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junho de 2013 Ano IV . nº 48 . junho de 2013 Órgão oficial de divulgação da Ordem dos Advogados do Brasil . Ponta Grossa . PR Redução da maioridade penal: você é a favor ou contra? Entrevista: Advogada Viviane Weingärtner é destaque em concurso internacional de crônicas OAB-PG debate sobre novo Código Florestal Câmara de Prerrogativas da OAB-PR realiza desagravo público em Ponta Grossa Evento na sed e da Subseção local reúne autorida des para discutir o polêmico tema 1 2 junho de 2013 Editorial “ Valor iza ção, defesa e participação dos advogados “. Essa é a grande tônica da nova gestão que preside a Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG) desde o início deste ano. Diversas ações desenvolvidas a partir da posse da nossa diretoria demonstram que estamos colocando em prática essa proposta. São realizadas frequentemente reuniões pelas comissões internas para debater quesitos específicos de interesse da comunidade e classe jurídica. Além disso, promovemos importantes debates. A redução da maioridade penal e o novo Código Florestal brasileiro foram dois deles e podem ser conferidos na edição de junho da Advocatus. Por falar na Advocatus, depois de alguns meses de reestruturação, voltamos com a publicação oficial da Subseção local. Nossa ideia é deixar a revista ainda mais atrativa com temas relevantes para os advogados e público em geral. Outra preocupação da gestão atual foi colocar no ar novo site da entidade. A partir deste mês, os advogados poderão acessar informações atuais da entidade, notícias, agenda de cursos, informativos, conferir a revista online e verificar a prestação de contas da OAB-PG no Portal da Transparência, o grande diferencial da nova página da entidade. A sede da OAB local também recebe nossa atenção. As dependências sofrerão revitalização, inclusive com projetos de reforma, tudo para deixar a casa do advogado mais bonita e de grande utilidade à classe. Uma boa leitura! Edmilson Schiebelbein Presidente da OAB Ponta Grossa Expediente Coordenação Ordem dos Advogados do Brasil Diretoria OAB Subseção Ponta Grossa Presidente: Edmilson Rodrigues Schiebelbein OAB/PR 9440 Realização Barbiero Comunicações Vice-presidente: Carlos Gustavo Horst OAB/PR 33220 Jornalista responsável: Karina Kozinski – MTb 5905/PR Secretário Geral: Luis Fernando Lopes de Oliveira OAB/PR 23273 Diagramação: Flávio H. Chrun Secretária Geral Adjunta: Regina Fatima Wolochn OAB/PR 15158 Ilustração capa: Flávio H. Chrun Tesoureira: Dirceia Moreira OAB/PR 15344 Departamento Comercial Claudia Pacheco: 3028-0016 claudiapacheco@ tvvilavelha.com.br Conselho Editorial: Viviane Weingärtner Impressão: Midiograf Tiragem: 5200 exemplares Sumário Entrevista Advogada ponta-grossense Viviane Weingärtner é destaque em concurso internacional de crônicas junho de 2013 Palavra do Presidente 4 Redução da Maioridade Penal é tema de debate na Subseção local 6 OAB-PG debate novo Código Florestal 8 Câmara de Prerrogativas cumpre desagravo público na OAB-PG 9 OAB-PG dá boas vindas aos novos advogados 10 Artigo 12 Advogado participa de congresso internacional 13 Transparência 14 OAB Acontece 16 Saúde 18 Moda 20 Cursos 22 Contos e Causos Jurídicos 23 Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de Ponta Grossa www.oabpg.org.br Envio de releases, informações, sugestões de pauta e comentários para [email protected] [email protected] Rua Leopoldo Guimarães da Cunha, 510 CEP: 84035-310 (42) 3028-2313 | 3028-2315 3 junho de 2013 Entrevista De advogada a escritora A ponta-grossense Viviane Weingärtner conquista colocação em concurso internacional de crônicas advogada ponta-grossense Viviane Weingärtner é destaque em concurso de conto jurídico. Ela acaba de conquistar o 3º lugar no XXXVIII Concurso Internacional - Edições AG. Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG (1997), a profissional divide sua carreira jurídica com a literária. Ela tem especialização em Erro Médico/Odontológico – pela defesa do médico e do dentista e é mestranda em Direito Econômico pela UAA. Tem experiência nas áreas cível, família, responsabilidade civil, juizado, sistema financeiro de habitação, reais (posse e propriedade), área de educação com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino, atuando principalmente nos seguintes temas: prática jurídica, teoria geral do processo, direito de família, bioética. Confira nesta edição entrevista especial com a advogada que virou escritora: Foto: Divulgação A Viviane – Sempre escrevi contos e crônicas, mas somente depois de já estar trabalhando na área é que pude ver e vivenciar histórias pitorescas, e que mereciam ser contadas, mesmo que eu tivesse que reinventá-las. Advocatus – E a inspiração para escrevê-las? Viviane – Minha inspiração vem de vivências e da imaginação de como deveria ser. A advogada ponta-grossense Viviane Weingärtner Advocatus – Algumas são baseadas em fatos reais? Viviane – Fatos reais podem me inspirar, mas a criação vai além. Advocatus – A doutora já lançou inclusive um livro com seus contos jurídicos. Tem planos de lançar mais “Minha inspiração vem de obras? vivências e da imaginação Viviane – O lançamento do livro 10 Fábulas Jurídicas foi uma realização de como deveria ser”. profissional, porque escrevi o direito Advocatus – Como foi ganhar em descomplicando-o. Depois dele meus 3º lugar no XXXVIII Concurso Internacional - Edições AG? lançamentos foram infantis, bem direcionados aos peViviane – Foi especial por ser a primeira vez que par- queninos. Quem sabe agora com o blog – euvivica.blogsticipei com uma das minhas “fábulas jurídicas”. pot.com.br - venham mais textos jurídicos não técnicos. Advocatus – Qual foi o tema da sua crônica premiada? Viviane – O tema do concurso era “Os 7 pecados capitais”, e eu tinha guardada uma crônica com o título Ganância Litigiosa, e foi esse texto que enviei para o concurso. Advocatus – Esta não é a primeira premiação que ganha com crônicas jurídicas, não é mesmo? Viviane – Foi a primeira vez que participei de um concurso com um dos meus textos jurídicos. Os primeiros prêmios que ganhei foram sobre Vila Velha, e os demais são de literatura infantil. Advocatus – De onde veio o seu interesse por contos jurídicos? Bibliografia de Viviane Weingärtner 1985 - Palavra Viva, ano 9, n 9, Editora Positivo. 1999 - Ética Profissional; Jornal da OAB-PR, mês. 2005 - Responsabilidade Civil do Paciente; Revista de Direito Médico e da Saúde, ano I, n 4, outubro de 2005, editora Livro Rápido. 2008 – Outras Águas, editora AG. 2008 - Antologia: Talendo Brasileiro em Verso e Prosa, editora Scortecci. 2008 – 10 Fábulas Jurídicas, editora Scortecci. 4 Advocatus – Tem algum conto predileto? Qual? Viviane – Meu conto predileto é o “Não carece seu dotô”, por ser leve e mostrar um judiciário humano. Advocatus – A advogada concilia a literatura com a atividade advocatícia. Quando se dedica a escrever? Viviane – Não me dedico, quando a inspiração vem paro tudo para fazer minhas anotações. Escrever, só depois que a ideia estiver madura. Advocatus – Tem algum autor de contos jurídicos que admira? Viviane – Olha, todos os juristas podem narrar um fato jurídico que ele se tornará um conto. Tanto é que Nelson Reco fez uma antologia de contos jurídicos, que foi lançado recentemente. 2008 – Pecados de Natal, editora Scortecci. 2008 – Antologia de Concursos Municipais, publicação pela prefeitura municipal de Ponta Grossa. 2011 – Tiquetoso o esquilinho perguntão, publicação pela prefeitura municipal de Ponta Grossa. 2012 – Glub o peixinho turista, publicação pela prefeitura municipal de Ponta Grossa. 2012 – Nossa História, Nossos Autores, Antologia de Poesias, Contos e Crônicas da Editora Scotecci em comemoração aos 30 anos da editora. OAB Local junho de 2013 5 junho de 2013 OAB Local Redução da Maioridade Penal em debate Fomentar as discussões a respeito de mudanças na lei foi o objetivo do evento promovido na sede da Subseção de Ponta Grossa A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG), em parceria com o setor de Ciência Jurídicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), promoveu no dia 27 de maio debate sobre a redução da maioridade penal. O encontro realizado na sede da OAB local contou com a presença de magistrados, representantes do Ministério Público, das Polícias Civil e Militar, advogados, instituições de ensino superior, religiosos, entidades da sociedade civil e organizada e políticos, incluindo Redução X Índices de Criminalidade” Eu sou contra... Não é a redução que vai alterar os índices de criminalidade. Não é essa medida pura e simplesmente que vai dar a segurança que a sociedade quer. Os adolescentes infratores já têm acompanhamento e punição. O que poderia ser feito é uma alteração no ECA, em relação ao tempo de internação, que hoje é de três anos, levando em conta casos de estupro, assassinato ou violência real à pessoa. Noeli Reback, juíza da Vara da Infância e do Adolescente 6 o deputado federal Sandro Alex. Segundo o secretário geral da OAB-PG, Luís Fernando Lopes de Oliveira, um dos organizadores do evento, o objetivo foi discutir proposta de emenda à Constituição 37/2011, que está tramitando no Congresso Nacional para a redução da maioridade penal. “A OAB trouxe o tema para discussão local. Foi importante a participação da comunidade e do deputado Sandro Alex, nosso porta-voz no Congresso Nacional”, enfatiza. Confira abaixo as opiniões dos debatedores do encontro: Imputabilidade A questão da redução está ligada a imputabilidade. O adolescente de hoje é diferente do adolescente de 30, 40 anos atrás. Ele é muito mais evoluído que nós mesmos. Será que o adolescente não sabe o que está fazendo? É preciso de políticas públicas para conter esses casos e dar condições de educação para estes adolescentes. João Manoel Alonso Garcia, delegado em Ponta Grossa Retrocesso Há um retrocesso quando se fala na redução da maioridade penal. A prisão é arcaica e falida. Inserir o adolescente infrator no sistema prisional não é o ideal pela falta de estrutura estatal. Uma medida punitiva? Penso que teria que ter caráter retributivo. A ressocialização é uma obrigatoriedade do Estado. O Direito Penal deve ser o solucionador do problema. A Constituição Federal veda, impossibilita a redução da maioridade penal. Uma saída talvez seja alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente. João Maria de Goes Junior, advogado OAB Local Não diminui a violência “Tenho tamanha responsabilidade por ser legislador. Nenhuma lei é imexível. Toda lei é passível de alteração. Por isso esse debate é importante. 93% da população diz que deve reduzir a maioridade penal. A Associação dos Magistrados do Brasil, por exemplo, é favorável à redução. Há diversos processos em andamento no Congresso Nacional. Pelo debate não tenho dúvida que poderemos levar essa proposta de alteração do Estatuto, para que algo seja melhorado, para que algo possa ser feito”. Sandro Alex, deputado federal Prender não é a solução O clamor público hoje é pela responsabilização do adolescente infrator. A segurança pública é uma tragédia anunciada... Não temos como colocar mais pessoas no sistema penitenciário. Mais pessoas significa dificuldade de ressocialização. Dá vontade de prender os pais... Não é só aquele que está na favela que é adolescente infrator. A questão da criminalidade é extremamente abrangente. Incluir nos sistema penitenciário o adolescente infrator de 14, 16 anos não é a solução! Flávio Zanin, delegado da Delegacia do Adolescente Como promotora de Justiça da Infância e Juventude de Ponta Grossa, na área do adolescente em conflito com a lei, posiciono-me contrária à redução da maioridade penal no Brasil, entendimento este que também é o posicionamento oficial do Ministério Público do Estado do Paraná, resumidamente, elencando os principais motivos: 1º - a idade penal é cláusula pétrea, só discutida numa nova Constituição; 2º - a redução da maioridade penal não é tendência internacional; 3º - o sistema socioeducativo criado pela legislação brasileira é bom; 4º - o sistema penal brasileiro não resolveria a questão; e 5º - a redução da maioridade penal não diminui a violência. Ela está ligada a desigualdade social, exclusão social, impunidade, falha na educação familiar e/ou escolar e valores errados da nossa sociedade (individualismo, consumismo, cultura do prazer). A grande conclusão é que se discutem os efeitos da violência, e não suas causas. Discute-se como reprimir e não como prevenir. junho de 2013 “Nenhuma lei é imexível” Vanessa Harmuch Perez Erlich, promotora de Justiça da Infância e Juventude de Ponta Grossa 7 junho de 2013 OAB Local OAB-PG debate novo Código Florestal Legislação foi sancionada pela presidente em 25 de maio de 2012 e até hoje existem muitas controvérsias Evento superou as expectativas, em termos de público e de qualidade do debate, segundo a presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB-PG C om a implementação e efetiva participação dos advogados nas Comissões da Subseção de Ponta Grossa, a OAB-PG pretende promover diversos eventos abordando temas atuais e polêmicos, proporcionando amplo debate entre os profissionais do Direito e a sociedade. Uma das discussões aconteceu no dia 10 de maio e o tema elencado foi “O novo Código Florestal e os desafios à sua implementação”. A presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB-PG, Giovanna Paola Primor Ribas, foi mediadora no debate, que teve como palestrantes o procurador do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), José Robson da Silva, e o consultor Rodrigo Carvalho de Abreu Lima. “Um dos aspectos que enriqueceu o evento foi que os palestrantes fizeram abordagens diferenciadas, enfocando questões práticas e teóricas e opinando sobre as principais divergências entre ruralista e ambientalistas”, destaca a advogada. O novo Código Florestal foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidente Dilma Rouseff em 25 de maio de 2012 e até hoje há muita controvérsia sobre o tema. “A presidência apresentou 12 vetos e 32 modificações ao texto da Lei 12.615/2012. Em 17 de outubro de 2012, menos de cinco meses após a sua edição, o novo Código sofreu sua primeira alteração com a Lei 12.727. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ajuizou três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 4901, 4902 e 4903) com pedidos de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) nas quais questiona dispositivos do novo Código Florestal brasileiro. Esses fatos demonstram que o debate sobre o tema ainda é de extrema importância”, enfatiza Giovanna. Comissão de Meio Ambiente da OAB-PG PRESIDENTE: Giovanna Paola Primor Ribas VICE-PRESIDENTE: José Luiz Tadeu Müller de Paula SECRETÁRIO: Michel João Haddad Neto 8 Para a presidente da Comissão, todos, indiscriminadamente, são interessados quando se trata de meio ambiente, ou pelo menos deveriam ser. “O que muda do código anterior para o novo é que este trouxe uma maior flexibilização à legislação florestal”, pontua. Segundo Giovanna, o evento superou as expectativas, em termos de público e de qualidade do debate. Além da participação efetiva dos advogados e acadêmicos de Direito, houve também a participação do Poder Público e da sociedade. Mudanças Significativas A Lei Federal nº 12.651/12, considerando-se a Medida Provisória nº 571/12 e consequentemente a Lei Federal nº 12.727/12, alterou as normas vigentes acerca das áreas de preservação permanente, das reservas legais e da responsabilização pela recuperação das áreas cuja vegetação foi ilegalmente suprimida. Giovanna cita algumas mudanças significativas, como a exclusão de categorias de áreas de preservação permanente, a criação do conceito de áreas consolidadas, a suspensão de multas ambientais aplicadas e o impedimento de autuações para supressões ilegais de vegetação ocorridas até 22 de julho de 2008, a permissão da inclusão das áreas de preservação permanente no computo do percentual a ser protegido a título de reserva legal, bem como sua recomposição com espécies exóticas ou sua compensação em outra bacia hidrográfica ou Estado, desde que no mesmo bioma, a medição das áreas de preservação permanente às margens dos cursos d’água passou a ser considerada a partir da borda da calha do leito regular e não do seu nível mais alto, a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), desobrigando a averbação da reserva legal no Registro de Imóveis, entre outras. OAB Local junho de 2013 Câmara de Prerrogativas cumpre desagravo público na OAB-PG O pedido foi solicitado pelo advogado Emerson Ernani Woyceichoski, julgado e concedido pela entidade de classe Fotos: Divulgação Sessão de desagravo aconteceu no auditório da Subseção de Ponta Grossa A Câmara de Prerrogativas da OAB Paraná cumpriu, no dia 9 de maio, na Subseção de Ponta Grossa, um desagravo público em favor do advogado Emerson Ernani Woyceichoski. O desagravo foi cumprido em defesa da prerrogativa de inviolabilidade do escritório, conforme prevê o inciso 2, art. 7º, capítulo II – Dos direitos dos Advogados, do Estatuto da Advocacia e da OAB. Conforme o texto “São direitos do advogado: … a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia”. O desagravo foi concedido em decorrência de violação pelo delegado de Polícia do Centro de Operações Policiai Especiais s (COPE), Cassiano Aufiero, pelo promotor de Justiça, Cláudio Franco Félix, e pelo juiz de Direito da extinta Vara de Inquérito Policiais da Comarca de Curitiba, Pedro Luís Sanson Corat, que culminou com a decisão genérica, de enorme repercussão e extrema gravidade, de busca e apreensão imotivada (e não cumprida) no escritório jurídico Woyceichoski & Dal Pizzol, no bojo dos autos de inquérito policial nº. 13059/2013, instaurado para apurar supostas irregularidades envolvendo o Centro Superior de Ensino dos Campos Gerais (Cescage) em manifesta violação aos direitos e prerrogativas do advogado. O pedido foi solicitado pelo advogado, julgado e concedido pela OAB. “Agradeço a solidariedade institucional que me foi dispensada, recebendo-a em nome de todos os meus colegas advogados, principalmente em nome dos que, - e, sabemos, não são poucos - na sua atuação destemida, independente, honesta, verdadeira, leal e digna, sofrem achaques de toda sorte, carentes, na oportunidade da ofensa, de um amparo oficial, confortados, entretanto, pelo sentimento de dignidade profissional que um dia, quando da investidura na advocacia, juramos sustentar”, pontuou Woyceichoski em seu discurso. A sessão de desagravo contou com a presença do vice-presidente da OAB Paraná e presidente da Câmara de Prerrogativas, Cássio Telles; do conselheiro estadual Rogel Martins Barbosa; do presidente da OAB Ponta Grossa, Edmilson Schiebelbein; do vice-presidente da subseção, Carlos Gustavo Horst; do ex-presidente nacional da OAB, Roberto Busato e do secretário-geral adjunto da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-PR) Luis Alberto Kubaski, entre outros. O advogado Emerson Ernani Woyceichoski 9 junho de 2013 OAB Acontece Boas vindas aos novos advogados Quarenta e cinco bacharéis em Direito da região dos Campos Gerais receberam no dia 16 de abril o certificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A cerimônia de posse dos novos advogados aconteceu no auditório da Subseção de Ponta Grossa e contou com a presença de familiares, amigos e de profissionais da área de renome na cidade. Neste ano, a OAB já congregou mais de 80 novos advogados, já que no dia da posse da nova diretoria 36 bacharéis foram contemplados com a carteirinha da Ordem. Confira alguns registros da solenidade em abril: Fotos: Divulgação Momento do juramento dos novos advogados O diretor da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná (CAA-PR), Luís Alberto Kubaski, a conselheira estadual da OAB, Mariantonieta Ferraz Portela, o vicepresidente da OAB Paraná, Cassio Telles, o presidente da OAB Ponta Grossa, Edmilson Rodrigues Schiebelbein e Carlos Gustavo Horst, vice-presidente da Subseção local Carlos Gustavo Horst, dando as boas vindas aos novos advogados 10 A presidente do Conselho de Ética da OAB Ponta Grossa, Grazielle Hyczy Lisbôa A delegada da CAA-PR em Ponta Grossa, Ana Paula Godoy, e a nova advogada Marta Auer junho de 2013 11 junho de 2013 Artigo Entre o popular e o científico: processos jurídicos sobre curandeirismo em Ponta Grossa durante a década de 1950 Os passos (procedimentos) que ocorrem ao longo de Ângela de Quadros Mongruel 1 um processo jurídico, ao público de modo geral, pode paJonathan de Oliveira Molar 2 recer como algo complexo e distante da vida cotidiana. Rafaella Martins de Oliveira 3 De fato, o Direito, por ser uma área especifica do conhecimento, exige também conhecimentos específicos, todavia, não podemos esquecer que, seja para a criação de Ponta Grossa era modesto e as consultas apresentavam uma norma, seja para aplicar uma pena, os valores éti- valores altos, fazendo com que a população mais humilcos, sociais e as questões que estão sendo discutidas no de recorresse aos curandeiros. Além do fator financeiro, meio social influenciam a esfera jurídica. não podemos nos ausentar de mostrar a relevância soEm outras palavras, o Direito está umbilicalmente re- cial do curandeiro, pois, encontramos até mesmo esposas lacionado ao social. Nesse sentido, analisar um processo de médicos que buscavam tais recursos. Desse modo, o judicial significa a possibilidade de extrapolar o âmbito ju- curandeiro tornava-se uma figura central frente ao cenárídico para enxergar um determinado contexto histórico, rio social. seus valores e crenças. Além disso, o DireiO curandeirismo anteriormente ao Cóto não caminha solitariamente pela sociedigo Penal de 1947 (que está vigente até dade, pois, dialoga com a Medicina quando hoje) já era tipificado como um delito passítrata sobre a vida, com a História quando vel de punição. Conforme se pode observar reflete as mudanças ocorridas no contede um breve apanhado realizado sobre os údo normativo, com a Sociologia quando estudos acerca do curandeirismo em Ponvaloriza a Função Social da Terra e assim ta Grossa na década de 1950, indaga-se por diante. por que o curandeirismo era e é concebido Se o sistema jurídico é mutável, evidencomo um crime? Obviamente visualizamos temente que suas normas também o são, os inúmeros casos de pessoas que se utilitanto na forma de criá-la quanto de aplicázam da aflição e da necessidade em busca -la. No universo do Direito Penal, os crimes da cura para ludibriar as pessoas, práticas contra a vida são centrais dentro do nútão corriqueiras e presenciadas atualmencleo de proteção jurídica, dentre tais delite, porém, e as situações em que a religião tos, temos o curandeirismo. Isto é, curane o senso comum prevaleciam. Como disdeiro, didaticamente falando, é aquele que tinguir uma situação da outra? ministra, prescreve, aplica, usa gestos ou A vontade ou a finalidade, isto é, o carárealiza diagnósticos com habitualidade ter subjetivo dos atores sociais, de fato, é de com a finalidade de curar uma doença. Pocomplexa comprovação por parte do Direito, pularmente o curandeiro está associado mesmo assim, e partindo do pressuposto de ao fato de enganar o cidadão que busca a Rafaella Martins de Oliveira que o campo jurídico modela a sociedade e é cura ou então ao conhecimento do senso modelado por esta, não deixa de ser interescomum, o qual se distancia em alguns pontos do conheci- sante refletirmos se o curandeirismo além da evidente preomento cientifico do campo médico. Atualmente o número cupação (e necessária preocupação) com a saúde também de pessoas que cometem o crime de curandeirismo é re- não seria uma forma de proteger o conhecimento médicolativamente baixo, até mesmo porque o acesso ao trata- -científico e suas práticas? O próprio campo médico abstraiu mento médico-científico foi sendo ampliando ao longo das noções do chamado “senso comum”, tal como a fitoterapia décadas e aos medicamentos também, todavia, a cidade ou a homeopatia, legitimando um conhecimento que durante de Ponta Grossa durante a primeira metade do século XX boa parte do século XX pertencia aos curandeiros. convivia cotidianamente com essa forma de tratamento. Não estamos aqui elegendo o campo médico como viOs processos-crime existentes acerca da temática lão, pelo contrário, assim como o Direito, ele também está nos mostram que o curandeiro nem sempre, aliás, na inserido no cenário social. Pois bem, os fenômenos sociais, minoria das vezes, estava relacionado ao ato de iludir seus grupos e pessoas buscam por espaço, legitimidade, aqueles que o procuravam. Dentro desses processos en- entre outras ambições, nesse sentido, tanto o conhecimencontramos cartas de pacientes, os quais solicitavam ao to científico quanto o popular aspiravam por essas possicurandeiro rezas e simpatias para curar a bebedeira do bilidades. Para compreender melhor essa breve discussão, esposo, para melhorar as condições financeiras da família torna-se fundamental ao leitor buscar o artigo completo, e, é claro, curar doenças. Especificamente sobre a relação porém, a reflexão de, por que criamos normas jurídicas e doença/cura devemos salientar que o sistema médico de suas motivações, já podem começar a ser tecidas. 1 - Mestre em Direito Penal pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora de Direito Penal no curso de Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa. 2 - Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. 3 - Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. 4 - Artigo completo pode ser encontrado no site www.oabpg.org.br/artigos 12 Eventos junho de 2013 Advogado profere palestra em congresso internacional Conflitos transnacionais e arbitragem foi o tema apresentado pelo professor ponta-grossense na programação do evento realizado na Costa Rica O tema “Conflitos Transnacionais e Arbitragem: a necessidade de uma cultura para a resolução de conflitos” marcou a presença do advogado e professor doutor Kleber Cazzaro, do Departamento de Direito Processual da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em 24 de maio, como palestrante na programação da sexta edição do Congresso Internacional de Direito Processual da América Central. O Cazzaro enfatizou em sua abordagem que para a sociedade não pode existir apenas o Poder Judiciário para resolver conflitos - e apontou outros caminhos. Para exemplificar, citou a arbitragem como método alternativo para resolução de controvérsias. “Quando os conflitos ultrapassam as fronteiras de cada país, evidencia-se a importância e a valorização desse tipo de mecanismo”, evidenciou. A programação do VI Congresso ocorreu na cidade de San Vito, Coto Brus, na província de Punta Arenas, na Costa Rica. O evento internacional de Direito Pro- O professor Kleber Cazzaro durante palestra no Congresso Internacional de Direito Processual da América Central cessual daquele país reuniu expositores da América Central, Europa e América do Sul. Cazzaro representou a UEPG ao longo da programação do Congresso que se desenvolveu nos dias 23, 24 e 25 de maio. SUSPENSÃO DA TAXA DE SINISTRO Um acordo entre a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa e representantes de entidades da sociedade civil resultou na suspensão da Taxa de Sinistro, incorporada ao carnê do Imposto sobre Propriedade Predial Territorial Urbana (IPTU). A atuação da OAB-PG, que sustentou a inconstitucionalidade de cobrança, foi determinante nas negociações. De acordo com o presidente da OAB-PG, Luis Alberto Kubaski, a decisão do Executivo em suspender a taxa foi prudente, pois evita que numerosas ações sejam protocoladas e iniciadas em relação a esse assunto, gerando acumulo processual. O cancelamento foi anunciado em 4 de fevereiro de 2011, depois que a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) obteve liminar da justiça contra a cobrança da Taxa de Sinistro constante no boleto do IPTU das indústrias sediadas no município. 13 junho de 2013 Transparência PRESTAÇÃO DE CONTAS Subseção de: PONTA GROSSA Mês: MAIO Ref: BANCO DO BRASIL C/C 15.194-7 CÓDIGO Ano: DESPESAS SUBSIDIADAS DESCRIÇÃO CRÉDITOS AJUDA DE CUSTO SECCIONAL FORUM - PREST. SERV. ADV OUTRAS COMARCAS JUSTIÇA TRAB - PREST. SERV. ADV. OUTRAS COMARCAS UNIMED RESTITUIÇÃO CORREIO DO CARTÓRIO. INSCRIÇÕES EVENTO "DEBATE NOVO COD FLORESTAL". IDEAL COPIADORA DÉBITOS PROVEDOR INTERNET JT CH: TARIFA DE EXTRATO POSTADO CH: TECPONTO - CARTÃO PONTO FUNC. CH: 853019 FLORICULTURA KOLBA - FALEC. ADV CH: 853021 NILTON - ELETRECISTA SEDE E SALAS OAB CH: 853022 TORRES - MATERIAL DE ESCRITÓRIO ABRIL CH: 853023 CORREIOS - SEDE E SALAS OAB CH: 853024 UOL - PROVEDOR INTERNET SEDE OAB CH: 853025 COPEL - RELOGIO 01 SEDE CH: 853026 COPEL - RELOGIO 02 SEDE CH: 853027 SANEPAR - SALAS E SEDE OAB REF ABRIL CH: 853028 GVT - SEDE OAB CH: 853029 OI - SALA OAB JUSTIÇA DO TRABALHO CH: 853030 GVT - SALA OAB JUIZADO ESPECIAL CH: 853031 UQ MARCA - MANUTENÇÃO SITE OAB PG CH: 853032 PEGUSPAM - MATERIAL DE HIGIENE E OUTROS CH: 853033 FINTEL - CONSERTO IMPRESSORA CH: 853034 CYCLONE - ÁGUA MINELRAL SEDE E SALAS CH: 853035 CONFIANÇA LOGISTICA - DESLOC. TRIBUNA CH: 853036 PERFECT CAR - INSULFILM MINI AUDITÓRIO CH: 853037 DARF BRASIL TELECON CH: 853039 MMTR - HOSPEDAGEM SITE OABPG CH: 853040 GUIMA - MATERIAIS ELÉTRICOS - ILUMINAÇÃO CH: 853041 TORRES - MATERIAL DE ESCRITÓRIO MAIO 2013 CH: 853042 VALDIRKÊ - TELA, ALUG. MICROF. E TÉCNICO CH: 853043 SANEPAR - REF MAIO, SALAS E SEDE CH: 853044 INOQUE JARDI - JARDINAGEM COMPLETA SEDE CH: 853045 MUFFATO-CAFETEIRA E MICROONDAS CH: 853046 LEUCOTRON - LOCAÇÃO CENTRAL TELEF. CH: 853047 MFM - INFORMATICA - TÉCNICO DE INFO. CH: 853048 JARDI GALVÃO - PLANTAS JARDIM OAB CH: 853050 (*) O CAMPO CÓDIGO NÃO DEVERÁ SER PREENCHIDO TOTAL 2013 DÉBITO CRÉDITO 10.000,00 5.172,82 604,00 700,00 655,45 1.590,00 1.045,49 ( 4,50) ( 10,00) ( 36,00) ( 150,00) ( 260,00) ( 524,00) ( 1.002,35) ( 28,81) ( 496,74) ( 427,99) ( 312,62) ( 744,92) ( 182,98) ( 195,89) ( 1.053,00) ( 327,60) ( 113,00) ( 180,00) ( 30,00) ( 400,00) ( 22,04) ( 59,90) ( 29,45) ( 333,00) ( 235,00) ( 227,33) ( 800,00) ( 408,29) ( 206,27) ( 192,50) ( 990,00) ( 9.984,18) 19.767,76 Dirceia Moreira ____________________________________ TESOUREIRO DA SUBSEÇÃO Edmilson Rodrigues Schiebelbein ____________________________________ PRESIDENTE DA SUBSEÇÃO ____________________________________ CONFERIDO POR: 14 SALDO ANTERIOR(+) CRÉDITOS(+) DÉBITOS(-) SALDO ATUAL(=) - R$ R$ R$ R$ 22.319,86 19.767,76 ( 9.984,18) 32.103,44 Especial junho de 2013 15 junho de 2013 OAB Acontece PRESTAÇÃO DE CONTAS / CONSELHO REIVINDICAÇÕES DA OAB-PG O Conselho de Ética e Disciplina da Subseção recebeu 285 processos disciplinares que estavam em trâmite antes da posse da nova diretoria, ocorrida no dia 7 de fevereiro. Os processos foram distribuídos aos novos conselheiros para darem prosseguimento. Na primeira sessão, realizada no dia 20 de março, 26 processos foram relatados. A segunda sessão ocorreu em 17 de abril, onde foram apreciados 20 processos. Na reunião do dia 17 de maio foram relatados mais 15 processos. Na última sessão realizada no dia 14 de junho foram relatados 17 processos. Abaixo os números de abril, maio e junho: Abril Maio JunhoAndamento 16 7 3 Audiências marcadas 173 113 37 Em carga com conselheiros 151610Arquivados 15 10 5 Audiências realizadas 6 1 11 Novas representações Uma reunião na sede da OAB Ponta Grossa com o delegado da 13ª Subdivisão Policial, Danilo Cesto, discutiu as condições de atendimentos aos presos na delegacia municipal. A OAB pede a reativação da sala dos advogados no local para o atendimento privado entre o profissional de Direito e o preso, entre outras solicitações. NOVO ANO LETIVO UEPG O presidente da OAB Ponta Grossa, Edmilson Schiebelbein, e o vice-presidente da entidade, Carlos Gustavo Horst, participaram da abertura oficial do ano letivo do curso de Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O evento aconteceu no dia 19 de fevereiro. Na oportunidade, eles explanaram para duas turmas sobre a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a carreira advocatícia. PJE - JT EM PAUTA CAOS NO HILDEBRANDO As reclamações dos advogados quanto ao funcionamento do Processo Judicial Eletrônico (PJe) na Justiça do Trabalho foram levados ao conhecimento do órgão pela Comissão de Direito do Trabalho da OAB Ponta Grossa em março deste ano. Após essa reunião, o Tribunal Regional do Trabalho designou o juiz auxiliar do TRT – 9ª Região, Marlos Augusto Melek, para fazer um encontro com advogados e o presidente da Comissão de Direito e Tecnologia da da OAB Paraná, Marcio Nicolau Dumas, para tratar dessa questão. Cerca de 50 profissionais da área participaram do evento. Dois técnicos foram designados pelo Tribunal por aproximadamente 10 dias na sala da OAB, na sede da Justiça do Trabalho, para auxiliar os advogados. 16 O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Antônio Acir Hrycyna, procurou no início deste ano a OAB Ponta Grosso para solicitar novo mutirão carcerário, devido à rebelião que ocorreu em abril no minipresídio Hildebrando de Souza. Os presos pediram na ocasião a transferência de 40 detentos para unidades de Curitiba e para as comarcas de origem, mais qualidade na alimentação e maior flexibilidade no horário de visita. A cadeia tem cerca de 500 detentos, enquanto que a capacidade é para 170. A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da OAB-PG atendeu a solicitação e revisou processos em trâmite na VEP. OAB Acontece Uma portaria efetivada pela juíza da 3ª Vara Cível de Ponta Grossa, Franciele Narciza Martins de Paula Santos Lima, foi avaliada pela OAB Ponta Grossa como ilegal e abusiva ao exercício da advocacia, afetando o acesso à Justiça. Um pedido de revogação parcial da medida foi protocolado recentemente pela diretoria da OAB-PG no Fórum de Ponta Grossa, cuja análise ainda está em trâmite. junho de 2013 PORTARIA Nº 4 DA 3ª VARA CÍVEL José Valdeci da Rosa, ouvidor da OAB-PG, o vice-presidente Carlos Gustavo Horst, o presidente da entidade Edmilson Schiebelbein, e Luiz Setembrino Von Holleben, presidente da Comissão de Defesa e Prerrogativas dos Advogados COLÓQUIO INTERNACIONAL A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) por meio do Departamento de Direito Processual, do Setor de Ciências Jurídicas, realizou no dia 22 de abril, no auditório do campus central o 1º Colóquio Internacional sobre Direito, Globalização e Transnacionalidade. Coordenado pelo advogado e professor de Direito Processual Civil do Curso de Direito, Kleber Cazzaro, o evento, inédito inclusive na temática escolhida, reuniu autoridades ligadas ao meio jurídico vindas de diversas cidades Palestrantes do 1º Colóquio Internacional sobre Direito, dos Campos Gerais, além da comunidade aca- Globalização e Transnacionalidade em visita na OAB Ponta dêmica dos cursos jurídicos das demais ins- Grossa tituições de ensino superior e interessados. Com mediação do professor da UEPG, João Irineu de Resende Miranda, o evento contou com os palestrantes: Guido César Aguilla Grados, advogado e professor, doutor em Direito, da Universidad Nacional Federico Villareal, Perú, que enfocou o tema “O neoconstitucionalismo e constitucionalização do Direito na América Latina”; Márcio Ricardo Staffen, advogado e professor, mestre em Direito, da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI) e integrante do Conselho Nacional de Justiça (coordenação do Projeto CNJ Acadêmico), e à Universidade do Vale do Itajaí-SC (UNIVALI), que tratou do tema “Os desafios dos juizados especiais frente à globalização jurídica”; e Kleber Cazzaro, advogado e professor, mestre em Direito, do Departamento de Direito Processual, da UEPG e também presidente da Comissão de Mediação e Arbitragem da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Ponta Grossa (Pr), que abordou “Uma nova mirada no Direito Processual frente à globalização e os conflitos transnacionais”. 17 junho de 2013 Saúde Sal em excesso faz mal à saúde O sódio é responsável por males perigosos como hipertensão e doenças cardiovasculares E le é um nutriente obrigatório na dieta de qualquer pessoa, mas é preciso cautela. O consumo de sal em excesso faz mal à saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que seu consumo ideal é de apenas seis gramas por dia para um indivíduo adulto. A nutricionista do Hospital Geral Unimed (HGU), Ana Paula da Silva, analisa no Recordatório Alimentar 24 horas que os pacientes exageram no consumo de sal 18 Entretanto, o brasileiro consome, em média, de 12 a 24 gramas diárias, e a maioria não se dá conta dos males que traz para o organismo. Através do Recordatório Alimentar 24 horas, instrumento na avaliação do consumo alimentar de vários nutrientes, entre eles o sódio, a nutricionista do Hospital Geral Unimed (HGU), Ana Paula da Silva, constatou que todos os pacientes ultrapassam o nível do composto iônico na sua alimentação diária. Isso porque a maioria dos alimentos, tanto doces quanto salgados, possuem sal. “Sódio não é só sal de cozinha. Sal de cozinha é cloreto de sódio. Os conservantes, adoçantes e o fermento biológico também são compostos de sal. Até mesmo a água tem”, explica. Ana Paula frisa que é preciso controlar a alimentação para não cometer excessos. O sal é responsável por males perigosos como hipertensão e doenças cardiovasculares. Em demasia, pode causar aumento da pressão arterial, sobrecarga renal e pode levar a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Se a pessoa não tem o costume de ingerir água, piora sua condição”, alerta. Só afastar o saleiro da mesa não basta. Ana Paula lembra de que a maior concentração do sal está nos alimentos industrializados. A nutricionista do HGU enfatiza que é preciso evitar ao máximo molhos, condimentos, macarrões instantâneos e comida pronta em geral. “Nos dias de hoje é quase impossível não comer produtos industrializados, mas é preciso organizar sua rotina. Prefira os alimentos in natura. Ao invés de estrogonofe, opte por uma carne grelhada. Troque o molho de tomate da macarronada por alho e óleo. Substitua a sobremesa por uma fruta”, indica. Ela sugere ainda temperar a salada com ervas finas, como manjericão, alecrim, salsinha, orégano, entre outros. “O sal é bom para o paladar, porque destaca o sabor dos alimentos, mas para o organismo não é tão eficaz”, pondera. junho de 2013 19 junho de 2013 Moda Inverno 2013: o Luxo Barroco A estação mais fria do ano promete peças mais trabalhadas, ricamente produzidas, para um estilo mais marcante e elegante A ostensividade e nobreza do estilo barroco estão sendo amplamente exploradas na moda inverno 2013. As referências barrocas marcaram presença nos desfiles das maiores grifes mundiais como Dolce & Gabbana, Givenchy, Versace e Balmain, com a apresentação de peças decoradas com muito glamour e sofisticação. Movimento artístico europeu influente entre os séculos XVI e XVIII, o barroco caracteriza-se pelo uso de bordados, brocados, pedrarias, rendas e arabescos. As cores mais marcantes são o preto, o dourado e o bordô. Tecidos luxuosos, ricamente trabalhados para criar peças que são verdadeiras obras de arte, também compõe o estilo. Nas coleções invernais ele se mostra soberano, trazendo um ar mais rebuscado e de requinte, para a temporada que já é dotada de um porte e elegância naturais. Como se trata de um estilo que já é, por si só, bem marcante, é importante tomar alguns cuidados na hora de aderir a essa imponente tendência. Para aquelas que temem parecer exageradas, o ideal é compor o look com somente uma peça com referência barroca e contrastá-la com outra mais sóbria, o que garantirá uma produção alinhada e sem exageros. Apesar de toda opulência e exuberância inerentes à moda barroca, ela pode ser perfeitamente usada durante o dia, desde que tomadas as devidas cautelas para o visual não ficar muito carregado. Peças em veludo, por exemplo, e com muitos detalhes em dourado são mais indicadas para a noite. Vale usar acessórios junto com peças em estilo barroco, desde que não “briguem” visualmente com os detalhes da roupa. Na dúvida, é melhor optar por acessórios discretos, de tamanho pequeno. Se você gosta de estar na moda, mas acha a tendência chamativa demais, uma alternativa bacana é apostar nos complementos. Óculos, sapatos, cintos, bolsas, bijuterias também entraram na onda maximalista e, quando associados a uma produção sóbria, garantem um look moderno e sem exageros, apenas com um leve toque barroco. Hoje, em pleno século XXI, a moda revive o estilo ornamentado e exuberante que, da pintura à literatura, fez história nas cortes europeias, adaptando sua estética à modernidade. A estação mais fria do ano promete peças mais trabalhadas, ricamente produzidas, para um estilo mais marcante e elegante. Bem-vinda à época dos excessos! Gisah Saliba Cunha Martins Advogada e consultora de moda 20 Aniversariantes O presidente da comissão da ESA da OAB-PG, Plínio Marcos Milléo informa as datas e os cursos que serão disponibilizados pela Subseção. Vale lembrar que o aperfeiçoamento constante é sua ferramenta de trabalho e o refinamento do conhecimento jurídico é uma conquista do advogado por meio da ESA. A participação de todos garantirá a manutenção e ampliação do nosso projeto de promover cursos de atualização para os advogados. As inscrições devem ser feitas diretamente na página da ESA (www.oabpr.org. br/esa). Escolha seu(s) curso(s): junho de 2013 CURSOS ESA Direito Contratual: Temas Atuais Disponível para 23 subseções. 24/06/2013 a 27/06/2013 Prática Forense Previdenciária: Acidentes do Trabalho Disponível para 25 subseções. 24/06/2013 a 27/06/2013 Curso de Férias: Os dez anos de vigência do Código Civil. Principais Modificações no Direito Privado Disponível para 16 subseções. 01/07/2013 a 18/06/2013 O Controle de Constitucionalidade e seus reflexos na atividade do Advogado Disponível para 18 subseções. 10/07/2013 a 11/07/2013 Curso de Férias em Direito Processual Civil: Temas Relevantes e Atuais Disponível para 18 subseções. 22/07/2013 a 30/07/2013 Aposentadoria do Deficiente Físico Disponível para 17 subseções. 31/07/2013 a 31/07/2013 21 junho de 2013 Contos e Causos Ganância litigiosa José é uma pessoa que vive para o dinheiro. Receber bala de troco é ofensa mortal, exige todas as moedinhas de um centavo que tem direito no troco. Sua casa tem cofrinhos para todos os lados, vive reclamando que o Banco Central não cria a moeda de meio centavo. Quando ganha presente reclama que deveriam ter dado o dinheiro que gastaram. Doação só se for para ele. O filho recebe metade da mesada que seus amiguinhos recebem. E a esposa vende bolo para completar a mesada do filho. Certo dia recebeu uma notificação de falta de pagamento da conta de água e esgoto. Pra que! Passou o dia rabugento e reclamando que era um absurdo cobrarem uma conta que ele não usa. Passadas umas semanas veio e notificação de que seu nome estava indo para o Serviço de Proteção ao Crédito em cinco dias. Adoeceu no minuto que recebeu a carta. Naquela noite não dormiu pensando e repensando em como iria receber esse dinheiro de volta. A conta de água vencida era da sua casa de praia, mas José não se importava com o nome no SPC, o problema era pagar a conta. Repetia pra si mesmo: é inverno não vou à praia no inverno... preciso receber meu dinheiro de volta... como faço pra não pagar a conta e ainda ganhar um dinheirinho da empresa de água. Acordou fazendo contas, e satisfeito com o resultado de seu ganho passou cinco dias sorrindo para a sombra. No sexto dia colocou em prática seu plano enriquecedor. Pagou a conta de água e foi a uma loja de móveis gastar como nunca tinha feito. Sua ideia era renovar do teto ao chão sua casinha de dois quartos onde mora com a esposa e o único filho (porque mais era gasto desnecessário). Levou a esposa para escolher móveis novos para a casa inteira, eletrodomésticos novos para cozinha, sala e lavanderia. Negociou um desconto para que ninguém desconfiasse de suas intenções, e pediu que o pagamento fosse parcelado no boleto pela loja. O vendedor esclareceu que teria que consultar os órgãos de proteção por ser rotina da loja, sorridente José disse que não tinha problema. Desconcertado e sem graça o vendedor veio avisar que não poderia parcelar a compra porque o nome de José tinha restrições. Era tudo que ele queria, mas disfarçou e se mostrou indignado e exigiu uma declaração do gerente da loja. Munido da conta paga, a declaração da loja e a declaração do SPC se dirigiu ao juizado especial porque não precisa gastar com advogado e custas judiciais. Lá relatou sua triste história de passar vergonha na loja, e um processo foi aberto contra a empresa de água. No dia da audiência exigiu como indenização o pagamento do teto máximo que o juizado permite, a empresa não concordou e se defendeu, e o processo foi para o juiz decidir. Passado uns dias recebeu uma carta com a sentença do juiz. Nela o juiz ponderava que o valor da indenização era muito alto para um dano tão pequeno, além do fato de que a compra foi feita no sexto dia após a notificação do SPC. Enfim, sua indenização foi revertida em litigância de má-fé, e José teve que pagar a empresa de água. Viviane Weingärtner, advogada 3 Lugar no XXXVIII Concurso Internacional de Literatura – Ag Edições ANÚNCIO Midiograf 22 junho de 2013 Lonas e uniformes da CCR RodoNorte são transformados em produtos que geram renda e protegem a natureza. 23 junho de 2013 COLEÇÃO DENTIDADE I A p a i x o n a n t e 24 c o m o o B r a s i l