NOVA Lite™ ANCA Anti-neutrophil Cytoplasmic

Transcrição

NOVA Lite™ ANCA Anti-neutrophil Cytoplasmic
NOVA Lite® ANCA
Anti-neutrophil Cytoplasmic Autoantibody Reagents
Para Diagnóstico In Vitro
Código do Produto: 708290, 708296, 708298, 708299
508290.10, 508296.20, 508298.20, 508299.10
Complexidade CLIA: Elevada
Aplicação Diagnóstica
®
NOVA Lite ANCA é um ensaio imunofluorescência indirecta para o rastreio e determinação semi-quantitativa de
citoplasmáticos anti-neutrófilos (ANCA) no soro humano. A presença de anticorpos antinucleares pode ser usada em
conjunto com outros testes serológicos e descobertas clínicas na abordagem de várias vasculitides sistémicas.
Resumo e Explicação do teste
O teste de anticorpos citoplasmáticos anti-neutrófilos (ANCA) revolucionou o diagnóstico e o tratamento de várias
1-4
vasculitides intermediárias auto-imunes. Os auto-anticorpos perinucleares ou pANCA e os citoplasmáticos ou cANCA
provaram ser úteis para a detecção de doenças tais como a granulomatose de Wegener e glomérulo-nefrite
crescentica.
1,5
Existem pelo menos seis antígenos ANCA identificados e muitos estão ainda sem identificação. A maior parte destes
antígenos parecem ser enzimas que residem nos grânulos primários de neutrófilos. Estas enzimas incluem
mieloperoxidase (MPO), serina protease 3 (PR3), elastase, lactoferrina, catepsina G e proteína catiónica 57 (CAP-57).
Os testes ELISA foram desenvolvidos para detecção de muitos dos mais importantes anticorpos neutrófilos mesmo
assim a maior parte dos peritos no campo da vasculite auto-imune ainda recomendam que o método de ensaio
imunofluorescente (IFA) seja usado para rastreio inicial.
São detectáveis dois padrões ANCA usando o procedimento da norma ANCA IFA. O padrão clássico ANCA aparece
como uma fluorescência granular, citoplasmática. Este padrão, sugestivo de granulomatose de Wegener e em menor
6
7,8
escala de poliartrites microscópicas, foi denominado como cANCA. Um segundo padrão ANCA foi descrito que faz a
coloração da região perinuclear de neutrófilos fixados em álcool. Este padrão foi designado por pANCA. O padrão
pANCA tem sido associado com uma vasculite de órgão mais limitado, especialmente, glomérulo-nefrite crescentica ou
9
rapidamente progressiva.
3,10
A correlação de granulomatose de cANCA e de Wegener foi bem estabelecida.
A granulomatose de Wegener é
caracterizada por um processo inflamatório necrotizador com formação de granuloma e de vasculite que envolve
inicialmente as vias respiratórias superiores e inferiores e os rins. Esta tríade de envolvimento clínico é considerada a
marca de autenticidade da granulomatose de Wegener.
cANCA está presente em até 96% de pacientes com granulomatose de Wegener com doença generalizada activa, mas
diminui para 65% na doença activa limitada e está presente em 30-40% de doentes em remissão. O título de cANCA
seguirá também o desenvolvimento da doença com títulos decrescentes na remissão da doença e títulos crescentes na
4,12
doença recorrente.
Ao contrário de cANCA e da sua associação com a doença sistémica predominantemente de granulomatose de
Wegener, pANCA tem sido frequentemente associada com glomérulo-nefrite necrotizadora. pANCA não é vista
tipicamente em síndromas sistémicos. O antígeno alvo mais comum associado com pANCA é a mieloperoxidase, mas
a reactividade a elastase e a lactoferrina é também detectada. Aproximadamente 90% dos soros positivos de pANCA
de doentes com glomérulo-nefrite são reactivos com mieloperoxidase, no entanto, em pacientes com doenças
diferentes da glomérulo-nefrite que também têm pANCA, numa percentagem muito mais baixa são reactivos com
11,13
mieloperoxidase.
Isto deveria indicar que antígenos múltiplos são detectáveis como coloração perinuclear de
neutrófilos fixados em etanol incluindo soros que contenham anticorpos antinucleares. É possível confirmar padrões
perinucleares detectados com neutrófilos fixados em etanol como pANCA efectuando a IFA em neutrófilos fixados em
formol. O antígeno alvo primário de pANCA, mieloperoxidase, permanece no citoplasma de células fixadas em formol
enquanto que em células fixadas em etanol o antígeno migra para o núcleo provocando o padrão perinuclear.
Princípio do Procedimento
Na técnica de imunofluorescência indirecta, as amostras são incubadas com o substrato antigénico e anticorpos não
reactivos são retirados. O substrato é incubado com conjugado especifico marcado com fluoresceína e depois o
reagente em excesso é retirado. Quando se observa através de um microscópio de fluorescência, as amostras
positivas com auto-anticorpos, exibirão uma fluorescência verde maçã correspondendo às áreas da célula ou do núcleo
onde se ligaram os auto-anticorpos .
Composição do dispositivo
1.
Lâminas de substrato ANCA (neutrófilo humano fixado em etanol); 6 ou 12 poços/lâmina, com excicante
Apenas em kit
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Conjugado IgG Anti-Humano (cabra), marcado com fluoresceína em tampão contendo Azul de Evans e 0,09%
de azida de sódio
Controlo cANCA, 1 frasco de tampão contendo 0,09% de azida de sódio e anticorpos de soro humano para
cANCA, pré-diluído
Controlo pANCA, 1 frasco de tampão contendo 0,09% de azida de sódio e anticorpos de soro humano para
pANCA, pré-diluído
Controlo Negativo IFA, 1 frasco de tampão contendo 0,09% de azida de sódio e sem anticorpos de soro
humano para ANCA, pré-diluído
PBS II concentrado (40x)
Meio de Montagem, 0,09% de azida de sódio
Lamelas
1
Advertências
1.
2.
3.
4.
Todo o material de origem humana usado na preparação de controlos para este produto foi testado e
considerado negativo para anticorpos anti HIV, HBsAg, e HCV pelos métodos aprovados pela FDA. No entanto,
nenhum teste pode garantir segurança total em relação à ausência de HIV, HBV, HCV ou de outros agentes
infecciosos. Assim, o Controlo de Padrão de Ponto Final de Titulagem ANA e o Controlo Negativo IFA deverão
14
ser manuseados como material potencialmente infeccioso.
A Azida de Sódio é usada como um conservante. A Azida de Sódio é um veneno e pode ser tóxica se for
ingerida ou absorvida através da pele ou dos olhos. A azida de sódio pode reagir com chumbo ou com
canalizações de chumbo para formar azidas metálicas potencialmente explosivas. Lave as bacias, se forem
usadas para despejar reagentes, com grandes volumes de água para impedir a formação de azida.
Use equipamento de protecção pessoal apropriado enquanto trabalhar com os reagentes fornecidos.
Os reagentes derramados deverão ser limpos imediatamente. Cumpra todos os regulamentos ambientais
federais, estatais e locais quando descartar detritos.
Precauções
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Este produto é para Uso de Diagnóstico In Vitro.
A substituição de componentes do dispositivo, por componentes diferentes dos fornecidos neste sistema pode
conduzir a resultados inconsistentes.
A lavagem incompleta ou ineficiente dos poços IFA pode causar uma elevada interferência de fundo
A adaptação deste ensaio para uso com processadores de amostras automatizados e outros dispositivos de
manuseamento de líquidos, totalmente ou em parte, podem produzir diferenças nos resultados dos testes em
relação aos obtidos com o procedimento manual. É da responsabilidade de cada laboratório validar os seus
procedimentos automatizados
Uma diversidade de factores influencia o desempenho dos ensaios. Estes incluem a temperatura de início dos
reagentes, a potência da lâmpada do microscópio usado, a exactidão e reprodutibilidade da técnica de
pipetagem, a eficácia de lavagem e a duração dos períodos de incubação durante o ensaio. É necessária uma
atenção cuidadosa em relação à consistência para obter resultados exactos e reprodutíveis.
Com o tempo, o Conjugado IgG Anti-Humano pode alterar a cor devido à exposição à luz. No entanto, a
alteração de cor não afecta o desempenho do ensaio.
É recomendado um cumprimento rigoroso dos protocolos.
Condições de Armazenamento
1.
2.
Armazene todos os reagentes a 2-8°C. Não congele. Os reagentes ficam estáveis até à data de validade
quando são armazenados e manuseados conforme indicado.
O tampão PBS II diluído é estável durante 4 semanas a 2-8°C.
Colheita de Amostras
Este procedimento deverá ser efectuado com uma amostra de soro. A adição de azida ou de outros conservantes às
amostras podem afectar negativamente os resultados. Amostras com contaminação microbiana, tratadas termicamente
ou contendo partículas visíveis não deverão ser usadas. As amostras de soro com hemólise macroscópica ou
altamente lipémica deverão ser evitadas. Após colheita, o soro deverá ser separado do coágulo. O Documento H18-A3
da CSLI (anteriormente NCCLS) recomenda as seguintes condições de armazenamento para as amostras: 1)
Armazene as amostras à temperatura ambiente durante um período não superior a 8 horas. 2) Se o ensaio não estiver
concluido dentro de 8 horas, guarde a amostra a 2-8°C. 3) Se o ensaio não for efectuado em 48 horas, ou se houver
transporte da amostra, congele a -20°°C ou a temperatura inferior. As amostras congeladas devem ser bem misturadas
após descongelação e antes do teste.
Procedimento
Material fornecido (kits)
708290
10
1
1
1
1
1
1
1
Laminas com Substrato (neutrófilo humano fixado em etanol) ANCA, 6- poços
4 ml de FITC Conjugado IgG Anti-Humano
0,5 ml de Controlo cANCA
0,5 ml de Controlo pANCA
0,5 ml de Controlo Negativo IFA
25 ml de PBS II Concentrado (40x)
7 ml de Meio de Montagem
10 Lamelas
708296
20
1
1
1
1
2
1
1
Laminas com Substrato (neutrófilo humano fixado em etanol) ANCA, 12- poços
15 ml de FITC Conjugado IgG Anti-Humano
0,5 ml de Controlo cANCA
0,5 ml de Controlo pANCA
0,5 ml de Controlo Negativo IFA
25 ml de PBS II Concentrado (40x)
7 ml de Meio de Montagem
20 Lamelas
2
708298
20
1
1
1
1
2
1
1
Laminas com Substrato (neutrófilo humano fixado em etanol) ANCA, 12- poços
15 ml de FITC Conjugado IgG Anti-Humano
0,5 ml de Controlo cANCA
0,5 ml de Controlo pANCA
0,5 ml de Controlo Negativo IFA
25 ml de PBS II Concentrado (40x)
7 ml de Meio de Montagem
20 Lamelas
708299
10
1
1
1
1
1
1
1
Laminas com Substrato (neutrófilo humano fixado em etanol) ANCA, 6- poços
4 ml de FITC Conjugado IgG Anti-Humano
0,5 ml de Controlo cANCA
0,5 ml de Controlo pANCA
0,5 ml de Controlo Negativo IFA
25 ml de PBS II Concentrado (40x)
7 ml de Meio de Montagem
10 Lamelas
Material fornecido (lâminas)
508290.10
508296.20
508298.20
508299.10
10 x neutrófilo humano fixado em etanol ANCA Lâminas com Substrato, 6- poços
20 x neutrófilo humano fixado em etanol ANCA Lâminas com Substrato, 12- poços
20 x neutrófilo humano fixado em etanol ANCA Lâminas com Substrato, 12- poços
10 x neutrófilo humano fixado em etanol ANCA Lâminas com Substrato, 6- poços
Material Necessário Não Fornecido
Micropipetas de 15-1000 µL de volume
Água destilada ou desionizada
Frascos de pressão ou pipetas Pasteur
Câmara húmida
Recipiente de 1L (para diluir PBS II)
Microscópio de fluorescência com filtro de 495 nm e filtro barreira de 515 nm
Materiais Adicionais Disponíveis Separadamente
ANCA (Neutrófilo Humano Fixado em formol) Lamela-6 poços, Catálogo INOVA #508295
ANCA (Neutrófilo Humano Fixado em formol) Lamela-12 poços, Catálogo INOVA #508297
Método
Antes de começar
1.
2.
3.
Todos os componentes devem encontrar-se á temperatura ambiente (20-26ºC) e ser bem misturados.
Diluir o PBS II Concentrado : IMPORTANTE: Dilua o PBS II Concentrado 1:40 adicionando o conteúdo do
frasco de PBS II Concentrado para 975 ml de água destilada ou desionizada e misture completamente. O
tampão PBS II é usado para diluir as amostras dos doentes e como tampão de lavagem. O tampão diluidopode
ser armazenado até 4 semanas a 2-8°C.
Diluir as Amostras :
a.
Rastreio Inicial: Dilua as amostras 1:40 com o tampão PBS II diluido (i.e., adicione 50 µL de soro para
950 µL de Tampão PBS II).
b.
Titulação: Faça diluições em série, duplas, a partir da diluição de rastreio inicial para todas as
amostras positivas com Tampão PBS II diluído (i.e. 1:40, 1:80,... 1:1280).
Procedimento
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Preparar as Lâminas: Deixe que a Lâmina atinja a temperatura ambiente antes de a remover da saqueta.
Marque-a com um lápis e coloque-a numa câmara húmida adequada. Adicione uma gota (20-25 µL) do
controlo não diluído positivo e negativo aos poços 1 e 2 respectivamente. Adicione 1 gota (20-25 µL) da
amostra do doente diluída aos poços remanescentes.
Incubação da Lâmina: Incube a lâmina durante 30 + 5 minutos numa câmara húmida (uma toalha de papel
humedecida colocada numa base plana de um recipiente de plástico ou de vidro fechado manterá as condições
de humidade adequadas). Não deixe secar o substrato durante o procedimento.
Lavagem de Lâminas: Após a incubação, use um frasco de pressão de plástico ou uma pipeta para lavar
suavemente o soro com o tampão PBS II diluído. Oriente a lâmina e o fluxo do tampão PBS II de modo a
minimizar o transbordo das amostras entre os poços. Evite direccionar o fluxo directamente para os poços
para impedir danos nos substratos. Coloque as lâminas na tina de lavagem com PBS II diluído durante mais
5 minutos. Se desejado, coloque as lâminas em um frasco de Coplin do amortecedor diluído de PBS II por até
5 minutos.
Adição de Conjugado Fluorescente: Deite fora o excedente do tampão PBS II. Coloque novamente a lâmina
na câmara húmida e cubra imediatamente cada poço com uma gota de conjugado fluorescente. Incube as
lâminas durante mais 30 + 5 minutos.
Lavagem de Lâminas: Repita o Passo 3.
Lamela: O procedimento para colocar a lamela varia de laboratório para laboratório; no entanto, são
recomendados os seguintes procedimentos:
a.
Coloque uma lamela numa toalha de papel.
3
b.
c.
Aplique meio de montagem numa linha contínua na extremidade da lamela.
Deite fora o excesso de tampão PBS II e toque com a extremidade inferior da lâmina na extremidade
da lamela. Baixe a lâmina suavemente no sentido da lamela de tal modo que o meio de montagem flua
para a extremidade superior da lâmina sem a formação de bolhas de ar ou artefactos.
Controlo de Qualidade
O Controlo cANCA e o Controlo Negativo IFA deverão ser colocados em todas as lâminas para assegurar que todos os
reagentes e procedimentos foram efectuados correctamente. Outros controlos adequados podem ser preparados
°
alíquotando amostras de soro humano e armazenando a < -70 C. De forma a que os resultados dos testes sejam
considerados válidos, todos os critérios defenidos devem ser satisfeitos. Se algum destes critérios não for satisfeito, os
resultados do teste deverão ser considerados inválidos e o ensaio deverá ser repetido.
1.
O Controlo cANCA não diluído deve ser > 3+.
2.
O Controlo Negativo IFA deve ser negativo.
Interpretação dos Resultados
Reacção Negativa. Uma amostra é considerada negativa se a fluorescência nuclear ou citoplasmática específica for
igual ou inferior ao Controlo Negativo IFA. As amostras podem exibir vários graus de fluorescência de fundo devido a
anticorpos heterófilos ou auto-anticorpos de baixo nível de fluorescência para constituintes citoplasmáticos tais como
proteínas contrácteis.
Reacção Positiva. Uma amostra é considerada positiva se a fluorescência nuclear ou citoplasmática específica for
superior ao Controlo Negativo IFA.
Determine o grau ou intensidade de fluorescência usando estes critérios:
4+
Fluorescência verde maçã brilhante
3+
Fluorescência verde maçã clara
2+
Fluorescência positiva claramente distinguível
1+
Fluorescência específica mais baixa que permite que a fluorescência nuclear ou citoplasmática seja
claramente diferenciada da fluorescência de fundo
Interpretação do Padrão. Uma diversidade de padrões de fluorescência nuclear e citoplasmática podem ser exibidos
dependendo dos tipos e das quantidades relativas de auto-anticorpos presentes na amostra. Podem ser observados os
seguintes tipos de padrões de fluorescência:
cANCA ou fluorescência citoplasmática: Este padrão apresenta geralmente uma fluorescência citoplasmática forte e
granulada frequentemente com fluorescência acentuada em e em volta dos lobos nucleares. Este padrão é
normalmente considerado ser produzido por anticorpos que reagem com a enzima de grânulo primário Serina Protease
3 (PR3).
pANCA ou fluorescência perinuclear: Este padrão aparece geralmente como uma coloração homogénea dos lobos
nucleares, frequentemente com uma acentuação perinuclear. Visto que alguns anticorpos antinucleares (ANA) podem
também reagir com núcleos de neutrófilos humanos fixados em etanol, recomenda-se que estas amostras sejam
também testadas para ANA. Adicionalmente, estas amostras podem ser testadas em neutrófilos humanos fixados em
formol em vez de etanol. O formol, sendo um fixador de ligações cruzadas, destrói a maior parte dos antígenos
nucleares e muda o padrão de coloração de perinuclear para citoplamático se a amostra contiver pANCA. As lamelas
fixadas em formol, para este efeito estão disponíveis separadamente.
Limitações do Procedimento
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
As amostras inactivadas termicamente, hemolisadas, contaminadas microbianamente ou desfibrinadas
incompletamente podem causar coloração de fundo elevada e tornar a interpretação difícil. Obtenha uma
amostra fresca e volte a testar. A adição de 2% de albumina ou de soro bovino ao estabilizador PBS II usado
para diluir amostras pode reduzir a coloração de fundo de amostras problemáticas.
As amostras positivas de ANA podem reagir com neutrófilos fixados em etanol. As amostras positivas
nucleares deverão ser testadas para ANA e/ou testadas em lamelas de neutrófilos fixados em formol.
Porque os neutrófilos humanos fixados em etanol são conhecidos como contendo antígenos de grânulos
primários múltiplos tais como elastase, lactoferrina, catepsina G, proteína catiónica 57 e possivelmente outros
antígenos neutrófilos ainda não identificados, as amostras que aparecem como p ou como cANCA positiva
podem não testar sempre positivas para anticorpos específicos de mieloperoxidase (MPO) ou de protease
serina 3 (PR3).
Além de ANA, alguns outros auto-anticorpos podem também reagir com neutrófilos humanos fixados em
15
etanol. Estes anticorpos incluem músculo anti-liso (actina) e certos aloanticorpos tais como Mart ou NB1. A
actina ou os anticorpos de músculo liso reagem com citoplasma neutrófilo, mas com um padrão homogéneo
em vez de granulado grosso, tal como com um cANCA típico. Os aloanticorpos aparecem também como um
padrão citoplasmático, mas com um granulado muito mais fino comparado com cANCA e apenas uma
pequena percentagem de células (normalmente 40% ou menos) fluorescerão.
Ocasionalmente as amostras podem ser vistas com mais do que um auto-anticorpo. Por exemplo, c e p ANCA
ou ANCA mais ANA.
16
Alguns pacientes com doença inflamatória intestinal ou colite ulcerativa têm anticorpos neutrófilos reactivos.
Estas amostras aparecem como um padrão tipo pANCA em neutrófilos fixados em etanol com coloração
perinuclear muito acentuada. Normalmente, estas amostras aparecem como negativas ou com uma
fluorescência homogénea fraca, citoplasmática em lamelas de neutrófilos fixados em formol.
O manuseamento deficiente de lamelas durante o procedimento de coloração, especialmente deixando secar
as lamelas entre passos, pode resultar numa aparência de padrão "descolorido" e num nível elevado de
coloração de fundo.
A utilização de reagentes de outros tipos de kits de anticorpos fluorescentes (especialmente conjugados) pode
afectar adversamente a sensibilidade e a especificidade das lamelas de substrato de neutrófilos fixados em
etanol.
Uma diversidade de factores externos influenciam a sensibilidade do teste incluindo o tipo de microscópio de
fluorescência usado, a potência e a idade da lâmpada, a ampliação usada, o sistema de filtro e o observador .
Se for usado um filtro diferente do filtro de barreira 515, pode ser observado uma fluorescência artificial
aumentada.
4
11.
12.
13.
14.
15.
Deve apenas ser usado um lápis para etiquetar as lâminas. A utilização de qualquer outro material de escrita
pode provocar fluorescência artificial.
Todos os frascos coplin utilizados para a lavagem das lâminas não devem ter qualquer resíduo de corante. A
utilização de frascos coplin contendo resíduos de corante pode causar coloração artifactual.
Os resultados deste ensaio deverão ser usados em conjunto com descobertas clínicas e outros testes
serológicos.
As características do ensaio não foram estabelecidas para matrizes diferentes do soro.
As lâminas vendidas em separado têm a classificação de “Reagentes específicos de analitos”.
®
Excepto como componente do kit NOVA Lite ANCA, as características analíticas e de desempenho não foram
estabelecidas.
Valores Esperados
®
Foram testadas cento e quinze amostras normais de forma aleatória em lamelas de NOVA Lite ANCA fixadas em
etanol. Estas amostras foram submetidas como pré-emprego ou como exames físicos de empregados e como tal não
seria provável incluírem indivíduos idosos ou crianças. As amostras foram uma mistura aleatória de homens e
mulheres. Todas as 115 amostras foram negativas na diluição de rastreio de 1:20.
Foram também testados 45 pacientes de Wegener, 39 de poliartrites microscópicas e 20 de glomérulo-nefrite
crescêntica bem como pacientes com uma variedade de doenças do tecido conjuntivo. Os resultados encontram-se
resumidos na tabela seguinte:
Grupo do Paciente
Número de Pacientes
% Positiva
Normais Aleatórios
115
0
Wegener
45
89
(todos cANCA)
Poliartrite microscópica
39
100
(todos pANCA)
Glomérulo-nefrite crescentica
20
100
(todos pANCA)
SLE
27
7
(ambos pANCA e cANCA)
Síndroma de Sjogrens
21
0
Escleroderma
15
0
Polimiosite
6
0
®
As lamelas NOVA Lite ANCA foram comparadas lado a lado com as preparações de neutrófilos citocentrifugados
usadas rotineiramente num centro de referência ANCA baseado numa universidade. Foram testadas cinquenta e cinco
amostras de soros positivos (23 cANCA, 28 pANCA, 4 Atípicos) e 14 amostras negativas ANCA. Das 55 amostras
®
positivas, 54 produziram um padrão de coloração idêntico nas lamelas NOVA Lite ANCA. Uma amostra de título baixo
cANCA produziu um resultado negativo na lamela INOVA. Todas as 14 amostras negativas ANCA foram identicamente
®
negativas nas lamelas NOVA Lite ANCA. As titulagens das 55 amostras positivas em ambos os substratos produziram
o mesmo resultado ou uma diferença de diluição dupla em 53 das amostras testadas. As outras 2 amostras diferiram
em 2 diluições duplas.
Quarenta e oito amostras de soro aleatórias submetidas a um grande laboratório de referência dos E.U.A. foram
®
testadas simultaneamente para ANCA, usando lamelas NOVA Lite ANCA e também para anticorpos específicos MPO
e PR-3 usando kits INOVA QUANTA Lite® ELISA. Os resultados encontram-se resumidos na tabela seguinte.
Resultado IFA
negativo
pANCA
cANCA
c e pANCA
Atípico
Nº de Amostras
% ELISA Positivo
MPO
PR3
0
0
84
0
0
95
80
0
0
0
8
13
21
5
1
Oito amostras foram ANCA negativas por imunofluorescência. A totalidade das oito amostras foram negativas tanto
para MPO como para PR-3 por ELISA. Os resultados MPO e PR-3 situaram-se entre 1-5 unidades, consideravelmente
abaixo das 20 unidades de corte positivo. Foram classificadas treze amostras como pANCA positivas por IFA. Onze
delas foram MPO positivas e nenhuma delas foi PR-3 positiva. Vinte e uma amostras foram cANCA positivas por
imunofluorescência. Nenhuma destas amostras foi MPO positiva, enquanto que 20 das 21 amostras foram PR-3
positivas. Cinco amostras pareceram ter ambos os padrões tipo p e c ANCA por IFA. Quatro destas foram MPO
positivas e nenhuma delas PR3 positiva. Uma amostra foi classificada como uma pANCA atípica. Esta amostra pANCA
atípica foi negativa tanto no Kit MPO como no kit PR3.
Conformidade de resultados ANCA - ELISA vs. IFA
Enquanto MPO e PR3 são antígenos principais contendo o que pode ser identificado como p e c ANCA, o utilizador
deverá estar atento a que anticorpos para várias outras enzimas de grânulos primários de neutrófilos podem também
produzir padrões de c e p ANCA por imunofluorescência em neutrófilos fixados em etanol. Isto é especialmente verdade
no caso de anticorpos pANCA onde pelo menos 3 outros auto-anticorpos para antígenos diferentes do MPO podem
produzir um padrão de pANCA tipo IFA. Para ilustrar este ponto, as amostras dos grupos acima mencionados de
Wegener, poliartrite microscópica e glomérulo-nefrite crescentica, bem como as 48 amostras submetidas a teste
serológico de rotina para vasculite, foram agrupadas. Tanto os resultados de imunofluorescência de neutrófilo humano
fixado em etanol como os de ELISA são mostrados abaixo.
5
+
QUANTA Lite® PR-3 IgG
+
60
6
cANCA IFA
-
+
1
85
QUANTA Lite® MPO IgG
+
47
30
pANCA IFA
-
0
75
Sensibilidade relativa
Especificidade relativa
Conformidade
90,9%
98,8%
95,4%
Sensibilidade relativa
Especificidade relativa
Conformidade
61,0%
100%
80,3%
De 66 amostras positivas cANCA IFA, 6 foram negativas para PR3 e 1 amostra foi ELISA positiva e ainda negativa para
IFA. De 77 amostras positivas pANCA IFA, 30 foram negativas por MPO ELISA específico. Nenhumas amostras
negativas pANCA, IFA foram encontradas positivas pelo MPO ELISA.
6
Referências
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
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Immunol 11:161-174, 1991.
Specks U, et. al., Anticytoplasmic autoantibodies in the diagnosis and follow-up of Wegener’s
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van der Woude FJ, et. al., Autoantibodies against neutrophils and monocytes: tools for diagnosis and
marker of disease activity in Wegener’s granulomatosis. Lancet 423-429, 1985.
Cohen-Tervaert JW, et. al., Association between active Wegener’s granulomatosis and
anticytoplasmic antibodies. Arch Intern Med 149:2461-2465, 1989.
Cambridge, et. al., Antineutrophil antibodies in inflammatory bowel disease: prevalence and
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