fiAntitotalitarismofl Totalitário

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fiAntitotalitarismofl Totalitário
Disciplina - Filosofia -
“Antitotalitarismo” Totalitário
Filosofia & Ciências
Enviado por: Visitante
Postado em:29/10/2009
O ideal comunista refaz o seu caminho: chegado até nós através de Cuba, firme, na altura que
Gorby e Eltsine julgavam tê-la entregue de mãos atadas ao Tio Sam, a aspiração a um "socialismo
do século XXI".Saiba mais...
Fonte: * Filósofo francês, Georges Gastaud é amigo e colaborador de odiario.info Tradução de
Margarida Ferreira Georges Gastaud* - “Antitotalitarismo” Totalitário O ideal comunista refaz o seu
caminho:chegado até nós através de Cuba,firme,na altura que Gorby e Eltsine julgavam tê-la
entregue de mãos atadas ao Tio Sam,a aspiração a um «socialismo do século XXI. Filósofo francês,
Georges Gastaud - 28-10-2009
www.kaosenlared.net/noticia/georges-gastaud-antitotalitarismo-totalitario “…Porque é que a
oligarquia capitalista haveria de se abster de gozar finalmente a sua vingança contra a «França
vermelha», agora que a vitória da contra-revolução de Berlim a Vladivostok remundializou a
exploração capitalista, agora que a Europa socialista e a RDA foram recolonizadas pela Europa do
capital pilotado por Berlim”…? Seria cômico se não fosse tão grave para a liberdade de
pensamento: é com efeito em nome do «anti-totalitarismo» (!) que, apesar de praticamente nunca
terem o menor direito de resposta, os defensores do comunismo histórico, e mais genericamente
todos os que continuam o combate de Babeuf e de Varlin, de Marx e de Lenine, de Manouchian e de
Guevara, são inexoravelmente expostos no pelourinho pelos meios de comunicação do Partido
Único Maastrichtiano, muito «laicamente» ajudados pela história oficial da escola «republicana»:
concelebrada pelos pontífices da direita dura e da falsa esquerda, hipocritamente acolitada pelo coro
incansável dos «comunistas arrependidos», a missa de gala azul-rosa-castanho do anticomunismo
de jato contínuo já bateu todos os recordes de anátemas e de excomunhões com que foram
respectivamente batizados pelos contra-revolucionários do seu tempo, Spartacus e os Gracos,
Robespierre e Marat, Varlin e Louise Michel… Culminando esta perseguição midiática, uma bateria
legislativa de textos europeus e/ou hexagonais pretende criminalizar a história do comunismo:
«eleito» por 40% de «europeus», o Parlamento de Strasburg pretende assim amalgamar o III Reich
genocida de Krupp e Thyssen à URSS operária e camponesa de Lenine, a Wehrmacht dos
Einsatzgruppen aos heróis de Stalingrado, os torcionários nazis aos «terroristas vermelhos» de
Châteaubriant e da Cidadela de Arras, que caíram por nós, com a Marselhesa e a Internacional nos
lábios, sob as balas alemãs. O objetivo destes textos infames é dotar com uma base jurídica o
euro-maccartismo que alastra por toda a União Européia; uma UE o-nde os seus dirigentes, através
do anticomunismo e do anti-sovietismo retardador, pretendem arranjar uma diversão para a
profunda rejeição popular que, de Lisboa a Bucareste, ensombra a «construção européia»
capitalista [1]. CNR? Não conheço! De resto, quantos são os alunos de liceu, habituados desde
crianças a confundir num mesmo opróbrio «antitotalitário» a Alemanha Nazi e a URSS de
Stalingrado, Mussolini e Lenine, que conhecem a frase pronunciada por De Gaulle em Moscou em
1966: «os franceses sabem [2] que a Rússia soviética desempenhou o principal papel na sua
libertação»? E quantos são os compêndios de história que recordam aos seus jovens leitores que as
principais conquistas sociais do nosso país, – essas mesmas cujo desaparecimento mereceu as
felicitações cínicas de M. Denis Kessler a Sarkozy «por desmantelar o programa da CNR» [3] –
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foram, no essencial, postas em prática entre 1945 e 1947 pelo governo com participação comunista
presidido por Charles de Gaulle? Nesse governo de unidade patriótica, o ex-deportado comunista
Marcel Paul nacionalizou a EDF e a Renault; Maurice Thorez redigiu o estatuto dos funcionários
públicos e o dos mineiros; H. Wallon et Joliot-Curie reconstruíram a Educação nacional, o CNRS e o
CEA numa base democrática; Ambroise Croizat (PCF) instituiu, desculpem o pormenor, as reformas
por distribuição, os contratos coletivos, as comissões de empresa… e a «Segurança»: em resumo,
todas essas conquistas da civilização que a «ruptura» sarkosista, aplaudida pela UE e pelo MEDEF,
tenta arrasar, impondo ao nosso país um plano suicida de alinhamento estrutural. De resto, porque é
que a oligarquia capitalista haveria de se abster de gozar finalmente a sua vingança contra a
«França vermelha», agora que a vitória da contra-revolução de Berlim a Vladivostok remundializou a
exploração capitalista, agora que a Europa socialista e a RDA foram recolonizadas pela Europa do
capital pilotado por Berlim, e que agora, no que se refere à França, a mutação-renegação do PCF e
a euro-formatação do estado-maior da CGT deixam os assalariados à mercê de uma
french’telecomisation» geral das suas condições de vida? Porque os novos Metternich da Europa
contra-revolucionária pouco têm a recear de uma semi-crítica «alter-capitalista» e «alter-europeista»
que partilha esses fundamentos do pensamento único que são o anticomunismo, o anti-sovietismo,
o antimarxismo e os seus subprodutos hexagonais, o antijacobinismo primário e a sórdida autofobia
nacional destilada pela oligarquia financeira «francesa» dirigida por «Sarko, o americano»… OS
HERÓIS NO BANCO DA INFÂMIA, OS HERDEIROS DOS CARRASCOS NO PAPEL DO
INQUISIDOR No clima neo-vichysta atual, já nem sequer nos espantamos que os resistentes
comunistas de França que, dos bosques de Corrèze à guerrilha urbana dos FTP-MOI, passando
pela insurreição parisiense de 1944, foram a ponta de lança da nossa resistência armada [4], sejam
odiosamente sentados no mocho: pelo contrário, os herdeiros dos partidos que investiram Pétain
entregando à Alemanha os judeus e os resistentes, acusam hoje os combatentes comunistas de não
terem arriscado a pele mais cedo! Que interessa a esses falsários que, da heróica manifestação
comunista organizada na Étoile a 11 de Novembro de 40 pela União dos Estudantes Comunistas [5]
(proibida desde 39!) às primeiras sabotagens efetuadas no Var a partir de 1940 pelo comunista
Roger Landini, passando pela greve mineira do Pas-de-Calais dirigida em Maio-Junho de 41 por
Michel Brûlé e pelo prisioneiro ucraniano evadido, o bolchevique Vasil Porik, os comunistas e os
cegetistas tenham assumido o grosso da luta armada e do combate de massas antifascista [6]? Que
interessa que tenham caído em grande número sob os fuzilamentos nazis, dos bosques da Córsega
aos postes de execução do Mont Valérien, com o grito duplo de Viva a França! e de Viva o
comunismo!? O ANTICOMUNISMO, SOMBRA PROJETADA DA CRISE CAPITALISTA No entanto
seria ingênuo pensar que o objetivo principal dos Inquisidores é apenas escurecer o passado
comunista para romper com o ponto de apoio revolucionário do movimento operário. Se o espectro
do anticomunismo ameaça mais do que nunca a crepuscular Europa de Maastricht, é porque,
embora se tenha tornado mundialmente hegemônico, o capitalismo em crise está na defensiva. Não
se cansa de depauperar a classe trabalhadora e de arruinar os camponeses, de segregar ao mesmo
tempo a miséria mais pungente e as fortunas mais escandalosas, de multiplicar as guerras
neocoloniais (ontem o Iraque, amanhã o Irã?), enquanto o comércio de armas e da droga reina
sobre o «mercado livre mundial» organizado pela OMC e pelo FMI dos P. Lamy (PS) e outros
Strauss-Kahn (PS) à força de privatizações, de deslocalizações e de crises alimentares organizadas.
Durante este tempo todo, ritmada pelo duplo roubo da Bolsa e das demissões, a anunciada «saída
da crise» promete ser tão insuportável como a própria crise. As pessoas honestas interrogam-se
pois: sobreviverá a humanidade a este sistema louco e cruel, em que o lucro privado de alguns priva
de todo o sentido humano a história dos povos e a vida dos indivíduos, enquanto que, sob a
máscara «liberal», se perfila uma ditadura euro-atlântica detentora de um pensamento, de uma
economia, de uma língua e de uma política únicas, cujos piores déspotas de o-ntem nunca ousaram
formar o projeto «globalitário»! RENASCIMENTO DO IDEAL COMUNISTA De modo que o ideal
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comunista refaz o seu caminho: chegado até nós através de Cuba, que agüentou firme numa altura
em que Gorby e Eltsine julgavam tê-la entregue de mãos atadas ao Tio Sam, a aspiração a um
«socialismo do século XXI» renasce sob diversas formas, especialmente na América Latina. Esta
aspiração articula-se no princípio antiimperialista do direito dos povos a criar eles mesmos o seu
próprio destino. Porque, enfim, não será irracional que nações, línguas, culturas seculares, sejam
esmagadas pelos mercantis incultos do Mac Donald e da Eurodisney? Não será suicida que na
nossa época de socialização planetária das trocas, a anacrônica propriedade privadas dos grandes
meios de produção confira «democraticamente» a alguns multimilionários um direito de vida e de
morte sobre a vida dos povos? Inversamente, não será vital que, planificando a sua cooperação
internacional no respeito da sua soberania, os povos garantam o controlo público dos grandes meios
de produção e que o mundo do trabalho ocupe finalmente na vida política o lugar central que
pertence por direito aos produtores das riquezas? Sim, é urgente que a solidariedade internacional
dos novos proletários de colarinho azul ou branco, se alie ao patriotismo republicano para resistir à
bárbara mundialização capitalista assim como aos seus cúmplices sangrentos, o racismo, o
entreguismo e o comunitarismo. Porque, se é verdade que a exploração do homem pelo homem
perdeu historicamente toda a sua força propulsora, se o exterminismo é mesmo a fase suprema
dum sistema imperialista que leva a humanidade à morte pela destruição da sociedade, pela
depredação ecológica ou pela exterminação nuclear, então a construção de um comunismo de
segunda geração, no qual o «desenvolvimento de cada um [7] será a chave do desenvolvimento de
todos». (Marx), torna-se objetivamente uma questão de vida ou de morte para todos os homens que
quiserem construir racionalmente as suas relações com o outro homem… e com a natureza. PARA
UMA ASSIMILAÇÃO CRÍTICA DA HERANÇA COMUNISTA Isso não exige de forma alguma que se
idealize a primeira experiência comunista da história. A experiência obtida de Outubro de 1917 não
teria conhecido a derrota se, por razões que as ferramentas teóricas marxistas permitem
amplamente esclarecer, os trabalhadores desses países se tivessem sentido sempre, como em
Cuba, os donos eletivos do seu país. Os revolucionários devem fazer esta autocrítica exclusiva de
toda a autoflagelação sem ceder à diabolização da sua história por um sistema capitalista cujos
crimes não mereceriam um «livro negro», mas… dezenas de bibliotecas castanhas! Também não
podem deixar de engolir a água suja dos desvios políticos feitos sob o pretexto de salvar o bebê
socialista ou de deitar fora o bebê socialista com a desculpa de deitar fora a água do banho; o que é
preciso é partir do atraso inicial nos quais se teve que construir uma experiência historicamente
inédita desviando uma parte considerável dos seus recursos para fazer face à corrida aos
armamentos, à guerra ideológica e às invasões exterminadoras vindas sem cessar do ocidente.
Numa palavra, convém agarrar nas condições profundamente contraditórias nas quais se edificou
esse primeiro esforço da humanidade trabalhadora para construir durante décadas uma sociedade
liberta da Bolsa e do capital. Importa também recusar categoricamente a desonrosa equação
comunismo=nazismo, que criminaliza a revolução social e banaliza o fascismo. OS POVOS DE
LESTE FIZERAM UMA EXPERIÊNCIA HISTÓRICA DE MASSAS: ESCUTEMO-LOS! E, antes do
mais, escutemos os povos de leste; não esses anticomunistas profissionais que ousam falar em
nome dos seus respectivos povos depois de tê-los devorado e arruinado, mas os trabalhadores, os
camponeses, os reformados da Rússia e da RDA, da Hungria, da Romênia, etc., que viveram e
avaliaram na sua vivência quotidiana a restauração capitalista mascarada de «democratização»:
porque, feita a experiência, e sem ter esquecido de modo algum as repressões arbitrárias e os
aspectos burocráticos que em graus muito diversos caracterizaram a época precedente, os povos
fazem o balanço; comparam os «méritos» do euro-capitalismo (pauperização galopante das
massas, enriquecimento fabuloso das máfias) a essas conquistas bem reais do socialismo que se
chamaram pleno emprego, educação de bom nível, cultura, desporto, férias e cuidados de saúde
acessíveis a todos, habitação garantida a baixo preço, criminalidade baixa, segurança da existência,
espírito de solidariedade na vida quotidiana. É o regresso racionalizado do socialismo nas
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memórias, atestado por todas as sondagens realizadas na RDA, na Hungria ou na Rússia, e ainda
melhor nessa sondagem continental de grande envergadura que viu há pouco tempo os povos de
leste a boicotar ainda mais maciçamente do que os povos do ocidente essas eleições européias por
ocasião das quais o Partido Maastrichtiano Único convoca periodicamente o bom povo a «escolher
livremente» entre a versão da direita e a variante de «esquerda» do clique social e do declínio
nacional… SAIR DO ANTICOMUNISMO PARA CHEGAR À RUPTURA PROGRESSISTA Sair do
anticomunismo permitiria finalmente aos progressistas pensar de forma conseqüente a ruptura
revolucionária indispensável para triunfar da sarko-«ruptura» thatchero-fascizante; libertos do
complexo contra-revolucionário que lastra o seu pensamento, refreia a sua ação e impede a sua
reorganização, os verdadeiros progressistas poderiam finalmente compreender e clamar que é
preciso tirar a França do triturador europeu que a mata e a desnatura, que é preciso extrair a 100%
a humanidade dum sistema capitalista que apenas cria riqueza «esgotando a Terra e o trabalhador»
(Marx). Para toda a humanidade trabalhadora, o que está em jogo é sair a tempo deste «fim da
história universal» que a mundialização contra-revolucionária pode transformar a todo o momento,
se não for impedida a tempo por novas revoluções, na história universal do fim. “1989!”, clama a
reação festejando a contra-revolução anticomunista e antijacobina que julga eterna: “17 e 89!”,
responderão os herdeiros de Gavroche e de Guy Moquet, decididos a triunfar tanto dos Brancos
como dos Castanhos de todos os países, coligados em vão para emparedar as Luzes! Essa notícia
foi encontrada em:
http://www.kaosenlared.net/noticia/105784/georges-gastaud-antitotalitarismo-totalitario - Acessado
em: 27 de janeiro de 2010 Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor
original da matéria.
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