1.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

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1.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
ESTADO DE RONDÔNIA
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PIMENTA BUENO
GABINETE DO PREFEITO
ANEXO VIII – INDICAÇÃO DOS BENS REVERSÍVEIS
1. DIAGNOSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E
DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
1.1.
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
1.1.1. Mananciais EEAB e Adutoras de Água Bruta
A captação de água bruta que abastece o município de Pimenta Bueno está localizada no Rio
Machado, um dos principais afluentes do Rio Madeira, em uma tomada de água localizada no
leito do rio.
O manancial é de grande porte e a água é de boa qualidade, exceto nas chuvas, quando alta
turbidez pode ocorrer.
Desta tomada partem duas tubulações de 300 mm em F°F° com extensão de 50 metros que, por
gravidade, levam a água captada para um poço de sucção.
Por problemas de insuficiência da captação, foi instalada uma bomba sobre um flutuante para
ajudar no transporte da água bruta até o poço de sucção.
As linhas trabalham com baixa velocidade no tempo de estiagem, sendo necessária avaliação
da instalação e do diâmetro dessa linha para eliminar o bombeamento.
O poço de sucção é composto por duas bombas submersíveis trabalhando em paralelo e sem
equipamento reserva, com vazão individual de 316,80 m³/h e Hman de 55 mca.
Sabe-se que essas bombas estão trabalhando fora de sua eficiência, apresentando baixo
rendimento.
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A água bombeada deste poço é levada até a ETA, instalada na zona urbana, por uma adutora
de água bruta em F°F° e 300 mm com extensão aproximada de 530 m, enterrada, que atravessa
por baixo a rodovia BR-364.
RIO MACHADO
CAPTAÇÃO E ELEVATÓRIA AUXILIAR DE ÁGUA BRUTA
Foto 1 Rio Machado
Foto 2 Captação e Elevatória Auxiliar de Água Bruta
1.1.2. ETA
A estação de tratamento é composta por dois módulos de clarificador de contato (filtro russo)
fabricados em concreto armado com vazão de projeto de 432 m³/h. Basicamente, é um processo
de tratamento conhecido como filtração direta ascendente, onde não há sedimentadores e a
floculação ocorre em meio poroso, ou seja, no próprio leito filtrante.
Este sistema foi muito recomendado no passado, no tratamento de água de baixa turbidez e não
sujeitas a grandes e repentinas variações de qualidade, devido ao baixo custo de instalação e
reduzida necessidade de área uma vez que não há unidades de sedimentação.
A operação de um sistema tipo filtro russo exige constantes lavagens de filtros, sendo curta a
vida útil do mesmo.
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Assim, é importante uma analise específica das condições físicas, avaliando a necessidade de
reforma com substituição do meio filtrante onde constatarmos variações de vazão e turbidez de
acordo com a estiagem.
No período de chuva, a ETA tem grande consumo de água para lavagem dos filtros devido ao
aumento da turbidez e cor da água bruta. No entanto, a qualidade da água produzida é boa.
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Foto 3 e 4 Estação de Tratamento de Água
Os produtos químicos utilizados no tratamento são: sulfato de alumínio (coagulante), cloro em
forma de gás (desinfetante) e fluorsilicato de sódio (fluoretação da água tratada).
A mineralização da água bruta é elevada, não sendo necessária a adição de agente
alcalinizante (como a cal) para se atingir o pH ótimo de coagulação em operação normal.
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VISTA DA ETA
VISTA DA ETA
Foto 5 e 6 Vista da ETA
Um pequeno laboratório provido de equipamentos de bancada promove as análises físicoquímicas básicas na operação para controle de processo.
ETA - CASA DE QUÍMICA
ETA - DOSADOR DE FLUORSILICATO DE SÓDIO
Foto 7 ETA – Casa de Química
Foto 8 ETA – Dosador de Flúor, Silicato e Sódio
Inexiste um sistema de recuperação de água de lavagem de filtros, bem como inexiste um
sistema de desidratação de lodo para a destinação apropriada deste resíduo.
A água de lavagem dos filtros é descartada diretamente sem tratamento em córrego da região.
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A qualidade da água tratada é boa na maior parte do tempo.
1.1.3. Reservação
O centro de reservação está instalado no terreno da ETA e conta com reservatório apoiado
(RAP) e reservatório elevado (REL).
O reservatório apoiado, executado em concreto, possui um volume de 1500 m³ divididos em três
módulos iguais (largura: 19,78 m, comprimento: 22,80 m e altura: 3,10 m).
Serve como poço de sucção para a elevatória que recalca para o reservatório elevado, também
em concreto armado, com capacidade de 398 m³ e fuste de 6,8 metros que tem volume
suficiente para compensar variações de demandas de água, mas não possui altura suficiente
para pressurizar parte da rede de distribuição.
1.1.4. Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT)
Faz o recalque da água do RAP para o REL, com dois conjuntos (um de reserva). As tubulações
de recalque das bombas estão sub-dimensionadas, causando grandes perdas de cargas.
RESERVATÓRIO ELEVADO PIMENTA BUENO
CENTRO DE RESERVAÇÃO 1º PLANO RESERVATÓRIO APOIADO
Foto 9 Reservatório Elevado
Foto 10 Centro de Reservação
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A estação Elevatória de Água Tratada (EEAT) interliga o RAP ao REL, tendo as seguintes
características:
Quantidade: 1+1 reserva
Vazão: 528 m³/h
Hman: 20,19 mca
Potência: 60 cv
Rotação: 1775 rpm
Recalque: 150 m
Foto 11 Interior EEAT
Foto 12 Entrada EEAT
1.1.5. Adução de Água Tratada
A água tratada acumulada nos reservatórios segue para os consumidores diretamente por anéis
de distribuição, não caracterizando assim uma linha que se possa chamar de adutora de água
tratada.
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1.1.6. Rede de abastecimento e acessórios
A rede existente tem extensão de 136.770 m em sua maioria de PVC, com diâmetros variando
de 50 a 300 mm.
O fornecimento de água ocorre em período integral, mas parte da cidade somente recebe água
com pressão durante a noite, quando o consumo diminui.
Os problemas são causados por falta de setorização, insuficiência de cota do reservatório
apoiado e sub-dimensionamento dos anéis de distribuição da rede de abastecimento.
O cadastro técnico de redes está em um arquivo físico de plantas em papel.
Segue abaixo um croqui simplificado do sistema e, em seguida, a localização geográfica das
unidades que compõem o sistema e a posição da cidade.
Figura 1 Croqui Simplificado do Sistema de Água
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Foto 13 Localização da Captação e da ETAE
1.1.7. Ligações e Hidrômetros
Os ramais prediais são em sua maioria executados em PVC e, segundo o histórico de
manutenção, respondem pelo maior percentual de perdas físicas do sistema.
Os hidrômetros são antigos, em sua maioria de classe C, e existem em 89% das ligações.
Percebe-se que estão mal dimensionados para as condições de consumo de determinada
economia.
Inexiste um padrão de instalação de ligações e cavaletes. Em sua grande maioria, os cavaletes
não possuem caixa de proteção.
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CAVALETES E HIDROMETROS 1
CAVALETES E HIDROMETROS 2
Foto 14 e 15 Cavaletes e Hidrometros
1.1.8. Abastecimento no Distrito de Itaporanga
Não há sistema público de fornecimento de água no distrito de Itaporanga.
O abastecimento se dá através de poços rasos individuais.
1.1.9. Perdas
Em sistemas públicos de abastecimento, do ponto de vista operacional, as perdas de água são
consideradas correspondentes aos volumes não contabilizados. Estes englobam tanto as perdas
físicas, que representam a parcela não consumida, como as perdas não físicas, que
correspondem à água consumida e não registrada.
As perdas físicas originam-se de vazamentos no sistema, envolvendo a captação, a adução de
água, o tratamento, a reservação, a adução de água tratada e a distribuição, além de
procedimentos operacionais como lavagem de filtros e descargas na rede, quando estes
provocam consumos superiores ao estritamente necessário para operação.
As perdas não físicas originam-se de ligações clandestinas ou não cadastradas, hidrômetros
parados ou que submedem, fraudes em hidrômetros e outras. São também conhecidas como
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perdas de faturamento, uma vez que seu principal indicador é a relação entre o volume
disponibilizado e o volume faturado.
A redução das perdas físicas permite diminuir os custos de produção - mediante redução do
consumo de energia, de produtos químicos e outros - e utilizar as instalações existentes para
aumentar a oferta, sem expansão do sistema produtor.
A redução das perdas não físicas permite aumentar a receita tarifária, melhorando a eficiência
dos serviços prestados e o desempenho financeiro do prestador de serviços.
No caso de Pimenta Bueno, os dados disponíveis são insuficientes para uma definição
detalhada do índice de perdas, haja visto o índice de hidrometração ser menor que 100% e não
se saber exatamente o grau de submedição destes equipamentos, sobretudo por sua idade
média elevada.
Além disso, os consumos são desconhecidos para as ligações não hidrometradas, o que denota
a impossibilidade de se fazer uma apuração da situação real do sistema de abastecimento de
água quanto às perdas efetivas.
Segundo informações locais pode-se esperar um índice de perdas bastante elevado por conta
de prováveis vazamentos que não são detectados, pois se desconhece um programa regular de
geofonamento.
Os dados disponíveis são:
VOLUME
VOLUME
DISPONIBILIZADO
MACRO MEDIDO
(m³/mês)
(m³/mês)
218.774
108.290
Tabela 1 Volume das Perdas
Deles, pode se concluir que as perdas totais do sistema são de 50,5%.
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Como o balanço hídrico do sistema é desconhecido, adotou-se para efeito deste trabalho que o
índice de perdas totais esteja igualmente distribuído entre perdas reais e aparentes, o que
constantemente é adotado por autores e projetistas.
Ou seja:
Índice de Perdas Totais
51,0%
Perdas comerciais
25,4%
Perdas físicas
25,6%
Tabela 2 Índice de Perdas
Desta forma, para a população atendida, calcula-se que o consumo efetivo atual é de 225
l/hab.dia.
Número este que julgamos compatíveis com o atual estado do sistema.
O quadro a seguir demonstra a evolução de redução de perdas totais proposta para este plano.
Destacamos que os índices estão calculados entre os volumes disponibilizados e volumes
micromedidos.
2014
46,8%
2024
28,0%
2034
28%
2015
43,0%
2025
28,0%
2035
28%
2016
39,3%
2026
28,0%
2036
28%
2017
35,5%
2027
28,0%
2037
28%
2018
31,8%
2028
28,0%
2038
28%
2019
28,0%
2029
28,0%
2039
28%
2020
28,0%
2030
28,0%
2040
28%
2021
28,0%
2031
28,0%
2041
28%
2022
28,0%
2032
28,0%
2042
28%
2023
28,0%
2033
28,0%
2043
28%
Tabela 3 Previsão da Evolução do Índice de Perdas pelo Período do Plano
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1.2.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA
1.2.1. Mananciais
A qualidade da água é boa e não existe fonte de poluição a montante da captação que possa
alterar as características da água, já que o rio é de grande porte.
Sabe-se, porém, que durante as chuvas a turbidez da água bruta se torna elevada,
comprometendo o tratamento. Também, durante as estiagens, o nível do rio abaixa, dificultando
o atendimento da demanda de água tratada requerida.
1.2.2. Captação / elevatória / adutora
Estudos anteriores executados pela WGM CONSULTORIA AMBIENTAL com medições de
vazões e pressões mostraram que as bombas estão com rendimentos baixos, não refletindo os
valores nominais de placa.
É necessário que se efetue um levantamento completo das condições de operação do sistema,
inclusive levantamento altimétrico ao longo da adutora, com manutenções em ventosas e
descarga da linha de adução.
As bombas deverão ser substituídas por equipamentos mais modernos, com maiores
rendimentos. A automação é quase inexistente.
1.2.3. ETA e Casa de Química
Um módulo da ETA foi reformado há algum tempo, inclusive com a troca do leito filtrante.
Uma investigação mais detalhada é necessária para se avaliar o estado dos filtros: fundo falso,
camada suporte, coeficiente de uniformidade e tamanho efetivo da areia.
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Porém é certo que em ao menos um dos filtros será substituído o leito filtrante. Em geral, a Eta
carece de um mínimo de automação.
Não há instalado qualquer medidor de qualidade on-line da água produzida.
O descarte da água de lavagem dos filtros diretamente no meio ambiente sem tratamento é uma
demanda que merece ser resolvida em curto espaço de tempo, quer pelo próprio problema de
poluição ambiental, quer pela possibilidade da água separada neste processo possa ser
reciclada.
Com isso, os custos operacionais com produção devem ser reduzidos e também uma forma de
suprir parte da demanda nos momentos de estiagem.
O laboratório dispõe dos equipamentos mínimos necessários para o controle de processo de
operação da ETA: pHmetro, turbidímetro e clorômetro, porém antigos.
1.2.4. Reservatórios Apoiado e Elevado
Possuem capacidade para compensar variações de consumos diários horários, mas o
reservatório elevado não tem altura suficiente para pressurizar a rede de distribuição, sobretudo
nas zonas mais elevadas da cidade.
O estado de sua estrutura deve ser avaliado e a impermeabilização interna deve ser refeita.
1.2.5. Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT)
De acordo com as medições de pitometria efetuadas em estudos anteriores pela WGM
CONSULTORIA AMBIENTAL, o conjunto está operando dentro da normalidade mesmo com a
tubulação de recalque das bombas sub-dimensionada.
É necessária a substituição por conjuntos de moto bombas mais modernos e com maior
rendimento, além de instalação de telemetria e automação da unidade.
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1.2.6. Rede de Distribuição e Ligações Domiciliares
A rede existente cobre em torno de 84% das vias existentes e o fornecimento de água ocorre em
regime contínuo. O índice de perdas de distribuição é elevado e são desconhecidas as ações
para o controle deste parâmetro.
De maneira geral o grau de automação é bem baixo.
O sistema de distribuição é irregular devido às constantes intermitências, principalmente nas
cotas elevadas que se abastece de água á noite.
Deverá ser realizada uma simulação para possibilitar uma análise profunda das melhorias
necessárias.
É notório que o sistema possui uma grande capacidade de reservação e produção, sendo
necessária somente a mudança de concepção para a distribuição. Nota-se:

Baixo fuste do reservatório elevado (saída única para distribuição)

Baixo rendimento de recalque (EEAT) do reservatório apoiado para o reservatório
elevado.

Anéis de distribuição mal dimensionados, causando deficiência de distribuição

Ausência de setores de distribuição definidos.
Uma solução de menor custo encontrada é a de fixar a distribuição das zonas que podem ser
atendidas pelo centro de reservação, a que denominaremos de zonas baixas.
Para as zonas de abastecimento que não puderem ser atendidas pelos reservatórios, que então
denominaremos de zonas altas, será instalada uma elevatória que irá recalcar do reservatório
apoiado para a rede deste setor.
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Um pressostato instalado na rede comandará automaticamente a um inversor de freqüência
instalado no conjunto moto bomba, regulando desta forma as pressões na rede.
1.2.7. Distrito de Iporanga
No Distrito de Itaporanga, onde existem hoje somente soluções individuais por poços e fossas, é
necessária a implantação de sistemas coletivos para pequenas comunidades.
Deve-se ressaltar os riscos de utilização de poços rasos, sem qualquer tratamento ou controle
de qualidade, além dos perigos eventuais de fossas negras que podem contaminar estes
mesmos poços.
1.2.8. Cadastro de Clientes / Hidrometração
O cadastro de clientes não é confiável, pois há muito não é atualizado.
O índice de hidrometração atual é de 89%, porém existem muitas ligações cujos hidrômetros
estão parados ou mal dimensionados, o que indica sub-medição acentuada haja vista o índice
de perdas comerciais.
Ressalte-se a relevância das perdas de faturamento em função do gerenciamento, indicando
que melhorias na gestão comercial e de manutenção preventiva de hidrômetros poderiam
reduzi-las sensivelmente.
1.2.9. Atendimento ao Público
Atualmente o atendimento público dá-se apenas na sede em área com poucos terminais de
acesso ao banco de dados o que aparenta ser suficiente para o nível de atendimentos
necessários.
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Entretanto, como a procura pelo local não ocorre de forma uniformemente distribuída ao longo
do dia, há momentos em que o contribuinte terá que esperar para ser atendido, e neste
momento a infra-estrutura de atendimento mostra-se desconfortável.
1.3.
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE
Existe em operação um pequeno sistema independente de coleta e tratamento dos conjuntos
BNH 1 e 2, que atendem aproximadamente 530 famílias.
A concepção da ETE é de fossas sépticas seguidas de filtros biológicos anaeróbios coletivos. O
efluente tratado é lançado no igarapé que cruza o perímetro urbano.
ETE BNH 1
ETE BNH 1
Foto 16 e 17 ETE BNH 1
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ETE BNH 2
ETE BNH 2
Foto 18 e 19 ETE BNH 2
No restante da cidade não existe sistema público de coleta, tratamento e disposição final de
esgoto sanitário.
Não existe nenhum sistema de coleta, transporte e tratamento de esgoto maior, sendo
compostos apenas de fossa, na sua maioria negra, e lançamentos indevidos nos igarapés.
A Prefeitura dispõe de projeto para implantação do sistema de esgotamento sanitário, elaborado
no ano de 1999.
O tratamento previsto seria feito através de lagoas de estabilização, o ideal para a região quente
durante todo o ano, além da disponibilidade de terra nas proximidades da zona urbana.
O corpo receptor dos esgotos tratados será o Rio Machado, sendo o lançamento a ser efetuado
à jusante da atual captação.
1.3.1. Esgotamento Sanitário no Distrito de Itaporanga
Não há sistema público de esgotamento sanitário instalado no distrito de Itaporanga, onde os
moradores se utilizam de fossas individuais, na grande maioria fossas negras.
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1.3.2. Considerações sobre o Sistema de Esgotamento Sanitário
Não há dados sobre o atual funcionamento dos sistemas instalados no BNH. Porém, em um
dimensionamento de novo sistema para atendimento de Pimenta Bueno, serão interligadas as
redes do BNH e da cidade.
1.4.
GESTÃO COMERCIAL
Ligações domiciliares: destaca-se um elevado índice de ligações inativas. Em um total de
8.236 de ligações, somente 7.087 ligações são ativas.
Economias: As ativas são 7.618, com 7.055 economias residenciais (incluído as sociais) - ou
seja, 92,6% do total de ativas.
Segundo as informações, o alto índice de ligações inativas ocorre devido às constantes
intermitências do sistema, levando os consumidores a optar por utilização de poços rasos
individuais.
A agência de atendimento está localizada na região da ETA, a leitura de hidrômetros e a entrega
de faturas são realizadas pelo Correios, e as faturas somente podem ser quitadas em bancos
Segue abaixo a tabela de tarifas, em vigor:
Tabela 4 Tarifas em Vigor
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FAIXAS
CATEGORIAS
ÁGUA
SOCIAL
ESGOTO
RESIDENCIAL
SOCIAL
RESIDENCIAL
0 – 10
R$
1,50
R$
2,89
R$
0,65
R$
1,24
11 – 15
R$
1,50
R$
3,18
R$
0,65
R$
1,37
16 – 20
R$
1,50
R$
3,50
R$
R$
1,50
21 – 25
R$
4,20
R$
4,20
R$
R$
1,80
26 – 30
R$
4,81
R$
4,81
R$
R$
2,07
31 – 50
R$
5,77
R$
5,77
R$
R$
2,48
>50
R$
6,92
R$
R$
2,98
FAIXA
COML.1
6,92
COML.2
0,65
1,80
2,07
2,48
R$
2,98
COML.1
0 – 10
R$
3,50
R$
4,70
R$
11 – 20
R$
5,64
R$
5,64
R$
21 – 50
R$
7,80
R$
7,80
>50
R$
8,87
R$
8,87
COML.2
1,51
R$
2,02
2,43
R$
2,43
R$
3,35
R$
3,35
R$
3,81
R$
3,81
INDUSTRIAL
INDUSTRIAL
0 – 10
R$
7,00
R$
3,01
11 – 50
R$
7,30
R$
3,14
>50
R$
7,38
R$
3,17
PÚBLICA
PÚBLICA
0 – 10
R$
4,70
R$
2,02
11 – 20
R$
5,64
R$
2,43
21 – 50
R$
7,80
R$
3,35
>50
R$
8,87
R$
3,81
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