, o embaixador de Cristo no mundo, deve ser em primeiro lugar um cidadão modelo do Reino de Deus, um cristão, expressão vívida da vida de Cristo e seu reino. Quando este representante adentrar o mundo estrangeiro, ele não adentra para buscar seus próprios interesses, mas sim os interesses de quem ele representa, o Reino de Cristo. Tudo isso implica em ter sabedoria no falar, em se comportar da maneira adequada, em interesses abnegados, em representatividade, etc... No entanto, os riscos envolvidos exigem um apelo urgente. Porém, nunca devemos apresentar o evangelho para os perdidos com uma atitude de "é pegar ou largar". Nossa apresentação deve comunicar a urgência dele acreditar na mensagem. Pois, a reconciliação completa só ocorre quando a pessoa confia no Senhor Jesus Cristo como seu Salvador (João 3.16). Por conseguinte, pode ser útil pensar em reconciliação como objetivamente providenciada por Deus no passado, mas que necessitam apropriação subjetiva pelo salvos no presente. a
11 20
Ὑπὲρ
Χριστοῦ
Cristov"
οὖν
πρεσβεύοµεν
presbeuvw
Prep. Gen. Gen. MS Co. Co. 1 P Pres. Ind. At. a favor de Cristo portanto (nós) somos embaixadores ὡς
τοῦ θεοῦ
Qeov"
παρακαλοῦντος
parakalevw
δἰ
diva
ἡµῶν·
hJmei`"
Part. Comp. Gen. MS Ptc. Pres. At. Gen. MS Prep. Gen. Pron. 1 Gen. P como Deus falando (exorta, encoraja) por meio de de nós a
ὡς seguido por um Genitivo Absoluto sempre dá um conceito Subjetivo daquilo que é declarado pelo Genitivo indicando que aquilo que o genitivo expressa é um fato real. Ou seja, Deus realmente fala por meio de seus embaixadores. a
δεόµεθα
devomai
ὑπὲρ
Χριστοῦ,
Cristov"
1 P Pres. Ind. Med. Prep. Gen. Gen. MS 2 P 1 Aor. Imp. Pass. Dat. MS (nós) suplicamos por meio de Cristo: reconciliem-­‐se (vós) com Deus a
a
καταλλάγητε
katallassw
τῷ θεῷ.
Qeov"
o
21
τὸν
µὴ
γνόντα
ginwvskw
ἁµαρτίαν
aJmartiva
Artg. Ac. MS Part. Neg. 2 Aor. Ptc. At. Ac. MS Ac. FS (o) não aquele que (não) conheceu pecado o
ὑπὲρ
ἡµῶν
hJmei`"
ἁµαρτίαν
aJmartiva
Prep. Gen. Pron. 1 Gen. P Ac. FS 3 S 1 Aor. Ind. At. em favor de de nós pecado (ele) foi feito a
a
ἐποίησεν,
poievw
a
O versículo anterior Paulo conclui com uma súplica: “reconciliem-­‐se com Deus”, essa súplica suscita uma pergunta: “como?”. A resposta é o que temos abaixo, o suprassumo da teologia da expiação: o sacrifício substitutivo. Deus fez o inocente ser punido como se fosse culpado. Isso significa que Deus colocou toda a culpa do pecado sobre Cristo, e tratou a Cristo como se ele fosse um pecador, colocando sobre ele o peso e a punição pelo pecado humano, uma vítima do pecado. Todo pecado foi colocado sobre ele como sobre o bode expiatório no dia da expiação. Deus fez dele o objeto de seu julgamento e ira contra o pecado. Isso significa que Deus o tratou como ele iria tratar os pecadores. Esse texto pode inferir a Levítico 5.12 e 6.5 ou Isaías 53.10 conde a oferta pelo pecado, é simplesmente chamada de ‘pecado’. γενώµεθα
θεοῦ
αὐτῷ. ἵνα
ἡµεῖς
δικαιοσύνη
ἐν
givnomai
Qeov"
aujtov"
a
a
o
Co. Sub. Final Pron. 1 Nom. S 1 P 2 Aor. Subj. Med. Nom. FS Gen. MS a fim de que nós (nós) nos tornássemos justiça de Deus a
Prep. Dat. Pron. 1 Dat. MS em ele Por Deus ter imputado o pecado de toda a humanidade sobre Jesus (cf. Romanos 8.3, 1 Coríntios 15.3). Agora Deus nos torna alvos de Sua justiça (1 Coríntios 1.30; Filipenses 3.9). O efeito de Deus ter imputando a justiça aos crentes é que agora Deus nos vê como Ele vê Seu Filho: Justo. Ou seja, totalmente aceitáveis a Ele. Este é o conceito de justificação. 12 

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