atuação do gerente de projetos em empresas de portes variados no

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atuação do gerente de projetos em empresas de portes variados no
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ATUAÇÃO DO GERENTE DE PROJETOS EM EMPRESAS DE
PORTES VARIADOS NO BRASIL - VISÃO DE STAKEHOLDERS
INTERNOS
Clever da Conceição Junior
E-mail: [email protected]
Resumo
O objetivo do artigo é pesquisar o relacionamento entre stakeholders internos e gerente de projetos, e
listar pontos de atenção com base em informações da equipe. O estudo tem caráter descritivoexploratório e foi utilizada pesquisa bibliográfica e aplicação do questionário a profissionais que
atuam em equipes de projetos de empresas de variados portes no Brasil. A partir disso, nota-se que o
gerente de projetos tem o desafio de aplicar as boas práticas em sua equipe, para melhorar o nível de
satisfação do seu time e entender como eles podem influir e contribuir para o sucesso do projeto na
empresa que atua.
Palavras-chave: stakeholders, equipe de projetos, gerente de projeto, PMI
1. Introdução
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) em censo
realizado até 06/08/2014, constam no Brasil 17.527.634 empresas ativas. Desse total, 45,91%
são representados por empresas do setor de serviços. O presente estudo será realizado em
empresas desse setor no Brasil que atuam em projetos. Esse trabalho tem como objetivo geral,
pesquisar o relacionamento entre os stakeholders internos (equipe) e gerentes de projetos, e
listar pontos de atenção com base em informações da equipe.
Os objetivos específicos são:

Pesquisar visões de equipes referentes à postura e atuação do gerente de projeto em
empresas de pequeno, médio e grande porte.

Mensurar o nível de satisfação das equipes com relação às condições e volume de
trabalho no projeto em que atuam.

Analisar na visão da equipe, se as melhores práticas de gerenciamento de projetos são
utilizadas pelo gerente de projetos.
Um dos principais desafios na atuação do gerente de projetos é ter habilidades diversificadas,
dentre elas a comunicação, construção de equipes, motivação e liderança. O PMI (Project
Manager Institute) ressalta em seus trabalhos a importância do envolvimento entre a equipe,
atividades, ambiente e o gerente de projetos para evitar futuros desentendimentos e falta de
2
alinhamentos de informação. Com isso, faz-se necessário pesquisar a visão de equipes
referente à atuação do gerente de projetos.
2. Fundamentação Teórica
De acordo com BNDES CIRCULAR nº 34/2011, considera-se empresas de pequeno porte
aquelas que obtêm receita operacional bruta (ROB) anual superior a R$ 2.400.000,00 (dois
milhões e quatrocentos mil reais) e inferior ou igual a R$ 16.000.000,00 (dezesseis milhões de
reais); empresas de médio porte são aquelas que obtêm ROB anual superior a R$
16.000.000,00 (dezesseis milhões de reais) e inferior ou igual a R$ 90.000.000,00 (noventa
milhões de reais), já as empresas de grande porte são aquelas que obtêm ROB anual superior
R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
Segundo Molina & Sbragia (2003), em qualquer empreendimento existem pessoas com
diversos interesses nas atividades e nos resultados do projeto. As motivações dos
patrocinadores e das pessoas que realizam o trabalho são óbvias. Existem outras pessoas que
têm a capacidade de, ainda que preocupada com o resultado do projeto, estão também
motivadas por razões políticas, sociais, ambientais e interesses econômicos. Do ponto de vista
das tarefas, a visibilidade e prioridade designadas ao projeto parecem impactar positivamente
a capacidade da equipe quanto à adaptação às novas condições de trabalho.
De acordo com Esequiel (2013) sentir-se bem ao realizar um trabalho é fundamental para que
o funcionário se reconheça como parte da empresa e tenha um desempenho satisfatório. Para
isso, um ambiente de trabalho agradável faz toda a diferença. ESEQUIEL (2013) afirma que
se pode observar uma mudança de comportamento dessa nova geração. Não é salário que
segura essas pessoas, muito pelo contrário, é a oportunidade. Os profissionais querem se
desenvolver em uma velocidade relativamente rápida.
Chermont (2001) relata que na análise do aspecto humano, percebe-se que as competências
são essenciais na gestão de recursos humanos de uma equipe. Competência é uma nova
variante determinadora de critérios de qualidade do trabalho. Relações sociais envolvidas no
processo de produção de bens e serviços evoluíram; ressalta ainda que as empresas devem
desenvolver essas competências, transformando-se em organizações valorizadoras e criadoras
de competências.
3
Barbi (2014) define metodologia como um processo a seguir que dá maior controle sobre os
recursos que serão utilizados no projeto. Controlando melhor o processo a equipe será mais
eficiente, pois entregará o projeto com maior grau de acerto em termos de prazos e custos.
Segundo Barbi, o bom uso de uma metodologia é importante porque permite evitar práticas
que levam ao insucesso e com isso reproduzir o sucesso. Em última instância, uma
metodologia é um conjunto de regras de como conduzir um projeto com sucesso.
Barbi (2014) destaca ainda que o segredo para gerenciar projetos é envolver a equipe, cliente
e fornecedores de tal forma que todos se sintam diretamente responsáveis pelo sucesso do
projeto. Como diz aquele velho ditado caipira, "quando todos empurram na mesma direção,
não há carroça que não saia do atoleiro".
Bispo (2012) relaciona os benefícios da celebração de conquistas em equipe, dos quais
compreende: Relaxamento da equipe, Aumento da Produtividade, Espírito de equipe,
Diminuição do medo de desafios, Valorização das atividades, Líderes próximos às equipe,
Estímulo contínuo, Autoconfiança reforçada, Melhoria do clima.
Segundo Mônaco & Guimarães (2000) além dos aspectos do ambiente físico ou questões
relacionadas à remuneração e segurança no trabalho, proporcionar às pessoas espaço para
exporem suas ideias e oportunidades de participarem nas decisões, ampliando o horizonte de
democracia na empresa devem fazer parte das práticas da Qualidade de Vida no Trabalho.
Na publicação do blog Escritório de Projetos (2014) a comunicação é definida como uma das
áreas de conhecimento mais importantes para o Gerente de Projetos (GP), ou talvez a mais
importante. Ela representa cerca de 90% do tempo do GP e é o elo entre as pessoas, as ideias e
as informações. Além disso, a maioria dos problemas dos projetos é oriunda de falha de
comunicação e existe uma forte correlação entre o desempenho do projeto e a habilidade do
GP em administrar as comunicações. Descreve que as habilidades interpessoais são
fundamentais para o GP gerenciar sua equipe e expectativas das partes interessadas. Algumas
das habilidades interpessoais mais usadas pelo GP são: Liderança; Desenvolvimento da
equipe;
Motivação;
Comunicação;
Influência;
Processo
decisório;
Conhecimento
político/cultural e Negociação.
Os resultados do estudo serão verificados a partir da análise da visão dos autores pesquisados
e da metodologia utilizada, descrita a seguir.
4
3. Metodologia
O estudo tem caráter descritivo e exploratório. Os procedimentos metodológicos utilizados
foram:
a) pesquisa bibliográfica: coleta de dados qualitativos a partir de material publicado em
artigos, circulares, dissertações, teses, livros e páginas da Internet;
b) aplicação de questionário: coleta de dados quantitativos de profissionais que atuam em
equipes de projetos em empresas de pequeno, médio e grande porte, que busca, por meio de
procedimentos estatísticos, gerar indicadores de análise.
Este estudo tem caráter descritivo, pois “lida com um ou mais fenômenos e pode valer-se dos
métodos de análise quantitativo e qualitativo” (BOENTE; BRAGA, 2004, p. 10);
exploratório, pois “busca explorar, investigar um fato, fenômeno ou novo conhecimento sobre
o qual ainda se tem pouca informação” (BOENTE; BRAGA, 2004, p. 10). Segundo os
autores, a pesquisa é quantitativa quando há levantamento, quantificação e mensuração de
resultados, visando avaliar quantidades; e qualitativa quando busca descrever e aprofundar o
conhecimento de uma população ou de um fenômeno, sem a comparação de dados.
Adotou-se uma amostragem por conveniência e não probabilística, em face do grande número
de empresas de serviços que atuam no Brasil. Para definir o tamanho e a composição da
amostra de empresas, partiu-se de dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação
(IBPT) em censo realizado até 04/08/2014.
Para Marconi e Lakatos (2006), o processo de aplicação de questionários busca reunir,
registrar e analisar dados numéricos pertinentes à análise das atitudes e comportamentos dos
participantes.
Neste estudo, realizou-se coleta primária de dados por meio da aplicação de questionário,
respondido por 67 profissionais que atuam em equipes de projetos nas empresas pesquisadas.
Para a confecção deste instrumento, foi feito levantamento bibliográfico das principais
pesquisas realizadas na área, sendo montado o questionário por meio da adaptação dos
modelos apresentados pela literatura, de forma a tornar o instrumento mais adequado ao
cenário eleito e às proposições do estudo.
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O questionário utilizado foi estruturado com questões relacionadas ao objetivo geral e
específico do estudo, a fim de conhecer a visão de equipes perante a atuação do gerente de
projetos. Para saber como é o perfil da área e a perspectiva referente à função gerente de
projetos no mercado de trabalho atual do Brasil.
Foi desenvolvido o questionário em base eletrônica que compreende duas partes: a primeira
referente aos dados do porte da empresa em que ao profissional responsável pelo
preenchimento do questionário atua; a segunda é formada por perguntas, a serem respondidas
com o objetivo de avaliar a visão da equipe perante o gerente de projetos, sua forma de
trabalho, organização e nível de satisfação. O questionário foi encaminhado via e-mail no
período de 04 a 30 de Agosto de 2014, para profissionais de empresas de portes variados que
possuem equipes de projetos no Brasil. Após o período de aplicação do questionário, foram
obtidas respostas de 67 profissionais.
O instrumento de coleta de dados contempla os seguintes tipos de questões:
● dicotômicas (sim – não);
● de múltipla escolha, em que o respondente faz uma escolha (a que mais se aproxima da sua
opinião) dentre as várias alternativas;
4. Resultados
Com base no questionário aplicado, observa-se que dos 67 profissionais da amostra
pesquisada, a maioria atua em empresa de médio porte (42%), empresas de pequeno porte
representam 24% e empresas de grande porte 34%, conforme dados descritos no Gráfico 1.
23
16
28
Pequeno
Médio
Grande
GRÁFICO 1 - Qual o porte da empresa que trabalha? Fonte: Dados coletados pelo autor.
Do total da amostra pesquisada, identifica-se que 66% dos profissionais consideram
satisfatórias as condições de trabalho (ferramentas, software, hardware, espaço, clima, etc.) no
6
projeto em que atuam. Deste total, nas empresas de pequeno porte, 56%; nas empresas de
médio porte 71% e nas empresas de grande porte 65% conforme dados descritos no Gráfico 2.
71%
80%
60%
44%
40%
66%
65%
56%
29%
35%
34%
Sim
Não
20%
0%
Pequeno
Médio
Grande
Total
GRÁFICO 2 - Você considera as condições de trabalho do projeto que atua satisfatório? Fonte: Dados coletados pelo autor.
Do total da amostra pesquisada, 58% dos profissionais acredita ter oportunidade de
crescimento profissional no projeto em que atua. Deste total, nas empresas de pequeno porte
56%; nas empresas de médio porte 64% e nas empresas de grande porte 52% conforme dados
descritos no Gráfico 3.
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
64%
56%
58%
52%48%
44%
36%
42%
Sim
Não
Pequeno
Médio
Grande
Total
GRÁFICO 3 - Você acredita ter oportunidade de crescimento profissional no projeto em que atua? Fonte: Dados coletados pelo
autor.
Na pesquisa do nível de satisfação dos membros da equipe com relação ao volume de
trabalho, 60% dos profissionais do total da amostra pesquisada considera satisfatório o
volume de trabalho que realiza. Deste total, nas empresas de pequeno porte 69%; nas
empresas de médio porte 54% e nas empresas de grande porte 61% conforme dados descritos
no Gráfico 4.
80%
69%
60%
40%
54%
61%
46%
39%
60%
40%
31%
Sim
Não
20%
0%
Pequeno
Médio
Grande
Total
7
GRÁFICO 4 - Você se sente satisfeito em relação ao volume de trabalho que realiza? Fonte: Dados coletados pelo autor.
Com base no conceito de Chermont (2001), foi questionado aos profissionais se consideram
que a equipe do projeto em que atuam possui todos os profissionais necessários para a
conclusão do projeto no prazo acordado. Do total da amostra pesquisada, apenas 39%
consideram que a equipe do projeto em que atuam possui as competências necessárias. Deste
total, nas empresas de pequeno porte 44%; nas empresas de médio porte 32% e nas empresas
de grande porte 43% conforme dados descritos no Gráfico 5.
80%
60%
68%
61%
57%
56%
44%
43%
40%
39%
32%
Sim
Não
20%
0%
Pequeno
Médio
Grande
Total
GRÁFICO 5 - Você considera que a equipe possui os profissionais necessários para conclusão do projeto no prazo acordado?
Fonte: Dados coletados pelo autor.
Na análise do quesito qualidade de vida, abordado por Mônaco & Guimarães (2000), com
base no item com maior número de respostas, observa-se que do total da amostra, 43% dos
profissionais declaram que quase sempre têm liberdade de expor sua opinião em prol da
melhoria do projeto; nas empresas de pequeno porte 50% dos profissionais declaram que
sempre têm liberdade, nas empresas de médio porte 57% declaram que quase sempre têm
liberdade e empresas de grande porte 39% declaram que raramente têm liberdade, conforme
dados descritos no Gráfico 6.
57%
60%
50%
44%
50%
39%
40%
29%
30%
Nunca
35%
26%
27%
28%
Raramente
Quase Sempre
20%
10%
43%
6%
0%
11%
4%
0%
0%
Pequeno
Sempre
Médio
Grande
1%
Total
GRÁFICO 6 - Com que frequência você tem liberdade para expor sua opinião em prol da melhoria do projeto em que atua? Fonte:
Dados coletados pelo autor.
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Do total da amostra pesquisada, 78% informam seguir metodologias e processos nos projetos
em que atuam. Deste total, nas empresas de pequeno porte 75%; nas empresas de médio porte
82% e nas empresas de grande porte 74%, conforme dados descritos no Gráfico 7.
100%
80%
82%
75%
78%
74%
60%
Sim
40%
25%
26%
18%
20%
Não
22%
0%
Pequeno
Médio
Grande
Total
GRÁFICO 7 - São seguidos metodologias e processos no projeto em que atua? Fonte: Dados coletados pelo autor.
Na análise dos resultados, com base no item com maior número de respostas, observa-se que
do total da amostra, 42% dos profissionais declaram que raramente comemoram o sucesso do
projeto; nas empresas de pequeno porte 50% dos profissionais declaram que sempre
comemoram, nas empresas de médio porte 43% declaram que raramente comemoram e nas
empresas de grande porte 35% declaram que raramente comemoram e 35% quase sempre
comemoram, conforme dados descritos no Gráfico 8.
60%
50%
50%
43%
40%
30%
20%
10%
42%
35%35%
36%
25%
21%
19%
Nunca
25%
Raramente
Quase Sempre
6%
4%
0%
0%
Pequeno
30%
26%
Médio
Grande
3%
Sempre
Total
GRÁFICO 8 - Com que frequência é comemorada com a equipe o sucesso no (s) projeto (s) em que atua. Fonte: Dados coletados pelo
autor.
Na análise dos resultados do quesito comunicação observa-se que do total da amostra, 36%
dos profissionais consideram razoável o fluxo de comunicação entre os stakeholders no
projeto; das empresas de pequeno porte 38% dos profissionais consideram bom, das empresas
de médio porte 43% consideram razoável e nas empresas de grande porte 43% consideram
bom, conforme dados descritos no Gráfico 9.
9
50%
40%
30%
20%
10%
43%
38%
43%
35%
25%
25%
19%
13%
6%
21%
13%
0%
0%
Pequeno
36%
34%
29%
4% 4%
4%
3%
6%
Bom
Ótimo
Péssimo
Razoável
Ruim
Médio
Grande
Total
GRÁFICO 9 - Como você considera o fluxo de comunicação entre os envolvidos no projeto? Fonte: Dados coletados pelo autor.
Observa-se que do total da amostra, 58% dos profissionais consideram o GP capacitado para
exercer a função; das empresas de pequeno porte 44%, das empresas de médio porte 54% e
nas empresas de grande porte 74%, conforme dados descritos no Gráfico 10.
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
74%
58%
54%
44%
31%
25%
Pequeno
Sim
29%
18%
Médio
13%13%
Grande
24%
18%
Não
Não Sei
Total
GRÁFICO 10 - Você considera o gerente do projeto em que atua capacitado para exercer essa função? Fonte: Dados coletados pelo
autor.
5. Conclusão
Através da aplicação do questionário no período de 04 a 30 de Agosto de 2014 a profissionais
de empresas de pequeno, médio e grande porte que atuam em equipes de projetos no Brasil,
nota-se que o porte da empresa influencia nos resultados da visão das equipes referentes à
postura e atuação do gerente de projeto. Pode-se observar que o percentual de profissionais
que consideram o gerente de projetos capacitado cresce gradativamente conforme aumenta o
porte da empresa.
O fator que pode levar ao insucesso do projeto e que acontece nas empresas em um número
muito elevado é a falta de profissionais para formar a equipe e terminar o projeto no custo e
tempo acordado. Colocar um profissional de categoria mais baixa ou inexperiente para
executar uma atividade com objetivo de ganhar lucro no projeto nem sempre é a melhor
alternativa, isso prova a falta de investimento em conhecimento humano.
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O nível de satisfação das equipes com relação ao volume de trabalho no projeto em que atuam
é maior nas empresas de pequeno porte, e com relação às condições de trabalho é maior nas
empresas de médio porte.
Pouco mais da metade dos profissionais se sentem satisfeitos com o volume de trabalho que
realizam, portanto, o GP deve controlar a distribuição de tarefas, para que algumas pessoas da
equipe não fiquem com carga excessiva de trabalho.
Na análise da visão da equipe quanto as melhores práticas de gerenciamento de projetos, a
maioria afirma que são seguidos metodologias e processos no projeto em que atuam. Porém, o
fluxo de comunicação é considerado razoável pela maioria dos profissionais, o que mostra
que essa boa prática ainda tem muito a melhorar nas equipes de projetos no Brasil. Quanto à
liberdade para expor opinião em prol da melhoria do projeto, os resultados mostram que à
medida que o porte da empresa aumenta, na visão da equipe, o nível de liberdade de
expressão diminui.
Profissionais de empresas de pequeno e médio porte afirmam que, sempre ou quase sempre
tem liberdade para expor sua opinião em prol da melhoria do projeto, diferente dos
profissionais da empresa de grande porte que afirmam raramente ter liberdade. O projeto em
empresas de pequeno e médio porte geralmente é executado por equipes pequenas e fáceis de
gerenciar as ideias, este fato pode ser o gerador deste resultado.
A comemoração do sucesso do projeto é o menor índice identificado na maioria das empresas.
Acredita-se que isso é um dos fatores que leva metade da equipe a afirmar não ter
oportunidade de crescimento e abandonar o projeto equipe antes do término. Portanto, o GP
que pretende atuar em grandes empresas tem o desafio de aplicar as boas práticas em sua
equipe, para melhorar o nível de satisfação do seu time, estudar estes diferentes atores para
entender como eles podem influir e contribuir para o sucesso do projeto.
6. Referências
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