benefícios proporcionados pela ginástica laboral

Transcrição

benefícios proporcionados pela ginástica laboral
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONIA – UNIR
NÚCLEO DE SAÙDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA GINÁSTICA LABORAL
ISAÚ SILVA MONTEL0
CELSON CANDIDO DA ROCHA
DENY SIQUEIRA DE SOUZA
JI-PARANÁ
2007
ISAÚ SILVA MONTEL0
CELSON CANDIDO DA ROCHA
DENY SIQUEIRA DE SOUZA
BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA GINÁSTICA LABORAL
Monografia de graduação apresentada ao
Departamento de Educação Física, Núcleo de
Saúde da Universidade Federal de Rondônia,
como requisito parcial para a obtenção de
título de Licenciatura em Educação Física.
Orientadora: Angeliete Garcez Militão.
JI-PARANÁ
2007
ISAÚ SILVA MONTEL0
CELSON CANDIDO DA ROCHA
DENY SIQUEIRA DE SOUZA
AVALIADORES
_______________________________________
_______________________________________
_____________________________________________
JI-PARANÁ
2007
Dedicamos aos nossos Pais, por nos
apoiarem e dar suporte a mais esta difícil
conquista, pois estiveram sempre presentes
em todos os momentos dessa jornada.
Agradecemos primeiramente a Deus que
nos abençoou, para que tivéssemos
bastante força e perseverança para
conquistar mais essa etapa de nossa vida.
Aos Professores da UNIR, por seus
desempenhos em todas as funções que
exerceram, com prudência, modéstia, e
inabalável firmeza.
Especialmente
a
nossa
orientadora
Angeliete Garcez Militão, pelo apoio e
incentivo e com sua simplicidade conquistou
seu espaço entre nós acadêmicos tendo
total dedicação, estímulo e orientação
eficientes na difícil tarefa de ensinar.
A Nadia Maria Silva Montelo pelo auxilio na
coleta do material e acompanhamento.
A todos os colegas de curso, que conosco
caminharam e compartilharam na busca do
conhecimento. Em especial ao nosso amigo
e colega de curso Mauro, pelo empréstimo
de boa parte do material utilizado.
“Para atingir um estado de completo bemestar físico, mental e social, os indivíduos e
grupos devem saber identificar aspirações,
satisfazer
necessidades
e
modificar
favoravelmente o meio ambiente”.
(CARTA DE OTAWA, 1986)
MONTEL0, Isaú Silva. ROCHA, Celson Candido da. SOUZA, Deny Siqueira de
Benefícios Proporcionados Pela Ginástica Laboral. Trabalho de Conclusão de
Curso – TCC, Curso de Graduação em Educação Física, Ji-Paraná, 2007.
RESUMO
Com a modernidade e tecnologia atuais as pessoas estão submetidas a movimentos
automatizados e pouco dinâmicos no trabalho estafante e ritmo acelerado, tendo
pouco tempo para o lazer, tornando-se sedentários, conseqüentemente susceptíveis
a distúrbios ocupacionais. As empresas devem manter um projeto de Ginástica
Laboral, que visa a orientação e prevenção de doenças relacionadas ao trabalho
com as lesões por esforços repetitivos (LER), através de sessões de exercícios de
alongamento e/ou relaxamento, direcionados às estruturas corporais mais
requisitadas no trabalho, realizadas durante o expediente laboral, com oito minutos
de duração em média. O trabalho teve como objetivo identificar através de uma
revisão da literatura os benefícios que a Ginástica Laboral proporciona aos
funcionários de empresas que realizam atividades com movimentos repetitivos.
Segundo alguns estudos, os resultados foram satisfatórios, como aumento na
motivação para realizar atividades laborais cotidianas e proporcionou melhoria nas
inter-relações no trabalho. Conclui-se que a prática da Ginástica Laboral aliada a
bons hábitos de vida e a boas condições de trabalho, proporciona inúmeros
benefícios aos funcionários, que melhoram sua qualidade de vida e como
conseqüência aos empresários, que obtém retorno em produtividade e lucro.
Palavras-chave: Ginática laboral, LER/DORT.
ABSTRACT
With current modernity and technology the people are submitted the movements
automatized and little dynamic in the estafante work and sped up rhythm, having little
time for the leisure, becoming sedentary, consequently susceptíveis the occupational
riots. The companies must keep a project of Labor Gymnastics, that aims at the
orientation and prevention of illnesses related to the work with the injuries for
repetitive efforts (TO READ), through sessions of exercises of allonge and/or
relaxation, directed to the requested corporal structures more in the work, carried
through during the labor expedient, with eight minutes of duration in average. The
work had as objective to identify the benefits that the Labor Gymnastics provides to
the employees of companies who carry through activities with repetitive movements.
According to some studies, the results had been satisfactory, as increase in the
motivation to carry through daily labor activities and provided improvement in the
Inter-relations in the work. One concludes that practical of the allied Labor
Gymnastics the good habits of life and the good conditions of work, provides
innumerable benefits to the employees, who improve its quality of life and as
consequence to the entrepreneurs, that gets return in productivity and profit.
Key-word: Labor gymnastics, LER/DORT.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 09
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 14
2.1 ATIVIDADE FÍSICA X ECERCÍCIO FÍSICO ....................................................... 14
2.2 PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ..................................................................... 15
2.3 LER/DORT ......................................................................................................... 17
2.3.1 Fatores de risco para LER/DORT ................................................................... 19
2.4 REGIÕES MAIS ACOMETIDAS PELA LER/DORT /TIPOS MAIS CONHECIDOS ..... 22
2.5 FORMAS DE PREVENÇÃO DA LER ................................................................. 23
2.6 QUALIDADE DE VIDA ....................................................................................... 24
2.6 TIPOS DE GINÁSTICA LABORAL ..................................................................... 28
2.7 OBJETIVOS/BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL ..................................... 30
2.8 ERGONOMIA ..................................................................................................... 32
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 37
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 40
1 INTRODUÇÃO
No século XXI vive-se uma época em que a tecnologia e a modernidade,
com suas inúmeras facilidades, levam cada vez mais o homem ao sedentarismo.
Embora necessária para o constante progresso, a informatização tem tornado a
sociedade menos ativa pelo fato de fazer grande parte do trabalho. Com isso, as
pessoas acomodam-se mais, fazendo o mínimo de atividade física, chegando até
mesmo a não se levantar para trocar o canal da TV. Ao mesmo tempo passam horas
na mesma posição em seu trabalho, causando a si mesmos uma série de lesões,
desconfortos, que podem torna-se em sérios problemas de saúde, algumas
irreversíveis. E é certo que a competitividade do mundo moderno tem tornado a vida
cada vez mais estressante, acabando por comprometer a qualidade de vida e a
saúde no trabalho.
É nessa época em que vivem grandes transformações e fala-se em
mudanças de paradigmas em todas as áreas, surgem conceitos como Qualidade
Total, Globalização, Competitividade, entre outros, e os desafios se tornam parte do
dia-a-dia, e Istoé válido, certamente, para as empresas e seus funcionários.
Sob este aspecto, alguns empresários e grupos que administram a
qualidade total, admitem que não adianta investir em tecnologia se não investir em
recursos humanos e em sua educação e qualificação.
Segundo Cañete (1996), o trabalhador, enquanto ser ativo e participante da
produção do capital deve ser saudável física, mental e espiritualmente, pois assim
com certeza será mais produtivo.
Porém, com o intuito de aumentar a produção tão necessária para o sistema
em que se vive no país – capitalismo – as empresas intensificam o ritmo de trabalho
e as exigências quanto aos resultados, aumentando a jornada de trabalho,
conseqüentemente causando doenças ocupacionais, conhecida atualmente como
LER/DORT – Distúrbio Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho.
O esgotamento do trabalhador em atividades ininterruptas, repetitivas,
monótonas e em muitos casos pesadas, insalubres, segundo Cañete (1996),
representa alto custo para as empresas e ônus ainda mais numerosas de mutilados
e incapacitados para o trabalho produtivo e em muitos casos para a vida.
Couto (1991) acredita que a prevenção pode ser feita através de uma
organização do trabalho que preveja pausa de recuperação e rodízio nas funções,
diminuindo-se a carga de movimentos realizados.
Diante deste quadro, a Ginástica Laboral aliada a ergonomia, vem ser uma
forma de lidar com os altos índices de doenças ocupacionais e acidentes no
trabalho, que afetam significativamente a produtividade, a qualidade de vida dos
funcionários, conseqüentemente, impede-se de falar em qualidade total, abalando os
níveis de competitividade.
Para Cañete (1996), pausa durante a jornada de trabalho são necessárias e
fundamentais para o equilíbrio funcional dos indivíduos e portanto, para sua
capacidade de manter-se produtivo.
É neste contexto em que insere-se a Ginástica Laboral, caracterizando-se
principalmente, por pausas no trabalho, durante aproximadamente dez minutos,
onde são feitos exercícios de alongamento muscular, direcionados àquelas
estruturas corporais mais requisitadas durante a jornada de trabalho, a fim de
atenuar e prevenir doenças ocupacionais, que em muitos casos provocam o
absenteísmo do funcionário em seu trabalho.
Konrath (1999) relata que, de acordo com os depoimentos de empresas que
já vem adotando a Ginástica Laboral compensatória há algum tempo, a mesma tem
demonstrado resultados positivos e vários benefícios para a empresa e o
trabalhador. Estes são expressados principalmente através da diminuição das dores,
das faltas ao trabalho, dos acidentes, das lesões por esforços repetitivos, além de
um acréscimo na produtividade e melhoria no bem-estar geral dos funcionários,
aumentando sua satisfação perante a empresa.
Isto acaba gerando um processo, pois o funcionário satisfeito acaba
trabalhando com mais vontade, produzindo mais e despertando no empresários o
interesse em investir mais em seus recursos humanos. Intui-se, pois com este
trabalho, apresentar a Ginástica Laboral como um único meio de prevenção para os
distúrbios orgânicos causados pelo trabalho repetitivo e automatizado expondo
considerações a respeito da mesma como os benefícios gerados através de sua
prática, tanto para funcionários como para a empresa.
1.1 PROBLEMA E SUA IMPORTÂNCIA
Os trabalhadores com maior risco são aqueles que carregam pesos ou que
assumem posturas erradas na posição sentada ou em pé. Estatísticas Americanas
mostram que há cerca de 25 milhões de trabalhadores nos Estados Unidos que
sofrem de dor nas costas e que estão incapacitadas para o trabalho.
O custo desta afecção tornou-se um dos mais caros e sérios problemas de
saúde neste país entre as pessoas com idade entre 20 a 50 anos. Nota-se que as
dores causadas pelos movimentos repetitivos têm a mais alta importância não
somente do ponto de vista médico, mas também do ponto de vista econômico.
Diante dessa problemática pergunta-se? Será que a prevenção pode ser
feita através de uma organização do trabalho que preveja pausa de recuperação e
rodízio nas funções, diminuindo-se a carga de movimentos realizados?
1.2 JUSTIFICATIVA
Diante das estatísticas e das pesquisas já realizadas dos problemas que
causam lesões e que afetam os trabalhadores faz-se necessário a implantação da
ginástica laboral.
O movimento é um sistema complexo que requer uma correlação entre
causa e efeito para que haja uma adaptação total do homem com o trabalho
(trabalhador-tarefa-ambiente) conforme (REIS ET AL, 2001). Tem-se então, que
conhecer os tipos de movimentos e a capacidade do homem em se adaptar ou se
ajustar.
Pode-se dizer que a ginástica laboral é um investimento que só traz
benefícios para as empresas e que certamente é um exemplo a ser seguido por
todas as organizações.
Através da implantação da ginástica laboral está-se buscando uma melhoria
na qualidade de vida dos trabalhadores.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1. OBJETIVO GERAL
Identificar na Ginástica Laboral, através de uma revisão bibliográfica os
benefícios que os funcionários que realizam atividades repetitivas poderão obter
participando da mesma;
1.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar os benefícios fisiológicos, físicos e psicológicos em participantes
de um programa de Ginástica Laboral;
Demonstrar os benefícios de um programa de Ginástica Laboral para a
empresa.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ATIVIDADE FÍSICA X EXERCÍCIO FÍSICO
Segundo Pogere (1998, p. 63) “A prática de atividades ou exercícios físicos
vem sendo utilizada para atingir objetivos como: Lazer, estética corporal, profilaxia
(prevenção), melhoria da aptidão geral e por fins competitivos”. Para tanto, iremos
diferenciar atividade física de exercício físico para melhor entendermos suas
aplicações.
Freqüentemente considerados como equivalentes, os termos atividade física
e exercício físico não são sinônimos. Segundo Caspersen et al (1985, p. 126)
[...] atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela
musculatura esquelética que resulte em um gasto energético maior do que
os níveis de repouso enquanto que exercício físico é toda atividade física
planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo a melhoria e a
manutenção da aptidão física.
O fato de possuir o conhecimento não implica necessariamente a prática de
exercício físico, mas sem o conhecimento e percepção corretos sobre o tema é
improvável que atitudes sejam tomadas no sentido de alterar um padrão
comportamental (VUORI ET AL, 1998)
Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 1978), citada por Vidal
(1997, p. 26), aptidão física deve ser entendida como: “(...) a capacidade de realizar
trabalho muscular de maneira satisfatória”.
Sabe-se hoje que o exercício físico pode ser um fator protetor para uma
série de males entre os quais se destacam: obesidade, doenças cardiovasculares,
diabetes, osteoporose, LER/DORT, depressão e maior morbi-mortalidade por
qualquer causa. No entanto, muito desse conhecimento não é adequadamente
divulgado fora do meio acadêmico permanecendo oculto para grande parte da
população. Os motivos que levam ao desconhecimento vão da falta de vontade
própria em buscar informação até a inexistência de programas governamentais de
esclarecimento, passando pelos profissionais de saúde que muitas vezes também
ignoram o valor do exercício físico e/ou não são efetivos no incentivo à prática
regular de exercícios físicos (PITANGA, 2001).
2.2 PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
Donkin (1989) diz que o homem cria hábitos e conforme o tempo passa,
torna-se criatura de seus hábitos. No que diz respeito a hábitos posturais, nosso
corpo tende a permanecer conforme as posições em que passa mais tempo. O
corpo acomoda-se com as atividade que realizamos, portanto, a maneira que nos
portamos durante o trabalho, por exemplo, é responsável por possíveis dores. Em
outras palavras, somos responsáveis pelo nosso bem ou mal estar, seja trabalhando
ou em atividades do cotidiano em geral.
Em se tratando de inatividade física, Martins (2001) considera que este é um
problema social, e não somente uma escolha individual. Nota ainda que o
trabalhador dos dias atuais, além de ser sedentário, tem alimentação desequilibrada,
pouco lazer e estresse constante.
Segundo Cañete (1996) o movimento, o exercício físico, é fundamental para
o equilíbrio, prevenção e manutenção da saúde humana. A autora cita que
pesquisas feitas no EUA demonstram os seguintes efeitos da prática de atividades
físicas:
- redução da ansiedade;
- melhoria do bem-estar e do humor;
- proporciona ânimo e disposição;
- redução da depressão, estresse e estados emocionais negativos;
- aumento da capacidade imaginativa ou criatividade;
- redução da tensão;
- melhoria da auto-estima e do autoconhecimento;
- facilitação do funcionamento cognitivo e melhoria da performance no
trabalho;
- proporciona sensação de autonomia e eficácia pessoal;
A prática regular da atividade física propicia desde bem-estar psicológico até
adaptações fisiológicas no organismo, controlando o acontecimento de doenças
crônico-degenerativas e contribuindo para uma melhor qualidade de vida.
Segundo Guedes & Guedes (1995), em conseqüência de programas de
exercícios físicos, ocorrem algumas adaptações fisiológicas no organismo que o
capacitam a responder de forma mais eficiente em relação ao funcionamento
orgânico, para a manutenção do estado de saúde.
Através da literatura, constata-se que com a prática de atividade física,
exercício físico, obtêm-se adaptações orgânicas significativas, que tornam o corpo
mais preparado para as solicitações do cotidiano e menos susceptível a distúrbios,
conseqüentemente, mantém o organismo em níveis de saúde satisfatórios. Não
obstante
lembrar
que
os
exercícios
físicos
devem
ter
planejamento
e
acompanhamento. Também se devem levar em cont, o tempo de execução das
atividades e a freqüência/regularidade de realização, visto que esporadicamente
realizados não proporcionam as adaptações esperadas.
Sabe-se que a Ginástica Laboral é realizada em um curto período de tempo,
e que nem sempre todos os funcionários têm disponibilidade para participar da
sessão em determinado dia, portanto, embora todos os benefícios citados
anteriormente não serem alcançados em sua plenitude, acredita-se que a
participação nas sessões de ginástica seja um caminho para a adesão à prática de
atividade física regular fora do ambiente laboral, o que conseqüentemente
proporcionará adaptações orgânicas significativas.
Martins, (2001) afirma que a adoção de estratégias de motivação, no que diz
respeito à promoção da saúde, como dicas sobre atividade física, ergonomia,
nutrição, fixadas em locais estratégicos nas empresas, palestras informativas, bem
como envio de e_mails, representam possibilidades de sedimentar o compromisso
do trabalhador com o empregador e vice-versa, e de elevar a qualidade de seus
serviços.
2.3 LER/DORT
Conforme Nascimento & Moraes (2000), para melhor compreensão, cita LER
e DORT como sinônimos, descrevendo um conceito único, onde diz que há muitas
definições para LER/DORT, porém, o conceito básico é de que se trata de
alterações e sintomas de diversos níveis de intensidade nas estruturas Osteomusculares (tendões, sinóvias, articulações, nervos, músculos), além de alterações
do sistema modulador da dor. Esse quadro clínico é decorrente do excesso de uso
do sistema ósteo-muscular no trabalho. As LERs – lesões por esforços repetitivos e,
DORT – distúrbios Osteo-musculares relacionados ao trabalho, são termos
comumente usados para as alterações anatômicas e fisiológicas nas estruturas
corporais mais utilizadas durante o trabalho.
Martins (2001 p. 35) cita Síndrome da Sobrecarga Ocupacional, Síndrome
Cervicobraquial Ocupacional e Distúrbios por Trauma Cumulativo, como novas
denominações para tais distúrbios.
Pires (1995) diz que os sintomas (dores, tonturas, formigamentos, etc.) são a
linguagem do corpo. É a maneira que o organismo usa para mostrar que algo está
errado, portanto, é necessário atentar para a ocorrência dos mesmos.
Porém, ao contrário do que se pensa, não são apenas os movimentos
repetitivos que podem causar tais distúrbios. Martins (2001 p. 96) coloca que, além
da sobrecarga dinâmica, a sobrecarga estática, com contração muscular por
períodos prolongados, o excesso de força para executar as tarefas, bem como uso
de instrumentos com vibração excessiva como contribuidores para o aparecimento
de enfermidades.
A DORT, apesar de ser um distúrbio relacionado ao mundo moderno e
mecanizado, obtém relatos desde 1700, quando Bernardino Ramazzini, pai da
medicina do trabalho, a descreve como a doença dos escribas e notórios. Dois
séculos depois aumenta sua repercussão e em 1920 recebe a denominação de
doença das tecelãs. Fonseca (1998, p. 100) coloca que, Tais profissionais eram
responsáveis pelas anotações dos acontecimentos nos tribunais, as quais tinham
que ser manuscritas com velocidade, afetando a região dos pulsos e dedos destes
trabalhadores. A região mais afetada destas profissionais era a dos cotovelos.
Barreira (1994 p. 145) coloca que, um dos fatores que aumentou o quadro
de portadores das patologias no Japão a partir de 1958, foi a criação das linhas de
montagem, que tornou o trabalho fragmentado em virtude do avanço tecnológico.
Este fato fez com que na década de 70, o país passasse a ser o primeiro a
reconhecer
DORT
como
um
conjunto
de
afecções
músculos-esqueléticos
decorrentes do trabalho e de origem multicausal.
O problema se amplia a partir de 1980, quando a doença, que atinge várias
profissões que envolvem movimentos repetitivos ou grande imobilização postural -
torna-se um fenômeno mundial, devido a grande evolução do trabalho humano e o
aumento do ritmo na vida diária.
O Brasil só identifica a DORT como uma doença ocupacional em 1987,
denominada como tenossinovite. A síndrome apesar de estar associada aos
operadores de computador, afetava não somente estes profissionais e sim todos
aqueles que trabalhavam intensamente com movimentos repetitivos (FONSECA,
1998).
2.3.1 Fatores de risco para LER/DORT
A DORT, segundo Barreira (1994), é um fenômeno de origem multicausal.
Portanto, fica claro que tais distúrbios são ocasionados por vários fatores de risco,
que geralmente acontecem em conjunto. Deve-se lembrar também que, como
sugere Martins (2001), nem sempre as patologias podem ser atribuídas unicamente
às atividades ocupacionais, e que as pessoas atualmente têm se afastado de um
estilo de vida saudável, alimentado-se mal, praticando pouca ou nenhuma atividade
física, além de manter níveis elevados de estresse.
Para Nicholetti et al (2000), podem-se considerar como fatores de risco,
fenômenos ou alterações físicas ou eventos psicossociais que podem contribuir para
o desenvolvimento da DORT.
Os fatores de risco que podem ser considerados como ambientais físicos
são:
- Equipamentos e mobiliários dos postos de trabalho: Todos os
equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser
executado, (NICHOLETTI ET AL, 2000). Portanto, tudo o que é de uso do
trabalhador em seu local de trabalho, deve estar em harmonia com ele mesmo.
Segundo Donkin (1989), se cada dia o funcionário usa uma cadeira, por
exemplo, ou se alguém a usa antes, deve haver o ajuste antes de começar a
jornada, pois ao final da mesma, possivelmente aparecerão os sintomas de
desconforto e dores.
Tendo o ambiente de trabalho devidamente adequado às características de
cada trabalhador, diminui-se o risco de aparecimento de LER/DORT, devido ao
menor erro postural enquanto está-se trabalhando.
- As condições ambientais: As condições ambientais estão relacionadas com
a iluminação, temperatura ambiente e ruídos dos postos de trabalho que, quando
inadequados, prejudicam o rendimento do trabalhador, podendo até originar a
DORT.
Gilini Júnior (1999) relata que a DORT não é o único problema dos usuários
de computadores, e 78% das pessoas que fazem uso intensivo deste, tem algum
problema visual, pois uma sala iluminada inadequadamente, com pouca luz ou
erroneamente projetada, dificulta a leitura, ou seja, além de diminuir a produção,
existe o risco para a saúde.
Os fatores ambientais emocionais incluem a organização das atividades
laborais e o ambiente de trabalho propriamente dito.
Relacionados à organização do trabalho, dos fatores que contribuem para o
aparecimento de sobrecarga de dor e uma futura e provável DORT, cita Nicholetti et
al (2000) como principal item, a instituição do trabalho fragmentado, ou seja, os
trabalhos que são realizados normalmente, em linhas de montagem ou em postos
informatizados, através de movimentos repetitivos e padronizados.
Observa-se a necessidade de rodízio das funções, o que diminui o número
de repetições do mesmo movimento por tempo prolongado, o estresse emocional,
que levam à fadiga e conseqüente dor.
Segundo Nicholetti et al (2000), o ambiente entre os colegas de trabalho
também é um fator importante. Pessoas que trabalham em grupos cujos
componentes se suportam e se auxiliam, tendem a adoecer menos, ou seja, um
ambiente de trabalho que estimula ações individualistas, onde a competição entre os
trabalhadores é acirrada, propicia o aparecimento da DORT.
O bom convívio profissional entre colegas e superiores, além de proporciona
melhores resultados em relação à produção, demonstra menores índices de
trabalhadores com estresse elevado e conseqüentemente acometido pela DORT.
Para Nicholetti et al (2000), os fatores pessoais físicos são aqueles que a
pessoa carrega consigo, seja uma função de uma herança genética, seja devido aos
seus hábito de vida, ou ainda, em função de doenças pré-existentes. Em empresas,
onde trabalham centenas de funcionários, encontra-se apenas uma parcela destes
acometidos pelos distúrbios porque, para que ocorra a LER/DORT, além do fator da
repetitividade, sobrecarga, observa-se a susceptibilidade individual de cada um.
Os fatores pessoais emocionais estão ligados à vida pessoal do trabalhador,
seja no ambiente familiar, nos relacionamentos extras familiares, ou na sociedade,
os quais deixam as pessoas vulneráveis a uma série de distúrbios como gastrite,
úlcera de estômago, dores de cabeça. Segundo, Sato et al (1993), as tensões no
trabalho, por exemplo, tendem a exacerbar estes sintomas, seja porque a tensão
coloca uma sobrecarga adicional sobre os músculos, ou porque esse tipo de
situação requer que a pessoa tenha uma grande capacidade de adaptação a
situações diversas.
Todos os fatores citados podem contribuir para o surgimento de distúrbios
psicofísicos. O indivíduo deve então, estar atento para o que acontece consigo no
ambiente profissional e convívio pessoal, procurando diminuir os fatores de risco que
prejudicam sua qualidade de vida.
2.4
REGIÕES
MAIS
ACOMETIDAS
PELA
LER/DORT
–
TIPOS
MAIS
CONHECIDOS
Segundo Couto (1991), os membros superiores são altamente propensos a
lesões, citando-se dedos, mãos, punhos, cotovelos, entre outras estruturas.
1.
Epicondilite: ruptura ou estreitamento dos pontos de inserção dos
músculos flexores e extensores do carpo no cotovelo. Pode ser epicondilite lateral,
quando acomete a origem do extensor radial do carpo epicondilite medial, quando
acomete o ponto de origem dos flexores.
2.
Tendinite: inflamação dos tendões, em geral causada por excessivo
uso, ocorrendo em qualquer articulação, sendo mais comum nos punhos, joelhos,
ombros e cotovelos.
3.
Tenossinovite: inflamação dos tecidos sinovais que envolvem os
tendões em sua passagem por túneis osteofibrosos, polia, locais em que a direção
da força aplicada é mudada.
4.
Síndrome do Túnel do Carpo: compressão do nervo mediano, pelo
ligamento anular que se encontra muito espessado e enrijecido por fascite de
ligamento.
5.
Síndrome do Desfiladeiro Torácico: compressão do plexo braquial
(nervos e vasos), em sua passagem pelo desfiladeiro torácico onde há um
estreitamento, gerando micro traumas, decorrentes de vícios de postura.
6.
Síndrome de Tensão no Pescoço (Mialgia Tensorial): fadiga muscular
localizada que leva a um suprimento ineficiente de oxigênio, favorecendo o
metabolismo anaeróbico com conseqüente formação de ácido lático.
7.
Cervicobraquialgia: dor cervical irradiada para os membros superiores,
devido à compressão do feixe neuromuscular ao atravessar os músculos do pescoço
edemaciados.
8.
Cistos Sinovais: tumorações císticas, únicas ou múltiplas, geralmente
indolores, freqüentemente localizadas no dorso do punho, decorrentes da
degeneração do tecido sinovial.
9.
Bursite: inflamações das bursas, pequenas bolsas de paredes finas,
constituídas de fibra colágenas e revestidas de membrana sinovial, encontradas em
regiões onde os tecidos são submetidos à fricção, geralmente próximas a inserções
tendinosas e articulações. O local mais acometido é o ombro.
2.5 FORMAS DE PREVENÇÃO DA LER
Konrath (1999) mostra que os trabalhadores, expostos a certas condições
inadequadas de trabalho executam tarefas repetitivas diariamente, sofrendo lesões e
problemas de saúde. Para minimizar esta situação e para que estes distúrbios não
venha a afetar os funcionários de maneiras definitivas, a implementação de medidas
preventivas é a melhor atitude a ser tomada. Porém, não basta ajustar o ambiente
de trabalho, é necessário treinar e supervisionar os funcionários em seus postos.
Rossi & Silva (2001, p. 54) classifica alguns tipos de prevenção:
- primária: ter alimentação saudável, combater o fumo e o álcool, realizar
exercícios regulares, adquirir posturas adequadas nas atividades
profissionais;
- secundária: quando o estado da doença já começa a se instalar e surgem
os primeiros sintomas, diagnosticar a doença;
- terciária: já é necessária a reabilitação do indivíduo.
Nos dias atuais, é extremamente necessário investir na prevenção primária,
informando os funcionários e patrões através de palestras, programas educativos,
procurando conscientizar de que prevenir é, sem sombras de dúvidas, melhor que
agir após ocorrer o dano.
Fonseca (1998) acredita que a Ginástica Laboral é uma das formas de
prevenção das LER´s/DORT´s. Durante o expediente, duas vezes por dia, os
funcionários da produção da Avon pararam de fazer exercícios preventivos contra
LER. Na área administrativa, há uma sessão de ginástica por dia para combater o
estresse. Além de reduzir gastos com médicos na empresa, diz que a Ginástica
Laboral desperta o corpo, ajuda a prevenir acidentes de trabalho.
2.6 QUALIDADE DE VIDA
De Marchi (1997), reconhece a amplitude do conceito de qualidade de vida e
acredita que viver com qualidade é saber manter o equilíbrio no dia-a-dia,
procurando sempre melhorar o processo de interiorização de hábitos saudáveis,
aumentando a capacidade de enfrentar pressões e dissabores, vivendo o mais
consciente e harmônico possível em relação ao meio ambiente, às pessoas e a si
próprio.
Azevedo & Shigunov (1999), entendam que a conquista por momentos de
satisfação pessoal e coletiva esteja na busca da qualidade de vida da população e
também na adaptação às condições vivenciadas.
Donkin (1989) acredita que ninguém passa pela vida sem se frustrar,
magoar. O problema está em manter o foco nisto, pois assim nunca ver-se-á ao lado
bom das coisas. A escolha é somente de cada um. A mente pode ser treinada assim
como treina-se o corpo.
Segundo Azevedo & Shigunov (1999, p. 30), alguns fatores que podem ser
investigados para detectar o nível de qualidade de vida de uma pessoa, são:
- satisfação no trabalho;
- hábitos alimentares e de saúde;
- atividade física regular;
- avaliação da ansiedade;
- bem estar;
- relações sociais, afetivas, profissionais.
De Marchi (1997) diz que o novo modelo empresarial do século XXI está
baseado em indivíduos sadios, dentro de organizações sadias, que respeitam e
contribuem para uma comunidade e meio ambientes saudáveis. A empresa, além de
apoio ao tratamento de doenças, deve promover saúde e seus funcionários.
Porém, Pires (1995) contradiz, pois acredita que a qualidade de vida dos
empregados está sendo minada pelo aumento explosivo de um grupo de patologias
ditas “doenças da civilização”, como obesidade, hipertensão, depressão, etc, que
apresenta como denominador comum o estilo de vida de pessoas, pois as
empresas, custam a acreditar na prevenção.
Atualmente,
muitos
empresários
têm
estado
preocupados
com
a
implementação de uma administração competitiva ao nível do mercado, e não dão a
devida importância ao estilo de vida dos empregados. Ao contrário, os métodos de
cobrança e promoção através da avaliação do desempenho, levam as pessoas a
tentar superar os próprios limites, sacrificando as horas de lazer e a própria saúde.
Azevedo & Shigunov (1999), em um estudo de caso, citam que a
insatisfação com a profissão e níveis de estresse interferem na qualidade de vida e,
um dos caminhos para reverter este quadro é a orientação profissional nas áreas
alimentar, de saúde, bem como um programa de atividade física como lazer e saúde
pessoal, para fazer com que o estilo de vida seja coadjuvante para sua vida plena.
Segundo Pires (1995), um bom indicador da qualidade de vida dos
empregados de uma empresa é a quantidade de queixas registradas no ambulatório
médico, e acredita que a única alternativa viável para alterar este quadro, é a
mudança de hábitos e costumes prejudiciais à saúde, por si próprios, pois são os
responsáveis pelo estilo de vida que levam.
Ter a qualidade de vida nos dias atuais tem-se tornado difícil, levando-se em
consideração a vida agitada e mecanizada a que as pessoas estão expostas.
Segundo Silva (1999), é necessário distinguir a qualidade de vida em sentido
geral, daquela relacionada à saúde, onde relaciona-se ao indivíduo aparentemente
saudável e diz respeito ao seu grau de satisfação com a vida nos múltiplos aspectos
que a integram, estando intimamente ligado ao estilo de vida da pessoa. Já a
qualidade de vida ligada à saúde, aplica-se a pessoas e diz respeito ao grau de
limitação e desconforto que a doença e/ou a sua terapeuta acarretam ao paciente e
a sua vida.
A distinção entre qualidade de vida geral relacionada a saúde é de certa
forma complicada, pois estar em um estado de qualidade de vida depende de uma
série de fatores que estão interligados, como por exemplo, aspectos sociais,
intelectuais e ambientais e biológicos.
Segundo De Marchi (1997), muitos desafios se apresentam para o mundo
empresarial, e dois deles parecem ser universais quanto à sua natureza. O primeiro
está relacionado à necessidade de uma força de trabalho saudável, motivada e
preparada para extrema competição existente nos dias atuais, enquanto que o
segundo, refere-se à capacidade da empresa responder a demanda de seus
funcionários em relação a uma melhor qualidade de vida.
Além de orientações sobre os mais variados temas, é necessária a
preocupação com a atividade física no próprio local de trabalho, pois sabe-se que
esta é um dos meios de prevenção de distúrbios físicos e uma das maneiras de se
adquirir qualidade de vida.
Dentre os fatores que influenciam a qualidade de vida do indivíduo, a família
do trabalhador, segundo De Marchi (1997), deve fazer parte do programa, pois um
bom ambiente familiar é aceito como a mais valiosa e eficaz defesa contra o
estresse.
Antes de o funcionário ser um componente da empresa, é um ser humano
com família, conhecidos e amigos, e para chegar bem estar bem no trabalho, é
necessário sair bem de casa e do seu convívio social, apenas dando continuidade
quando chegar ao trabalho.
Ter conhecimento sobre os hábitos de vida pode facilitar intervenções, não
só no campo da saúde, bem como na elaboração de programas de atividade física.
Alguns fatores de risco associados às doenças coronárias e cerebrovasculares estão
intimamente relacionados aos hábitos de vida. O estilo de vida sedentário
demonstrado em alguns estudos revelou que os adultos são insuficientemente ativos
em relação à prática de atividade física para alcançar os benefícios da saúde e,
dessa forma, programas de atividade física realizados sob condições éticas e
devidamente orientados por profissionais altamente especializados poderiam trazer
benefícios para a saúde (NATIONAL INSTITUTES HEAL TH, USA, 1996).
2.6 TIPOS DE GINÁSTICA LABORAL
Analisando as literaturas Ginásticas Laboral (1994), Qualidade de Vida
(1995) e Dakkache (1998), constataram-se três tipos de Ginástica Laboral:
a) Ginástica preparatória: com duração de 10 a 15 minutos, realizada
antes do início da jornada de trabalho. Tem como objetivos principais, preparar o
funcionário para suas tarefas, aquecendo os grupos musculares que serão
solicitados nas suas tarefas e despertando-os para que sintam-se mais dispostos ao
iniciar o trabalho, aumentar a circulação sangüínea muscular melhorando a
oxigenação dos músculos.
Dias (1994) citado ainda por Cañete (1996 p. 111) afirma que:
Ginástica Preparatória ou Pré Aplicada é a atividade física realizada antes
de iniciar o trabalho, atuando de forma preventiva, ou seja, aquecendo e
despertando o funcionário para o trabalho, prevenindo acidentes, distensões
musculares e doenças ocupacionais. É um conjunto de exercícios que
prepara o indivíduo conforme suas necessidades para o trabalho de
velocidade, força ou resistência, aperfeiçoando as coordenações e
sinergias, das quais poderá tirar proveito em sua atividade ou desporto.
b) Ginástica compensatória: com duração geralmente de 5 a 8 minutos,
realizada durante a jornada de trabalho, interrompendo a monotonia, aproveitando
as pausas para executar exercícios específicos de compensação aos esforços
repetitivos e às posturas inadequadas solicitadas nos postos ocupacionais.
Dias (1994) citado por Cañete (1996 p.110), afirma que:
Ginástica Laboral Compensatória é uma atividade física realizada durante o
expediente de trabalho, agindo de forma terapêutica, ou seja, visando
compensar os músculos que foram trabalhados em excesso durante suas
atividades diárias, proporcionando um bem-estar físico, mental e social ao
funcionário. [ ] objetiva impedir que se instalem vários vícios de postura em
face da posição em que o indivíduo é obrigado a permanecer durante suas
atividades habituais. Usa exercícios que proporcionam atividade às
sinergias musculares pouco solicitadas e relaxamento àquelas que
trabalham demasiadamente. O emprego dos exercícios de relaxamento visa
combater o excesso de tensão.
c) Ginástica de relaxamento: com duração geralmente de 10 minutos (o
tempo depende da proposta da empresa), a ginástica é baseada em exercícios de
alongamento realizado após o expediente com o objetivo de oxigenar as estruturas
musculares envolvidas nas tarefas diárias, evitando o acúmulo de ácido lático,
prevenindo a possível instalação de lesões.
Segundo Cañete (1996, p. 110):
Ginástica de relaxamento tem por finalidade restabelecer o antagonismo
muscular utilizando exercícios específicos que visam encurtar os músculos
que estão alongados ou alongar os que estão encurtados. Destina-se aos
indivíduos portadores de deficiências morfológicas não patológicas, sendo
aplicada a um grupo reduzido de pessoas (10 a 12) que apresentam a
mesma característica postural, fora da sessão comum.”
De acordo com a função desempenhada pelo funcionário e seu horário de
trabalho, opta-se por um dos tipos de Ginástica Laboral, que irá atuar de forma
preparatória, compensatória ou relaxante, sendo que as duas primeiras relacionamse diretamente com o trabalho e a última apenas para oxigenar, relaxar as estruturas
solicitadas durante a jornada, sendo realizadas após a carga horária diária
trabalhada.
Os exercícios realizados podem ser de alongamento, relaxamento,
fortalecimento muscular e até mesmo atividades recreativas, sempre levando-se em
conta a função exercida, o posto e horário de trabalho e o estado físico e emocional
dos indivíduos.
Martins (2001) recomenda que os exercícios de alongamento sejam
enfatizados durante as sessões de ginástica, pois o funcionário que passa a maior
parte do tempo realizando tarefas que exigem muita coordenação motora, como por
exemplo a digitação, certamente tem seus músculos muito contraídos. O
alongamento tornaria a musculatura relaxada, menos tensa.
Segundo Achour Jr. (1998), exercícios de alongamento com suavidade e
pouco tempo de duração, devem ser recomendados várias vezes por dia para ajudar
a reduzir o estresse corporal e tensões do trabalho. E durante os períodos de
descanso das atividades de trabalho, deve-se colocar o grupo muscular que
geralmente permanece em tensão, numa amplitude de movimento significativa. Isto
pode contribuir para que se observem as tensões ocasionadas pelo trabalho e se
melhorem as posturas estáticas e dinâmicas.
O mesmo autor cita a eliminação ou redução de encurtamentos do sistema
muscular e de nódulos musculares, aumento ou manutenção de flexibilidade,
diminuição do risco de lesões músculo-articulares, como alguns dos benefícios que
os exercícios de alongamento proporcionam.
2.7 OBJETIVOS/BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL
Martins (2001) mostra que a ginástica laboral tem como objetivo maior
através de sua prática, beneficiar o funcionário de maneira que obtenha alterações
fisio-psico-sociais positivas, as quais contribuem para sua melhor qualidade de vida
e, conseqüentemente reflete-se em benefícios para a empresa.
De acordo com Dias (1994, p. 124) os objetivos em relação ao trabalhador
Diminuir a fadiga muscular;
Corrigir vícios posturais;
Prevenir doenças originadas por esforços repetitivos;
Promover a sociabilização;
Melhorar a condição física geral;
Aumentar o ânimo e a disposição para o trabalho;
Proporcionar a consciência corporal.
Objetivos em relação á empresa
Controlar e reduzir o número de doenças ocupacionais;
Diminuir o abastecimento e procura ambulatorial;
Diminuir os gastos com despesas médicas;
Diminuir número de acidentes de trabalho;
Aumentar a produtividade;
Proporcionar marketing empresarial.
De acordo com Konrad (1999, p. 119) os benefícios são;
a) Fisiológicos
- Provoca o aumento da circulação sanguínea a nível de estrutura muscular,
melhorando a oxigenação dos músculos e tendões, diminuindo o acúmulo
de ácido lático;
- Melhora a mobilidade e flexibilidade músculo - articular;
- Diminui as inflamações e traumas;
- Melhora a postura;
- Diminui a tensão muscular desnecessária;
- Diminui o esforço na execução das tarefas diárias;
- Facilita a adaptação ao posto de trabalho;
- Melhora a condição do estado de saúde geral
b) Psicológicos
- Favorece a mudança da rotina;
- Reforça a auto-estima;
- Mostra a preocupação da empresa com seus funcionários;
- Melhora a capacidade de concentração no trabalho.
c) Sociais
- Desperta o surgimento de novas lideranças;
- Favorece o contato pessoal;
- Promove a integração social;
- Favorece o sentido de grupo – sentir-se parte de um todo;
- Melhora o relacionamento interpessoal.
Martins (2001) acredita que indiscutivelmente o empresário lucra com a
diminuição do absenteísmo e aumento da produtividade através da prática da
ginástica.
2.8 ERGONOMIA
Nascimento & Moraes (2000:15), citam que: “A palavra ergonomia advém de
composição de duas palavras gregas: ERGOS, que significa trabalho, e NOMOS,
que significa normas, leis e regras”.
Segundo Ferreira (1986), a ergonomia é o conjunto de estudos que visam a
organização metódica do trabalho em função do fim proposto e das relações entre o
homem e a máquina.
Mendonça (1998) define ergonomia como
um conjunto de conhecimentos científicos voltado para a organização do
trabalho com qualidade de vida, pois, com a sua aplicação adequada, o
trabalho passa a representar fonte de satisfação e realização. É uma
simples aplicação dos conhecimentos científicos para organizar o trabalho
em forma a adaptá-lo às características físicas e mentais dos trabalhadores.
A ergonomia, com a sua metodologia de análise de atividades no ambiente
laboral, desenvolve um trabalho de busca de fatores que interferem na realização de
qualquer
atividade
relacionada
ao
trabalho,
buscando
soluções
para
o
aperfeiçoamento desta em qualquer ocupação.
Para Reis et al (2001), as condições de trabalho incluem aspectos
relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, os
equipamentos e as condições ambientais do posto de trabalho e a própria
organização do trabalho.
Segundo Reis et.al (2001), para avaliar a adaptação das condições de
trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador
realizar uma análise ergonômica, devendo a mesma abordar, no mínimo, as
condições de trabalho conforme a NR 17.
A preocupação com a Ergonomia e o desenvolvimento de projetos dentro
das organizações, é fruto da mudança da mentalidade quanto à qualidade de vida
dentro e fora do ambiente de trabalho, pois há alguns anos, o investimento era
somente no tratamento das doenças.
Velozo & Oliveira (1999) afirmam que, com a falta de Ergonomia no
ambiente de trabalho, as atividades diárias, dos diversos profissionais sejam eles
autônomos, operários, comerciários, é notório e cientificamente comprovado que
vários problemas físicos poderão ocorrer com estes trabalhadores, como lesões por
esforços repetitivos.
De acordo com Velozo & Oliveira (1999), a Ergonomia é classificada em três
grupos:
a) Ergonomia de concepção: a qual estuda o ambiente de trabalho e os
instrumentos antes da sua construção;
b) Ergonomia de correção: que modifica sistemas já existentes, ou seja, o
estudo é feito após a construção do instrumento e/ou ambiente de trabalho;
c) Ergonomia seletiva: é feita selecionando-se o homem ideal para as
atividades laborais que serão realizadas em determinadas máquinas. Por exemplo:
pessoas predispostas a lombalgias (dores lombares), não devem ser selecionadas
para executar trabalhos e utilizar máquinas que provoquem ou agrave este
problema.
Longo (1997) argumenta em relação a ergonomia seletiva, que quando não
há possibilidade de readaptação do maquinário ao homem, o processo tem que ser
ao contrário. Acredita que esta seja a única maneira de não inviabilizar o instrumento
na ergonomia e proteger os próprios funcionários.
O termo ergonomia foi criado e utilizado pela primeira vez, segundo
Anaruma & Casarotto (1996), pelo inglês Murrel, no ano de 1949, durante a criação
da Ergonomic Research Society, (Sociedade da Pesquisa Ergonômica) a primeira
sociedade de pesquisadores interessados em estudar os problemas de adaptação
do trabalho ao homem.
A ergonomia desenvolve-se na área de trabalho, projetando máquinas e
equipamentos com segurança, adequados à população que os utiliza, organizando
as atividades ocupacionais, a fim de minimizar o estresse sobre o sistema músculoesquelético decorrente da permanência prolongada nas posturas da função
desempenhada, ou excesso de repetitividade de movimentos.
Anaruma & Casarotto (1996) afirmam que quando máquinas estão mal
projetadas, o trabalhador muitas vezes adota posturas incorretas ao manuseá-las, o
que pode levar ao aparecimento de dores na coluna.
Segundo Donkin (1989), uma boa maneira de acomodar-se melhor e sentirse bem no seu local de trabalho, é fazer como se todos os dias fossem como o
primeiro dia de trabalho, quando ao chegar, arruma-se tudo ao seu alcance,
organiza-se o que vai utilizar, senta-se corretamente. Um ambiente bem organizado
contribui para o rendimento do trabalho e previne o estresse.
Segundo
Anaruma
&
Casarotto
(1996),
o
estudo
ergonômico
é
multidisciplinar , ou seja, médicos, engenheiros, arquitetos, desenhistas industrial,
psicólogo ente outros profissionais,. Contribuem para que o relacionamento entre o
ambiente profissional e o trabalho, aconteça de forma mais harmoniosa e saudável.
Uma gama de conhecimentos está envolvida na prevenção de acidentes de
trabalho ou aparecimento da LER, sendo necessário a união de várias áreas de
atuação profissional a fim de evitar fatores de risco que levam ao acontecimento das
lesões por esforços repetitivos.
Segundo Anaruma & Casarotto (1996), no ambiente ocupacional, quando se
aplica corretamente os princípios ergonômicos, observa-se uma diminuição nas
doenças e nos acidentes no trabalho e um aumento da produtividade.
Segundo Volpi (1998, p.7), encontram-se alguns requisitos para um posto de
trabalho adequado para usuários de microcomputadores, que seguem:
- mesas e cadeiras ajustáveis a cada indivíduo, com apoio lombar e bordas
arredondadas, sendo o assento de um tamanho em que não haja
compressão da região posterior dos joelhos;
- monitor móvel;
- teclados móveis e regulares;
- nenhum reflexo na tela do computador;
- tela sem tremores;
- teclado macio
- suporte para punhos;
- suporte para descanso dos pés;
- prancheta para posicionar o documento a ser digitado;
Para Donkin (1989), os itens que são mais utilizados devem estar
localizados dentro do campo de visão e ao alcance, de modo que não precise
movimentar-se demasiadamente para pegá-los.
Segundo Rangel (1997), a iluminação do local de trabalho nunca deve ser
inferior a 500 lux (esse índice só pode ser medido por um profissional, com a ajuda
de um luxímetro). Corresponde a duas lâmpadas de luz fria (as de luz quente não
são recomendadas para os locais de trabalho, pois não são claras o suficiente), para
ambientes 2m x 2m.
Brandimiller (1999) diz que os olhos necessitam de luz na dose certa, pois a
falta da mesma cansa os olhos e o excesso também é prejudicial. Em salas com
microcomputadores, por exemplo, há necessidade de menor quantidade de luz do
que num escritório tradicional, pois o monitor tem luz própria.
Deve-se impedir ofuscamento, reflexos e contrastes excessivos. O limite
máximo de ruídos suportável pelo ouvido humano, para uma jornada de trabalho de
5 horas diárias, segundo Rangel (1997), é de 88 decibéis e a temperatura, deve ficar
entre 20 e 23 ºC.
CONSIDERAÇOES FINAIS
Nos últimos anos tem-se notado que a Ginástica Laboral vem sendo
implantada e desenvolvida por um número crescente de empresas que visam
minimizar problemas relacionados à saúde ocupacionais, assim como reduzir os
custos com assistência médica, aumentar a produtividade manual e intelectual e a
competitividade, contribuindo para uma melhoria na qualidade de vida. Levando-se
em consideração que o ser humano dentro de uma empresa tem sua devida
importância. A empresa precisa ter programas de benefícios e promoção da saúde
no trabalho.
Nota-se que o trabalho exigido pela empresa vem acarretando uma
intensificação do ritmo de ação da pressão e do nível de exigências quanto aos
resultados esperados. Sem contar um aumento da jornada de trabalho. Em
decorrência disso, tem-se observado um crescente aumento das lesões, levando o
funcionário ao afastamento do trabalho.
Atualmente os empresários estão se conscientizando a respeito da saúde do
trabalhador como um fator indispensável para a qualidade de vida.
Sabe-se que a ausência do exercício físico e a adoção de posturas
inadequadas ou estáticas, tornam o corpo humano um depósito de tensões, tendo
como conseqüência o enrijecimento dos músculos que ficam mais susceptíveis às
lesões. Os exercícios de alongamento e relaxamento são meios acessíveis a todos
para interromper essa cadeia de tensões e tornar o organismo mais flexível,
saudável e pronto para os movimentos.
Várias doenças são acometidas no trabalho, dentre elas pode-se citar
DORT, conhecida como Distúrbio Osteo Muscular Relacionado ao Trabalho, sendo
esta o conjunto de disfunções músculo-esquelético relacionados ao trabalho,
localizada em membros superiores e região cervical.
Através de alguns autores entende-se que a Ginástica Laboral seria uma
proposta de prevenção dos distúrbios advindos de debilidade e tensões musculares
e lesões por esforços repetitivos no trabalho.
No entanto, para que a sessão de ginástica laboral alcance seus benefícios
propostos, é preciso que os programas de exercícios físicos sejam específicos para
o trabalho executado pelo funcionário.
Nos últimos tempos, vem sendo observado que o estilo de vida pouco ativa
e uma jornada de trabalho muito intensa e extensa, tem levado os funcionários a
pré-disposição de doenças crônico-degenerativa.
Sendo assim, os funcionários que muitas vezes tem em seu trabalho
movimentos repetitivos e automatizados, com estilo de vida desregrado, pode
apresentar lesões que comprometem a sua saúde.
Os Programas de Ginástica Laboral tem cada vez mais conquistado espaço
dentre as muitas empresas que entenderam a necessidade e importância deste tipo
de ação no dia a dia de suas produções e principalmente de seus funcionários.
Sabe-se que muitas empresas pensam ainda em adotar a Ginástica Laboral
como forma única e exclusiva de aquecer e “lubrificar” o seu trabalhador, visão esta
de um “homem-máquina”, que tem como objetivo o ganho final de produtividade e
lucro.
Entende-se, no entanto, que os resultados quantitativos e qualitativos
obtidos com a Ginástica laboral, poderão auxiliar nas mudanças e até quebras de
paradigmas,
indo
muito
mais
adiante,
mostrando
e
conscientizando
os
administradores que a utilização de forma saudável deste tipo de atividade
proporcionará melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e consequentemente
benefícios relacionados à produtividade.
É necessário frisar que o Programa de Ginástica Laboral deve ser planejado
seguindo uma metodologia para a sua aplicação; que vai desde a venda e
implantação do produto, passando pela sua aplicação e desenvolvimento, até os
processos finais de avaliação. Todos os passos deverão acontecer de forma
personalizada, respeitando a individualidade dos diversos grupos de trabalhos, das
pessoas que a eles pertencerem, bem como de suas empresas.
Para tanto, somos favoráveis que estas atividades sejam realizadas por
profissionais da área de Educação Física com conhecimentos técnicos suficientes e
que entendam que estas iniciativas estão voltadas para a saúde e principalmente
para a qualidade de vida de seus praticantes.
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