2014-2 Programas - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais

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2014-2 Programas - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
PROGRAMAS DE DISCIPLINAS PARA FILOSOFIA
BACHARELADO – LICENCIATURA
2014.2
FCF286 - SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA I
CARGA HORÁRIA:60H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo e discussão de uma ou mais teses filosóficas representativas do pensamento.
Adriany Mendonça
Programa: O objetivo do curso é discutir o estatuto da crítica à tradição de pensamento desenvolvida
por Friedrich Nietzsche em seu primeiro livro publicado, O Nascimento da Tragédia, tendo em vista a
valorização da esfera cultural alemã do século XIX levada a cabo pelo autor. Procuraremos investigar
em que medida, a despeito dos elogios à ópera de Wagner – que seria apresentada neste primeiro livro
como a manifestação artística que teria trazido à tona novamente o espírito trágico grego –, e da
aproximação com as filosofias críticas de Kant e Schopenhauer, a crítica do racionalismo socrático e o
elogio da arte trágica estariam muito mais intimamente ligados a uma perspectiva artística cômica, que
Nietzsche desenvolve veladamente a partir de um pacto secreto com algumas das obras Aristófanes.
Para tanto, analisaremos as principais teses de Nietzsche sobre a tragédia ática, as críticas ao
racionalismo socrático, e buscaremos desenvolver uma leitura de O Nascimento da Tragédia à luz de
duas comédias de Aristófanes: As Nuvens e As Rãs.
Bibliografia
NIETZSCHE, Friedrich. Obras incompletas. Seleção de textos de Gérard Lebrum. Tradução e notas de
Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Coleção Os Pensadores)
Bibliografia Complementar:
ARISTÓFANES. As Nuvens. Tradução de Mário da Gama Kury. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
1995.
____________. AsRãs. Tradução de Mário da Gama Kury. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.
DIAS, Rosa Maria. Nietzsche e a Música. Rio de Janeiro: Imago, 1994.
______________ . “A influência de Schopenhauer na filosofia da arte de Nietzsche em ‘O Nascimento
da Tragédia’”, in. Cadernos Nietzsche n. 3. São Paulo: USP, 1997.
EURÍPIDES. Electra. Tradução de J. B. Mello e Souza. São Paulo: Ediouro, s/d.
NIETZSCHE, Friedrich. O Nascimento da Tragédia.Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia
das Letras, 1992.
SALLIS, John. Crossings: Nietzsche and the Space of Tragedy. Chicago: The University of Chicago
Press, 1991.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF-306TEORIA DO CONHECIMENTO I
CARGA HORÁRIA:60H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Introdução aos principais problemas da teoria do conhecimento.
Alberto Oliva
1) A questão da gênese: as fontes do conhecimento
2) Sobre a distinção entre Contexto da Descoberta de Contexto da Justificação. Processos de
formação X Procedimentos de validação das crenças
3) Em busca de um Critério de Demarcação: como distinguir conhecimento de opinião,
ideologia, superstição e senso comum?
4) A definição clássica de conhecimento - crença verdadeira justificada – e seus críticos.
5) Concepções de Verdade
6) Teorias da Justificação
7) O relativismo cognitivo: dos sofistas à versão socioconstrutivista.
Bibliografia principal:
Teoria do Conhecimento (Jorge Zahar Editor) de Alberto Oliva
Bibliografiacomplementar:
POJMAN, L. P. (2003) THE THEORY OF KNOWLEDGE. CLASSICAL AND CONTEMPORARY
READINGS. Belmont. Wadsworth
AlCOFF, L. M. (2006) EPISTEMOLOGY. THE BIG QUESTIONS . Oxford. Blackwell.
STEUP, M. & SOSA, E. (2005) CONTEMPORARY DEBATES IN EPISTEMOLOGY. Oxford.
Blackwell
BONJOUR, L. EPISTEMOLOGY (2002) CLASSIC PROBLEMS AND CONTEMPORARY
RESPONSE. Nova Iorque. Rowman& Littlefield Publishers.
GRAYLING, A. C. (2002) “EPISTEMOLOGY’. In: THE BLACKWELL COMPANION TO
PHILOSOPHY. Nova Jérsei. Wiley.
FCF591 – Temas filosóficos da Educação.
CARGA HORÁRIA:60H
CRÉDITOS:04
Ementa: Reflexões filosóficas sobre a educação, de um ponto de vista temático.
Ana Barreto
Programa: A proposta do curso é estudar a perspectiva nietzschiana do problema da educação, para isso
acompanhando o movimento interno de sua obra, movimento este em que o conceito de formação
perde espaço e importância para os conceitos de experimentação e vivência.
Bibliografia principal
NIETZSCHE, F. Obras incompletas. Tr. e notas Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril,
1987. Coleção Os Pensadores.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. Tr. Paulo César de Souza. São Paulo:
Cia da Letras, 2000.
. A Gaia ciência. Tr. Paulo César de Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2001.
. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. Tr. Paulo César de Souza. São Paulo:
Cia das Letras, 1992.
Bibliografia complementar
DELEUZE, G.Conversações. Tr. Peter PálPelbart. São Paulo: Editora 34, 1996.
FCF124 Filosofia Social I
CARGA HORÁRIA:60H
CRÉDITOS:04
EMENTA: Introdução aos principais problemas da filosofia social.
Ana Barreto
Programa: A proposta do curso é estudar um tema delineado por Foucault na última aula de seu curso
O governo de si e dos outros, o da filosofia “entendida como livre coragem de dizer a verdade”: a
filosofia que se constitui no movimento de desvio da parresía política para e na prática filosófica. Este
será um dos temas principais de seu último curso, A coragem da verdade. Pretendo explorar, além
destes cursos, outros momentos em que Foucault aborda o tema da relação entre filosofia e parresía, em
livros, conferências, artigos ou entrevistas.
Bibliografia principal
FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Tr. Roberto Machado e Eduardo Jardim. Rio de
Janeiro: NAU Editora, 2003.
Bibliografia complementar
FOUCAULT, M. Arqueologia das Ciências e História dos Sistemas de Pensamento. Ditos & Escritos
II. Tr. Elisa Monteiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.
. O governo de si e dos outros. Curso no Collège de France 1982-1983. Tr. Eduardo Brandão. São
Paulo: Martins Fontes, 2010.
. A coragem da verdade. Curso no Collège de France 1983-1984. Tr. Eduardo Brandão. São Paulo:
Martins Fontes, 2011.
FCF108 ÉTICA I
CARGA HORÁRIA:60H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Introdução aos principais problemas da ética.
Antonio F. Saturnino
Programa:
1) Introdução à questão da liberdade: breve análise comparativa das relações entre natureza, razão
prática e livre escolha nas filosofias de Aristóteles, Hume e Kant.
2) Discussão das relações entre a questão da liberdade e as noções de bem e dever na filosofia prática
kantiana.
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
2.1) Liberdade, Bem e Dever no âmbito dos Imperativos Hipotéticos.
2.2) Bem Supremo, Dever e Liberdade no âmbito do Imperativo Categórico.
Bibliografia principal.
KANT, Immanuel. "Fundamentação da Metafísica dos Costumes". IN: COLEÇÃO OS
PENSADORES, Abril Cultural.
Bibliografia complementar.
ARISTÓTELES. "Ética a Nicômaco". Brasília: Ed. UnB, 1985.
HUME, David. "Tratado da Natureza Humana". São Paulo: Ed. UNESP, 2009.
KANT, Immanuel. "Crítica da Razão Prática". São Paulo: Martins Fontes, 2011.
FCF283 SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL II
CARGA HORÁRIA:60H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo e discussão de uma ou mais teses filosóficas representativas do pensamento
medieval.
Bernardo Veiga/tut. Fernando Rodrigues
Título do curso: A ética das virtudes segundo a filosofia de Tomás de Aquino
Programa: uma apresentação geral da ética filosófica de Tomás de Aquino, como um estudo das noções
básicas do pensamento tomasiano e do seu comentário a Aristóteles. Serão expostas as noções de
hábito, sujeito da virtude, os atos voluntários, as virtudes morais, intelectuais e a felicidade. Busca-se
distinguir de que modo Tomás concorda e discorda, como ruptura e, por outro lado, continuidade com a
noção de felicidade aristotélica.
Metodologia: Aulas teóricas e expositivas, fundamentadas em análises de temas, a partir da leitura
crítica das Questões Disputadas sobre as virtudes 1 e 5 (bibliografia principal), sobre os pontos
principais da ética de Tomás de Aquino.
Bibliografia principal:
TOMÁS DE AQUINO. As virtudes morais. Campinas: Eccleasiae. 2002
Bibliografia complementar:
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução, textos adicionais e notas de Edson Bini. Bauru: Edipro,
3ªed. 2009.
GILSON, Étienne. Saint Thomas Moraliste. Paris: Place de la Sorbonne. 2ªed. 1974.
TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica – Volume IV. Edição bilíngue coordenada por Carlos-Josaphat
Pinto de Oliveira. São Paulo: Loyola. 2005c.
______. Suma Teológica – Volume III. Edição bilíngue coordenada por Carlos-Josaphat Pinto de
Oliveira. São Paulo: Loyola. 2ªed., 2003.
Site: http://www.corpusthomisticum.org
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF289 Seminário de Ética
CARGA HORÁRIA:60H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo e discussão de um ou mais tópicos filosóficos representativos da ética.
Carla Francalanci
Programa: Em vários momentos da Ética a Nicômaco Aristóteles investiga a noção de bem viver
imbricando ética e política. Assim, por um lado, a política é a atividade que dirige todas as outras,
sendo uma de suas principais atribuições legislar sobre o âmbito próprio de atuação de cada uma das
atividades na cidade, assim como formar o caráter dos cidadãos, incutindo-lhes bons hábitos. Por outro
lado, essa mesma política é formada pelas escolhas deliberadas de seus cidadãos, que são o fator
decisivo na constituição de seu caráter. O presente curso terá como tema central investigar duas das
principais virtudes que atuam nesta interseção entre formação do caráter e constituição política da
cidade, a saber, a justiça e a prudência.
Para tanto, o curso será dividido em duas etapas: a primeira consistirá na leitura do livro III e de alguns
trechos do livro VI da Ética Nicômaco, em que analisaremos como a virtude intelectual da prudência
atua no âmbito prático; a segunda etapa consistirá na leitura do livro V da mesma obra, em que
analisaremos os diferentes modos como Aristóteles compreende a justiça, traçando alguns paralelos
com a perspectiva platônica.
Bibliografia principal
ARISTÓTELES. EthicaNicomachea I. 13 - III.8 - Tratado da Virtude Moral. Introdução, tradução e
comentários: M. Zingano. São Paulo: Odysseus Editora, 2008.
___. Ética a Nicômacos. Introdução, tradução e notas: M. da Gama Kury. Brasília: Ed. Universidade
de Brasilia, 1985.
Bibliografia complementar
ANGIONI, L. Phronesis e virtude do caráter em Aristóteles: comentários a Ética a Nicômaco VI,
Dissertatio, n. 34, p. 303 – 345, 2011.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco – Livro VI, tradução de Lucas Angioni, Dissertatio, n. 34, p. 285 –
300, 2011.
___. Nicomachean Ethics – Books II – IV. Introdução, tradução e comentários: C. Taylor. New York:
Oxford University Press, 2006.
AUBENQUE, P. A prudênciaemAristóteles. 2. ed. - São Paulo: Discurso, 2002.
BESNIER, B. A distinção entre praxisepoesisem Aristóteles, Analytica, vol. 1, n. 3, pp. 127-163,
1996.
NATALI, C. A base metafísica da teoria aristotélica da ação. Analytica, vol. 1, n. 3, pp. 101-125,
1996.
WOLF, U. A Ética a Nicômaco de Aristóteles. São Paulo: Loyola, 2010.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF618 - Filosofia Política III
CARGA HORÁRIA:60H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Análise dos principais modelos de Democracia.
Carla Rodrigues
Programa: O objetivo do curso é discutir as críticas à democracia liberal a partir do pensamento de
Jacques Derrida.
Bibliografia principal:
HORKHEIMER, Max. “Teoria tradicional e teoria crítica”. IN: Os pensadores, 16. Textos escolhidos
Max Horkheimer, Theodor W. Adorno. Tradução ZeljkoLoparic et ali.
Bibliografia complementar:
DERRIDA, Jacques. Espectros de Marx. O Estado da dívida, o trabalho do luto e a nova internacional.
Tradução Anamaria Skinner. Rio de Janeiro :Relume-Dumará, 1994.
______. O outro cabo. Tradução Fernanda Bernardo. Coimbra : A mar arte, 1995.
______. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Tradução de Claudia de Moraes Rego. Rio de
Janeiro: Relume-Dumará, 2001.
______. Políticas da Amizade. Tradução Fernanda Bernardo. Porto : Campo das Letras, 2003.
_______. “Auto-imunidade, suicídios reais e simbólicos – um diálogo com Jacques Derrida”. IN: e
BORRADORI, Giovanni. Filosofia em tempo de terror. Tradução de Roberto Muggiati. Rio de Janeiro
: Jorge Zahar Editor, 2004.
HORKHEIMER, Max. Teoria crítica I. Tradução Hilde Cohn. São Paulo : Perspectiva, 2012.
MARX, K. Teses contra Feuerbach. MARX, Os pensadores, volume I. Traduções de José Carlos Bruni,
José Arthur Giannotti e EdgardoMalagodi.
MOUFFE, Chantal. O regresso do político. Tradução Joaquim Coelho Rosa. Lisboa :Gradiva, 1996.
NAAS, Michael. “Uma nação...indivisível: Jacques Derrida e a Soberania que não ousa dizer seu
nome”. Tradução de Alcides Cardoso dos Santos. IN: SANTOS, Alcides, DURÃO, Fabio et. alli
(orgs). Desconstrução e contextos nacionais. Rio de Janeiro : 7Letras, 2006.
FCF 135 - HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA V
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo de um ou mais problemas do pensamento antigo.
Carolina Araújo
Programa: Virtudes socráticas. Esse curso se destina à discussão da concepção socrática de virtude,
especificamente sobre a sabedoria, a piedade, a coragem e a temperança, tal como elas se apresentam
nos diálogos platônicos: Apologia de Sócrates, Eutífron, Laques e Cármides.
07/08: Introdução à questão socrática e aos diálogos platônicos. Apologia de Sócrates: estratégia da
defesa socrática. Sabedoria humana. Educação e corrupção.
Leitura obrigatória: Platão, Apologia de Sócrates, 17a-28a
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
14/08: Piedade, morte e gênero de vida
Leitura obrigatória: Platão, Apologia de Sócrates, 28a-42a
21/08: Eutífron: cena dramática e tradição religiosa. Como definir a piedade?
Leitura obrigatória: Platão, Eutífron, 2a-7b
28/08: Piedade, dissensão entre os deuses e amor dos deuses.
Leitura obrigatória: Platão, Eutífron, 7b-11e
04/09: Justiça e cuidado dos deuses.
Leitura obrigatória: Platão, Eutífron, 12a-16a
11/09: Não haverá aula: professora em compromisso acadêmico
18/09: Entrega da 1a avaliação. Laques: cena dramática, educação dos jovens, conhecimento e ação
Leitura obrigatória: Platão, Laques, 178a-184c
25/09: Aprendizado e professores, os ofícios e o que sabem Laques e Nícias
Leitura obrigatória: Platão, Laques, 184d-189d
02/10: Coragem como parte da excelência, a refutação de Laques: permanência e persistência,
propriedade de ações, alma e cálculo
Leitura obrigatória: Platão, Laques, 189d-193e
09/10: Coragem da investigação, a refutação de Nícias: sabedoria, conhecimento e habilidade,
especialidade de medo e perigo, passado e futuro, totalidade da excelência
Leitura obrigatória: Platão, Laques, 194a-201c
16/10: Cármides: cena dramática, beleza e dor de cabeça.
Leitura obrigatória: Platão, Cármides, 153a-159a
23/10: Tentativas de definição de temperança: quietude, modéstia, fazer o próprio.
Leitura obrigatória: Platão, Cármides, 159b-162b
30/10: : Não haverá aula: professora em compromisso acadêmico
06/11: Agir, produzir, realizar; saber de si; excelência, produção e especificidade de objeto.
Leitura obrigatória: Platão, Cármides, 162b-169b
13/11: Conhecimento de conhecimento
Leitura obrigatória: Platão, Cármides, 169c-172c
20/11: Sabedoria prática e felicidade, conhecimento de benefício, sortilégio
Leitura obrigatória: Platão, Cármides, 172d-176d
27/11: Avaliação final
AVALIAÇÃO
1a avaliação: questionário, questões entregues em 04/09, respostas entregues em 18/09
2a avaliação: prova em sala de aula dia 27/11
Bibliografia BÁSICA
PLATÃO. Apologia. Introdução, tradução e notas de Jaime Bruna. In: Sócrates. São Paulo: Abril
Cultural, 1972. [Col. Os pensadores]
____. Apologia de Sócrates, Eutífron e Críton. Introdução, tradução e notas de André Malta. Porto
Alegre: L&PM, 2008.
____. Eutífron, Apologia de Sócrates e Críton. Introdução, tradução e notas de José Trindade Santos.
Lisboa: Casa da Moeda,
_____. Laques. Introdução, tradução e notas de Francisco Oliveira. Lisboa: Edições 70, 1989.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
_____. Cármides e Lísis. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: UFPA, 2002.
Bibliografiacomplementar
AHBEL-RAPPE, S. & KAMTEKAR, R. A companion to Socrates. Oxford: Blackwell, 2006.
ALLEN, R. E. Plato’sEuthyphro and the earlier theory of forms. Nova York: Humanities Press, 1970.
BENSON, H. (ed.) Platão. Tradução de Marcos Zingano. Porto Alegre: Artmed, 2011.
_____ (ed). Essays on the philosophy of Socrates. Oxford: Oxford University Press, 1992.
BRICKHOUSE, T & SMITH, N. Plato’s Socrates. Oxford : Oxford University Press, 1994.
GIANNANTONI, G. Dialogo socratico e nascitadelladialetticanella filosofia diPlatone. Nápolis:
Bibliópolis, 2005.
GULLEY, N. The philosophy of Socrates. Londres: MacMillan, 1968.
HOBBS, A. Plato and the hero: courage, manliness and the impersonal good. Cambridge: Cambridge
University Press, 2006.
KAHN, C. Plato and the Socratic dialogue. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.
KRAUT, R. Platão. Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Ideias & Letras, 2013.
LEIBOWITZ, D. The ironic defense of Socrates: Plato’s Apology. Cambridge: Cambridge University
Press, 2014.
TRINDADE SANTOS, J. G. Para ler Platão: a ontoepistemologia dos diálogos socráticos. São Paulo:
Loyola, 2008.
TUOZZO, T. Plato’sCharmides: Positive Elenchus in a ‘Socratic” Dialogue. Cambridge: Cambridge
University Press, 2014.
VLASTOS, G. Socrates, ironist and moral philosopher. Ithaca: Cornell University Press, 1991.
FCF 643 Filosofia da Natureza II
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo monográfico do conceito de natureza a partir de texto de um autor grego e/ou
medieval.
Daniel Pretti
Programa: O tema do curso será a noção de natureza como auto-produção em Aristóteles e F.
Schelling. Investigaremos, em um primeiro momento, como Aristóteles apresenta essa noção no livro II
da Física, valendo-se de uma importante imbricação com a noção de arte (tékhne). Em seguida,
investigaremos as razões pelas quais F. Schelling retoma essa mesma noção de natureza no final do
século XVIII, igualmente valendo-se de uma imbricação com as artes plásticas. Além dos escritos de
Aristóteles, também utilizaremos como texto base os primeiros capítulos do curso ministrado por
Merleau-Ponty intitulado “Natureza”.
Bibliografia principal
ARISTÓTELES. Física. Introdução, tradução do grego e comentários: L. Angioni. Campinas: Editora
Unicamp. 2009.
MERLEAU-PONTY, Maurice. A natureza: curso do Collège de France. 2. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2006.
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Bibliografia complementar
BARROS, Fernando R. de Moraes. Schelling e Hegel: a relação entre arte e natureza. Revista
eletrônica Estudos hegelianos, ano 8, no. 14, p. 52-66, 2011.
GONÇALVES, Márcia C. F. Schelling: filósofo da natureza ou cientista da imanência? In: As filosofias
de Schelling. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005, p. 71 – 90.
HARTMANN, Nicolai. A filosofia do idealismo alemão. Lisboa: Fundação CalousteGulbenkian.
1983.
HEIDEGGER, Martin. A essência e o conceito de physis em Aristóteles – Física B, 1 (1939) In.
Marcas do caminho. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, p. 251 – 314.
___. Introdução à metafísica. 4. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1999.
SCHUBACK, Márcia Sá C. O nada da arte e o todo da natureza - Uma reflexão sobre a reciprocidade
do aparecer da natureza e da natureza do aparecer, segundo alguns acenos de Schelling à luz de
Hölderlin In. Arte no Pensamento. Org. Fernando Pessoa. Seminários Internacionais Museu Vale do
Rio Doce, 2006, p. 138 – 168.
SCHELLING, Friedrich W. J. Cartas sobre o Dogmatismo e o Criticismo. In: Obras Escolhidas. Trad.
e org. de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 177 – 212.
___. Filosofia da arte. Tradução e notas de Márcio Susuki. São Paulo, Edusp, 2001.
___.Ideias para uma filosofia da natureza. Prefácio, introdução, notas e apêndices de Carlos
Morujão. Edição bilíngue. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2001.
___. Sobre a relação das artes plásticas com a natureza. Belo Horizonte: UFMG, 2011.
FCF 619 Filosofia Política IV
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Ética, Política e Direito: análise de questões da filosofia política e do Direito e suas
relações com a moralidade.
Daniel Pretti
Em vários momentos da Ética a Nicômaco Aristóteles investiga a noção de bem viver imbricando ética
e política. Assim, por um lado, a política é a atividade que dirige todas as outras, sendo uma de suas
principais atribuições legislar sobre o âmbito próprio de atuação de cada uma das atividades na cidade,
assim como formar o caráter dos cidadãos, incutindo-lhes bons hábitos. Por outro lado, essa mesma
política é formada pelas escolhas deliberadas de seus cidadãos, que são o fator decisivo na constituição
de seu caráter. O presente curso terá como tema central investigar duas das principais virtudes que
atuam nesta interseção entre formação do caráter e constituição política da cidade, a saber, a justiça e a
prudência.
Para tanto, o curso será dividido em duas etapas: a primeira consistirá na leitura do livro III e de alguns
trechos do livro VI da Ética Nicômaco, em que analisaremos como a virtude intelectual da prudência
atua no âmbito prático; a segunda etapa consistirá na leitura do livro V da mesma obra, em que
analisaremos os diferentes modos como Aristóteles compreende a justiça, traçando alguns paralelos
com a perspectiva platônica.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Bibliografia principal
ARISTÓTELES. EthicaNicomachea I. 13 - III.8 - Tratado da Virtude Moral. Introdução, tradução e
comentários: M. Zingano. São Paulo: Odysseus Editora, 2008.
___. Ética a Nicômacos. Introdução, tradução e notas: M. da Gama Kury. Brasília: Ed. Universidade
de Brasilia, c1985.
Bibliografia complementar
ANGIONI, L. Phronesis e virtude do caráter em Aristóteles: comentários a Ética a Nicômaco VI,
Dissertatio, n. 34, p. 303 – 345, 2011.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco – Livro VI, tradução de Lucas Angioni, Dissertatio, n. 34, p. 285 –
300, 2011.
___. Nicomachean Ethics – Books II – IV. Introdução, tradução e comentários: C. Taylor. New York:
Oxford University Press, 2006.
AUBENQUE, P. A prudênciaemAristóteles. 2. ed. - São Paulo: Discurso, 2002.
BESNIER, B. A distinção entre praxisepoesisem Aristóteles, Analytica, vol. 1, n. 3, pp. 127-163,
1996.
NATALI, C. A base metafísica da teoria aristotélica da ação. Analytica, vol. 1, n. 3, pp. 101-125,
1996.
WOLF, U. A Ética a Nicômaco de Aristóteles. São Paulo: Loyola, 2010.
FCF244 HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA I
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo introdutório de conceitos fundamentais do pensamento moderno.
Ethel Rocha
Leitura detalhada das Meditações I e II das Meditações Metafísicas de R. Descartes.
Bibliografia principal:
Descartes, R. Meditações Metafísicas, Coleção os Pensadores, Abril Cultural. Trad. J. Guinsburg e
Bento Prado Junior. (Meditação I e II das).
Bibliografia adicional:
• Adam, C. and Tannery, P (eds.), Oeuvres de Descartes, Vol VII (rev. edn., 12 vols. , Paris:
Vrin/CNRS, 1964-76)
• Beyssade, M., Méditations métapphysiques, Le Livre de Poche, Libraire Générale Française,
1990.
• Beyssade, J.M., La Philosophie première de Descartes (Paris: Flamarion, 1979)
• Broughton, J. e Carriero, J. (eds.) A Companion to Descartes (Blackwell Publishing Ltd., 2008)
• Carriero, J., Between Two Worlds, (Princeton University Press, Princeton and Oxford, 2009)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
• Cottingham, J., The Cambridge Companion to Descartes(New York: Cambridge University
Press, 1992)
• __________, (ed.) Descartes: A Collection of Critical Essays(New York: Doubleday, 1967
• __________, (ed) Reason, Will and sensation: Studies in Descartes´ Metaphysics, (Oxford:
Clarendon Press, 1994)
• __________, (ed. e trad.) Descartes' Conversation with Burman(Oxford; Clarendom Press,
1976)
• ___________ , Stoothoff, R. e Murdoch, D. (eds.) The Philosophical Writings of Descartes ( 3
vols. Cambridge: Cambridge University press, 1985)
• Doney, (ed.) Descartes: A Collection of Critical Essays (New York: Doubleday, 1967)
• Frankfurt,H.Demons, dreamers and Madmen (Garland Publishing, New
• York & London, 1987)
• Grene, M., Descartes Among the Scholastics: The Aquinas Lecture(Milwaukee: Marquette
university Press 1991)
• Gueroult, M., Descartes selonl'ordre des raisons (2 vols. Paris: Aubier, 1953)
• Hooker, M., (ed) Descartes:Critical and Interpretative Essays(Baltimore: Johns Hopkins
University Press, 1978)
• Kenny, A. (trad.) Descartes Philosophical Letters (Oxford: Oxford University Press, 1970)
• Moyal G.J.D. (ed.) Critical Assessments, 3 Volumes –(Routledge, London and New York,
1991)
• Rorty, A. (ed.)Essays on Descartes’sMeditations(Berkeley: University of California Press,
1986)
• Wilson, M. Descartes (London: Routledge and Kegan Paul, 1978)
• ________, "Review of Descartes' Conversation with Burman" in Philosophical Review, Vol.
LXXXVII, Julho, 1978
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF335 HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA V
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS:
04
EMENTA: Estudo de uma ou mais obras do pensamento moderno.
Ethel Rocha
Programa: Análise e discussão de alguns temas importantes da filosofia de Descartes. O foco será
sobretudo em questões presentes na Segunda e na Sexta Meditações das Meditações Metafísicas de
Descartes. Esse programa é um “work in progress” e, portanto, poderá ser modificado ao longo do
curso. A princípio trataremos de 6 temos (abaixo especificados) e cada tema será discutido em 2
encontros.
Avaliação:
a) A cada duas semanas o aluno deverá apresentar um trabalho de no máximo duas páginas (até 600
palavras) cada. Esses trabalhos serão entregues antes do início da discussão de cada um dos temas, o
que auxiliará o aluno nas discussões em sala. Serão atribuídos 1, 2 ou 3 pontos a cada um desses
trabalhos 3: bom; 2: ok; 1: precisa melhorar. A soma desses pontos valerá 30% da nota final.
b) Trabalho final de 10 a 15 páginas sobre tema de escolha do aluno e com o acordo da professora.
Esse trabalho valerá 50% da nota final.
c) Participação nas discussões em sala. Vale 20% da nota final.
Sobre a Bibliografia: Alguns textos de Descartes não foram traduzidos para o português. No acervo da
biblioteca do IFCS encontra-se a obra de Descartes no original (em francês e em latim), a tradução para
o francês e a tradução para o inglês. É possível o acesso, através da biblioteca do IFCS, a todos os
artigos publicados em revistas filosóficas que serão discutidos em sala. O aluno deverá dirigir-se à
biblioteca do IFCS e solicitar acesso remoto aos portais de periódicos por ela disponibilizados.
Referências dos textos de Descartes:
MM :Tradução (Português) das Meditações Metafísicas, Coleção Os Pensadores, Abril Cultural.
Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Junior, seguida do número da página.
AT: Obra completa de Descartes (em francês e latim): Adam, C. and Tannery, P (eds.), Oeuvre de
Descartes, (12 vols. , Paris: Vrin/CNRS, 1964-76), seguida do volume e do número da página.
OD: Tradução (francês) Oeuvre de Descartes. Bibliothèque la Pleiade , Gallimard (Éditions)
CSM: Tradução (inglês) da obra de Descartes. Cottingham, J., Stoothoff, R. e Murdoch, D. (eds.) The
PhilosophicalWritingsof Descartes ( vols. I e II) Cambridge: Cambridge Universitypress, 1985,
seguida do volume e do número da página
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
CSMK: Tradução (inglês) das cartas de Descartes. Cottingham, J., Stoothoff, R., Murdoch, D. e
Kenny(eds.) The PhilosophicalWritingsof Descartes ( vols. III) Cambridge: Cambridge
Universitypress, 1985, seguida do número da página
Pr.: Tradução (Português) Princípios da Filosofia de Descartes, edição bilingue Trad. coordenada por
Guido Antonio de Almeida, Editora UFRJ, seguida da Parte e da seção.
PA: Tradução (Português) As Paixões da Alma, Coleção Os Pensadores, Abril Cultural. Trad. J.
Guinsburg e Bento Prado Junior, seguida da parte e da seção.
Temas a serem discutidos (previsão):
1) Aula 1e 2Introdução
Leitura sugerida:
Carriero, J. Between Two Worlds: A Reading of Descartes’s Meditations (BTW), Introdução.
Rozemond, M. Descartes'sDualism (DD), Prefácio.
2) Aulas 3e 4: Distinção entre Material e Imaterialem Descartes
Textos a serem discutidos:
Descartes: Meditação II. MM: 101-102 (AT VII 27-28/CSM II 18-19); Meditação V. MM: 131-132
(AT VII 63-65; CSMII: 44-45) Meditação VI. MM: 137-139 (AT VII:72-73;CSM II 50-51) e MM:
142-143(ATVII: 78-79/CSM II 54) e Meditação VI. MM: 144 (AT VII 81/CSM II 56)
Descartes: Pr: Parte I, 48
Rozemond, DD capítulo 2.
3) Aulas 5 e 6: A Distinção Real
Textos a serem discutidos:
Descartes: Meditação VI. MM:142-143 (AT VII 78-79;CSM II 54-55)
Descartes: Resposta às Segundas Objeções MM:179-180 - (Definições); (AT VII 160-162;CSM II113114)
Descartes: Pr: I.51-54, 60-65.
Descartes: Comments on a Certain Broadsheet: AT VIII-B, 347-352; CSM I 297-300. Rozemond,
DD, pp. 2-12.
4) Aulas 7 e 8: A teoria da substância e o argumento em favor do Dualismo
Textos a serem discutidos:
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Descartes: Meditações VI. MM: 142-143 (AT VII 78-79;CSM II 54-55)
Descartes: Resposta às Segundas Meditações: MM: 179-180 (AT VII 160-162 (Definições); Descartes:
Resposta às Quartas Meditações: AT VII 219-227/CSM II 154-160,
Descartes: Pr: Parte I.51-54 e 60-65.
Descartes: Comments on a Certain Broadsheet, AT VIII-2, 347-352.
RozemondDD Capítulo 1
Garber,D. “Descartes againstmaterialists” in Descartes' Meditations : A CriticalGuide, Detlefsen, K.
Cambridge University Press, 2013 (a cópia desse capitulo será disponibilizada via internet).
Rodriguez-Pereira, Gonzalo. “Descartes’s Substance Dualism and His Independence Conception of
Substance”. Journal of the History of Philosophy, 2008, 69-90.
5) Aulas 9 e 10: Percepção Sensível
Textos a serem discutidos:
Descartes: Meditation III. MM: 107-116 (AT VII 34-46; CSM II 24-32)
Descartes: Resposta às Sexta Objeções: AT VII 436-439; CSM II 294-296
Descartes: Comments on a Certain Broadsheet, artigos 12-14 - AT 357-361; CSM I 303-305;
O Mundo Cap. 1 (AT IX 3-6;CSM I 81-82).
Princípios da Filosofia: Parte IV, 197-198.
Rozemond, “Mind-Body Interaction: What’s the Problem?” in Journal of the History of Philosophy,
Volume 37, Number 3, July 1999, pp. 435-467
Carriero, BTW, Introdução e cap. III, sobretudo, pp. 135-148 e 156-167.
6) Aulas11-12: Forma substancial
Descartes correspondência: ATIII: 205-208; 492-493; 503-506, 649. AT IV: 163-164; 502
Rozemond DD, Capítulo 4
7) Aulas 13-14: União corpo e alma
Correspondência Descartes-Elizabeth: 28 de junho de 1643; outros trechos da correspondência serão
indicados ao longo do curso.
Descartes: Resposta às Quaras Objeções: AT VII 219-227; CSM II 154-160.
Descartes: Paixões da Alma Parte I. 30, 31.
Hoffman, Paul. “The Unity of Descartes’s Man”, Philosophical Review 1986,
Rozemond DD, capítulo 5
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Bibliografia Primária
Descartes, R., Meditações Metafísicas, Coleção os Pensadores, Abril Cultural. Trad. J. Guinsburg e
Bento Prado Junior.
Descartes, R., Princípios da Filosofia, edição bilíngue Trad. coordenada por Guido Antonio de
Almeida, Editora UFRJ.
O Mundo ou Tratado da Luz, Trad. Érico de Andrade, Editora Hedra, Coleção de Bolso, SP, 2007.
Comments on a Certain Broadsheet in The Philosophical Writing of Descartes, Vol.I, Trad. J.
Cottingham, R. Atoothoff e D. Murdoch, Cambridge University Press.
Bibliografia Complementar (a ser trabalhada em sala - alguns outros textos serão sugeridos no
decorrer do curso)
Carriero, J. Between Two Worlds: A Reading of Descartes’s Meditations (BTW),
Rozemond, M.Descartes's Dualism (DD)
Hoffman, Paul. “The Unity of Descartes’s Man”, Philosophical Review 1986,
Garber, D. “Descartes against the Materialists” in Descartes' Meditations : A Critical Guide,
Detlefsen, K. Cambridge University Press, 2013
Rodriguez-Pereira, Gonzalo. “Descartes’s Substance Dualism and His Independence Conception of
Substance”. Journal of the History of Philosophy, 2008, 69-90.
FCF 288 - Seminário de estética
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS:
04
EMENTA: Estudo e discussão de um ou mais tópicos representativos da estética.
Fabio Bola/tut. Susana de Castro
Programa: O objetivo do curso é tratar das origens e questões relacionadas à beleza grotesca indicada
por Bakhtin, considerando sua existência em uma experiência estética - que passa pela valorização de
uma cultura popular -, sua verdade específica e a criação artística.
Bibliografia principal:
Montaigne, M. de. Ensaios. Tradução Sérgio Milliet, in: Coleção Os Pensadores, 4ª ed., São Paulo:
Nova Cultural, 1988.
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Bibliografia complementar:
Bakthin, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no renascimento: o contexto de François
Rabelais. São Paulo: editora Hucitec, 1987.
Foucault, Michel. A coragem da verdade. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
Hugo, Victor. Do grotesco e do sublime. Trad. Célia Berrentini. São Paulo: Editora Perspectiva, 1988.
Shusterman, Richard. Vivendo a Arte: o Pensamento Pragmatista e a Estética Popular. São Paulo:
Editora 34, 1998.
FCF136 HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA VI
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo de uma ou mais questões do pensamento antigo.
Fernando Rodrigues
Programa: De Generatione et Corruptione faz parte de um conjunto de textos de Aristóteles dedicados
a investigações sobre os corpos naturais. Além de DeGeneratione et Corruptione, compõem esse
conjunto também a Física, De Caelo e Meteorologia. O curso consistirá de uma análise dos dois livros
de DeGeneratione et Corruptione. Aristóteles aí investiga os corpos naturais do mundo sublunar. No
primeiro livro, são abordadas a geração e a corrupção desses corpos, bem como alterações, aumentos e
diminuições a que estão sujeitos; no segundo, são considerados os elementos materiais que os
constituem (terra, ar, fogo e água).
Bibliografia primária:
Aristóteles: De Generatione et Corruptione
Bibliografiasecundária:
Aristotle: De GenerationeetCorruptione, translated with notes by C. J. F. Williams, Clarendon Press,
Oxford, 1982
Aristotle: On Coming-to-be and Passing-away (De Generatione et Corruptione), a revised text with
introduction and commentary by H. H. Joachim, Clarendon Press, Oxford, 1922
FCF281 - SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA II
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA:Estudo e discussão de uma ou mais teses filosóficas representativas do pensamento
antigo.
Prof. Fernando José de Santoro Moreira
Programa:Estudos sobre a Metafísica de Aristóteles, e leitura do seu quarto livro.
A Metafísica de Aristóteles é talvez o texto clássico que mais suscitou interesse e mais recebeu
transformações interpretativas ao longo do séc. XX e também o texto clássico que mais tenha
desempenhado influências nas mais diversas correntes da filosofia contemporânea. Notadamente, a
partir da obra de Jaeger (1912), os seus livros foram diversas vezes desmembrados, arrumados e
rearrumados, segundo as mais diversas hipóteses, construídas, na maioria das vezes, pelo chamado
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DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
método genético de análise filológica e filosófica1. Após um século de estudos e inumeráveis
controvérsias, algumas considerações importantes merecem ser levadas em conta e partilham de
aceitação geral. Primeiro, que quaisquer que sejam as datas de redação dos livros, eles de fato reúnem
resultados de diversos períodos de pesquisa e docência de Aristóteles e, a despeito de unidade e
coerência internas da obra como um todo, podem ser vistos e estudados em blocos assaz independentes
entre si – o que justifica a edição de seus livros em separado, como tem sido feito nas traduções
comentadas mais recentes (Kirwan, 1993; Cassin, 1989). Segundo, que os livros que compõem a
Metafísica são textos de uso letivo (akroamatiká), com as peculiaridades e rigores próprios de uma
linguagem de uso interno (esoterikós)2, o que deve nortear o cuidado do estudante para não perder o
sentido destas peculiaridades próprias do rigor filosófico, ainda que um texto assim, de fato, requisite a
leitura de um estudioso e dificulte uma abordagem leiga. Por isso, também é preciso compensar o estilo
concentrado e técnico com comentários esclarecedores; uma leitura sem esse mínimo de apoio torna-se
ininteligível fora de círculos bastante restritos. Além dessas rápidas considerações gerais sobre a
Metafísica, cabe ver as particularidades do livro sobre o qual pretendemos trabalhar neste período.
Livro IV (Γ)
Aqui, de fato, Aristóteles começa a tratar positivamente dos primeiros princípios que constituem
o tema de uma investigação ontológica. Esta filosofia primeira apresenta-se como a ciência do ‘ente
enquanto ente’ i.e. como ciência da ‘essência’ (ousia) e seus predicados próprios. É apresentado o
problema da plurivocidade do ente e do sentido de se falar de uma unidade diretriz de sentido (que a
leitura oxoniense chama de ‘focal meaning’) para as várias formas de ‘dizer que algo é’ (segundo o
esquema das categorias; segundo a essência ou o que nela coincide; como verdadeiro ou falso; como
potência ou realização). Neste livro também são formulados dois princípios fundamentais para o
conhecimento e diferenciação dos entes: o princípio de não contradição (PNC) e o princípio do terceiro
excluído (PTE). Boa parte do livro busca defender a validade e necessidade do PNC que, por ser um
princípio primeiro, não pode ser demonstrado segundo o modelo de demonstração científica dos
Segundos Analíticos. Aristóteles empreende uma argumentação que ele intitula ‘demonstração por
refutação’. Para esta refutação dialética, é necessário um adversário, que o filósofo vai buscar entre os
principais pensadores que parecem se lhe opor: Heráclito, Crátilo, Protágoras e outros. A estratégia de
argumentação utilizada por Aristóteles para defender o PNC é uma perspectiva das mais importantes
para pensar as formas de linguagem de conhecimento, os cruzamento entre diversos modos de
racionalidade, e os problemas de método envolvidos numa reflexão lógica e ontológica fundamental.
Não é à toa que este texto tornou-se, contemporaneamente, objeto de estudo de todas as linhas
interpretativas filosóficas interessadas nas questões do Estagirita, desde os estudos de lógica formal e
teoria do conhecimento até os estudos de filosofia prática sobre intencionalidade, passando,
obviamente, pelo questionamento ontológico das suas posições realistas, pragmáticas, fenomenológicas
(no sentido grego de ‘dizer o que se mostra’ – legeintaphainomena).
Bibliografia Básica : Aristóteles, Metafísica, Liv. IV
(pelo menos uma dentre as edições abaixo):
1
“[...] i diversi studiosi, applicando i canoni dell’interpretazione genética, sono parvenuti a dimostrare tutto e il contrario di
tutto.” Reale (1997), p.10
2
“Ripetizioni, fratture formali, salti, brachilogie, sciutezza e rigidezza linguistiche e stilistiche sono costanti.” idem
17
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
*Metafísica, ed. Trilingüe, Madrid, Gredos, 1982 (Ed. V. G. Yebra)
Ótima tradução, bastante fiel ao texto estabelecido por W. Jaeger, o cotejo com o texto grego e a tradução
latina de Moerbecke (maior parte) são muito úteis, especialmente para a construção de conceitos em
português mais calcados nos lexemas gregos.
*La Métaphysique. Paris, Vrin, 1981 (Ed. J.Tricot)
Tradução por demais parafrásica, e assim datada, contudo a edição comporta boas notas, sobretudo
referentes aos comentadores antigos.
*Metafísica (livros I e II). São Paulo, Abril Cultural, 1973 (Ed. V. Cocco)
Possuímos apenas a reedição pela coleção Os Pensadores, tradução sem maiores cuidados ou defeitos,
interessantes remissões ao comentador conimbricense do séc. XVII Pedro da Fonseca.
*La Metafísica. Napoli, Loffredo, 1968 (Ed. G. Reale); edição renovada e acrescida do
texto grego: Milano, 1995; e traduzida para o português: São Paulo, Loyola, 2002
Tradução boa, com valiosas notas atualizadas na reedição de 1995 e ótima introdução. A tradução
portuguesa tem o mérito de tornar acessíveis os trabalhos do tradutor e comentador italiano.
*Metaphysics. Cambridge, Harvard, 1933 (1996) (Ed. Tredennick)
A edição tem a praticidade da coleção Loeb: de bolso, resistente, bilíngüe, notas contidas.
*Metaphysics. Oxford, Clarendonian press, 1924 (1997) (Ed. D. Ross), a tradução
encontra-se na reedição da coletânea das obras de Aristóteles: The complete Works of
Aristotle, Princeton, 1985 (Ed. J. Barnes)
Ótima edição crítica comportando um excelente aparato de notas; mesmo se sua tradução já foi superada
em algumas partes por traduções recentes, ainda é referência em língua inglesa.
Bibliografia Suplementar
ALEXANDER ofAFRODISIAS, OnAristotle'sMetaphysics 4, Ithaca, Cornell, 1989 (Ed. R. Sorabji)
AQUINO, Thomas, In MetaphysicamAristoteliscommentaria, ed. Cathala, Torino, 1950
AUBENQUE Pierre, LeProblème de l’être chez Aristote, Paris, PUF,1962, 5a ed. 1983
BERTI, Enrico, L’unità Del sapere in Aristotele, Padova, 1965.
Aristóteles no século XX, trad. D. Macedo, São Paulo, Loyola, 1997.
As razões de Aristóteles, São Paulo, Loyola, 1998 (Ed. D. Macedo).
FARIA, Maria do Carmo B., Primeira Leitura da Metafísica de Aristóteles, coleção Teses, Rio de
Janeiro: UFRJ.
HEIDEGGER,Martin, Questions I et II. Qu'est-ce que la métaphysique? Paris: Gallimard, 1968, 1990.
Identidade e diferença. A Constituição Onto-teo-lógica da Metafísica. Hegel e os
Gregos. Que é Metafísica. São Paulo: Abril Cultural, 2ed. 1983 (Ed. E. Stein).
Introdução à metafísica. Rio de Janeiro, Edições Tempo Brasileiro, 1970 (Ed.
E.Carneiro Leão).
IRWIN, Terence H., Aristotle’s first principles, Oxford, Clarendonian press, 1988
JAEGER,Werner, Aristoteles, Grundlegung einer Geschichte seiner Entwicklung, Berlin, 1923.
(emespanhol: México, F.C.E., 1992, Ed. J. Gaos).
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
OWENS Joseph, The Doctrine of Being in the Aristotelian ‘Metaphysics’, Toronto, Pont. Inst. Med.
Studies, 1951, 3 ed. 1978
REALE, Giovanni, Guida allaletturadella "Metafisica" diAristotele, Roma, Laterza, 1997
Introduzione a Aristotele, Roma, Laterza, 1974
WIELAND, W., "InquiryintoPrinciples," [Barnes et al., v. 1] 127-140.
FCF629 - HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA IV
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA:Estudo de um ou mais temas do pensamento antigo
Flavio Pinto/tutoria Fernando Rodrigues
Programa:
O curso consistirá na leitura e no exame do tratado Da Interpretação de Aristóteles, em seu conjunto,
com vistas a fazer convergirem os enfoques linguístico, lógico, epistemológico e metafísico no
tratamento das questões levantadas a partir da obra.
Bibliografia principal:
ARISTÓTELES, Da Interpretação, edição bilíngue, Editora Unesp.
Complementar:
ARISTÓTELES, Metafísica, v.II, Edições Loyola
FCF658 - FILOSOFIA DA LINGUAGEM II
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS: 04
Ementa: Estudo de um ou mais temas e/ou conceitos fundamentais relativos ao problema
filosófico da linguagem em sua relação com a questão da ação.
Gilvan Fogel
Bibliografia principal:
Heidegger, M. ― Sobre o Humanismo, Tempo Brasileiro, Rio, trad. E .C. Leão
OU
Heidegger, M. ― Sobre o Humanismo, em Marcas do Caminho, Vozes, Petrópolis,
2008, trad. E. P. Giachini e E. Stein.
Nietzsche, F. ― A Vontade de podercomo conhecimento, em A Vontade de Poder,
Contraponto, Rio, 2008, trad. M.Sinésio P. F. e Francisco J. D.
de Moraes.
Bibliografia complementar: será indicada paulatinamente ao longo do curso.
19
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF284 - SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA I
CARGA HORÁRIA: 60 H
CRÉDITOS: 04
Estudo e discussão de uma ou mais teses filosóficas representativas do pensamento moderno.
Igor Melo/Tut. Adriany Mendonça
O objetivo do curso é estudar o problema do “egoísmo ético” na filosofia moderna tomando a filosofia
de Nietzsche como fio condutor. Nietzsche rompe decisivamente com a oposição moral entre altruísmo
e egoísmo vigente no século XIX. Para ele, ambos os conceitos constituem um “contrassenso
psicológico”, e proposições filosóficas como essa aparecem então como “ingenuidades do erro”. Mais
precisamente, o ego não passaria de um “embuste superior”, um “ideal”. Na primeira parte do curso,
estudaremos esse problema estritamente em Nietzsche, mas de maneira contextualizada, considerando
os antagonismos de Nietzsche em relação a filósofos como Schopenhauer. Na segunda parte do curso,
estudaremos o estado desse problema sob uma perspectiva comparada em Nietzsche, Stirner e Spinoza:
três filósofos malditos ou dissidentes da tradição filosófica moderna.
Forma de avaliação: trabalho para ser entregue ao final do curso.
Bibliografia:
NIETZSCHE, Friedrich. Obras incompletas. Seleção de textos de Gérard Lebrum. Tradução e notas
de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Coleção Os Pensadores)
Bibliografia complementar:
ARMAND, Émile; BARRUÉ, Jean; FREITAG, Günther. Max Stirner e o anarquismo
individualista. Seleção e tradução de Plínio Augusto Coêlho. São Paulo: Imaginário, 2003.
COLSON, Daniel. Nietzsche e o anarquismo. Tradução de Martha Gambini. In: Verve, São Paulo, n.
13, p. 134-167, 2008.
Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/verve/article/view/5202/3735>.
DELEUZE, Gilles. Nietzsche. Tradução de Alberto Campos. Lisboa: Edições 70, 2007.
FOLSCHEID, Dominique e WUNENBURGER, Jean-Jacques. Metodologia filosófica. 2. ed.
Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo: Publifolha, 2000.
LASKA, Bernd. A crise inicial de Nietzsche: uma nova luz sobre a questão “Nietzsche e Stirner”.
Tradução de Plínio Augusto Coêlho.
Disponível em: <www.lsr-projekt.de/poly/ptnietzsche.pdf>.
MÜLLER-LAUTER, Wolfgang. A doutrina da vontade de poder em Nietzsche. Tradução de
Oswaldo Giacoia Junior. São Paulo: Annablume, 1997.
NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres, volume I.
Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
____. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres, volume II. Tradução, notas e
posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
20
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
____. Aurora: reflexões sobre os preconceitos morais. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de
Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
____. A gaia ciência. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das
Letras, 2001.
____. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução, notas e posfácio de
Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
____. Assim falava Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução de Paulo Osório de
Castro. Prefácio de António Marques. Lisboa: Relógio D’Água, 1998.
____. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução de Mário Ferreira dos
Santos. Petrópolis: Vozes, 2011.
____. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução de Mário da Silva. 16.
ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
____. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. Tradução, notas e posfácio de Paulo
César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
____. Genealogia da moral: uma polêmica. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São
Paulo: Companhia das Letras, 1998.
____. Crepúsculo dos ídolos, ou, Como se filosofa com o martelo. Tradução, notas e posfácio de
Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
____. O anticristo: maldição ao cristianismo. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São
Paulo: Companhia das Letras, 2007.
____. Ecce homo: como alguém se torna o que é. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza.
São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
____. Ecce homo: como se chega a ser o que se é. Tradução e apresentação de Artur Morão. Covilhã:
Universidade
da
Beira
Interior
(LusoSofia),
2008.
Disponível
em:
<www.lusosofia.net/textos/nietzsche_friedrich_ecce_homo.pdf>. (Versão corrigida e melhorada da
tradução publicada pela editora lisboeta Edições 70, em 1989)
SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação, 1º tomo. Tradução,
apresentação, notas e índices de Jair Barboza. São Paulo: UNESP, 2005.
____. Sobre o fundamento da moral. Tradução de Maria Lúcia Mello Oliveira Cacciola e prefácio de
Alain Roger. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Tradução e notas de Tomaz Tadeu. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica,
2008.
____. Tratado político. Tradução, introdução e notas de Diogo Pires Aurélio. Revisão de Homero
Santiago. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
____. Tratado político. Tradução de Manuel de Castro. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Coleção Os
Pensadores)
STIRNER, Max. O único e a sua propriedade. Tradução, glossário e notas de João Barrento. São
Paulo: Martins, 2009.
21
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF361 – Lógica I
CARGA HORÁRIA:60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Conceitos e procedimentos de análise básicos da lógica
Jean-Yves Beziau
Programa: Nesse curso estudaremos o que é o raciocínio. Faremos a distinção entre lógica enquanto
raciocínio e teoria do raciocínio. Analisaremos o que é a conceptualização e a relação entre pensamento
e linguagem. Discutiremos das noções de contradição, oposição e do princípio de bivalência.
Apresentaremos a base da lógica moderna: proposições, conectivos, tabelas de verdade, operações
sobre conjuntos.
Bibliografia
Robert Blanché, Estruturas intelectuais - Ensaio sobre a Organização Sistemática dos Conceitos,
Perspectiva, Sâo Paulo, 2012.
Newton C.A. da Costa, Ensaio sobre os fundamentos da lógica,
Hucitec, São Paulo, 3 edição, 2006.
Ricardo Souza Silvestre, Um curso de lógica. Vozes, Petrópolis, 2011.
Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos, direcção de João Branquinho,
Desidério Murcho e Nelson Gonçalves Gomes,
São Paulo: Martins Fontes, 2006.
FCF292 – Seminário de Lógica
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
Estudo e discussão de um ou mais tópicos representativos da lógica.
Jean-Yves Beziau
Programa: Nesse curso estudaremos a questão da evolução e da transformação da lógica e alguns
aspectos fundamentais da lógica moderna: a noção de relação, o método axiomático, a teoria dos
conjuntos, a teoria dos modelos.
Bibliografia
Jair Abe e Nelson Papavero, Teoría Intuitivo dos Conjuntos, Makron, São Paulo, 1991.
Jean-Yves Béziau, Logic is not logic, Abstracta 6 (2010), pp.73-102.
Alfred Tarksi, Introduction to Logic and to Methodology of Deductive Sciences, Oxford University
Press, Oxford, 1994.
DovGabbay and Franz Guenthner (eds), Handbook of Philosophical Logic, Second Edition, Kluwer,
Amsterdam, vol.1-12, 2001-2011.
22
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF 655 - História da Filosofia no Brasil II
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: A modernização como problema filosófico.
L. A. Cerqueira
Programa: A ideia de relatividade do conhecimento como problema filosófico no Brasil
Os primeiros críticos da história da filosofia no Brasil foram Tobias Barreto e Sílvio Romero. Na
segunda metade do século XIX, eles combateram o que denominaram uma doença: o atraso da filosofia
no Brasil. Queremos esclarecer o significado desse diagnóstico e mostrar que o processo de
modernização, iniciado com a reforma literária e o romantismo, funda a história de uma filosofia
brasileira na medida em que introduziu a ideia de relatividade do conhecimento, a qual foi discutida por
Tobias Barreto como problema filosófico.
Forma de avaliação
Prova ou trabalho em grupo.
Bibliografia principal
CERQUEIRA, L. A. Filosofia brasileira – Ontogênese da consciência de si. Petrópolis: Vozes, 2002.
Bibliografia complementar
BARRETO, Tobias. Relatividade de todo conhecimento. Estudos de filosofia. Rio de Janeiro:
INL/Record,
1990,
p.
289-291.
Disponível
em:
<http://textosdefilosofiabrasileira.blogspot.com/2008/06/relatividade-de-todo-conhecimento.html>
KANT, I. Crítica da razão pura. Prefácio à segunda edição. Lisboa: Gulbenkian, 2001, p. 41-61.
Disponível em: <http://www.deboraludwig.com.br/arquivos/kant_criticadarazaopura.pdf>
ROMERO, Sílvio. A filosofia no Brasil. In: BARRETO, Tobias. Vários escritos. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1969. Disponível em: <http://textosdefilosofiabrasileira.blogspot.com.br/2011/07/notainicial-o-titulo-deste-pequeno.html>
FCF 656 - História da Filosofia no Brasil III
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Originalidade da filosofia no Brasil: a crítica do naturalismo.
L. A. Cerqueira
Programa
A ideia de filosofia como ciência do espírito no Brasil
No âmbito da filosofia brasileira na segunda metade do século XIX, particularmente com base nas teses
de Tobias Barreto contra a aplicação do método experimental à ciência do espírito, Farias Brito faz a
crítica da psicologia e propõe, apoiado no pensamento de Bergson, um método para atender à
especificidade do psíquico.
Forma de avaliação
Prova ou trabalho em grupo.
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Bibliografia principal
CERQUEIRA, L. A. Filosofia brasileira – Ontogênese da consciência de si. Petrópolis: Vozes, 2002.
Bibliografia complementar
ALMADA, Leonardo F. A ideia de filosofia como ciência do espírito no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ,
2009. Disponível em: <http://textosdefilosofiabrasileira.blogspot.com.br/2009/03/ideia-de-filosofiacomo-ciencia-do.html>
BERGSON, H. Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. Lisboa: Edições 70, 1988. Disponível
em:
<http://minhateca.com.br/niltonvarela/Documentos/Ebooks/Filosofia+do+sec.+XX++Sartre*2c+Heidegger*2c+Bergson+e+outros/BERGSON*2c+Henri.+Ensaio+Sobre+os+Dados+Imed
iatos+da+Consci*c3*aancia,1449470.pdf>
BRITO, R. de FARIAS. Renovação dos estudos psíquicos. A base física do espírito. Brasília: Senado
Federal, p. 137-149. Disponível em: <http://textosdefilosofiabrasileira.blogspot.com.br/2012/05/basefisica-do-espirito.html>
BRITO, R. de FARIAS. A questão do método: significação e valor da introspecção. O mundo interior,
§89.
Uberlândia:
UFU,
p.
397-411.
Disponível
em:
<http://textosdefilosofiabrasileira.blogspot.com.br/2008/07/o-mundo-interior-89.html>
STURM, Fred Gillette. O significado atual do pensamento britiano. Anais do IV congresso nacional de
filosofia. São Paulo-Fortaleza: IBF, 1962, p. 85-100.
Disponível em: <http://textosdefilosofiabrasileira.blogspot.com.br/2008/06/o-significado-atual-dopensamento.html>
FCF543 - FILOSOFIA DA MENTE III
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Introdução sistemática às teorias e pontos de vista mais relevantes sobre os diferentes
aspectos do problema mente/corpo na filosofia contemporânea.
Maria Clara Marques Dias
Programa: O curso pretende desenvolver uma concepção materialista/fisicista da mente, através da
análise e discussão do livro Tipos de Mente de Daniel Dennett.
Metodologia:
Serão realizadas aulas expositivas sobre os diversos capítulos do livro. Os textos a serem discutidos em
cada aula deverão ter sido lidos previamente por todos os participantes.
Bibliografia:
Daniel Dennett, Tipos de Mente: rumo a uma compreensão da consciência. Rocco, 2002
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF 653 - Filosofia da Cultura IV
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: O homem como sujeito cultural: principais contribuições da antropologia filosófica e
das ciências humanas. Os impactos da tecnologia sobre a cultura.
MariannaPoyares
Programa:O curso tem como objetivo discutir a relação entre indústria cultural e arte, por um lado, e o
conceito de emancipação, por outro. Para tal, examinaremos textos de autores contemporâneos,
dedicados à investigação da relação entre emancipação, mídia, arte e sociedade.
AVALIAÇÃO:A avaliação será realizada ao fim do período letivo, conforme informado em sala de
aula.
BibliografiaPrincipal:
ADORNO, Theodor W. Textos Escolhidos. In: Coleção os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural,
1999.
Bibliografia Complementar:
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. A indústria cultural. In: Dialética do esclarecimento. Rio de
Janeiro: Zahar, 1985
BALIBAR, E.; WALLERSTEIN, I. Race, Nation, Class: ambiguous identities. London: Verso, 1992.
BEJAMIN, W. O autor como produtor. In: Obras Escolhidasvol 1. São Paulo: Editora Brasiliense,
2012.
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2010.
RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2012.
FCF695 - Filosofia Social II
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo e aprofundamento de uma ou mais questões específicas da filosofia social.
Profa. Marina Velasco
Ação, ação social, razões para agir e normas
Programa: Ações e eventos. Ação intencional. Ação e deliberação. Concepções do raciocínio prático.
Agência e normatividade. Teoria das razões para agir. Razões explicativas vs. razões justificativas.
Razões e motivação. Razões internas vs. Razões externas. Ação coletiva e interação social. Agir e falar.
A teoria do agir comunicativo.
ARISTÓTELES, Ética a Nicômacos.
BRANDOM, Robert. Articulating Reasons. Cambridge: Harvard University Press, 2003.
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
DAVIDSON, Donald. “Action, Reasons and Causes”. In: Essays on Actions and Events. Oxford:
Clarendon Press, 1980, pp. 3-19.
FOOT, Phillipa. “Reason for Actions and Desires”. In: Virtues and Vices. Oxford: Basil Blacwell,
1978.
HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo, São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. Vol. I.
HUME, D. Tratado da Natureza Humana, São Paulo, UNESP, 2000. (Seleção)
KORSGAARD, Christine. “The Normativity of Instrumental Reason”. In: The Constitution of Agency.
Oxford University Press, 2008.
NERI-CASTAÑEDA, Héctor. Thinking and Doing. The Philosophical Foundations of Institutions.
Dordrecht, D. ReidelPublishingCompany, 1975.
RAZ, Joseph, Razão Prática e Normas, Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
SCANLON, Thomas. Being Realistic about Reasons, Oxford University Press, 2014.
VELLEMAN, D. The Possibility of Practical Reason. Oxford, 2000.
Von WRIGHT, Henrik. Norm and Action, Routledge and Kegan Paul, 1963.
WILLIAMS, Bernard. “Internal and External Reasons”. In: Moral Luck. Cambridge: Cambridge
University Press, 1981, pp. 101-113.
FCF644 - FILOSOFIA DA NATUREZA III
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo monográfico do conceito de natureza a partir de texto de um autor moderno
e/ou contemporâneo.
Paulo Gil Ferreira
Em linhas gerais, este curso pretende pôr em questão a concepção hegemônica de natureza, erigida na
Modernidade, a partir de uma confrontação com o pensamento de Heidegger acerca do tema. Todavia,
este não parece ser um empreendimento dos mais simples. Em princípio, poder-se-ia objetar que tal
proposta padeceria da incapacidade de dar conta da diversidade de abordagens do problema nos autores
da assim chamada “Modernidade”. Não há dúvidas de que se trata aqui de uma questão controversa,
entretanto, tampouco há dúvidas de que vivemos sob a égide de uma determinada relação com a
natureza, que tem no pensamento moderno sua maior referência. É precisamente isto que nos parece ser
o mais decisivo para a crítica filosófica, a saber, compreender o modo como os acontecimentos
históricos e, principalmente, as ontologias históricas tradicionais, afetam o modo como nos
relacionamos com nossa própria história. Ora, como diz Heidegger e, mais explicitamente Gadamer,
não há outro modo de interpretar os acontecimentos históricos, senão pelo seu modo de nos afetar. Tais
acontecimentos nunca são simplesmente fatos passados, pois estão condicionados pelo horizonte
hermenêutico de sua apropriação atual e projeção deveniente. Destarte, no diálogo com os autores,
interessa-nos muito menos o trabalho especializado de elaboração de nuances textuais no interior de
seus sistemas, do que o modo como suas ideias estabelecem paradigmas de interpretação. Os
pensadores em geral, quer eles queiram, quer não queiram, adentram a história como porta-vozes de
um determinado projeto ontológico, na medida em que a vida mesma de seus textos está condicionada
ao modo de sua efetuação. Ao mesmo tempo, porém, não trataremos do conceito de natureza do ponto
de vista da pura e simples história dos problemas filosóficos. No nosso caso, não lograríamos obter
uma compreensão adequada do conceito de natureza a partir da enumeração de “visões sobre a
natureza” ao longo de um intervalo temporal, nem que ele abrangesse desde os filósofos pré-socráticos
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DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
até nós. Os termos filosóficos como um todo estão condicionados por seus contextos semânticos de
aplicação, que podem ser profundamente diversos. Cabe cuidar para que não os tomemos como uma
evidência imediata, de tal modo que estejamos conscientes dos limites de sua aplicação e de até onde
podemos arriscar corrompê-los. Exposta esta questão de método, informamos que, para este curso,
escolhemos Kant como um interlocutor privilegiado a fim de confrontarmos a concepção moderna de
natureza. Em Kant, encontramos uma complexa abordagem do tema, a qual implica sua inserção em
conexões mais abrangentes de problemas correlatos. Por isso, será necessário expor brevemente tais
conexões, como a da relação entre o conceito de natureza, o de causalidade e o de liberdade, a
abordagem teleológica da natureza e, por fim, seus desdobramentos em um projeto de humanidade
calcado no princípio de razão subjacente. Após essa introdução, analisaremos a questão da natureza em
Heidegger, de acordo com algumas temáticas decisivas, dentre elas: natureza, filosofia e o caráter
metafísico do homem (transcendência e existência); a tese do mundo como padrão comparativo para a
distinção entre homem, natureza inanimada e animalidade; formação de mundo e aparição da natureza;
reificação do todo, instrumentalização e matematização da natureza; a natureza na ciência moderna e o
mundo enquanto imagem; provocação e exploração da natureza; a autoprodução tecnológica e o
desaparecimento da natureza; a retomada da questão da natureza a partir do retorno a Aristóteles; a
distinção da abordagem da natureza na primeira fase do pensamento heideggeriano e na viragem,
formação de mundo x acontecimento-apropriação.
Bibliografia básica:
HEIDEGGER, Martin. Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2003.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. In: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
Bibliografia Complementar:
HEIDEGGER, Martin. Marcas do caminho. Petrópolis: Vozes, 2008.
_______. Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002.
_______. Caminhos da floresta. Lisboa: Fundação CalousteGulbenkian, 1998.
KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
_______. Crítica do juízo. São Paulo: Forense Universitária, 1995.
_______. Princípios metafísicos da ciência da natureza. Lisboa: Edições 70, 1990.
_______. Ideia de uma história universal com um propósito cosmopolita. Edição eletrônica em:
www.lusosofia.net
FCF-285 - Seminário de História da Filosofia Moderna II
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo e discussão de uma ou mais teses filosóficas representativas do pensamento
moderno.
Pedro Costa Rego
Programa: O curso será um prosseguimento dos estudos iniciados no semestre 2014/1, na disciplina
Seminário de História da Filosofia Moderna I (FCF-284). O tema é a refutação do idealismo na Crítica
da Razão Pura (CRP), de Kant.Farei uma revisão das principais conclusões alcançadas na leitura
doQuarto Paralogismo da Dialética Transcendental da primeira edição da obra (“Paralogismo da
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DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Idealidade - da relação exterior”, em A367-380), e em seguida abordarei o tema na segunda edição da
CRP, notadamente na seção intitulada “Refutação do Idealismo” (B274-279) ena nota do Prefácio
(BXXXIX-XLI) em que Kant apresenta uma sumária reformulação do argumento anti-idealista.
Adicionalmente, pretendo apresentar a resposta de Kant à recensão Feder-Garve no Anexo dos
Prolegômenos a toda Metafísica Futura, discutir algumas Reflexões sobre o tema, produzidas a partir
de 1788, que se encontram na obra póstuma (possivelmente R5653, R5654, R5709, R6311-6317 e
R6323) e explorar a interpretação do projeto refutativo de Kant proposta por importantes comentadores
do kantismo. A distribuição do tempo do curso a cada uma dessas partes será decidida a partir do
andamento das aulas. O curso não tem um caráter introdutório ao pensamento de Kant, mas poderá ser
acompanhado por iniciantes nesses estudos.
FORMAS DE AVALIAÇÃO:
Prova e/ou trabalho e/ou seminários.
Bibliografiabásica:
KANT, I.Crítica da Razão Pura. Trad. por Valério Rohden e UdoMoosburger (Col. Pensadores). São
Paulo, Abril Cultural, 1980.
COMPLEMENTO:
KANT, I.Crítica da Razão Pura.Trad. por Manuela Pinto dos Santos. Lisboa, Calouste Gulbenkian,
2008.
KANT, I. Werke in zehn Bänden. Hrsg. Wilhelm Weischedel. Darmstadt, Wissenschaftliche
Buchgesellschaft, 1983.
ALLISON, H.E. Kant’s Transcendental Idealism: an interpretation and defense. (revised& enlarged
edition) New Haven and London: YaleUniversity Press, 2004.
GUYER, P. “Kant’s intentions in the Refutation of Idealism”. In: The Philosophical Review, Vol. 92,
No. 3 (Jul., 1983), pp. 329-383.
AQUILA, R. E. “Personal Identity and Kant’s Refutation of Idealism”.In:Kant-Studien, 75 (1984).
HANNA, R. “The inner and the outer: Kant’s Refutation reconstructed”. In:Ratio (new series) XIII 2
June 2000.
VOGEL, J. “The Problem of Self-Knowledge in Kant's "Refutation of Idealism": Two Recent Views”.
In: Philosophy and Phenomenological Research, Vol. 53, No. 4 (Dec., 1993), pp. 875-887.
DICKER. G. “Kant’s Refutation of Idealism”. In: Noûs, 42:1, 2008,p.80–108
ROBINSON, D. N. “Kant's Refutation of Idealism”. In: The Review of Metaphysics, 2010.
TURBAYNE. Colin M.“Kant's Refutation of Dogmatic Idealism”. In: The Philosophical Quarterly,
Vol. 5, No. 20 (Jul., 1955), pp. 225-244.
CHIGNELL, A. “Causal Refutations of Idealism”. In: The Philosophical Quarterly, Vol. 60, No. 240
(July, 2010).
CHIGNELL, A. “Causal Refutations of Idealism Revisited”. In: The Philosophical Quarterly, Vol. 61,
No. 242 (Jan, 2011).
FINCHAM, R. M. “Transcendental Idealism and the Problem of the External World”. In: Journal of the
History of Philosophy, Vol. 49, No 2, 2011, p.221-242.
ALMEIDA, Guido.“Dedução Transcendental”: o cartesianismo posto em questão. In: Analytica.
Volume 3, número 1 1998, ISSN – 14-3003 – pp.135-156.
BIRD, Graham. The Revolutionary Kant. Chicago and La Salle, Open Court, 2006.
28
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INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
CAIMI, M. La déduction transcendentale dans la deuxième édition de la Critique de la raison pure.
Paris, Publications de la Sorbonne, 2007.
DELEUZE, Gilles. La Philosophie Critique de Kant. Paris : Quadrige/PUF, 1997
GUYER, P. Kant and The Claims of Knowledge. Cambridge, CambridgeUniversity Press, 1987.
GUYER, Paul (editor). The Cambridge Companion to Kant. Cambridge, CambridgeUniversity Press,
1998.
HEIDEGGER, M. Kant und das Problem der Metaphysik. Frankfurt/M : Vittorio Klostermann, 1965
LANDIM, Raul. “Do ‘Eu penso’ cartesiano ao ‘Eu penso’ kantiano”. In: StudiaKantiana, volume 1,
número 1, Rio de Janeiro: 1998. pp.263-290.
LONGUENESSE, B. Kant and the Capacity to Judge. Princeton/Oxford, PrincetonUniversity Press,
2000.
LONGUENESSE, B. “Kant’s ‘I think’ versus Descartes’ ‘I am a thing that thinks’”. In: Kant and the
Early Moderns. Ed. Longuenesse, B. & Garber, D. Princeton, PrincetonUniversity Press, 2008, 9-29.
PATON, H. J. Kant’s Metaphysic of Experience. New York: George Allen &Unwin LTD, The
Humanities Press, 1965 (4th impression).
PEREZ, D.O. (org.) Kant no Brasil. São Paulo, Escuta, 2005.
PRAUSS, Gerold. Erscheinung bei Kant. Berlin, de Gruyter, 1971.
ROUSSET, Bernard. La doctrine kantienne de l’objectivité. Paris, J. Vrin, 1967.
STRAWSON, P.F. The bounds of sense; an essay on Kant’s Critique of Pure Reason. London,
Methuen&CoLtd, 1966.
FCF 286 – Seminário História Filosofia Contemporânea I
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo e discussão de uma ou mais teses filosóficas representativas do pensamento
contemporâneo.
RafaelMófreita Saldanha/ Tut. Rafael Haddock-Lobo
Programa: A ideia do curso é pensar sobre a questão “o que é a filosofia?” a partir de alguns autores do
século XX/XXI. Num primeiro momento a reflexão metafilosófica pode talvez parecer sinal de
ensimesmamento da filosofia, mas basta um olhar para a história da filosofia para se ver como a
reflexão sobre o estatuto dessa atividade talvez seja fundamental justamente para que a filosofia não
fique restrita à si mesma, se transformando, dessa forma, em um simples “copie e cole” de “conceitos”.
É essa reflexão metafilosófica que permitirá muitas vezes a reorientação de tal ou tal filosofia de modo
à produzir efeitos. Nem sempre essa reflexão metafilosófica se dá em algum texto separado ou que este
tipo de pesquisa aconteça descolada das reflexões filosóficas em si – grandes momentos
metafilosóficos da história da filosofia se dão justamente no centro de textos que aparentemente nem
tratam da questão “o que é a filosofia?” (podemos pensar aqui, por exemplo, em O banquete de Platão
e a Crítica da razão pura de Kant). Na necessidade de um recorte resolvemos nos focar aqui na
reflexão metafilosófica a partir do século XX de uma certa tradição francesa. No início do curso
daremos uma olhada breve no filosofar da antiguidade (a partir de um texto de Pierre Hadot) e da
modernidade (a partir de Descartes) para então, com uma breve imagem de duas atualizações possíveis
da filosofia, termos um fundo para contrapor os esforços metafilosóficos contemporâneos. Após esse
momento inicial procederemos à leitura e discussões de textos de Henri Bergson, Hans Blumenberg,
Michel Foucault, Gilles Deleuze, Giorgio Agamben e Patrice Maniglier a fim de ver a pluralidade de
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DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
formas que a filosofia tende à assumir. Não se trata, portanto, de uma leitura evolutiva que busque uma
solução para essa pergunta. O objetivo do curso é simplesmente explodir o horizonte dessa questão
para que o próprio filosofar se enriqueça.
Bibliografia Principal
Bergson, Henri. “Introdução à metafísica” in: Bergson(edição Os pensadores).
Bibliografiasecundária
Agamben, Giorgio. The signature of all things.New York: Zone Books, 2009. (uma tradução será
disponibilizada)
Bergson, Henri. O pensamento e o movente. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Blumenberg, Hans. Teoria da não conceitualidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
Deleuze, Gilles. O que é a filosofia?. São Paulo: Editora 34, 2010.
Descartes, René. Carta-prefácio aos princípios da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Foucault, Michel. A ordem dos discursos. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
Foucault, Michel. Ditos e escritos, vol. II – Aqrqueologia das ciências humanas e história dos sistemas
de pensamento. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.
Hadot, Pierre. Elogio à filosofia antiga. São Paulo: Edições Loyola, 2012
Maniglier, Patrice, “Manifesto para um comparatismo superior em filosofia”. Veritas. Vol.58, n.2,
maio/ago. 2013. Disponível em:
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/veritas/article/view/16645/10914>
FCF287 SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA II
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo e discussão de uma ou mais teses filosóficas do pensamento contemporâneo
Ricardo Jardim Andrade
PROGRAMA:
1) A significação do cômico no pensamento de Henri Bergson:
1.1) A teoria bergsoniana do riso;
1.2) Discussão desta teoria.
2) A epistemologia hermenêutica de Wilhelm Dilthey:
2.1) A primeira teoria diltheyniana da compreensão;
2.2) A segunda teoria diltheyniana da compreensão,
3) Dilthey e Lévi-Strauss: um confronto entre hermenêutica e estruturalismo
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DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
3.1) A aparente oposição entre hermenêutica e estruturalismo;
3.2) A exigência de uma releitura dos discursos de Dilthey e Lévi-Strauss
BIBLIOGRAFIA:
PRINCIPAL:
-Bergson, Henri. O riso. Ensaio sobre a significação da comicidade, tradução brasileira,
São Paulo: Martins fontes, 2001 (original em francês: Le rire. Essai sur la signification du
comique. Paris: Payot, 2012);
COMPLEMENTAR:
- Dilthey, Wilhelm. Introdução às ciências humanas – tentativa de uma fundamentação
para o estudo da sociedade e da história, tradução brasileira, Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2010 (Tradução francesa parcial: Critique de laraisonhistorique.
Introduction aux sciences de l’esprit, Paris: Cerf, 1992);
- __________________. A construção do mundo histórico nas ciências humanas, tradução
brasileira, São Paulo: UNESP. 2006 (Tradução francesa parcial: L’Edificationdu monde
historiquedanslessciences de l’esprit, Paris: Cerf, 1988)
- Jardim Andrade, Ricardo. Le structuralismeet la question du sujet: la formation du champ
sémiologique, Lille: ANRT, 2000;
____________________________. A antropologia estrutural: uma proposta ética, in: Temas e textos
(Revista do Instituto de Filosofia e Ciências sócias da UFRJ), no1, 1991;
___________________________. O Ensaio sobre o dom de Marcel Mauss e a gênese da antropologia
estrutural, in: Revista do CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFRJ), Ano 2, no
3, junho de 2011;
__________________________. Compreensão e explicação nas ciências do espírito: a
31
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
epistemologia de Wilhelm Dilthey, in: Leda Miranda Hühne (org), Filosofia e ciência, Rio de
Janeiro, UAPÊ, 2008;
__________________________. Dilthey e Lévi-Strauss: um confronto entre hermenêutica e
estruturalismo, in: Osvaldo Pessoa, Luiz Henrique de Araújo Dutra (orgs), Racionalidade e
objetividade científicas, Núcleo de Epistemologia e Lógica da UFSC: Florianópolis, 2013.
_________________________. A significação do cômico no pensamento de Henri Bergson:
contribuição para uma teoria do riso, in: Revista de Filosofia da SEAF (sociedade de
Estudos e Atividades Filosóficas), Ano II, no 2, Nov. de 2002;
- Lévi-Strauss, Claude. As estruturas elementares de parentesco, tradução brasileira,
Petrópolis: Vozes, 1982 (original em francês: Lesstrucutresélémentaires de laparenté, 2a
ed., Paris: Mouton, 1967);
- _______________________. Introdução à obra de Marcel Mauss, in: Sociologia e antropologia,
tradução brasileira, São Paulo: Cosac Naify, p. 11-46 (original em francês: Introduction à
l’oeuvre de Marcel Mauss, in: Mauss, M., Sociologie et Anthropologie, Paris: PUF, 1950, p.
IX- LII);
--------------_______________________. Antropologia estrutural, tradução brasileira, Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro, 1974 (original em francês: Anthropologiestructurale, Paris:
Plon, 1974).
Mesure, Sylvie. Diltheyet la fondation des sciences historiques, Paris: PUF, 1990.
FCF542 - FILOSOFIA DA MENTE II
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Introdução sistemática às teorias e pontos de vista mais relevantes sobre os diferentes
aspectos do problema mente/corpo na filosofia contemporânea.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Roberto Horácio
Programa: O curso tem por tema a consciência no quadro teórico da neurofilosofia. Estará centrado
no recente livro de Prinz, The consciousbrain.
Bibiliografia:
"The conscious brain", Prinz, Jesse.
(o livro estará disponível on-line para os matriculados e ouvintes.
FCF 634 - História da Filosofia Moderna III
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo de um ou mais autores do pensamento moderno.
Susana de Castro
Programa (resumo): No seu manual de Lógica, Kant afirma que a filosofia no sentido cosmopolita deve
responder as perguntas, ‘o que posso saber?’, ‘o que devo saber?’, ‘o que me é lícito esperar?’ e ‘o que
é o homem?’. A metafísica aborda a primeira pergunta, a moral, a segunda, a religião, a terceira, e a
antropologia, a última. Neste curso abordaremos as bases da antropologia filosófica de Kant, tal qual
ele as apresenta no Antropologia de um ponto de vista pragmático. Interessa-nos investigar em que
medida sua perspectiva aparentemente universal sobre o ‘outro’ sexo e ‘outros’ povos, na verdade é
uma perspectiva particular, pois reflete um olhar marcado pela cultura europeia protestante patriarcal.
Bibliografia primária:
KANT, I. Vol. Ospensadores.
B. secundária:
KANT, I. Anthropology from a Pragmatic Point of View. Trad. Robert B.Louden.CambridgeUniversity
Press [Antropologia de um ponto de vista pragmático. Trad. Clélia Aparecida Martins. São Paulo:
Iluminuras, 2006.]
FCF 590- Seminário de licenciatura I
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 02
EMENTA: Desenvolvimento de métodos e materiais didáticos para a aprendizagem da filosofia
no ensino médio.
Susana de Castro
O presente curso almeja discutir a proposta de educação das mulheres de J.-J. Rousseau (1712-1778),
tema do livro V da obra Emílio. Segundo Rousseau, as mulheres deveriam ter uma educação
diferenciada dos homens, voltada para prepará-las para tarefas domésticas, já que seriam
necessariamente donas de casa. Em sua obra, A VindicationofTheRightsofWoman (1792), a inglesa
Mary Wollstonecraft (1759 – 1792), afirma que justamente a diferença na educação entre mulheres e
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
homens seria a responsável pela perpetuação da sua ‘inferioridade’ e dependência. Considerada uma
das fundadoras do feminismo filosófico, Wollstonecraftrevindica o direito das mulheres à educação
universal.
Bibliografia básica:
ROUSSEAU, J.-J. Vol. Os pensadores.
Bibliografia secundária:
ROUSSEAU, J.J. Emílio. Liv. V. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
WOLLSTONECRAFT, Mary. A Vindication of the Rights of Woman. The Project Gutenberg Etext.
[MOTTA, Ivaniapocinho. Análise e Tradução do livro ‘A Vindication of the Rights of Woman” de
Mary Wollstonecraft. São Paulo: Annablume, s/d]
FCF 291 - Seminário de Metafísica
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo e discussão de um ou mais tópicos representativos da metafísica.
Thiago Contarato
Programa:O programa consistirá na leitura e interpretação da obra “O Ente e a Essência” de Tomás de
Aquino, eminente metafísico medieval. Trataremos das noções metafísicas de Tomás, tais como: Ente,
ser, essência, natureza, quididade, forma, matéria, hilemorfismo, substância, acidentes, dentre outros.
Além disso, será trabalhada a relação entre as intenções lógicas e a realidade, bem como o problema do
princípio de individuação.
Obs: Este curso será introdutório. Não é necessário ter conhecimento prévio da Metafísica de Tomás de
Aquino. A avaliação seráum trabalho no final do curso sobre algum tema das aulas. Se quiser, pode
fazer comparação ou não com outro autor de maior familiaridade para o estudante.
Bibliografia principal:
- AQUINO, Tomás de. O Ente e a Essência. Trad. por Luiz João Baraúna. In: Os Pensadores: Sto.
Tomás/Dante. São Paulo, Editora Nova Cultural, 1988.
Bibliografia complementar:
- AQUINO, Tomás de. O Ente e a Essência. Trad. por Carlos Arthur do Nascimento. Petrópolis,
Vozes, 2005.
- _______. O Ente e a Essência. Edição bilíngue latim-português. Introdução, tradução e notas de D.
Odilão Moura, O.S.B. Rio de Janeiro: Presença, 1981.
- _______. O Ente e a Essência. Tradução do latim e Introdução de Mário Santiago de Carvalho, Porto:
Edições Contraponto 1995. (Disponível online 29/05/2014:
http://www.lusosofia.net/textos/aquino_tomas_de_ente_et_essentia.pdf)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
- _______. Suma Teológica. Trad. por A. Correa. Porto Alegre, Escola Superior de Teologia São
Lourenço de Brindes,1980.
- _______. Suma Contra os Gentios. Trad. por O. Moura. Porto Alegre, Escola Superior de Teologia
São Lourenço de Brindes, 1990.
- TORRELL, J-P. Iniciação a Santo Tomás de Aquino: Sua Pessoa e Obra. 2 ed. Tradução de Luiz
Paulo Rouanet. São Paulo: Loyola. 2004.
FCF636 - História da Filosofia Contemporânea II
CARGA HORÁRIA:60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo de um ou mais autores do pensamento contemporâneo.
Tito Marques Palmeiro
Tema: O Debate entre Derrida e Foucault sobre a Loucura na Primeira Meditação de Descartes
Programa: O curso interrogará os textos através dos quais se desenvolveu o violento debate entre
Foucault e Derrida a respeito da loucura na primeira Meditação de Descartes. A violência desse debate
se deve a que nele encontra-se em jogo a própria possibilidade de seus respetivos projetos filosóficos.
O projeto de Foucault iniciou-se em 1961 com a publicação da História da Loucura, e dois anos depois
Derrida investiu contra ele em uma conferência na qual denunciou os erros técnicos de sua leitura de
Descartes, e concluiu que esses erros o inviabilizariam. Em sua resposta de 1972, Foucault defendeu a
leitura que realizara anteriormente e mostrou que seria a leitura de Derrida que incorreria em graves
erros devido ao caráter superficial de seu projeto filosófico. Esses são os contornos gerais de um
debate envolvendo dois dos mais marcantes projetos filosóficos da contemporaneidade. O objetivo do
curso não será o de lhe atribuir um vencedor, mas investigar algumas questões a ele associadas, como
aquela relativa ao sentido histórico do par razão / loucura em Derrida e Foucault, o novo acesso a
Descartes que suas leituras oferecem ou a da situação do pensamento contemporâneo por relação à
tradição.
Bibliografia Principal
Descartes, René. Meditações. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. Coleção Os Pensadores.
São Paulo: Abril, 1979.
Bibliografia Complementar
Derrida, Jacques. “Cogito e História da Loucura” in: Três Tempos Sobre a História da Loucura. Rio de
Janeiro: Relume-Dumará, 2002.
_______________. “Fazer Justiça a Freud - A História da Loucura na Era da Psicanálise” in: Três
Tempos Sobre a História da Loucura. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2002.
Foucault, Michel. A História da Loucura na Idade Clássica. São Paulo: Perspectiva, 1978.
_______________. “Meu Corpo, Esse Fogo, Esse Papel” in: Ditos e Escritos X. São Paulo: Guanabara
Koogan, 2014.
_______________. “Prefácio à História da Loucura” in: Ditos e Escritos I. São Paulo: Guanabara
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Koogan, 2010.
Motta, Manoel. “Foucault e Derrida: Super-interpretando a História da Loucura” in: Revista da
Universidade Rural, Séries de Ciências Humanas, v. 28, n. 1-2, janeiro-dezembro, 2006. p. 5058.
Pereira Neto, André de Faria. “Foucault, Derrida e a História da Loucura: notas sobre uma polêmica”
in: Cadernos de Saúde Pública, 14(3):637-641, julho-setembro, 1998.
Rabinow, Paul & Dreyfus, Hubert. Foucault, uma Trajetória Filosófica. São Paulo: Forense, 1995.
FCF444
METAFÍSICA IV
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA: Estudo e aprofundamento de um ou mais problemas específicos da metafísica.
Ulysses Pinheiro
Programa: O objetivo do curso é examinar, através de um exemplo particular, as relações de
continuidade e de distinção que uma longa tradição metafísica estabeleceu entre os domínios do
humano e do animal. Segundo Giorgio Agamben, essas relações constituem “uma operação metafísicopolítica fundamental, na qual apenas alguma coisa como um ‘homem’ pode ser decidida e produzida”.
O exemplo escolhido para ilustrar essa “decisão fundamental” será um texto capital do século XVIII, a
saber, a Monadolagia de G. W. Leibniz, no qual se trata de estabelecer os princípios metafísicos das
“ciências da vida”. Partindo de uma interpretação interna detalhada dessa obra de Leibniz,
especialmente de seu tópico central, a relação mente-corpo, e situando-a no contexto científico da
época, o objetivo final da leitura é mostrar como uma tensão irresolvida entre a continuidade e a
distinção das características humanas e animais estrutura todo o texto.
Bibliografia principal
LEIBNIZ, G. W. – Monadologia. Tradução de Marilena Chauí. Coleção Os Pensadores. São Paulo:
Editora Abril, 1974.
Bibliografia complementar
AGAMBEM, Giorgio – O aberto. Tradução de Pedro Mendes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2013.
CHEUNG, Tobias (org.) – Transitions and Borders between Animals, Humans and Machines. 16001800. Leiden: Brill, 2010.
DELEUZE, Gilles – A dobra. Leibniz e o barroco. Tradução de Luiz Orlandi. Campinas: Papirus,
1991.
DERRIDA, Jacques – O animal que logo sou. Tradução de Fabio Landa. São Paulo: Editora UNESP,
2002.
FICHANT, Michel – “Leibniz e as máquinas da natureza”. In: revista Dois Pontos. Curitiba, São
Carlos, vol. 2, n. 1, outubro de 2005, pp. 27-51.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
LÉVI-STRAUSS, Claude – “Cantata do sarigüê”. In: O cru e o cozido. Tradução de Beatriz PerroneMoisés. São Paulo: Cosac &Naify, 2004, pp. 197-230.
RUTHERFORD, Donald – “Phenomenalism and the Reality of Body in Leibniz’s Later Philosophy”.
In: StudiaLeibnitiana. Band XXII/1, 1990, pp. 11-28.
FCF659
FILOSOFIA DA LINGUAGEM III
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
Prof. Dr. Wilson Mendonça
O curso oferece uma introdução sistemática ao uso de métodos mais ou menos formais no estudo da
linguagem, mediante o exame dos resultados principais da investigação filosófica da linguagem
realizada nas últimas décadas.
Bibliografia principal:
Lycan, William G. (2008). Philosophy of Language: A Contemporary Introduction. 2nd ed. New York:
Routledge.
PROGRAMAS DE DISCIPLINAS PARA OUTROS CURSOS
FCF111 – Filosofia II
Carga horária 60h
Créditos 4
Ementa
Introdução à filosofia desde um ponto de vista histórico.
Ana Barreto
Programa: Neste curso faremos a leitura e a interpretação de textos de filósofos dos séculos XIX e XX
que se dedicaram a criticar as pretensões da razão expressas, por exemplo, nas filosofias de Platão,
Kant e Hegel. Pretendemos discutir a relação entre estas diferentes investidas críticas, que implicam em
questionamentos radicais aos ‘poderes’ da filosofia, da ciência e da razão.
BIBLIOGRAFIA
Antologia de textos filosóficos. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_pedagogicos/caderno_filo.pdf
DELEUZE, G. Abecedário. Disponível em:
http://stoa.usp.br/prodsubjeduc/files/262/1015/Abecedario+G.+Deleuze.pdf
NIETZSCHE, F. Obras incompletas. Tr. e notas Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril,
1987. Coleção Os Pensadores.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
DELEUZE, G. Conversações. Tr. Peter PálPelbart. São Paulo: Editora 34, 1996.
FOUCAULT, M. Arqueologia das Ciências e História dos Sistemas de Pensamento. Ditos & Escritos
II. Tr. Elisa Monteiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.
FCF 110
Filosofia I
(Graduação em História)
Carga horária: 60H
Créditos: 4
Ementa: Introdução à filosofia desde um ponto de vista histórico.
Paulo Gil Ferreira
Esta disciplina possui como objetivo elucidar algumas das temáticas fundamentais do
pensamento filosófico. Para isso, retornaremos, primeiramente, ao momento de gênese da filosofia
entre os gregos, a fim de traçarmos um quadro mais preciso sobre esse modo privilegiado de pensar,
desde então caracterizado como filosófico. Ao mesmo tempo, nos interessa esclarecer quais seriam as
condições de elaboração dos problemas especificamente filosóficos. Pode-se dizer que um fator
decisivo para o surgimento do pensamento filosófico reside em uma postura crítica com relação à
tradição. Se o próprio ato de questionar a tradição constituiu uma ruptura no pensamento, não se pode
dizer, todavia, que tivesse havido uma ruptura total com relação à legitimidade de seu poder
prescritivo. Em outras palavras, o que caracteriza o nascimento do pensamento filosófico não é a mera
recusa do discurso da tradição, mas antes a pergunta pelos fundamentos de sua legitimidade. Por um
lado, as respostas erráticas do legado da tradição, ou das diferentes tradições, passaram a não mais
satisfazer à nova pergunta pelo sentido de ser do todo. Por outro lado, embora a existência de uma
determinada tradição se mostre como um acontecimento arbitrário, não é outra coisa senão ela própria
que condiciona tal requisição de um sentido de ser para o todo. A elucidação desta contradição é
decisiva, pois é precisamente seu pertencimento a uma tradição, isto é, sua irrevogável situação
histórica, que, não obstante já lhe fornecer um horizonte interpretativo particular, libera o homem da
indiferença com relação ao ser. Pois bem, desta contenda entre tradição e fundamentação surgem
muitas das questões filosóficas decisivas, das quais iremos tratar, a saber: a da relação entre unidade e
multiplicidade; a da diferenciação entre conhecimento científico e senso comum (episteme e doxa); a
da especificidade do pensamento filosófico frente a outros discursos; a da substituição do mito pelo
logos etc. A abordagem destas temáticas não estará restrita à análise dos textos antigos, mas partirá,
principalmente, de sua apropriação pelo pensamento contemporâneo. Além dos temas mais ligados à
gênese do pensamento filosófico, analisaremos ainda alguns temas consagrados pelo pensamento
moderno, a partir dos quais possamos pensar a relação entre homem e mundo, o que envolverá as
seguintes questões: a cisão entre sujeito e objeto, a relação entre essência e existência humanas, o
princípio de razão, a objetificação do todo e a disputa entre o universalismo histórico e o relativismo.
Bibliografia Básica:
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método. Petrópolis: Vozes, 1999.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Petrópolis: Vozes, 2001.
PLATÃO. A República.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Bibliografia Complementar:
ARENDT, Hannah. A vida do espírito. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
JAEGER, Werner. Paideia. A formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. A filosofia na idade trágica dos gregos. Lisboa: Edições 70, 1987.
VERNANT, Jean Pierre. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002.
WIELAND, Wolfgang. Platon und die Formen des Wissens. Göttingen: Vandenhoeck und Ruprecht,
1999. (em caso de necessidade, a tradução de trechos será fornecida pelo professor).
FCF 472
Introdução à Filosofia
(Enfermagem)
Carga horária: 60H
Créditos: 4
Ementa: Introdução à filosofia desde um ponto de vista histórico.
Paulo Gil Ferreira
O presente curso tem como objetivo primordialcolocar em questão o sentido de ser do homem e
da natureza na atualidade diante do predomínio da tecnologia e do ideal de racionalidade científica.
Vivemos na sociedade contemporânea uma preocupação cada vez maior com os temas da saúde, do
“bem-estar” e da chamada“qualidade de vida”, ainda mais se levarmos em conta, a capacidade de
aplicação da tecnologia para a cura de doenças, o prolongamento da sobrevida de indivíduos enfermos,
a manipulação técnica da natureza, etc., tudo isto permeado e influenciado diretamente pelo
desenvolvimento tecnológico das próprias ciências médicas e da popularização dos procedimentos
preventivos. Ao mesmo tempo, tal desenvolvimento tecnológico implica uma relação com a natureza
essencialmente objetificante, que a obriga a passar pelo filtro da expertise científica para ser
significada. Falamos em “filtro” da ciência, pois a ideia está exatamente em purificar a natureza, quiçá
moralizá-la. Esses fatos trazem consigo uma série de novos questionamentos sobre o caráter da vida
humana e da natureza, sobre os limites éticos das pesquisas científicas no campo da medicina e da
biologia, bem como sobre o sentido da relação do ser humano com seu próprio corpo, haja vista a
possibilidade cada vez maior de intervenções, mesmo “não invasivas”, sobre o mesmo. Este estado de
coisas requer ainda uma reflexão mais cuidadosa sobre o modo como nós, seres humanos,
compreendemos nossa relação com a natureza e a vida em geral. Para a análise dessas questões,
aplicaremos alguns conceitos e temas tradicionais da filosofia, que serão elucidados ao longo de nosso
curso. Com isso, esperamos que esta “introdução à filosofia”, possa cumprir seu papel filosófico de
fato, a saber, o de permitir uma reflexão crítica sobre nossas próprias atividades em sua relação com o
mundo, não importando qual seja nossa especialidade.
Bibliografia:
DESCARTES, René. Discurso do Método e Meditações. In: Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, 1980.
GADAMER, Hans-Georg. O caráter oculto da saúde. Petrópolis: Vozes, 2006.
HEIDEGGER, Martin. A questão da técnica. In: Ensaios e Conferências. Petrópolis: Vozes, 2002.
SCHELER, Max. A posição do homem no cosmos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF110 - Filosofia I (Ciências Sociais)
Carga horária: 60H
Créditos: 4
Ementa: Introdução à filosofia desde um ponto de vista histórico.
MariannaPoyares
PROGRAMA: O curso está estruturado na interseção entre filosofia da história e teoria do
conhecimento. O objetivo é fornecer ferramentas críticas para a compreensão do argumento filosófico
tanto a respeito da inteligibilidade função pedagógica da história, quanto a respeito da criação de uma
ciência social e sua metodologia. Para tal, estudaremos autores centrais da tradição filosófica moderna
como Descartes, Kant, Hegel, entre outros.
BIBLIOGRAFIA:
Principal:
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
COMTE, A. Textos Escolhidos. In: Coleção os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
ENGELS, F. & MARX, K. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.
HEGEL, G. A Razão na História. Lisboa: Edições 70, 2013.
_______ Filosofia da História. Brasília: Editora UNB, 1999.
KANT, I. Ideia de uma História Universal de um Ponto de Vista Cosmopolita. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
_____ À Paz Perpétua. São Paulo: LP&M Editores, 2013.
LOWITH, K. O Sentido da História. Lisboa: Edições 70, 1991.
VOLTAIRE. F. M. A Filosofia da História. São Paulo: Martins Fontes, 2009
Secundária:
BOURDIEU, P; CHAMBOREDON, J-C; PASSERON, J-C. The Craft of Sociology: Epistemological
Preliminaries. Nova Iorque: Walter de Guyer, 1991.
BEISER, F. (org) The Cambridge Companion to Hegel. Cambridge: Cambridge University Press,
1993.
KOYRÈ, A. Do Mundo Fechado ao Universo Infinito. Rio de Janeiro: Gradiva, 2001
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
MARCUSE, H. Razão e Revolução. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
TAYLOR, C. Hegel. Cambridge: Cambridge University Press, 1975.
TERRA, R. Algumas questões sobre a filosofia da história em Kant. IN: Ideia de uma História
Universal de um ponto de Vista Cosmopolita. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
WINCH, P. The Idea of a Social Science and it's Relation to Philosophy. Londres: Routledge, 1958.
AVALIAÇÃO:A avaliação será realizada ao fim do período letivo, conforme informado em sala de
aula.
40
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
FCF110 - Disciplina: Filosofia I
Carga horária: 60H
Créditos: 4
Ementa: Introdução à filosofia desde um ponto de vista histórico.
MariannaPoyares
PROGRAMA: O curso tem como objetivo abordar a importância do estudo da história a partir do
ponto de vista da filosofia. Serão tratados temas caros à filosofia da história tais como escatologia,
teleologia e genealogia. O curso visa fornecer ferramentas críticas para a compreensão do argumento
filosófico a respeito da inteligibilidade e função pedagógica do estudo da história, bem como sua
relação com a razão, a natureza, a cultura e a sociedade.
BIBLIOGRAFIA:
Principal:
AGOSTINHO. Textos Escolhidos. In: Coleção os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
HEGEL, G. A Razão na História. Lisboa: Edições 70, 2013.
_______ Filosofia da História. Brasília: Editora UNB, 1999.
KANT, I. Ideia de uma História Universal de um Ponto de Vista Cosmopolita. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
_____ À Paz Perpétua. São Paulo: LP&M Editores, 2013.
LOWITH, K. O Sentido da História. Lisboa: Edições 70, 1991.
VOLTAIRE. F. M. A Filosofia da História. São Paulo: Martins Fontes, 2009
Secundária:
ARON, R. Introduction à la philosophie de l`histoire. Paris: Gallimard, 1948.
COLLINGWOOD, R. G. The Idea of History. Oxford: OUP, 1946.
LEBRUN, G. Uma escatologia para a moral. In: Ideia de uma História Universal de um ponto de Vista
Cosmopolita. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
MARCUSE, H. Razão e Revolução. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
TAYLOR, C. Hegel. Cambridge: Cambridge University Press, 1975.
TERRA, R. Algumas questões sobre a filosofia da história em Kant. IN: Ideia de uma História
Universal de um ponto de Vista Cosmopolita. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
AVALIAÇÃO:A avaliação será realizada ao fim do período letivo, conforme informado em sala de
aula.
FCF110 - Filosofia I (Psicologia)
Carga horária: 60H
Créditos: 4
Ementa: Introdução à filosofia desde um ponto de vista histórico.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Tito Marques Palmeiro
Tema: Filosofia, Investigação e Fundamento
Programa: O curso iniciará os alunos ao pensamento filosófico pelo estudo de textos clássicos que
estabeleceram momentos específicos da filosofia. Será privilegiado o contato direto com os textos
porque é apenas pela experiência de uma leitura detalhada que o leitor pode compreender de que modo
a investigação filosófica pode fundamentar o quadro geral de noções que orientam nossa cultura. Os
três primeiros textos a serem estudados, pertencentes à tradição filosófica, serão o Menon de Platão, as
Confissões de Santo Agostinho e as Meditações de Descartes. Eles determinaram o surgimento de
momentos específicos dessa tradição em investigações que estabeleceram seus principais fundamentos:
Ideias, Deus e Subjetividade. Na etapa final do curso, o estudo de “A Carta sobre o Humanismo” de
Heidegger permitirá a interrogação dos momentos anteriormente estudados para que se interrogue as
possibilidades abertas para o pensamento na contemporaneidade.
Bibliografia Principal
Descartes, René. Meditações. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. Coleção Os Pensadores.
São Paulo: Abril, 1979.
Bibliografia Complementar
Platão. Menon. Tradução de Maura Iglésias. São Paulo: Loyola, 2001.
SantoAgostinho. Confissões. Tradução de J. Oliveira Santos. Petrópolis: Vozes, 2000.
Heidegger, Martin. “Carta sobre o Humanismo”. Tradução de Ernildo Stein. Coleção Os Pensadores.
São Paulo: Abril, 1998.
FCF111 - Filosofia II (Historia)
Carga horária 60H
Créditos 4
Ementa: Introdução à filosofia desde um ponto de vista histórico.
Tito Marques Palmeiro
Tema: Filosofia, Investigação e Fundamento
Programa: O curso iniciará os alunos ao pensamento filosófico pelo estudo de textos clássicos que
estabeleceram momentos específicos da filosofia. Será privilegiado o contato direto com os textos
porque é apenas pela experiência de uma leitura detalhada que o leitor pode compreender de que modo
a investigação filosófica pode fundamentar o quadro geral de noções que orientam nossa cultura. Os
três primeiros textos a serem estudados, pertencentes à tradição filosófica, serão o Menon de Platão, as
Confissões de Santo Agostinho e as Meditações de Descartes. Eles determinaram o surgimento de
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
momentos específicos dessa tradição em investigações que estabeleceram seus principais fundamentos:
Ideias, Deus e Subjetividade. Na etapa final do curso, o estudo de “A Carta sobre o Humanismo” de
Heidegger permitirá a interrogação dos momentos anteriormente estudados para que se interrogue as
possibilidades abertas para o pensamento na contemporaneidade.
Bibliografia Principal
Descartes, René. Meditações. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. Coleção Os Pensadores.
São Paulo: Abril, 1979.
Bibliografia Complementar
Platão. Menon. Tradução de Maura Iglésias. São Paulo: Loyola, 2001.
SantoAgostinho. Confissões. Tradução de J. Oliveira Santos. Petrópolis: Vozes, 2000.
Heidegger, Martin. “Carta sobre o Humanismo”. Tradução de Ernildo Stein. Coleção Os Pensadores.
São Paulo: Abril, 1998.
FCF111 - Filosofia II
(Historia)
CARGA HORÁRIA:
60 H
CRÉDITOS: 04
EMENTA
Introdução à filosofia desde um ponto de vista histórico.
Daniel Preti
PROGRAMA: O curso consistirá na leitura e interpretação de autores clássicos da história da filosofia
sobre a imbricação entre eticidade / moralidade e política. A primeira parte do semestre explorará as
proximidades e diferenças entre a abordagem feita por Aristóteles na “Ética Nicomaquéia” e por Kant
na “Fundamentação da metafísica dos costumes” sobre o tema da eticidade / moralidade. Na segunda
parte do semestre, focaremo-nos mais especificamente em mostrar como estas relações também podem
ser interpretadas de um ponto de vista político / histórico. Para tanto, valeremo-nos de dois artigos de
Kant e da introdução de Hegel às suas lições sobre a filosofia da história, denominada “Razão na
História”. Nossa intenção é que, ao fim do semestre, possamos abordar algumas críticas às noções de
história analisadas ao longo do curso, nos valendo, fundamentalmente, de Marx, Nietzsche e Walter
Benjamin.
BIBLIOGRAFIA
ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Prefácio, tradução e notas Mario da Gama Kury. Brasília: Ed.
Universidade de Brasília, c1985.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Tradução, introdução e notas por
Guido Antônio de Almeida. São Paulo: Discurso Editorial ; Barcarolla, 2009.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
___. Idéia de uma história universal com um propósito cosmopolita. In: A Paz Perpétua e Outros
Opúsculos. Tradução de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 2008, p. 21 – 36.
___. Resposta à pergunta: Que é o Iluminismo? In: A Paz Perpétua e Outros Opúsculos. Tradução de
Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 2008, p. 11 – 20.
HEGEL, Georg W.F. A Razão na História: uma introdução geral à filosofia da história. Tradução de
Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2001
Bibliografia complementar
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito da história. In: Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e
política. São Paulo: Ed. Brasiliense. 1996.
GAGNEBIN, Jeanne-Marie. O que significa elaborar o passado In. Lembrar, escrever, esquecer. 2. ed.
São Paulo: Ed. 34, 2009, p. 97 – 105.
___. Sete aulas sobre linguagem, memória e história. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1997.
HYPPOLITE, Jean. Introdução a filosofia da história de Hegel. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1971.
MARCUSE, Herbert. Razão e revolução: Hegel e o advento da teoria social. 4. ed. - Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1988.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 12. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
____. ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista (1848). – Porto Alegre: L&PM Pocket,
2007.
NIETZSCHE, Friedrich W.. Segunda consideração intempestiva: da utilidade e desvantagem da
história para a vida. Rio de Janeiro: RelumeDumará, 2003.
ZINGANO, Marco A. Razão e história em Kant. São Paulo: Brasiliense, 1989.
IDENTIFICAÇÃO
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DISCIPLINA: LÓGICA CLÁSSICA
PRÉ-REQUISITO(S):
CRÉDITOS: 4.0
CARGA HORÁRIA: 60 h
Professor: THIAGO CONTARATO
CÓDIGO: FCF351
CÓDIGO(S):
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EMENTA
O curso tem a intenção de apresentar de modo introdutório os principais assuntos da
área de Lógica. A palavra “Lógica” pode ser considerada de dois modos: [1] indica um
sistema de inferência particular, como a Lógica Aristotélica, a Lógica Proposicional, a
Lógica de Predicados de Primeira Ordem, Lógica Modal, entre outros. [2] indica o
estudo dos diversos sistemas de inferência em geral, dentre eles estão os já citados
anteriormente.
Tendo isso em mente, na primeira parte do curso, nos focaremos na Lógica Aristotélica
e seus principais conceitos, tais como: As operações do intelecto (conceito, juízo e
raciocínio); as intenções lógicas (gênero, espécie e diferença específica); definição;
formas válidas de silogismo.
Posteriormente, na segunda parte do curso, trataremos dos principais conceitos da
Lógica Proposicional com caráter introdutório. Sendo assim, serão apresentadas as
principais noções: Sintaxe da Lógica Proposicional (letras proposicionais, conectivos, e
regras de inferência); Semântica da Lógica Proposicional (tabela de verdade, tablô
semântico).
OBJETIVOS
- Introduzir as principais noções da Lógica Aristotélica e da Lógica Proposicional.
- Apresentar a Lógica numa perspectiva mais voltada para a Teoria da Classificação ou
Taxonomia.
- Aproximar os temas dos interesses do curso de Biblioteconomia.
METODOLOGIA
- Exposição oral
- Uso do quadro
- Relatórios e exercícios
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SISTEMA DE AVALIAÇÃO
O aluno será aprovado na disciplina desde que satisfaça as seguintes condições: (a) mínimo
de 75% de freqüência às aulas; (b) média mínima de 6 entre as duas primeiras verificações
de aprendizagem; ou (c) média mínima de 5 entre as três verificações, com peso 1 para cada
uma das primeiras verificações e peso 2 para a terceira verificação, isto é, média = (N1 + N2
+ 2 X N3)/4. Os alunos que obtiverem Média Parcial igual ou superior a 6 (seis), entre N1 e
N2, não precisarão fazer a Verificação Final (N3). Só terão direito à terceira verificação os
alunos que obtiverem no mínimo média 3 (três) nas duas primeiras verificações. As notas
das verificações de aprendizagem serão expressas de 0 (zero) a 10 (dez), utilizando-se uma
casa decimal (cf. Congr. de 08/07/1988).
Especificações:
Primeira verificação (N1): Relatórios e exercícios solicitados; Avaliação 1 (Sobre o
conteúdo dado até então).
Segunda verificação (N2): Relatórios e exercícios solicitados; Avaliação 2 (Sobre o
conteúdo dado entre a Avaliação 1 e 2).
Terceira verificação (N3): Avaliação 3 (Sobre todo o conteúdo da disciplina.)
PROGRAMA
1ª. aula – Introdução à Lógica; Dedução e Indução
2ª. aula – Conceito, Juízo e Raciocínio (Verdade e Validade)
3ª. aula – Gênero, Espécie e Diferença Específica (Árvore de Porfírio)
4ª. aula – Silogismo e formas válidas I
5ª. aula – Silogismo e formas válidas II
6ª. aula – Revisão para a Avaliação 1
7ª. aula – Avaliação 1 (sobre o conteúdo dado até então)
8ª. aula – Lógica Proposicional (Sintaxe)
9ª. aula – Formalização na Lógica Proposicional
10ª. aula – Regras de inferência
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11ª. aula – Lógica Proposicional (Semântica)
12ª. aula – Tabela de Verdade e Tablô Semântico
13ª. aula – Revisão para a Avaliação 2
14ª. aula – Avaliação 2 (sobre o conteúdo dado entre a Avaliação 1 e 2)
15ª. aula – Avaliação 3 – N3 – Sobre todo o conteúdo da disciplina.
REFERÊNCIAS
Bibliografia básica:
- IMAGUIRE, G.; BARROSO, C. A. C. Lógica: Os Jogos da Razão. 1. ed. Fortaleza:
Editora da UFC, 2006.
- MORTARI, C. Introdução à Lógica. São Paulo: Editora da UNESP, 2001.
Obs.: Alguns outros textos podem vir a ser utilizados para aprofundamento.
Bibliografia Complementar:
- ARISTÓTELES. Organon. Trad.: Edson Bini. Bauru (SP): Edipro, 2005.
- PORFÍRIO DE TIRO. Isagoge: Introdução às Categorias de Aristóteles. Introdução,
tradução e comentário de Bento Silva Santos. São Paulo: Attar, 2002.
- SILVESTRE, Ricardo Souza. Um curso de Lógica. Vozes, Petrópolis, 2011.
- COSTA, N. Ensaio sobre os fundamentos da lógica. São Paulo: Hucitec, 2008.
- WYLLIE, Guilherme. Um panorama histórico da lógica medieval.Aquinate, n º 5. 2007,
147-165.[PDF] Disponível em www.aquinate.net/artigos Acessado em 20/02/2014.
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Documentos relacionados