Relatório anual de 2001

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Relatório anual de 2001
Relatório e Contas 2001
O Banco Nacional Ultramarino, que se estabeleceu em Macau em 1902, faz parte do Grupo Caixa Geral de Depósitos, o
maior grupo financeiro português, é um dos dois bancos emissores da Região Administrativa Especial de Macau da República
Popular da China.
O Banco Nacional Ultramarino passou, a partir de 1 de Julho de 2001, a ser uma sociedade subsidiária da Caixa Geral de
Depósitos com sede em Macau, tendo incorporado todos os activos e passivos da Sucursal do BNU em Macau.
O Banco Nacional Ultramarino coloca à disposição dos seus clientes, particulares, empresas e institucionais, uma oferta
diversificada de produtos e serviços bancários, que inclui cartões de crédito e de débito, recebimento de depósitos,
empréstimos para aquisição de habitação, crédito pessoal, crédito ao investimento, apoio e financiamento de operações de
comércio externo e produtos de investimento.
O Banco comercializa os seus produtos e serviços através de uma rede de 11 agências e de vários canais de distribuição,
que incluem um serviço de banca pela Internet e pelo telefone, com o apoio de um eficiente e cordial serviço de atendimento
a clientes. Este relatório encontra-se também disponível no web site do Banco no endereço www.bnu.com.mo. A versão
inglesa encontra-se disponível apenas on-line.
Poderão ser solicitadas cópias deste relatório para :
Banco Nacional Ultramarino S.A.
Av. Almeida Ribeiro, No.22,
Caixa Postal 465
Região Administrativa Especial de Macau
República Popular da China
Tel: (853) 355111
Fax: (853) 355653
Web site: www.bnu.com.mo
Índice
A. - Enquadramento Macroeconómico
8
Enquadramento Externo
Grande China
Economia de Macau
B. - Áreas de Actividade
15
Particulares
Empresas
Recursos Humanos
Sistema Informático e Organização
Apoio a Actividades Sociais
C. - Resultados e Evolução do Balanço
19
Conta de Resultados
Proposta de Aplicação de Resultados
Balanço - Evolução e Estrutura
Órgãos Sociais
23
Demonstrações Financeiras
24
Accionistas com Participação Qualificada
27
Participações
27
Notas às Demonstrações Financeiras
28
Parecer dos Auditores Externos
31
Parecer do Fiscal Único
32
Rede de Agências
33
Grupo CGD
34
8
A. - Enquadramento Macroeconómico
1. Enquadramento A conjuntura económica internacional em 2001 caracterizou-se por uma significativa desaceleração da actividade económica
Externo nos principais países industrializados, que determinou uma quebra muita acentuada no volume do comércio internacional.
Evolução Global
Nos EUA o crescimento económico situou-se em 1,2 por cento, quando no ano anterior tinha sido de 4,1 por cento, em
resultado principalmente da diminuição dos investimentos das empresas, em particular as ligadas ao sector das tecnologias
de informação e das comunicações, determinado pela diminuição das vendas, dos lucros e pelo aumento do custo de
capital resultante da forte quebra dos preços das acções.
A economia beneficiou, contudo, do comportamento positivo do consumo privado, para o que contribuiu a redução dos
impostos e uma significativa descida das taxas de juro de curto prazo para os valores mais baixos desde há quarenta anos,
não obstante a subida da taxa de desemprego e o impacto negativo na confiança dos consumidores resultante dos trágicos
acontecimentos de 11 de Setembro.
Nos países da União Europeia, em particular na Alemanha, assistiu-se, também, a um abrandamento da actividade económica
tendo o Produto Interno Bruto crescido 1,7 por cento contra 3,7 por cento em 2000, devido ao fraco dinamismo do
consumo privado e do investimento das empresas.
A expansão do consumo privado foi muito moderada devido à elevada taxa de desemprego, tendo o Banco Central Europeu
reduzido as taxas de juro de uma forma muito gradual, já que a taxa de inflação permaneceu acima do objectivo fixado.
Por outro lado, a margem de manobra da política orçamental nos países da União Europeia permanece limitada pelos
compromissos assumidos pelos diversos países membros no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
A economia japonesa entrou de novo num período de recessão e o Produto Interno Bruto que tinha crescido 2,4 por cento
em 2000 sofreu uma quebra de 0,4 por cento em 2001, em virtude da redução verificada nas exportações e no investimento
das empresas. Num contexto em que persistem as tendências deflacionistas e as fragilidades do sistema financeiro, o
consumo privado manteve-se praticamente estagnado a despeito das taxas de juro que, no quadro de uma política monetária
expansionista, se situam em valores muito baixos.
A quebra do nível de actividade económica nos países industrializados teve como consequência uma evolução bastante
desfavorável do volume do comércio internacional que diminuiu 1 por cento em 2001, depois de ter crescido cerca de 10
por cento no ano anterior.
Neste quadro, o volume de exportações da região Ásia Pacífico sofreu uma forte desaceleração, o que determinou, igualmente,
uma quebra nos índices de crescimento económico, tendo sido particularmente afectados os países mais dependentes da
exportação de produtos das indústrias relacionadas com as tecnologias de informação e comunicações.
Alguns países da região, como a Coreia, alcançaram um crescimento positivo (+3 por cento) não obstante a quebra das
exportações, devido ao maior dinamismo do consumo privado no seguimento dos esforços feitos na restruturação das
empresas industriais e do sector financeiro, o que possibilitou um aumento do crédito concedido quer para particulares
quer para as empresas.
Existem indicações de que os países mais afectados pela crise económica e financeira que teve o seu início em 1997, como
a Coreia, a Tailândia e a Indonésia, já terão ultrapassado a fase mais crítica dos ajustamentos micro e macroeconómicos,
nomeadamente no que diz respeito às contas externas, e estarão agora melhor posicionados para beneficiar de uma eventual retoma da economia internacional em 2002.
Grande China A Grande China, formada pelas economias da China Continental, Hong Kong, Macau e Taiwan, encontra-se numa fase de
rápida integração económica, constituindo a China Continental o seu principal motor do crescimento.
O desempenho da economia da China Continental foi bastante satisfatório se tivermos em conta a difícil conjuntura económica
internacional, tendo o aumento do PIB sido de 7,3 por cento, ligeiramente abaixo do crescimento registado em 2000 que
foi de 8 por cento.
9
A economia beneficiou da forte expansão do investimento em capital fixo, nomeadamente na modernização das infraestruturas e do consumo privado, enquanto se assistiu a uma desaceleração das exportações de bens que cresceram
6,8 por cento em 2001, contra 27,8 por cento em 2000.
A perspectiva de entrada da China na Organização Mundial do Comércio, que acabou por se concretizar em Dezembro
último, levou a que o investimento directo estrangeiro atingisse níveis recordes, criando condições para uma futura expansão
da indústria transformadora e das exportações.
O excedente da balança de transacções correntes levou ainda a um aumento da reserva cambial contribuindo para a
estabilização da taxa de câmbio do renminbi em relação ao dólar americano.
A economia de Hong Kong registou, por outro lado, uma desaceleração significativa do Produto Interno Bruto que cresceu
apenas 0,1 por cento, contra 10,5 por cento em 2000, reflectindo uma diminuição das exportações de 5,9 por cento
em 2001 (contra um crescimento de 16,1 por cento em 2000) e o fraco dinamismo do consumo privado que aumentou
2 por cento.
Este tem sido afectado negativamente pelo aumento da taxa de desemprego que ao longo do ano aumentou de 4,4 por
cento para 6,1 por cento e pela quebra de preços no mercado accionista e imobiliário. Por outro lado, persistiu pelo quarto
ano consecutivo uma situação de deflação que tem a sua origem, nomeadamente, na crescente integração com as regiões
vizinhas da Província de Cantão e pela descida acentuada de preços que se verificou no sector imobiliário nos últimos anos.
A significativa redução da prime rate ao longo do ano, acompanhando a evolução das taxas de juro do dólar americano,
bem como uma política fiscal fortemente expansionista contribuíram, por outro lado, para atenuar as tendências recessivas
na economia.
A economia de Taiwan entrou em recessão em 2001, tendo o Produto Interno Bruto registado uma diminuição de 1,9 por
cento em virtude da diminuição das exportações (-17,3 por cento) que se ficou a dever sobretudo à forte redução da
procura externa de bens dos sectores ligados às indústrias de tecnologia de informação.
A procura interna encontra-se constrangida pela realocação do investimento industrial para a China Continental, pela falta
de margem de manobra da política fiscal e, também, pelo reduzido dinamismo do crédito face ao nível de endividamento
das empresas, num contexto em que a inflação e as taxas de juro se situam em níveis muito baixos.
Em 2001 registou-se um aumento do excedente da balança comercial, não obstante a redução das exportações, já que as
importações registaram uma quebra significativa devido ao fraco dinamismo da procura interna e à diminuição da importação
de componentes para processamento e posterior exportação.
10
Região Administrativa Especial de Macau, China
Principais Indicadores Económicos 1997–2001
1997
1998
1999
2000
2001
PIB Real ( em % )
-0,1
-0,4
-3,0
4,6
2,1
Procura Interna ( em % )
0,8
-4,6
1,3
-8,8
0,4
1,4
-0,9
1,5
0,9
2,8
Procura e Produto Interno Bruto ( va em %)
Consumo Privado ( em % )
Consumo Público ( em % )
4,1
2,4
15,5
-9,8
1,6
Formação Bruta de Capital Fixo ( em % )
1,9
-12,7
-6,8
-28,4
-7,8
0,7
-14,0
-14,0
-38,9
-31,1
Construção
Outras
Variação de Existências ( em % )
Exportações Líquidas de Mercadorias e Serviços ( em % )
PIB nominal ( em milhões de USD )
PIB per capita ( em USD )
5,8
-8,7
13,0
-6,4
24,0
-80,2
-165,8
217,7
-16,1
0,4
-2,5
-4,7
-13,4
39,6
5,1
7.008
6.505
6.134
6.198
6.199
16.796
15.403
14.351
14.394
14.281
Inflação e Desemprego
Taxa de Inflação ( IPC va em % )
3,5
0,2
-3,2
-1,6
-2,0
Taxa de Desemprego ( em % )
3,2
4,6
6,4
6,8
6,5
Turismo
Nº de Visitantes ( em milhares )
7.000
6.949
7.444
9.162
10.279
Da China Continental
395
817
1.645
2.275
3.006
Nº de Visitantes ( va em % )
-14,1
-0,7
7,1
23,1
12,2
Da China Continental
-12,6
80,5
101,4
38,3
32,1
Exportação de Mercadorias ( va em % )
3,80
3,50
3,60
14,10
-5,20
Importação de Mercadorias ( va em % )
-4,30
-1,00
9,60
6,20
9,80
66
186
160
283
-87
2.158
1.954
1.639
2.177
2.222
Taxa de Cobertura das Importações de Mercadorias (em %) 95,32
100,30
88,01
90,75
77,67
Sector Externo
Balança Comercial (em milhões de USD)
Balança de Trans. Correntes (em milhões de USD)
Taxas de câmbio e de juro
Taxa de Câmbio MOP/USD
7,975
7,979
7,992
8,026
8,033
Indice da Taxa de Câmbio Efectiva Nominal
110,78
113,05
111,92
114,31
118,06
Taxa Média Interbancária 3 Meses (MAIBOR) (%)
7,2930
8,4324
5,9479
6,2266
3,6719
Taxa Média Interbancária 3 Meses (LIBOR) (%)
5,7915
5,6148
5,4800
6,5353
3,6787
Taxa de Juro de Depósitos de Poupança
4,50
4,00
3,50
4,50
0,125
Prime Rate (em %)
9,50
9,00
8,50
9,50
5,25
M1 (milhões de MOP)
5.484
5.581
5.088
4.330
5.707
M2 (milhões de MOP)
78.358
80.700
85.821
84.303
91.335
Crédito Total (milhões de MOP)
55.238
55.069
53.024
50.880
49.400
Depósitos Totais (milhões de MOP)
90.707
97.413
101.053
103.267
110.542
Reserva Cambial (milhões de MOP)
20.200
19.700
22.900
26.700
28.200
Principais Agregados Monetários
va:
variação anual
Fonte: Direcção dos Serviços de Estatistica e Censos de Macau e Autoridade Monetária de Macau
11
2. Economia de A economia de Macau, registou em 2001, um crescimento do Produto Interno Bruto da ordem dos 2,1 por cento, inferior
Macau ao do ano anterior, tendo o contínuo bom desempenho do sector do turismo atenuado o impacto negativo resultante da
Evolução Global diminuição verificada nas exportações de mercadorias do Território.
O sector do turismo beneficiou com o aumento do número de visitantes, que ultrapassou os dez milhões, o que contribuiu
para o aumento da taxa de ocupação dos hotéis e das receitas do jogo, que atingiram um nível recorde. De destacar o
elevado aumento de visitantes da RPC, com 32,1 por cento, mercado que assume uma crescente importância para o
turismo de Macau.
A decisão tomada pelo Governo de Macau de liberalizar o sector do jogo com a entrada de novos operadores a partir do
próximo ano, bem como a concretização de novos projectos turísticos contribuirá para uma maior dinamização e modernização
do sector.
As exportações de mercadorias registaram uma diminuição de 5,6 por cento em termos reais, em resultado da redução da
procura no mercado americano e europeu, tendo as exportações para os EUA, mercado que absorveu 48,3 por cento das
exportações do Território, registado um decréscimo de 9,5 por cento.
As exportações para a Europa, o segundo maior mercado das exportações do Território com uma quota de 26,9 por cento,
sofreram também uma redução que se cifrou em 15,3 por cento.
Os têxteis constituem os principais produtos de exportação do Território com uma parcela correspondente a 83,2 por cento
do total das exportações surgindo, a seguir, os produtos da indústria do calçado.
A procura interna nas suas diversas componentes manteve-se pouco dinâmica. O consumo privado foi influenciado
negativamente pela taxa de desemprego que se encontra relativamente elevado e pela conjuntura económica que restringe
os aumentos salariais.
O sector imobiliário, nos segmentos de espaços para habitação e comércio, continua a registar um excesso de oferta
significativo, condicionando o relançamento do sector da construção que poderá, contudo, vir a crescer significativamente
nos próximos anos, tendo em conta as obras públicas já anunciadas e a expansão do sector do turismo.
A taxa de desemprego que se mantém em níveis elevados registou em 2001 uma ligeira redução situando-se no final do
ano em 6,5 por cento.
Em 2001 continuaram a prevalecer as tendências deflacionistas na economia, tendo o Índice de Preços no Consumidor
registado uma diminuição de 2 por cento no seguimento da quebra de 1,6 por cento registada no ano anterior.
Para esta evolução tem contribuído não só a diminuição dos preços dos produtos importados, dada a inexistência de
pressões inflacionistas nos principais parceiros comerciais e a valorização do dólar, mas também a estagnação da procura
interna, e os efeitos da concorrência de estabelecimentos comerciais da Zona Económica Especial de Zhuhai que limita a
margem de manobra dos comerciantes locais na fixação dos preços.
Mercado Cambial O dólar americano voltou a apreciar-se em relação às principais moedas num contexto em que continuou a aumentar o
fluxo dos capitais aplicados em activos nesta moeda, em particular no mercado obrigacionista.
A taxa de câmbio do dólar de Hong Kong, moeda a que a pataca se encontra indexada, apresentou no quadro do sistema de
currency board adoptado pelas autoridades daquele Território uma grande estabilidade, relativamente à taxa fixada de 1
USD=7,8 HKD.
A pataca manteve-se estável face ao dólar americano e ao renminbi, tendo-se valorizado em 6,3 por cento e 1,3 por cento
face ao euro e ao iéne, respectivamente.
A taxa de câmbio efectiva nominal da Pataca, tal como calculado pela Autoridade Monetária de Macau, registou uma
apreciação de 3,2 por cento no decurso de 2001.
12
Taxas de Juro A forte diminuição das taxas de juro de curto prazo do Dólar Americano num ano em que o Banco de Reserva Federal dos
EUA reduziu o objectivo para os Fed Funds por onze vezes, num total de 4,75 pontos percentuais, para 1,75 por cento
levou, também, a uma significativa diminuição das taxas de juro no mercado interbancário do Dólar de Hong Kong e das
taxas nas operações interbancárias denominadas em patacas.
Com o prémio de risco do Dólar de Hong Kong relativamente ao dólar americano, tal como reflectido nas taxas de curto
prazo, a situar-se em valores muito baixos, a prime rate acompanhou em grande medida a evolução das taxas do mercado
interbancário, passando de 9,5 por cento no início do ano para 5,25 por cento em Dezembro de 2001.
Sector Bancário Num contexto de desaceleração da actividade económica resultante da quebra das exportações e da redução da procura
de crédito acentuou-se a concorrência nomeadamente no segmento de mercado do crédito a particulares para aquisição
de habitação e nos cartões de crédito.
O crédito total concedido pelos bancos voltou a diminuir em 2001 (-2,8%), em resultado da redução do crédito concedido
às empresas.
Os depósitos de clientes tiveram, contudo, uma evolução positiva tendo aumentado 7 por cento num contexto em que as
baixas taxas de juro não tem constituído um desincentivo à poupança.
A situação de liquidez dos bancos melhorou consequentemente em 2001 o que implicou que o rácio de transformação de
depósitos de clientes em crédito, para o conjunto dos bancos, sofresse uma redução de 49,2 por cento para 44,5 por
cento.
13
Principais Indicadores da Economia de Macau — Gráficos
Produto Interno Bruto
Taxa de Variação Anual
5
4
3
2
(em %)
1
0
1997
1998
1999
2000
2001
-1
-2
-3
-4
Inflação e Desemprego
Taxas de Variação Anual
10
Taxa de Desemprego
8
Taxa de Inflação
6
4
(em %)
2
0
1997
1998
1999
2000
2001
-2
-4
-6
-8
Turismo — Total de Visitantes e Taxas de Crescimento por Mercado de Origem
12.000
120%
R.P. China
100%
8.000
60%
6.000
40%
20%
4.000
0%
2.000
-20%
-40%
1997
1998
1999
2000
2001
0
UNIDADE : Milhanes
10.000
80%
Outros Visitantes + HK
+ Taiwan
Número de Visitantes
14
Turismo
Mercados de Origem em 2001
6%
14%
Hong Kong
R. P. China
Taiwan
51%
29%
Outros Visitantes
Exportações de Mercadorias
Taxa de Variação Anual
25
20
15
10
(em %)
5
0
1997
1998
1999
2000
2001
-5
-10
-15
-20
Exportações
Principais Mercados em 2001
12%
7%
E.U.A.
U.E.
Hong Kong
29%
52%
R. P. China
15
B. - Áreas de Actividade
O Banco Nacional Ultramarino passou, a partir de 1 de Julho de 2001, a ter o estatuto de banco com sede em Macau
incorporando todos os activos e passivos da Sucursal do BNU em Macau e do Banco BNU Oriente S.A..
O Grupo Caixa Geral de Depósitos detém a totalidade do capital social do Banco.
O BNU, no marketing dos produtos e serviços, adopta uma segmentação em que se diferenciam os clientes da área de
particulares dos do sector empresarial.
Encontra-se em estudo uma alteração da estrutura orgânica e funcional com a criação de uma área de gestão de operações
visando uma clara separação entre as unidades encarregues da promoção comercial das que são responsáveis pelo
processamento das operações.
A orientação comercial adoptada tem como objectivo central a prestação de um serviço de qualidade aos clientes que se
deverá caracterizar pela eficiência, rapidez e cordialidade, factores essenciais em que deverá assentar a fidelização da
clientela. Um outro objectivo prosseguido tem sido a promoção da venda cruzada de produtos e serviços, de modo a
optimizar o relacionamento com os clientes.
A política adoptada estabelece ainda a necessidade de ser desenvolvida uma estratégia multicanal em função das
características do mercado local e das preferências dos clientes.
Uma outra linha de acção seguida tem sido a automatização de procedimentos administrativos e do processamento das
operações, conducente ao aumento do nível de produtividade.
1. Particulares Em 2001 tomaram-se várias iniciativas na área de particulares de que se destacam o lançamento de Cartão Multicrédito,
um produto de crédito, e do BNU Online, o serviço de banca pela Internet.
Ao solicitar um Cartão Multicrédito, o cliente, através do preenchimento de um único
formulário, poderá obter, em simultâneo, limites pré-aprovados para utilização através
de cartão de crédito, dos produtos “Easy Cash” e crédito pessoal bem como um
limite de crédito para aquisição de habitação. Deste modo, os procedimentos
administrativos são simplificados, com claras vantagens para os clientes em termos de rapidez e
comodidade.
Atráves do BNU Online, um serviço de banca pela Internet disponível em português, chinês e inglês,
lançado em Outubro de 2001, poderão ser efectuadas, de uma forma simples e rápida, diversas
operações bancárias, nomeadamente as seguintes:
• Ver um resumo do movimento das contas de depósito, crédito e cartões de crédito numa única página e verificar os
respectivos saldos e transacções efectuadas;
• Pagar as contas dos cartões de crédito, telefone, electricidade, água, e outros serviços;
• Transferir fundos para diferentes contas do mesmo titular, para contas de terceiros e para investimento na bolsa;
• Constituir e proceder ao levantamento de depósitos a prazo;
• Comprar ou vender moeda estrangeira;
Prevê-se que o número de utilizadores do BNU Online venha a crescer gradualmente, sem prejuízo do atendimento
personalizado que se pretende prestar, constituindo um canal de distribuição complementar dos já existentes, nomeadamente
do BNU Direct, o serviço de banca pelo telefone.
A página na Internet do Banco foi reformulada em termos de design e conteúdos, podendo agora os utilizadores que
acedam ao www.bnu.com.mo obter informação detalhada sobre os produtos e serviços disponíveis.
16
Uma outra área de negócio prioritária é a dos cartões de crédito, em que o Banco se encontra bem
posicionado no mercado. Em 2001 o número de cartões de crédíto emitidos aumentou 6 por cento,
registando-se um incremento no valor das transacções efectuadas de 8,7 por cento no seguimento de
diversas campanhas de promoção deste produto.
Foram ainda introduzidos novos cartões de crédito, nomeadamente o BNU Net
Card, um cartão de crédito virtual, ajustado especialmente para a realização de compras através
da Internet e diversos “affinity cards” em associação com entidades locais.
Em 2001 continuou-se a ampliar a rede de máquinas POS colocadas em estabelecimentos comerciais,
tendo-se verificado um aumento significativo do valor das transacções efectuadas pese, embora, a
base relativamente baixa de que se partiu.
Num mercado caracterizado por uma forte concorrência e condicionado por uma conjuntura económica menos favorável,
torna-se difícil a expansão do crédito neste segmento do mercado, pelo que o crédito a particulares, que inclui o crédito
concedido através dos diversos cartões de crédito emitidos, o crédito pessoal e o crédito para aquisição de habitação,
cresceu apenas 1,6 por cento.
No âmbito do crédito pessoal foram ainda promovidos a conta ordenado “Easy Cash” e o Crédito a Estudantes
para continuarem os seus estudos no estrangeiro.
A concorrência fez-se particularmente sentir na área do crédito à habitação, tendo o
Banco acompanhado os restantes bancos da praça na redução das taxas de juro, lançado
diversas campanhas de promoção nos locais de venda de andares e procurado reduzir o tempo
de resposta aos pedidos de concessão de crédito.
Foi lançado em 2001 o cartão BNU Maestro (MasterCard) um cartão de débito que pode ser utilizado em mais de
780.000 máquinas ATM’s em todo o mundo.
Procedeu-se, ainda em 2001, à modernização da rede de ATM’s, cujo número ascende actualmente a 28 unidades, com a
instalação de máquinas do último modelo.
Procurou-se reduzir ainda os períodos em que as máquinas não podem ser utilizadas pelos utentes,
incrementar a publicidade dos produtos do Banco nos ecrãs e avaliar a possibilidade de introdução
de novos serviços, no âmbito da participação do Banco na rede JECTO de ATM’s.
A rede de agências, composta por 11 balcões, assegura presentemente uma adequada cobertura
do Território e a sua funcionalidade foi melhorada com a introdução de um sistema digitalizado para controle das assinaturas,
tendo sido instalados PC’s com ligação à Internet em todas as agências.
Na agência central foi instalado um centro de investimentos que permite aos clientes transaccionar acções ao balcão e
on-line.
O Banco Nacional Ultramarino foi distinguido pela Visa com dois prémios para o “Highest Average Card Spend Macau” e o
“Best Issuer Fraud Control Macau” e pela Mastercard com o “The Most Successful Maestro Program 2001 in Macau”.
2. Empresas Numa fase em que a procura de crédito pelas empresas é condicionada por uma conjuntura económica pouco favorável
que limita as oportunidades de investimento e as necessidades de financiamento corrente do sector industrial e exportador,
continuou-se a adoptar uma política selectiva de crédito, que tem em conta o binómio risco/rentabilidade das operações, a
viabilidade financeira das empresas e a credibilidade dos mutuários.
Com o objectivo de optimizar o relacionamento com os clientes incrementaram-se os contactos directos para
acompanhamento da respectiva actividade comercial e também se promoveu o melhor ajustamento das facilidades de
crédito disponíveis à necessidade dos clientes bem como a sua maior utilização.
17
Procurou-se ainda angariar novos clientes e diversificar a carteira de crédito apoiando-se as iniciativas da comunidade
empresarial local.
Foi possível assim aumentar o crédito concedido às empresas, para utilização em Macau e fora do Território, em 14,9 por
cento, em virtude do aumento do crédito ao investimento, havendo a destacar a participação do Banco, conjuntamente
com outros bancos locais, num “club deal” destinado a financiar a construção das instalações de uma universidade.
No que se refere ao crédito externo, verificou-se em 2001 uma menor participação nas operações sindicadas no mercado
de Hong Kong devido, quer à redução do número de novas operações colocadas no mercado, quer a uma significativa
redução das margens.
A entrada da China na Organização Mundial do Comércio poderá vir dar um novo estímulo à actividade empresarial local,
quer na área comercial, quer no que respeita ao investimento.
As operações ligadas ao financiamento de operações de comércio externo de empresas registaram uma quebra, em termos
dos saldos médios, reflectindo a diminuição das exportações e das importações, bem como a situação favorável de liquidez
de algumas empresas do sector.
Neste contexto, registou-se uma diminuição do volume de operações cambiais negociadas e das comissões cobradas
associadas com este tipo de transacções.
O Banco deu o seu contributo para a elaboração, pela AMCM, de um sistema de apoio às necessidades de crédito das
pequenas e médias empresas com simultânea protecção acrescida para os bancos que decidam nele participar. Este trabalho
ainda está em curso.
3. Recursos Os recursos humanos, o capital mais importante do Banco, têm um papel primordial na definição e prossecução dos objectivos
Humanos da empresa, seja na qualidade do atendimento prestado aos clientes, na promoção de produtos e serviços, ou na adaptação
a estruturas de gestão susceptíveis de aumentar a produtividade.
Ao longo dos últimos anos e não obstante o aumento do volume de actividade, tem sido possível manter estável o quadro
do pessoal, constituído actualmente por 285 elementos, dos quais 195 trabalham nos serviços centrais e 90 na rede de
agências.
A par da orientação que tem sido seguida no sentido de reforçar o quadro de pessoal das áreas comerciais e de atendimento
a clientes promovendo-se, simultaneamente, e na medida do possível, a rotação do pessoal, foram realizadas diversas
acções com o objectivo de elevar o nível de qualificação profissional dos nossos colaboradores.
Estas acções de formação, levadas a cabo internamente e por entidades externas, abrangeram um elevado número de
empregados e incidiram, sobretudo, nas áreas da divulgação dos produtos e serviços, atendimento de clientes, administração
de cartões de crédito, procedimentos internos, canais de distribuição, aprendizagem de línguas, segurança dos sistemas e
aplicações informáticas.
Em 2001 iniciou-se o estudo para a constituição de um Fundo de Pensões dos empregados do Banco, que substituirá o
actual Fundo de Previdência, cujo funcionamento se regulará pela nova legislação publicada sobre esta matéria.
4. Sistema Durante 2001 foram concretizados diversos projectos na área informática em resposta às necessidades da organização,
Informático e nomeadamente no que respeita ao lançamento de novos produtos e serviços, procurando-se reduzir os custos dos novos
Organização projectos e de manutenção dos sistemas existentes.
Destaca-se nesta área o lançamento do BNU Online, a plataforma que permite aos clientes efectuarem operações bancárias
através da Internet e as alterações introduzidas no sistema de gestão dos cartões requeridas pela introdução de novos
cartões de crédito e débito.
Foi actualizado o sistema operativo do computador central e foram aperfeiçoadas as aplicações de gestão de operações
nos balcões, operações cambiais, as instruções permanentes de pagamento e transferências.
18
O plano de conversão para o Euro foi executado nos prazos previstos e conforme o programado.
O acesso à Internet através da rede interna foi melhorado com a introdução da banda larga tendo-se aumentado o número
de utilizadores com acesso à web.
Tomaram-se diversas medidas visando reforçar os sistemas de segurança exigidos pela introdução da plataforma de
transacções através da Internet e uma maior utilização da rede como meio de comunicação.
No domínio da organização procedeu-se à avaliação da adequação da estrutura orgânica do Banco, prevendo-se que esta
venha a ser alterada para evidenciar uma segregação mais nítida entre as áreas comerciais e de back office.
Em 2001 deu-se ainda continuidade ao trabalho de actualização dos manuais de procedimentos e à racionalização do
sistema de produção de relatórios internos.
5. Apoio a O Banco continuou a apoiar diversas iniciativas na área social nos campos da educação, desporto, cultura e instituições que
Actividades Sociais se dedicam a servir as camadas mais necessitadas da sociedade.
Destaca-se a atribuição de bolsas de estudo para frequência das universidades locais, o patrocínio do XV Festival Internacional
de Música de Macau e XII Festival de Artes de Macau e do Campeonato Mundial de Voleibol.
19
C. - Resultados e Evolução do Balanço
A partir de 1 de Julho de 2001 o Banco Nacional Ultramarino passou a ter a sua sede social em Macau, incorporando todos
os activos e passivos, quer da Sucursal do BNU em Macau, quer do Banco BNU Oriente S.A..
Na interpretação da análise financeira que a seguir se apresenta deve-se ainda ter em consideração:
• Os elementos financeiros constantes dos mapas das Demonstrações de Resultados em anexo correspondem à actividade
no período compreendido entre 1 de Julho de 2001, data em que o Banco passou a ter a sua sede em Macau, e 31 de
Dezembro de 2001. Para melhor se avaliar o desempenho do Banco tomaram-se em linha de conta os valores das
contas de resultados respeitantes à actividade para o ano completo de 2001 e não apenas o 2º semestre.
• Os elementos financeiros que serviram de base de comparação em 2000 são os constantes das contas anuais da
Sucursal do BNU em Macau em 31 de Dezembro desse ano.
1. Conta de O Resultado do Exercício continuou a registar em 2001 uma evolução positiva tendo ascendido a 47,9 milhões de patacas,
Resultados um acréscimo de 20,5 por cento relativamente ao obtido no ano anterior, que se fica a dever, em grande medida, ao
Resultado do aumento da margem financeira.
Exercício
O Resultado do Exercício no 2º semestre de 2001 foi de 24,9 milhões de patacas conforme consta do mapa das
Demonstrações Financeiras que se anexa.
Margem Financeira A Margem Financeira ascendeu a 180 milhões de patacas, um aumento de 8,1 por cento, ou seja de 13,4 milhões de
patacas em valor absoluto, tendo-se verificado uma redução significativa, quer dos Juros e Proveitos Equiparados, quer dos
Juros e Custos Equiparados, devido à diminuição muito significativa das taxas de juro activas e passivas.
A Margem Financeira beneficiou do aumento do crédito concedido, das margens na captação de depósitos e da gestão de
tesouraria que teve em linha de conta a tendência de descida das taxas de juro. Por outro lado, foi adversamente influenciada
pela redução das margens da carteira de crédito, designadamente do crédito à habitação e pela diminuição das taxas de
juro que afectou negativamente a rentabilidade dos fundos não remunerados.
Resultados
Unidades:
Milhares de patacas
166.861
180.299
Margem Financeira
Proveitos de Comissões e
de Outras Operações
Bancárias (liq)
35.981
36.003
202.842
216.301
Produto Bancário
131.358
134.789
Custos Operativos
28.237
31.981
Provisões Líquidas
39.738
47.872
Resultado do Exercício
0
50.000
2000
100.000
2001
150.000
200.000
250.000
20
Proveitos de Os Proveitos de Comissões e de Outras Operações Bancárias (líq) foram em 2001 de 36 milhões de patacas, sensivelmente
Comissões e o mesmo valor do ano anterior, em que as principais componentes registaram a seguinte evolução:
Outras Operações
Bancárias (líq) • As Comissões (líq) aumentaram em 2 por cento havendo a destacar um aumento das comissões cobradas na área dos
cartões de crédito e pela emissão de garantias.
• Os Lucros em Operações Financeiras (líq) totalizaram 16,8 milhões de patacas, mais 4 por cento que no ano anterior,
reflectindo sobretudo os lucros obtidos com a cobertura de operações comerciais de clientes.
Produto Bancário O Produto Bancário aumentou em 13,4 milhões de patacas, valor superior em 6,6 por cento ao verificado em 2000,
ascendendo a 216,3 milhões de patacas.
A variação da Margem Financeira contribuiu em 82,8 por cento para o aumento do Produto Bancário enquanto as Comissões
(líq) e os Lucros em Operações Financeiras (líq), contribuíram em 8,6 por cento e 7,8 por cento respectivamente.
Custos Operativos Os Custos Operativos aumentaram em 3,4 milhões de patacas, valor superior em 2,6 por cento relativamente ao registado
no ano de 2000, atingindo 134,7 milhões de patacas correspondendo à evolução das seguintes componentes:
• Custos com o pessoal aumentaram 2,4 por cento, atingindo 81,2 milhões de patacas, tendo-se procurado adequar os
níveis de remuneração à evolução da produtividade;
• Fornecimentos e Serviços de Terceiros aumentaram 11,2 por cento, ascendendo a 35,6 milhões de patacas, para o que
contribuiu o aumento das despesas com a promoção dos produtos e serviços do Banco.
• Amortizações tiveram um decréscimo de 16,1 por cento o que reflecte, fundamentalmente, o decréscimo nas amortizações
de imobilizado incorpóreo, derivado do facto de ter terminado o período de amortização de diversas aplicações informáticas.
O rácio cost-to-income, situou-se em 55 por cento(1), sensívelmente igual ao valor verificado no ano precedente.
Provisões As Provisões efectuadas no exercício de 2001, líquidas da reposição e anulação de provisões, totalizaram 31,9 milhões de
patacas superior em 13 por cento ao montante constituído no ano anterior.
À excepção do aumento das provisões para Riscos Gerais de Crédito, que resultou do aumento do saldo da carteira de
crédito, as necessidades de provisionamento foram menores em 2001 que no ano anterior.
2. Proposta de Nos termos legais e estatutários, propõe-se para aprovação da Assembleia Geral que o Resultado Líquido de
Aplicação de 24.983.053,75 de patacas tenha a seguinte aplicação:
Resultados
• Para Reserva Legal, nos termos do art.º 60
do Regime Jurídico do Sistema Financeiro:
MOP
4.996.611,00
• Para Reservas Livres, o remanescente :
MOP
19.986.442,75
(1) (Custos com Pessoal + Fornecimentos e Serviços de Terceiros + Outros custos administrativos) / Produto Bancário
21
3. Balanço— O Activo Total Líquido do Banco era, em 31 de Dezembro de 2001, de 13.477 milhões de patacas, que corresponde a um
Evolução e acréscimo de 10 por cento, representando as aplicações no mercado interbancário 57 por cento e o crédito a clientes 24
Estrutura por cento do Activo Total Líquido.
Crédito a Clientes O Crédito a Clientes totalizou 3.200 milhões de patacas, tendo o crédito interno, que cresceu a uma taxa superior à do
mercado, aumentado 10 por cento.
Estrutura do Activo Líquido
Evolução do Activo Líquido, 2000/2001
in %
100%
0,0%
80%
57,43%
15,4%
60%
40%
24,10%
46,0%
20%
18,46%
0%
-10%
Aplicações em
Instituições de Crédito
0%
10%
Crédito a Clientes
20%
30%
40%
50%
Disponibilidades,
Imobilizado e Outros Activos
No crédito interno, o crédito a empresas teve um acréscimo de 15 por cento, tendo o crédito a particulares aumentado de
2 por cento.
Continuou-se a acompanhar estritamente a qualidade da carteira de crédito, quer através de uma selecção dos riscos a
assumir quer da montagem de facilidades que minimizem o risco para o Banco e melhor se adequem às necessidades dos
clientes.
Procedeu-se também ao estreito acompanhamento dos processos de crédito vencido propondo-se, sempre que justificado,
a restruturação dos mesmos.
Aplicações em As Aplicações em Instituições de Crédito representam a parcela mais significativa do activo (57 por cento), constituindo um
Instituições de instrumento privilegiado de aplicação dos excedentes de liquidez.
Crédito
O Banco adopta critérios estritos na gestão do risco de liquidez e a gestão do risco de contraparte, associado às operações
de tesouraria, obedecendo a limites estabelecidos ao nível do Grupo.
Depósitos Totais Os Depósitos Totais, de clientes e do sector público, que totalizavam 9.509 milhões de patacas, registaram um decréscimo
de 6 por cento, que se explica pela diminuição de depósitos a prazo (11 por cento) já que os depósitos à vista, de poupança
e à ordem, aumentaram 17 por cento.
Os depósitos a prazo totais que ascendiam a 7.575 milhões de patacas, representavam, em 31 de Dezembro de 2001,
80 por cento dos Depósitos Totais, ao passo que no ano anterior o seu peso relativo era de 84 por cento.
22
Recursos de Os Recursos de Instituições de Crédito ascendiam a 2.242 milhões de patacas, mais 1.345 milhões de patacas, representando
Instituições de 17 por cento do total do passivo, um aumento de 10 pontos percentuais.
Crédito
Estrutura do Passivo e da
Situação Liquída
Evolução do Passivo e da Situação Liquída,
2000/2001
in %
100%
149,8%
16,64%
80%
-6,3%
60%
6,4%
70,57%
9,1%
40%
710,0%
20%
0,41%
8,92%
0%
3,47%
-100%
0%
100% 200% 300% 400% 500% 600% 700% 800%
Capitais Próprios e
Equiparados
Outros Passivos
Depósitos de Clientes
Recursos de Instituições
de Crédito
Provisões para Riscos e
Encargos
Capital Social e O Banco Nacional Ultramarino S.A. foi dotado, em 1 de Julho de 2001, data em que o Banco passou a ter a sua sede em
Fundos Próprios Macau, com um capital social de 400 milhões, o qual se encontra totalmente realizado. O Banco contratou ainda em 2001
um empréstimo subordinado de 100 milhões de patacas.
Os fundos próprios do Banco para efeitos do cálculo do rácio de adequação do capital, conforme as normas publicadas pela
Autoridade Monetária de Macau, ascendiam a 581 milhões de patacas em 31 de Dezembro de 2001, o que corresponde
a um rácio de 11 por cento.
23
Órgãos Sociais
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Presidente
:
Joaquim Jorge Perestrelo Neto Valente
Vice-Presidente
:
Liu Chak Wan
Secretário
:
Maria de Lurdes Nunes Mendes da Costa
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente
:
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.,
representada por
Miguel José Pereira Athayde Marques
Vice-Presidente
:
Herculano Jorge de Sousa
Vogais
:
COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE, S.A.,
representada por
Leonel Alberto Range Rodrigues
CAIXA - PARTICIPAÇÕES SGPS, S.A.,
representada por
Alberto Manuel Sarmento Azevedo Soares
Artur Jorge Teixeira Santos
COMISSÃO EXECUTIVA :
Presidente
:
Herculano Jorge de Sousa
Vice-Presidente
:
Artur Jorge Teixeira Santos
Membro
:
COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE, S.A.,
representada por
Leonel Alberto Range Rodrigues
FISCAL ÚNICO :
Chui Sai Cheong
24
Demonstrações Financeiras
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001
ACTIVO
ACTIVO BRUTO
PROVISÕES
AMORTIZAÇÕES E
MENOS-VALIAS
ACTIVO LIQUIDO
57.628.271,59
0,00
57.628.271,59
DEPÓSITOS NA AMCM
103.095.408,71
0,00
103.095.408,71
CERTIFICADOS DE DÍVIDA DO
GOVERNO DE MACAU
972.906.129,00
0,00
972.906.129,00
18.769.295,80
0,00
18.769.295,80
6.760.134,48
0,00
6.760.134,48
51.888.008,82
0,00
51.888.008,82
0,00
0,00
0,00
2.324.743,16
0,00
2.324.743,16
CRÉDITO CONCEDIDO
3.408.876.475,45
160.607.244,32
3.248.269.231,13
APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES
DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO
1.635.521.700,00
0,00
1.635.521.700,00
DEPÓSITOS COM PRÉ-AVISO E A
PRAZO NO EXTERIOR
6.104.832.833,88
0,00
6.104.832.833,88
915.548.929,83
23.430.859,67
892.118.070,16
0,00
0,00
0,00
237.945,80
0,00
237.945,80
0,00
0,00
0,00
35.171.777,18
6.000.000,00
29.171.777,18
172.319.225,12
26.508.799,91
145.810.425,21
EQUIPAMENTO
61.159.909,02
50.942.660,40
10.217.248,62
CUSTOS PLURIENAIS
11.085.679,88
9.740.353,20
1.345.326,68
DESPESAS DE INSTALAÇÃO
382.999,00
361.215,10
21.783,90
IMOBILIZAÇÕES EM CURSO
0,00
0,00
0,00
1.351.478,79
0,00
1.351.478,79
194.544.212,77
0,00
194.544.212,77
13.754.405.158,28
277.591.132,60
13.476.814.025,68
CAIXA
VALORES A COBRAR
DEPÓSITOS À ORDEM NOUTRAS
INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
NO TERRITÓRIO
DEPÓSITOS À ORDEM NO EXTERIOR
OURO E PRATA
OUTROS VALORES
ACÇÕES, OBRIGAÇÕES E QUOTAS
APLICAÇÕES DE RECURSOS
CONSIGNADOS
DEVEDORES
OUTRAS APLICAÇÕES
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
IMÓVEIS
OUTROS VALORES IMOBILIZADOS
CONTAS INTERNAS E DE
REGULARIZAÇÃO
TOTAIS
25
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001
PASSIVO
SUB - TOTAIS
NOTAS EM CIRCULAÇÃO
TOTAL
1.025.885.130,00
DEPÓSITOS À ORDEM
1.324.905.266,07
DEPÓSITOS C/PRÉ-AVISO
0,00
DEPÓSITOS A PRAZO
6.546.535.150,20
DEPÓSITOS DE SECTOR PÚBLICO
1.638.546.191,74
RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
NO TERRITÓRIO
7.871.440.416,27
42.382.975,08
RECURSOS DE OUTRAS ENTIDADES LOCAIS
0,00
EMPRÉSTIMOS EM MOEDAS EXTERNAS
2.199.939.507,56
CREDORES POR RECURSOS CONSIGNADOS
0,00
CHEQUES E ORDENS A PAGAR
246.465,32
CREDORES
12.219.326,36
EXIGIBILIDADES DIVERSAS
19.169.383,79
CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO
3.912.503.849,85
144.309.306,27
PROVISÕES PARA RISCOS DIVERSOS
74.802.894,23
CAPITAL
400.000.000,00
OUTRAS RESERVAS
22.889.375,31
RESULTADOS TRANSITADOS DE EXERCÍCIOS
ANTERIORES
422.889.375,31
0,00
RESULTADO DO EXERCÍCIO
24.983.053,75
TOTAIS
13.476.814.025,68
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001
CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
VALORES RECEBIDOS EM DEPÓSITO
VALORES RECEBIDOS PARA COBRANÇA
MONTANTE
126.136.031,30
94.338.922,60
VALORES RECEBIDOS EM CAUÇÃO
6.596.342.792,30
GARANTIAS E AVALES PRESTADOS
265.948.726,71
CRÉDITOS ABERTOS
91.187.527,13
ACEITES EM CIRCULAÇÃO
0,00
VALORES DADOS EM CAUÇÃO
0,00
COMPRAS A PRAZO
VENDAS A PRAZO
OUTRAS CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
DOS QUAIS:TESOURO PÚBLICO-CONTA CORRENTE
54.637.432,62
53.949.172,08
3.171.607.666,57
18.217.700,09
26
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2001
CONTA DE EXPLORAÇÃO
DÉBITO
MONTANTE
CUSTOS DE OPERAÇÕES
PASSIVAS
239.308.706,78
CUSTOS COM PESSOAL
CRÉDITO
MONTANTE
PROVEITOS DE OPERAÇÕES
ACTIVAS
333.813.343,15
40.242.459,57
PROVEITOS DE SERVIÇOS
BANCÁRIOS
14.713.561,43
1.693.475,00
PROVEITOS DE OUTRAS
OPERAÇÕES BANCÁRIAS
10.124.485,71
DOS OUAIS:
REMUNERAÇÕES
DOS ÓRGÃOS DE
GESTÃO E FISCAL ÚNICO
REMUNERAÇÕES
DE EMPREGADOS
33.850.759,86
ENCARGOS SOCIAIS
4.188.511,40
OUTROS CUSTOS
COM O PESSOAL
509.713,31
FORNECIMENTOS
DE TERCEIROS
2.501.333,10
SERVIÇOS DE TERCEIROS
RENDIMENTOS DE
TÍTULOS DE CRÉDITO E DE
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
OUTROS PROVEITOS
BANCÁRIOS
393.582,45
3.373.690,67
PROVEITOS INORGÂNICOS
PREJUÍZOS DE EXPLORAÇÃO
22.206,50
0,00
16.366.609,21
OUTROS CUSTOS
BANCÁRIOS
8.890.729,44
IMPOSTOS
1.426.449,40
CUSTOS INORGÂNICOS
462.547,84
DOTAÇÕES PARA AMORTIZAÇÕES
8.961.847,80
DOTAÇÕES PARA PROVISÕES
37.312.470,44
LUCRO DA EXPLORAÇÃO
TOTAIS
6.967.716,33
362.440.869,91
TOTAIS
362.440.869,91
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2001
CONTA DE LUCROS E PERDAS
DÉBITO
MONTANTE
PREJUÍZO DE EXPLORAÇÃO
0,00
PERDAS RELATIVAS
A EXERCÍCIOS ANTERIORES
1.782.672,32
CRÉDITO
MONTANTE
LUCRO DE EXPLORAÇÃO
LUCROS RELATIVOS
A EXERCÍCIOS ANTERIORES
6.967.716,33
18.854.768,65
PERDAS EXCEPCIONAIS
17.531,50
LUCROS EXCEPCIONAIS
9.925.462,59
DOTAÇÕES PARA
IMPOSTOS SOBRE
LUCROS DO EXERCÍCIO
8.964.690,00
PROVISÕES UTILIZADAS
0,00
RESULTADO DO EXERCÍCIO
0,00
RESULTADO DO EXERCÍCIO
24.983.053,75
(SE POSITIVO)
(SE NEGATIVO)
TOTAIS
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
A RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE
35.747.947,57
TOTAIS
35.747.947,57
27
Accionistas com Participação Qualificada
Nos termos do Regime Jurídico do Sistema Financeiro de Macau, participação qualificada é aquela que, por forma directa
ou indirecta, representa pelo menos 10 por cento do capital ou dos direitos de voto da instituição participada ou que, por
qualquer outro modo, confere a possibilidade de exercer uma influência significativa na gestão desta.
Accionistas com participação qualificada:
• Caixa Geral de Depósitos, S.A. — 97,13 %
Participações
Lista das instituições em que o Banco Nacional Ultramarino, S.A. detém participação superior a 5 por cento do respectivo
capital social ou superior a 5 por cento dos seus fundos próprios, com indicação do respectivo valor percentual.
• SEAP — Serviços, Administração e Participação, Lda — 25%
28
Notas às Demonstrações Financeiras
ORGANIZAÇÃO E OPERAÇÕES
O Banco BNU Oriente, S.A. (o “Banco”) foi constituído em Macau. O Banco está autorizado a operar sob licença e segundo
as normas emitidas pela Autoridada Monetária de Macau (“AMCM”). A actividade do Banco consiste na realização de
operações financeiras e na prestação de serviços financeiros nomeadamente a concessão de crédito a empresas e particulares
e o recebimento de depósitos dos clientes.
Pelas resoluções emitidas em 1 de Julho de 2001, todas as responsabilidades e activos do Banco Nacional Ultramarino,
S.A. - Departamento de Macau (“Departamento do BNU em Macau”) foram transferidos com valor zero para o “Banco”.
Conforme acordado pela empresa adquirente, a diferença entre os recursos e as responsabilidades, de aproximadamente
MOP23.270.000, foi transferida em 1 de Julho de 2001. Este valor foi incluído no balanço na rúbrica reservas.
Na mesma data, o nome em português do Banco mudou, de Banco BNU Oriente, S.A. para Banco Nacional Ultramarino,
S.A. e o “Banco” adoptou o nome chinês de==========, como parte do seu nome legal. O capital
do Banco aumentou de MOP100.000.000 para MOP400.000.000 pela emissão ao par de 300.000 acções de
MOP1.000 cada uma.
Durante o ano de 2001, a Caixa Geral Depósitos, S.A., um dos accionistas do “Banco”, adquiriu o Banco Nacional Ultramarino
S.A., o outro accionista do “Banco“. Após a aquisição, o Banco transformou-se numa subsidiária inteiramente detida pelo
Grupo Caixa Geral de Depósitos, S.A..
BASES DE APRESENTAÇÃO
As demonstrações financeiras do banco foram preparadas de acordo com as seguintes bases de apresentação:
a) – Reconhecimento de receita
Desde que seja provável que os benefícios económicos relativos a uma transacção reverterão para o Banco, e que a receita
e custos, se aplicável, possam ser quantificados de forma fiável, é reconhecida uma receita, de acordo com as seguintes
bases:
i. Juros a receber
Os juros a receber são reconhecidos na demonstração de resultados à medida que são gerados, independentemente do
momento do seu pagamento ou cobrança.
Os juros de créditos vencidos são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação
em atraso, sendo apenas reconhecidos em proveitos se e quando recebidos.
ii. Comissões a receber
As comissões são contabilizadas assim que recebidas, a menos que estejam relacionadas com transacções envolvendo
risco de taxas de juro ou outros riscos que se estendam para além do período corrente, casos em que são mensualizadas de
acordo com o período das transacções.
b) – Empréstimos, Adiantamentos e Descontos
Os empréstimos, adiantamentos e descontos são indicados no balanço após terem sido deduzidas as provisões específicas
e genéricas para possíveis perdas.
As provisões específicas são apresentadas como dedução ao crédito concedido, sempre que, na opinião da Direcção do
Banco o mesmo se apresente de cobrança duvidosa.
As provisões genéricas são feitas sobre a totalidade da carteira de crédito, não sendo identificadas por cliente.
As provisões são feitas com base nas estimativas feitas pela Direcção do Banco e revistas periodicamente. Sempre que
necessário, são feitos ajustamentos.
29
c) – Carteira de títulos
Os investimentos em títulos são registados pelo seu custo deduzidos de todas as provisões que tenham sido constituídas
para menos-valias.
Os investimentos em acções são feitos com finalidade de longo prazo e incluídos no balanço pelo seu custo, menos qualquer
provisão feita para menos-valias.
Os saldos do investimento em títulos são revistos em cada fecho de contas para avaliar o risco de crédito e se os respectivos
valores são recuperáveis. São feitas provisões quando se julga que esses valores não serão recuperados, sendo reconhecidos
como custos na demonstração de resultados.
As provisões para investimento em titulos e acções são repostas na demonstração de resultados quando as circunstâncias
que conduziram aos “write-downs” ou “write-offs” cessam de existir e há uma evidência persuasiva de que essas novas
circunstâncias persistirão no futuro.
Quando há uma venda ou transferência dos investimentos em títulos, qualquer mais ou menos valia daí resultante é reflectida
na demonstração de resultados.
d) – Imobilizado
O imobilizado é indicado pelo custo, deduzido da amortização acumulada. A amortização é calculada com base no método
das quotas constantes, de acordo com as taxas fiscalmente aceites como custo, as quais não diferem da vida útil estimada
do bem. As taxas anuais são:
Terrenos e edifícios
Software e melhoramentos em imóveis arrendados
Equipamento de escritório, mobiliário e material eléctrico
2%
10% a 33,3%
10% a 50%
Quando os bens são vendidos ou chegam ao fim da sua vida útil, o seu custo e amortização acumulada são eliminados das
contas e qualquer custo ou ganho resultante da sua alienação é incluído na demonstração de resultados.
e) – Moeda Estrangeira
Os livros e os registos são mantidos na moeda original, reavaliada para Patacas de Macau. As transacções expressas em
moeda estrangeira são reavaliadas com base nas taxas de câmbio em vigor nas datas em que as mesmas ocorreram.
Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira à data do balanço, são reavaliados com base nos câmbios
em vigor naquela data.
As diferenças de conversão são reflectidas na demonstração de resultados.
f) – Locação Operacional
Os contratos de locação onde se verifique que todos os direitos e os riscos inerentes à titularidade dos bens são
substancialmente retidos pela sociedade locadora, são contabilizados como locação operacional. As respectivas rendas são
registadas como encargos na conta de resultados, numa base constante, durante o período do contrato.
30
g) – Instrumentos Financeiros Derivados
Instrumentos financeiros derivados resultam de contratos de futuros, forward e de swap tomados pelo Banco nos mercados
monetários e cambiais.
Os instrumentos financeiros destinados e classificados como operações de cobertura são valorizados e reconhecidos em
resultados de acordo com o critério aplicável aos activos e passivos por eles cobertos.
Qualquer ganho ou prejuízo é reconhecido de acordo com o critério aplicável aos activos ou passivos por eles cobertos.
As transacções de swap de taxa de juros tomados como parte da gestão da carteira de activos e passivos são identificadas
separadamente e os respectivos pagamentos / recebimentos líquidos são incluídos em juros pagos ou recebidos.
Activos, incluindo ganhos, resultantes de contratos de swap de divisas ou de taxa de juro, reavaliados de acordo com o
respectivo valor de mercado, são relevados em “Outras Contas”. Passivos, incluindo perdas, resultando de tais contratos, são
relevados em “Outras Contas e Provisões”.
h) – Desvalorização de Activos
Os activos, à excepção dos activos financeiros, são revistos para efeitos de desvalorização, sempre que eventos ou alterações
das circunstâncias indiquem que o saldo de qualquer activo possa não ser inteiramente recuperável. Sempre que o valor real
de um activo exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por desvalorização que é reflectida na demonstração
de resultados como uma menos valia. O valor recuperável é o mais alto de entre o preço líquido de venda do activo e o valor
em uso. O preço líquido de venda é o valor recuperável através da venda do activo sem conflito de interesses enquanto que
o valor em uso é o valor actual dos cash flows previstos pela continuação em uso do activo e sua alienação no fim da
sua vida útil. Os montantes recuperáveis são calculados para cada activo em particular ou, se impossível, para cada centro
de custos.
A anulação de perdas por desvalorização reconhecidas em exercícios anteriores é efectuada quando há indicação de que a
perda por desvalorização para o activo já não existe ou diminuiu. A anulação é registada como proveito ou como aumento
das reavaliações.
i) – Provisões para riscos bancários gerais
As provisões são criadas a fim de precaver possíveis desvalorizações dos activos financeiros. As provisões são feitas com
base nas estimativas do Banco e revistas periodicamente. Sempre que necessário são feitos ajustamentos.
j) – Benefícios a empregados
O Banco assegura um plano de contribuição para um Fundo de Previdência dos seus empregados baseado nas leis e
regulamentos locais. O referido plano determina que os seus membros e o Banco contribuam com 5 por cento e 10 por
cento do salário básico, respectivamente. As contribuições do Banco para esse plano são imputadas à demonstração de
resultados do exercício a que reportam.
31
Parecer dos Auditores Externos
RELATÓRIO DOS AUDITORES
PARA OS ACCIONISTAS DO BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
(Anteriormente conhecido por BANCO BNU ORIENTE, S.A.)
(Constituído em Macau sob responsabilidade limitada)
Auditámos as demonstrações financeiras, as quais foram preparadas em conformidade com as bases de apresentação
descritas nas notas anexas às demonstrações financeiras.
Responsabilidade do Conselho de Administração e dos Auditores
A preparação das demonstrações financeiras, apresentadas de uma forma verdadeira e apropriada, é da responsabilidade
do Conselho de Administração. Na preparação das referidas demonstrações financeiras, é fundamental a adopção de critérios
e políticas contabilísticas adequadas e a sua aplicação de forma consistente.
A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião independente, baseada na nossa auditoria, sobre estas
demonstrações financeiras.
Âmbito
A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria emitidas pela Federação Internacional
de Contabilistas (“International Federation of Accountants”). Uma auditoria inclui a verificação, numa base de amostragem,
do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das principais estimativas,
juízos e critérios utilizados pelo Conselho de Administração na sua preparação. Uma auditoria inclui, igualmente, a verificação
da adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo em conta as circunstâncias, e de que estas foram aplicadas de
forma consistente e adequadamente divulgadas.
A nossa auditoria foi planeada e executada por forma a obtermos todas as informações e explicações que considerámos
necessárias, com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas
de distorções materialmente relevantes. Verificámos igualmente ser adequada a apresentação global das demonstrações
financeiras, de acordo com as bases de apresentação descritas nas notas às demonstrações financeiras. Entendemos que a
nossa auditoria proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras, preparadas em conformidade com as bases de apresentação descritas
nas notas às demonstrações financeiras, apresentam de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco em
31 de Dezembro de 2001, bem como os resultados das suas operações no período compreendido entre 1 de Janeiro de
2001 e 31 de Dezembro de 2001.
Sociedade de Auditores Arthur Andersen (Macau)
Contabilista Registado
Macau, aos 1 de Março de 2002.
32
Parecer do Fiscal Único
Senhores Accionistas:
O Conselho de Administração do Banco Nacional Ultramarino, S.A., submeteu ao Fiscal Único, nos termos e para efeitos da
alínea e) do Artº.32º dos Estatutos, para emissão de parecer, o Balanço, as Contas e o Relatório Anual respeitantes ao
exercício de 2001. Complementarmente foi também enviado o Relatório dos Auditores Externos “Sociedade de Auditores
Arthur Andersen (Macau)”, sobre as contas do Banco Nacional Ultramarino, S.A., relativas àquele mesmo exercício.
O Fiscal Único acompanhou, ao longo do ano, a actividade do Banco, tendo mantido contacto regular com a Administração
e dela recebido sempre e em tempo a adequada colaboração e esclarecimentos.
Analisados os documentos remetidos para parecer deste Conselho, constata-se que os mesmos são suficientemente claros,
reflectindo a situação patrimonial e económica-financeira do Banco.
O Relatório do Conselho de Administração traduz de forma clara o desenvolvimento das actividades do Banco no decurso
do exercício em apreciação.
O Relatório dos Auditores Externos, tido em devida conta pelo Fiscal Único, refere que os documentos de prestação de
contas apresentados evidenciam de forma verdadeira e apropriada a situação financeira do Balanço em 31 de Dezembro
de 2001, bem como os resultados das operações referentes ao exercício findo naquela data, com observância dos princípios
contabilisticos da actividade bancária.
Face ao exposto, o Fiscal Único decidiu dar parecer favorável à aprovação do :
1. Balanço e Demonstração de Resultados;
2. Relatório Anual do Conselho de Administração.
Macau, 27 de Março de 2002.
O FISCAL ÚNICO
Chui Sai Cheong
==
33
Rede de Agências
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
Sede
Av. Almeida Ribeiro, No.22,
Caixa Postal 465
Região Administrativa Especial de Macau
República Popular da China
Telefone: (853) 355111
Fax: (853) 355653
Telex: (853) 88202BNUMC OM 88351 BNUFX OM
E-mail: [email protected]
Web Site: http://www.bnu.com.mo
Swift: BNULMOMX
Centro de Cartões de Crédito
Agência Iao Hon
Av. Almeida Ribeiro, 22
Telefone: 335533
Fax: 713119
Rua 1 do Bairro Iao Hon,
Edf Iao Kai
Telefone: 571921
Fax: 400395
Agência Central
Av. Almeida Ribeiro, 22
Telefone: 355111
Fax: 355130
Agência São Lourenço
Rua João Lécaros, Nº 5–5B
Telefone: 572259
Fax: 933200
Agência Mercado Vermelho
Av. Almirante Lacerda, Nº. 90–92
Telefone: 371166
Fax: 211619
Agência Horta e Costa
Av. Horta e Costa, Nº 54–56
Telefone: 517962
Fax: 527853
Agência Sidónio Pais
Av. Sidónio Pais, Nº. 20–20A
Telefone: 584436
Fax: 524589
Agência Areia Preta
Estrada Marginal do Hipódromo, 147 – C
Telefone: 470032
Fax: 470160
Agência Fai Chi Kei
Rua Comandante João Belo
r/c Edf. Teng Pou Kok
Telefone: 260165
Fax: 260637
Agência Aeroporto I. Macau
Aeroporto de Macau
Telefone: 861309
Fax: 861310
Agência da Taipa
Rua de Évora, “Flower City, r/c
Quarteirão 40, Taipa
Telefone: 833633
Fax: 833622
Agência Chong Fu
Alameda Heong San, Nº 58
Edif. Chong Fu r/c
Telefone: 703478
Fax: 705180
34
Grupo CGD
PORTUGAL
PORTUGAL
Banca Comercial
Gestão de Activos
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS
CGD PENSÕES
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 795 30 00
Fax: 21 790 50 51
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 54 57
Fax: 21 790 54 81
BANCO POSTAL, SA
CAIXA GESTÃO DE PATRIMÓNIOS, SA
Praça dos Restauradores, 58 - 4º
1269–600 Lisboa
Telefone: 21 323 14 00
Fax: 21 323 14 95
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 50 16
Fax: 21 790 50 66
Banca de Investimento, Corretagem e Capital
de Risco
CAIXAGEST
GERBANCA – SGPS
Avenida João XXI, 63
100–300 Lisboa
Telefone: 21 790 50 16
Fax: 21 790 50 66
CAIXA VALORES
Rua Barata Salgueiro, 33, 5º
1269–057 Lisboa
Telefone: 21 313 73 00
Fax: 21 352 63 27
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 54 54
Fax: 21 790 54 82
FUNDIMO
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 54 50
Fax: 21 790 54 74
Crédito Especializado
CAIXA EMPRESAS DE CRÉDITO, SGPS, SA
CAIXA BANCO DE INVESTIMENTO
Rua Barata Salgueiro, 33
1269–057 Lisboa
Telefone: 21 313 73 00
Fax: 21 352 63 27
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 50 16
Fax: 21 790 50 66
IMOLEASING
CAIXA CAPITAL
Av. 5 de Outubro, 175, 11º
1050–053 Lisboa
Telefone: 21 781 89 70
Fax: 21 793 96 96
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 54 52
Fax: 21 790 54 84
CAIXA CRÉDITO SFAC
Gestão de Activos
CAIXA – GESTÃO DE ACTIVOS, SGPS, SA
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 50 16
Fax: 21 790 50 66
Rua Padre António Vieira, 32-6º
1070–197 Lisboa
Telefone: 21 381 70 00
Fax: 21 385 08 52
LOCAPOR
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 54 51
Fax: 21 790 54 80
35
PORTUGAL
PORTUGAL
Crédito Especializado
Seguros
LUSOFACTOR
EAPS – EMPRESA DE ANÁLISE, PREVENÇÃO E
SEGURANÇA
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 54 56
Fax: 21 790 54 85
Rua Nova da Trindade, nº 15-A
1200–301 Lisboa
Telefone: 21 322 91 89
Fax: 21 340 15 80
Seguros
E- Business
COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE
Largo do Calhariz, 32
1249–001 Lisboa
Telefone: 21 323 80 00
Fax: 21 323 72 70
CAIXAWEB, SGPS
Av, João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 51 11
Fax: 21 790 53 46
COMPANHIA DE SEGUROS MUNDIAL
CONFIANÇA
IMOPORTAL.COM
Largo do Chiado, 8
1248–125 Lisboa
Telefone: 21 340 15 00
Fax: 21 340 16 43
Edifício Istécnica, Tagus Park
2780–920 Porto Salvo, Oeiras
Telefone: 21 422 96 80
Fax: 21 422 96 89
HPP – HOSPITAIS PRIVADOS DE PORTUGAL
Outras Empresas
Av. Visconde Valmor, 66, 6º
1050–047 Lisboa
Telefone: 21 780 19 49
Fax: 21 794 18 07
SMN – SERVIÇOS MÉDICOS NOCTURNOS
Campo Grande, nº 4, 9º Esq
1700 Lisboa
Telefone: 21 793 02 73
Fax: 21 793 80 07
PARBANCA SGPS, SA
Av. João XXI, 63
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 50 16
Fax: 21 790 50 66
VIA DIRECTA
Av. 5 de Outubro, 175, 2º
1050–053 Lisboa
Telefone: 21 799 19 20
Fax: 21 799 19 22
CULTURGEST
Edº Sede da Caixa Geral de Depósitos
Portaria da R. Arco do Cego
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 795 30 00
Fax: 21 790 50 51
IMOCAIXA
Av. 5 de Outubro, 175, 10º
1050–053 Lisboa
Telefone: 21 780 76 80
Fax: 21 791 82 61
CAIXANET
Av. João XXI, 63, 4º Piso
1000–300 Lisboa
Telefone: 21 790 56 76
Fax: 21 790 55 44
CNUFA
Av. 5 de Outubro, 175, 10º
1050–053 Lisboa
Telefone: 21 790 83 80
Fax: 21 791 82 61
36
ALEMANHA
FRANÇA
Escritório de Representação
Bancos Afiliados
Sede
BANQUE FRANCO PORTUGAISE Paris
Zimmerstrasse, 56
10117 Berlim
Telefone: (49 30) 204 54 492
Sede
50, Boulevard Haussmann
75009 Paris
ESPANHA
Sucursal de Paris
Sede
Bancos Afiliados
BANCO DE EXTREMADURA
Cáceres
Sede
Calle Pintores, 8
10003 Cáceres
Telefone: (34 927) 62 61 02
83, Av. Marceau
75116 Paris
Telefone: (33 1) 406 95 400
Agência Central
98, Av. D’Iéna
75116 Paris
Telefone: (33 1) 406 95 400
ILHAS CAYMAN
BANCO SIMÉON
Sucursal das Ilhas Cayman
Vigo
Sede
Policarpo Sanz, 5
36202 Vigo
Telefone: (34986) 81 07 13
BANCO LUSO ESPAÑOL
Sede
Grand Cayman Branch
Safehaven Corporate Centre
Windward One, 2nd floor
Grand Cayman
Cayman Islands, B.W.I.
Telefone: (001 345) 946 43 44
Madrid
Sede
Maria de Molina, 39
28006 Madrid
Telefone: (34 91) 309 90 00
ÍNDIA
Escritório de Representação
BNU ÍNDIA
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Sucursal de Nova Iorque
141, Maker Chamber VI – 13th floor
220 Jamnalal Bajaj Road
Nariman Point, Mumbai 400021
Telefone: (91 22) 281 94 57
Sede
280, Park Avenue, 28 th floor
East Building, 10017 – New York
Telefone: (1 212) 557 00 25
LUXEMBURGO
Sucursal do Luxemburgo
Sede
7, Rue Goethe
L–1637 Luxembourg
Telefone: (352) 299 676
37
MÉXICO
REPÚBLICA CABO VERDE
Escritório de Representação
Banca de Investimento, Corretagem e
Capital de Risco
BANCO SIMÉON
Moliere, 39–10A – Colónia
Polanco Chapultepec
Delegación Miguel Hidalgo
11560 México D.F.
Telefone: (52 5) 280 75 25
A PROMOTORA
Rua Serpa Pinto
Caixa Postal 138
Praia – Cabo Verde
Telefone: (00 238) 61 77 03
Fax: (00 238) 61 77 02
MÓNACO
Seguros
Bancos Afiliados
GARANTIA
BANQUE FRANCO PORTUGAISE
Sede
Monte Carlo
5, Av. Princesse Alice
Telefone: (377) 935 01 115
REINO UNIDO
Rua Serpa Pinto
Caixa Postal 138
Praia – Cabo Verde
Telefone: (00 238) 61 56 61
Fax: (00 238) 61 25 55
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
Bancos Afiliados
Sucursal do Reino Unido
Sede
BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTOS
Sede
Walbrook-House, 23 – 7th floor
Walbrook, London EC4N 8BT
Telefone: 44 207 280 02 00
Av. 25 de Setembro
Prédio John Orr’s, nº 1679
Maputo
Telefone: (258 1) 30 72 63
REPÚBLICA CABO VERDE
Agência Central
Bancos Afiliados
Av. 25 de Setembro
Prédio John Orr’s, nº 1679
Maputo
Telefone: (258 1) 30 72 63
BANCO INTERATLÂNTICO
Cidade da Praia
Sede
Avenida Cidade de Lisboa
Caixa Postal 131 A
Cidade da Praia – Santiago
Telefone: (238) 61 40 08
BANCO COMERCIAL DO ATLÂNTICO
Cidade da Praia
Sede
Av. Amílcar Cabral
Caixa Postal 474
Praia - Santiago
Telefone: (238) 61 55 22
Crédito Especializado
BCI LEASING
Av. 25 de Setembro
Prédio John Orr’s, nº 1679
Maputo
Telefone:(258 1) 30 77 77
Fax: (258 1) 31 30 07
38
REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
VENEZUELA
Bancos Afiliados
Escritório de Representação
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, SA
Sede
Av. Almeida Ribeiro, No.22,
Caixa Postal 465
Região Administrativa Especial de Macau
Telefone: (853) 355 111
Av. Libertador, Edf. Torre Maracaibo, 11D
La Campiña – 1050 Caracas
Telefone: 58 2 762 27 23
Sucursal da CGD na Zona Económica
Especial de Zhuhai
Zhuhai International Trade & Exibition Center
Room 1003
Jida, Zhuhai, Guangdong
Telefone: (86 756) 3 352 745
REPÚBLICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
Bancos Afiliados
BANCO INTERNACIONAL DE SÃO TOMÉ E
PRÍNCIPE
Sede
Praça da Independência, 3
CP 536 São Tomé
Telefone: (23 912) 21 436
SUIÇA
Escritório de Representação
Sede
Rue de Lausanne, 67/69
1202 Genéve
Telefone: (41 22) 908 03 60/1/2
TIMOR LESTE
Sucursal da CGD
BNU TIMOR
Ed. ACAIT – Dili
Telefone: 670 390 323809