Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informa\347\343o

Transcrição

Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informa\347\343o
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
1 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Fortaleza, CE - domingo, 02 de setembro de 2007
AIRM - ASSESSORIA DE IMPRENSA E RELAÇÕES COM A MÍDIA - UNIDADE DE CLIPPING
FIEC
- Aberta a temporada de empregos
- Entrevista gera expectativa
- Nótícias Sebrae - Negócios do Cariri I
- Grendene aumenta volume exportado
SESI
- Parabéns Sesi e Senai
- Sesi recruta - Técnico nível Superior
- Arquitetura - Páginas decorativas
SENAI
- Senai está recrutando - Técnico NS I
- Pop cursos - SENAI/CETAE
- Pop cursos - SENAI/CERTREM
- Pop cursos - SENAI/AUA
- Pop cursos - SENAI/WDS
- Pop cursos - UNICA.BR
- Pop cursos - SENAI - PARANGABA
IEL
- Pop cursos - IEL
- Pop na Universidade - IEL
- IEL do Ceará recebe inscrições para curso de auditor ambiental
CIC
- Idéia vira produto em apenas um clic
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
- Ceará se destaca em pesquisa e tecnologia
- Brasil começa a desbravar os caminhos das patentes
FEDERAÇÕES DAS INDÚSTRIAS (BRASIL)
- Ganho da indústria supera aplicações
INDÚSTRIA
- Mercado Aberto - Miguel Jorge elabora política industrial para durar 15 anos
INDÚSTRIA DE LACTICÍNIOS
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
2 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
- De Olho no Dinheiro - Resfriando
INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
- Governo estuda cortar tarifa de alimento
- Empresários criticam plano da Fazenda
INDÚSTRIA TÊXTIL
- Consumo de têxteis aumentou 9,2%
INFRA-ESTRUTURA
- Vale Tudo - O túmulo de Lázaro
- Lêda Maria - Passarelas
MEIO AMBIENTE
- Sônia Pinheiro - Cerco
- Editorial - Evitar a desertificação
- Regina Marshall - Irregularidades na Serra
RECURSOS HÍDRICOS
- Edilmar Norões - Insensabilidade
- Quereres do Brasil
SECA
- AGRAVAMENTO DO PROBLEMA - Seca no NE preocupa a ONU
SINDICATO
- CE produz para grifes de luxo
TRABALHO
- Economia forte valoriza elite do emprego
- Curtas - Primeiro Emprego será remodelado
O POVO
02 de setembro de 2007
TRABALHO - SINDEMBALAGENS
Aberta a temporada de empregos
Esta é a hora de procurar emprego na indústria de transformação cearense. Segundo o Instituto de
Desenvolvimento do Trabalho (IDT), esse setor abre mais oportunidades de trabalho a partir do terceiro
trimestre do ano. Para atender os pedidos do comércio que está de olho no Natal, aumentam agora a
produtividade, as horas trabalhadas e as oportunidades de emprego
A indústria cearense acelera seu ritmo de produção bem antes das festas de fim de ano, longe dos chamativos
cartazes com pincel vermelho nas vitrines e das caixas de som nas calçadas do comércio. Esse movimento é
silencioso, mas mexe com uma engrenagem gigantesca da nossa economia. Para abastecer as prateleiras
das lojas para as vendas de Natal, as fábricas aumentam a utilização de maquinários, estendem carga horária
dos funcionários, duplicam turnos de trabalho e contratam mais pessoas. Para os trabalhadores dessas
empresas, a oportunidade de faturar um pouco mais com horas extras. Para quem está desempregado, a
chance de conseguir uma vaga no mercado de trabalho.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
3 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Segundo Mardônio Costa, diretor de pesquisa do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), o terceiro
trimestre responde pela "expressiva parcela do emprego gerado na indústria de transformação no Ceará". O
histórico comprova. Do saldo de 12.138 postos formais de trabalho abertos (admissões menos demissões) em
2004, 8.141 foram criados entre julho e setembro. No ano seguinte, o terceiro trimestre registrou um saldo de
5.229 postos abertos. Número maior que o saldo de todo o ano (4.607). Em 2006, o saldo anual foi de 6.597
postos com carteira assinada, sendo que 5.961 deles foram criados no terceiro trimestre.
Conjuntura
Costa afirma que, nos últimos anos, o pico nas contratações tem sido agosto. "Mas em 2006 foi no mês de
outubro. O mês de pico depende da conjuntura econômica, do momento que o comércio está vivendo e de
quando ele faz as encomendas à indústria. Às vezes, a conjuntura não é favorável e o comércio adia suas
compras", afirma.
A contratação na indústria se dá para atender a explosão nas vendas e na produção que começa em agosto e
segue até novembro. O ano passado foi exemplo disso. Em agosto de 2006, as vendas da indústria cearense
superaram às de julho em 14,21%. Foram incorporados às fábricas 1,7% a mais de pessoal. Em setembro,
novo crescimento. As vendas do mês nove foram 11,57% maiores que as de agosto, assim como o número
total de pessoas empregadas: 1,12%.
Em outubro, as contratações continuaram e o número de pessoal empregado aumentou 2,82% sobre o quadro
de pessoal do mês anterior, mas as vendas caíram 1,18%. Em compensação, em novembro as vendas da
indústria superaram em 16,71% as registradas em outubro. O pessoal empregado também cresceu (0,7%).
Em dezembro, começam as quedas e o mês fechou com vendas 11,59% menores que em novembro.
Retração natural, uma vez que o último mês do ano é, basicamente, para entrega. Assim, começam as
demissões. Em dezembro, o total de pessoas trabalhando caiu 3,54%.
Para o presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), Baltazar Neto, essa é a dinâmica natural da indústria.
"Sempre há um incremento na produção de setembro a novembro. Nessa época de final de ano crescem todos
os setores de bens de consumo como vestuário, calçados, brinquedos e também de gênero alimentício",
afirma. Segundo ele, além de haver mais contratações por causa do aumento na produção para o Natal, em
2007 as perspectivas são melhores. "Ainda temos o dólar baixo, mas a inflação está decadente, os juros
baixos e o dinheiro mais barato. Tudo isso se replica na satisfação da demanda reprimida que existe em todos
os setores", afirma.
Temporária pelo quinto ano
Elziana da Silva, 27 anos, já incorporou os trabalhos temporários ao seu planejamento financeiro. É o quinto
ano em que ela consegue uma vaga como trabalhadora temporária em uma linha de produção de uma
indústria. "Fico cinco ou seis meses. No resto do ano trabalho em casa de família. Acho melhor aqui porque
assinam minha carteira de trabalho e o salário é maior", afirma. O salário líquido de Elziana é 33% maior na
indústria. O sonho dela é o mesmo de muitos trabalhadores temporários: ser efetivada. Enquanto isso não
acontece, ela vai equilibrando as contas. (MT)
Aquecimento e boas perspectivas
O Índice de Confiança da Indústria atingiu nível recorde em agosto, batendo a marca dos 121,8 pontos ante
121,7 em julho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na comparação com agosto de 2006, a FGV
registrou pontuação 14,2% superior. Segundo a FGV, "o resultado revela que a indústria continua aquecida e
com boas perspectivas para os últimos meses do ano".
A pesquisa da Fundação revelou que, nos 12 meses, aumentou a parcela dos empresários entrevistados que
consideram insuficiente o nível de estoques: em agosto de 2006, 4% responderam dessa forma, enquanto 7%
tiveram essa avaliação no mês corrente. A proporção dos empresários ouvidos que consideram o nível de
estoques "excessivo" caiu de 12% -em agosto de 2006- para 6% neste mês.
A parcela dos empresários que espera aumentar a produção nos próximos meses foi de 50% neste mês contra
39% em agosto de 2006. Somente 4% dos empresários entrevistados trabalham com perspectiva de reduzir a
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
4 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
produção contra 13% no mesmo mês do ano passado.
O Índice de Situação Atual ficou estável em 123,3 pontos enquanto o Índice de Expectativas subiu de 120 para
120,3 pontos, o maior nível da série histórica iniciada em 1995. Nos 12 meses, os dois indicadores acumulam
variação de 16,4% e 11,9%, respectivamente. (Folhapress)
Vagas na indústria alimentícia
Os três últimos meses do ano concentram as oportunidades de emprego nos segmentos alimentos e bebidas.
Para este ano, a expectativa é que as vendas superem as registradas em 2006
A partir de setembro, a indústria de alimentos e bebidas no Ceará abre suas portas para novos profissionais.
As contratações vão até dezembro. Somente a Norsa, fabricante da Coca-Cola, deve contratar até 100
trabalhadores temporários no Ceará a partir deste mês. Já a indústria de panificação aumenta entre 5% e 8%
o número de funcionários no período.
Segundo Sidney Leite, diretor industrial da Norsa, a produção nos três últimos meses do ano é 30% maior que
a média registrada de janeiro a setembro. O período é tão significativo para a empresa que a utilização da
capacidade instalada chega a 100%. "De janeiro a setembro, a ociosidade fica entre 35% a 40%", afirma.
Os trabalhadores serão utilizados na unidade da Norsa em Maracanaú, que responde por cerca de 50% dos
620 milhões de litros produzidos por ano pela empresa. A Norsa mantém unidades e distribui sua bebida ainda
na Bahia, Rio Grande do Norte e Piauí.
Para este ano, a previsão é que o número de trabalhadores contratados para o período corresponda a 20% do
efetivo da empresa. "Está havendo, desde o ano passado para cá, um aquecimento da demanda. A gente
percebe que a economia está aquecida na nossa região. O crescimento vem superando as expectativas",
afirma. O aumento nas vendas chegou a pegar a empresa de surpresa. "Tivemos o lançamento da Coca-cola
Zero e foi acima da nossas expectativas. Tanto que tivemos rupturas no fornecimento, assim como a Aquarius
Fresh. A gente tem de se programar bem para não faltar no Natal", exemplifica.
A expectativa é que sejam contratados entre 80 e 100 pessoas. "Começamos a contratar em setembro porque
temos de oferecer capacitação ao pessoal e fazemos treinamento. Essas vagas previstas são de mão-de-obra
direta. Os empregos indiretos vão no mesmo caminho", completa. A Norsa trabalha com cerca de 150
produtos diferentes, entre sucos, energéticos, refrigerantes, águas "saborizadas" e mineral.
Na indústria de panificação e confeitaria, as vagas de emprego devem ser puxadas pelos bons resultados
obtidos no último ano. "Está havendo um crescimento. Em 2006 foi de 6,9%, bem acima da média indústria
nacional. A previsão para este ano é que o aumento nas vendas fique em torno de 7%. A previsão para a
indústria em geral é de crescimento de 3,5% a 4,5%. O nosso aumento vem sendo contínuo. Agora, também
tem sido atípico e acredito que se deva ao fato do setor estar se modernizando, fora a questão da própria
economia que está acelerando", afirma Alexandre Pereira, presidente da Associação Brasileira da Indústria de
Panificação e Confeitaria (Abip).
No caso das panificadoras, as contratações começam em outubro e seguem até o final do ano. "A indústria
contrata principalmente nas empresas que trabalham com confeitaria e panetones", afirma. Segundo dados da
Abip, a média de empregados por panificadora fica entre 12 e 17 pessoas. (Márcio Teles)
Setor têxtil lidera geração de empregos no Estado
A indústria têxtil está puxando a geração de empregos formais no Ceará em 2007. Segundo o diretor de
estudos do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Mardônio Costa, 76,4% dos postos de trabalho
criados no primeiro semestre (admissões menos demissões) foram nesse segmento. "De janeiro a julho de
2007, a indústria de transformação criou 3.199 novos empregos com carteira assinada. Os segmentos mais
fortes foram a indústria têxtil e vestuário (2.445 vagas) e metalúrgica (763 vagas). Alimentícios e calçados
tiveram saldo negativo", afirma.
Apesar do resultado ruim da indústria de calçados e alimentos, esses segmentos ainda são apontados por
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
5 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Costa como grandes geradores de oportunidades no pico da produção industrial. "Com certeza, esses quatro
ramos (metalúrgica, têxtil e vestuários, calçados e alimentos) tendem a aumentar o número de contratações
porque são produtos muito consumidos no final do ano. Além disso, tudo isso se reflete na indústria de papel e
papelão, que é um sinalizador do ritmo da atividade industrial. Esse ano, é o mercado interno que está
alimentando a economia", explica.
De acordo com o diretor do IDT, durante essa época do ano os trabalhadores desempregados concentram
seus esforços para a indústria. "Normalmente o trabalhador já tem alguma experiência de onde aparecem as
oportunidades. Mesmo porque o tempo médio de busca por um emprego em Fortaleza é de 11 meses. Então
as pessoas se familiarizam com os períodos, percebem os ciclos", diz. (MT)
Planejamento e estoque evitam correria de fim de ano
Planejamento e um bom estoque. Essas são as ferramentas utilizadas pela Santana Têxtil para evitar a
correria no atendimento dos pedidos de fim de ano. Segundo Daniel Moura, diretor comercial, a decisão
tomada pela empresa foi manter o mesmo ritmo de produtividade durante o ano e administrar o estoque. "A
nossa produção é constante. Fazemos seis milhões de metros por mês, mesmo nos meses em que há mais
pedidos. O que acontece é que, às vezes, durante o ano nós oferecemos descontos para vender e fazemos
estoque. Agora fica mais fácil vender e nós damos menos descontos e conseguimos vender tudo", afirma.
A empresa produz tecidos para indústria de confecção. "Como o final do ano é o momento mais importante
para a confecção, todos querem comprar roupa nova, nós recebemos os pedidos com muita antecedência",
afirma.
A estratégia de fazer estoque evita que seja necessário aumentar o número de horas extras, de utilização do
parque industrial ou mesmo de contratar pessoal temporário. De acordo com Moura, a empresa irá iniciar o
mês de setembro com um estoque corresponde a 15 dias de produção. Se fosse dividir essa produção pelo
período mais forte para esse segmento (setembro, outubro e novembro), seria preciso que todas as unidades
fizessem cerca de cinco dias inteiros de trabalho extra a cada mês.
Hoje, a Santana Têxtil possui quatro plantas industriais, sendo uma em Mato Grosso, duas no Rio Grande do
Norte e uma no Ceará. Ao todo, a empresa emprega 1.400 pessoas. A planta do Ceará é a maior de todas e
emprega 900 trabalhadores. (MT)
Bons ventos para Maranguape
Os trabalhadores que moram fora da Capital têm a chance de conseguir boas colocações no mercado de
trabalho. Em Maranguape, cerca de 400 vagas para trabalho temporário estão sendo oferecidas. Em Sobral,
quase dois mil postos
A força que a indústria ganha no início do segundo semestre é tão grande que chega a duplicar o quadro
funcional e a produção de algumas empresas. É o caso da Mallory, empresa de eletrodomésticos, eletrônicos
e ferramentas do grupo espanhol Taurus. De janeiro a julho, a fábrica em Maranguape produz cerca de sete
mil unidades e emprega 400 pessoas. A partir de agosto, a produção diária fica entre 14 mil e 16 mil unidades
e são abertas mais 400 vagas de trabalho.
Segundo Antônio Sampaio, diretor industrial da Mallory, a partir de agosto a empresa passa a trabalhar em três
turnos. "Hoje nós estamos trabalhando 24 horas por dia durante os sete dias da semana. No período que
chamamos de baixa estação, trabalhamos 16 horas por dia, de segunda a sábado", afirma.
E o trabalho na empresa ainda deve aumentar a partir deste mês de setembro. "Na alta estação nós
trabalhamos mais, temos mais funcionários e mesmo assim eu não consigo dar conta. A capacidade instalada
ainda é insuficiente. Tanto que agora em setembro vão chegar quatro injetoras de 300 toneladas", afirma
Sampaio. O diretor não adiantou se haverá mais contratações, mas a idéia é utilizar esse aumento na
capacidade instalada ainda este ano.
Tudo isso é para atender o mercado nacional. A unidade em Maranguape é a única das duas no Brasil que
produz os aparelhos. As instalações em São Paulo servem apenas para distribuição. Cerca de 90% do que é
produzido no Ceará são vendidos em outros estados do Nordeste e nas regiões Sul e Sudeste.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
6 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Sampaio explica que não são apenas as encomendas de fim de ano que produzem essa agitação na empresa.
"A linha de montagem de ventilação é a que mais precisa. Cerca de 40% dos trabalhadores temporários são
para essa linha. O problema é que, além do Natal aumentar as vendas, o ventilador tem sua própria
sazonalidade, que é o verão", diz. Por isso também os contratos na empresas se estendem até janeiro.
A Mallory trabalha com 157 produtos, entre os fabricados no Ceará e os importados. Segundo Sampaio, é a
maior empresa de transformação de plásticos de peças técnicas do Nordeste. "São 12 toneladas de
polipropileno processados por dia. Hoje temos um parque de injeção com máquinas que vão de 60 toneladas a
600 toneladas", afirma.
Sandálias fazem sucesso no segundo semestre
Outra empresa que intensifica a produção e a contratação no segundo semestre é a Grendene. Segundo Dóris
Wilhelm, gerente de relações com investidores, entre 65% a 70% da receita bruta da Grendene são ganhos no
segundo semestre. Assim como os ventiladores, as sandálias também fazem mais sucesso no segundo
semestre. "A Grendene, historicamente, é voltada para o verão. Mas é claro que como o comércio se prepara
para o Dia das Crianças e as festas de fim de ano há aumento das vendas", afirma.
Os pedidos se intensificam em outubro, mas as contratações iniciam em julho. O incremento na produção
começa cedo e pode se estender até o final do ano. Isso porque, segundo Wilhelm, o tempo médio de entrega
é de 20 dias. Com mais vendas, há mais produção e mais oportunidades de trabalho. De acordo com Wilhelm,
há um movimento "natural" na linha de produção de aumentar o quadro de funcionários no segundo semestre
e diminuir no primeiro semestre. Segundo a empresa, a média de funcionários é 19 mil pessoas durante o ano.
Em dezembro, esse número supera os 21 mil postos.
Na unidade de Sobral, que responde por 87% da produção da Grendene, há mais oportunidades de trabalho.
Mostra disso é que as últimas vagas abertas pela empresa no Ceará, em julho, foram distribuídas em mil
postos em Sobral, 300 postos no Crato e 100 postos em Fortaleza. De acordo com a gerente, a estimativa da
empresa é superar o crescimento de 3% registrado em 2006, quando o faturamento bruto somou R$ 1,4 bilhão
e foram produzidos 132 mil pares de calçados. (MT)
ONDE ESTÁ O EMPREGO
De janeiro a julho de 2007, a indústria de transformação no Ceará criou 3.199 novos postos de trabalho com
carteira assinada. O segmento que mais contratou foi o de têxtil e vestuário (2.445 vagas) e seguido de
metalurgia (763 vagas).
Profissionais mais requisitados na indústria têxtil no primeiro semestre:
Polivalentes 524 postos
Operador de máquina para costura de vestuário 370 postos
Alimentadores de linha de produção 300 postos
Operador de máquinas para bordado e acabamento de roupas 163 postos
Trabalhadores de preparação da confecção de roupas 152 postos
Fonte: Caged/MTE
Comércio deve vender mais este ano
As vendas de Natal no comércio de Fortaleza este ano devem ser bem maiores do que as de 2006. A
estimativa é do presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves. Ele se
apóia nos números alcançados no primeiro semestre. De janeiro a junho, o volume de vendas do comércio
varejista cresceu 14,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com essa expectativa de boas vendas, os lojistas se apressam. "Os pedidos (para o fim de ano) já começam
agora. Para se ter uma idéia, os pedidos para o Dia das Crianças começaram no mês de julho. Os
empresários fazem isso até para se preparar. Se você deixar para comprar em cima da hora pode complicar
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
7 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
seu fluxo de caixa e também pode pagar mais", diz Alves.
De acordo com o presidente do Sindilojas, mesmo com o aumento nas compras durante esse período a
indústria não costuma elevar os preços. "Eles defendem os interesses da indústria e nós defendemos o nosso
lado. Mas a relação é altamente saudável. Agora, existe a famosa lei da oferta e da procura. Quando existe
mais gente procurando do que a indústria pode ofertar, há alta. Se a indústria aumentar os preços, o lojista não
vai comprar porque o consumidor não tem poder aquisitivo. O normal é a indústria já aumentar a produção e
com isso há um equilíbrio", explica. De acordo com Cid Alves, os setores da indústria local que mais recebem
pedidos do comércio são calçados, tintas imobiliárias e confecções. (MT)
Segmento de embalagens em alta
O segmento de embalagens está aquecido desde o começo de 2007. A projeção para o fim do ano é positiva,
mas o segmento não costuma contratar muita mão-de-obra
A média de aumento na venda da indústria no Ceará chega a 30% a partir de agosto. A estimativa é do
presidente do Sindicato das Indústrias do Papel, Papelão, Celulose e Embalagens em Geral no Estado do
Ceará (Sindiembalagens), Álvaro de Castro Correia Neto, que utiliza as estatísticas de seu segmento como um
termômetro para toda a indústria. "Em termos de embalagens papel e celulose, o ano até aqui tem sido melhor
do que foi em 2006. Durante todo o ano talvez esteja num aumento de 5% a 5,5% no papel consumido. No
segmento de embalagens plásticas, o aumento chega a 10%", afirma.
A má notícia é que esse segmento contrata pouca gente mesmo quando as vendas são elevadas. De acordo
com Correia Neto, as indústrias costumam trabalhar com "planejamento". Na prática, isso significa que o
segmento lida com produtos que podem ser estocados por um longo tempo. Assim, é normal as empresas
movimentarem mais os estoques durante o fim de ano.
Correia Neto, que também tem cargos na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e na
Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirma que a indústria em geral está recebendo muitos pedidos,
mas os setores que trabalham com exportação ainda sofrem com a queda do dólar. "Há um setor do mercado
interno que deveria estar bom, mas devido ao problema da venda informais e o Supersimples, está com
problemas. É o segmento de confecções. Antes os magazines compravam e tinham incentivo fiscal, agora com
Supersimples não há mais direito ao crédito e esses magazines estão deixando de comprar no Ceará", afirma.
As boas perspectivas do segmento de embalagens não são só no Ceará. Segundo a associação nacional do
setor, a Abre, o "cenário para este ano delineia-se com perspectivas positivas, o aumento da demanda interna
de bens de consumo, materiais de construção e insumos agropecuários deve permitir que o setor de
embalagens cresça aproximadamente 1,8% em 2007, atingindo um faturamento de cerca de R$ 31,5 bilhões, o
que representa em torno de 1,5%% do Produto Interno Bruto do País", afirma o documento da Abre. (Márcio
Teles)
Independência
Depois de quase quatro anos desempregada, Rejane Silva, 27 anos, está próxima de conseguir uma ocupação
com carteira assinada. A oportunidade está nascendo do aumento da produção na indústria para atender o
comércio no fim do ano. "Eu sabia que nessa época as fábricas contratavam", afirma. Depois foi só ficar atenta
às oportunidades. "Soube por uns amigos e vim para ver se conseguia. Enfrentei fila, passei na entrevista e
estou indo agora fazer a dinâmica", diz. Para Rejane, ser selecionada é mais que conseguir uma ocupação. É
independência. "Moro com meu pai e até hoje é ele que me sustenta", afirma.
(MT)
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
SIDERÚRGICA
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
8 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Entrevista gera expectativa
As declarações de Lula ao O POVO na última sexta-feira dividiram aliados e opositores do presidente. Em
coletiva que reuniu os jornais regionais mais influentes do País, Lula garantiu que a siderúrgica sairá do papel
As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à Siderúrgica Ceara Steel repercutiram
entre aliados e opositores do Governo Federal. Na última sexta-feira, o petista concedeu entrevista coletiva
aos onze jornais regionais mais influentes do País. O POVO foi o único jornal do Ceará a participar da
entrevista. Durante a coletiva, o presidente garantiu que a decisão política em torno do empreendimento já
estava tomada em função de um compromisso com o governador Cid Gomes. "A siderúrgica sai", afirmou
Lula.
Apesar do tom enfático, críticos de Lula apontam que esse já é o terceiro anúncio público feito pelo próprio
presidente somente neste ano, o que gera desconfiança e incomoda até mesmo quem é da base de
sustentação do governo. É o caso da senadora Patrícia Saboya (PSB). "Eu acho que estão todas (as
declarações) no mesmo caminho de todas as outras que ele já teve a oportunidade de anunciar. Acho que
nosso elástico já esticou mais do que podia", declarou a parlamentar. "Já estou ficando muito cansada do 'ela
tá vindo, ela tá vindo, ela tá vindo'. Gostaria que o presidente viesse logo assinar o contrato da siderúrgica."
Patrícia já ameaçou deixar a base do governo caso o projeto não saia do papel. O posicionamento, ela
garante, continua o mesmo. "Aí não tenho mais o que fazer aqui na base de um governo que não cumpre seus
compromissos, ainda mais com seus aliados", afirmou ao ser perguntada se deixa o governo se a siderúrgica
não sair.
Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB), da oposição, a palavra do Lula perdeu a
credibilidade. "Já perdeu em várias afirmativas dele. O presidente tem de ter o mínimo de certeza naquilo que
está afirmando." O tucano lembra de outras situações em que o presidente foi desmentido pelos seus
assessores, como no caso do aumento de 1% das verbas para os municípios e, mais recentemente, na
liberação de R$ 2 bilhões para resolver os problemas da saúde no País.
Líder da bancada tucana na Assembléia Legislativa, João Jaime (PSDB) lembra que a única participação do
Governo Federal no empreendimento era no fornecimento do gás. "Se ele não fornecer o gás, ele não pode
capitalizar nada como sendo ele que está trazendo a siderúrgica para o Ceará", afirmou. Seu correligionário,
deputado Luiz Pontes (PSDB), disse que vai se comportar como São Tomé: "Só acredito quando recomeçarem
as obras".
Aliados
Os aliados de Lula partiram para a defesa do presidente após as declarações dadas ao O POVO. "A idéia de
que o Ceará não tem o apoio do governo federal tem de ser descartada de uma vez por todas", afirmou o
senador Inácio Arruda (PCdoB). "Não quero esperar o tempo que tivermos de esperar pela interligação de
bacias (do Rio São Francisco), mas espero que o empreendimento venha para o Ceará."
No governo do Estado, a expectativa é animadora. O chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho comemorou. "Ela (a
declaração) só confirma o que ele (Lula) tinha efetivado desde a campanha", afirmou. Ele minimizou a demora
no anúncio. "Não é uma coisa pequena, tem muitas variáveis." Arialdo também minimizou a possibilidade da
planta da siderúrgica ser abastecida a carvão. "A maioria, 90% das siderúrgicas, é (abastecida) a carvão",
finalizou.
ONG alerta para impacto ambiental na região
O economista Cláudio Ferreira Lima considera a vinda da Ceara Steel essencial para alavancar a economia
cearense e viabilizar o Complexo do Pecém. Para ele, a usina é uma indústria de base que permitiria inclusive
a implantação de um pólo metal-mecânico no Ceará. O superintendente do Centro Internacional de Negócios
da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Eduardo Bezerra, lembra ainda que as exportações
de placas de aço realizadas pela Ceara Steel “facilmente” dobrariam as exportações do Estado de cerca de
US$ 1 bilhão para US$ 2 bilhão por ano.
O diretor financeiro da Fiec, Álvaro de Castro Correia, também reconhece que o projeto é importante para a
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
9 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
economia do Ceará, mas se diz preocupado com os impactos ambientais de uma siderúrgica movida a carvão.
Segundo o presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Cede), Ivan Bezerra,
as tecnologias existentes hoje permitiriam a construção de unidade não poluente.
O secretário da ONG cearense Instituto de Consciência Global e Ecologia Social, Raul Monteiro, diz que a
siderurgia é historicamente um setor poluidor, por isso reforça que é bom conhecer bem o novo projeto e os
impactos dele no meio ambiente. Ele alerta que uma usina a carvão na região do Pecém poderia prejudicar a
atividade turística e trazer danos ambientais, colocando em risco ainda a saúde da população. (OS)
Carvão acabaria com dependência do gás
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a entrevista em Brasília confirmou que usina siderúrgica Ceara
Steel “vai sair” por decisão política dele, porém destacou que está em estudo mudanças na concepção original
da unidade. A usina poderia funcionar com carvão mineral e não gás natural. “Estão pensando em fazer uma
siderúrgica maior do que a que estava prevista, e que poderia ser ou não a carvão, com a Vale do Rio Doce
podendo até participar de parceria nisso”, declarou o presidente.
A planta abastecida por carvão custaria cerca de US$ 3 bilhões, contra US$ 750 milhões do projeto inicial de
redução direta que usaria gás no processo. Em compensação, a capacidade de produção seria maior - de
cinco milhões de toneladas de placas de aço por ano, contra 1,5 milhão de toneladas anuais da unidade
movida a gás natural. O carvão viria de uma mina da Vale do Rio Doce na África. Para o presidente do
Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Cede), Ivan Bezerra, o importante é que a usina
venha para o Ceará, independente da matriz energética utilizada. “Com o carvão, acabaria a dependência em
relação ao gás natural da Petrobras”, diz Ivan, ao lembrar que este sempre foi o principal entrave ao projeto.
Ivan Bezerra destaca que os investidores da Ceara Steel (italiana Danieli, a coreana Dongkuk e a Vale do Rio
Doce) negaram a mudança. Ele avalia que, se a nova planta for confirmada, haveria uma geração de emprego
três vezes maior. (Oswaldo Scaliotti)
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
ENCONTRO DE NEGÓCIOS DO CARIRI
Nótícias Sebrae - Negócios do Cariri I
Acontece de 4 a 6 de setembro, no Palácio da Mlcroempresa de Juazeiro do Norte, o III Encontro Internacional
de Negócios do Cariri, que objetiva contribuir para a abertura de novos mercados para os artesãos da região
Sul. O evento vai reunir o crochê de Nova Russas, o traçado de palha de Limoeiro do Norte, a tecelagem de
Sobral e o couro, a madeira, o bordado e a xilogravura dos demais municípios da região.
Negócios do Cariri II
O III Encontro é uma promoção do escritório do Sebrae/CE no Cariri, em parceria com a Agência de Promoção
à Exportação - Apex, Associação Comercial do Ceará, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica
Federal, ECT, Faculdade de Ciências Aplicada Dr. Leão Sampaio, Facic, Fecempe, Fecomércio, Fiec, Governo
do Estado do Ceará, Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte, Sindicato da Indústrias de Calçados e
Vestuários do Cariri - Sindindústria, UFC, Universidade Regional do Cariri - URCA e Sindicato das Indústrias
de Calçados e Vestuários de Juazeiro e Região.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
GRENDENE
Grendene aumenta volume exportado
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
10 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
A Grendene cresceu 17,3% em volume de exportação, no primeiro semestre deste ano, ganhando mercado
Em meio a queda do dólar, os exportadores sentiram o arrocho na produção, em julho passado. ´Tiveram que
recalcular a planilha de custo. E estão trabalhando com uma margem estreita´, explica o Superintendente do
CIN/Fiec, Eduardo Bezerra. Mas as exportações ainda não refletem o aperto. ´As exportações do Ceará vão
bem´, confirma. Um exemplo disso é a Grendene. Cerca de 95% de sua produção concentra-se no Ceará.
O setor de calçados aparece em segundo lugar em número de empresas exportadores do Ceará (24),
perdendo para as confecções (27). Os calçados ocupam o 4º lugar no ranking de produtos mais exportados no
Estado. Foi captado cerca de US$ 50 milhões nesta atividade, que tem 8,1% de participação na pauta de
produtos exportados, entre janeiro e julho deste ano. Os dados representam uma variação de 18% em relação
ao mesmo período do ano passado, no setor.
A Grendene cresceu 17,3% em volume de exportação, no primeiro semestre deste ano, ganhando fatia de
mercado nas exportações brasileiras. Com isso, a empresa ficou responsável, neste primeiro semestre, por
21,3% do volume de exportações da calçados brasileiros contra os 17,5% registrados em igual período de
2006. Nos primeiros seis meses deste ano, a Grendene embarcou cerca de 19,5 milhões de pares.
Entre as razões para esse desempenho estão um mix de produtos de maior valor agregado e maior valor
percebido, a expansão em novos mercados e também nos tradicionais (acréscimo nas exportações para a
Europa, América do Sul, Oriente Médio e África) e, ainda, o aumento de participação das marcas ‘Melissa’ e
‘Ipanema Gisele Bündchen’, resultado da estratégia de globalização adotada pela empresa. Os principais
destinos, neste primeiro semestre, foram a América do Norte (33,8%), América do Sul (28%), Europa (24,5%)
e África (6,2%).
TOPO
FOLHA DE SÃO PAULO
02 de setembro de 2007
SESI - SENAI - EDUCAÇÃO
Parabéns Sesi e Senai
O SESI E O Senai acabam de anunciar uma das mais valiosas ajudas para o desenvolvimento do Brasil.
Trata-se de um programa de grande magnitude que visa ampliar suas atividades no campo da educação
básica e da formação profissional.
Já foi o tempo em que os recursos naturais e os equipamentos constituíam a maior riqueza das nações. Hoje,
as sociedades valem o peso da educação de seus povos.
Quanto mais educados, maior é a capacidade de superar obstáculos, de inovar, de competir e de vencer.
O Brasil está atrasado na escala dos países mais educados. Perdemos até mesmo para várias nações
emergentes que há muito tempo já cultivam a boa qualidade do ensino.
Neste mundo globalizado, a competição está sendo decidida pelo diferencial do saber. Sim, porque as
máquinas são praticamente as mesmas e se tornaram relativamente baratas e fáceis de serem importadas.
Entretanto, o que garante a alta produtividade da tecnologia moderna é o trabalhador que está por trás das
máquinas.
A escolaridade média dos brasileiros que trabalham não passa de seis anos e, na maioria dos casos,
freqüentados em más escolas. Todos sabem que o grande desafio do Brasil é elevar a qualidade do nosso
ensino. O que falta é investimento e competência focalizados nesse campo.
As escolas do Sesi (Serviço Social da Indústria) e do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)
investirão cerca de R$ 10 bilhões no programa Educação para a Nova Indústria, e a competência para ensinar
foi testada e aprovada ao longo de seus mais de 50 anos de trabalhos prestados à sociedade brasileira.
Educação para a Nova Indústria é um presente alvissareiro. Vem de quem entende de educação, de escolas
bem organizadas, de professores e diretores competentes -e tudo administrado com o rigor da iniciativa
privada.
Não é à toa que os pais e os alunos adoram as escolas do Sesi e do Senai e que os políticos locais, a
começar pelo prefeito, tudo fazem para prestigiar essas escolas e manter o seu bom padrão de qualidade.
Estão de parabéns as famílias, as crianças, os adolescentes, os jovens e os adultos, que contarão com mais
cursos, mais vagas e mais oportunidades para subir na vida.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
11 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Está de parabéns a CNI (Confederação Nacional da Indústria), que colocou no topo de sua agenda a
educação de boa qualidade.
Prioridade é isso: competência para tornar o orçamento cada vez mais eficiente.
[email protected]
ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES escreve aos domingos nesta coluna.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
SELEÇÃO - RECURSOS HUMANOS
Sesi recruta - Técnico nível Superior
Sesi recruta - Técnico nível Superior
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
MUSEU DA INDÚSTRIA - CASA COR
Arquitetura - Páginas decorativas
Projetos do arquiteto Roberto Pamplona JR. e da designer de interiores Lígia Silveira, de Fortaleza, integram o
livro ´O Melhor de Casa Cor´. A publicação reúne 26 ambientes de mostras realizadas durante o ano de 2006,
no Brasil, Peru e Panamá.
A cada página virada, uma visita aos ambientes que se destacaram, em 2006, nas edições da Casa Cor do
Brasil, Peru e Panamá. Esta seleção faz parte do livro “O melhor de Casa Cor”, no qual também participam
dois espaços assinados por profissionais de Fortaleza. Integrantes da mostra cearense no ano passado, a
designer de interiores Lígia Silveira e o arquiteto Roberto Pamplona Jr. ganharam duas páginas, cada um,
nesta obra.
Na “Garagem e hobby do dono da casa”, Lígia conseguiu unir, em apenas um espaço, três funções. Além de
abrigar o carro, o ambiente era propício para festas e lá também funcionava o atelier de mecânica. Cores
claras, porém vivas, como a azul, e elementos da pop art realçaram o ambiente, que contou com panos de
vidro e iluminação cênica.
Por sua vez, o “Spa em casa”, de Pamplona Jr., teve destaque pela proposta artesanal e natural, com
estrutura de eucalipto reflorestado e cobertura de palha de carnaúba.
Outros 15 ambientes da Casa Cor de vários estados brasileiros figuram no livro, somados a seis do Peru e três
do Panamá, totalizando as 152 páginas.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
12 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
FIQUE POR DENTRO
Casa Cor Ceará abre dia 10 de outubro
Em sua nona edição, a Casa Cor Ceará 2007 estréia num prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que está em processo de restauração. Localizado no edifício do futuro
Museu da Indústria do Ceará, a mostra de decoração e arquitetura será distribuída em 30 ambientes. Estes
envolverão 44 profissionais, entre eles, arquitetos, designers de interiores, paisagistas e decoradores. O
evento estará aberto ao público no período de 10 de outubro a 11 de novembro.
A novidade tem como propósito mesclar o antigo e o moderno, permitindo que a própria história dos objetos e
espaços também se tornem tendência. Além disso, localizada em frente ao prédio histórico, outra área
promete acrescentar charme ao evento. Trata-se do Passeio Público, que, no momento, também passa por
processo de restauração e revitalização da área, realizado pela Prefeitura de Fortaleza.
DECORAÇÃO
"O Melhor de Casa Cor"
152 páginas
R$ 100,00
EDITORA CASA COR
2007
Mais informações:
O livro ´O melhor de Casa Cor´ pode ser encontrado no escritório da Casa Cor Ceará por R$ 100,00 e durante
o evento, de 10 de outubro a 11 de novembro.
Fone: (85) 3261.3533.
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
SELEÇÃO - RECURSOS HUMANOS
Senai está recrutando - Técnico NS I
Senai está recrutando - Técnico NS I
TOPO
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
13 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
O POVO
02 de setembro de 2007
CURSOS
Pop cursos - SENAI/CETAE
Centro de Treinamento e Assistência às Empresas
Rua Júlio Pinto, 1873, Jacarecanga
Telefone: (85) 3281-6877
LICENCIAMENTO AMBIENTAL (12h) - Período: 3/9 a 6/9. Horário: 18h30min às 21h30min. Investimento: R$
100.
SUPERVISOR INDUSTRIAL (190h) - Período: 10/9 a 11/12. Horário: 18h30min às 21h30min. Investimento: R$
600.
PRODUÇÃO MAIS LIMPA (20h) - Período: 10/9 a 14/9. Horário: 18h às 22h.
Investimento: R$ 120.
CONHECENDO A NORMA ISO 14001 (20h) - Período: 10/9 a 14/9. Horário: 18h às 22h. Investimento: R$ 120.
APERFEIÇOAMENTO PARA OPERADOR DE GUINCHO (20h) - Período: 10/9 a 14/9. Horário: 18h às 22h.
Investimento: R$ 96.
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
CURSOS
Pop cursos - SENAI/CERTREM
Centro Regional de Treinamento em Moagem e Panificação
Endereço: Rua Benedito Macêdo, 77, Vicente Pinzon
Telefone/Fax: (85) 3263-2026
FORMAÇÃO DE PADEIRO (80h) - Período: 10/9 a 5/10. Horário: 18h às 21h40min. Investimento: R$ 230.
ELABORAÇÃO DO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (20h) - Período: 10/9 a 14/9. Horário:
13h às 17h
Investimento: R$ 150.
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (16h) - Período: 11/9 a 14/9. Horário: 8h às 12h. Investimento: R$ 50.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO GRÃO E DA FARINHA DE TRIGO - Período: 17/9 a 21/9. Horário: 13h às
17h. Investimento: R$ 170 (estudante); R$ 200 (profissional).
PIZZAS PROFISSIONAIS (20h) - Período: 17/9 a 21/9. Horário: 8h às 12h. Investimento: R$ 80.
PRINCÍPIOS E CONCEITOS DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (12h) - Período: 19/9 a 21/9 - Horário:
8h às 12h. Investimento: R$ 15.
ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE - Período: 24/9 a 28/9. Horário: 8h às 12h.
Investimento: R$ 65.
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
14 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
CURSOS
Pop cursos - SENAI/AUA
Centro de Formação Profissional Antônio Urbano de Almeida
Endereço: Av. Padre Ibiapina, 1280, Jacarecanga
Telefone: 3214-3026
DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR CAD 2D 2006 (40h) - Período: 3/9 a 21/9. Horário: 18h30min às
21h30min. Investimento: R$ 168.
EXCEL BÁSICO (30h) - Período: 10/9 a 21/9. Horário: 13h ás 17h. Investimento: R$ 92.
COMANDOS PNEUMÁTICOS (40h) - Período: 24/9 a 5/10. Horário: 13h às 17h.
Investimento: R$ 105.
LEITURA INTERPRETAÇÃO DE DESENHO TÉCNICO (60h) - Período: 24/9 a 22/10.
Horário: 18h30min às 21h30min. Investimento: R$ 115.
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
CURSOS
Pop cursos - SENAI/WDS
Av. Francisco Sá, 7221, Barra do Ceará
Email: [email protected]
Site: www.senai-ce.org.br/wds
Tel.: (85) 3485-7888
CISCO NETWORK ACADEMY - Período: 3/9/7 a 4/7/8. Horário: 18h30min às 21h45min.
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
UNICA - CURSOS
Pop cursos - UNICA.BR
Universidade Corporativa de Alimentos do Brasil
Telefone: (85) 3263-6886.
www.unicabrasil.org.br
EMPRESA E MERCADO FINANCEIRO (21h/a) - Período: 3/9 a 12/9. Horário: 18h30min às 21h30min (2ª a
5ª). Investimento: R$ 195. Instrutor: Marcelo Miranda.
ANÁLISE E DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA (21h/a) - Período: 17/9 a 26/9. Horário: 18h30min às 21h30min.
Investimento: R$ 195. Instrutor: Marcelo Miranda.
ELABORAÇÃO DE PROJETOS (30h/a) - Período: 24/9 a 9/10. Horário: 18h30min às 21h30min (2ª a 5º).
Investimento: 2 de R$ 130. Instrutor: Marcus Muniz.
DESVENDANDO A CONSULTORIA INTERNA (24h/a) - Período: 24/9 a 4/10. Horário: 18h30min às 21h30min
(2ª a 5ª). Investimento: R$ 210.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
15 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS (120h/a) - Período: 24/9 a 25/10. Horário:
18h30min às 21h30min. Investimento: R$ 4 de R$ 285.
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
CURSOS
Pop cursos - SENAI - PARANGABA
Av. João Pessoa nº 6754 Parangaba
Tel: (85) 3292.7016 / 3245.2645
INTERPRETAÇÃO DE MODELAGEM EM JEANS - Período: 17/9 a 9/10. Horário: 18h às 21h30min.
Investimento: R$ 170.
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
CURSOS
Pop cursos - IEL
Instituto Euvaldo Lodi
Avenida Barão de Studart, 1980, sobreloja, Aldeota
Tel.: (85) 3466-6511/3466-6514
E-mail: [email protected]
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE LÍDERES (28h/a) - Ampliar as competências dos participantes na área de
gestão, em termos de conhecimentos, habilidades especificas, orientadas para a melhoria da pratica da
liderança, potencializando nos participantes a internalização dos conteúdos adquiridos no dia-a-dia das
empresas. Investimento: R$ 280.
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
CURSOS
Pop na Universidade - IEL
Instituto Euvaldo Lodi
Avenida Barão de Studart, 1980, sobreloja, Aldeota.
Telefones: (85) 3466-6508/3466-6509.
www.fiec.org.br/iel
[PÓS-GRADUAÇÃO]
GESTÃO EMPRESARIAL DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÕES (390 h/a) - Capacitar os gestores e
executivos organizacionais no uso e gerenciamento das tecnologias de informação de forma a gerar benefícios
e resultados efetivos para o desempenho da organização. Investimento: 20 de R$ 315.
ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE (360 h/a) - Proporcionar conhecimentos no que concerne a mudança de
cultura, estratégias, processos gerenciais e estruturas organizacionais, priorizando a qualidade como enfoque
competitivo para a empresa. Investimento: 18 de R$ 328.
TOPO
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
16 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
AGÊNCIA CNI
02 de setembro de 2007
CURSO DE AUDITOR AMBIENTAL
IEL do Ceará recebe inscrições para curso de auditor ambiental
Fortaleza - O Instituto Euvaldo Lodi do Ceará (IEL/CE) está com inscrições abertas até 8 de outubro para o
curso de Formação de Auditor Líder Ambiental. As aulas serão ministradas de 15 a 19 de outubro, no turno da
manhã, na Casa da Indústria, em Fortaleza.
O curso, resultado de uma parceria do IEL/CE com a Management Consulting Group, tem 40 horas-aula. Nas
aulas os participantes terão orientações sobre questões ambientais mundiais, regionais e locais, legislação
ambiental, sistemas de gestão ambiental e auditorias ambientais e outros temas.
Mais informações pelo telefone (85) 3466-6509 ou pelo e-mail [email protected]
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Idéia vira produto em apenas um clic
Buscar na academia o conhecimento e transformar uma boa idéia em produto comercial. Este foi o principal
mérito da aquisição da Fotosensores pelo empresário Francisco Baltazar Neto, hoje residente do Centro
Industrial do Ceará (CIC). Formado em Engenharia Eletrônica pela Universidade Federal do Ceará (UFC), e já
empresário do ramo de instalações industriais com a EIM, Baltazar visitava a Fundação Núcleo de Tecnologia
Industrial (Nutec) e o Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec), quando conheceu um protótipo e
teve a capacidade empreendedora de transformá-lo em produto.
´Este caminho, de unir a força do pensar e a do fazer não é fácil. A academia é muito forte na produção de
teses, mas não é pragmática. O empreendedor, por sua vez, apesar de ser pragmático, carece de
conhecimento acadêmico, na maioria dos casos. Mas, além de uma boa relação entre ambos, é necessária
política de Estado (e não de governo), voltada à inovação e ao conhecimento para transformar o Ceará, o
Brasil e o mundo´, declara.
Para o empresário, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é ´moroso, sem estrutura, arcaico e
totalmente contrário aos interesses da indústria nacional, com pedidos de patente levando, em média, dez
anos para serem deferidos ou indeferidos; enquanto, no mundo da informação, um produto pode tornar-se
obsoleto antes de sair da prancheta, num prazo de seis meses´.
Baltazar explica que a idéia de anexar uma câmera ao semáforo é antiga. A Fotosensores inovou ao criar um
produto e um mercado a partir da idéia. Entre 1993 e 1994 foi iniciada a fase experimental, baseada, segundo
ele, na falta de cidadania, pois de 60 a 65% da frota nunca foi multada por fotosensor e dos 35 a 40%
restantes, 80% só têm uma multa, concluindo que 5 a 10% cometem quase 100% das infrações.
´Agentes de trânsito que tinham nos cruzamentos semafóricos pontos de arrecadação pessoal e esta minoria
da sociedade proprietária de veículos automotores e infratores contumazes foram os mais críticos à idéia
porque rompia com os paradigmas da impunidade e corrupção´, afirma.
Incubada no Padetec, inicialmente a finalidade era fabricar e vender equipamentos para monitoramento de
semáforos. Em 1995, quando adquiriu e ´desincubou´ a Fotosensores, Baltazar mudou o foco, passando a
vender informação de monitoramento e modernização para o trânsito seguro, adotando um modelo comercial
similar ao da franquia.
Hoje, tem a maior base instalada no mundo, com 3.500 a 4.000 máquinas, incluindo radares, fotosensores e
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
17 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
câmeras de monitoramento, acrescidas as funções de segurança e planejamento para a melhoria do tráfego.
Como reconhecimento, a Fotosensores está classificada (Região Nordeste), na categoria Média e Grande
Empresa do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica 2007.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Ceará se destaca em pesquisa e tecnologia
As inovações são muitas e, aos poucos, começam a migrar das universidades para o mercado consumidor
O Ceará tem despontado, no cenário local, nacional e mesmo internacional, com pesquisas inovadoras, muitas
delas alcançando reconhecimento, na forma de premiações, e gerando benefícios sociais e econômicos. O
Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec) vem auxiliado neste trânsito da pesquisa acadêmica para a
sua aplicação comercial.
Inaugurado em 1991, com o propósito de ser uma incubadora de empresas de base tecnológica, ele enfrentou
desafios na sua criação, já que suas instalações foram desenvolvidas a partir de um antigo projeto
abandonado, onde seria fundada a Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Hoje, o Padetec é um dos mais modernos centros de pesquisa do País e já colocou no mercado dezenas de
empresas bem sucedidas que geram empregos e riqueza para o Ceará e para o Brasil, a partir de pesquisas
nas mais variadas áreas como: Química Fina, Eletrônica, Mecânica Fina, Alimentos, Suplementos Alimentares,
Cosmética, Compósitos, Fitoterápicos, Produtos Naturais e Energia Alternativa.
Dispõe de área coberta de 3.200 metros quadrados, dividida em 18 galpões industriais; central administrativa;
Centro de Pesquisas; seis laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D); duas centrais analíticas com
seis laboratórios; duas plantas pilotos; e unidade de produção de genéricos.
Com mestrado e doutorado em Química Orgânica, Afrânio Aragão Craveiro é professor emérito titular
aposentado da UFC, acumulando as funções de pesquisador e superintendente geral do Padetec. Sua atuação
está ligada principalmente a produtos naturais, polímeros naturais, óleos essenciais, síntese orgânica e
desenvolvimento tecnológico.
Com 20 patentes registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), em parceria com outros
pesquisadores, ele acredita que a inovação tecnológica é fundamental para o crescimento do País. Mas, entre
os pressupostos necessários, destaca, inicialmente, a proteção da propriedade intelectual; depois o
desenvolvimento de pesquisas, fomentadas no País pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Na ponte academia-setor produtivo, Afrânio Craveiro acredita que o Padetec vem ganhando importância, mas
ainda reconhece a carência do apoio devido à pequena empresa de inovação tecnológica. ´Não há uma
política específica do Governo´, declara.
Por outro lado, cita o exemplo da norte-americana Microsoft, que nasceu no fundo de uma garagem, em
contraste com o tratamento diferenciado que vem se atingindo no Ceará, com muitas premiações como
reconhecimento.
A prova disso, segundo ele, é que, entre as 40 empresas incluídas no livro Brasil Inovador da Finep, este ano,
cinco estão no Nordeste e três no Ceará, sendo que duas - a Nuteral e a Polymar - já foram incubadas no
Padetec.
MARISTELA CRISPIM
Repórter
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
18 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
EMPRESAS INCUBADAS
Gene Geração Eólica do NE
Ionor Ind. Oleoquímica
Frutagro Agroindustriais
Pectina do Brasil
Sensor Des. Tecnológico
Pronat Prod. Naturais
ACP Serviços Tecnológicos
Universal Educ. e Projetos
Teczon Ozonização
Technoacqua Consultoria
P&D Pesquisa e Projetos
Desidratec Desidratados
Nutrimax Ind. e Com.
Pesquisa e Serviços em Alimentos
Adinor Aditivos do NE
Pan Flora
labornat Lab. Natural
Natucel Energia Solar
FONTE: PADETEC
Saci é exemplo de sucesso acadêmico
O jovem Roberto Macêdo é o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Armtec Tecnologia em Robótica,
primeira empresa incubada na Universidade de Fortaleza (Unifor) e também coordenador do Grupo Temático
em Robótica e Nanotecnologia da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece).
Em 2001, após exibir o vídeo de um robô japonês de combate a incêndio, o professor Roberto Menescal de
Macêdo, pai de Roberto, lançou um desafio à classe. Então no quinto semestre de Engenharia Eletrônica, ele
não tinha ainda o conhecimento técnico necessário para realizar, mas, ainda assim, fez um esboço.
Em 2004, com o projeto de graduação, nascia o Sistema de Apoio ao Combate de Incidentes, ou
simplesmente Saci, programado para não apenas combater incêndios, mas desarmar bombas, combater
contingências civis e conter vazamentos de gases ou líqüidos tóxicos. Controlado à distância, ele é capaz de
gerar névoa, jato sólido ou espuma. Roberto o considera um ´três-em-um´, composto por canhão automático e
carro de transporte ao qual podem ser acoplados braço, câmera e / ou sensor.
Ainda em 2004, o Saci era premiado, como Marco Inovador, no 7° Seminário Nacional de Bombeiros. Depois
vieram os quatro principais prêmios na área de inovação tecnológica do País: Petrobras (2005), Finep (2005),
CNI (2005) e Werner Von Siemens (2006).
Fundada em 2004, a Armtec, ainda incubada na Unifor, é hoje a principal fornecedora de equipamentos para o
Centro de Tecnologia em Asfalto da Petrobras; com o Sistran, que avalia a qualidade do asfalto e está na final
do Prêmio Finep 2007; o Triaxial, que avalia a resistência mecânica do solo e do asfalto; e o Misturador
Térmico de Betuminosa (MTB).
Além do Saci, já é comercializada a cadeira de rodas Aparato Nacional de Deslocamento Auxiliado Remoto
(Andar).
O Samba é um minissubmarino que auxilia no estudo da fauna e flora submarina, prevenção e contenção de
desastres ecológicos, fiscalização da pesca predatória e manutenção de estruturas marítimas ´off-shore´ e
embarcações; hoje um dos cinco principais projetos do Ministério da Defesa, com verba da Finep, BNB,
Funcap, Unifor e Armtec.
A empresa - que já tem sete patentes requeridas, sendo duas do Saci; três dos equipamentos para asfalto; e
duas da cadeira Andar - também está na final do Prêmio Finep na categoria Pequena Empresa.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
19 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Nuteral conquistou Prêmio Finep em 2006
Vencedora da categoria Pequena Empresa do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica 2006, a Nuteral é dentre as indústrias brasileiras de base tecnológica que atuam no setor de suplementos nutricionais - a única
fundada, desenvolvida e dirigida por um nutricionista, Augusto Guimarães. Com 46 itens na linha de produtos,
sete sob a proteção de patente, e faturamento superior a R$ 9 milhões por ano, gera 32 empregos diretos.
Fundada em 1992, permaneceu 18 meses incubada no Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec), da
Universidade Federal do Ceará (UFC). Entre 2004 e 2006, desenvolveu dez inovações, que representaram
45% do arrecadado no período.
O Reabilit, primeira dieta para alta hospitalar do mundo, e o Nuteral Balance, utilizado contra obesidade, são
algumas das novidades desenvolvidas, sendo a segunda comercializada através do Programa Nutricionista
Certificada Nuteral.
´O Brasil precisa experimentar novas ferramentas para que os pesquisadores possam mais e mais. Temos
muitas limitações de resultados, mas possibilidades realmente inteligentes para criação de novos cenários´,
afirma.
Guimarães conta que a atividade científica ocorreu quando já era professor do Curso de Nutrição da
Universidade Estadual do Ceará (Uece). Quando retornou do doutorado na Universidade de São Paulo (USP),
sentiu a necessidade de colaborar com a pesquisa local integrando-a ao padrão nacional de competitividade.
Iniciou voltado basicamente à utilização clínica, aproveitando a possibilidade que o Padetec oferecia para
iniciar as atividades industriais sem deixar o meio acadêmico. Depois resolveu expandir o negócio.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Brasil começa a desbravar os caminhos das patentes
Atestar privilégio legal sobre uma invenção, através de patente ainda é o sonho de muitos pesquisadores no
Brasil
O número de patentes tem sido um dos elementos considerados na avaliação do nível de desenvolvimento dos
países, atestado a partir da produção tecnológica. No Brasil, apesar de a pesquisa estar avançando, este
ainda não é um mecanismo muito utilizado.
De acordo com diversos pesquisadores ouvidos, o principal motivo ainda é a falta de uma cultura voltada a
esse tipo de comportamento. Durante muito tempo, a capacidade de pesquisa esteve exclusivamente nas
universidades e institutos públicos de pesquisa, com uma filosofia de geração de conhecimentos de livre
circulação, sem que uma articulação mais ampla ocorresse entre os pesquisadores e as empresas.
Cultura
Pesquisador e superintendente geral do Padetec, Afrânio Craveiro, reconhece a falta de elo entre a pesquisa e
a inovação tecnológica no Brasil em contraste ao desenvolvimento de países como a Coréia do Sul. Segundo
suas informações, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) chega a demorar sete/oito anos para
registrar uma patente, enquanto em países mais desenvolvidos a demora é de, em média, um ano e meio.
Considerando a velocidade do desenvolvimento tecnológico, Craveiro acredita que o Brasil precisa se
modernizar no setor, pois este problema se reflete em diversas áreas. ´Temos vários produtos de interesse.
Mas, às vezes, há uma demora de até um ano para que a empresa manifeste interesse em patentear´,
esclarece.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
20 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
O pesquisador destaca que, além de carecer da cultura de proteção pela patente industrial, o pesquisador
brasileiro tem complementado sua formação no exterior, com tecnologia numa área muito restrita do
conhecimento, tentado aplicar o conhecimento no retorno ao País, o que fica difícil.
´O cientista tem uma visão mais sistêmica, conseguindo trabalhar no nível local, basta perceber o valor para
mudar de visão e passar a patentear e publicar paralelamente´, diz.
Paralelamente, os pesquisadores ouvidos apontam falhas na estrutura do Inpi, como a carência de peritos
examinadores, até pela grande especialização requerida pela função.
Tanto o comportamento dos pesquisadores, quanto a estrutura para concessão de patentes vem mudando,
mas a velocidade ainda parece lenta, se comparada ao desenvolvimento tecnológico dos dias atuais.
Do ponto de vista científico, as patentes são consideradas como incentivo à inovação, não só pelo lado
comercial, mas pela revelação segura do conhecimento, garantindo o avanço das pesquisas.
Cada país tem legislação própria relativa à propriedade intelectual, aplicável somente dentro do seu território.
Para obter direitos legais sobre o invento em diferentes países, é necessário solicitar proteção separadamente.
O Inpi pretende implantar, em 2008, um sistema eletrônico de depósito de patentes para dar mais agilidade ao
processo de concessão de patentes, hoje durando aproximadamente seis anos. A expectativa é que caia para
quatro anos numa primeira etapa, podendo, depois, chegar a 2,5 anos, como prevê a legislação brasileira.
Ele já possui contrato com o Escritório Europeu de Patentes (EPO) para acessar o sistema de buscas utilizado
pelos examinadores de patentes da entidade, sendo o único país fora da União Européia a ter acesso.
Trata-se de um software livre que pode ser adequado às necessidades e à legislação de cada país.
Transferências
Ainda há uma discussão corrente sobre onde deve se dar a pesquisa, pois, enquanto no Brasil 80% dos
pesquisadores estão na academia e o restante nas empresas, nos países desenvolvidos a situação é inversa,
conforme da dos da Universidade de Campinas (Unicamp).
A propriedade intelectual pode ser reconhecida em três categorias: artística, científica e técnica, sendo que os
requisitos para a proteção industrial incluem a novidade, o que significa que não pode ter sido tornada pública
por nenhum meio de comunicação; atividade inventiva, sendo desconsideradas técnicas óbvias ou decorrência
natural do estado da técnica; e aplicação industrial, ou seja, ser passível de fabricação e utilização industrial,
pois não são patenteáveis idéias ou conceitos puramente teóricos.
A patente de invenção (PI) é válida por 20 anos a partir da data do depósito; a de modelo de utilidade (MU),
por 15 anos; e o registro de desenho industrial (DI) por dez anos, sendo prorrogável por mais cinco. O pedido
de patente permanece em sigilo por 18 meses; depois tem suas referências publicadas na Revista da
Propriedade Industrial (RPI).
Concluído o exame, é ou não deferido, a decisão é publicada e o pesquisador tem um prazo de 60 dias para
comprovar o pagamento da retribuição correspondente à expedição da carta patente. A concessão é publicada
na RPI. Mas ainda há um prazo de seis meses para interposição de pedido de nulidade administrativa da
patente por terceiros interessados.
MARISTELA CRISPIM
Repórter
FIQUE POR DENTRO
É preciso novidade, inventividade e aplicação
Propriedade intelectual é o direito exercido sobre um bem imaterial.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
21 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
As criações técnicas abrangem invenções, ou seja, produto, equipamento e/ou processo industrializável e
podem ser protegidas pela lei de patentes.
Concepções científicas abrangem descobertas em diferentes campos, não passíveis de proteção, pois
descoberta não é criação e sim revelação de algo da natureza até então ignorado.
A tecnologia pode ser mantida sob segredo, sem amparo ou proteção legal, através do segredo industrial.
também pode ser protegida por patente, com amparo legal, porém perde a condição de segredo industrial, pois
o documento de patente é de conhecimento público.
São requisitos para a proteção industrial: novidade, atividade inventiva a aplicação industrial.
Água-de-coco em pó ainda no rumo da escala comercial
O Ceará conta hoje com aproximadamente seis mil hectares de coco anão plantados, o que corresponde a
10% da produção nacional e, embora a hidratação seja a sua característica mais conhecida, a água-de-coco
pode ter inúmeras utilizações. Entre elas, a preservação do sêmen de caprinos. Este é, há 25 anos, o principal
foco de pesquisa do professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), José Ferreira Nunes, médico
veterinário, com pós-doutorado em Reprodução Animal.
Daí decorreu a primeira patente brasileira na área de biotecnologia, requerida em 1992 e conquistada em
1994, na França, durante seu pós-doutorado, numa parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) e Instituto Nacional de Pesquisas Agronômicas da França.
Hoje pró-reitor de pós-graduação da Uece, ele conseguiu diluir e conservar o sêmen do caprino em
água-de-coco, mas, como a legislação brasileira não permite requerer a patente de plantas ou animais, teve
que isolar a molécula que ativava os espermatozóides.
No mesmo período, ainda estudante, Cristiane Clemente de Mello Salgueiro, hoje também médica veterinária,
agregou-se ao estudo. Os dois pesquisadores se depararam, então, com um problema: como o coco é uma
planta adaptada ao clima dos trópicos, sua difusão e utilização em regiões temperadas ficou limitada, pois o
caráter estéril só é mantido dentro do fruto íntegro e poucas são as pessoas aptas a identificar o estágio de
frutificação ideal para o uso em linhas biotecnológicas específicas.
A solução partiu de um processo de estabilização do líquido, na forma de pó, facilitando a conservação,
transporte e utilização e garantindo a preservação de todas as suas propriedades naturais, sem conservantes
ou aditivos químicos.
Os dois requisitaram a patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 2002. Somente em
maio último, cinco anos depois, foi requerido o primeiro exame.
Os pesquisadores criaram, então, a ACP Biotecnologia, empresa de base tecnológica, especializada na
pesquisa, desenvolvimento e fabricação de produtos que contenham como insumo básico a água-de-coco em
pó (ACP), visando não apenas processos biotecnológicos, mas o agronegócio. Pronta para a transferência da
área acadêmica para a produção e comercialização em escala, a empresa está incubada no Padetec, em
busca de parcerias.
O projeto da ACP para uso em processos biotecnológicos foi um dos cinco finalistas, entre 140 inscritos, no 2°
Concurso de Criação de Novos Negócios em Biotecnologia e Saúde (BioBusiness), esta ano.
Órteses garantem discrição e conforto
Tratar principalmente pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou adolescentes com patologias
relacionadas a membros superiores, seguindo a demanda do Núcleo de Atenção Médica Integrada (Nami),
ligado à Universidade de Fortaleza (Unifor), foi o objetivo inicial da engenheira de materiais Virgínia Gelfuso, à
época professora dos cursos de Enfermagem, Terapia Ocupacional, Fisioterapia e Educação Física da Unifor.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
22 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
A partir de moldes de gesso no membro do paciente, as órteses eram feitas, segundo sua definição, por um
compósito de fibra de vidro em matriz polimérica, a grosso modo um plástico com a rigidez ideal para evitar
deformações.
As vantagens apontadas pela pesquisa, feita com 30 pacientes, foram que, além de um custo, 50 vezes menor
que as próteses similares no mercado, eliminava dois dos principais problemas das órteses convencionais
para os pacientes: a vergonha e o desconforto, pela discrição e leveza do material utilizado na sua confecção.
A professora conta que fez o depósito da patente em 2006, considerando o processo extremamente
desgastante, com o risco de perder a inovação à mercê da burocracia. ´Para o pesquisador é muito
desgastante ficar trabalhando num projeto sem poder publicar como se não estivesse produzindo´, explica. Na
realidade, a pesquisadora iniciou os procedimentos para requerer a patente em ainda em 2001.
Mas, se a sua pesquisa ainda não rendeu uma parceria industrial e tampouco a proteção da inovação pela
patente, por outro lado produziu a satisfação de poder contribuir para um benefício social pesquisando dentro
do laboratório de uma universidade.
Por esse motivo, a professora, que atualmente está vinculada aos cursos de Automação e Controle e
Arquitetura, ainda pensa em investir em uma segunda etapa da pesquisa, voltada, desta vez, aos membros
inferiores, esperando que algum empresário se interesse pela produção em escala.
Um caminho tortuoso até o reconhecimento do biodiesel
Hoje reconhecido pelo pioneirismo no processo de transesterificação, ou seja, transformação de óleo vegetal
em biodiesel, o pesquisador Expedito Parente transpôs um longo caminho. Neste percurso, para ele, a patente
pode ser extremamente importante em algumas situações e até prejudicial em outras.
O pesquisador explica que, no caso dos processos químicos, quando se requer a patente, o cumprimento do
ritual de praxe, incluindo publicações, dá margem ao uso, com ligeiras modificações e a proteção torna-se
inútil porque outros podem pegar a idéia principal e requerer outra patentes, de forma competitiva. Ele mesmo
foi vítima deste tipo de situação.
Outro problema destacado por Parente é o prazo, que não representava problema no passado. Mas, hoje, com
a dinâmica do desenvolvimento tecnológico, complicou muito. Ele solicitou a patente em meados dos anos 80
e três anos depois conseguiu. Mas caiu em domínio público depois de dez anos, por falta de uso comercial.
Pró-Álcool
´Vários fatores contribuíram para que isso ocorresse, a começar pela euforia diante do Programa Nacional do
Álcool, motivada por crise no mercado internacional do açúcar, influência e organização do setor
sucroalcoleiro; e a própria Petrobras que, num cenário monopolista, só enxergava petróleo, mas acabou
engolindo o álcool sem tira-gosto´, destaca.
Ainda assim, na sua opinião, o álcool não resolveu o problema brasileiro na redução da importação de petróleo
porque o Brasil não precisava de gasolina, mas de diesel. Paradoxalmente, acredita que o álcool foi uma
grande escola para o biodiesel, dando o exemplo de que é possível um grande programa de biocombustível.
As principais vantagem apontadas por ele do biodiesel em relação ao álcool são o uso mais democrático e
rural, em veículos pesados; a possibilidade de inclusão social, com o incentivo à produção na agricultura
familiar; e a manutenção da produção alimentícia, pela utilização de rejeitos como biofertilizante. Como
vantagem adicional, justifica que as plantações seqüestram muito mais carbono do que a queima do diesel
libera.
O cenário ainda é de grande estrutura para produção de álcool em detrimento do biodiesel. Mas Parente
manifesta a crença de que, com mais objetividade, o Governo esteja avançando. Mas ainda há uma barreira
cultural a ser vencida, que não depende apenas de Governo na sua opinião.
Instalada no começo do ano, em Quixadá, a Brasil Ecodiesel utiliza a tecnologia da empresa de Parente,
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
23 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Tecbio, inicialmente incubada no Nutec, para produzir aproximadamente 360 mil litros por dia.
TOPO
FOLHA DE SÃO PAULO
02 de setembro de 2007
FIESP - INDÚSTRIA
Ganho da indústria supera aplicações
Com a queda nos juros, em 2006 rentabilidade da produção se afastou do retorno obtido por investimentos no
mercado financeiro
Estudo da Fiesp mostra que retorno na indústria foi de 16,7%, ante 12,8% de fundos DI; aplicações que têm
ações ainda dão ganho maior
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a queda na taxa básica de juros, a rentabilidade da indústria se afastou, no ano passado, do retorno
obtido por aplicações financeiras: ficou em 16,7%, ante os 12,8% dos fundos referenciados DI, formados por
títulos atrelados principalmente aos juros.
No caso das aplicações em renda fixa (papéis da dívida pública, em sua maior parte), o retorno foi de 13,1%
em 2006, também abaixo do registrado pela indústria, mostra estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo).
Empresários ouvidos pela Folha comemoraram o resultado, com ressalvas. "Parece-me razoável", afirmou o
empresário Antônio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim. "Definitivamente o retorno maior da indústria é o
melhor para o Brasil", completou.
Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, "houve uma melhora". "A queda nos juros é importante para a atração
de investimentos para a indústria. Mas em 2006 houve a questão cambial, que abriu espaço aos importados e
prejudicou a indústria." A entidade aponta que a rentabilidade foi quase a mesma de 2005, ou seja, a diferença
ficou por conta da queda dos juros, que puxou para baixo em 2006 o retorno dos fundos DI (havia sido de
16,2% em 2005). A estagnação da rentabilidade é atribuída ao câmbio, que estimulou importações.
O estudo da entidade empresarial mostrou também que a chamada geração de valor econômico da indústria
(ou seja, a comparação do retorno de um investimento com o custo para realizá-lo) foi positiva no ano
passado, em 0,26%. Havia sido negativa em 2,07% em 2005.
O levantamento foi realizado pela entidade empresarial em parceria com a Serasa, com base em dados de 10
mil empresas da indústria de transformação brasileira (20% grandes, o restante pequenas e médias).
"É positivo. Por muito tempo, 20 a 25 anos, o investimento no Brasil ficou travado porque qualquer cidadão que
comparasse retornos chegava à conclusão de que não valia a pena o investimento produtivo no país, porque o
retorno de aplicações financeiras era maior", afirma o economista Bráulio Borges, da consultoria LCA.
Ele destaca que ao longo deste ano os juros continuaram caindo, ou seja, esse "gap" entre retorno de
investimento produtivo e financeiro provavelmente continuou aumentando. "Isso explica por que os
investimentos produtivos estão se acelerando ao longo deste ano. No ano passado, o investimento estava
concentrado em poucos setores. Em 2007, está mais generalizado", afirma.
A rentabilidade patrimonial, indicador usado no estudo pela Fiesp para comparação com retorno de aplicações
financeiras, é o cálculo do lucro gerado a partir do montante de recursos investidos pelos acionistas ou sócios
de uma empresa.
Inversão
Por muitos anos, no Brasil, o retorno de aplicações financeiras foi maior do que a rentabilidade da indústria, o
que muitas vezes punha os investimentos em xeque. Com o controle da inflação, a partir de 1994, o governo,
que até então financiava seus altos gastos emitindo moeda, teve de partir para a emissão de dívida pública e o
aumento da carga tributária.
Com sua elevada necessidade de financiamento, o governo pagava juros ainda mais altos, o que fazia o
retorno de aplicações em títulos públicos superar os ganhos dos investimentos em produção. Em 2002, por
exemplo, o retorno dos fundos DI foi de 15%, ante uma rentabilidade média de 5,4% das grandes empresas.
Com a queda dos juros básicos, o cenário mudou nos últimos anos, pelo menos quando se olham aplicações
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
24 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
financeiras consideradas conservadoras, como DI e renda fixa. Em aplicações como fundos multimercados,
com ações no portfólio, o retorno foi maior do que o da indústria em 2006.
A inversão não aconteceu apenas no ano passado. Entre 2003 e 2004, a forte demanda interna e externa
determinou rentabilidade acima de 20% para a indústria no país. Isso fez com que as empresas "ganhassem"
dessas aplicações financeiras mais conservadoras.
Em 2005, os retornos de aplicações e das grandes empresas foram praticamente os mesmos. Com a queda
dos juros em 2006, o retorno de investimentos financeiros caiu e ficou menor em comparação com a
rentabilidade da indústria.
TOPO
FOLHA DE SÃO PAULO
02 de setembro de 2007
POLÍTICA INDUSTRIAL
Mercado Aberto - Miguel Jorge elabora política industrial para durar 15 anos
Há cinco meses no cargo, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, está dando os retoques finais na
revisão da política industrial do país para poder divulgá-la nos próximos dias. O objetivo é apresentar um plano
para um horizonte de até 15 anos.
Jorge está trabalhando em uma política com base em três pontos: 1) incentivo a alguns setores, como as
indústrias naval e de eletroeletrônico; 2) consolidação de todas as portarias e leis espalhadas pelos diversos
ministérios para a simplificação dos processos; e 3) desburocratização de seu ministério.
Na elaboração do seu projeto de política industrial, Miguel Jorge tem contado com a ajuda direta de Luciano
Coutinho, do BNDES, e de Reginaldo Arcuri, da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).
Um dos objetivos de seu plano é apoiar setores específicos, como a indústria naval. Ele já teve quatro
reuniões com empresários do setor para discutir formas da sua reativação, já que foi bastante forte no país na
década de 70.
O primeiro desafio é estimular empresários a investirem pesado na área, e, para isso, pretende criar linhas do
BNDES com esse fim. Além disso, também está negociando com a Fazenda a desoneração de impostos que
incidam sobre o investimento, basicamente sobre máquinas e equipamentos. A indústria de navipeças também
deve ser beneficiada por essa nova política.
"A indústria de navipeças no país perdeu importância nos últimos anos. Hoje, ela só atende pedidos da
Petrobras", diz.
Outra prioridade de Miguel Jorge é fazer uma consolidação geral das leis e portarias existentes dentro do
governo para facilitar o funcionamento da economia. Há muitas portarias, segundo ele, que emperram
investimentos e novos negócios.
Um exemplo era uma portaria que existia não faz muito tempo que limitava o financiamento na compra de
automóveis a 24 meses. Ela foi derrubada no início do governo, e hoje se compra carro em até 86 meses.
Jorge também que dar fim à burocracia existente no seu próprio ministério para dar mais agilidade às
decisões. Para isso, ele está conversando com o consultor Vicente Falconi, que já trabalha com os governos
de Minas Gerais e do Rio de Janeiro e tem obtido bons resultados.
"O ministério tem pouca gente e o volume de trabalho é muito grande", diz Jorge. "Nós precisamos
desburocratizar ao máximo as operações."
"O ministério tem pouca gente e o volume de trabalho é muito grande. Nós precisamos desburocratizar ao
máximo as operações"
MIGUEL JORGE
ministro do Desenvolvimento
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
RESFRIAMENTO DE LEITE
De Olho no Dinheiro - Resfriando
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
25 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Aberta licitação pela Pasta da Agricultura para aquisição de 100 tanques de resfriamento de leite, os quais
serão distribuídos entre associações e cooperativas de produtores no interior. Os tanques serão de 1,5 mil a
quatro mil litros, a um custo médio de R$ 30 mil, e se tornaram necessários a partir das recentes regras do
Ministério da Agricultura sobre o manejo do leite, e assim melhorando o padrão da matéria-prima nas usinas.
TOPO
FOLHA DE SÃO PAULO
02 de setembro de 2007
MERCADO À IMPORTAÇÃO DOS ALIMENTOS
Governo estuda cortar tarifa de alimento
Importação serviria para conter alta de produtos como leite, carne e trigo, que pressionam inflação e ameaçam
corte de juros
Empresários se espantam com plano da Fazenda e afirmam que medida é desnecessária e que alta de preços
do setor é mundial
GUILHERME BARROS
COLUNISTA DA FOLHA
O Ministério da Fazenda planeja abrir o mercado à importação dos alimentos que mais pressionam a inflação.
O governo está preocupado com o risco de a alta recente dos índices de preços, puxada por alimentos, levar o
Banco Central a frear o processo de redução dos juros.
A Fazenda estuda a possibilidade de eliminar as tarifas de importação de fora do Mercosul de produtos
alimentícios como leite, trigo e carnes. A TEC (Tarifa Externa Comum do Mercosul) que incide sobre esses
produtos é de 14% a 16% no leite e de 12% na farinha de trigo e na carne bovina.
A informação é do secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Nelson Barbosa, hoje um dos
principais formuladores da política econômica do ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com ele, os
estudos para a adoção dessa medida já foram iniciados e podem ser adotados a qualquer momento.
"Se essa inflação de alimentos persistir e os preços internos se descolarem dos internacionais, o Ministério da
Fazenda poderá recorrer à política tarifária para abrir o mercado à importação de alimentos", diz o secretário
de Acompanhamento Econômico da Fazenda.
Os empresários receberam a notícia com espanto. Para eles, a medida é não só desnecessária como ineficaz.
O argumento deles é que os alimentos sobem no mundo inteiro, puxados pela alta de consumo em países
emergentes como China e Índia, e o Brasil, celeiro global, tem um dos preços mais competitivos do planeta.
"Não será o mundo que irá alimentar o Brasil", diz Edmundo Klotz, presidente da Abia (Associação Brasileira
da Indústria de Alimentação).
Impostos
Nelson Barbosa afirma, no entanto, que o governo estuda outros instrumentos, como a desoneração de
impostos, para incentivar a produção de alimentos, mas os efeitos dessa medida não seriam tão rápidos e tão
eficazes como os da eliminação das barreiras tarifárias.
A maior dúvida a respeito dessa medida, segundo Barbosa, é se a redução tributária seria ou não repassada
para os preços ao consumidor. Já a queda da tarifa de importação teria um efeito imediato, acentuada pelo
real forte, que barateia produtos externos.
Sinal amarelo
O secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda diz que os estudos do governo para conter a
inflação foram iniciados a partir do sinal amarelo dado por vários analistas econômicos -principalmente
daqueles ligados às instituições financeiras- de que a alta da inflação poderia frear o processo de queda do
juro básico da economia (Selic), hoje em 11,5% ao ano.
"A nossa preocupação é que essa alta de inflação e esse sinal dado pelos analistas econômicos ameacem o
processo de queda dos juros no longo prazo", diz Barbosa.
A Fazenda, ao fazer a ameaça, mira o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que pode frear
ou atenuar, como prevê o mercado financeiro, o processo de corte de juro em sua próxima reunião, nestas
terça e quarta. Nas últimas semanas, Henrique Meirelles, presidente do BC, já havia manifestado, em suas
declarações, preocupação com os efeitos da turbulência internacional sobre a economia.
À turbulência foi somada a alta de 0,98% do IGP-M de agosto, bem acima das previsões do mercado, que
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
26 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
variavam de 0,63% a 0,82%. A grande pressão veio dos alimentos, principalmente do leite, da carne e do trigo.
O economista Paulo Picchetti, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal da cidade de São
Paulo, da Fundação Getulio Vargas, diz que, em 2007, os preços dos alimentos acumulam uma alta
expressiva, depois de dois anos praticamente estabilizados. O preço que mais subiu desde janeiro de 2005 foi
o do leite -alta de 38,9% no período.
TOPO
FOLHA DE SÃO PAULO
02 de setembro de 2007
MERCADO À IMPORTAÇÃO DOS ALIMENTOS
Empresários criticam plano da Fazenda
Entidades da indústria de alimentos dizem que alta de preços é fenômeno mundial e que reduzir tarifas seria
medida ineficaz
Associação de produtores de leite diz que preços já começaram a cair e que abertura do mercado geraria
problema social
DO COLUNISTA DA FOLHA
A ameaça do governo de abrir o mercado de alimentos não foi bem recebida pela grande maioria dos
empresários, que consideraram a medida desnecessária e ineficaz.
Os empresários argumentam que os alimentos estão ficando mais caros no mundo e que o Brasil ostenta os
preços mais competitivos do planeta.
O presidente da Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentação), Edmundo Klotz, diz que não faz o
menor sentido a possibilidade cogitada pelo governo de abertura à importação de alimentos.
O país, segundo Klotz, exporta US$ 22 bilhões em alimentos e importa apenas US$ 2 bilhões, o que, a seu
ver, é a maior prova de que o país é um dos maiores produtores do mundo.
"Não será o mundo que vai alimentar o Brasil", diz Klotz.
De acordo com Klotz, a inflação de alimentos não é fato novo no país -sempre ocorre na entressafra. Neste
ano, a seca pelo mundo impulsionou ainda mais os preços.
Outro empresário que criticou a idéia do governo foi Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil (Associação
Brasileira dos Produtores de Leite). Ele diz que o preço do leite já começou a baixar em diversas regiões e, por
isso, a abertura do mercado se torna desnecessária.
Segundo Rubez, supermercados já vendem o litro de leite a R$ 1,70 -há pouco tempo, o produto chegou a
bater os R$ 2. De acordo com ele, os preços do leite subiram no mundo impulsionados por uma enchente na
Argentina e pela ameaça de corte de subsídio na Europa.
No Brasil, o aumento do consumo per capita provocado pelo crescimento da renda tornou o leite ainda mais
escasso.
Para Rubez, o corte da tarifa de importação seria um desestímulo para o setor. "A abertura do mercado à
importação do leite irá gerar um problema social sério", afirma Rubez. O setor emprega, de acordo com ele,
1,5 milhão de pessoas, sendo que 90% são pequenos produtores e que respondem por 36% da produção
nacional.
Pratini de Moraes, ex-ministro e presidente da Abiec (Associação Brasileira da Indústria de Carnes), diz que
não faz o menor sentido cogitar a possibilidade de importar carne. Segundo ele, o produto brasileiro é mais
barato do que o de qualquer parte do mundo.
Já a Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo) esteve em Brasília para recomendar ao governo a
eliminação da TEC (Tarifa Externa Comum do Mercosul) de 10% para a importação do trigo, mas não foi
atendida. O problema do setor foi a Argentina ter suspendido a venda do produto, o que está obrigando o país
a importar dos Estados Unidos e do Canadá. A eliminação da alíquota de importação poderia ajudar a baixar o
preço. O Brasil produz só 20% do trigo que consome.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
ARTIGOS TÊXTEIS E DE VESTUÁRIO
Consumo de têxteis aumentou 9,2%
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
27 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
O descompasso entre consumo e produção se deu em razão da queda das encomendas, segundo a Abit
O consumo per capita de artigos têxteis e de vestuário cresceu 9,2% no Brasil no ano passado. A produção
nacional por habitante/ano, no entanto, não aumentou na mesma proporção, registrando elevação de apenas
1,1%. Com esse resultado, parte da demanda interna foi suprida pelas importações, que cresceram 33% em
volume e 41% em valor. O dado faz parte do Relatório anual Brasil Têxtil 2007, levantamento realizado pelo
Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e
de Confecção (Abit).
O descompasso entre consumo e produção se deu em razão da queda das encomendas, que causou redução
no nível de utilização da capacidade instalada na indústria têxtil e de confecção nacional. Em 2006, o setor que
é intensivo em mão-de-obra, sentiu fortemente os efeitos das assimetrias concorrenciais, decorrentes da
sobrevalorização do real, da alta carga tributária, juros elevados, e da ausência de medidas compensatórias
para estimular o setor produtivo. Indícios de irregularidades em importações de têxteis e de confecção, como
subfaturamento, também prejudicaram o setor.
Em janeiro de 2006, por exemplo, o preço médio do quilo de vestuário importado pelo Brasil era de US$ 8,79,
valor muito aquém do que pagam argentinos e americanos (em torno de US$ 17,00). Com o trabalho realizado
pela Receita Federal e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), apoiado pela
Abit, o preço médio do quilo do vestuário importado já subiu; em julho de 2007 foi de US$ 15,84, bem próximo
dos valores praticados no mercado internacional.
A avaliação da Abit é de que o setor tem condições de crescer rapidamente, tendo em vista o potencial do
mercado interno e externo. Mas para isso devem ser implantadas as medidas necessárias para a redução da
carga tributária, a realização de acordos preferenciais com os principais mercados compradores de têxteis do
mundo (Japão, Estados Unidos e União Européia) e a intensiva fiscalização das importações nas fronteiras,
portos, aeroportos e portos secos do País.
NÍVEL DE EMPREGO MANTIDO
Faturamento atingiu US$ 33 bi em 2006
Em 2006, o faturamento do setor têxtil e de confecção foi de US$ 33 bilhões, se mantendo inalterável em
relação a 2005. Embora não tenha havido crescimento, as empresas investiram para melhorar a produtividade
e qualidade dos produtos. Nos últimos 11 anos foram aplicados US$ 11 bilhões, uma média de US$ 1 bilhão
por ano, no parque têxtil brasileiro, segundo o relatório.
No setor de confecções, o índice de produção física registrou elevação de (1,7%) e o de emprego se manteve
estável (-0,2%). Já o número de unidades produtoras registrou aumento de 5%, mostra o estudo. Essa
expansão é explicada pelas exigências e critérios para a permanência das indústrias, principalmente às
intensivas em trabalho, no regime tributário Simples, exclusivo para as micro e pequenas empresas.
No setor têxtil, dois segmentos, Fiação e Tecelagem, apresentaram comportamento semelhante, com
elevação de 4% na produção e estabilidade no nível de emprego, com índices de (-0,9%) e (1,7%)
respectivamente. Já Malharias teve aumento de (10%) na produção e de (1,7%) nos empregos. O setor
continua sendo um dos que mais emprega no País, com 1,6 milhão de trabalhadores, cerca de 17% dos
postos gerados pela indústria de transformação.
Em 2006, a posição do Brasil no ranking de produtores de têxteis e de vestuário melhorou. O País saiu da 7ª
posição e subiu para a sexta. Em termos de comércio exterior, no entanto, sua participação ainda é pequena,
estando na 47ª posição entre os maiores exportadores do mundo. no ano passado, a balança comercial têxtil e
de confecção fechou com déficit de US$ 60,2 milhões.
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
SIDERÚRGICA
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
28 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Vale Tudo - O túmulo de Lázaro
Chegou setembro, agosto se foi e o anúncio da siderúrgica ficou na promessa de Lula. Segue o mesmo
caminho da falecida Sudene, que ele prometeu ressuscitar e não encontrou o túmulo de Lázaro. E o pior vem
aí. A nova produção de aço não será feita a gás, mas sim a carvão. Os brucutus estão vibrando. Trata-se de
uma solução digna do tempo das cavernas.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
SIDERÚRGICA
Lêda Maria - Passarelas
O PSDB está preparando uma ofensiva que poderá contar com a adesão dos partidos que apóiam o governo
Lula, caso não seja anunciado, e até ontem não foi, o apoio prometido pelo presidente Lula da Silva para a
instalação da siderúrgica no Ceará. O movimento comandado pelo deputado João Jaime (PSDB) já conta com
a simpatia do deputado Nelson Martins (PT) que, na sessão da última quinta-feira, se mostrava irritado pela
demora do presidente Lula. Áliás, contra o presidente já pesam várias faltas para com o Estado. A 1ª a
siderúrgica que não saí; 2ª os recursos para o Metrofor; 3º a demora da conclusão das obras de alargamento
da BR-116; 4ª a não liberação dos recursos para o Trem da Feira ( de Juazeiro a Crato) ; 5ª a Transnordestina;
6ª a Transposição do Rio São Francisco. Quer mais.
Se isso acontecer vamos ficar como anêmicos de líderes, vitaminados para acreditar que o quadro mudará.
Benza Deus!
TOPO
O POVO
02 de setembro de 2007
CONCESSÕES DAS REGIONAIS
Sônia Pinheiro - Cerco
...E o deputado Luiz Pontes volta a encostar a prefeita Luizianne Lins ao cantinho da parede para que a blonde
libere informações sobre a concessão de licenças para obras em todas as Secretarias Regionais. "Se uma
fraude na concessão das licenças ocorreu num grande
empreendimento, em uma área de 32 mil metros quadrados, como o Extra de Parangaba, quem garante que
as demais obras em construção ou já inauguradas não estão também irregulares?" -indaga o parlamentar, que
considera necessário um pente fino do Olimpo municipal em todas as licenças concedidas nos últimos dois
anos.
Para Pontes, o questionamento é de natureza técnica porque a prefeitura de Fortaleza pode estar sofrendo
prejuízos irreparáveis com a ação de fraudadores que agem nos bastidores da burocracia municipal. "De outra
forma, isso seria um descalabro administrativo, por inoperância dos gestores públicos, o que é inadmissível" declara.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
DESERTIFICAÇÃO
Editorial - Evitar a desertificação
O desmatamento desordenado, as queimadas, o extrativismo de madeira, o uso intensivo do solo, o manejo e
a utilização incorretos das terras agricultáveis são fatores essenciais para expandir a desertificação. Essas
causas estão presentes nas áreas desérticas ou em processo de degradação no Ceará, como em Irauçuba, na
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
29 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Zona Norte; no Sertão Central e no Médio Jaguaribe.
As áreas susceptíveis à desertificação, associadas a outras do semi-árido nordestino, especialmente da Bahia,
Piauí, Pernambuco e Maranhão, serão expostas, em Madri, Espanha, durante a Conferência das Partes,
promovida pela Organização das Nações Unidas. Mudanças climáticas, biocombustíveis, queimadas e o efeito
estufa complementarão os painéis desse evento de grande magnitude.
O ambiente de degradação, muitas vezes, resulta da falta de educação ambiental e das práticas
conservacionistas do meio natural. No âmbito da agricultura familiar, a questão envolve hábitos herdados de
gerações passadas, métodos arcaicos como as queimadas para limpar o pasto. Na agricultura moderna, a
causa está na mecanização dos defensivos agrícolas em busca da produtividade.
A degradação das terras secas causa problemas econômicos, comprometendo, de modo especial, a produção
de alimentos. Mudar essa realidade exige várias frentes. Na primeira delas, envolvendo as questões
macroeconômicas, a ONU procura contemplar com o acompanhamento e a elaboração de relatórios técnicos
projetando avanços ou agravamentos.
Os países afetados pelos desertos em expansão - entre eles, o Brasil - celebraram acordos internacionais
como a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. O
esforço para reversão desse quadro é recente. Em 1992, Fortaleza abrigou a Conferência Internacional sobre
Variações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável no Semi-Árido.
Esse evento foi preparatório à Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(ECO-92), sedimentando as condições para a concentração de representações de 70 países, no Rio de
Janeiro, preocupados com a degradação do meio físico. Os estudos demonstrativos, o crescimento das áreas
desérticas e a carência de meios para reversão de suas causas geraram, em 1994, a Convenção do Combate
à Desertificação.
O problema alcança dimensão mundial. Há o objetivo de estancá-lo com o Programa Nacional de Combate à
Desertificação, desenvolvido no Brasil com apoio da ONU. O desafio maior é deslocá-lo da cúpula dos
governos para a base onde o fenômeno ocorre.
Nesse ponto, Estados e Municípios, mais próximos do meio afetado, poderiam oferecer contrapartida,
executando o reflorestamento com o plantio de espécies botânicas menos exigentes com água e adaptadas ao
clima quente e seco. Tudo isso, enquanto chegam os recursos tecnológicos para reverter os estragos
promovidos na Natureza.
A educação ambiental tem o papel de difundir essas práticas começando pela sensibilização dos governantes.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
BATURITÉ
Regina Marshall - Irregularidades na Serra
As construções irregulares na APA de Baturité entram também na mira da Assembléia Legislativa. A pedido do
deputado Luiz Pontes, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário realizará uma visita aos
locais em que existem construções ilegais e mesmo assim licenciadas. Em seguida haverá reunião da
comissão em Guaramiranga, onde, segundo Luís Pontes, existem pessoas influentes que estão
desrespeitando as leis.
O tucano diz que essas construções vêm causando danos ambientais, prejuízos ao patrimônio público e à
sociedade, sem que a Semace, o Dert e a Prefeitura de Guaramiranga adotem providências legais.
TOPO
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
30 de 35
DIÁRIO DO NORDESTE
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
02 de setembro de 2007
RIO SÃO FRANCISCO
Edilmar Norões - Insensabilidade
As dificuldades que atingem os irmãos do semi-árido nordestinos, quando, como agora, a quadra invernosa foi
irregular, nos leva a pensar o porquê da falta de sensibilidade para a construção de um projeto que resolveria,
de vez, a dramática situação. Sim, pois com a transposição das águas do São Francisco, cuja obra tem sido
objeto de tanta polêmica, apesar de sua importância para esta região, os carros-pipa por certo seriam
desativados.
Apesar dos pesares
Diante da resistência, como a das lideranças políticas da Bahia, Sergipe e Alagoas e, pasmem, até de
segmentos mineiros, as obras da transposição têm sido emperradas. Nem mesmo o apoio declarado do
presidente Lula e de outros líderes da política nordestina, como o ex-ministro Ciro Gomes, foi capaz de afastar
os obstáculos que, ao longo dos anos, têm inviabilizado o importante projeto. Ainda bem que, exatamente por
esse apoio, repetidamente manifestado pelo presidente, a transposição, quando nada, continua de pé. E, por
assim continuar, é que não foi partida de todo a confiança em sua execução.
Palavra empenhada
E o fato de um baiano, como Geddel Vieira Lima, assumir o Ministério, a quem cabe tocar o projeto,
assegurando sua construção, apesar de tudo o que ocorreu até aqui, não se pode e nem se deve deixar de
acreditar. Quando nada, na palavra que o presidente Lula empenhou nesse sentido.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
RIO SÃO FRANCISCO
Quereres do Brasil
Todo o Brasil almeja governos que enfatizem mais o desenvolvimento sustentado e menos o assistencialismo
nas políticas de erradicação da pobreza. Foi esse o clamor generalizado diante da notícia, semana passado,
de que um em cada quatro brasileiros passou a ser atendido pelo Bolsa-Família, aumento de 46% no número
de beneficiadas entre 2005 e 2007.
Também na semana passada o Ministério da Integração Nacional gastou mais de R$ 14 milhões com
carros-pipa. Nos últimos cinco meses, essa despesa assistencialista já somou R$ 32 milhões para o socorro
de, até agora, 299 municípios em situação de emergência provocada pela seca. Se por um lado vemos a
sociedade cobrar do Bolsa-Família reforço nas suas condicionantes - freqüência escolar e monitoramento da
saúde - para que os bolsistas não se tornem dependentes para sempre, por outro lado ouvimos mais protestos
do que apoios aos objetivos emancipatórios da transposição das águas do rio São Francisco, que vai romper a
secular dependência pelos carros-pipa.
A transposição é o governo aplicando políticas de desenvolvimento, tecnicamente viáveis, no combate à
pobreza. A obra que leva água de beber e de plantar à região mais pobre do Brasil ajuda todo o país a gastar
menos com o Programa Bolsa-Família, com o Programa Emergencial de Distribuição de Água e com outras
ações de caráter assistencialista.
Junto com a transposição, já estão sendo realizadas na bacia do São Francisco centenas de obras que atacam
a falta de saneamento, outro fator de inchaço Bolsa-Família como detectou o levantamento feito pelo Ministério
do Desenvolvimento Social. O estudo registrou que 36% dos bolsistas vivem sem acesso a serviços
fundamentais de bem-estar, como esgotamento sanitário.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
31 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
Os propósitos desenvolvimentista e sustentável do Projeto São Francisco envolvem a transposição, a
revitalização do rio - com obras de saneamento e outras - e também a retomada de projetos de irrigação que
abrem as portas para o mundo da inclusão pelo trabalho. É o caso, por exemplo, do Salitre de Juazeiro e
Baixio de Irecê. Esses projetos que estavam parados há anos fez a terra seca alimentar a necessidade pelo
Bolsa-Família. Reiniciamos os investimentos. Amanhã a água vai nutrir a fruticultura, a piscicultura, o
biocombustível. O sertanejo que hoje recusa trabalho na lavoura de subsistência porque tem como sacar todo
mês o dinheiro de programas assistenciais do governo, amanhã vai pensar grande. Nos projetos de irrigação,
a agricultura familiar produz para o sustento da família, para comercializar nas cidades e para exportação.
Quem passa a viver vida autônoma em ambiente de crescimento, se interessa mais em buscar educação,
cultura, saúde. Realiza melhorias na casa, no bairro, na cidade.
É o que vem acontecendo em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) desde a implantação do perímetros irrigados na
segunda metade dos anos 60. Estas duas cidades que, a rigor, fizeram uma transposição de águas do São
Francisco para irrigar e produzir o ano todo, estão entre as de maior PIB (Produto Interno Bruto) e de maior
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do semi-árido.
A determinação do governo do presidente Lula mostra que a transposição e vários outros projetos de combate
à pobreza estão muito longe de serem iniciativas isoladas, nascidas para atender fins eleitorais, como acusam
os apressados. São ações que enfrentam os verdadeiros desafios do país: geração de empregos, distribuição
da renda, inclusão social, crescimento sustentado.
* Ministro da Integração Nacional
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
SECA NO NE
AGRAVAMENTO DO PROBLEMA - Seca no NE preocupa a ONU
Por causa da seca e das mudanças climáticas, a perda de terras será um fenômeno mundial nas próximas
décadas
Genebra. Produzir alimentos na região do Nordeste brasileiro será cada vez mais difícil e o governo federal
precisa se preparar para fazer investimentos de peso em irrigação na região. O alerta é da Organização
Meteorológica Mundial da ONU (OMM), que aponta para os efeitos das mudanças climáticas como sendo
responsáveis por esse novo cenário nos Estados que já sofrem com seca. A entidade internacional ainda diz
que as mudanças climáticas podem se tornar uma séria ameaça à oferta de alimentos para populações mais
pobres da região Nordeste, bem como em todo o mundo.
‘‘Devemos esperar uma maior desertificação e salinização das terras do Nordeste nas próximas décadas’’,
afirmou M.V.K. Sivakumar, chefe da Divisão de Meteorologia Agrícola da Organização Meteorológica Mundial.
Segundo Sivakumar, a produção agrícola tende a ficar mais difícil até mesmo na região da bacia do Rio São
Francisco.
Efeitos no futuro
‘‘Os efeitos começarão a ser sentidos em cerca de 10 anos, mas devem continuar com maior intensidade até
2050’’, afirmou o representante da OMM. Até lá, o governo deve se preparar para tomar pelo menos duas
medidas: garantir a irrigação da região e adotar uma estratégia de gestão da água disponível no Nordeste.
‘‘Isso será fundamental para a agricultura no Nordeste’’, afirmou Sivakumar, considerado um dos principais
pesquisadores sobre o impacto das mudanças climáticas sobre a agricultura.
A Organização Meteorológica Mundial afirma que a perda de terras será um fenômeno mundial nas próximas
décadas. Hoje, apenas 11% da superfície do planeta é cultivável. O problema é que, até 2020, a população
mundial atingirá 8,2 bilhões de pessoas ante os atuais 6,3 bilhões. O tema fará parte da conferência da ONU
que começa na segunda-feira em Madri, na Espanha, para tratar do futuro do solo do planeta para a
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
32 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
agricultura.
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
SINDITÊXTIL - SINDICONFECÇÕES
CE produz para grifes de luxo
O Estado é um dos principais pólos exportadores de confeccionados de grifes de luxo
Muita gente nem imagina mas aquela calça jeans de grife que custa um dinheirão ou aquele par de tênis
esportivo descolado podem ter sido fabricados logo ali, na periferia de Fortaleza ou no interior do Estado.
Desde o início da década de 90, o Ceará tem sido pólo exportador de confeccionados de marcas de luxo,
principalmente no segmento têxtil e calçadista. É o chamado private label: desenvolvimento de marcas de
terceiros, com matéria-prima e mão-de-obra da fábrica local. Chegaram a ser produzidas aqui itens da Zoomp
e Fórum.
De acordo com Verônica Perdigão, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Ceará
(Sinditêxtil), diversas empresas locais produzem peças para grandes grifes nacionais e até internacionais.
´Não temos como contabilizar porque este tipo de trabalho exige sigilo de contrato. Ou seja, quem faz, não
pode divulgar´, comenta. De qualquer forma, ela defende que a prática reforça a qualidade dos confeccionados
do Estado, ´já que para produzir com a chancela de uma marca, é preciso ter padrão de excelência´.
Não é por acaso que os segmentos calçadista e têxtil estão hoje no topo da pauta de exportações do Ceará.
Empresas atraídas impulsionaram a busca por altíssimo padrão de qualidade, ao lado de outras indústrias de
tradição, como a Esplanord. O presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções (Sindiconfecções), José
Moreira Sobrinho, admite a prática mas prefere não comentar.
Tênis esportivo
Maior fabricante de calçados do País, a Vulcabrás do Nordeste produz na Região Metropolitana de Fortaleza
(RMF), mais precisamente em Horizonte, desde 1999, os tênis Reebok. Além das linhas de calçados
esportivos, que incluem produtos licenciados com exclusividade pelas marcas internacionais Reebok e Keds, a
empresa, que conta com 9.000 funcionários, fabrica botas e confecções esportivas.
A Vulcabrás, de Pedro Grendene, desembarcou no Ceará em 1994. De lá para cá, a empresa do irmão gêmeo
de Alexandre Grendene — que controla outra gigante do ramo, também com unidade no Estado (a Grendene,
em Sobral) — triplicou seu tamanho e se tornou o segundo maior fabricante de calçados do País, com
faturamento de R$ 1,2 bilhão por ano. Graças à compra da Azaléia, em junho último, negócio estimado em R$
350 milhões.
´Tanto Vulcabrás como Azaléia possuem operações no Nordeste e com benefícios fiscais. A fusão dá
resultado a uma sinergia de negócios importante´, citou uma fonte, que não quis ser identificada. A Vulcabrás
detém exclusividade da marca Reebok no País, Argentina e Paraguai. Na área esportiva, a Azaléia opera a
marca Olympikus, além de calçados femininos como Dijean e Funny. Com sede em Parobé, a Azaléia tem 17
mil colaboradores, a maioria distribuídos nas 18 fábricas que opera na Bahia.
A Guerino Cipolla é outra indústria têxtil local que aposta no private label. Das 30 mil peças que produz por
mês, atualmente, cinco mil são da marca própria. O restante é private label. ´A Daslu é um dos nossos clientes
neste segmento´, comenta a empresaria Bianca Cipolla. O ´currículo´ da empresa inclui Le Lis Blanc e Div Z.
´As grifes nacionais são melhores de fechar negócio que as internacionais. Aqui, a gente negocia preço,
consegue desconto e tem alguma vantagem´, comenta a empresária. Ela acrescenta que a facção para o
Ceará ICMS, o que torna o negócio mais atraente. As encomendas da Cipolla, tanto no private quanto de
facção, exigem pedidos mínimos de 120 peças por modelo.
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
33 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
SAMIRA DE CASTRO
Repórter
CONFECÇÕES ESPLANORD
Private label responde por 30% da produção
A Esplanord, indústria de confecção da tradicional família Otoch, atua há sete anos com private label, já tendo
fabricado peças para a Zoomp. Segundo o gente comercial da empresa, Irapuã Silva, cerca de 30% da
produção hoje equivale a peças das grifes Sete Sete Cinco, Luigi Bertolli, Lorran e Sxpirit (da Otoch). Os 70%
são de itens das marcas próprias Piemont (peças masculinas) e Moda Ativa (itens femininos).
A Esplanord iniciou sua atividades em 1972, ainda com o nome de Confecções Landau. Transformou-se em
Esplanord definitivamente em 1976, onde se instalou em seu atual parque industrial de 15.000 metros
quadrados, sendo 8.000 deles de área construída, na Avenida Sargento Hermínio, no bairro Olavo Bilac, em
Fortaleza.
A capacidade de produção da empresa hoje é de 100 mil peças/mês, entre calças jeans masculinas e
femininas, e camisas para homens. Gera 480 empregos diretos. Silva não revela faturamento nem volumes
envolvidos nos contratos com as grifes, mas acredita que os negócios da empresa, que emprega atualmente
480 funcionários, serão melhores no segundo semestre. ´O cearense sempre tem esperança´, diz o gerente,
que destaca a saúde financeira da empresa. (SC)
CÂMBIO DESFAVORÁVEL
Jeans local perde até para a Turquia
O dólar baixo e o euro em queda estão inviabilizando a produção de confeccionados para grifes internacionais
no Ceará. Nos tempos áureos do câmbio, a Santista Têxtil, por exemplo, arrendou a fábrica da LAN
Confecções, no interior do Estado, para fazer a base de produção da grife de jeans LEE. Segundo a
empresária Bianca Gadioli Cipolla, da Guerino Cipolla, o jeans produzido no Estado tem qualidade, mas perde,
no quesito preço, para fabricantes da Turquia.
´A gente faz private label para grifes internacionais só para não deixar a fábrica parada´, adianta a empresária.
O preço que as multinacionais querem pagar, segundo ela, ´está longe de ser exeqüível para a realidade
brasileira´, marcada por alta carga tributária e pesados custos de mão-de-obra formal. ´O crédito aqui é caro e
o adiantamento dessas empresas, no caso, a carta de crédito, serve para bancar o tecido e mal´.
Além dos custos operacionais brasileiros, Bianca Cipolla destaca que a logística no Estado hoje também é um
empecilho. ´Quem vem produzir no Brasil precisa fechar um contêiner por semana. É o equivalente a uma
carga de 40 mil peças. Mas não há freqüência de navios suficiente no Pecém ou Mucuripe, para Europa, EUA
e outros centros compradores´.
Ela cita o caso da lavanderia portuguesa Ibatex. ´Eles traziam as peças da Turquia, China, EUA e Portugal
para lavar em Maracanaú e exportar de volta. Com o câmbio, a concorrência com a China e os custos de
exportação, acabaram quebrando´. Vale ressaltar que a empresa tinha incentivos fiscais do Estado.
Explicando que o preço de uma peça private label depende de inúmeros fatores — desde matéria-prima,
tecidos, aviamentos e estrutura de produção —, Bianca Cipolla revela que algumas grifes querem pagar
apenas 1,5 euro (cerca de R$ 4,00) pela sua mão-de-obra na confecção de uma calça jeans básica. ´Isso não
dá para eu pagar impostos, 13º salário, férias, vale transporte ou mesmo o salário dos meus funcionários´,
reclama ela.
Para cobrir os custos e lucrar, ainda que pouco, ela teria de cobrar pelo menos 6 euros (R$ 16,00). ´O
problema é que essas empresas hoje têm como regra o mercado chinês, que explora mão-de-obra e nunca
ouviu falar em direitos trabalhistas´. Bianca Cipolla diz que muitas grifes internacionais têm contratos cheios de
regras e que é comum aplicarem calote. nas fábricas locais. (SC)
PADRÃO DE QUALIDADE
Grife nacional é mais vantajosa
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
34 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
´Na facção, o cliente dá a matéria-prima e os aviamentos e só utiliza a nossa mão-de-obra. No private label, a
fábrica entrega a peça pronta, com a marca dele´, explica Irapuã Silva, gente comercial da Esplanord. Para
ele, o mercado nacional de grifes é ´muito interessante´ para as indústrias de confeccionados têxteis locais. Ao
contrário da exportação, inviabilizada pelo dólar e pela concorrência com a China.
Silva acrescenta que o requisito número um para o mercado de private label é a qualidade. ´A grife de fora é
conceituada e não vende pelo preço e sim pela qualidade´. Para produzir, a indústria local precisa seguir
rigorosos padrões da marca de fora, como modelagem, acabamento e tecidos. ´E precisa ter saúde financeira
porque a encomenda é como uma venda qualquer. Você não recebe carta de crédito ou adiantamento, como
na exportação´. (SC)
TOPO
FOLHA DE SÃO PAULO
02 de setembro de 2007
MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA
Economia forte valoriza elite do emprego
Empresas disputam mão-de-obra qualificada com atrativos como ações, período sabático fora do país, bônus
altos, carros e moradia
Sem dispor desse profissional em abundância, companhias têm preferido manter mais empregados a ficar só
com os estritamente necessários
CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O aquecimento da economia está valorizando o "passe" de profissionais de várias áreas e fazendo as
empresas disputarem mão-de-obra qualificada com atrativos como ações, períodos sabáticos fora do país,
planos de saúde de primeira linha, bônus altos, carros e moradia. E salários maiores.
O "downsizing", termo que esteve na moda desde os anos 1990, saiu do vocabulário das empresas, ao menos
por enquanto. Sem dispor de mão-de-obra qualificada em abundância, muitas companhias preferem manter
mais profissionais em seus quadros a ficar só com os estritamente necessários.
"A economia aquecida tem feito as empresas evitarem o efeito sanfona de contratar e demitir", diz Fábio
Pereira, gerente da empresa de recrutamento de executivos Michael Page. "As companhias preferem ter uma
certa gordurinha para não ficar na mão, numa hora em que os profissionais são disputados a tapa."
Pode parecer exagero, principalmente quando as taxas de desemprego superam os 10% em algumas regiões
do país. Esses profissionais, no entanto, estão na categoria dos que não só tiveram excelente formação como
contam com vários anos de experiência. "É até difícil dizer qual área está mais aquecida, porque está tudo
aquecido", diz Flávio Kosminsky, sócio da empresa de busca de executivos Korn Ferry.
Entre os setores em alta, estão financeiro, agronegócios, tecnologia, engenharia, logística, advocacia e até
recursos humanos e "headhunting", o dos caçadores de talentos. "Vivemos um dos momentos mais aquecidos
no mercado de busca de executivos", diz Renata Fabrini, vice-presidente e sócia da Fesa Global Recruiters.
"Exatamente por isso os caçadores estão virando caça."
A demanda em alta tem reflexo nos contracheques. No setor financeiro, por exemplo, houve aumento de 25%
a 30% nos salários em relação a 2005.
"As empresas têm de ser muito criativas para trazer e segurar profissionais dessa área", diz Gijs zan Delft,
gerente da área de finanças da Michael Page. "Se um diretor de relações com investidores ganhava R$ 25 mil
mensais há dois anos, hoje eles não recebem menos de R$ 28 mil a R$ 30 mil."
Benefícios
Isso sem contar com remuneração variável relacionada a metas e opções em ações, geralmente ligadas a
processos bem-sucedidos de abertura de capital. Segundo Delft, somados, os benefícios variam de R$ 400 mil
a R$ 2 milhões. A área financeira é a que mais impressiona, mas o quadro repete-se em outras carreiras.
Pereira, da Michael Page, conta o caso de um especialista em barragens de hidrelétricas, cujo salário passou
de R$ 11 mil a R$ 18 mil em duas semanas. "Ele teve uma oferta de uma empresa, com um aumento salarial
7/11/2007 11:07
Clipping Dia-a-Dia - 02/09/2007 - Informação - Publicação - Notícia - In...
35 de 35
http://www.sfiec.org.br/clipping/edicoes/Setembro2007/Clipping_02090...
de 20%", diz. "Na semana seguinte, outra companhia o convidou e aí veio o verdadeiro salto."
O setor de "supply chain", que reúne especialistas em logística, compras e transporte, também sofre com a
falta de mão-de-obra qualificada. Segundo as empresas de busca de executivos, o salário de um gerente
sênior, que em 2006 variava de R$ 8.000 a R$ 10 mil, hoje é de R$ 12 mil a R$ 15 mil.
De acordo com os "headhunters", também é difícil para as empresas contratarem profissionais de TI
(tecnologia da informação), já que a maioria deles ganha mais prestando serviços de consultoria e não se
importa com carreiras de longo prazo. Para ocupar vagas em recursos humanos, muitas empresas têm
preferido trazer profissionais de outros setores, como administradores, engenheiros e advogados. "Há uma
demanda por profissionais de RH que conheçam o negócio", diz Kosminsky. "Muitos profissionais não
perceberam isso."
TOPO
DIÁRIO DO NORDESTE
02 de setembro de 2007
PROGRAMA PRIMEIRO EMPREGO
Curtas - Primeiro Emprego será remodelado
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que o programa Primeiro Emprego será remodelado, negando a
extinção de uma das principais bandeiras da campanha eleitoral de Lula da Silva em 2002. Um novo programa
mais abrangente será lançado na próxima 4ª feira.
TOPO
7/11/2007 11:07

Documentos relacionados