DESENVOLVIMENTO DE DOCE DE ABÓBORA COM LEITE
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DESENVOLVIMENTO DE DOCE DE ABÓBORA COM LEITE
FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 DOCE DE ABÓBORA COM LEITE CONTENDO ALTA PROPORÇÃO DE ABÓBORA – AVALIAÇÃO DA TEXTURA E APARÊNCIA Isabelli Vieira dos SANTOS * Daniele IENSEN ** Ernesto QUAST *** Leda Battestin QUAST **** Dorivaldo da Silva RAUPP ***** RESUMO: As abóboras fazem parte da alimentação básica das populações de várias regiões do país, e destaca-se por ser uma importante fonte de carotenóides. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um produto alimentício ‘doce de abóbora com leite’, variando os ingredientes principais do produto. Foram testados 18 tratamentos e os que resultaram em produtos com texturas semelhantes aos doces comerciais, de abóbora e de leite, foram os processos contendo abóbora de 40 e 50 g.100g-1 na mistura abóbora-leite; sólidos solúveis totais (brix) de 56 g.100g-1; e pectina 2 g.100g-1; para um tempo de cocção em fervura de 40 minutos. PALAVRAS-CHAVE: DOCE; ABÓBORA; ALIMENTO; NUTRIÇÃO. ABSTRACT: PUMPKIN AND MILK JAM CONTEND HIGHT CONTENT OF PUMPKIN – ASSESSMENT OF TEXTURE AND APPEARANCE. The pumpkins are part of the basic feeding of the populations of some regions of the country, and are distinguished for being an important source of carotenóides. The proposal of the research was to contribute for the development of the nourishing product `pumpkin and milk jam', having for focus to determine the ratios of the main ingredients. Total of 18 treatments had been tested and the ones that had resulted in products with * Graduação, curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil; E-mail: <[email protected]>. ** Graduação, curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil; E-mail:: <[email protected]>. *** Professor Doutor, Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, Paraná, Brasil; E-mail: <[email protected]>. **** Professora Doutora, Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, Paraná, Brasil; Email: <[email protected]>. ***** Pós-Doutor, Professor, Departamento de Engenharia de Alimentos, Setor de Ciências Agrárias e de Tecnologia, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Av. Gal. Carlos Cavalcanti, n.4748, CEP 84030-900, Ponta Grossa, Paraná, Brasil; Autor para correspondência; E-mail: <[email protected]>; Telefone: 42 88085249. 1 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 similar textures to commercial jams, of pumpkin or milk, had been the processes contend: pumpkin of 40-50 g.100g-1, in the pumpkin-milk mixture; total soluble solids (brix), 56 g.100g-1; pectina, 2 g.100g-1; for a time of firing in boil of 40 minutes. KEYWORDS: JAM, PUMPKIN, FOOD; NUTRITION. 1.INTRODUÇÃO nutricional bem como aumentar a aceitação sensorial do produto ‘doce de abóbora com leite’. O doce de leite é basicamente leite concentrado adicionado de açúcar, o qual possui elevado valor nutricional e tem grande aceitação sensorial (MARTINS; LOPES, 1980). O presente trabalho teve como objetivo fazer uma contribuição ao desenvolvimento do produto ‘doce de abóbora com leite’, determinando o efeito das diferentes proporções de mistura doce de abóbora e leite, de pectina e de sólidos solúveis totais nas características do produto final obtido, textura, cor e aparência (separação de fases). A abóbora (Cucurbita moschata) é originária da região central do México, e com o descobrimento da América tornou-se cosmopolita, tal qual o feijão, milho, tomate, cebola e mandioca (FILGUEIRA, 2000). Do ponto de vista sócioeconômico, as abóboras são importantes por fazerem parte da alimentação básica das populações de várias regiões do território brasileiro, onde as variedades de abóboras mais cultivadas são a menina brasileira e a paulista (CAMARGO FILHO et al., 2003). As Cucurbitáceas constituem a segunda família de maior importância econômica dentre as hortaliças (NASCIMENTO, 2009), e inserida nela, incluem-se as abóboras, cujo volume comercializado na Central de Abastecimento do Estado de São Paulo (CEAGESP) no ano de 2008 foi de 90.606 toneladas (HORTIFRUTICOLAS, 2010). De acordo com Veronezi e Jorge (2011), a abóbora destaca-se por ser uma importante fonte de carotenóides, os quais assumem destaque na alimentação humana como fonte de vitamina A. No entanto, é um produto alimentício pouco apreciado in natura, mas comumente utilizado na forma cozida e no preparo de doces (BORIN et al., 2008). A adição de leite ao doce visa proporcionar o aumento da qualidade 2.MATERIAL E MÉTODOS Os experimentos de processamento do produto ‘doce de abóbora com leite’ constituíram em 18 tratamentos (processos), os quais foram realizados mediante um planejamento estatístico do tipo fatorial 2³ completo com quatro repetições no ponto central. Foram produzidos 400g de doce (produto final) por tratamento, os quais foram distribuídos em dois frascos de vidros hermeticamente fechados. Foram testadas diferentes proporções de polpa de abóbora e leite, de pectina e de sólidos solúveis totais (SST) na formulação dos produtos, constituindo as variáveis 2 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 independentes, as quais estão apresentadas na Tabela 1. As matérias-primas básicas, abóbora menina com comprimento de 20,06±3,70 cm e leite UHT, foram adquiridas no comércio local da região de Ponta Grossa, PR, no mês de fevereiro de 2012. Tabela 1 – Variáveis do planejamento experimental para o processamento do ‘doce de abóbora com leite’. Tratamentos Polpa na mistura Pectina SST (processos) abóbora+leite (g.100g-1) (g.100g-1) (g.100g-1) 1 34,05 1,52 50,05 2 34,05 2,48 50,05 3 34,05 1,52 61,95 4 34,05 2,48 61,95 5 45,95 1,52 50,05 6 45,95 2,48 50,05 7 45,95 1,52 61,95 8 45,95 2,48 61,95 9 40,00 2,00 56,00 10 40,00 2,00 56,00 11 40,00 2,00 56,00 12 40,00 2,00 56,00 13 40,00 1,20 56,00 14 40,00 2,80 56,00 15 40,00 2,00 46,00 16 40,00 2,00 66,00 17 30,00 2,00 56,00 18 50,00 2,00 56,00 SST = sólidos solúveis totais. hipoclorito de sódio (0,02 g.l-1) durante 15 minutos e posteriormente enxagüadas em água potável. A polpa da abóbora, obtida após a remoção da casca e das sementes, foi triturada e mantida congelada na temperatura de -18±3 °C até o processamento do doce. As abóboras, por serem frutos climatéricos (CALBO et al., 2007), permaneceram em temperatura ambiente até atingirem o ponto ideal de maturação para o processamento do doce, com um brix igual ou superior a 5 g.100g-1. As abóboras apresentando brix abaixo desse valor foram consideradas impróprias para a produção do doce. As abóboras selecionadas, após lavagem com água potável e auxílio de uma esponja, foram mantidas em solução aquosa de Na caracterização da abóbora (matéria-prima), foi registrada a massa do lote e, após despolpamento e trituração, foi calculado o rendimento em polpa, com base na quantidade de polpa obtida por 3 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 quantidade de matéria-prima. Na polpa foi determinado: (a) o teor de sólidos solúveis, em °brix, utilizando um refratômetro (ATAGO) manual com escala de 0 até 35, e, o resultado foi expresso em g.100g-1; (b) a acidez total titulável (ATT) seguiu a metodologia descrita pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2008) e foi expressa em ácido cítrico (mg.100g-1); e, (c) o pH, usando um medidor digital marca DEL LAB, modelo DLA-PH, calibrado previamente antes das análises. sua solubilização. Água potável foi acrescentada à mistura, que contribuiu para a solubilização dos ingredientes, a qual foi evaporada durante o aquecimento. A contagem do tempo de cocção iniciou após observação de fervura, sendo este tempo fixo de 40 minutos. A pectina só foi acrescentada, passados 10 minutos do início de cocção. Durante a cocção, a massa da mistura foi homogeneizada com auxílio de uma espátula de madeira. A massa final do produto foi monitorada usando balança semi-analítica. O envase hermético foi realizado imediatamente após cocção, utilizando embalagens de vidro previamente esterilizadas e com capacidade média para 255 g de água. O produto final (doce de abóbora com leite) foi identificado e deixado esfriar em temperatura ambiente. A Figura 1 representa o fluxograma das etapas básicas do processamento do ‘doce de abóbora com leite’. Os ingredientes utilizados para o processamento dos ‘doces de abóbora com leite’ foram: polpa de abóbora, leite esterilizado (UHT), açúcar (sacarose), pectina cítrica em pó (marca Vetec, código 1219). A polpa de abóbora, leite e parte do açúcar foram homogeneizadas conjuntamente no início do processamento do doce, exceto a pectina, a qual antes de ser adicionada à mistura foi homogeneizada com uma porção do açúcar, proporção 1:5, para facilitar a 4 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 Figura 1 – Fluxograma de processamento do produto ‘doce de abóbora com leite’. Após dois dias de estabilização, os ‘doces de abóbora com leite’ foram avaliados quanto à textura instrumental na temperatura ambiente (25 °C) e em condição refrigerada (10 °C). A força para a compressão de amostras dos doces foi determinada utilizando um texturômetro TA-XT2plus (Stable Micro Systems®) e probe cilíndrico P/36R de 36 mm de diâmetro, onde a velocidade de teste foi de 2 mm.s-1 e uma distância de 20 mm. Adicionalmente, a textura dos doces também foi avaliada fazendo-os derramar sobre uma superfície plana de vidro e inclinada com um ângulo de 51°. Este ângulo da inclinação foi calculado dividindo-se a altura máxima da placa (49,4 cm) pelo seu comprimento (31 cm). Uma amostra de 10 mL de doce, na temperatura ambiente (25 °C), foi colocada sobre a marca inicial com o auxílio de uma seringa de 15,5 mm de diâmetro, tendo a sua parte final de saída totalmente removida. Foi medido o tempo que a amostra precisou para percorrer uma distância de 10 cm na inclinação. Logo, quanto maior o tempo, maior a consistência do produto. Na determinação da cor do produto a amostra foi colocada em uma placa de Petri, sendo o excesso retirado com auxílio de uma espátula. Sobre uma superfície branca, a imagem de cada doce foi capturada através de uma máquina fotográfica semi-profissional (Sony, DSC-H2). A imagem foi submetida à analise de cor por meio do programa Corel Photo 5 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 Paint X-5, que possui recurso de determinação das cores expressas segundo a escala CIELAB (L*, a*, b*). A cor foi determinada em três pontos distintos e expressa como média e desvio padrão desses três pontos. As análises foram feitas em duplicata. Os doces foram também avaliados quanto à aparência visual na embalagem para determinar a ocorrência de separação de fases após 30 dias do processamento. No estudo realizado por Amaris et al. (2009), o teor médio de sólidos solúveis (brix) variou de 7,3 a 11,5 g.100g-1, superior ao valor apresentado na pesquisa atual. Esta variação deve-se possivelmente a utilização de abóboras com diferentes estados de maturação e efeito do ambiente. E, com relação à acidez total titulável, foi observado uma variação de 0,21 a 0,46 g.100g-1 entre os resultados da pesquisa atual com os daqueles autores (AMARIS et al., 2009). A ANOVA da avaliação da força de compressão (Tabela 2) dos ‘doces de abóbora com leite’ na temperatura ambiente (25 °C) apresentou para os diferentes tratamentos um valor de F calculado superior ao valor de F tabelado, mostrando que os efeitos dos parâmetros avaliados foram significativos para os intervalos estudados. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A matéria-prima abóbora apresentou um rendimento em polpa triturada de 65,6g.100g-1. Quanto aos sólidos solúveis totais (brix), a polpa apresentou um valor médio de 7,0±0,5 g.100g-1. A acidez total titulável (ATT) da polpa em ácido cítrico foi de 59,3±2,6 mg.100g-1. E o pH da polpa foi de 7,08. Tabela 2 – ANOVA da força de compressão dos ‘doces de abóbora com leite’ na temperatura de 25 °C. Fonte de Soma de variação quadrados Regressão 65493,78 linear Resíduos 14392,13 Erro puro 2864,98 Falta de ajuste 11527,15 Total 79885,91 Graus de liberdade Quadrado F F médio calculado tabelado 3 21831,2598 21,2364 14 3 11 17 1028,0093 954,9917 1047,9232 0,9113 A Figura 2 apresenta a influência da proporção de polpa de abóbora e de pectina na textura instrumental do doce na temperatura ambiente de 25 °C, para uma proporção fixa de sólidos solúveis totais (SST) igual a 56 g.100g-1. O teor de polpa de abóbora não influenciou 3,34 na força de compressão do doce no intervalo estudado. Teor de pectina inferior a 2,0 g.100g-1 também não exerceu influência na força de compressão do produto, porém, o aumento do teor de pectina para valores superiores a 2,0 g.100g-1 resultou no aumento da força de 6 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 compressão. Portanto, um valor mínimo de pectina se fez necessário para que ocorresse o processo de geleificação adequado do doce nas condições estudadas. Figura 2 – Influência da polpa de abóbora e da pectina na força de compressão de ‘doce de abóbora com leite’ contendo uma proporção fixa de sólidos solúveis totais, na temperatura de 25 °C. Resultados similares aos da Figura 2 foram obtidos por Soares Junior et al. (2003) ao determinar o perfil texturométrico do doce de manga. Aqueles autores constataram que o teor mínimo de pectina para a formação de um gel pode ser reduzido ou aumentado em função das demais variáveis de processo. Também verificaram que, de forma geral, o aumento do teor de pectina resultou, como esperado, em doces de manga mais firmes. De acordo com Dias et al. (2011), as propriedades da textura são importantes componentes na percepção e aceitabilidade da qualidade de alimento, sendo um reflexo da composição química do alimento e de sua estrutura. A Figura 3 apresenta a influência da proporção de SST e de pectina sobre a força de compressão do doce na temperatura ambiente de 25 °C, para uma proporção fixa de polpa de abóbora igual a 40 g.100g-1. O aumento do teor de SST promoveu o aumento da força de compressão do doce. Esses resultados estão de acordo com os obtidos por Soares Junior et al. (2003), os quais observaram que o aumento do teor de SST na formulação do ‘doce de manga’ produziu também aumento da rigidez da estrutura da massa do gel, 7 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 e, sem ocorrência de alteração significativa da continuidade do gel, evidenciada pelo aumento proporcional da força de penetração da sonda. Porém, esse aumento foi menos significativo que o aumento da força de compressão obtido pelo aumento do teor de pectina, principalmente quando foi usado teor de pectina superior a 2,2 g.100g-1. Portanto, pode ser deduzido que diferentes combinações nas proporções de SST e de pectina podem produzir doces com a mesma força necessária à compressão. Esse fato pode ser observado na combinação de 64 g.100g-1 (64 °brix) de SST e 2,2 g.100g-1 de pectina que resultou num doce com a mesma força de compressão que o doce contendo a combinação de 52 g.100g-1 (52 °brix) de SST e 2,6 g.100g-1 de pectina. Figura 3 – Influência de sólidos solúveis totais e de pectina na força de compressão de ‘doce de abóbora com leite’ contendo uma proporção fixa de polpa de abóbora, na temperatura de 25 °C. O comportamento da força de compressão nos doces refrigerados a 10 °C foi similar à força de compressão obtida para doces na temperatura ambiente. Nos doces refrigerados, o aumento da força de compressão foi influenciado, com maior intensidade, também pelo aumento do teor de SST e, em maior grau, pelo aumento do teor de pectina. O abaixamento da temperatura fortaleceu as ligações entre os constituintes do produto. Com relação ao tempo necessário para o escorrimento do produto na temperatura ambiente de 25 °C no plano inclinado, os resultados (Tabela 3) mostraram que os efeitos das variáveis foram significativos no intervalo estudado, pois F calculado foi superior a 3,34 (F tabelado) (Tabela 4). Ainda, foi observado ocorrer correlação entre a força de compressão e a textura avaliada pelo tempo de escorrimento do produto em um plano inclinado (Figura 4), sendo 8 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 os aumentos nos teores das variáveis pectina e SST responsáveis por aumentar os tempos de escorrimento dos doces e indicando consistência para os produtos. maior Tabela 3 – Tempo (segundos) de escorrimento em plano inclinado dos ‘doces de abóbora com leite’ na temperatura de 25 °C. Tratamento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Escorrimento em plano inclinado (segundos) 8,83 25,11 30,34 124,30 10,74 30,46 134,15 148,21 53,60 40,90 26,42 106,19 8,95 263,18 10,30 156,05 9,16 53,75 Tabela 4 – ANOVA do escorrimento em plano inclinado dos ‘doces de abóbora com leite’ na temperatura de 25 °C. Fonte de Soma de variação quadrados Regressão 59179,21 linear Resíduos 26690,01 Erro puro 3625,36 Falta de ajuste 23064,65 Total 85869,23 Graus de liberdade Quadrado F F médio calculado tabelado 3 19726,4047 10,3473 14 3 11 17 8039,9458 1208,4548 2096,7863 0,5763 9 3,34 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 Figura 4 – Correlação entre força de compressão e a textura avaliada pelo tempo de escorrimento em plano inclinado. Com relação à cor do doce, a Tabela 5 apresenta a ANOVA para o parâmetro a* da cor (vermelha) e a Figura 5 mostra a influência do teor de polpa de abóbora e de sólidos solúveis totais sobre o parâmetro a* de cor expressa no sistema L, a, b, para o ‘doce de abóbora com leite’ contendo uma proporção fixa de pectina igual a 2 g.100g-1. Tabela 5 – ANOVA da análise de cor do parâmetro a* dos ‘doces de abóbora com leite’. Fonte de Soma de Graus de Quadrado F F variação quadrados liberdade médio calculado tabelado Regressão 263,01 2 131,5034 15,6353 3,68 linear Resíduos 126,16 15 8,4107 Erro puro 49,81 3 16,6019 2,6092 Falta de ajuste 76,35 12 6,3629 Total 389,17 17 10 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 O acréscimo de polpa de abóbora teve maior influência no aparecimento de cor vermelha para doces contendo elevado teor de SST, comparados com doces com menor teor. Esse resultado já era esperado, pois, com maiores proporções de abóbora ocorre uma concentração de pigmentos no produto final. Quanto ao aspecto visual do doce na embalagem, não ocorreu separação de fases para nenhum dos produtos obtidos através dos 18 processos (tratamentos) estudados. O grau de maturação adequado da matéria-prima abóbora, a qual sempre apresentou um teor adequado préfixado para sólidos solúveis, contribuiu para a estabilidade do doce. Em testes preliminares com abóbora que ainda não tinham atingido grau de maturação adequado ocorreu separação de fase nos doces. conceder uma bolsa de iniciação científica do Programa PIBIC. CONCLUSÃO DIAS, C.S. et al. Influência da temperatura sobre as alterações físicas, físico-químicas e químicas de geleia da casca de banana (Musa spp.) Cv. Prata durante o armazenamento. Revista do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, v. 70, n. 1, p. 28 - 34, 2011. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARIZ, A. et al. 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AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à Fundação Araucária – UEPG/PROEX por conceder uma bolsa de iniciação científica do Programa BEC e ao CNPq – UEPG/PROPESP por CAMARGO FILHO, W.P. et al. Mercado de abóboras nas cidades de São Paulo e Buenos Aires: oportunidade de expansão. 11 FACULDADES PONTA GROSSA www.faculdadespontagrossa.com.br/revistas ISSN: 2358-2669/Vol.1 nº2/Jan-Jul/2015 Informações econômicas, São Paulo, v. 33, n. 9, set., p. 61 – 65, 2003. fabricação. Campinas: ITAL, Instruções Técnicas, n. 18, 1980. 37p. NASCIMENTO, M. Para onde vai o Mercado de hortaliças. In: AGRIANUAL 2009. São Paulo: AgraFNP, 2009. p. 329 - 330. HORTIFRUTICOLAS: Olerícolas, preços. In: AGRIANUAL 2010. São Paulo: AgraFNP, 2010. p. 353. IAL - INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físicos-químicos para análise de alimentos. 4ed. (1ª ed. digital). Coordenadores: Odair Zenebon; Neus Sadocco Pascuet; Paulo Tiglea. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 1020p. SOARES JUNIOR, A.M. et al. 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