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* resultados abaixo de 35,0 U/ml não excluem definitivamente a possibilidade de neoplasia. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. CA 125 CÂNCER DE OVÁRIO CBHPM 4.07.12.37-0 AMB 28.06.160-8 Sinonímia: Marcador tumoral para câncer de ovário. CA 125-1. CA 125 I. CA 125 UM. CA 125 de primeira geração: usa anticorpos murinos OC125. OM-MA. CA 125-2. CA 125 II. CA 125 DOIS. CA 125 de segunda geração: usa anticorpos murinos OC125 e M11. CA = Carbohydrate Antigen. Fisiologia: A natureza exata do antígeno CA 125 continua sendo estudada. Trata-se de uma glicoproteína em polímeros de massa molecular de 200 a 1.000 kDa contendo uma menor quantidade (25 %) de carboidratos do que as mucinas. Há evidências da existência de mais de um tipo de molécula do CA 125. Reage com linhagens celulares derivadas de carcinomas epiteliais ovarianos. Essas são as células que formam a fina camada de revestimento externo do ovário e que são dotadas de alta capacidade proliferativa para reparar a superfície ovariana após as ovulações. Por isso a anovulação por contraceptivos orais, gravidez e lactação são fatores de redução do risco desse tipo de câncer. Meia-vida (t½) sérica: 4 a 5 dias. Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro. Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina. Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 1 dia. Congelar a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: CA 72-4, CA 19-9, CA 15-3, CEA. Interferentes: Os níveis de CA 125 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são seqüencialmente comparáveis. Fibrina. Anticorpos heterofílicos. Método: Eletroquimioluminescência. Substrato: adamantildioxetanofosfato. Interpretação: Monitoramento de neoplasias do ovário (adenocarcinoma seroso, carcinoma de células claras e cistadenocarcinoma mucinoso) e detecção precoce de recidivas. Utilizado, também, no teste triplo para detecção de S. de Down em substituição ao Estriol. AUMENTO: câncer de ovário e suas recidivas, fisiologicamente durante o pico ovulatório, na fase lútea e durante a gravidez, endometriose, gravidez, D. inflamatória pélvica, fibroma uterino, S. de Meigs, adenomiose, salpingite, cistos ovarianos, hepatite, pancreatite, cirrose com ascite, colecistite, pericardite, pneumopatias, câncer mamário, pulmonar ou gastrintestinal, linfoma não-Hodgkin. Obs.: A primeira geração de CA 125 corresponde à reação de sua glicoproteína com o anticorpo monoclonal murino OC125. A segunda geração, CA 125 II, reage com 2 anticorpos monoclonais: o OC125 e o M11, correlacionando-se bem com o CA 125, mas sem demonstrar interferência com anticorpos anti-camundongo humanos (HAMA). QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS ÓRGÃO-ALVO: Avaliação da terapêutica Monitoramento Prognóstico Metátases Diagnóstico “Screening” Marcador associado OVÁRIO ++++ ++++ ++ ++ + + CA 72-4 Valor Normal: Normal* até 35,0 U/ml Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] 1 Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. CA 15-3 CÂNCER DE MAMA CBHPM 4.07.12.37-0 AMB 28.06.166-7/92 Sinonímia: Marcador tumoral para câncer de mama. CA 153. BR-MA. CA = Carbohydrate Antigen. Fisiologia: O antígeno mama-associado CA 15-3 é uma mucina epitelial polimorfa (PEM) com massa molecular entre 300 a 450 kDa que reage com dois anticorpos monoclonais, DF3 e 115D8. Consiste de uma cadeia repetida de polipeptídeos revestidos externamente por carboidratos. Seus valores aumentam no estádio clínico do câncer de mama alcançando valores muito elevados na presença de metástases. A determinação seriada do CA 15-3 é muito útil no monitoramento da resposta terapêutica. A pesquisa do CA 15-3 não deve ser utilizada como "screening" para câncer de mama pois nos Estádios 0 e I da classificação pTNM dos tumores malignos os resultados costumam ser normais. Estádio 0 = Tis/N0/M0 Estádio I = T1/N0/M0 Meia-vida (t½) sérica: ~ 14 dias. Material Biológico: Soro. Interferentes: Os níveis de CA 15-3 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são seqüencialmente comparáveis. Fibrina. O tratamento com tamoxifeno, mesmo na ausência de qualquer patologia hepática, aumenta ligeiramente o CA 15-3. Método: Eletroquimioluminescência. Substrato: adamantildioxetanofosfato. Interpretação: Monitoramento da paciente com neoplasia de mama e detecção precoce da recidiva tumoral. AUMENTO: hepatite, cirrose, sarcoidose, tuberculose, lúpus eritematoso sistêmico, certas patologias benignas mamárias ou ovarianas, câncer de pâncreas, pulmão, ovário, colo e fígado. Obs.: o aumento do CA 15-3 pode preceder vários meses o diagnóstico clínico de metástases do câncer de mama. Previsão do CA 15-3 após mastectomia radical: CA15 − 3atual = CA15 − 3cir × e (−0, 002063×horas ) onde: Coleta: 1 ml de soro. Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina. Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 1 dia. Congelar a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: CEA. TPA (Antígeno Polipeptídico Tissular). HER2/neu. BRCA1. BRCA2. Valor Normal: Normal inferior a 25,0 U/ml# # Obs.: os valores não são afetados pelo tabagismo. CA15-3atual CA15-3cir e horas = CA15-3 esperado no exame atual = último CA 15-3 antes da cirurgia = número “e”, base dos logaritmos naturais = tempo em número de horas decorridas entre a cirurgia e a coleta do exame atual. Por exemplo: Um CA 15-3 pré-cirúrgico de 150,0 U/ml, 30 dias após mastectomia (720 horas) deve apresentar um resultado igual ou inferior a 34,0 U/m Cálculo da meia-vida (t½) biológica do CA 15-3 de determinada paciente. Em condições de pleno sucesso cirúrgico o CA 15-3 de determinada paciente deve diminuir segundo uma constante individualizada, também chamada de “meia-vida biológica” (t½) que é típica para aquela paciente em particular. Assim, a partir de duas dosagens seqüenciais, pode-se determinar o t½ que poderá então ser aplicado aos demais pares de dosagens para verificar se a evolução está no seu curso normal ou se há interferentes indesejáveis (metástases). CA 19-9 Calcula-se aplicando a fórmula: CBHPM 4.07.12.37-0 t1 / 2 = − 0,6932 × horas CA15 − 3 atual LN CA15 − 3 anterior AMB 28.06.159-4 Sinonímia: Marcador tumoral para câncer de pâncreas e de dutos biliares. CA 199. GI-MA. Antígeno de Carboidrato GastrIntestinal. GICA. CA = Carbohydrate Antigen. onde: t½ = meia-vida biológica do CA 15-3 da paciente, em horas horas = número de horas transcorridas entre a coleta do CA 15-3atual e a coleta do CA 15-3anterior CA 15-3atual = dosagem do CA 15-3atual em U/ml CA 15-3anterior = dosagem do CA 15-3anterior em U/ml LN = Logaritmo Natural Se o t½ de uma amostra para outra seqüencial permanecer igual ou diminuir, representa bom prognóstico. Se aumentar, é mau prognóstico. QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS ÓRGÃO-ALVO: Avaliação da terapêutica Monitoramento Prognóstico Metátases Diagnóstico “Screening” Marcador associado CÂNCER DE PÂNCREAS/DUTOS BILIARES MAMA ++++ ++++ ++ ++ CEA Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Fisiologia: O CA 19-9 é caracterizado como sendo um gangliosídio da membrana celular ou uma glicoproteína circulante tipo mucina. As duas formas carregam um epítopo carboidratado que é o hexassacarídeo siálico do grupo sangüíneo Lewisa. Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina. Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC até 24 horas após a coleta ou congelar a amostra a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos. Exames Afins: CEA. CA 50. Valor Normal: HOMENS. Mediana 95,45 % da população 99,73 % da população MULHERES. Mediana 95,45 % da população 99,73 % da população 3,0 U/ml até 18,3 U/ml até 37,0 U/ml 4,3 U/ml até 27,0 U/ml até 37,0 U/ml Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Os níveis de CA 19-9 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são 3 seqüencialmente comparáveis. Fibrina. Descongelamento repetido. Método: Eletroquimioluminescência. Substrato: adamantildioxetanofosfato. Sensibilidade = 68 a 94 % = 6 a 32 % falso-negativos Especificidade = 76 a 99 % = 1 a 24 % falso-positivos Interpretação: Exclusivamente para avaliação prognóstica e monitoramento terapêutico de pacientes portadores de neoplasias colorretais e principalmente tumores relacionados ao pâncreas e às vias biliares. Não tem valor para diagnóstico. Exames falso-negativos para câncer são encontrados em pacientes Lewisa negativos/Lewisb negativos. Nesses casos é obrigatório determinar o CA 50. AUMENTO: câncer gastrintestinal, adenocarcinoma do pâncreas, litíase biliar, colangiocarcinoma (T. de Klatskin), pancreatite crônica, cirrose. Tumores mucinosos do ovário, adenocarcinomas do corpo uterino e da endocervix, metástases hepáticas de carcinomas mamários e do pâncreas, colestase. QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS ÓRGÃO-ALVO: Avaliação da terapêutica Monitoramento Prognóstico Metátases Diagnóstico “Screening” Marcador associado PÂNCREAS / VIAS BILIARES +++ ++++ + + ++ CEA Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CA 242 CÂNCER DE PÂNCREAS/COLO/RETO CBHPM 4.03.06.57-7 Sinonímia: Marcador tumoral para câncer de pâncreas, colo e de reto. CA 242. CA = Carbohydrate Antigen. Fisiologia: O CA 242 é um antígeno glicoprotéico mucinoso composto de carboidratos e ácido siálico, presente em carcinomas de diversos órgãos. Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina. Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC até 24 horas após a coleta ou congelar a amostra a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos. Exames Afins: CEA. CA 50. CA 19-9. Sangue oculto nas fezes. Valor Normal: 96 % da população 4 % da população até 14,9 U/ml 15,0 a 25,0 U/ml Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Os níveis de CA 242 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são seqüencialmente comparáveis. Fibrina. Descongelamento repetido. Método: ELISA. Interpretação: Exclusivamente para avaliação prognóstica e monitoramento terapêutico de pacientes portadores de neoplasias do tubo gastrintestinal, principalmente tumores relacionados ao pâncreas, ao colo e ao reto. Não deve ser usado para diagnóstico. AUMENTO: câncer gastrintestinal, adenocarcinoma do pâncreas, litíase biliar, colangiocarcinoma (T. de Klatskin), pancreatite crônica, cirrose. Tumores mucinosos do ovário, adenocarcinomas do corpo uterino e da endocervix, metástases hepáticas de carcinomas mamários e do pâncreas, colestase. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.rapidtest.com/CA-242_6335-16.doc CA 27-29 CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO CBHPM 4.03.06.58-5 Sinonímia: Marcador tumoral para câncer de mama metastático. Marcador tumoral para câncer de mama recidivante. CA 27-29. CA BR. Truquant(R) BR(TM) Radioimmunoassay(RIA). Truquant BR RIA. BR. Breast cancer Recurrence. CA = Carbohydrate Antigen. Fisiologia: O antígeno glicoprotéico mucinoso CA 27-29, composto de carboidratos, é produto do gene MUC-1 presente nas células mamárias cancerosas. O CA 27-29 é amplamente liberado na circulação durante a recorrência e/ou metastasização do câncer de mama em pacientes previamente diagnosticadas e tratadas como estádio II ou III. É o melhor marcador tumoral para monitorar a evolução da doença e a resposta ao tratamento. Um decréscimo na taxa do CA 27-29 significa uma boa resposta terapêutica enquanto que seu aumento indica resistência ao tratamento e progressão do câncer. Uma elevação acima de seu limite superior em pacientes clinicamente normais é um indicador precoce de recorrência. O valor preditivo de recorrência é de 83,3 % em média 5,3 meses antes da positivação de outros testes ou do aparecimento de sintomas. Como o CA 27-29 pode apresentar resultados falsonegativos e falso-positivos, ele deve ser empregado em conjunto com outros métodos de monitoração das recidivas do câncer de mama. Entretanto, a sua qualidade em prever recidivas mais precocemente do que outros testes o tornam de grande valia para a instituição de tratamentos precoces e aumentar as chances de sucesso. Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina. Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 1 dia. Congelar a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free. 5 Exames Afins: CEA. TPA (Antígeno Polipeptídico Tissular). CA 15-3. CA 50 Valor Normal: CBHPM 4.03.06.56-9 Normal Sinonímia: Marcador tumoral para câncer colorretal e pancreático. até 38 U/ml Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Não administrar radioisótopos in vivo ao paciente nas 24 horas precedentes à coleta. Interferentes: Os níveis de CA 27-29 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são seqüencialmente comparáveis. Hemólise, lipemia, icterícia, fibrina. Presença de radioisótopos circulantes. Descongelamentos repetidos. O tratamento com tamoxifeno, mesmo na ausência de qualquer patologia hepática, aumenta ligeiramente o CA 27-29. Método: Radioimunoensaio com 125 I ou quimioluminescência. Interpretação: Monitoramento da paciente com neoplasia de mama e detecção precoce da recidiva tumoral. AUMENTO: Câncer de colo, estômago, rim, pulmão, ovário, pâncreas útero e fígado. Primeiro trimestre da gravidez. Endometriose. Cistos ovarianos. Mastopatias benignas. DD. renais. DD. hepáticas como hepatite e cirrose. Sarcoidose. Tuberculose. Lúpus eritematoso sistêmico. Obs.: o aumento do CA 27-29 pode preceder vários meses o diagnóstico clínico de metástases do câncer de mama. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CÂNCER DE COLO/RETO/PÂNCREAS AMB 28.06.201-9/96 Fisiologia: O CA 50 foi isolado após imunização por células de adenocarcinoma retal humano em linhagem contínua (Colo 205). O anticorpo monoclonal obtido (C-50 MAb) reconhece duas estruturas carboidratadas diferentes: sialosil Lewis e sialosil lacto-N-tetrose. O CA 50 existe nas membranas celulares ligado a um gangliosídeo e também ligado a uma glicoproteína de massa molecular elevada chamada Can-Ag. Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Exames Afins: CEA. CA 19-9. Valor Normal: População 86,89 % 8,56 % 95,45 % 4,28 % 99,73 % 0 a 8 U/ml 9 a 14 U/ml 0 a 14 U/ml 15 a 20 U/ml 0 a 20 U/ml Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Não administrar radioisótopos in vivo ao paciente nas 24 horas precedentes à coleta. Interferentes: Hemólise, lipemia, icterícia. Presença de radioisótopos circulantes. Descongelamentos repetidos. Método: Radioimunoensaio com 125 I. Interpretação: Monitoração terapêutica e diagnóstico de recidiva de carcinomas gastrintestinais e pancreáticos. 7 % da população (Lewisa Neg/Lewisb Neg) é incapaz de sintetizar o CA 19-9 mas sim o CA 50. Desta forma, em pacientes em risco de câncer colorretal ou pancreático com CA 19-9 normal, é obrigatório determinar o CA 50. AUMENTO: câncer colorretal, pancreático, outros cânceres do trato gastrintestinal, tumores de ovário, de mama e dos pulmões. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CA 72-4 CÂNCER DE ESTÔMAGO/OVÁRIO CBHPM 4.07.12.37-0 AMB 28.06.174-8/92 Sinonímia: Marcador tumoral para câncer gástrico e ovariano. CA 724. Tumor-Associated Glycoprotein. TAG. TAG72. CA = Carbohydrate Antigen. Fisiologia: A TAG ou CA 72-4 é uma proteína mucinóide de peso molecular de 220 a 400 kDa. Níveis elevados são encontrados preferencialmente em pacientes acometidos de câncer gástrico. A sensibilidade clínica deste marcador para esse tipo de câncer é superior à do CEA ou à do CA 19-9. Além disso, a sua determinação pode ser útil no monitoramento de pacientes com carcinoma mucinoso de ovário para os quais a sensibilidade clínica do CA 125 é baixa. Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC até 2 horas após a coleta ou congelar a amostra a –20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: CA 19-9, CEA. Valor Normal: Normal até 4,0 U/ml Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Imunorradiométrico. Interpretação: Monitoramento de paciente portador de neoplasia gástrica ou ovariana. AUMENTO: tumores gástricos, tumores mucinosos do ovário, câncer cólico, pancreático e pulmonar. 7 QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS ÓRGÃO-ALVO: Avaliação da terapêutica Monitoramento Prognóstico Metátases Diagnóstico “Screening” Marcador associado ESTÔMAGO ++ ++++ + CA 19-9 CÁDMIO Cd CBHPM 4.03.13.19-0 AMB 28.01.031-0 AMB 28.15.029-5 Sinonímia: Cd. Fisiologia: Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] 48 112,411 594 K 1.038 K 8,650 g/cm3 1,7 Cd 10 2 [Kr]4d 5s Cádmio Metal de transição. Subproduto da indústria do Zinco. O Cádmio, além da manipulação de sua própria extração e tratamento, é utilizado na preparação de ligas metálicas, na fabricação de compostos para soldagem, inclusive de prata, em revestimentos metálicos por galvanização, pigmentos e estabilizadores para plásticos e em acumuladores e baterias de níquel-cádmio. Material Biológico: Urina e/ou sangue total. Coleta: Alíquota de 20 ml de urina de qualquer dia ou hora, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. Recomenda-se iniciar a monitoração após 6 meses de exposição. 5,0 ml de sangue total coletado em tubo com EDTA. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 e +8ºC para até 5 dias. Exames Afins: Proteinúria. Valor Normal: Urina IBMP § Sangue IBMP § até até até até 2,0 5,0 0,5 1,0 µg/g Creatinina µg/g Creatinina µg/dl (segundo a OMS) µg/dl * Para obter valores em µg/l, multiplicar os µg/dl por 10. CAFEÍNA TRIMETILXANTINA ** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl por 88,968 Interferentes: Antibióticos, antiácidos, EDTA e tabagismo. Método: Absorção atômica (forno de grafite). Interpretação: Além de mostrar uma exposição excessiva, este Indicador Biológico tem também significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença, estar associado a um efeito ou a uma disfunção do sistema biológico avaliado. (NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94). AUMENTO: distúrbios gastrintestinais, anemia, rinite, eosinofilia, enfisema pulmonar, microfraturas ósseas, lesão tubular renal, tabagismo, exposição profissional na galvanoplastia, na fabricação de acumuladores, tubos de TV, semicondutores, retificadores, laseres e na manipulação de esmaltes, pigmentos, têxteis e fotografias. § Índice Biológico Máximo Permitido Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e04800.html http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta belaperiodica1.htm http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br Sinonímia: Trimetilxantina. 1,3,7-trimetilxantina. Coffea arabica. Coffea canephora var. robusta. Fisiologia: Base púrica, pertencente ao grupo das metilxantinas. As metilxantinas são três: cafeína, teofilina e teobromina. 1,3,7-trimetilxantina Fórmula molecular = C8H10N4O2 Massa molecular = 194,194 g/mol Densidade = 1,23 g/cm³ (20ºC) O H3C N N O CH3 N N CH3 CAFEÍNA Volume de distribuição (l/kg): 0,4 a 0,7 Fontes alimentares: café, chá, mate, cacau e derivados, guaraná, bebidas à base de cola. Meia-vida (t½) biológica: Adultos : 3 a 12 horas RN : 40 a 230 horas Material Biológico: Soro ou plasma: 2 ml (heparina ou EDTA) Urina : 2 ml Coleta: Amostra isolada. Valor Normal: Nível terapêutico Nível “Borderline” Nível tóxico 3,0 a 15,0 µg/ml 15,1 a 50,0 µg/ml sup. a 50,0 µg/ml * Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/ml por 5,1495 ** µg/ml = mg/l Método: HPLC. 9 Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CÁLCIO Ca CBHPM 4.03.01.40-0 AMB 28.01.032-9 Sinonímia: Ca. Calcemia. Cálcio total. Calciúria. Cálcio urinário. Sulkowitch = prova obsoleta para calciúria. Fisiologia: 20 40,078 1,0 1.112 K 1.713 K 1,550 g/cm3 Ca 2 [Ar]4s Cálcio Metal alcalino-terroso Material Biológico: Soro ou urina. Coleta: 0,5 ml de soro. Urina de 24 horas. Armazenamento: Soro : refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Urina : refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC durante a coleta. Aliquotar 20 ml e informar ao laboratório o volume total de 24 horas. Exames Afins: Cálcio ionizável, Fósforo sérico, Magnésio, Cloro, Fosfatase Alcalina, Proteínas séricas, Creatinina. Valor Normal: CÁLCIO SÉRICO Adultos até 1 ano 1 a 3 anos 4 a 9 anos 10 e 11 anos 12 e 13 anos 14 e 15 anos 16 a 19 anos 8,6 7,9 8,7 8,8 8,9 8,8 9,2 8,9 a a a a a a a a 10,0 mg/dl 10,7 mg/dl 9,8 mg/dl 10,1 mg/dl 10,1 mg/dl 10,6 mg/dl 10,7 mg/dl 10,7 mg/dl CÁLCIO URINÁRIO – HOMENS IDADE anos RN 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15,0 15,5 16,0 16,5 17,0 Adulto ALÍQUOTA mg/dl 2,0 a 15,9 2,3 a 18,7 2,5 a 20,4 2,7 a 21,5 2,8 a 22,1 2,8 a 22,5 2,8 a 22,8 2,9 a 23,2 3,0 a 23,7 3,2 a 25,2 3,2 a 25,5 3,2 a 25,7 3,2 a 25,9 3,3 a 26,7 3,4 a 27,1 3,4 a 27,5 3,5 a 27,9 3,5 a 28,2 3,6 a 28,6 3,6 a 29,0 3,7 a 29,4 3,7 a 29,7 3,8 a 30,1 3,8 a 30,4 3,9 a 30,8 3,9 a 31,2 3,9 a 31,5 4,0 a 31,8 4,0 a 32,3 4,1 a 32,8 4,2 a 33,7 4,3 a 34,5 4,4 a 35,2 4,5 a 35,7 4,6 a 36,4 4,6 a 36,9 4,7 a 37,3 6,3 a 37,5 6,3 a 37,5 URINA 24 h mg/24 h 4,2 a 16,7 7,0 a 28,1 9,3 a 37,2 11,1 a 44,5 12,4 a 49,4 13,2 a 52,8 14,0 a 56,1 15,4 a 61,7 16,7 a 66,8 17,9 a 71,7 19,1 a 76,4 20,3 a 81,1 21,4 a 85,5 23,8 a 95,3 25,4 a 101,5 26,9 a 107,6 28,5 a 114,0 30,1 a 120,5 31,8 a 127,2 33,5 a 133,8 35,1 a 140,5 36,8 a 147,0 38,4 a 153,7 40,0 a 160,1 41,6 a 166,6 43,2 a 172,8 45,1 a 180,4 47,0 a 188,0 49,4 a 197,5 51,8 a 207,1 55,9 a 223,4 59,9 a 239,7 63,4 a 253,7 66,9 a 267,5 69,5 a 278,2 72,2 a 288,9 74,1 a 296,2 100 a 300,0 100 a 300,0 CÁLCIO URINÁRIO – MULHERES /CREATININA mg/g Creatinina 41,7 a 1.669,4 50,2 a 1.604,9 46,5 a 1.488,7 42,8 a 1.272,4 30,9 a 1.098,7 30,0 a 959,7 28,6 a 863,4 28,6 a 822,3 27,8 a 763,7 27,2 a 717,4 26,2 a 679,1 25,3 a 648,5 23,8 a 622,1 23,8 a 635,4 23,1 a 606,2 22,4 a 581,5 21,9 a 563,0 21,5 a 547,7 21,2 a 535,4 20,9 a 524,9 20,7 a 515,7 20,4 a 506,9 19,8 a 499,8 19,2 a 492,7 18,8 a 476,0 18,3 a 460,9 18,0 a 451,0 17,8 a 442,2 17,8 a 439,0 17,7 a 436,0 18,3 a 446,8 18,7 a 456,5 19,3 a 461,2 19,9 a 465,2 20,2 a 477,5 20,5 a 489,6 20,6 a 495,8 24,4 a 461,5 24,4 a 461,5 * Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,2495. ** Para obter valores em mEq/l, multiplicar os mg/dl por 0,499. *** Para obter valores em mg/l, multiplicar os mg/dl por 10 IDADE anos RN 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15,0 15,5 16,0 16,5 17,0 Adulta ALÍQUOTA mg/dl 2,0 a 15,7 2,3 a 18,3 2,4 a 19,5 2,6 a 20,7 2,7 a 21,4 2,7 a 21,8 2,8 a 22,1 2,8 a 22,7 2,9 a 23,4 3,1 a 25,1 3,2 a 25,3 3,2 a 25,6 3,2 a 25,9 3,3 a 26,5 3,4 a 26,9 3,4 a 27,2 3,5 a 27,6 3,5 a 28,0 3,5 a 28,4 3,6 a 28,8 3,6 a 29,2 3,7 a 29,5 3,7 a 29,9 3,8 a 30,3 3,9 a 30,8 3,9 a 31,4 4,0 a 31,8 4,0 a 32,2 4,1 a 33,0 4,2 a 33,7 4,3 a 34,4 4,4 a 35,1 4,4 a 35,4 4,5 a 35,8 4,5 a 36,0 4,5 a 36,2 4,6 a 36,4 6,1 a 36,6 6,3 a 37,5 URINA 24 h mg/24 h 4,1 a 16,5 6,9 a 27,6 8,9 a 35,6 10,7 a 42,8 12,0 a 47,9 12,8 a 51,2 13,6 a 54,6 15,1 a 60,3 16,5 a 65,9 17,7 a 70,8 18,9 a 75,5 20,2 a 80,6 21,4 a 85,7 23,1 a 92,2 24,5 a 98,0 25,9 a 103,6 27,5 a 110,0 29,1 a 116,3 30,7 a 122,9 32,3 a 129,4 34,0 a 135,9 35,5 a 142,1 37,4 a 149,5 39,1 a 156,6 41,5 a 165,9 43,9 a 175,5 46,3 a 185,3 48,8 a 195,1 52,0 a 208,0 55,2 a 220,7 57,7 a 231,0 60,4 a 241,4 61,8 a 247,2 63,2 a 252,8 64,2 a 256,8 65,1 a 260,6 65,8 a 263,0 88,4 a 265,2 100 a 300,0 /CREATININA mg/g Creatinina 41,2 a 1.649,8 49,3 a 1.576,8 44,6 a 1.425,9 41,1 a 1.221,9 29,9 a 1.063,8 29,1 a 931,1 27,8 a 839,2 27,9 a 804,6 27,5 a 824,3 26,8 a 833,0 25,9 a 863,0 25,2 a 895,8 24,1 a 902,4 23,5 a 922,1 22,9 a 816,7 22,3 a 739,7 22,0 a 687,7 21,7 a 645,9 21,5 a 614,7 21,3 a 588,1 21,1 a 566,1 20,9 a 546,5 20,9 a 515,4 20,8 a 521,9 21,1 a 526,7 21,3 a 531,8 21,5 a 537,1 21,8 a 542,0 22,3 a 554,8 22,8 a 565,9 23,0 a 570,3 23,2 a 574,8 23,7 a 568,3 24,1 a 561,7 24,4 a 570,7 24,7 a 579,1 24,8 a 584,5 33,2 a 589,4 35,7 a 666,7 Nos casos de hiper e hipoalbuminemia o cálcio sérico pode ser corrigido pela fórmula: Cacorr = [(4 − alb ) × 0,8] + cálcio onde: Cacorr = cálcio corrigido em mg/dl cálcio = cálcio dosado em mg/dl alb = albumina sérica em g/dl 11 Dispondo-se da proteína total, a correção do cálcio sérico pode ser feita pela fórmula: Cacorr = cálcio prot 0,55 + 16 Toni-Debré-Fanconi, pós transfusão maciça contendo citrato, insuficiência renal aguda, rabdomiólise, hipoalbuminemia, oxalose idiopática familiar, insuficiência renal retentora de fosfatos, intoxicação por ácido oxálico, alcalose, anticonvulsivantes. Obs.: Calcemia abaixo de 7,0 mg/dl apresenta risco de tetania. CALCIÚRIA. onde: Cacorr = cálcio corrigido em mg/dl cálcio = cálcio dosado em mg/dl prot = proteína total em g/dl Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Drogas que aumentam o cálcio urinário: colestiramina, nandrolona, paratormônio injetável, vitamina D. Diminui a calciúria: urina alcalina, fitato de sódio, diuréticos tiazídicos. Método: orto-cresolftaleína automatizado ou complexometria. Interpretação: Dosagem conjunta do cálcio ionizável (47 %), do cálcio ligado a proteínas (43 %) e do cálcio ligado a bicarbonato, citrato, lactato, fosfato e sulfato (10 %). Obs.: o limite normal superior da calciúria de 24 horas gira em torno de 5 mg Cálcio/kg de peso/dia. HIPERCALCIÚRIA: Homens : acima de 300 mg/24 horas Mulheres: acima de 250 mg/24 horas HIPERCALCIÚRIA "BORDERLINE": Homens : 200 a 300 mg/24 horas Mulheres: 150 a 250 mg/24 horas Hipercalcemia, calculose renal, hiperparatireoidismo, metástases ósseas, mieloma múltiplo, intoxicação por vitamina D, acidose tubular renal, tireotoxicose, D. de Paget, D. de Wilson, sarcoidose, uso de acetazolamida, cloreto de amônio, corticosteróides, vitamina D, efeito inicial de diuréticos. HIPOCALCIÚRIA: hipocalcemia; falsa hipocalciúria por diluição da urina: potomania, poliúria; diuréticos crônicos, uso de bicarbonato, lítio, estrógenos e anovulatórios; S. nefrótico, crescimento, gravidez e lactação, raquitismo, mixedema. CALCEMIA. AUMENTO: pseudo e hiperparatireoidismo primário, mieloma múltiplo, hipervitaminose A e/ou D, hiperPTHrP, produção ectópica de 1,25 diidroxivitamina D, S. de Burnett, S. de Gérard-Lefebvre, osteoporose, sarcoidose, tuberculose, histoplasmose, coccidioidomicose, hanseníase, D. de Paget, D. de Kahler, leucemia aguda, D. de Hodgkin, hiperalbuminemia, hiper ou hipotireoidismo, insuficiência supra-renal aguda, acromegalia, S. de Harrison e McNee, metástases ósseas, policitemia vera, carcinomas, hipercalcemia hipocalciúrica familiar, S. leite-álcalis, imobilização prolongada, diuréticos tiazídicos, lítio, terapia prolongada com doses altas de estrógenos, acidose tubular renal. Obs.: Calcemia a partir de 17,0 mg/dl apresenta risco de crise hipercalcêmica. DIMINUIÇÃO: pseudo e hipoparatireoidismo, hiperparatireoidismo secundário, hipovitaminose D, hipomagnesemia, raquitismo tipo I ou II, osteomalacia, S. de má absorção, S. de Achor-Smith, pancreatite aguda, uremia, S. nefrótico, lise tumoral, Ca medular da tireóide, hipercalcitoninemia, S. de ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO >100 mg de Cálcio/100g de Alimento: Figo seco, brócolis, dente de leão (Taraxacum officinale), salsa, pimentão verde, soja, amêndoa, avelã, castanha-do-Pará, melado, gema de ovo, leite, queijos, caviar, cacau. Obs.: todos os alimentos contêm cálcio; únicas exceções: azeites e bebidas destiladas. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e02000.html http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta belaperiodica1.htm http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br CÁLCIO, ABSORÇÃO DO CBHPM 4.03.01.40-0 AMB 28.01.032-9 Sinonímia: Prova da absorção intestinal de cálcio. Teste de sobrecarga oral com cálcio. Material Biológico: Urina de 2 horas, pré-sobrecarga de cálcio, urina de 3 horas e meia, pós-sobrecarga de cálcio. Coleta: Alíquota de 20 ml de urina pré, alíquota de 20 ml de urina pós. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Interferentes: Diuréticos, corticosteróides, vitamina D, laxantes. Método: Dosagens: URINA PRÉ: cálcio e creatinina. URINA PÓS: cálcio e creatinina. Cálcio: orto-cresolftaleína automatizado, Creatinina: Jaffé automatizado. Interpretação: Teste útil na avaliação da absorção intestinal de cálcio em pacientes com hipercalciúria e/ou calculose urinária de repetição, permitindo classificá-la em hipercalciúria por dismetabolismo renal do cálcio ou por hiperabsorção intestinal. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Exames Afins: Teste de Pak. Valor Normal: NORMOCALCIÚRIA Pré Pós HIPERCALCIÚRIA RENAL Pré HIPERABSORÇÃO INTESTINAL Pré Pós Relação Pós/Pré até 0,109 mgCa/mgCrea até 0,199 mgCa/mgCrea superior a 0,109 mgCa/mgCrea até 0,109 mgCa/mgCrea superior a 0,199 mgCa/mgCrea > 3,49 Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Suspensão de medicamentos durante 7 dias. Tomar 300 a 500 ml de água na véspera do exame, antes de dormir. Crianças devem tomar 10 ml de água por kg de peso. Ao se levantar, em casa: esvaziar a bexiga, tomar 300 ml de água, marcar o tempo. No laboratório: 2 horas após, coletar toda a urina (amostra pré). Administrar, por via oral, a sobrecarga de 1 grama de cálcio dissolvido em 1/2 copo de água (2 comprimidos de Calcium F ou 1 de Calcium FF). Em seguida, fazer desjejum com 1 copo de chá + 4 torradas ou bolachas salgadas + 1 copo de água. Cronometrar, após 30 minutos, esvaziar a bexiga, desprezar essa urina, cronometrar novamente e após 3 horas e meia, coletar mais uma vez toda urina (amostra pós). Obs.: não misturar as diferentes amostras. 13 Crianças e adultos CÁLCIO IONIZÁVEL 4,48 a 5,29 1,12 a 1,32 CÁLCIO IÔNICO CBHPM 4.03.01.41-9 AMB 28.01.033-7 Sinonímia: Cálcio iônico, Cálcio ionizado, Cálcio difusível, Cálcio livre. Ca++, Ca2+, Fator IV da coagulação. Fisiologia: A dosagem do cálcio iônico por eletrodo íon-seletivo é uma técnica vantajosa sobre a dosagem tradicional do cálcio total. O pH sérico, entretanto, deve também ser determinado a fim de corrigir ou de interpretar o cálcio iônico em relação ao pH fisiológico de 7,4 ± 0,2. Ocorre, de fato, uma competição entre os íons de cálcio e os íons de H+ com as proteínas, principalmente com os grupos carboxilados da albumina. Além disso, a força iônica do plasma interfere com a dosagem e o cálcio pode estar diminuído diante de uma hiponatremia importante. Esta dosagem é, pois, preferível para a triagem e para o acompanhamento de doenças ósseas e dos distúrbios da homeostase do cálcio (doenças da paratireóide ou renais). O cálcio é fundamental à contração muscular, à função cardíaca, à transmissão de impulsos nervosos pelos axônios e à coagulação sangüínea. Um déficit de cálcio iônico causará hiperexcitabilidade de nervos e músculos (fasciculações) enquanto que o excesso, o efeito oposto. Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,2495 Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Paciente em decúbito, tranqüilo com respiração normal. Interferentes: Contato com o ar. Não abrir o tubo com gel separador. Lipemia. Hiperpnéia. Método: Eletrodo seletivo. Quando o soro for exposto ao ar (perdendo a precisão de sua mensuração) pode-se obter uma excelente avaliação do cálcio ionizável através da fórmula de McLean e Hastings: Ca + + = (6 × Ca ) − Pt 3 Pt + 6 onde: Ca++ = Cálcio ionizável em mg/dl Ca = Cálcio total em mg/dl Pt = Proteínas totais em g/dl CÁLCIO IONIZÁVEL CORRIGIDO PARA pH SANGÜÍNEO = 7,40. Material Biológico: Soro. Aplica-se a seguinte fórmula: Coleta: 1,0 ml de soro. Coletar em tubo a vácuo com gel separador. Evitar garroteamento prolongado. Após coagulação e retração do coágulo, centrifugar o tubo para obter o soro. Não abrir o tubo. Evitar o contato com o ar. Enviar e conservar fechado até o momento da dosagem. Armazenamento: Congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Ca, Mg, Cl, Bicarbonato, Gasometria, Proteínas totais. Valor Normal: IDADE Sangue de cordão RN de 3 a 24 h RN de 24 a 48 h mg/dl 5,20 a 5,84 4,32 a 5,12 4,00 a 4,72 mmol/l 1,30 a 1,46 1,08 a 1,28 1,00 a 1,18 Ca + + corr = 10 [LogCa −0, 24(7 , 40− pH )] onde: Ca++corr = Cálcio ionizável corrigido para pH sangüíneo = 7,40 LogCa = Logaritmo decimal da concentração de Cálcio total em mmol/l pH = pH sangüíneo Interpretação: AUMENTO: acidose, hiperparatireoidismo primário, neoplasias e intoxicação por Vitamina D, hipercalcemia do câncer. DIMINUIÇÃO: alcalose, citrato, heparina, EDTA, hipoparatireoidismo, hiperparatireoidismo secundário e deficiência de Vitamina D. Teste indicado nas transfusões maciças, transplante de fígado, hipocalcemia neonatal e cirurgia cardíaca. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Sensibilidade analítica = 0,7 pg/ml CALCITONINA TIREOCALCITONINA CBHPM 4.07.12.16-8 AMB 28.05.007-0 Sinonímia: Tireocalcitonina. HCT. Fisiologia: Peptídeo de 32 aminoácidos. Massa molecular = 3,4 kDa Meia-vida (t½) sérica: 12 minutos. A calcitonina é sintetizada primariamente pelas células C parafoliculares da tireóide. É co-secretada equimolarmente com a catacalcina sob estimulação do cálcio ionizável, o fosfato, o magnésio e por certos hormônios como a gastrina, o glucagon, os estrógenos e a histamina. A calcitonina inibe a atividade osteoclástica, diminuindo a mobilização do cálcio dos ossos. Interpretação: Marcador de tumor de tireóide, principalmente de carcinoma medular, com ou sem metástase. AUMENTO: carcinoma medular da tireóide, câncer de pulmão, de mama ou pancreático, pancreatite, tireoidite, insuficiência renal, S. de Zollinger-Ellison, anemia perniciosa, gravidez de termo, recémnascidos. DIMINUIÇÃO: agenesia tireoidiana. QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS ÓRGÃO-ALVO: TU MEDULAR TIREÓIDE ++++ ++++ ++ + +++ +++ CEA Material Biológico: Soro. Avaliação da terapêutica Monitoramento Prognóstico Metátases Diagnóstico “Screening” Marcador associado Coleta: 2,0 ml de soro. Plasma é inadequado. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Armazenamento: Congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Cintilografia, Mapeamento ósseo, Hormônios tireoidianos. Valor Normal: Homens Mulheres até 11,5 pg/ml até 4,6 pg/ml * pg/ml = ng/l ** Para obter valores em pmol/l, multiplicar os pg/ml por 0,2926. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Hemólise. Lipemia. Descongelamentos repetidos. Medicamentos: Acticalcin, Calsynar, Miacalcic, Seacalcit. Método: Ensaio imunorradiométrico - IRMA – com 125 I. 15 CALCITONINA ESTIMULADA POR CÁLCIO CBHPM 4.07.12.16-8 AMB 28.05.007-0 Sinonímia: Teste de estímulo com cálcio para dosagem de calcitonina. Fisiologia: Peptídeo de 32 aminoácidos. Massa molecular = 3,4 kDa Meia-vida (t½) sérica: 12 minutos. A calcitonina é sintetizada primariamente pelas células C parafoliculares da tireóide. É co-secretada eqüimolarmente com a catacalcina sob estimulação do cálcio ionizável, o fosfato, o magnésio e por certos hormônios como a gastrina, o glucagon, os estrógenos e a histamina. A calcitonina inibe a atividade osteoclástica, diminuindo a mobilização do cálcio dos ossos. No Carcinoma Medular da Tireóide (CMT), que representa até 10 % dos seus tumores malignos, os níveis de calcitonina permanecem elevados. Material Biológico: Soro. Coleta: 2,0 ml de soro para cada tempo do teste. Plasma é inadequado. Instalar o paciente confortavelmente. Puncionar uma veia do antebraço com "scalp" ou cateter heparinizado. Coletar a amostra basal. Injetar EV, 2,0 mg/kg de peso de gluconato de cálcio no prazo de 1 minuto. Acionar o cronômetro. Coletar as demais amostras aos 2, 5, 10 e 15 minutos ou conforme os tempos determinados pelo médico solicitante. Armazenamento: Congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Cintilografia, Mapeamento ósseo, Hormônios tireoidianos, Pesquisa de mutações do protooncogene RET. Valor Normal: Homens AMOSTRA BASAL AMOSTRAS PÓS-ESTÍMULO Após 2 minutos Após 5 minutos até 11,5 pg/ml 15,0 a 205,0 pg/ml 10,0 a 125,0 pg/ml Após 10 minutos Mulheres AMOSTRA BASAL AMOSTRA PÓS-ESTÍMULO Após 2 minutos Após 5 minutos Após 10 minutos 4,0 a 125,0 pg/ml até 4,6 pg/ml até 35,0 pg/ml até 25,0 pg/ml até 20,0 pg/ml * pg/ml = ng/l ** Para obter valores em pmol/l, multiplicar os pg/ml por 0,2926. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Não efetuar o teste se o paciente apresentar um pulso inferior a 50 bpm ou PA alterada. Interferentes: Hemólise. Lipemia. Descongelamentos repetidos. Método: Ensaio imunorradiométrico - IRMA - com Sensibilidade analítica = 0,7 pg/ml 125 I. Interpretação: Marcador de tumor de tireóide, principalmente de carcinoma medular (CMT), com ou sem metástase. Teste útil para diagnóstico e monitoramento pósoperatório do CMT esporádico ou familiar. AUMENTO: carcinoma medular da tireóide. Obs.: pacientes com secreção ectópica de calcitonina apresentam um valor basal elevado. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CÁLCULO URINÁRIO LITÍASE URINÁRIA CBHPM 4.03.11.04-0 AMB 28.13.012.0 Sinonímia: Litíase urinária, litíase renal, nefrolitíase. Análise química de cálculo urinário. Composição de urólito. Fisiologia: A formação de cálculos no trato urinário decorre da supersaturação urinária, nucleação, crescimento e agregação de cristais. A saturação depende de alta concentração de solutos como cálcio, magnésio, sódio, potássio, amônio, fosfato, oxalato e sulfato que formam complexos de elevada força iônica. A supersaturação condiciona a nucleação de cristais seguida de agregação e aglomeração. Hipercalciúria, hiperoxalúria, hipocitratúria e hiperuricosúria são condições metabólicas geralmente associadas à litíase renal. A Glicoproteína de Tamm-Horsfall (GTH), uma glicosilfosfatidil-inositol proteína, também chamada de uromucóide, principal constituinte dos cilindros urinários, tem sido associada à litogênese. Material Biológico e Coleta: Cálculo de no mínimo 1 a 2 mm de diâmetro obtido durante cirurgia, por eliminação urinária espontânea ou pós-litotripsia extracorpórea. Armazenamento: Em frasco seco. Exames Afins: Perfil metabólico para nefrolitíase, Ácido oxálico urinário (oxalúria), Ácido úrico urinário (uricosúria), Calciúria, Fosfatúria, Teste de Pak. Método: Análise química qualitativa com % dos componentes. Interpretação: 1 – Peso em g ou mg 2 – Maior diâmetro em mm 3 – Dureza: 3.1 – Alta 3.2 – Média 3.3 – Baixa 4 – Hábito: 4.1 – Botriodal 4.2 – Granular 4.3 – Globular 4.4 – Conglomerático 4.5 – Liso 5 – Forma geométrica: 5.1 – Irregular 5.2 – Ovalada 5.3 – Coralóide 5.4 – Subesférica 5.5 – Reniforme 5.6 – Coraliforme 5.7 – Arredondada 5.8 – Tabular 5.9 – Espiculada 5.10 – Arenosa 6 – Cor: 6.1 – 6.2 – 6.3 – 6.4 – 6.5 – 6.6 – 6.7 – 6.8 – Marrom Amarela Branca Preta Marrom-avermelhada Rosa Vermelha Cinza 7 – Estrutura interna: 7.1 – Não-laminada 7.2 – Laminada 7.3 – Radiada 7.4 – Laminada radiada 7.5 – Esponjosa 7.6 – Esponjosa laminada 7.7 – Radiada esponjosa 8 – Nome mineralógico: 8.1 – Grupo Oxalato 8.1.1 – Vevelita (“whewellite”): oxalato de cálcio monoidratado 8.1.2 – Vedelita (“weddellite”): oxalato de cálcio diidratado 8.2 – Grupo Fosfato 8.2.1 – Estruvita: fosfato amoníaco-magnesiano hexaidratado 8.2.2 – Carbonato-apatita 8.2.3 – Hidroxiapatita 8.2.4 – Bruchita (“brushite”): hidrogenofosfato de cálcio diidratado 8.2.5 – Vitloquita (“whitlockite”): fosfato ßtricálcico 8.2.6 – Newberita (“newberyite”): fosfato amoníaco-magnesiano triidratado 8.2.7 – Fosfato octacálcico 8.3 – Grupo Ácido úrico 8.3.1 – Ácido úrico anidro 8.3.2 – Ácido úrico diidratado 8.4 – Grupo Urato 8.4.1 – Urato sódico monoidratado 8.4.2 – Urato de amônia 8.5 - Outros 8.5.1 – Cistina 8.5.2 – Xantina 17 Interpretação: Causas de calculose metabólica/congênita: hipercalciúria, hiperparatireoidismo primário, osteoporose, D. de Paget, D. de Cushing, mieloma múltiplo, tumores osteolíticos, S. de Burnett, hipervitaminose D, acidose tubular renal, hipercalciúria idiopática, sarcoidose, hiperoxalúria, oxalose sistêmica, hiperuricosúria, gota, policitemia, diarréias crônicas, terapêutica com citostáticos, hiperuricosúria idiopática, hipocitratúria, cistinúria, tireotoxicose, D. de Crohn, deficiência de piridoxina, S. de Lesch-Nyhan, leucemia mielóide, leucemia aguda, hidronefrose, ocronose, glicinúria, terapêutica com hidroclorotiazida, acetazolamida, silicato de magnésio. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CAMPYLOBACTER SPP. CBHPM 4.03.10.17-5 Sinonímia: Campylobacter jejuni. Campylobacter coli. Campylobacter laridis. Campylobacter fetus. Fisiologia: Taxonomia: Reino Prokariotae, Filo Bacteria, Classe Proteobacteria, Subdivisões delta e epsilon, Classe epsilonproteobacteria, Ordem Campylobacteriales, Família Campylobacteriaceae, Gênero Campylobacter, Espécie jejuni. As infecções por Campylobacter são zoonóticas. Ocorrem por ingestão de aves domésticas contaminadas mal cozidas, leite e água contaminados. O vetor também pode ser ânus→mão→boca. As infecções ocorrem mais nos meses quentes e são mais freqüentes que as causadas por Salmonella e Shigella. Gram negativo microaerófilo. Material Biológico: Fezes. Coleta: Enviar amostra de fezes recente, sem conservante, ao laboratório. Armazenamento: Temperatura ambiente ou geladeira. Exames Afins: Coprocultura, Pesquisa de Leucócitos nas fezes, PPF. Valor Normal: Ausente. Interferentes: Uso de antimicrobianos ou anti-sépticos. Método: Bacterioscópico, cultura em meio de Karmali em condições adequadas de oxigênio e temperatura seguido de identificação. Interpretação: Exame útil no diagnóstico diferencial das infecções intestinais. Gastrenterites e septicemias. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm CANABINÓIDES MACONHA Sinonímia: delta-9 THC. Delta-9 trans-tetraidrocanabinol. THC. Delta-1 tetraidrocanabinol. Tetraidrocanabinóide. D9-tetraidrocanabinol. Cannabis sativa. Cannabis indica. Cânabis. Maconha. Hashish. Haxixe. Marihuana. Marijuana. Bagulho. Baseado. Erva. Fumo. Fuminho. Cânhamo-da-Índia. Tabanajira. Skank. Fisiologia: Taxonomia: Família Canabidaceae, Gênero Cannabis, Espécies sativa e indica. delta-9-tetraidrocanabinol Fórmula molecular = C21H30O2 Massa molecular = 314,466 g/mol delta-1-tetraidrocanabinol CH3 OH amostras rubricadas pelas testemunhas. Enviar 2 amostras para o laboratório que fará a análise. Uma outra amostra deverá ser congelada pelo laboratório que fez a coleta e a última amostra deverá ser guardada pelo suspeito ou responsável, também congelada a -20ºC. ADULTERAÇÃO DOS TESTES URINÁRIOS. Para escapar à detecção da toxicomania certos usuários recorrem à adulteração da urina a ser testada. Pode ser "in vivo" ou "in vitro". Métodos de adulteração "in vivo": diluição da urina por sobrecarga oral com água, lavagem vesical, modificadores do pH urinário como bicarbonato e citrato, medicamentos como a aspirina, metronidazol, vitamina B2, fluconazol, ibuprofeno e probenecid. Métodos de adulteração "in vitro": diluição com água ou outros líquidos, adição de nitrito de sódio ou de potássio, álcalis, ácidos fracos, glutaraldeído, oxidantes, sabões e detergentes, NaCl e produtos ricos em sais, sangue, chá Golden Seal e colírios à base de cloreto de benzalcônio. Grosso modo, a adulteração pode ser detectada pelo aspecto da urina (cor e turbidez), odor, medida imediata da temperatura após coleta, pH, creatinina, densidade, osmolalidade, nitritos e glutaraldeído. Critérios para validação da urina: H3C H3C O C5H11 DELTA-1 TETRAIDROCANABINOL Neurotransmissores implicados: Dopamina, Norepinefrina, Serotonina, GABA e Acetilcolina. Alucinógeno. Material Biológico: Urina. Coleta: Urina coletada o mais precocemente possível em relação à atitude suspeita, diante de testemunha(s) (cuidado com troca intencional ou diluição da amostra). A densidade da urina deverá estar entre 1,010 e 1,030 e o pH entre 4,5 a 6,5. Atenção: se o exame estiver sendo feito para finalidades legais, uma cópia da solicitação ou ofício do juiz, delegado ou promotor deve acompanhar cada uma das alíquotas. Em caso de dúvida é melhor abster-se de coletar urina para esta finalidade e mesmo se coletada, na ausência do documento legal, o exame não deve ser feito nem cobrado, principalmente se for de menor de idade. Diante de testemunhas, aliquotar a urina em 4 amostras de 20 ml, identificar, rotular e lacrar as 4 Parâmetro Densidade pH Creatinina 1,010 a 1,030 g/ml 4,5 a 6,5 > 20,0 mg/dl Armazenamento: Congelado a -20ºC conserva-se até 4 meses. Valor “Normal”: Até 44,9 ng/ml (cut-off) De 45,0 a 54,9 ng/ml 55,0 ng/ml ou mais* Negativo para THC Suspeito para THC Positivo para THC * Conforme a SAMHSA – Substance Abuse and Mental Health Services Administration do Department of Health and Human Services. Interferentes: Urina não pertencente ao suspeito. Urina diluída com água ou outros líquidos. Método: Quimioluminescência. Immulite. Interpretação: O THC tem vida média biológica longa: a sua eliminação pela urina dura de 2 a 4 semanas. 19 Resultados suspeitos ou positivos devem ser confirmados por outra metodologia: espectrofotometria de massa/ cromatografia gasosa (GC/MS) Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://padrejulio.do.sapo.pt/droga/lexico.htm CANDIDA SPP. MONILIA CBHPM 4.03.10.04-3 CBHPM 4.03.06.04-6 AMB 28.06.129-2 Sinonímia: Candidíase. Candidose. Monilíase (ant.). Sorologia ou cultura para Candida albicans ou Monilia albicans (ant.) IgG e/ou IgM. Candida spp. “Flores brancas”. Leucorréia. Fisiologia: Taxonomia: Reino Fungi, Subdivisão Deuteromycotina, Classe Blastomycetes, Ordem Cryptococcales, Família Crypotococcaceae, Gênero Candida, Espécie albicans. Obs.: modernamente a Monilia sp. é a Neurospora sitophila, fungo raramente encontrado em materiais clínicos e geralmente contaminante. Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Exames Afins: Pesquisa direta. Cultura de fungos. Intradermorreação pela Candidina. Valor Normal: Negativo ou Não reagente. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Fixação de complemento. Interpretação: Útil no diagnóstico da candidíase sistêmica ou visceral. Podem ocorrer reações cruzadas com outros fungos ou com tuberculose. Resultados negativos não eliminam o diagnóstico. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CAPACIDADE DE FIXAÇÃO DE FERRO TIBC CBHPM 4.03.01.42-7 AMB 28.01.034-5 Sinonímia: TIBC. Total Iron Binding Capacity. Capacidade de combinação do ferro. CLLF. Capacidade Latente de Ligação de Ferro. CTLF. Capacidade Total de Ligação de Ferro. IST. Índice de Saturação de Transferrina. Fe ligado + Fe livre, latente ou não-ligado = Fe total Saturação da transferrina. Saturação da siderofilina. CFT. Capacidade ferropéxica total. Capacidade de ferropexia. Capacidade de sideropexia. Capacidade de fixação marcial. Fisiologia: A transferrina ou siderofilina sérica é a proteína transportadora do ferro no soro. O seu grau de saturação marcial varia conforme a patologia envolvendo o metabolismo do ferro. Sofre alterações circadianas. Material Biológico: Soro. Coleta: 1,5 ml de soro. Armazenamento: Amostra coletada em tubo novo, sendo que todo o material para a separação deverá ser previamente lavado com HCl a 50 % e abundante água destilada. Manter amostra refrigerada entre +2 a +8ºC Exames Afins: Hemograma, Ferro, Ferritina, Transferrina, Siderofilina. Valor Normal: Bulas estrangeiras: FERRO Total (CTLF) Ligado Livre (CLLF) Saturação (IST) adultos 268 a 477 µg/dl 35 a 150 µg/dl 118 a 442 µg/dl 7,3 a 55,9 % 3 meses a 10 anos 284 a 502 µg/dl 46 a 141 µg/dl 143 a 456 µg/dl 9,2 a 49,7 % População brasileira: Idade 20 anos em diante Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) 15 a 19 anos Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) 10 a 14 anos Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) 6 a 9 anos Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) 1 a 5 anos Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) Homens 31,0 a 144,0 µg/dl 155,2 a 336,3 µg/dl 299,2 a 367,3 µg/dl 8,4 a 48,1 % 34,0 a 162,0 µg/dl 132,5 a 328,8 µg/dl 294,5 a 362,8 µg/dl 9,4 a 55,0 % 28,0 a 134,0 µg/dl 168,1 a 344,3 µg/dl 302,1 a 372,3 µg/dl 7,5 a 44,4 % 39,0 a 136,0 µg/dl 165,5 a 317,2 µg/dl 301,5 a 356,2 µg/dl 10,9 a 45,1 % 22,0 a 136,0 µg/dl 165,5 a 362,5 µg/dl 301,5 a 384,5 µg/dl 5,7 a 45,1 % 21 Idade Menopausa Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) 20 anos em diante Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) 15 a 19 anos Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) 10 a 14 anos Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) 6 a 9 anos Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) 1 a 5 anos Ferro sérico ligado à Transferrina Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF) Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) Saturação percentual da Transferrina (IST) Mulheres * Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/dl por 0,1791. 31,0 a 144,0µg/dl 155,2 a 336,3 µg/dl 299,2 a 367,3 µg/dl 8,4 a 48,1 % 25,0 a 156,0 µg/dl ** Para obter a Transferrina em mg/dl de proteína, multiplicar os µg/dl de Ferro Total por 0,7164. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Limpeza do material com detergente iônico. Hemólise. Hiperlipemia. Hiperbilirrubinemia. Contraceptivos orais. Estrogênios. 140,0 a 353,0 µg/dl 296,0 a 378,0 µg/dl Método: Ferene de Smith et al. automatizado. Ferrozine. 6,6 a 52,7 % 105,6 a 344,3 µg/dl Interpretação: Nas anemias ferroprivas, hipocrômicas e microcíticas essas dosagens têm significado desde que sejam efetuadas concomitantemente com dosagem de ferro, ferritina e transferrina. 289,6 a 372,3 µg/dl Patologia 28,0 a 184,0 µg/dl 7,5 a 63,5 % 45,0 a 145,0 µg/dl 153,9 a 304,5 µg/dl 298,9 a 349,5 µg/dl 12,9 a 48,5 % 39,0 a 136,0 µg/dl 165,5 a 317,2 µg/dl Deficiência de ferro Infecções crônicas Doenças malignas Atransferrinemia Período menstrual Gravidez 3º trimestre Hemossiderose pulmonar Nefrose, Kwashiorkor Contraceptivos orais Intoxicação com ferro Anemia hemolítica Hemocromatose Deficiência de piridoxina Anemia sideroblástica Talassemia Major Fe Sérico D D D D D D D D S/E E E E E E E CTLF IST E D D D S E S D E D S/D S/D S S/D D D D D S D D D E S E E E E E E 301,5 a 356,2 µg/dl 10,9 a 45,1 % 22,0 a 136,0 µg/dl 165,5 a 362,5 µg/dl 301,5 a 384,5 µg/dl 5,7 a 45,1 % * RF = Reserva de Ferro (avaliada por coloração específica de esfregaço de medula óssea.) Legenda: D = diminuído E = elevado ou aumentado S = sem alteração A = ausente RF * A E E E S S A E S E E E E E E LIKELIHOOD RATIO. CARBAMAZEPINA TEGRETOL TABELA LR. – Anemia ferropriva. Teste IST < 16,6 SENS (%) 96,0 ESPEC (%) 70,0 LR+ (%) 3,2 Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] LR(%) 0,06 CBHPM 4.03.01.43-5 AMB 28.01.035.3 Sinonímia: CBZ. Carbamildibenzazepina. Nomes comerciais: Tegretard, Tegretol. Obs.: Não confundir com Oxcarbazepina (Auran, Trileptal) e nem com carbamida que é sinônimo de uréia. Fisiologia: Derivado do Iminostilbeno. 5-carbamil-5H-dibenzo-[b,f]-azepina Fórmula molecular = C15H12N2O Massa molecular = 236,274 g/mol O H2N N CARBAMAZEPINA Meia-vida (t½) biológica: Adultos : 10 a 25 horas Estado de equilíbrio: 2 a 6 dias. Absorção: 70 a 80 % Ligação protéica: 65 a 85 % Volume de distribuição (l/kg): 0,8 a 1,9 Metabolismo: 98 %. A Carbamazepina é um anticonvulsivante de primeira linha no tratamento das convulsões parciais e tônicoclônicas. SITUAÇÃO METABÓLICA: CARBAMAZEPINA (CBZ) (ativo - sangue) ↓ monoxigenase CARBAMAZEPINA-10,11-EPÓXIDO (ativo - sangue) ↓ epóxido-hidrolase CARBAMAZEPINA-10,11-DIOL (inativo – urina) Material Biológico: Soro ou plasma. Coleta: 2,0 ml de soro ou plasma heparinizado. A coleta é feita pela manhã ou em outro horário, logo antes da tomada do medicamento, não havendo necessidade de jejum. 23 Esta amostra representa o ponto mínimo da concentração diária no soro do paciente. CARBOXI-HEMOGLOBINA Valor Normal: CBHPM 4.03.13.09-3 Nível terapêutico Nível “borderline” Nível tóxico 4,0 a 12,0 µg/ml 12,1 a 15,0 µg/ml superior a 15,0 µg/ml * Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/ml por 4,2324 Interferentes: Hemólise. Drogas: eritromicina, propoxifeno. Método: Quimioluminescência. Immulite. Interpretação: O nível é aumentado por: Triacetiloleandomicina. O nível é diminuído por: administração simultânea de Fenobarbital, Felbamato, Hidantoína ou Primidona. Aumenta o nível de: Fenobarbital e Primidona. Diminui o nível de: Ácido valpróico, Hidantoína e Lamotrigina. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CO-Hb AMB 28.15.009-0 AMB 28.04.010-4 Sinonímia: CO-Hb. CO. Hb-CO. Monóxido de carbono. Carbonilhemoglobina. Atenção: não confundir com CO2-Hb. Dióxido de carbono. Carbamino-hemoglobina (ligada a CO2). Cianose ligeira: 3,0 a 3,9 g/dl de CO2-Hb; Cianose média: 4,0 a 4,9 g/dl de CO2-Hb; Cianose franca: 5,0 ou mais g/dl de CO2-Hb. A cianose independe dos g/dl da Hb total. Ver determinação no título “Gasometria”. Fisiologia: Intoxicação por monóxido de carbono. Exposição ao diclorometano e cloreto de metileno. Esses elementos são utilizados na metalurgia de metais carbonados e na indústria petroquímica como agentes redutores e de síntese orgânica. Aplica-se, também, a todos os procedimentos industriais que contribuem à emissão do CO: fundição de ferro, aço, queima incompleta do carvão em altos-fornos, produção de gás a partir de combustíveis sólidos, mecânica de motores, solda acetilênica, arco voltaico, indústria química, cervejarias e controle de trânsito. O sangue contendo carbonil-hemoglobina tem um aspecto vermelho-framboesa. Material Biológico: Sangue total heparinizado. Coleta: 2,0 ml de sangue total em tubo sem contato com o ar. Amostra única: coletar em fim de jornada de trabalho. Duas amostras: coletar no início e no fim da mesma jornada de trabalho para fazer estudo comparativo da diferença. Evitar a primeira jornada de trabalho da semana. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 5 dias. Exames afins: CK total. DHL. Valor Normal: Não-fumantes Não-expostos ocupacionalmente IBMP § para Diclorometano IBMP § para Monóxido de carbono Fumantes (seg. Casarett & Doull's, 1996) % até 1,0 até 3,5 até 3,5 até 10,0 Preparo do Paciente: Fumantes devem abster-se de fumar nas 24 horas precedentes à coleta do sangue. Interferentes: Tabagismo. Hemólise. Contato do sangue com o ar. Congelamento da amostra. Método: Espectrofotométrico. Interpretação: Este Indicador Biológico possui significado clínico ou toxicológico próprio, mas, na prática, devido à sua curta meia-vida (t½) biológica, deve ser considerado como Indicador Biológico capaz de indicar uma exposição ambiental acima do Limite de Tolerância, mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico. (NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94). § Índice Biológico Máximo Permitido RELAÇÃO DE BALTHAZARD E NICLOUX RBN = HbCO Hbtotal onde: RBN = Relação de Bathazard e Nicloux HbCO = Carbonil-hemoglobina em g/dl Hbtotal = Hemoglobina total em g/dl Interpretação: RBN Quadro clínico 0,00 a 0,10 0,11 a 0,20 0,21 a 0,30 0,31 a 0,40 0,41 a 0,50 0,51 a 0,60 0,61 a 0,80 > 0,80 Ausência de sintomas Dispnéia de esforço Cefaléia Adinamia, náuseas, vertigens Síncopes Convulsões, respiração de Cheyne-Stokes Morte rápida Morte imediata Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CATECOLAMINAS PLASMÁTICAS CATECOLAMINAS TOTAIS NO PLASMA CBHPM 4.07.12.17-6 AMB 28.05.008-8 Sinonímia: Catecolaminas plasmáticas totais. Epinefrina ou adrenalina + Norepinefrina ou noradrenalina. Dopamina (ver em seu próprio título). Aminas simpaticomiméticas. Fisiologia: EPINEFRINA (ADRENALINA). Massa molecular = 183,20 g/mol NOREPINEFRINA (NORADRENALINA). Massa molecular = 169,18 g/mol DOPAMINA Massa molecular = 153,18 g/mol Catecolaminas é o nome dado a um grupo de aminas aromáticas (epinefrina, norepinefrina, dopamina e seus metabólitos) que agem respectivamente como hormônios e neurotransmissores. Epinefrina e norepinefrina são formados a partir da dopamina. A epinefrina age sobre a musculatura cardíaca e sobre o metabolismo e também sobre a circulação periférica junto com a norepinefrina, adaptando o organismo ao estresse agudo e crônico. Após terem exercido a sua função, essas moléculas são degradadas a metanefrina e normetanefrina. Material Biológico: Plasma com EDTA. Coleta: Coletar 2 x 5 ml de sangue com EDTA em tubos previamente gelados e homogeneizar. Misturá-los cuidadosamente por inversão, centrifugá-los imediatamente em caçapas congeladas# e transferir o plasma dos dois tubos para um ou dois tubos plásticos congelados. Enviar ao menos 2,0 ml de plasma. # Escolher 2 caçapas opostas da centrífuga. Pipetar 3 a 5 ml de água para cada caçapa. Introduzir nelas tubos de ensaio iguais ou com o diâmetro um pouco maior do que os que vão ser centrifugados, contendo areia para não flutuarem. Colocar no freezer, de pé, para congelar a água. Na ocasião da coleta, retirar as caçapas do freezer, trocar os tubos e centrifugá-los imediatamente dentro do gelo. Armazenamento: As amostras podem ser conservadas sob refrigeração entre +2 a +8ºC durante até 6 horas. Para conservação por tempo maior e para transporte, congelar a -20ºC ou menos. Não estocar em freezer tipo frost-free. 25 Transportar em gelo seco a -80ºC (gelo de CO2). nozes e bebidas alcoólicas. Exames Afins: Catecolaminas fracionadas, Ácido Vanil-mandélico e Metanefrinas urinárias. Interferentes: Hemólise e lipemia. DROGAS: Aumento: metilxantinas, MAO+fenotiazidas, nitroglicerina, L-dopa, nifedipina, antidepressivos tricíclicos. Diminuição: clonidina, reserpina, guanetidina, bromocriptina, dexametasona, contrastes radiológicos. Valor Normal: Paciente deitado (supino) EPINEFRINA NOREPINEFRINA DOPAMINA Paciente em pé Método I até 150,0 pg/ml até 370,0 pg/ml até 200,0 pg/ml Os limites do normal quase dobram em relação ao paciente deitado. Adultos EPINEFRINA NOREPINEFRINA DOPAMINA EPINEFRINA + NOREPINEFRINA 3 a 15 anos EPINEFRINA NOREPINEFRINA DOPAMINA Deitado (pg/ml) até 50,0 112,0 a 658,0 até 10,0 123,0 a 671,0 Método II De pé (pg/ml) até 95,0 217,0 a 1.109,0 até 20,0 242,0 a 1.125,0 até 464,0 até 1.251,0 até 60,0 * pg/ml = ng/l ** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os pg/ml de Epinefrina por 0,005458, os pg/ml de Norepinefrina por 0,005911 e os pg/ml de Dopamina por 0,006528 Preparo do Paciente: Para reduzir o efeito do estresse da punção venosa, deixar o paciente, com a veia cateterizada, em repouso durante 20 a 30 minutos. Suspender durante 7 dias, após autorização do médico assistente, os medicamentos: alfa-metil-dopa, antidepressivos tricíclicos, betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio, bromocriptina, broncodilatadores, clonidina, clorpromazina, descongestionantes nasais, fenotiazina, haloperidol, inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina), inibidores da MAO (mono-aminooxidase), Levo-Dopa, moderadores do apetite, prazosina, quinidina, reserpina, teofilina, tetraciclina, vasodilatadores. Dieta: durante 5 dias precedentes à coleta não ingerir: banana, laranja, abacaxi, queijo, café, chá, chocolate, caramelos, marmeladas, doces, sorvetes, Método: HPLC. Interpretação: AUMENTO: feocromocitoma, ganglioneuroma, neuroblastoma, paragangliomas, estresse, hipoglicemia, hipertensão arterial, cardiopatias degenerativas, esquizofrenia, psicose maníacodepressiva (PMD). DIMINUIÇÃO: hipotensão postural, S. de ShyDrager, disautonomia familiar. Utilizado como monitor após retirada cirúrgica de tumores localizados na medula adrenal, no córtex adrenal ou nos neurônios simpáticos pósganglionares. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CATECOLAMINAS URINÁRIAS CATECOLAMINAS TOTAIS NA URINA CBHPM 4.03.11.05-8 AMB 28.05.008-8 Sinonímia: Catecolaminas urinárias totais. Epinefrina ou adrenalina + Norepinefrina ou noradrenalina. Eventualmente + Dopamina (ver no título próprio). Aminas simpaticomiméticas. Fisiologia: EPINEFRINA (ADRENALINA). Massa molecular = 183,20 g/mol NOREPINEFRINA (NORADRENALINA). Massa molecular = 169,18 g/mol DOPAMINA Massa molecular = 153,18 g/mol Catecolaminas é o nome dado a um grupo de aminas aromáticas (epinefrina, norepinefrina, dopamina e seus metabólitos) que agem respectivamente como hormônios e neurotransmissores. Epinefrina e norepinefrina são formados a partir da dopamina. A epinefrina age sobre a musculatura cardíaca e sobre o metabolismo e também sobre a circulação periférica junto com a norepinefrina, adaptando o organismo ao estresse agudo e crônico. Após terem exercido a sua função, essas moléculas são degradadas a metanefrina e normetanefrina. Material Biológico: Urina de 24 horas acidificada com 15 g de ácido bórico ou com 10 a 25 ml de HCl 6 N para atingir um pH entre 1 e 3. Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ 3 a 8 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Coleta: Coletar todo o volume de 24 horas. Aliquotar 20 ml e informar ao laboratório o volume total. Se o paciente for suspeito de nefropatia é preciso, também, dosar a creatininúria. Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Armazenamento: Manter a urina ao abrigo da luz e refrigerada entre +2 a +8ºC durante toda a coleta e depois, congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. 9 a 12 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Exames Afins: Catecolaminas fracionadas, Ácido Vanil-mandélico e Metanefrinas urinárias. Catecolaminas plasmáticas. Valor Normal: Adultos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ EPINEFRINA 0,12 a 3,00 µg/dl 2,0 a 24,0 µg/24 horas 0,49 a 37,04 µg/g Creatinina 0,71 a 53,57 µg/g Creatinina Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ NOREPINEFRINA 0,94 a 12,50 µg/dl 15,0 a 100,0 µg/24 horas 3,66 a 154,32 µg/g Creatinina 5,36 a 223,21 µg/g Creatinina DOPAMINA 3,25 a 60,00 µg/dl 52,0 a 480,0 µg/24 horas 12,70 a 740,74 µg/g Creatinina 18,57 a 1.071,43 µg/g Creatinina EPINEFRINA + NOREPINEFRINA 1,62 a 15,13 µg/dl 26,0 a 121,0 µg/24 horas 6,35 a 186,73 µg/g Creatinina 9,29 a 270,09 µg/g Creatinina EPINEFRINA 0,10 a 1,77 µg/dl 1,0 a 7,0 µg/24 horas 0,58 a 50,66 µg/g Creatinina 0,60 a 59,11 µg/g Creatinina NOREPINEFRINA 0,52 a 12,06 µg/dl 5,0 a 41,0 µg/24 horas 2,93 a 344,48 µg/g Creatinina 3,02 a 401,89 µg/g Creatinina DOPAMINA 5,33 a 106,38 µg/dl 51,0 a 378,0 µg/24 horas 29,94 a 3.039,51 µg/g Creatinina 30,80 a 3.546,10 µg/g Creatinina EPINEFRINA + NOREPINEFRINA 0,73 a 13,83 µg/dl 6,0 a 51,0 µg/24 horas 4,62 a 395,14 µg/g Creatinina 4,68 a 460,99 µg/g Creatinina EPINEFRINA 0,08 a 1,52 µg/dl 1,0 a 8,0 µg/24 horas 0,35 a 25,72 µg/g Creatinina 0,43 a 28,10 µg/g Creatinina NOREPINEFRINA 0,59 a 8,94 µg/dl 6,0 a 50,0 µg/24 horas 3,09 a 151,52 µg/g Creatinina 3,28 a 166,55 µg/g Creatinina DOPAMINA 4,05 a 83,58 µg/dl 51,0 a 474,0 µg/24 horas 17,75 a 1.416,54 µg/g Creatinina 21,88 a 1.547,70 µg/g Creatinina 27 Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ 13 a 17 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ EPINEFRINA + NOREPINEFRINA 0,88 a 12,03 µg/dl 9,0 a 71,0 µg/24 horas 4,18 a 197,33 µg/g Creatinina 4,92 a 215,60 µg/g Creatinina EPINEFRINA 0,07 a 1,52 µg/dl 1,0 a 11,0 µg/24 horas 0,32 a 20,23 µg/g Creatinina 0,40 a 24,47 µg/g Creatinina NOREPINEFRINA 0,89 a 12,14 µg/dl 12,0 a 88,0 µg/24 horas 3,87 a 161,84 µg/g Creatinina 4,78 a 195,77 µg/g Creatinina DOPAMINA 3,21 a 88,97 µg/dl 51,0 a 645,0 µg/24 horas 13,82 a 1.186,21 µg/g Creatinina 17,42 a 1.434,93 µg/g Creatinina EPINEFRINA + NOREPINEFRINA 0,97 a 12,41 µg/dl 13,0 a 90,0 µg/24 horas 4,19 a 165,52 µg/g Creatinina 5,18 a 200,22 µg/g Creatinina Preparo do Paciente: Suspender durante 7 dias, após autorização do médico assistente, os medicamentos: alfa-metil-dopa, antidepressivos tricíclicos, betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio, bromocriptina, broncodilatadores, clonidina, clorpromazina, descongestionantes nasais, fenotiazina, haloperidol, inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina), inibidores da MAO (mono-aminooxidase), Levo-Dopa, moderadores do apetite, prazosina, quinidina, reserpina, teofilina, tetraciclina, vasodilatadores. Dieta: durante 5 dias precedentes à coleta não ingerir: banana, laranja, abacaxi, queijo, café, chá, chocolate, caramelos, marmeladas, doces, sorvetes, nozes e bebidas alcoólicas. Interferentes: DROGAS: Aumento: metilxantinas, MAO + fenotiazidas, nitroglicerina, L-Dopa, nifedipina, antidepressivos tricíclicos. Diminuição: clonidina, reserpina, guanetidina, bromocriptina, dexametasona, contrastes radiológicos. Método: HPLC. Interpretação: AUMENTO: feocromocitoma, ganglioneuroma, neuroblastoma, paragangliomas, estresse hipertensão arterial, cardiopatias degenerativas, esquizofrenia, psicose maníaco-depressiva (PMD). Utilizado como monitor após retirada cirúrgica de tumores localizados na medula adrenal, no córtex adrenal ou nos neurônios simpáticos pósganglionares. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CAXUMBA IgG e IgM RUBULAVIRUS CBHPM 4.03.06.59-3 CBHPM 4.03.06.60-7 AMB 28.06.029-6 AMB 28.06.203-5/96 Sinonímia: Caxumba. Mumps. Parotidite epidêmica. Rubulavirus. ICTVdB 01.048.1.03.013 Fisiologia: Taxonomia: Família Paramyxoviridae, Subfamília Paramyxovirinae, Gênero Rubulavirus, Espécie Mumps virus. (Vírus da caxumba). RNAvirus com envelope Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Exames Afins: Hemograma, Amilase. Valor Normal: Negativo ou Não reagente. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Imunofluorescência indireta. Interpretação: IgG: Positivo ou Reagente pode ser diagnóstico de imunidade pregressa ou doença atual, recente ou ativa (infecção aguda ou subaguda). Para diferenciar as hipóteses é preciso investigar a IgM. IgM: Positivo ou Reagente é sugestivo de doença atual, recente ou ativa (infecção aguda ou subaguda). Este anticorpo pode ser detectado a partir do 12º dia após contágio e sua presença pode arrastar-se até o 110º dia, com uma média populacional de 40 dias. A hiperamilasemia só ocorre na fase aguda inicial, podendo a amilase normalizar-se na convalescença, mesmo na presença de IgM Positivo ou Reagente. CEA - ANTÍGENO CARCINOEMBRIÔNICO CÂNCER DE COLO/RETO/ESTÔMAGO/PÂNCREAS CBHPM 4.07.12.13-3 AMB 28.06.022-9 Sinonímia: Marcador tumoral para câncer colorretal, estômago e pâncreas. CEA. Carcinoembryonic Antigen. ACE. Antígeno Carcinoembrionário. Antígeno Carcinoembriogênico. Fisiologia: O antígeno CEA é uma família de glicoproteínas com massa molecular variando de 175 a 200 kDa devido à variação do seu conteúdo em carboidratos e aminoácidos. É secretado na superfície do glicocálix das células que revestem o trato gastrintestinal. Aparece durante o primeiro ou segundo trimestre da vida fetal. Normalmente, a produção de CEA é interrompida antes do nascimento, porém pode reiniciar-se mais tarde, no caso de desenvolvimento de uma neoplasia. Pelo fato dos níveis de CEA também se elevarem por obstrução biliar, hepatite alcoólica, fumo e outras condições, este teste não pode ser usado como uma indicação geral de câncer. Entretanto, a sua dosagem é útil para estadiamento e monitoração de tratamento de determinados cânceres. Meia-vida (t½) sérica: 2 a 3 semanas (média 420 horas) Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro. Coleta pela manhã com Jejum de 4 ou mais horas. Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina. Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC por até 24 horas. Para períodos mais longos congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos. Exames Afins: α-feto proteína, CA 125, CA 15-3, CA 19-9, Gonadotrofina coriônica. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTdb 29 Valor Normal: Homens Fumantes Não-fumantes Mulheres Fumantes Não-fumantes até 10,0 ng/ml até 3,4 ng/ml até 7,4 ng/ml até 2,5 ng/ml Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. polipose do COLO, D. de Crohn, D. intestinal inflamatória, hepatopatias, cirrose, alcoolismo, pancreatite, hipotireoidismo, trauma, infarto, colagenose vascular, insuficiência renal, tabagismo; hepatotoxicidade de drogas antineoplásicas e quimioterápicos, necrose de células tumorais, lesões de membrana celular, radioterapia. Variações fisiológicas são observadas conforme o sexo (maior no homem que na mulher), com a idade e nos 2 primeiros trimestres da gravidez. LIKELIHOOD RATIO. Interferentes: Fibrina. Anticorpos heterofílicos. HAMA. Método: Eletroquimioluminescência. Interpretação: Utilizado como marcador e monitor de neoplasias gastrintestinais, principalmente de COLO e RETO. A elevação persistente de níveis de CEA sugere tumores residuais ou recorrentes. Se os níveis excederem o normal, antes da ressecção cirúrgica, quimioterapia ou radioterapia, seu retorno ao normal dentro de 6 semanas sugere tratamento bem sucedido. Altos níveis de CEA são característicos em diversas condições malignas, particularmente neoplasias endodermicamente derivadas no trato gastrintestinal e nos pulmões. Concentrações elevadas de CEA podem ocorrer, também, em carcinomas não endodermiais, tais como câncer de mama ou câncer ovariano. Previsão do CEA após cirurgia radical: CEAatual = CEAcir × e(−0, 00165× horas ) TABELA LR. – Câncer de COLO – Estádio A. Teste ♂ CEA > 3,4 ♀ CEA > 2,5 SENS (%) 28,0 28,0 ESPEC (%) 83,0 83,0 LR+ (%) 1,65 1,65 TABELA LR. – Câncer de colo – Estádio D. Teste ♂ CEA > 3,4 ♀ CEA > 2,5 SENS (%) 84,0 84,0 ESPEC (%) 83,0 83,0 LR+ (%) 4,94 4,94 Obs.: 1 mes após uma cirurgia radical espera-se que um CEA de 20,0 ng/ml dê um valor igual ou menor a 6,1 ng/ml. Valores maiores e/ou crescentes sugerem tecido neoplásico remanescente e/ou metástases. AUMENTO: metástases hepáticas e ósseas; colangiocarcinoma (T. de Klatskin); câncer de mama, pulmão, ovário, estômago, pâncreas; carcinoma medular e de células gigantes da tireóide; neuroblastomas; inflamações gastrintestinais, LR(%) 0,19 0,19 QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS ÓRGÃO-ALVO: Avaliação da terapêutica Monitoramento Prognóstico Metátases Diagnóstico “Screening” Marcador associado COLO / RETO ++++ ++++ ++ ++ CA 19-9 onde: CEAatual = CEA esperado no exame atual CEAcir = último CEA antes da cirurgia e = número “e”, base dos logaritmos naturais horas = tempo em número de horas decorridas entre a cirurgia e a coleta do exame atual. LR(%) 0,87 0,87 Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CÉLULAS DE DOWNEY DOWNEY Valor Normal: Pesquisa Negativa Sinonímia: Pesquisa de Células de Downey. Fisiologia: A linfocitose associada à Mononucleose Infecciosa é causada por um aumento circulatório de células T ativadas, também chamadas de Células de Downey devido à sua presença atípica no sangue periférico. Mesmo após o desaparecimento das células de Downey e recuperação da doença, O EBV pode ser recuperado de lavados orofaríngeos até 12 a 18 meses depois. Mais de 90 % dos infectados por EBV eliminam o vírus intermitentemente durante toda a vida, mesmo estando assintomáticos. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Hemólise. Congelamento. Método: Pesquisa microscópica. Interpretação: Este teste é empregado para estadiamento da Mononucleose Infecciosa. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Células de Downey Material Biológico: Sangue total em EDTA. Coleta: 3 ou 4 ml de sangue total com EDTA ou 2 esfregaços de sangue secos à temperatura ambiente não corados. Armazenamento: Sangue: até 12 horas à temperatura ambiente (TA). Esfregaços: até 72 horas à TA. Exames Afins: Sorologia para Mononucleose. EBV. 31 CÉLULAS LE LE CBHPM 4.03.04.79-5 AMB 28.04.011-2 Sinonímia: Células de Hargraves. Células do Lúpus Eritematoso. Pesquisa do fenômeno LE. Anti-ácido desoxirribonucléico nativo. Anti-DNAn. Antidesoxirribonucleoproteína. Anti-DNP. Fisiologia: Este teste detecta e semiquantifica anticorpos antidesoxirribonucleoproteína (anti-DNP) ou anti-ácido desoxirribonucléico nativo (anti-DNAn) que são positivos em 75 a 80 % dos pacientes com diagnóstico de LES. Atribui-se a esses anticorpos o fenômeno da formação das células LE "in vitro". Um teste Positivo não significa necessariamente um diagnóstico confirmatório de LES e resultados Negativos foram encontrados em indivíduos com sintomas evidentes de LES. Nos casos de dúvida, é preciso pesquisar o FAN e outros anticorpos. Células de Hargraves Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 48 horas. Para períodos de até 6 semanas, congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos. Exames Afins: FAN, Anticorpos anti-DNAn, Complemento, Imunocomplexos. Valor Normal: TESTE QUALITATIVO (soro não diluído) Não reagente ou Negativo Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Soro hemolisado, lipêmico e contaminado. Descongelamentos repetidos. Medicamentos que podem induzir o Lúpus Eritematoso Sistêmico: hidralazina, isoniazida, procainamida, anticonvulsivantes e outros. Método: Zinkham e Conley. AVITEX-SLE OMEGA. Teste sorológico de aglutinação de látex para detecção do LES ou LEs-LÁTEX ebram. Obs.: O teste de Zimmer e Hargraves, efetuado com o coágulo, foi tecnicamente abandonado. Interpretação: Doenças auto-imunes, Lúpus Eritematoso Sistêmico e outras afecções inflamatórias como esclerodermia, poliartrite reumatóide, dermatomiosite e conectivites. É importante lembrar que existem falso-negativos em pacientes com diagnóstico clínico de LES e que 1 % dos indivíduos sãos podem dar reações falsopositivas, portanto, um LE Positivo não é um diagnóstico patognomônico de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Obs.: A pesquisa clássica de "células LE" pelo método de Hargraves foi proscrita pelo Colégio Americano de Reumatologia que não a considera mais um critério diagnóstico para o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Substituto sugerido: Fator Anti Núcleo (FAN) em células HEp-2 ou Anticorpos anti-DNAn (DNA nativo). Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.metanalysis.com.br/boletins/bol-9.htm http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S167624442002000300008&script=sci_arttext&tlng=pt CERULOPLASMINA CHAGAS FERRO OXIDASE MACHADO-GUERREIRO CBHPM 4.03.01.47-8 AMB 28.01.037-0 Sinonímia: Ferro oxidase I e II. Endoxidase I. Fisiologia: Alfa-2 globulina azulada. Massa molecular = 160 kDa Cada molécula de ceruloplasmina fixa até 8 átomos de cobre, sendo 4 na parte superficial da molécula e 4 na parte profunda. A ceruloplasmina é ao mesmo tempo fixadora de Cobre, enzima de eliminação de aminas plasmáticas e de mobilização do Ferro que ela oxida de Fe++ (ferroso) a Ferro+++ (férrico) facilitando a transformação de Apotransferrina em Transferrina. Material Biológico: Soro. Coleta: 0,5 ml de soro coletado em tubo de plástico. Armazenamento: Congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Cobre sérico. Valor Normal: Normal CBHPM 4.03.06.61-5 CBHPM 4.03.06.62-3 CBHPM 4.03.07.96-4 AMB 28.06.030-0 AMB 28.06.031-8 Sinonímia: Trypanosoma cruzi. Machado-Guerreiro (antiga reação de fixação de complemento, atualmente em desuso). Sorologia para Tripanossomíase ou tripanossomose americana IgG e/ou IgM. Doença de Chagas. Enfermidade de Chagas-Mazza. Fisiologia: Taxonomia: Reino Protista, Sub-reino Protozoa, Filo Sarcomastigophora, Subfilo Mastigophora, Classe Zoomastigophorea, Ordem Kinoplastida, Família Trypanosomatidae, Gênero Trypanosoma, Subgênero Schizotrypanum, Espécie cruzi. Seção Stercoraria. A tripanossomose é uma zoonose causada por um protozoário flagelado transmitido por insetos reduviídeos hemípteros hematófagos da família Triatomatidae, Triatoma infestans e Rhodnius prolixus, chamados no Brasil de bicho-barbeiro, bicho-de-frade, bicho-de-parede, bicudo, cascudo, chupança, chupão, chupa-pinto, fincão, furão, gaudério, percevejão, percevejo-do-sertão, percevejo-gaudério, procotó, rondão, vunvum. A transmissão também pode ocorrer por transfusão sangüínea ou por via placentária (congênita). Material Biológico: Soro. 15 a 45 mg/dl Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Lipemia e hemólise. Coleta em tubo de vidro. Método: Colorimétrico. Interpretação: AUMENTO: gravidez, contraceptivos orais, tumores, inflamações agudas e crônicas (artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, necrose tubular, infarto do miocárdio, hepatites, D. de Hodgkin. DIMINUIÇÃO: D. de Wilson, S. nefrótica, gastroenteropatias, S. de perdas protéicas. Ver Índice de cobre livre (ICL) na página "Cobre". Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Coleta: 1,0 ml de soro. Armazenamento: Congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Pesquisa de Trypanosoma cruzi. Xenodiagnóstico de Brumpt (apenas disponível nas faculdades de medicina de zonas endêmicas). Valor Normal: IMUNOFLUORESCÊNCIA (IFI) HEMAGLUTINAÇÃO (HAI) Títulos até 1/16 (1:24) Títulos de 1/32 (1:25) ou maiores Ausência de anticorpos antitripanossoma ou Não reagente Não Reagente Reagente 33 Atenção: na HAI pode haver reação cruzada com Leishmaniose visceral e tegumentar. Títulos iguais a 1/32 precisam ser confirmados com outros métodos! Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Benzonidazol (Rochagan). Método: Imunofluorescência indireta, hemaglutinação indireta ou ELISA. Sensibilidade ~ 95,0 % = ~ 5,0 % de falso-negativos Especificidade ~ 99,8 % = ~ 0,2 % de falso-positivos Interpretação: Diagnóstico de infestação por Trypanosoma cruzi ou Doença de Chagas. CHUMBO Pb CBHPM 4.03.13.10-7 AMB 28.15.012-0 Sinonímia: Pb. PbS. Plumbu. Plumbemia. Saturnismo. Chumbo inorgânico. Chumbo-tetraetila. Litargírio. Carbonato básico de Pb (Pigmento branco, Branco Cremnitz). Acetato de Pb. Fisiologia: 82 601 K 2.013 K 11,350 g/cm3 Pb 14 Imunofluorescência: Chagas (+) 100X Anticorpos anti Trypanosoma cruzi, agente etiológico da tripanossomíase americana (enfermidade de Chagas-Mazza). O substrato antigênico utilizado é uma suspensão de Trypanosoma cruzi. Se observa fluorescência em toda a membrana do parasito de forma intensa e contínua. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Tr ypanosomiasisAmerican_il.htm http://www.cdfound.to.it/HTML/trip1.htm 207,19 1,8 10 2 [Xe]4f 5d 6s 6p2 Chumbo Metal alcalino-terroso. No sistema circulatório, o chumbo está, em sua maior parte, ligado aos eritrócitos, sendo por isso, o sangue total, o melhor indicador dessa intoxicação. O Chumbo, além da manipulação na própria indústria de sua refinação, laminação e fundição, é utilizado na metalurgia de bronze, na indústria cerâmica, de baterias e acumuladores, em tintas, esmaltes, vernizes, tinturas para cabelo, na indústria de pigmentos e secantes, vulcanização da borracha, indústria gráfica, olarias, como componente da gasolina (alcoílas), chumbo tetra-etila e chumbo tetra-metila, na indústria petrolífera, fabricação de fósforos, vidro, munição, fotocopiadoras, pérolas artificiais, latas de conservas alimentares soldadas a chumbo, encanamentos de água em chumbo. Policiais, militares e guardas que praticam tiro ao alvo em ambiente fechado podem intoxicar-se. Material Biológico: Urina ou sangue total heparinizado ou cabelo. Coleta: Chumbo inorgânico: SANGUE: 2,0 ml de sangue total heparinizado de qualquer dia ou hora, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. O sangue deve ser coletado em tubo de polietileno. Recomenda-se iniciar a monitoração após 1 mês de exposição. URINA: alíquota de 20 ml de urina de qualquer dia ou hora, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. Recomenda-se iniciar a monitoração após 1 mês de exposição. Coletar a urina em frasco de polietileno isento de contaminação. Acidificar para pH=2 com HNO3 6 N. CABELO: 1 g de cabelo de crescimento recente (1 cm a partir da raiz que é representativo dos últimos 30 dias). Chumbo-tetraetila: Amostra única: coletar em fim de jornada de trabalho. Duas amostras: coletar no início e no fim da mesma jornada de trabalho para fazer estudo comparativo. Recomenda-se evitar a primeira jornada de trabalho da semana. estar associado a um efeito ou a uma disfunção do sistema biológico avaliado. (NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94). Chumbo-tetraetila: Este indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do Limite de Tolerância,mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico. (NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94). § Índice Biológico Máximo Permitido Exames Afins: Chumbo (sangue e urina), Ácido δ-amino levulínico na urina, Ácido δ-amino levulínico deidratase, Zn-protoporfirina. Glicosúria. Aminoacidúria. ISS. Valor Normal: Pacientes não-expostos: Sangue Até 15 anos 16 e mais anos Urina Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e08200.html http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta belaperiodica1.htm http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br até 10 µg/dl até 20 µg/dl até até até até 5,60 µg/l 4,48 µg/24 horas 6,9 µg/g Creatinina 10,0 µg/g Creatinina Expostos: Sangue IBMP § Urina IBMP § até até até até 40 µg/dl 60 µg/dl 50 µg/g Creatinina 100 µg/g Creatinina * Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/dl por 0,0483 Interferentes: Existem interferências químicas e físicas, de absorção (background), de incandescência e fluxo de gás e alterações devidas ao uso de matriz modificadora das temperaturas de atomização. Método: Absorção atômica (forno de grafite). Interpretação: Chumbo inorgânico: Além de mostrar uma exposição excessiva, este Indicador Biológico tem também significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença, 35 CICLOSPORINA CICLOSPORINA A CBHPM 4.03.01.48-6 AMB 28.01.166-0 Sinonímia: Ciclosporina A. CsA. Nomes comerciais: Ciclosporina, Sandimmun, Sandimmun neoral. Fisiologia: A ciclosporina é um peptídeo cíclico composto por 11 aminoácidos, produzido pelo fungo Tolypocladium inflatum. É utilizado como medicamento imunomodulador principalmente nos protocolos de transplantes de rim, fígado, coração, pulmão e medula óssea a fim de melhorar a sobrevida do enxerto prevenindo a sua rejeição. A sua ação se faz inibindo a proliferação dos linfócitos T. A CsA é metabolizada principalmente no fígado e uma pequena parte é eliminada pela urina. Os seus metabólitos conhecidos são cerca de 30. Meia-vida (t½) biológica: 17 a 40 horas dependendo da patologia subjacente. O pico de concentração plasmática ocorre entre 1 a 6 horas após a administração. A CsA apresenta estreita faixa terapêutica e séria hepato e nefrotoxicidade devendo por isso ser monitorizada nos pacientes transplantados. Obs.: o uso prolongado de Ciclosporina A pode causar hipertrofia gengival. Material Biológico: Sangue total com EDTA ou heparina. O citrato não é recomendado. Coleta: Volume mínimo de 3,0 ml de sangue total com EDTA ou heparina. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC para até uma semana. Para conservação por períodos de até 6 meses, congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Valor Normal: RIM. Nível terapêutico Nível de manutenção CORAÇÃO. Nível terapêutico Nível de manutenção FÍGADO. Nível terapêutico Nível de manutenção 160 a 200 ng/ml 75 a 150 ng/ml 250 a 325 ng/ml 90 a 160 ng/ml 250 a 300 ng/ml 150 a 238 ng/ml A dosagem normal da ciclosporina, conforme a dose e horário de administração, se comporta no sangue seguindo uma curva sinusoidal com inflexões inferiores (vales) de 100 a 250 ng/ml e inflexões superiores (picos) de 1.500 a 1.700 ng/ml Preparo do Paciente: A partir de 8 anos: jejum de 6 a 8 horas. Crianças de 2 a 7 anos: Jejum de 4 ou mais horas. Lactentes: coletar imediatamente antes da próxima mamada. Coletar o sangue 12 horas após a última dose do medicamento. Método: Imunoensaio de Fluorescência Polarizada – FPIA – TDX Interpretação: Exame útil no acompanhamento de pacientes transplantados em tratamento com Ciclosporina A. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.unitau.br/prppg/publica/biocienc/downlo ads/crescimento-N1-2003.pdf CISTATINA C CYS C Sinonímia: Cys C. Cystatin C. Fisiologia: A cistatina C é uma proteína não glicosilada de baixo peso molecular (13,3 kDa), constituída de 120 aminoácidos, produzida por todas as células nucleadas, pertencente à família das cisteinoproteases, enzimas proteolíticas envolvidas em uma série de processos patológicos, tais como os estados de inflamação, doenças neurológicas, invasão tumoral e formação de metástases. As proteases são cruciais para o bom funcionamento do metabolismo celular, para a degradação do colágeno, e a clivagem de proteínas precursoras. É produzida por lisossomos das células nucleadas do organismo, e está presente em diversos fluidos biológicos (soro, líquido seminal, líquido cefalorraquidiano). A cistatina C é livremente filtrada pelos glomérulos renais devido ao seu baixo peso molecular, sendo a seguir quase que totalmente reabsorvida e metabolizada nos túbulos proximais. Ela não sofre interferência de outras proteínas de baixo peso molecular, tais como a RBP (proteína ligada ao retinol), e a ß-2 microglobulina, que também são utilizadas para a avaliação da capacidade de filtração glomerular em vigência de processos de desnutrição grave, inflamatórios e infecciosos. A quantidade de cistatina C produzida pelo organismo é constante, estando a concentração periférica na dependência exclusiva do ritmo de filtração glomerular. Por isso a cistatina C foi recentemente proposta como um marcador endógeno de função renal muito mais sensível que a creatinina, permitindo que se observe alterações da filtração glomerular de maneira mais precoce que o “clearance” de creatinina. Valor Normal: Pré-maturos RN até 2 dias 3 dias a 4 meses 5 a 11 meses 12 meses 2 a 19 anos 20 a 59 anos ♂ 20 a 59 anos ♀ 60 anos em diante 0,64 1,17 0,93 0,82 0,70 0,66 0,64 0,56 0,73 a a a a a a a a a 2,30 3,06 2,22 1,80 1,38 0,84 0,84 0,74 0,93 mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Este exame não sofre interferência da bilirrubina encontrada em soros de pacientes muito ictéricos, no entanto, a cistatina C pode sofrer alterações em vigência de lipemia e hemólise intensas. A literatura aponta que apenas a metil prednisolona aumenta os níveis de cistatina C, enquanto que a ciclosporina causa sua diminuição. Método: Imunonefelometria e imunoturbidimetria. Interpretação: Trata-se de um excelente teste de triagem e acompanhamento de pacientes com prejuízo da função renal, uma vez que a cistatina C se encontra diminuída tanto nas glomerulopatias, quanto nas tubulopatias. É particularmente útil para a detecção de nefropatia inicial em diabéticos. Elevações da cistatina C, sem correlação com alteração da taxa de filtracão glomerular, foram descritas em pacientes com mieloma múltiplo, tumores malignos, cirrose hepática, DD. autoimunes e em alguns hipertensos e diabéticos com proteinúria. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Material Biológico: Soro ou plasma. Coleta: Volume mínimo de 1,0 ml de soro ou plasma com EDTA ou heparina. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC para até uma semana. Para conservação por períodos de até 6 meses, congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. 37 Armazenamento: Congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. CISTICERCOSE WEINBERG CBHPM 4.03.06.65-8 AMB 28.06.163.2/92 AMB 28.09.018-7 Sinonímia: Reação de Weinberg (reação de fixação de complemento em desuso). Taenia solium. Taenia cucurbitana (ant). "Pork tapeworm". Fisiologia: Taenia solium (patogênico) Sinônimo: solitária, cisticercose. Taxonomia: Filo Platyhelminthes, Classe Cestoidea, Subclasse Cestoda, Ordem Cyclophyllidea, Família Taeniidae, Gênero Taenia, Espécie solium. O ser humano é o hospedeiro exclusivo do verme adulto, Taenia solium, mantendo o ciclo do parasita pela eliminação de seus proglotes grávidos nas fezes, que contaminando o ambiente, podem ser ingeridos por suínos. Uma vez no intestino do suíno, se dá a ruptura da casca quitinosa calcárea do ovo, o embrião é liberado e atravessa a mucosa intestinal por meio de seus acúleos para depois alcançar tecidos e órgãos do porco desenvolvendo a sua forma larvária, Cysticercus cellulosae, nome dado ao cisticerco quando se apresenta na forma cística, vesícula contendo escólex em seu interior. Quando se apresenta na forma racemosa, em cachos com numerosas vesículas sem o escólex, chama-se Cysticercus racemosus. Fechando o ciclo, o ser humano após ingerir a carne suína infectada com cisticercos viáveis, desenvolve no intestino, o verme adulto a partir da sua fixação à parede intestinal pelas suas ventosas e acúleos. Acidentalmente, pode ocorrer a cisticercose no ser humano, decorrente do vetor ânus→mão→boca ou ânus→mão→mão do outro→boca. Foi relatada a possibilidade de cisticercose em conseqüência a refluxo duodeno-gástrico de proglotes maduros. Água e alimentos contaminados, assim como insetos vetores também são importantes fatores de veiculação dos ovos da tênia. Uma vez ingeridos, os ovos cumprem o ciclo do porco no próprio homem, com fixação dos cisticercos (Cysticercus cellulosae e/ou Cysticercus racemosus) nos músculos, no sistema nervoso central e com certa freqüência, na retina. Material Biológico: Soro ou liquor. Coleta: 1,0 ml de soro ou liquor. Exames Afins: Parasitológico de Fezes. Liquor (análise). Valor Normal: IgG e IgM Negativo ou Não reagente Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Enzimaimunoensaio. Interpretação: Diagnóstico de cisticercose humana. Alguns antígenos parasitários podem levar a um resultado falso-positivo. Por isso, analisar o resultado obtido em relação ao quadro clínico do paciente. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/C ysticercosis_il.htm Valor Normal: CISTINA CIS CBHPM 4.03.11.24-4 CBHPM 4.03.11.06-6 AMB 28.01.039-6 AMB 28.13.013-8 Sinonímia: Cistinúria. Cis. L-cistina. Dicisteína. Ácido ß-dissulfo di-[α-aminopropiônico]. Ácido alfa-amino gama-tiopropiônico. Cistina vem do grego, kystis = bexiga. Fisiologia: Cistina: Fórmula molecular = C6H12N2O4S2 Massa molecular = 240,3 g/mol Obs.: não confundir com Cisteína. (CisSH) A cistina é formada por duas cisteínas ligadas por S-S. [(Cisteína x 2) - 2 H] = Cistina [(121,16 x 2)-2 x 1,008] = 240,3 O NH2H H NH2 O SS HO H H H H OH Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ 1,25 a 12,50 mg/dl 20,0 a 100,0 mg/24 h 4,88 a 154,32 mg/g Creatinina 7,14 a 223,21 mg/g Creatinina * Para obter valores em mg/l, multiplicar os mg/dl por 10 ** Para obter valores em µmol/l, multiplicar os mg/dl por 41,6146 Método: Cromatografia de camada delgada. Interpretação: Exame utilizado na propedêutica da litíase urinária. Em altas concentrações, a cistina é insolúvel na urina, levando à formação de cálculos de repetição. AUMENTO: cistinose, S. de Lignac-Fanconi. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.geocities.com/bioquimicaplicada/aa4.htm CISTINA Cisteína: Ácido α-amino ß-tiolpropiônico. Ácido α-aminotiopropiônico. Fórmula molecular = C3H7NO2S Massa molecular = 121,16 g/mol). H NH2 O HS H H OH CISTEÍNA Material Biológico: Urina de 24 horas. Coleta: Coletar todo o volume de 24 horas. Aliquotar 25 ml e informar o volume total. Armazenamento: Urina coletada em frasco contendo 2 ml de HCl 50 % por litro de urina. Refrigerar durante o período de coleta. Exames Afins: Calciúria, Perfil metabólico para nefrolitíase, Uricosúria. 39 CITOGRAMA NASAL MUCO NASAL – EOSINÓFILOS E MASTÓCITOS CBHPM 4.03.12.05-4 AMB 28.14.001-0 Sinonímia: Pesquisa de eosinófilos e mastócitos em muco nasal. Material Biológico: Esfregaços de mucosa nasal. Coleta: O material deve ser coletado da mucosa do septo nasal ou do corneto médio na altura do osso nasal. Armazenamento: Enviar as lâminas com o material fixado. Exames Afins: Imunoglobulina IgE. Alérgenos. Preparo do Paciente: Não utilizar medicação tópica 24 horas antes da coleta do material. Método: Coloração pelo Leishman ou pelo Wright-Giemsa. Interpretação: Na obstrução nasal crônica de qualquer etiologia o número de células caliciformes é superior a 20 %. Na rinite atrófica o número de células caliciformes diminui e ocorre metaplasia do epitélio com aparecimento de células epiteliais planas. Na asma e na rinite alérgica ocorre aumento de eosinófilos e/ou mastócitos. Nos processos bacterianos e virais ocorrem neutrófilos em grande quantidade. Graduação semiquantitativa da citologia nasal: Média de células por 10 campos de 1.000 aumentos Eosinófilos e neutrófilos 0 0,1 a 1,0 1,1 a 5,0 5,1 a 15,0 15,1 a 20,0 > 20,0 Basófilos 0 0,1 a 0,3 0,4 a 1,0 1,1 a 3,0 3,1 a 6,0 > 6,0 Graduação 0+ ½+ 1+ 2+ 3+ 4+ 0+ ½+ 1+ 2+ 3+ 4+ Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://allergy.edoc.com/1998_archives/pdf/feb_98/16 5.pdf CITOLOGIA DE FLUIDOS CITOLOGIA DE SECREÇÕES ONCOCITOLOGIA DE FLUIDOS ONCOCITOLOGIA DE SECREÇÕES CBHPM 4.06.01.12-9 AMB 21.01.004-8 CBHPM 4.06.01.12-9 AMB 21.01.004-8 Sinonímia: Citologia oncológica. Pesquisa de células neoplásicas. Oncocitologia de fluidos. Sinonímia: Citologia oncológica. Citologia. Pesquisa de células neoplásicas. Oncocitologia de secreções. Material Biológico: Urina, punção de cistos, líquidos e efusões em geral. Material Biológico: Secreção de qualquer órgão (mamas, pênis, olhos, escarro etc.). Coleta: Punção aspirativa por agulha fina (PAAF), broncoscopia. Preparo do Paciente: a) Material líquido em PEQUENA quantidade: preparar esfregaços finos. b) Material líquido em MAIOR quantidade: centrifugar, decantar o sobrenadante e preparar esfregaços finos com o sedimento. Utilizar fixador carbowax imediatamente após a preparação das lâminas. Interferentes: Demora no preparo dos esfregaços. Temperatura inadequada até a realização dos esfregaços (manter o material em geladeira, sem congelar). Coleta: Depositar na lâmina, camada fina da secreção obtida. Armazenamento: Fixar a lâmina logo após a coleta. Método: Pesquisa de células neoplásicas ou pré-neoplásicas malignas. Interpretação: Laudo descritivo. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Método: Avaliação direta ao microscópio após coloração pelo método de Papanicolaou. Interpretação: Laudo descritivo. Pode ser positivo, negativo ou suspeito para células malignas. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] 41 CITOLOGIA DE TZANCK DONOVANOSE CBHPM 4.06.01.12-9 CBHPM 4.03.10.09-4 AMB 21.01.004-8 Sinonímia: Tzank. Pesquisa de células de Tzank. Teste de Tzank. Citológico de Tzank. Pesquisa de células acantolíticas. Inclusões citoplasmáticas de Donovan. Corpúsculos de Donovan. Corpúsculos de Leishman-Donovan. Klebsiella granulomatis. Calymmatobacterium granulomatis (ant). Donovania granulomatis (ant). Encapsulatus inguinalis (ant). Donovanose. Granuloma inguinal. Granuloma venéreo ulceroso tropical. Charles Donovan: cirurgião inglês, 1863-1951. Taxonomia: Ordem Enterobacteriales, Família Enterobacteriaceae, Gênero Klebsiella, Espécie granulomatis. Material Biológico: Raspado de lesão. Biópsia de borda de lesão. Coleta: Deve-se escolher vesículas intactas ou lesões frescas e limpas, não contendo pus. O esfregaço deve ser feito com material da base da lesão (vesícula ou úlcera) obtido com um "swab" estéril e "desenrolado" sobre uma lâmina limpa para não destruir a estrutura celular. Armazenamento: Deixar secar ao ar e depois fixar com metanol durante 15 segundos. Valor Normal: Presença ou ausência de células gigantes com inclusões virais, acantolíticas ou com corpúsculos de Donovan. Preparo do Paciente: Não usar pomadas tópicas durante ao menos 24 horas antes do procedimento de coleta. Método: Coloração de May-Grünwald-Giemsa. Interpretação: Quando células gigantes com inclusões virais, acantolíticas ou com corpúsculos de Donovan são vistas, o diagnóstico provável é de granuloma inguinal (Donovanose). Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm CITOLOGIA HORMONAL CBHPM 4.06.01.16-1 CBHPM 4.06.01.14-5 AMB 21.01.006-4 AMB 21.01.014-5 Sinonímia: CHS. Citologia hormonal seriada. Colpocitologia hormonal seriada. CHI. Citologia hormonal isolada. Colpocitologia hormonal isolada. Fisiologia: Os sintomas genitais decorrentes do hipoestrogenismo incluem prurido vulvar, vagina seca e dispareunia e os urinários vão desde disúria e polaciúria até infecção e incontinência. Os efeitos do hipoestrogenismo no trato urinário encontram justificativa na embriogênese, pois tanto a vagina como a uretra distal têm origem embriológica comum, a partir do seio urogenital. Por isso, ambas respondem à ação dos esteróides sexuais devido à presença de receptores hormonais. Assim, sendo as mucosas vaginal e uretral sensíveis aos esteróides ovarianos, as células delas esfoliadas traduzem o efeito desses hormônios, permitindo, por meio de sua análise, saber o estado funcional do ovário. No climatério, observam–se esfregaços vaginais hipotróficos ou até acentuadamente atróficos. O esfregaço atrófico se caracteriza pela ausência de células superficiais eosinófilas e por porcentagem variável de células profundas. O grau de atrofia é tanto maior quanto maior a quantidade de células profundas encontradas no esfregaço. Este exame fornece um acesso indireto à função ovariana, desde a infância até a pós-menopausa. Pode ser utilizado, também, na detecção do período ovulatório durante tratamento de esterilidade, na monitoração de terapias hormonais e nas disfunções ovarianas, além de sua aplicabilidade na obstetrícia, na detecção da proximidade da data provável do parto, na avaliação da função placentária e na pesquisa de escamas fetais (ruptura precoce ou não da bolsa amniótica). ÍNDICES Há vários índices para classificar as influências hormonais no epitélio vaginal e urinário. Os mais utilizados são o Índice de maturação celular ou de Frost, o Índice de cariopicnose e o Índice de eosinofilia. O Índice de Frost (Índice de Maturação) parece ser o mais informativo de todos e consiste na determinação de células profundas (parabasais), intermediárias e superficiais (P/I/S), expressas em percentagem. Exemplo: um resultado apresentado como IM = 80/20/0 significa: 80 % de células profundas (parabasais), 20 % de células intermediárias e 0 % de células superficiais. O Índice de Meisels (Valor de Maturação) é calculado a partir do Índice de maturação celular, e corresponde ao somatório da percentagem das células profundas multiplicadas por zero, da percentagem de células intermediárias multiplicadas por 0,5 e da percentagem de células superficiais multiplicadas por 1,0 , portanto, VM = {[0 × (% P )] + [0,5 × (% I )] + [1 × (% S )]} onde: VM %P %I %S = = = = Valor de Maturação em % Percentagem de células Profundas Percentagem de células Intermediárias Percentagem de células Superficiais sendo que: P + I + S = 100 O VM (Valor de Maturação) é mais utilizado para a comunicação entre citologistas e em trabalhos científicos, porém, não é muito indicado para dar laudos citológicos destinados ao clínico. Exemplo: no caso do exemplo anterior onde IM = 80/20/0 temos: VM = {[0(80)] + [0,5(20)] + [1(0)]} = VM = 0 + 10 + 0 = 10 VM = 10 % Material Biológico: Células da parede vaginal lateral, coletadas com espátula de Ayre em esfregada única. Coleta: CHS: realizar 3 ou 4 coletas em intervalos regulares dentro de um mesmo ciclo menstrual (7º, 14º, 21º e 26º dias do ciclo). CHI: realizar a coleta em qualquer dia, informando a DUM (data da última menstruação). Armazenamento: Utilizar fixador carbowax. Exames Afins: Estradiol. Progesterona. Valor Normal: Descritivo. 43 Preparo do Paciente: Três dias antes das coletas do material, evitar relações sexuais. Não usar ducha higiênica, tampões vaginais internos e pomadas ou cremes intravaginais. Interferentes: Processo inflamatório, uso de medicamentos que interferem na ação hormonal (corticóides, tranqüilizantes etc), citólise e neoplasia. Método: Avaliação direta ao microscópio após coloração de Papanicolaou. Interpretação: CITOMEGALOVÍRUS IgG e IgM HHV-5 IgG e IgM (CMV) CBHPM 4.03.06.66-6 CBHPM 4.03.06.67-4 AMB 28.06.207-8/96 AMB 28.06.164-0/92 Sinonímia: CMV. CMV IgG. Anticorpos Anti-citomegalovírus. Citomegalia. Human Herpes Virus 5. HHV-5 IgG. Herpesvírus humano-5. HCMV. CMV. CMV IgM. Herpetoviridae. ICTVdB 00.031.2.01.004 Fisiologia: Taxonomia: Família Herpesviridae, Subfamília PADRÃO PREDOM. P I S Betaherpesvirinae, Gênero Cytomegalovirus, Espécie CELULAR % % % Hipotrófico I>S 0 70 a 100 0 a 30 Human herpes virus 5. (Citomegalovírus). Normotrófico I=S 0 30 a 70 30 a 70 DNAvirus com envelope. PM: ± 145.000 kDa. Hipertrófico I<S 0 0 a 30 70 a 100 Tamanho 180 a 200 nm de diâmetro. Atrófico leve I>P 5 a 30 70 a 95 0 O capsídeo viral, contendo o genoma do DNA, tem Atrófico moderado I≥P 30 a 70 70 a 30 0 Atrófico acentuado I<P 70 a 100 0 a 30 0 forma icosaédrica e é constituído por 162 capsômeros. Envolvendo esse capsídeo estão uma ou mais membranas ovais contendo lípides. Legenda: O CMV é transmitido através de sangue, saliva, P = Células profundas esperma, muco cervical, leite humano e urina. Baixas I = Células intermediárias condições sócio-econômicas aumentam a sua S = Células superficiais incidência. Sem gravidade e sem importância clínica em adultos imunocompetentes, a infecção pelo CMV Curvas cíclicas: se torna importante em pacientes imunodeprimidos e Curva monofásica = ciclo anovulatório ou iatrogenia. para o feto de grávidas não imunes previamente. É a Curva bifásica = ciclo ovulatório. principal causa de infecção congênita afetando de 0,3 Curva trifásica = gestacional a 2 % dos recém-nascidos. Quando a D. de Inclusão Curvas acíclicas Citomegálica ocorre no feto, ele poderá apresentar Pós-menopausa, reposição hormonal e iatrogenia calcificações cerebrais, microcefalia, coriorretinite, Sitiografia: hepatoesplenomegalia e icterícia. E-mail do autor: [email protected] 15 % dos fetos infectados são sintomáticos ao nascer http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/c e 10 % dos não-sintomáticos podem apresentar olpocitologia_hormonal.shtml seqüelas neurológicas como retardamento mental. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi A metade das mães infectadas excretam o CMV pelo d=S0100-72032002000900002 leite. Material Biológico: Soro ou plasma. Coleta: 1,0 ml de soro ou de plasma coletado com citrato, heparina ou EDTA. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 24 horas. Caso contrário, congelar a amostra a -20ºC. Evitar descongelamentos repetidos. Exames Afins: Avidez de IgG anti-CMV. Valor Normal: Acima de 30 UA/ml ELISA - IgG até 0,35 UI/ml Negativo ou Não reagente 0,36 a 0,44 UI/ml acima de 0,44 UI/ml Borderline Positivo ou Reagente Ausência de imunidade ou fase prodrômica da doença (até três semanas após o contágio). Repetir após 1 ou 2 semanas e testar em paralelo com a amostra anterior. Mesma interpretação. Geralmente indica imunidade ou exposição pregressa ao CMV, exceto se o CMV IgM também estiver positivo. Positivo ou Reagente Presença de anticorpos. Infecção aguda contraída menos de 6 meses antes da data do teste, reativação de virose latente ou reinfecção. UA/ml = AU/ml = Unidades Arbitrárias por mililitro Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Hemólise, lipemia, presença de partículas sólidas, contaminação bacteriana. Método: CLIA = Quimioluminescência. ELISA = Enzimaimunosensaio. UI/ml = IU/ml = Unidades Internacionais por mililitro ELISA - IgM: Negativo ou Não reagente Ausência de anticorpos Positivo ou reagente Presença de anticorpos Infecção há mais de 6 meses, fase precoce de infecção aguda ou imunodeficiência. Infecção aguda contraída menos de 6 meses antes da data do teste, reativação de virose latente ou reinfecção. CLIA - IgG até 0,4 UI/ml Negativo ou Não reagente 0,4 a 0,6 UI/ml acima de 0,6 UI/ml Borderline Positivo ou Reagente Ausência de imunidade ou fase prodrômica da doença (até três semanas após o contágio). Repetir após 1 ou 2 semanas e testar em paralelo com a amostra anterior. Mesma interpretação. Geralmente indica imunidade ou exposição pregressa ao CMV, exceto se o CMV IgM também estiver positivo. CLIA- IgM: Até 15 UA/ml Negativo ou Não reagente De 15 a 30 UA/ml Borderline Ausência de anticorpos. Infecção há mais de 6 meses, fase precoce de infecção aguda ou imunodeficiência. Ausência ou presença duvidosa de anticorpos. Retestar após 1 semana. ELISA IgG: Sensibilidade Especificidade IgM: Sensibilidade Especificidade CLIA IgG: Sensibilidade Especificidade IgM: Sensibilidade Especificidade = 99,6 % = 0,4 % de falso-negativos = 99,9 % = 0,1 % de falso-positivos = 99,9 % = 0,1 % de falso-negativos = 99,7 % = 0,3 % de falso-positivos = 99,8 % = 0,2 % de falso-negativos = 99,9 % = 0,1 % de falso-positivos = 98,5 % = 1,5 % de falso-negativos = 97,3 % = 2,7 % de falso-positivos Interpretação: IgG: Diagnóstico de infecção e avaliação imunológica do(a) paciente em relação ao vírus CMV. IgM: Diagnóstico de infecção recente por CMV. As IgM ocasionalmente podem ser detectadas na circulação por anos após a infecção primária. Pode-se estimar se a infecção por CMV ocorreu há menos ou há mais de três meses pela pesquisa de AVIDEZ de IgG anti-CMV. Em recém-nascidos a presença de IgM anti-CMV pode corroborar para o diagnóstico de CMV congênita, assim como títulos de IgG anti-CMV superiores aos da mãe. Entretanto, a ausência de IgM anti-CMV não exclui a hipótese de CMV congênita. A literatura médica demonstra que a presença de anticorpos anti-HCV IgM pode ser resposta imunoheterófila causada por infecção de Toxoplasma gondii, Legionella pneumophila, Chlamydia, vírus da caxumba, Epstein-Barr Virus ou por doenças autoimunes. 45 Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTdb CITRATO ÁCIDO CÍTRICO CBHPM 4.03.11.01-5 AMB 28.13.055-3/99 Sinonímia: Citrato urinário. Ácido cítrico. Citratúria. Fisiologia: Ácido cítrico anidro: Fórmula molecular = C6H8O7 Massa molecular = 192,1222 g/mol O OH O HO O C H2 OH C H2 OH ÁCIDO CÍTRICO Ácido cítrico monoidratado: Fórmula molecular = C6H8O7.H2O Massa molecular = 210,137 g/mol Citrato de sódio diidratado: Fórmula molecular = Na3C6H5O7.2H2O Massa molecular = 294,0981 g/mol O citrato sangüíneo provém da ionização do ácido cítrico, por sua vez proveniente da oxidação energética da glicose no ciclo de Krebs. Ele é muito abundante nos ossos e nas cartilagens; está presente como anticoagulante, em grande quantidade nas bolsas de transfusão sangüínea e nos banhos de hemodiálise. 90 % do citrato circulante é filtrado pelos rins e depois é 70 a 90 % reabsorvido pelos túbulos proximais de modo que apenas 10 a 30 % do citrato acaba sendo eliminado pela urina. Complexando o cálcio urinário, o citrato inibe a formação de cristais de oxalato de cálcio, dos complexos oxalo-fosfatos e de sua agregação. A redução de sua excreção pode provocar a precipitação de cristais de oxalato de cálcio. Tem, portanto, um importante papel na prevenção da litíase urinária. Material Biológico: Urina de 24 horas. Coleta: Alíquota de 20 ml de urina de 24 horas. Informar o volume total ao laboratório. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC durante coleta e transporte. Exames Afins: Calciúria. Oxalúria. Uricosúria. Valor Normal: 3 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina 4 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina 5 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina 6 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina 7 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina 8 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina 9 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina 10 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina 11 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina 12 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina > 12 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 320 a 600 mg/24 h/1,73 m2 78,0 a 925,0 mg/g Creatinina 114,0 a 1.338,0 mg/g Creatinina ♂ ♀ Normal Rhesus 20,0 a 75,0 mg/dl 113 a 211 mg/24 h 172,0 a 2.140,0 mg/g Creatinina 170,0 a 2.496,0 mg/g Creatinina ♂ ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 126 a 236 mg/24 h 157,0 a 1.872,0 mg/g Creatinina 157,0 a 2.582,0 mg/g Creatinina ♂ ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 142 a 261 mg/24 h 142,0 a 1.783,0 mg/g Creatinina 141,0 a 2.582,0 mg/g Creatinina **** Para obter valores em mmol/24 h de Ácido cítrico monoidratado, multiplicar os mg/24 h por 0,004759 ♂ ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 156 a 286 mg/24 h 129,0 a 1.594,0 mg/g Creatinina 131,0 a 2.024,0 mg/g Creatinina Preparo do Paciente: A não ser orientação dietética especial do médicoassistente, consumir a dieta habitual. ♂ ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 170 a 312 mg/24 h 121,0 a 1.440,0 mg/g Creatinina 124,0 a 1.742,0 mg/g Creatinina ♂ ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 184 a 337 mg/24 h 115,0 a 1.362,0 mg/g Creatinina 118,0 a 1.528,0 mg/g Creatinina ♂ ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 198 a 360 mg/24 h 109,0 a 1.270,0 mg/g Creatinina 112,0 a 1.387,0 mg/g Creatinina ♂ ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 210 a 387 mg/24 h 101,0 a 1.208,0 mg/g Creatinina 109,0 a 1.291,0 mg/g Creatinina ♂ ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 223 a 416 mg/24 h 93,0 a 1.102,0 mg/g Creatinina 108,0 a 1.270,0 mg/g Creatinina ♂ ♀ 20,0 a 75,0 mg/dl 252 a 457 mg/24 h 87,0 a 1.012,0 mg/g Creatinina 108,0 a 1.248,0 mg/g Creatinina * Para obter valores em µmol/l de Ácido cítrico anidro, multiplicar os mg/dl por 52,05 ** Para obter valores em µmol/l de Ácido cítrico monoidratado, multiplicar os mg/dl por 47,59 *** Para obter valores em mmol/24 h de Ácido cítrico anidro, multiplicar os mg/24 h por 0,005205 Interferentes: Grande contaminação bacteriana da amostra. Aumento: corticóides, estrógenos, oxalatos, fosfatos, sulfatos, chumbo, terapia com citrato de potássio ou com 100 ml ou mais de suco de limão/dia. Diminuição: acetazolamida, clorotiazida, hidroclorotiazida, progesterona. Método: Cinético enzimático. UV. Transformação de citrato em oxaloacetato sob ação da citratoliase. Kit Roche Cat. Nº 10 139 076 035 Interpretação: Útil na avaliação do paciente com nefrolitíase. Hipocitratúria (citrato < 320 mg/24 h em pacientes acima de 12 anos – ver o limite para cada uma das outras faixas etárias) primária ou secundária é situação predisponente à formação de cálculos urinários. A citratúria é maior no sexo feminino do que no masculino. AUMENTO: alcalose metabólica, hipoparatireoidismo, PTH, hipovitaminose D, HGH, estrógenos. Obs.: um aumento de até 20 % acima dos valores de referência pode ser fortuito e não ter significado clínico. Neste caso recomenda-se repetir o exame em outra ocasião para verificar possíveis flutuações de origem dietética. 47 DIMINUIÇÃO: hiperparatireoidismo, hipervitaminose D, acidose tubular distal, acidose metabólica ou respiratória, insuficiência renal crônica, hipocalemia, hipomagnesemia, andrógenos, progesterona, infecção urinária, acidose láctica pósexercício, dieta rica em sódio, dieta hiperprotéica, má absorção intestinal, diarréias, D. de Wilson, D. de Fabry, D. de Crohn, pancreatite, depleção potássica por diuréticos, laxativos ou S. de Schwartz-Bartter, hipocitratúria idiopática. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://dl.clackamas.cc.or.us/ch106-06/citric.htm CLAMÍDIA CHLAMYDIA CBHPM 4.03.10.07-8 AMB 28.10.013-1 Sinonímia: Clamidioses. Pesquisa de Antígenos de Chlamydia trachomatis. Linfogranuloma venéreo. IV Doença venérea. D. de Nicolas-Durand-Favre. Pênis em saxofone. Grupo psitacose-linfogranuloma-tracoma. Taxonomia: Baseado em dados recentes das seqüências da subunidade 16S do RNA ribossomal, as clamídias são do Reino Prokaryotae, Filo Bacteria (Eubacteria), Classe Chlamydiae, Ordem Chlamydiales, Família Chlamydiaceae, Gênero Chlamydia, Espécies trachomatis e psittaci. A Chlamydophila pneumoniae, antigamente chamada Chlamydia pneumoniae, pertence ao Gênero Chlamydophila, Espécie pneumoniae. As clamídias são eubactérias Gram negativas cocóides de parasitismo intracelular obrigatório que se multiplicam nas células hospedeiras formando inclusões intracelulares. Diferentemente das outras bactérias Gram negativas, elas são desprovidas de peptidoglicano na parede bacteriana e dependem, ao menos em parte, do ATP da célula hospedeira. Essas bactérias se apresentam sob duas formas durante seu ciclo de multiplicação: o corpo elementar (CE), forma extracelular, metabolicamente inerte, representando a forma infecciosa que se diferencia, após penetração na célula eucariota, em corpo reticulado (CR), forma metabolicamente ativa e nãoinfecciosa. Os corpos reticulados se multiplicam num vacúolo fagossomal visível à microscopia de fluorescência pela técnica da IFI. A maturação dos corpos reticulados termina pela liberação de corpos elementares por lise celular ou por exocitose, dentro de 36 horas no caso da C. psittaci e em até 72 horas no caso da C. trachomatis ou da Chlamydophila pneumoniae. Material Biológico: "Swab" de raspado uretral, cérvico-vaginal, conjuntival, sedimento urinário e de nasofaringe. Coleta: Coletar no Laboratório. Exames Afins: Bacterioscopia, Cultura de secreção uretral, Sorologia para clamídia. Intradermorreação de Frei. Pesquisa de corpos de von Prowacek-Halberstädter. Valor Normal: Negativo. Método: Enzimaimunoensaio. Chlamydiazyme - Abbott. Sensibilidade = 86,8 a 97,9 % conforme o material. Especificidade = 96,4 a 99,2 % conforme o material. Interpretação: Útil no diagnóstico das infecções por clamídias. Linfogranuloma venéreo. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm CLAMÍDIA IgA QUALITATIVO IgA ANTI CHLAMYDIA AMB 28.10.014-0 Sinonímia: Clamidioses. Chlamydia psittaci. Ornitose. Psitacose (pneumonia, encefalite). Chlamydia trachomatis. Tracoma. Linfogranuloma. Chlamydophila pneumoniae. Infecções respiratórias altas e baixas. Aterosclerose. Cepa TWAR = TW de Taiwan (TW-183) e AR de Acute Respiratory (AR-39). Taxonomia: Baseado em dados recentes das seqüências da subunidade 16S do RNA ribossomal, as clamídias são do Reino Prokaryotae, Filo Bacteria (Eubacteria), Classe Chlamydiae, Ordem Chlamydiales, Família Chlamydiaceae, Gênero Chlamydia, Espécies trachomatis e psittaci. A Chlamydophila pneumoniae, antigamente chamada Chlamydia pneumoniae, pertence ao Gênero Chlamydophila, Espécie pneumoniae. Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro. Armazenamento: Congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Isolamento de clamídia em secreções. IgG antiChlamydia. IgM anti-Chlamydia. Valor Normal: Negativo ou Não reagente Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: IFI. Interpretação: Diagnóstico de afecção aguda ou recente DE MUCOSAS por Chlamydia ou Chalamydophila, podendo ser devido a uma das espécies: trachomatis, psitacci ou pneumoniae. 49 Observação: IgA anti-Chlamydia trachomatis: sua associação estatística com a doença ativa é descrita na literatura. Em adultos é mais freqüentemente encontrada que a IgM na fase aguda. Em quadro de infecção urogenital por Chlamydia trachomatis, IgA anti-clamídia apresenta sensibilidade de 63 %. CLAMÍDIA IgG e IgM QUALITATIVO Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi d=S0102-35862000000500011 http://www.fmrp.usp.br/revista/1998/vol31n2/pneum onias_adultos_adquirida_%20comunidade_e_no_hos pital.pdf Sinonímia: Clamidioses. Chlamydia psittaci. Ornitose. Psitacose (pneumonia, encefalite). Chlamydia trachomatis. Tracoma. Linfogranuloma. Chlamydophila pneumoniae. Infecções respiratórias altas e baixas. Aterosclerose. IgG e IgM ANTI CHLAMYDIA CBHPM 4.03.06.63-1 CBHPM 4.03.06.64-0 AMB 28.10.014-0 Taxonomia: Baseado em dados recentes das seqüências da subunidade 16S do RNA ribossomal, as clamídias são do Reino Prokaryotae, Filo Bacteria (Eubacteria), Classe Chlamydiae, Ordem Chlamydiales, Família Chlamydiaceae, Gênero Chlamydia, Espécies trachomatis e psittaci. A Chlamydophila pneumoniae, antigamente chamada Chlamydia pneumoniae, pertence ao Gênero Chlamydophila, Espécie pneumoniae. Material Biológico: Soro. Coleta: Volume mínimo de 1,0 ml Armazenamento: Congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Isolamento de clamídia em secreções. IgM anti-Chlamydia. IgA anti-Chlamydia. Valor Normal: IgG: Negativo ou Não reagente IgM: Negativo ou Não reagente Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: IFI ou ELISA. Interpretação: IgG: Diagnóstico de infecção atual ou pregressa causada por Chlamydia ou Chlamydophila, podendo ser devido a uma das espécies: trachomatis, psitacci ou pneumoniae. Para diagnóstico de infecção atual é preciso titular a amostra atual emparelhada com nova amostra coletada 14 dias depois. O aumento de 2 ou mais títulos na 2ª amostra é positivo para doença aguda ou atual. Observação: A IgG anti-Chlamydia trachomatis está presente em 100 % das crianças com pneumonia e conjuntivite de inclusão, podendo significar, entretanto, transmissão materna passiva de IgG. A prevalência de IgG anticlamídia é alta em mulheres, mesmo naquelas sem infecção aguda, o que diminui sua importância diagnóstica. IgM: Diagnóstico de infecção aguda ou recente por Chlamydia ou Chlamydophila, podendo ser devido a uma das espécies: trachomatis, psitacci ou pneumoniae. Observação: IgM anti-Chlamydia trachomatis não é um marcador fidedigno de infecção aguda, pois os pacientes geralmente já tiveram infecções passadas por outras espécies de clamídias. É útil no diagnóstico de pneumonia por Chlamydia trachomatis em neonatos, onde está presente em quase 100 % dos casos. Mulheres com infecções genitais altas (endometrite, salpingite) tendem a títulos mais elevados de anticorpos. Em quadros de infecções genitais por Chlamydia trachomatis, a IgM apresenta sensibilidade de apenas 19 %. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CLOBAZAM FRISIUM CBHPM 4.03.01.74-5 AMB 28.01.166-0 Sinonímia: Clobazan. Nomes comerciais: Frisium, Urbanil . Fisiologia: 7-cloro-1-metil-5-fenil-1H-1,5-benzodiazepina-2,4[3H,5H]-2-ona Fórmula molecular = C16H13ClN2O2 Massa molecular = 300,745 g/mol Ansiolítico. Meia-vida (t½) biológica = 11 a 31 horas. Metabólito ativo: norclobazam Meia-vida (t½) biológica = 36 a 46 horas. CH3 N Cl O N O CLOBAZAM Material Biológico: Soro ou plasma heparinizado. Coleta: 2,0 ml de soro ou plasma coletado 1 hora antes da próxima tomada de medicação. Valor Normal: 200 a 1.200 ng/ml * Para obter valores em nmol/l, multiplicar os ng/ml por 3,3251 Preparo do Paciente: QUESTIONÁRIO PARA O PACIENTE: 1) Nome do paciente 2) Idade, sexo, altura e peso corporal 3) Medicação usada (nome comercial) 4) Concentração usada 5) Quando iniciou o tratamento 6) Horário em que tomou a última dose 7) Horário da coleta 51 Método: HPLC. CLONAZEPAM Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CBHPM 4.03.01.74-5 RIVOTRIL AMB 28.01.166-0 Sinonímia: Clonazepan. Nome comercial: Rivotril, Clonopin. Fisiologia: 5-(o-clorofenil)-1,3-diidro-7-nitro-2H-1,4benzodiazepina-2-ona. Fórmula molecular = C15H10ClN3O3 Massa molecular = 315,716 g/mol Anticonvulsivante. Meia-vida (t½) biológica: 19 a 40 horas. Material Biológico: Soro ou plasma. Coleta: 2,0 ml de soro ou plasma. A coleta é feita pela manhã ou em outro horário, logo antes da ingestão do medicamento, não havendo necessidade de jejum. Esta amostra representa o ponto mínimo da concentração diária no soro do paciente. Valor Normal: Nível terapêutico Nível “borderline” Nível tóxico 15,0 a 60,0 ng/ml 60,1 a 80,0 ng/ml superior a 80,0 ng/ml * Para obter valores em nmol/l, multiplicar os ng/ml por 3,1674 Preparo do Paciente: QUESTIONÁRIO PARA O PACIENTE: 1) Nome do paciente 2) Idade, sexo, altura e peso corporal 3) Medicação usada (nome comercial) 4) Concentração usada 5) Quando iniciou o tratamento 6) Horário em que tomou a última dose 7) Horário da coleta Método: HPLC. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CLORO ** Para obter valores em mg/dl de Cl, multiplicar os mmol/l por 3,5453 Cl CBHPM 4.03.01.55-9 AMB 28.01.046-9 Sinonímia: Cl. Cloretos. Cloremia. Clorúria. Cloro sérico. Cloro plasmático. Cloro globular. Cloro em sangue total. Fisiologia: *** Para obter valores em mg/dl de NaCl, multiplicar os mmol/l por 5,8443 Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Eletrodo seletivo automatizado. 17 35,4527 3,0 172 K 239 K 2,030 g/cm3 Cl 2 Halógeno. Não-metal. Material Biológico: Soro, sangue total ou urina de 24 horas. Coleta: Soro : volume mínimo 0,5 ml Sangue total: 1,0 ml Urina: coletar toda a urina de 24 horas e enviar uma alíquota de 20 ml ao laboratório informando o volume total. Armazenamento: Soro : congelar a amostra a -20ºC Sangue total : refrigerar entre +2 a +8ºC Urina : refrigerar a amostra durante a coleta entre +2 a +8ºC Exames Afins: Ionograma, Sódio, Potássio. Valor Normal: 100,0 a 106,0 mmol/l 77,0 a 86,0 mmol/l 24,5 a 74,4 mmol/l 68,8 a 110 a 26,9 a 39,3 a C lg = Cls × [Clp × (1 − 0,01 × Htc )] 0,01 × Htc 5 [Ne]3s 3p Cloro Soro ou plasma Sangue total Glóbulos Urina Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ O Cloro dos glóbulos (cloro globular) pode ser calculado aplicando-se a fórmula: 312,5 mmol/l 250 mmol/24 h 385,8 mmol/g Creatinina 558,0 mmol/g Creatinina onde: Clg Cls Clp Htc = = = = Cloro globular em mmol/l Cloro no sangue total em mmol/l Cloro no soro ou plasma em mmol/l Hematócrito em % Interpretação: AUMENTO: Acidose metabólica hiperclorêmica, alcalose respiratória, nefrose, pielonefrite, D. do rim policístico, uropatia obstrutiva, acidose tubular renal, desidratação, hipertensão arterial, diabetes insipidus, terapia com soro fisiológico EV, eclampsia, hiperparatireoidismo primário, S. de Lightwood. DIMINUIÇÃO: Alcalose metabólica, acidose respiratória crônica, acidose diabética, estados febris, insuficiência cardíaca congestiva, S. do hormônio antidiurético inapropriado, terapia EV com soluções hipotônicas, depleção de sal, sudorese intensa, distúrbios gastrintestinais com vômitos e diarréia, queimaduras, insuficiência renal, pancreatite aguda, D. de Addison. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e01700.html http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta belaperiodica1.htm http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br * mmol/l = mEq/l 53 CLOSTRIDIUM BOTULINUM BOTULISMO ~CBHPM 4.03.06.68-2 Sinonímia: Clostridium botulinum tipo B. Botulismo. Toxina botulínica. Bacillus botulinus (ant). Bacilo de Van Ermengen. D. de Kerner. Botulus, em latim, significa lingüiça ou salsicha. Fisiologia: Taxonomia: Reino Prokaryotae, Filo Bacteria (Eubacteria), Firmicutes, Classe Clostridia, Ordem Clostridiales, Família Clostridiaceae, Gênero Clostridium, Espécie botulinum. 7 sorotipos de A a G dos quais os principais são A, B e E. Bacilo Gram Positivo. Apresenta esporos ovalados, geralmente em posição terminal ou subterminal. Tem ligeiro movimento por causa de 4 a 8 flagelos peritríquios. Estritamente anaeróbio. Produz uma exotoxina composta por duas subunidades, a fração alfa, neurotóxica, e a fração beta que é um fator hemoaglutinante. Age diretamente na sinapse colinérgica do sistema nervoso parassimpático e da junção neuro-muscular. Habitat: telúrico. Sorotipo A = América do Norte. Sorotipo B = Europa. Sorotipo E = Japão. Transmisão: EXÓGENA INDIRETA. Através da ingestão de conservas alimentares consumidas frias contaminadas acidentalmente pelo bacilo, como embutidos, carne enlatada, feijão, espinafre, azeitonas pretas, palmito, frutas, etc. O cozimento do alimento destrói a toxina botulínica! EXÓGENA DIRETA. Ferimentos contaminados com esporos, fraturas expostas e acidentes de inoculação (usuários de drogas). ENDÓGENA. Após ingestão direta dos bacilos. Material: Sangue. Fezes. Lavado gástrico. Tecidos desbridados. Coleta: Consultar o Manual do Botulismo para coleta e transporte adequados. Conservação: Consultar o Manual do Botulismo para coleta e transporte adequados. Exames afins: Hemograma, hemossedimentação, liquor. Valor normal: Ausente Interpretação: Diagnóstico diferencial. Botulismo adulto: outras intoxicações e infecções alimentares bacterianas (shigelose, salmonelose ou estafilococcia), virais, de origem vegetal (atropina), animal ou química e outros quadros neurológicos como a S. de Guillain-Barré, miastenia, AVC, polineurite diftérica, paralisia por picada de carrapato, etc. Botulismo infantil: septicemia, meningite, distúrbio hidroeletrolítico, encefalopatia metabólica, S. de Reye, D. de Werdning-Hoffman, miopatia congênita, D. de Leight. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm CLOSTRIDIUM DIFFICILE TOXINAS A e B Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CBHPM 4.03.06.68-2 Sinonímia: Clostridium difficile. Pesquisa de Toxinas A e B. Fisiologia: Taxonomia: Reino Prokaryotae, Filo Bacteria (Eubacteria), Firmicutes, Classe Clostridia, Ordem Clostridiales, Família Clostridiaceae, Gênero Clostridium, Espécie difficile. O Clostridium difficile é um bacilo Gram-positivo, parte da microbiota normal de recém-nascidos. A colite pseudomembranosa tornou-se mais prevalente a partir da década de 70 com a proliferação da antibioticoterapia de largo espectro e o seu uso indiscriminado de forma empírica. No início suspeitava-se ser o Staphylococcus aureus o agente causador da colite. Mais tarde a identificação da liberação de toxina pelo C. difficile mostrou ser este o agente etiológico causador de colites endêmicas nos pacientes hospitalizados. Os antibióticos, com a ação na microbiota normal colônica, permite a colonização e crescimento do C. difficile. Com a proliferação bacteriana, as toxinas A e B são elaboradas e liberadas. Estas toxinas causam a liberação de citocinas inflamatórias com formação de exsudato inflamatório, rompimento de estruturas colônicas e debris celulares que dão a aparência, à microscopia, da pseudomembrana. As fezes desses pacientes contêm duas toxinas: a toxina A, enterotóxica, responsável pela hipersecreção e pelas lesões inflamatórias da mucosa intestinal e a toxina B que é citopatogênica mas não enterotóxica. Material: Fezes. Coleta: 5 g de fezes. Conservação: Para até 6 horas: sem conservante. Para mais tempo: conservante Cary Blair. Valor normal: Pesquisa Negativa Método: C. difficile Toxin A Test – Oxoid ou ELISA. Interpretação: O teste detecta a presença das Toxinas A e B nas fezes. Sensibilidade = 99,6 %. 55 CLOSTRIDIUM PERFRINGENS Gangrena gasosa. ~CBHPM 4.03.06.68-2 Sinonímia: Clostridium perfringens, Bacillus perfringens, Bacilo de Welch. Toxina A. Fisiologia: Taxonomia: Reino Prokaryotae, Filo Bacteria (Eubacteria), Firmicutes, Classe Clostridia, Ordem Clostridiales, Família Clostridiaceae, Gênero Clostridium, Espécie perfringens. Bacilo Gram Positivo mas ocasionalmente pode apresentar-se como Gram Negativo. Apresenta-se como bacilo atarracado (maciço) de extremidades aquadradadas, geralmente reto e raramente curvado, isolado e às vezes como diplobacilo. É imóvel, sem cílios. As formas esporuladas, muito resistentes, sobrevivem muitos meses à temperatura ambiente. Estritamente anaeróbio. O Clostridium perfringens é o agente etiológico da gangrena gasosa e pode ser isolado de processos pútridos, feridas de guerra, infecções puerperais e septicemias. A infecção cursa com crepitação gasosa à palpação dos tecidos circunjacentes à lesão. Pode causar, também, infecções intra-abdominais e intoxicação alimentar. A intoxicação alimentar clássica é causada por uma enterotoxina produzida por Clostridium perfringens do tipo A. Essa enterotoxina é uma proteína formada durante o processo de esporulação no interior do intestino, causando interferência no transporte de água, sódio e cloretos através da mucosa intestinal. Uma característica peculiar dos surtos de intoxicação alimentar por C. perfringens é que eles freqüentemente envolvem um número grande de pessoas simultaneamente. Há ainda uma outra forma de intoxicação alimentar, rara porém muito grave, causada por Clostridium perfringens do tipo C, denominada enterite necrótica. Material: Sangue. Pus. Tecidos desbridados. Fezes. Coleta: Consultar para coleta e transporte adequados. Conservação: Para até 6 horas: sem conservante. Para mais tempo: conservante Cary Blair. Exames afins: Hemograma, hemossedimentação, hemocultura, coprocultura. Valor normal: Toxina A nas fezes Baterioscopias e Culturas Negativo ou Não reagente Ausência da bactéria. Método: Interpretação: Embora o teste detecte a presença da Toxina A nas fezes, a sua positividade não é patognomônica para colite por C. perfringens. Correlacionar clinicamente. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm COBALTO * Para obter valores em nmol/l, mutiplicar os µg/l por 16,96842 Co CBHPM 4.03.13.19-0 AMB 28.15.027-9 Sinonímia: Co. Método: Absorção atômica. Interpretação: A intoxicação crônica por exposição profissional leva a asma brônquica, eczema de contato, miocardiopatia e problemas hematológicos. Fisiologia: 27 58,9332 1,8 1.768 K 3.143 K 8,900 g/cm3 Co 7 [Ar]3d 4s2 Cobalto § Índice Biológico Máximo Permitido Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e02700.html http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta belaperiodica1.htm http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br Metal de transição interna. O Cobalto é um oligoelemento indispensável ao homem, fornecido na forma de Vitamina B12 para ser fisiologicamente ativo. Certos sais de Co são utilizados como antianêmicos em associação cobaltocobre-manganês. Sob a forma de EDTA-dicobáltico é utilizado como antídoto do cianeto. Também é utilizado na indústria, na fabricação de ligas, tintas, química etc.. O cobalto é um elemento raro; os principais minerais que o contêm são arseniatos e sulfetos. Os vegetais não contêm vitamina B12, mas os mais ricos em cobalto são: alface, espinafre, couve, repolho, nabos e beterrabas. Os alimentos de origem animal contêm tanto a vitamina B12 quanto o cobalto inorgânico. Material Biológico: Soro e/ou urina. Coleta: 2,0 ml de soro. Alíquota de 50 ml de urina. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Valor Normal: SORO URINA Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ IBMP § Limite de pânico 0,11 a 0,45 µg/l até até até até até até 2,5 µg/l 2,0 µg/24 horas 3,1 µg/g Creatinina 4,7 µg/g Creatinina 15,0 µg/l 30,0 µg/g Creatinina 57 Valor Normal: COBRE Cu CBHPM 4.03.01.56-7 AMB 28.01.048-5 AMB 28.13.046-4 Sinonímia: Cu. Cupremia. Cupriúria. Cobre urinário. ICL. Índice de cobre livre. Índice de cobre-ceruloplasmina. Fisiologia: 29 63,546 1,9 1.357 K 2.840 K 8,960 g/cm3 Cu 10 1 [Ar]3d 4s Cobre Metal de transição interna. O cobre plasmático está complexado ligado a aminoácidos como a histidina, à albumina e à ceruloplasmina. O cobre nos glóbulos vermelhos está ligado à enzima Superóxido-dismutase e a aminoácidos. O Cobre é muito empregado na indústria de condutores elétricos e na indústria química seus compostos entram na composição de inseticidas, algicidas, fungicidas, pigmentos cromáticos, tintas, manufatura de bronze, cerâmicas e solventes para celulose e rayon. Material Biológico: Soro ou urina. Coleta: Urina: coletar alíquota de 20 ml em frasco de plástico. No caso de urina de 24 horas, informar o volume total. Acidificar a urina até pH=2 com HNO3 6 N. Soro : coletar 2 ml em frasco plástico isento de contaminação por cobre. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Exames Afins: Enzimas hepáticas, Ceruloplasmina. Índice de cobre livre. Meta-hemoglobina. SORO até 1 mês 2 a 6 meses 7 meses a 5 anos 6 a 17 anos Adultos masculino feminino Gestação a partir de 61 anos: masculino feminino URINA Volume de 24 horas Creatinina ♂ Creatinina ♀ Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ 20 59 27 67 70 80 70 a a a a a a a 32 µg/dl 95 µg/dl 153 µg/dl 234 µg/dl 140 µg/dl 155 µg/dl 302 µg/dl 85 a 170 µg/dl 85 a 190 µg/dl 800 a 1.600 ml § 1,30 a 2,05 g/24 horas 0,90 a 1,40 g/24 horas 3,75 a 11,73 µg/l 3,00 a 18,77 µg/24 horas 4,6 a 12,9 µg/g Creatinina 6,7 a 18,6 µg/g Creatinina § Para Superfície Corporal ideal = 1,73 m2 * Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/dl por 0,1574 ** Para obter valores em µg/l, multiplicar os µg/dl por 10 Interferentes: Lipemia e hemólise. Penicilamina (Cuprimine). Medicamentos que aumentam os valores da dosagem: carbamazepina, estrógenos, contraceptivos orais, fenobarbital, fenitoína. Coleta em tubo de vidro. Método: Absorção atômica (forno de grafite). Interpretação: DIMINUIÇÃO: D. de Wilson, D. de Menkes, RN em alimentação parenteral, S. nefrótico, hipotireoidismo, queimaduras extensas, kwashiorkor, espru, D. celíaca, tratamentos queladores. AUMENTO: hemocromatose, hipertireoidismo, hemopatias malignas, colagenoses, infecções, exposição ocupacional. Índice de cobre livre: COCAÍNA E BENZOYLECGONINA ICL = Cu − (CER × 0,4814 ) ERYTHROXYLON COCA CBHPM 4.03.01.57-5 onde: ICL Cu CER = Índice em µg/dl = Cupremia em µg/dl = Ceruloplasmina em mg/dl ICL Normal: 0,0 a 10,0 µg/dl ICL acima de 10,0 é compatível com D. de Wilson, envenenamento por cobre e amostras coletadas inapropriadamente. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e02900.html http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta belaperiodica1.htm http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br Sinonímia: Pasta de coca. Crack. Merla. Coca. Epadu. Pó. Farinha. Neve. Branquinha. Branca. Branca pura. Gulosa. Júlia. Erythroxylon coca. Cloridrato de cocaína. Fisiologia: Cocaína: Fórmula molecular = C17H21NO4 Massa molecular = 303,358 g/mol Meia-vida biológica = 40 a 90 minutos conforme via de administração. H3C O O O N CH3 O H COCAÍNA Benzoylecgonina: Fórmula molecular = C16H19NO4 Massa molecular = 289,331 g/mol Principal metabólito da cocaína. Neurotransmissores implicados: Dopamina e Norepinefrina. HO O O N CH3 O H BENZOYLECGONINA Material Biológico: Urina. ADULTERAÇÃO DOS TESTES URINÁRIOS. Para escapar à deteção da toxicomania, certos usuários recorrem à adulteração da urina a ser testada. Pode ser "in vivo" ou "in vitro". Métodos de adulteração "in vivo": diluição da urina por sobrecarga oral com água, lavagem vesical, modificadores do pH urinário como bicarbonato e citrato, medicamentos como a aspirina, metronidazol, vitamina B2, fluconazol, ibuprofeno e probenecid. Métodos de adulteração "in vitro": diluição com água ou outros líquidos, adição de nitrito de sódio ou 59 de potássio, álcalis, ácidos fracos, glutaraldeído, oxidantes, sabões e detergentes, NaCl e produtos ricos em sais, sangue, chá Golden Seal e colírios à base de cloreto de benzalcônio. Grosso modo, a adulteração pode ser detectada pelo aspecto da urina (cor e turbidez), odor, medida imediata da temperatura após coleta, pH, creatinina, densidade, osmolalidade, nitritos e glutaraldeído. Critérios para validação da urina: Parâmetro Densidade pH Creatinina 1,010 a 1,030 g/ml 4,5 a 6,5 > 20,0 mg/dl Coleta: Para usuários ocasionais, em relação à atitude suspeita, a urina deverá ser coletada o mais precocemente possível, mas no mínimo após 8 a 12 horas e, no máximo, entre 1 a 3 dias após a ingestão ou uso da droga, diante de testemunha(s). Cuidado com troca intencional ou diluição da amostra. Atenção: se o exame estiver sendo feito para finalidades legais, uma cópia da solicitação ou ofício do juiz, delegado ou promotor deve acompanhar cada uma das alíquotas. Em caso de dúvida é melhor abster-se de coletar urina para esta finalidade e mesmo se coletada, na ausência do documento legal, o exame não deve ser feito nem cobrado, principalmente se for de menor de idade. Ainda diante de testemunhas, aliquotar a urina em 4 amostras de 20 ml, identificar, rotular e lacrar as 4 amostras rubricadas por elas. Enviar 2 amostras para o laboratório que fará a análise. Uma outra amostra deverá ser congelada pelo laboratório que fez a coleta e a última amostra deverá ser guardada pelo suspeito ou responsável, também congelada a -20ºC. Para usuários habituais (crônicos), a urina pode ser coletada até entre 10 a 22 dias após o uso. Armazenamento: Refrigerado entre +2 e +8ºC conserva-se por 3 dias. Congelado a -20ºC conserva-se até 30 dias. Não estocar em freezer tipo frost-free. Valor “Normal”: Cocaína Normal Nível tóxico Não detectável 1 a 215 µg/l Benzoylecgonina Até 269,9 ng/ml (cut-off) De 270,0 a 329,9 ng/ml 330,0 ng/ml ou mais* Negativo para Cocaína Suspeito para Cocaína Positivo para Cocaína * Conforme a SAMHSA – Substance Abuse and Mental Health Services Administration do Department of Health and Human Services. * µg/l = ng/ml ** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/l por 3,2964 Interferentes: Urina não pertencente ao suspeito. Urina diluída com água ou outros líquidos. Urina coletada antes de 8 a 12 horas após o uso da droga (usuário ocasional). Método: Cromatografia gasosa. Interpretação: A cocaína é metabolizada pelo fígado no prazo de 10 a 60 minutos, conforme a via de administração. Somente 1 % da dose absorvida é achada nãometabolizada na urina. O seu metabólito mais importante, a benzoylecgonina, tem seu pico maior 12 horas após a tomada, dependendo de fatores individuais como: assiduidade de uso, dose e pureza da droga consumida, preparo físico, idade, dieta e líquidos ingeridos. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://padrejulio.do.sapo.pt/droga/lexico.htm Exames Afins: Sorologia para Blastomicose e/ou Histoplasmose. COCCIDIOMICOSE COCCIDIOIDES IMMITIS ~CBHPM 4.03.07.15-8 AMB 28.06.057-1 Sinonímia: Coccidioides immitis Fisiologia: Taxonomia: Eukaryota, Reino Fungi. ANAMORFO: Divisão (Filo) Ascomycotina, Subdivisão Pezizomycotina, Classe Eurotiomycetes, Ordem Onygenales, Família Onygenaceae, Gênero Coccidioides, Espécie immitis O coccidioides é um fungo dimórfico atípico. Na natureza e em cultura assume forma de micélios típicos com hifas, mas no homem em vez de adaptarse como levedura, assume formas atípicas esféricas, as esférulas, cheias de dezenas de endosporos (até 100). A coccidioidomicose existe primariamente nos EUA, nos estados do Oeste (principalmente Califórnia, Texas, Utah, Novo México, Arizona e Nevada). Contudo, também há alguns casos em outros países da América, como México, Argentina e Brasil. A infecção é pela inalação de esporos infecciosos presentes no solo seco. Após inalação dos esporos, as esférulas se multiplicam nos pulmões. Na maioria dos casos (60 %) a infecção é assintomática e o sistema imunitário destroi o invasor e limita a sua disseminação pela formação de granulomas, mas numa minoria há sintomas de pneumonia, com febre, sudorese, tosse, expectoração e falta de ar. Em 5 % poderá surgir pneumonia crônica semelhante à da tuberculose, enquanto menos de 1 %, principalmente os imunodeprimidos e idosos, podem desenvolver manifestações sistêmicas após disseminação pela corrente sangüínea do fungo, com formação de granulomas que resultam em ulcerações da pele e dores articulares e ósseas. Podem, também, infectar o trato urinário. Valor Normal: Negativo ou Não reagente Preparo do Paciente: Soro: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Soro: Imunodifusão dupla. Escarro: semeadura em meios clássicos ou em BHI (Brain Heart Infusion). Interpretação: Diagnóstico e prognóstico da Coccidiomicose. Resultados sorológicos negativos não descartam a doença. A efetuação do teste cutâneo da coccidioidina pode falso-positivar o resultado da sorologia na ausência da infecção. Cultura de Escarro: o fungo é de crescimento lento, podendo levar até 4 semanas para se desenvolver. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidiomicose Material Biológico: Soro. Escarro. Coleta: 2,0 ml de soro. Escarro coletado em placa de Petri a partir de tosse profunda ou material de broncoscopia. Armazenamento: Soro: congelar a amostra a –20ºC Escarro: refrigerar entre +2 a +8ºC 61 DOENÇAS DO TECIDO CONJUNTIVO ANTICORPOS ANTICORPOS ANTICORPOS ANTICORPOS AUTO-ANTICORPOS INDICADOS Policondrite recidivante: Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES): ANTICORPOS ANTI COLÁGENO TIPO II. FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2, ANTICORPOS ANTI DNA nativo (Anti-nDNA) ou ANTICORPOS ANTI dsDNA, ANTICORPOS ANTI ssDNA, ANTICORPOS ANTI HISTONA, ANTICORPOS ANTI CARDIOLIPINA IgG, IgA, IgM, FATOR REUMATÓIDE (FR) IgG, IgA, IgM, ANTICORPOS ANTI RIBOSSOMA P, ANTICORPOS ANTI RNA, IMUNOCOMPLEXOS CIRCULANTES, ANTICORPOS ANTI beta2 GLICOPROTEÍNA (ß2GP1). Artrite reumatóide: COLAGENOSES Anticorpos contra antígenos nucleares e citoplasmáticos extraíveis: ANTICORPOS ANTICORPOS ANTICORPOS ANTICORPOS ANTICORPOS ANTICORPOS ANTICORPOS ANTICORPOS ANTICORPOS ANTI ANTI ANTI ANTI ANTI ANTI ANTI ANTI ANTI RNP, Sm (Smith), SS-A(Ro), SS-B(La), Scl-70, Jo-1, Ku, PCNA, PM/Scl. Escleroderma: FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2, ANTICORPOS ANTI ssDNA, ANTICORPOS ANTI HISTONA, ANTICORPOS ANTI RNP, ANTICORPOS ANTI Scl-70, ANTICORPOS ANTI CENTRÔMERO. Dermatomiosite/Polimiosite: FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2, ANTICORPOS ANTI SS-A(Ro), ANTICORPOS ANTI Jo-1, ANTICORPOS ANTI Mi-2 (para dermatomiosite), ANTICORPOS ANTI Ku, ANTICORPOS ANTI PM/Scl (para miosite), ANTICORPOS ANTI SRP. Síndrome de Sjögren: FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2, FATOR REUMATÓIDE (FR) IgG, IgA, IgM, ANTI ANTI ANTI ANTI RNP, Sm (Smith), SS-A(Ro), SS-B(La). FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2, ANTICORPOS ANTI QUERATINA (AKA), FATOR REUMATÓIDE (FR) IgG, IgA, IgM. Vasculite: ANTICORPOS ANTI CITOPLASMA DE NEUTRÓFILOS (ANCA), ANTICORPOS ANTI MPO (pANCA), ANTICORPOS ANTI PR3 (cANCA), ANTICORPOS ANTI CARDIOLIPINA IgG, IgA, IgM, ANTICORPOS ANTI beta2 GLICOPROTEÍNA (ß2GP1) IgG, IgM, IMUNOCOMPLEXOS CIRCULANTES, ANTICORPOS ANTI LDL OXIDADO (oxLDL), ANTICORPOS ANTI GLOMÉRULO Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] IDADE DE 10 A 19 ANOS Desejável COLESTEROL HDL HDL COLESTEROL CBHPM 4.03.01.58-3 AMB 28.01.049-3 Sinonímia: HDL-Colesterol. Alfa-Colesterol. Índices de Castelli. Somatório das subclasses HDL-2 + HDL-3. Fisiologia: Colesterol ligado a lipoproteínas de alta densidade (1,063 a 1,210). A fração α é predominantemente ligada aos Fosfolípides. Lipoproteínas de Alta Densidade - HDL As HDL são pequenas partículas constituídas por cerca de 50% de proteína, especialmente Apo A I e II, e pouca quantidade de Apo C e Apo E, 20% de colesterol, 30% de fosfolípides e traços de triglicérides. A HDL pode ser separada em duas subclasses principais: HDL 2 e HDL 3, que diferem em tamanho, densidade e composição, especialmente em relação ao tipo de apoproteínas. Cumprem o importante papel de levar o colesterol até o fígado diretamente ou transferindo ésteres de colesterol para outras lipoproteínas, especialmente as VLDL. É atribuído à fração HDL 2 o papel de proteção do desenvolvimento da aterosclerose. Material Biológico: Soro. Coleta: 1,5 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Exames Afins: Colesterol total, Colesterol LDL, Triglicérides, Lipidograma eletroforético. Valor Normal: ADULTOS DE 20 ANOS EM DIANTE # Baixo Intermediário Alto inferior a 40 mg/dl 40 a 60 mg/dl superior a 60 mg/dl ANTIGO "risco elevado de DAC" "risco médio de DAC" "risco baixo de DAC" IDADE DE 2 A 9 ANOS Desejável igual ou superior a 35,0 mg/dl igual ou superior a 40,0 mg/dl # Critério das III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Diretriz de prevenção de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Publicado em Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol. 77, supl. III, Novembro 2001. Concepção antiga Risco: Elevado Médio Baixo Risco: Elevado Médio Baixo Homens inferior a 35,0 mg/dl 35,0 a 55,0 mg/dl superior a 55,0 mg/dl Mulheres inferior a 45,0 mg/dl 45,0 a 65,0 mg/dl superior a 65,0 mg/dl * Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,02586 Preparo do Paciente: Jejum de 12 a 14 horas. Água ad libitum. Dieta habitual e peso corporal estável durante ao menos 14 dias. Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante 24 horas. Interferentes: MEDICAMENTOS. Aumento: ácido ascórbico, acipimox, aminoglutetimida, atenolol, beclometasona, bezafibrato, captopril, carnitina, carvedilol, cetoconazol, ciclofenila, cilazapril, cimetidina, ciprofibrato, clofibrato, coenzima Q 10, colestiramina, contraceptivos orais, desogestrel, doxazosina, enalapril, estradiol 17ß, estrógenos conjugados, etofibrato, fenitoína, fenobarbital, fenofibrato, furosemida, genfibrozila, hidroxicloroquina, hidroclorotiazidas, indapamida, insulina, isradipina, lovastatina, metformina, metimazol, minoxidil, nafarelina, niacina, nifedipina, pindolol, plantago ovate, pravastatina, prednisona, ramipril, salbutamol, sinvastatina, terbutalina, verapamil. Diminuição: bisoprolol, clorpropamida, danazol, deidroepiandrosterona, D-tiroxina, isotretionina, levonorgestrel, levotiroxina, linestrenol, lisinopril, 63 medroxiprogesterona, metildopa, metoprolol, nadolol, noretindrona, probucol, propranolol, sotalol, espironolactona, tamoxifen, timolol. Método: HDL direto. Interpretação: AUMENTO: padrão familiar, exercício vigoroso crônico, ingestão moderada de bebidas alcoólicas. DIMINUIÇÃO: hiperlipidemia familiar combinada, hipoalfalipoproteinemia familiar, D. de Tangier, hipertrigliceridemia, pancreatite. Lipoproteína de transporte centrípeto. Fração do colesterol denominada fração de proteção. Colesterol "bom". Cálculo dos índices de W. P. Castelli I e II (risco aterogênico). CastelliI = Colesteroltotal HDL onde: CastelliI Coleteroltotal HDL = Índice de Castelli I = Colesterol total em mg/dl = HDL Colesterol em mg/dl Desejável: Homens : até 4,9 Mulheres: até 4,3 CastelliII = onde: CastelliII LDL HDL LDL HDL = Índice de Castelli II = LDL Colesterol em mg/dl = HDL Colesterol em mg/dl Desejável: Homens : até 3,3 Mulheres: até 2,9 CAUSAS MODIFICADORAS DO HDL COLESTEROL. AUMENTO DO HDL: Exercício físico habitual moderado Estrógenos Insulina Bebidas contendo 20 a 40 ml de álcool/dia Hiperalfalipoproteinemia familiar Emagrecimento Heparina Ácido nicotínico DIMINUIÇÃO DO HDL: Coronariopatia Andrógenos Progestágenos Diabetes mellitus Hipoglicemiantes Tabagismo Uremia Dietas ricas em carboidratos Dietas ricas em gorduras saturadas Hipertrigliceridemia Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/ mb2/part1/lipoprot.htm http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/li poproteinas.shtml http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77SuplIII/Dislipidemia.pdf http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/ mb2/part1/cholesterol.htm Aumentado COLESTEROL LDL igual ou superior a 130 mg/dl LDL COLESTEROL CBHPM 4.03.01.59-1 AMB 28.01.151-1 Sinonímia: LDL-Colesterol. beta-Colesterol. ß-Colesterol. Fisiologia: Colesterol ligado a lipoproteínas de baixa densidade (1,010 a 1,063). A fração ß é predominantemente ligada ao Colesterol. Existe o IDL-Colesterol (ligado a lipoproteínas de densidade intermediária) cuja densidade varia de 1,006 a 1,019 Lipoproteínas de Baixa Densidade - LDL A LDL representa 50% da massa total de lipoproteínas circulantes. São partículas bem menores, tão pequenas, que mesmo quando em grande quantidade não são capazes de turvar o plasma. O colesterol representa metade da massa da LDL. Cerca de 25% são proteínas, especialmente. Apo B-100 e pequenas quantidades de Apo C; o restante é constituído de fosfolípides e triglicérides. É a lipoproteína que mais carrega colesterol. Tem a função de transportá-lo para locais onde ele exerce uma função fisiológica, como por exemplo a síntese de esteróides. São, em sua maior parte, produzidas a partir das lipoproteínas VLDL. Sua concentração sérica guarda relação direta com o aumento do risco de aterogênese. Material Biológico: Soro. * Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,02586 1 2 3 4 5 6 Fatores de Risco de Framingham. §§ * Idade. * Colesterol total. * Colesterol – HDL. * Tensão Arterial PAS e PAD. * Diabetes mellitus. * Tabagismo. Fatores de Risco Adicionais. * História familiar de aterosclerose precoce em parentes de 1º grau antes dos 55 anos em homens e antes dos 65 anos em mulheres. 2 * Obesidade (IMC > 30 kg/m ) (IMC = Índice de Massa Corporal §) * Sedentarismo. § Calcula-se pela fórmula: IMC = Coleta: 2 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Exames Afins: Lipidograma eletroforético, Colesterol, HDL-Colesterol, Triglicérides. Valor Normal: ADULTOS A PARTIR DE 20 ANOS Ótimo Desejável Limítrofe Alto Muito alto IDADE DE 2 A 19 ANOS Desejável Limítrofe # Critério das III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Diretriz de prevenção de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Publicado em Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol. 77, supl. III, Novembro 2001. onde: IMC Peso Alt Peso Alt 2 = Índice de Massa Corporal (BMI) = peso do paciente em kg = Altura do paciente em m Escores de Risco de Framingham (ERF). O ERF calcula o risco absoluto de eventos coronarianos (morte, IAM e angina pectoris) em 10 anos. Deve-se somar os pontos obtidos nas tabelas de 1 a 6 e depois consultar a tabela 7 para obter o risco absoluto em %. # inferior a 100 mg/dl 100 a 129 mg/dl 130 a 159 mg/dl 160 a 189 mg/dl superior a 189 mg/dl inferior a 110 mg/dl 110 a 129 mg/dl Tabela 1 Idade 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 Homens -1 0 1 2 3 4 Mulheres -9 -4 0 3 6 7 65 60 a 64 65 a 69 70 a 74 5 6 7 8 8 8 Tabela 2 Colesterol total < 160 160 a 199 200 a 239 240 a 279 ≥ 280 Homens -3 0 1 2 3 Mulheres -2 0 1 1 3 Tabela 3 HDL Colesterol < 35 25 a 44 45 a 49 50 a 59 ≥ 60 Homens 2 1 0 0 -1 Mulheres 2 2 1 0 -3 Tabela 4 PAS < 120 120 a 129 130 a 139 140 a 159 ≥ 160 PAD < 80 80 a 84 85 a 89 90 a 99 ≥ 100 Tabela 5 Diabetes Sim Não Tabela 6 Tabagismo Sim Não Homens 0 0 1 2 3 Homens 2 0 Homens 2 0 Mulheres -3 0 0 2 3 Mulheres 4 0 Mulheres 2 0 Total de Pontos = Soma das Tabelas 1 a 6 Tabela 7 Homens Pontos < -1 0 1 2 3 4 Homens Risco % 2 3 3 4 5 7 Mulheres Pontos ≤ -2 -1 0 1 2 3 Mulheres Risco % 1 2 2 2 3 3 5 6 7 8 9 10 11 12 13 ≥ 14 8 10 13 16 20 25 31 37 45 53 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 4 4 5 6 7 8 10 11 13 15 18 20 24 ≥ 27 Planejamento do LDL–Colesterol em função dos Fatores de Risco: Para pacientes com alto risco (superior a 20,0 % ou com mais de 2 Fatores) Para pacientes com médio risco (10,1 a 20,0 % ou com 2 Fatores) Para pacientes com baixo risco (inferior a 10,0 % ou com até 1 Fator) LDL inferior a 100 mg/dl LDL inferior a 130 mg/dl LDL inferior a 160 mg/dl Preparo do Paciente: Jejum de 12 a 14 horas. Dieta habitual e peso corporal estável durante ao menos 14 dias. Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante 24 horas. Não ingerir bebidas alcoólicas durante 72 horas. Interferentes: MEDICAMENTOS. Aumento: aminoglutetimida, amiodarona, atenolol, ciclosporina A, clopamida, clortalidona, danazol, espironolactona, furosemida, hidroclorotiazida, indapamida, isotretionina, isradipina, lacidipina, linestrenol, metimazol, nafarelina, piretanida, sotalol, ticlopidina. Diminuição: ácido valpróico, acipimox, bezafibrato, bisoprolol, captopril, carvedilol, cetoconazol, cilazapril, clofibrato, clorpropamida, colestiramina, contraceptivos orais, doxazosina, enalapril, estradiol 17ß, estrógenos conjugados, fenitoína, fenofibrato, fosinopril, genfibrozila, guanabenzo, heparina LMW, hidralazina, hidroxicloroquina, hidróxido de alumínio, ILGF-I, interferon-ß, levonorgestrel, lovastatina, medroxiprogesterona, metformina, metildopa, metoprolol, minoxidil, neomicina, niacina, nifedipina, nitrendipina, noretindrona, pindolol, piridoxina, plantago ovata, pravastatina, prazosina, prednisona, probucol, propranolol, psyllium, sinvastatina, tamoxifeno, verapamil. Método: Friedewald. Fórmula: COLESTEROL TOTAL LDL = ColT − HDL − VLDL CBHPM 4.03.01.60-5 onde: LDL ColT HDL VLDL = = = = COLESTERINA Colesterol Colesterol Colesterol Colesterol LDL em mg/dl total em mg/dl HDL em mg/dl VLDL em mg/dl Interpretação: Lipoproteína de transporte centrífugo. Fração do colesterol que teoricamente é uma fração prejudicial. Quando elevada, aumenta o risco de aterosclerose. AUMENTO: DAC - Doença Arterial Coronária, hipercolesterolemia familiar, hiperlipidemia familiar combinada, apoproteína B familiar defeituosa, hipotireoidismo, hipopituitarismo, S. nefrótica. DIMINUIÇÃO: disbetalipoproteinemia, abetalipoproteinemia, má nutrição, crianças. AMB 28.01.050-7 Sinonímia: Colesterolemia. Colesterina. Colesterinemia. Ciclopentanoperhidrofenantreno. Obs.: não confundir com colestiramina que é uma resina ligadora seqüestradora de ácidos biliares utilizada no tratamento da hipercolesterolemia familiar. Fisiologia: 5-colesten-3-ß-ol. 3-ß-hidroxi-5-colesteno. Fórmula molecular = C27H46O Massa molecular = 386,664 g/mol Densidade = 1,07 g/cm³ (20ºC) Cálculo do índice de W. P. Castelli II. LDL CastelliII = HDL onde: CastelliII LDL HDL = Índice de Castelli II = LDL Colesterol em mg/dl = HDL Colesterol em mg/dl Desejável: Homens : até 3,3 Mulheres: até 2,9 §§ - Em 1948 na cidade americana de Framingham, Massachusetts, foi iniciada esta pesquisa conhecida como “Estudo Cardíaco de Framingham” sob os auspícios da NHLBI – Nacional Heart, Lung and Blood Institute e desde 1971 o estudo continuou em colaboração com a Universidade de Boston. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/ mb2/part1/lipoprot.htm http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/li poproteinas.shtml http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77SuplIII/Dislipidemia.pdf HO COLESTEROL Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Não garrotear por mais de 1 minuto! Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Exames Afins: Eletroforese de lipoproteínas, Colesterol HDL, Colesterol LDL, Triglicérides. Valor Normal: ADULTOS A PARTIR DE 20 ANOS Ótimo Limítrofe Alto # inferior a 200 mg/dl 200 a 239 mg/dl superior a 239 mg/dl antigo "desejável" "elevado" 67 IDADE DE 2 A 19 ANOS Desejável Limítrofe Aumentado inferior a 170 mg/dl 170 a 199 mg/dl igual ou superior a 200 mg/dl * Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,02586 # Critério das III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Diretriz de prevenção de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Publicado em Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol. 77, supl. III, Novembro 2001. Preparo do Paciente: Jejum de 12 a 14 horas. Água ad libitum. Dieta habitual e peso corporal estável durante ao menos 14 dias. Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante 24 horas. Não ingerir bebidas alcoólicas durante 72 horas. Um aumento de peso, paradoxalmente, pode diminuir o colesterol total. Interferentes: 1)- a coleta da amostra em posição deitada após um período de repouso de ao menos 20 minutos, pode abaixar os níveis de colesterol em 10 a 15 %. 2)- da posição de pé para a sentada durante 20 minutos, os níveis podem abaixar até 6 %. 3)- um garroteamento de mais de 1 minuto pode aumentar os níveis de colesterol em 2 a 5 %. DROGAS: Ateróide, Cedur, Citalor, Clinfar, Cordiron, Crestor, Diocomb SI, Ezetrol, Genfibrozila, Hydergine, Lescol, Lipanon, Lipidil, Lipitor, Lipless, Lopid, Lovastatina, Lovasterol, Lovax, Mevacor, Mevalotin, Oroxadin, Pravacol, Pravastatina, Prevencor, Proepa, Questran, Reducol, Sinteroid, Sinvalip, Sinvascor, Sinvastacor, Sinvastamed, Sinvastatina, Sinvaz, Syncro, Tricerol, Vaslip, Vastatil, Vivacor, Zoocor. Método: Esterase-oxidase automatizado. Interpretação: AUMENTO: estresse físico ou emocional, icterícia obstrutiva, D. de Von Gierke, S. de Gérard-Lefebvre, hepatite por vírus, cirrose portal, S. nefrótica, S. de Epstein, pancreatite crônica, após pancreatectomia, diabetes mellitus, hipotireoidismo, hipercolesterolemia familiar (deficiência de receptores LDL), hipercolesterolemia poligênica, hiperlipidemia familiar combinada, disbetalipoproteinemia familiar, aterosclerose, gota, anorexia nervosa, hepatoma, S. de Cushing, porfiria intermitente aguda, gravidez, pós-prandial. Drogas: corticosteróides. DIMINUIÇÃO: relaxamento físico e emocional, hepatopatias graves, inanição, uremia terminal, septicemia, hipertireoidismo, S. de má absorção, má nutrição, uso de ACTH e corticóides, anemia perniciosa, anemia hemolítica, anemia hipocrômica severa, hemofilia, acantocitose, D. de Addison, grandes queimados, D. de Gaucher, D. de Tangier, abetalipoproteinemia, linfangiectasia intestinal, infância e puberdade. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/ mb2/part1/lipoprot.htm http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/li poproteinas.shtml http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77SuplIII/Dislipidemia.pdf http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/ mb2/part1/cholesterol.htm COLESTEROL VLDL Fórmula: VLDL COLESTEROL VLDL = 0,2 × Tri CBHPM 4.03.02.69-5 AMB 28.01.152-0 Sinonímia: VLDL-Colesterol. pré-beta-Colesterol. pré-ß-Colesterol Fisiologia: Colesterol ligado a lipoproteínas de muito baixa densidade, de 0,950 a 1,006. A fração pré-ß é predominantemente ligada aos triglicérides. Lipoproteínas de Muito Baixa Densidade - VLDL São partículas grandes, porém menores do que as partículas dos quilomícrons produzidas no fígado. São constituídas por 50% de triglicérides, 40% de colesterol e fosfolípides e 10% de proteínas, principalmente Apo B-100, Apo C e alguma Apo E. Têm como função o transporte dos triglicérides endógenos e do colesterol para os tecidos periféricos para serem armazenados ou utilizados como fonte de energia. Assim como os quilomícrons, são capazes de turvar o soro. onde: VLDL = Fração VLDL em mg/dl Tri = Triglicérides em mg/dl Obs.: esta fórmula só é aplicável para triglicérides até 400 mg/dl Interpretação: Avaliação do risco aterogênico. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/ mb2/part1/lipoprot.htm http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/li poproteinas.shtml http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77SuplIII/Dislipidemia.pdf http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/ mb2/part1/cholesterol.htm Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Exames Afins: Lipidograma eletroforético, Colesterol total, Colesterol HDL, Colesterol LDL, Triglicérides. Valor Normal: 6 a 40 mg/dl * Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,02586 Preparo do Paciente: Jejum de 12 a 14 horas. Água ad libitum. Dieta habitual e peso corporal estável durante ao menos 14 dias. Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante 24 horas. Não ingerir bebidas alcoólicas durante 72 horas. Método: William T. Friedewald. 69 Valor Normal: COLINESTERASE BUTIRILCOLINESTERASE CBHPM 4.03.13.11-5 Crianças e adultos AMB 28.01.052-3 AMB 28.15.010-4 Sinonímia: Butirilcolinesterase. BChE. Pseudocolinesterase. Colinesterase do soro. Colinesterase não específica. Acetilcolina acetilidrolase. EC 3.1.1.8 Butirilcolina esterase; colina esterase II (inespecífica); benzoilcolinesterase; colina esterase; propionilcolinesterase; anticolinesterase; BtChoEase Ésteres organofosforados. Carbamatos. Fisiologia: A BChE é encontrada principalmente no soro, músculo liso, fígado e adipócitos. É inibida pela fisostigmina a uma concentração de 10-5 mol, sendo que nesta concentração este inibidor não afeta outras esterases. A BChE, devido à sua capacidade de hidrolisar a benzoilcolina e à impossibilidade de fazêlo com a acetil-b-metilcolina pode ser diferenciada da AchE que é capaz de hidrolisar a última mas não a primeira. Os Ésteres organofosforados e os carbamatos são empregados na indústria de agrotóxicos, inseticidas, praguicidas, herbicidas, raticidas, adubos químicos e em empresas de dedetização e de pulverização defensiva mecânica ou manual. Reação: uma acilcolina + H2O → colina + um carboxilato Material Biológico: Soro ou plasma com heparina ou EDTA. Não empregar citrato nem fluoreto. Coleta: 0,5 ml de soro ou plasma de qualquer dia ou hora, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. Para controle em medicina ocupacional é preciso determinar a atividade pré-ocupacional para comparar com a atividade pós-ocupacional. Armazenamento: Congelar a amostra a –20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Colinesterase eritrocitária. Mulheres (16 a 39 anos) não-grávidas e não usando anticoncepcional Mulheres (18 a 41 anos) grávidas ou tomando anticoncepcional Medicina ocupacional IBMP 3.200 a 9.000 U/l 3.962 a 11.142 U/l 4.970 a 13.977 U/l 25 ºC 30 ºC 37 ºC 2.800 a 7.400 U/l 25 ºC 3.467 a 9.161 U/l 4.349 a 11.492 U/l 30 ºC 37 ºC 2.400 a 6.000 U/l 25 ºC 2.972 a 7.428 U/l 3.728 a 9.318 U/l 30 ºC 37 ºC até 50 % de redução da atividade enzimática pós-ocupacional comparada à atividade pré-ocupacional. * Para obter valores em µkat/l, dividir as U/l por 60. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Drogas: metilsulfato de neostigmina (Prostigmine), neostigmina, cloreto de tetrametilamônio. Diminuem os valores: cimetidina, glicocorticóides, estrógenos, contraceptivos orais, lítio, fenotiazidas, esteróides anabolizantes e metais pesados. Método: Knedel, M. & Bottger, R. - Klin. Wchnschr. Substrato : Butiriltiocolina. Interpretação: DIMINUIÇÃO: Intoxicação por inseticidas organofosforados (Parathion, Malathion, Diazinon, etc.) e carbamatos (Carbaryl); hepatopatias: hepatites, cirrose com ascite ou icterícia, carcinoma metastático, icterícia obstrutiva; insuficiência cardíaca congestiva, hipocolinesterasemia hereditária recessiva; desnutrição, anemia, hipoalbuminemia, infecções, dermatomiosite, infarto agudo do miocárdio, gravidez, cirurgia recente; drogas: ver acima. AUMENTO: sem significado clínico. Além de mostrar uma exposição excessiva, este Indicador Biológico tem também significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença, estar associado a um efeito ou a uma disfunção do sistema biológico avaliado. (NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94). Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/EC3/1/1 /8.html COLINESTERASE ERITROCITÁRIA E PLASMÁTICA ACETILCOLINESTERASE ERITROCITÁRIA CBHPM 4.03.01.04-4 Sinonímia: Acetilcolinesterase. AChE. Acilcolina. Acetilcolinesterase eritrocitária. Colinesterase verdadeira. Acetilcolinesterase verdadeira “crônica”. Colinesterase específica. EC 3.1.1.7 Colina esterase I; colinesterase; acetiltiocolinesterase; acetilcolina hidrolase; acetil.bmetilcolinesterase; AcCholE. Fisiologia: A enzima acetilcolinesterase (AchE) hidrolisa rapidamente a acetilcolina a acetato e colina na fenda sináptica, encerrando a ação do transmissor nos receptores pós-sinápticos. Os Ésteres organofosforados e os carbamatos são empregados na indústria de agrotóxicos, inseticidas, praguicidas, herbicidas, raticidas, adubos químicos e em empresas de dedetização e de pulverização defensiva mecânica ou manual. Reação: acetilcolina + H2O → colina + acetato Material Biológico: Sangue total com EDTA e plasma com EDTA. Coleta: Coletar 2 tubos de 3,0 a 5,0 ml de sangue total em EDTA de qualquer dia ou hora, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. Para controle em medicina ocupacional é preciso determinar a atividade pré-ocupacional para comparar com a atividade pós-ocupacional. Armazenamento: Centrifugar imediatamente um dos tubos para separar o plasma, desprezando as hemácias compactadas. Refrigerar ambos os tubos logo a seguir, entre +2 a +8ºC. Não encostar o sangue total em gelo nem colocar em freezer para evitar hemólise. De preferência, enviar ao laboratório dentro de dois dias. Exames Afins: Colinesterase sérica ou plasmática. 71 Valor Normal: Método pHmétrico: Normal IBMP 775 a 1.215 U/trilhão de Eritrócitos ou 775 a 1.215 U/1012 de Eritrócitos ou 25 a 45 U/g Hb ou 1,61 a 2,90 MU/mol de Eritrócitos Medicina ocupacional: Eritrocitária: até 30 % de redução da atividade enzimática pós-ocupacional comparada à atividade préocupacional. Eritrocitária e plasmática (sangue total): até 25 % de redução da atividade enzimática pós-ocupacional comparada à atividade préocupacional. * Para obter valores em U/g Hb, dividir as U/1012 de Eritrócitos pela HCM do paciente. ** Para obter valores em nU/Eritrócito, multiplicar as U/1012 de Eritrócitos por 0,001 *** Para obter valores em U/ml de Eritrócitos, dividir as U/g Hb pela CHCM do paciente. **** Para obter valores em MU/mol Hb, multiplicar as U/g Hb por 0,0645 Método eletrométrico de Michel H.O.: ∆ pH/20 min Média Desvio-padrão (s) Faixa ± 2 s Homens 1,18 0,127 0,93 a 1,43 Mulheres 1,19 0,149 0,89 a 1,49 Método cinético espectrofotométrico: Colinesterase eritrocitária e plasmática IBMP (NR-7) Acetilcolinesterase eritrocitária IBMP (NR-7) Colinesterase plasmática: Homens Mulheres 6.000 a 9.200 U/l Redução de até 25 % da atividade inicial 9.000 a 16.700 U/l Redução de até 30 % da atividade inicial 3.334 a 7.031 U/l 2.504 a 6.297 U/l Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Amostra de sangue total apresentando hemólise. Drogas: metilsulfato de neostigmina (Prostigmine), neostigmina, cloreto de tetrametilamônio, mesilato de pralidoxima (Contrathion). Método: Colorimétrico com acetilcolina após hemólise em meio hipotônico. pHmétrico. Eletrométrico. Ciriades e Lemes: cinético espectrofotométrico em lisado de hemácias lavadas. Interpretação: DIMINUIÇÃO > 25 ou 30 % DA ATIVIDADE INICIAL: Intoxicação por inseticidas organofosforados (Parathion, Malathion, Diazinon etc.) e carbamatos (Carbaryl); hepatopatias: hepatites, cirrose com ascite ou icterícia, carcinoma metastático, icterícia obstrutiva; insuficiência cardíaca congestiva, hipocolinesterasemia hereditária recessiva; desnutrição, anemia, hipoalbuminemia, infecções, dermatomiosite, infarto agudo do miocárdio, gravidez, cirurgia recente; drogas: ver acima. AUMENTO: sem significado clínico. Pode ocorrer em certas anemias hemolíticas: falciforme, talassemia, esferocitose e outras adquiridas. Além de mostrar uma exposição excessiva, este Indicador Biológico tem também significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença, estar associado a um efeito ou a uma disfunção do sistema biológico avaliado. (NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94). IBMP = Índice Biológico Máximo Permitido Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/EC3/1/1 /7.html http://www.labfa.com.br/tabela_toxicologia.htm COMPLEMENTO C1 ESTERASE, INIBIDOR DE INIBIDOR DE C1 ESTERASE CBHPM 4.03.07.34-4 COMPLEMENTO C1q C1q COMPLEMENTO CBHPM 4.03.06.53-4 AMB 28.06.066-0 AMB 28.06.225-6/96 AMB 28.06.198-5/96 Sinonímia: Componente C1q do complemento. Componente 11S. Sinonímia: Inibidor de C1 esterase. C1 INH, C1s inativador. Inibidor de complemento. C1 esterase inibidor. Material Biológico: Soro. Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Coleta: 1 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC durante 1 hora. Após este prazo, congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Armazenamento: Congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Valor Normal: 14,0 a 30,0 mg/dl Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Imunodifusão radial. Interpretação: O edema angioneurótico hereditário é uma doença autossômica dominante causada pela deficiência de inibidor de C1 esterase. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Exames Afins: Complemento total, Frações do Complemento. Valor Normal: Superior a 70 %. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Imunohemólise radial. Interpretação: Deficiência: erros inatos dos componentes do complemento, defeitos da imunidade antibacteriana, hipogamaglobulinemia, hipercatabolismo. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] 73 COMPLEMENTO C2 COMPLEMENTO C3c C2 COMPLEMENTO C3c COMPLEMENTO CBHPM 4.03.06.69-0 AMB 28.06.199-3/96 Sinonímia: Componente C2 do complemento. Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC por até 1 hora. Congelar a -20ºC após esse período. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Complemento total, Frações do Complemento. CBHPM 4.03.06.70-4 CBHPM 4.03.07.99-9 AMB 28.06.038-5 AMB 28.06.210-8/96 Sinonímia: C3. C3c. Componente C3c do complemento. Fisiologia: C3c é o componente mais abundante entre as proteínas do complemento. O C3c é o ponto central do ciclo clássico e alternativo do complemento. A ativação da via alternativa do C3 ocorre quando imunocomplexos não tomam parte do processo de ativação. O C3c é um constituinte da C5 convertase. C3a é uma anafilotoxina e uma quimiotaxina. C3b é uma opsonina envolvida na aderência imunológica. Material Biológico: Soro. Valor Normal: Superior a 70 %. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Imunohemólise radial. Coleta: 1 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC por até 7 dias. Para períodos maiores, congelar a -20°C. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Complemento total, Frações do Complemento. Interpretação: Deficiência: erro inato autossômico recessivo dos componentes do complemento, glomerulonefrite, LES, púrpura de Henoch-Schönlein, vasculite crônica, polimiosite. Valor Normal: Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. 75 a 135 mg/dl Interferentes: Lipemia. Hemólise. Contaminação bacteriana. Método: Turbidimetria. Sensibilidade analítica = 20 mg/dl Interpretação: Avaliação de deficiência congênita do sistema complemento e da doença formadora de imunocomplexos que consomem C3. Graves infecções bacterianas recorrentes. AUMENTO: DD. inflamatórias agudas. DIMINUIÇÃO: o perfil dos componentes do complemento é característico para cada nefropatia: o CH50 está diminuído nas glomerulonefrites aguda e hipocomplementêmica, e também, no Lúpus eritematoso sistêmico (LES) com nefropatia, na síntese diminuída, catabolismo aumentado, artrite reumatóide, presença de complexos antígenoanticorpo e agregação de gama globulinas fixadas ou circulantes. Cuidado: na presença simultânea de uma condição que aumenta o complemento C3c e de outra que o diminui, a resultante pode ser “complemento C3c normal”. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] COMPLEMENTO C4c C4c COMPLEMENTO CBHPM 4.03.06.71-2 CBHPM 4.03.07.99-9 AMB 28.06.039-3 AMB 28.06.210-8/96 Sinonímia: C4. C4c. Componente C4 do complemento. Fisiologia: O complemento C4 é constituinte da C3 e da C5 convertase. Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC por até 7 dias. Congelar a -20°C para mais tempo. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Complemento total, Frações do Complemento. Valor Normal: 9 a 36 mg/dl Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Lipemia. Hemólise. Contaminação bacteriana. Método: Turbidimetria. Sensibilidade analítica = 2 mg/dl Interpretação: DIMINUIÇÃO: deficiência congênita do complemento, D. LES-símile, Edema angioneurótico hereditário, DD. por imunocomplexos. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] 75 COMPLEMENTO TOTAL (CH50) CH50 COMPLEMENTO CBHPM 4.03.06.74-7 CBHPM 4.03.06.73-9 AMB 28.06.040-7 Sinonímia: Atividade de complemento total clássica. CH100. Atividade hemolítica do complemento. Fisiologia: O papel imunológico do complemento, como um sistema mediador nas DD. imunes ou na defesa do hospedeiro, é atacar e ajudar a destruir células invasoras anormais e/ou macromoléculas. O sistema sérico do complemento é constituído por 11 proteínas diferentes que reagem numa seqüência específica com complexos antígeno-anticorpo. O resultado é aumento da permeabilidade vascular, atração de leucócitos polimorfonucleares e alterações nas membranas celulares que levam à lise e à morte celular. Na via clássica, todos os componentes são ativados começando pelo C1 que consiste em 3 proteínas separadas, C1q, C1r e C1s seguido de C4, C2, C3, C5, C6, C7, C8 e C9. Na via alternativa, C1, C4 e C2 são pulados e a ativação começa pelos Fatores A (C3b) e B. A lise das membranas celulares não ocorre enquanto todos os componentes não tiverem reagido. A maioria dos componentes do complemento é sintetizada desde precocemente na vida fetal. C1 é sintetizado nas células colunares do epitélio intestinal. C4 e C2 são produzidos por macrófagos nos órgãos primitivos. As células do parênquima hepático sintetizam C3. Os pulmões, fígado e intestinos fetais produzem C5. O maior interesse diagnóstico desse teste é detectar deficiências gerais dos componentes do complemento ou diminuição da atividade do complemento sérico. A dosagem da CH50 é baseada na hemólise em tubo de 50 % das hemácias e seu resultado é expresso em Unidades líticas/ml ou pode ser efetuada por ELISA com os resultados expressos em U. CAE (Unidades Complement Activity Enzyme Immunoassay). A dosagem da CH100 é baseada na imuno-hemólise das hemácias em placa de agarose e seu resultado é expresso em percentagem de hemólise. Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Após 1 hora, congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Frações do Complemento, ASLO, FAN, Crioglobulina. Valor Normal: CH50 Normal “Borderline” Patológico CH50 Baixo Normal Alto Unidades líticas/ml 150 a 310 Unidades líticas/ml 101 a 149 Unidades líticas/ml abaixo de 100 Unidades líticas/ml U. CAE até 59,9 U. CAE 60,0 a 144,0 U. CAE > que 144,0 U. CAE Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Lipemia. Hemólise. Contaminação bacteriana. Métodos: Complement Activation Enzyme Immunoassay. Wadsworth & Maltaner. Imuno-hemólise em placa de agarose. Interpretação: Avaliação do sistema complemento em pacientes portadores de doenças formadoras de imunocomplexos e avaliação da deficiência de componentes do sistema. AUMENTO: DD. inflamatórias agudas, leucemia, D. de Hodgkin, sarcoma, D. de Behçet. DIMINUIÇÃO: deficiência hereditária de um ou mais componentes, síntese deprimida de complemento, consumo aumentado do complemento, fixação do complemento por a) imunocomplexos celulares ou teciduais: glomerulonefrite crônica, artrite reumatóide, anemia hemolítica, rejeição de enxerto; b) imunocomplexos circulantes: lúpus eritematoso sistêmico, glomerulonefrite aguda, endocardite bacteriana subaguda, crioglobulinas. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CONCENTRAÇÃO E/OU DILUIÇÃO URINÁRIA, PROVA DA CBHPM 4.03.11.36-8 CBHPM 4.03.11.37-6 AMB 28.13.034-0 AMB 28.13.035-9 Sinonímia: Prova da concentração urinária. Prova ou teste de Fishberg e Volhard. Prova da diluição urinária. Prova da sobrecarga de água. Fisiologia: Após privação de líquidos, espera-se uma concentração da urina enquanto que após sobrecarga de água, espera-se a diluição da urina. Material Biológico: Amostras de urina. Coleta: Prova da concentração: 3 amostras de urina coletadas às 6, às 8 e às 10 horas da manhã seguinte ao dia da restrição hídrica. Prova da diluição: 4 amostras de urina coletadas de hora em hora após a ingestão da água. Obs.: as duas provas não podem ser realizadas no mesmo dia. Armazenamento: Manter a amostras refrigeradas entre +2 a +8ºC enquanto não forem enviadas ao setor técnico. Exames Afins: Restrição hídrica para Diabetes insipidus (com DDAVP). Valor Normal: Prova da Concentração Densidade Osmolalidade Cor Odor Em ao menos uma das amostras: acima de 1,025 acima de 800 mOsm/kg H2O amarelo-ocre “sui-generis” Prova da Diluição Em ao menos uma das amostras: abaixo de 1,003 abaixo de 100 mOsm/kg H2O amarelo-claro ou hídrica inodoro ou quase Densidade Osmolalidade Cor Odor Para a prova de concentração: No dia antes de coletar as amostras o paciente deve fazer uma dieta hiperprotéica (carne, queijo, nozes) e beber apenas 200 ml de líquidos (um copo) até 14 horas antes do teste. (Se a coleta começar às 6 da manhã, não deve beber a partir das 4 da tarde do dia anterior). O jantar só pode ser de alimentos sólidos. Usar pouco sal nos alimentos para prevenir sede excessiva. Não há necessidade de jejum. Para a prova de diluição: De manhã, manter o jejum, esvaziar a bexiga e desprezar essa urina. Beber 1.500 ml de água potável dentro de 30 minutos. Coletar as amostras de urina de hora em hora após terminada a ingestão de água. Interferentes: Drogas: acetaminofen, aciclovir, aminoglicosídeos, anfotericina-B, antiinflamatórios não-esteróides, aspirina, bacitracina, capreomicina, captopril, carmustina, ciclosporina, diuréticos, compostos de ouro, estreptomicina, iodetos orgânicos, lítio, metotrexate, metoxiflurano, neomicina, penicilamina, pentamidina, plicamicina, polimixinas, rádio-opacos, rifampicina, sulfonamidas, tetraciclinas (exceto doxiciclina e minociclina), vancomicina. Método: Densidade: medição em refratômetro clínico. Osmolalidade: por abaixamento crioscópico em Osmômetro. Interpretação: Útil na avaliação de pacientes com poliúria, principalmente na diferenciação de poliúria por Diabetes insipidus ou por polidipsia primária (potomania). Uma prova anormal pode indicar: fluxo sangüíneo renal diminuído, perda funcional de néfrons, disfunção pituitária ou cardíaca ou lesão do epitélio tubular. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Preparo do paciente: Suspender as drogas citadas em “Interferentes” durante 48 horas antes da prova. 77 CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA MIC http://w3med.univ-lille2.fr/pedagogie/contenu/modtransv/module11/item173/antibiotique1.pdf http://www.ial.sp.gov.br/publicacao/revista/2000/000 1-003.htm http://www.probac.com.br/etest.htm CBHPM 4.03.10.30-2 Sinonímia: MIC. Minimal Inhibitory Concentration. CIM. Concentração Inibitória Mínima. Teste de suscetibilidade a drogas MIC. Teste de “sensibilidade” (termo inadequado) a drogas MIC. Concentração bactericida mínima. Material Biológico: Microrganismo isolado de sangue, liquor, urina, fezes ou secreções em geral. Coleta: Cepa liofilizada ou colocada em meio de transporte adequado (TSB) e conservada à temperatura ambiente. Armazenamento: Temperatura ambiente. Exames Afins: Poder bactericida do soro. Antibiograma. Valor Normal: Informa a Concentração Inibitória Mínima do antibiótico no sangue do paciente para tratamento crítico de microrganismo susceptível ou intermediário. Preparo do Paciente: Informar se o paciente fez uso de medicação antibiótica até 48 horas antes da coleta e o nome do antibiótico. Interferentes: Antibióticos e quimioterápicos. Método: Difusão. Microdiluição em placa. Etest® (AB Biodisk, Solna, Suécia). Interpretação: Teste útil para nortear o tratamento das infecções bacterianas graves. Através dos cálculos apresentados pode-se escolher o antibiótico mais adequado ao tratamento, sua dose e intervalo de administração. Sitiografia: http://www.anesthesiste.org/sf/IMG/pdf/pKpD_Antibi otiques_Bedos_05.pdf Para: Cálculo para adequação da dose e do intervalo do antibiótico e Cálculo da AUC – Area Under Curve (Área sob a curva) do MIC, ver APÊNDICE 8. COOMBS DIRETO CBHPM CBHPM CBHPM CBHPM 4.03.04.10-8 4.04.03.68-8 4.04.03.69-6 4.04.03.70-0 AMB 28.04.015-5 Sinonímia: Pesquisa de sensibilização eritrocitária por anticorpos incompletos, anticorpos bloqueantes, anticorpos univalentes, glutininas hiperimunes ou de albumina. Obs. 1: Os Anticorpos incompletos não reagem em soro fisiológico, necessitando de meio com maior viscosidade como solução 20 a 30 % de albumina bovina. Obs. 2: Anticorpos completos, aglutininas, anticorpos salinos ou anticorpos bivalentes são assim chamados porque tanto reagem em soro fisiológico quanto em albumina bovina. COOMBS, R.R.A. = imunologista britânico nascido em 1921. Interpretação: Coombs Direto positivo pode ocorrer em decorrência de: anemia hemolítica do recém-nascido por incompatibilidade dos sistemas AB0 ou Rh, anemia hemolítica auto-imune idiopática, anemia hemolítica induzida por medicamentos. MEDICAMENTOS INDUTORES: acetofenetidina, ácido etacrínico, ácido flufenâmico, ácido melenâmico, alfametildopa (Aldomet), antiinflamatórios não esteróideos, cefalosporinas, cefalotina, cefaloridina, cefapirina, cefazolina, clorodiazepóxido, cimetidina, ethosuximida, fenacetina, levodopa, penicilinas, p-aminossalicilato, procainamida, quinidina, quinina, tetraciclina. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Fisiologia: Hemácias suspeitas de estarem com anticorpos incompletos aderidos à membrana são incubadas com soro anti-gamaglobulina humana (soro de Coombs). A reação é positiva quando ocorre aglutinação das hemácias. Material Biológico: Sangue total ou do cordão umbilical # com anticoagulante. Coleta: 3 a 4 ml de sangue total coletado com EDTA ou citrato. Armazenamento: Enviar imediatamente ao laboratório. Exames Afins: Aglutininas Anti-Rh, Reticulócitos, FAN. Valor Normal: Negativo (ausência de anticorpos) Interferentes: # Na coleta de sangue do cordão, tomar cuidado para não adicionar a substância gelatinosa (geléia de Wharton), pois esta interfere nos resultados. Obs.: ocorre reação falso-positiva no mieloma múltiplo e na macroglobulinemia de Waldenström. Método: Aglutinação de hemácias. 79 COOMBS INDIRETO CBHPM 4.03.04.88-4 CBHPM 4.04.03.71-8 AMB 28.04.015-5 AMB 28.04.098-8/92 Sinonímia: Aglutininas Anti-Rh. Anticorpos isoimunes. COOMBS, R.R.A. = imunologista britânico nascido em 1921. Material Biológico: Soro. Coleta: 2,0 ml de soro. Armazenamento: Congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frostfree. Exames Afins: DDO em líquido amniótico. Painel de hemácias. Pesquisa de outros anticorpos em painel frio e quente com salina, albumina e albumina-antiglobulina. Valor Normal: Ausência de anticorpos Preparo do Paciente: Não há necessidade de jejum. Método: Gel centrifugação. Interpretação: Identificação de anticorpos anti-eritrocitários (Ver Sistemas e Alelos abaixo). Acompanhamento de pacientes sensibilizados por antígenos de qualquer sistema imunohematológico, principalmente do sistema Rh. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SISTEMA AB0 Rhesus (Rh) Kell Duffy Kidd MNS P Lutheran Lewis I ALELOS A, B, 0, AB C, D, E, c, e K, k Fya, Fyb # Jka, Jkb M, N, S, s P1, P2 Lua, Lub Lea, Leb I, i # populações que não possuem o antígeno Duffy são geneticamente resistentes ao Plasmodium vivax e à malária causada por este parasita. Quando o Coombs Indireto acusa a presença de anticorpos anti-eritrocitários é importante identificálos através de painel de hemácias. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] COPROLÓGICO FUNCIONAL DIGESTÃO ALIMENTAR CBHPM 4.03.03.03-9 AMB 28.03.001-0 Sinonímia: Prova coprológica funcional. Prova funcional da digestão. Prova de digestão alimentar. Material Biológico: Fezes recém-emitidas oriundas especificamente dos resíduos do regime preconizado. Esta prova não pode ser feita nas fezes de pacientes que não se submeteram ao regime descrito abaixo. Não é factível para lactentes e para crianças que ainda não mastigam carne. Coleta: No quarto dia de regime, coletar todo o material da primeira evacuação em vasilha de boca larga previamente fervida e seca. Não contaminar as fezes com urina ou com água. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Exames Afins: Pesquisa de hemoglobina humana oculta. Parasitológico de fezes. Coprocultura. Valor Normal: CARACTERES GERAIS Grau de hidratação Forma Odor Cor pH normal cilíndrica fecal parda 6,7 a 7,5 EXAME MACROSCÓPICO Tecido conjuntivo de carne crua Fragmentos de carne Fragmentos de batata e cenoura Outros restos alimentares ausente raros raros ausentes EXAME MICROSCÓPICO Fibras musculares bem digeridas Fibras musculares mal digeridas Celulose digerível Amido Gorduras neutras Ácidos graxos Sabões Cristais Flora iodófila raras raras raríssima ausente ausentes raríssimos ausentes ausentes ausente Bacilos filiformes Leucócitos Hemácias Leveduras ausentes ausentes ausentes raras REAÇÕES QUÍMICAS Estercobilina Bilirrubina Albuminas íntegras Albuminas degradadas Albumoses Mucina + ausente ausentes ausentes ausentes + a ++ DOSAGENS QUÍMICAS Ácidos orgânicos totais Amoníaco 14 a 18 ml HCl até 4,5 ml NaOH Preparo do Paciente: O paciente deverá, durante ao menos 3 dias, alimentar-se com o regime de Schmidt e Strasburger modificado por Pontes: CAFÉ DA MANHÃ: 1 copo de leite com ou sem café e açúcar; algumas fatias de pão e manteiga. ALMOÇO: arroz com purê de batatas à vontade ou com 2 batatas cozidas; 1 bife de coxão duro de tamanho médio (100 a 150 g), mal passado (sangrante) na grelha ou na chapa; 1 colher das de sopa de CALDO de feijão; 1 banana e uma fatia de queijo tipo minas ou Catupiry. LANCHE DA TARDE: opcional, podendo ser igual ao café da manhã. JANTAR: sopa de macarrão com cenoura cozida, picada em rodelas ou pequenos pedaços; 1 ovo cozido posto na sopa; arroz com purê de batatas à vontade ou com 2 batatas cozidas; 1 bife semelhante ao do almoço; 1 fatia de bananada ou goiabada com 1 fatia de queijo tipo minas ou Catupiry. LÍQUIDOS: apenas água sem gás, à vontade. Não tomar bebidas alcoólicas nem gasosas. OUTROS: não ingerir medicamentos por via oral, não usar laxantes. Obs.: se o paciente sofrer de constipação intestinal talvez seja necessário prolongar os dias de regime para 5 ou 6. Interferentes: Fezes envelhecidas, mal conservadas ou cujos resíduos não correspondem ao do regime prescrito. Contaminação com urina ou com água do vaso sanitário. Medicamentos orais. Bebidas alcoólicas e gasosas. Regime diferente do preconizado. Ingestão de alimentos não especificados. 81 Método: Inspeção macroscópica. Observação ao microscópio óptico e reações químicas. Interpretação: Este exame só deve ser solicitado após: - Pesquisa de sangue humano oculto Negativa, - exame parasitológico de fezes Negativo e - coprocultura Negativa para microrganismos enteropatogênicos. Conforme o quadro analítico pode-se classificar as síndromes coprológicas em: COPROLÓGICO FUNCIONAL PARA LACTENTES DIGESTÃO ALIMENTAR INFANTIL CBHPM 4.03.03.03-9 AMB 28.03.001-0 Sinonímia: Prova coprológica funcional infantil ou para lactentes. Prova funcional da digestão infantil ou de lactentes. Prova de digestão alimentar infantil ou de lactentes. Material Biológico: Fezes recém-emitidas. DISTÚRBIOS MOTORES: Fezes de constipação. Diarréia segmentar do ceco. Diarréia segmentar do delgado. INSUFICIÊNCIAS DIGESTIVAS: Insuficiência pancreática. Insuficiência biliar. Insuficiência gástrica. SÍNDROMES DE LESÕES DA MUCOSA: Diarréia com lesão de mucosa. Constipação com lesão de mucosa. Fezes de falsa diarréia. Coleta: Coletar as fezes diretamente de um plástico colocado sob o lactente. A coleta da fralda já ocasiona uma desidratação das fezes. Aplicar uma fralda estrategicamente sobre as vias urinárias para que uma eventual micção não contamine as fezes. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Exames Afins: Parasitológico de fezes. Coprocultura. Valor Normal: CARACTERES GERAIS DISMICROBISMOS: Fezes de fermentação. Fezes de putrefação. Diminuição de fermentação. Desvio misto, fermentativo e putrefativo. Síndrome coprológico devido a antibiótico de largo espectro. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Grau de hidratação Forma Odor Cor pH aumentada amorfa típico de bebê parda-clara 6,5 a 7,5 EXAME MACROSCÓPICO Restos alimentares ausentes EXAME MICROSCÓPICO Fibras musculares bem digeridas Fibras musculares mal digeridas Celulose digerível Amido Gorduras neutras Ácidos graxos Sabões Cristais Flora iodófila Bacilos filiformes Leucócitos Hemácias Leveduras ausentes ausentes ausente ausente ausentes raríssimos ausentes ausentes ausente ausentes ausentes ausentes raras Constipação com lesão de mucosa. Fezes de falsa diarréia. REAÇÕES QUÍMICAS Sangue oculto Substâncias redutoras Pigmentos biliares Vermelho = Alaranjado = Verde = Branco = ausente ausentes estercobilina mesobilirrubina bilirrubina ausência Preparo do Paciente: O paciente deverá, durante ao menos 2 dias, alimentar-se apenas de leite. Água ad libitum. OUTROS: não administrar medicamentos por via oral, não usar laxantes, nem leveduras e nem lactobacilos. DISMICROBISMOS: Fezes de fermentação. Fezes de putrefação. Diminuição de fermentação. Desvio misto, fermentativo e putrefativo. Síndrome coprológico devido a antibiótico de largo espectro. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Interferentes: Fezes envelhecidas, mal conservadas ou cujos resíduos não correspondem ao do regime prescrito. Contaminação com urina ou com outros líquidos (soro fisiológico, sabão líquido, detergentes, antisépticos, óleos dermatológicos, pomadas, cremes, etc.). Medicamentos orais. Outras bebidas que não o leite ou a água. Regime diferente do preconizado. Ingestão de alimentos não especificados. Método: Inspeção macroscópica. Observação ao microscópio óptico e reações químicas. Interpretação: Este exame só deve ser solicitado após: - exame parasitológico de fezes Negativo e - coprocultura Negativa para microrganismos enteropatogênicos. Conforme o quadro analítico pode-se classificar as síndromes coprológicas em: DISTÚRBIOS MOTORES: Fezes de constipação. Diarréia segmentar do ceco. Diarréia segmentar do delgado. INSUFICIÊNCIAS DIGESTIVAS: Insuficiência pancreática. Insuficiência biliar. Insuficiência gástrica. SÍNDROMES DE LESÕES DA MUCOSA: Diarréia com lesão de mucosa. 83 pode indicar doença, estar associado a um efeito ou a uma disfunção do sistema biológico avaliado. COPROPORFIRINAS CBHPM 4.03.13.12-3 AMB 28.13.014-6 AMB 28.15.011-2 Sinonímia: Coproporfirina I + Coproporfirina III. Chumbo inorgânico. Fisiologia: Oriundos, respectivamente, do Uroporfirinogênio I e III, o Coproporfirinogênio I e o Coproporfirinogênio III, por perda de 4 CO2 cada, se transformam em Coproporfirina I e III. O Chumbo, além da manipulação na própria indústria de sua refinação, laminação e fundição, é utilizado na metalurgia de bronze, na indústria cerâmica, de baterias e acumuladores, em tintas, esmaltes, vernizes, na indústria de pigmentos, vulcanização da borracha, indústria gráfica, olarias, como componente da gasolina, na indústria petrolífera, fabricação de fósforos, vidro, munição, fotocopiadoras e pérolas artificiais. Material Biológico: Urina de 24 horas. Coleta: Alíquota de 50 ml de urina de 24 horas. Informar o volume total ao laboratório. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC e manter ao abrigo da luz durante a coleta até o procedimento analítico. Exames Afins: Porfobilinogênio. Chumbo. ALA. Zn-protoporfirina. Valor Normal: Normal IBMP até 150 µg/l ou até 120 µg/24 h até 200 µg/l ou até 100 µg/g Creatinina Interferentes: Exposição à luz. Método: Fluorimétrico ou HPLC. Interpretação: Útil na avaliação e diagnóstico das porfirinopatias. Além de mostrar uma exposição excessiva ao Chumbo, este Indicador Biológico tem também significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CORONAVIRUS SARS - H5N1 Sinonímia: SARS. Severe Acute Respiratory Syndrome. SRAG. Síndrome Respiratória Aguda Grave. Pneumonia asiática. D. de Guandong. IBV. Infectious Bronchitis Virus. Vírus H5N1. Vírus da febre aviária. ICTVdB 03.019.0.01.001 Fisiologia: TAXONOMIA: Ordem Nidovirales, Família Coronaviridae, Gênero Coronavirus, Espécie Infectious Bronchitis virus. ssRNAvirus. Chamam-se “corona” devido ao halo parecido a uma coroa que os envolve quando vistos à microfotografia eletrônica. Zoonose de aves e suínos que teria principiado a contaminar humanos em Guandong (China). Transmissão aérea através de gotículas de Flügge (tosse e espirros), telefones públicos e por contato pelos vetores: Boca A → mão A → mão B → boca B boca A → mão A → objeto* → mão B → boca B (*maçanetas, botões de elevador, teclados, telefones, torneiras) e fezes (ânus) A → mão de A → mão de B → boca B O vírus sobrevive 3 horas no meio-ambiente, mas já se admite um prazo possível de até 24 horas. A proteção contra a infecção, enquanto não for desenvolvida uma vacina, se dá por manter-se afastado das áreas suspeitas, evitar aglomerações e locais fechados, usar máscaras N-95, luvas de procedimento e praticar freqüentes lavagens das mãos. O período de incubação é de 3 a 7 dias. Taxa de letalidade: 6 %. Material Biológico: Esfregaços ou aspirados das vias aéreas superiores. Lavado bronco-alveolar. Soro. Sangue total. Fezes. Colocar os swabs coletados imediatamente em recipientes contendo 2 ml de meio de transporte estéril para vírus. A metade do lavado bronco-alveolar deve ser centrifugada. O sobrenadante deve ser decantado para outro recipiente estéril e o botão celular remanescente fixado em formalina. Soro. Coletar o sangue em tubo com gel separador, esperar a formação do coágulo e centrifugar o mais cedo possível. Depois separar o soro para outros tubos estéreis. Sangue total. Coletar com EDTA. Fezes. Colocar 10 a 50 g de fezes em recipiente estéril. Armazenamento: Swabs: para transporte a curta distância refrigerar entre +2 a +8ºC. Para transporte distante congelar em gelo seco a –80ºC. Lavado: idem acima. As células fixadas em formalina podem ser transportadas à temperatura ambiente. Soro: idem acima. Sangue total: refrigerar entre +2 a +8ºC. Fezes: idem acima. Valor Normal: Negativo, Não reagente ou Ausente. Método: PCR. Reação em Cadeia da Polimerase. Recentemente foi desenvolvido um Teste Rápido que detecta o vírus em swabs nasais ou culturas de garganta com resultado em até 4 horas. Até a presente data, nenhum desses testes está disponível no Brasil. Interpretação: O quadro clínico é muito parecido com o da Gripe, com febre acima de 38ºC, calafrios, cefaléia, mialgia, dispnéia, pleurodínia, cianose, fadiga, taquipnéia e estertores. Pode evoluir rapidamente para um quadro dispnéico grave com pneumonia. Diagnóstico diferencial: influenza A e B, VSR - vírus sincicial respiratório, legionelose, pneumococcia. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTdb Coleta: Os esfregaços ou aspirados podem ser nasofaríngeos ou orofaríngeos. Usar swabs de dacron ou rayon com palitos plásticos. Não usar swabs com alginato de cálcio ou com palitos de madeira que podem inibir o crescimento do vírus. 85 CORPOS CETÔNICOS CORTISOL CETONÚRIA HIDROCORTISONA CBHPM 4.03.11.08-2 AMB 28.13.049-9/96 Sinonímia: Cetonúria. Acetona. Ácido diacético. Ácido acetoacético. Teste de Lange. Teste de Gerhardt. Material Biológico: 5 ml de urina recente. Coleta: Dispensa preparo. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Exames Afins: Glicemia, Glicosúria. Valor Normal: Normal = ausentes Interferentes: Drogas que aumentam os corpos cetônicos: levodopa, pyridium, aspirina, ácido ascórbico, contraste, éter anestésico, inositol, metionina, insulina (dose excessiva), metformina, isoniazida, intoxicação por álcool isopropílico, paraldeído, fenformina. CBHPM 4.07.12.19-2 AMB 28.05.014-2 Sinonímia: Hidrocortisona. Composto F de Kendall. Composto F de Richter. F. Substância M de Reichstein. Cortisol AM. Cortisol matutino. Cortisol PM. Cortisol vespertino. Fisiologia: 11-ß,17-α,21-triidroxi-4-pregnen-3,20-diona. Fórmula molecular = C21H30O5 Massa molecular = 362,466 g/mol O Cortisol é um hormônio glicocorticóide primário, sintetizado a partir do colesterol pelo córtex suprarenal sob ação do ACTH. É essencial à vida, regulando o metabolismo de carboidratos, proteínas e lípides. Além disso, mantém normal a pressão arterial e funciona como inibidor de reações alérgicas e inflamatórias. CRONOBIOLOGIA: A secreção de cortisol sofre um ritmo nictemeral (circadiano) com pico máximo ao despertar e mínimo 14 a 18 horas após. Varia de -100 a +120 % ao redor de uma média no mesmo indivíduo, podendo reduzir-se quase à metade ou aumentar além do dobro NO MESMO DIA. SITUAÇÃO METABÓLICA: Interpretação: Jejum prolongado, vômitos incoercíveis, estado de mal epiléptico, febres, hipoglicemia, diabetes mellitus, TU hipofisário, TU supra-renal, dieta hiperprotéica, cetose periódica idiopática. Ver também o título Acetona. 11-DESOXICORTISOL (Composto S) ↓ 11-beta-hidroxilase CORTISOL ↓ 11-beta-hidroxi-desidrogenase CORTISONA (Composto E de Richter) Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CH2OH CO HO OH 11 O CORTISOL Tanner Tanner Tanner Tanner CICLO NICTEMERAL DO CORTISOL CORTISOL EM µg/dl 30 II e III II e III IV e V IV e V ♂ ♀ ♂ ♀ 4,0 4,0 5,0 6,0 a a a a 13,0 16,0 15,0 15,0 µg/dl µg/dl µg/dl µg/dl 25 ADVIA Centaur 20 15 10 5 0 0 4 8 12 16 20 24 28 32 HORA DO DIA FAIXA INFERIOR FAIXA SUPERIOR Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro coletado após 30 minutos de veia cateterizada (às 8, 16 e 24 horas). Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 2 dias. Congelar a -20ºC para até 3 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free. Hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Adultos µg/dl 1,64 a 9,48 1,90 a 11,26 2,34 a 13,46 2,90 a 15,66 3,38 a 17,79 3,82 a 19,92 4,13 a 21,55 4,30 a 22,40 4,27 a 22,30 4,18 a 22,10 4,09 a 21,40 3,88 a 20,55 Hora 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Adultos µg/dl 3,67 a 19,50 3,43 a 18,35 3,25 a 17,45 3,09 a 16,66 2,75 a 15,36 2,41 a 14,52 2,07 a 12,79 1,73 a 11,17 1,45 a 9,87 1,31 a 9,00 1,24 a 8,27 1,30 a 8,00 * Para obter valores em ng/ml, multiplicar os µg/dl por 10 ** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl por 27,5888 Exames Afins: SDHEA, Androstenediona, Testosterona. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Valor Normal: Interferentes: Lipemia. DROGAS: Aumento: anfetaminas, carbamazepina, contraceptivos orais, estrógenos, vasopressina, antidepressivos tricíclicos. Diminuição: glicocorticóides, lítio, L-Dopa, acetato de megestrol, oxazepam, cetoconazol, danazol, efedrina. Fluoroimunoensaio: Adultos Hora µg/dl Hora 1 1,9 a 8,3 13 2 2,6 a 10,8 14 3 3,6 a 13,9 15 4 4,8 a 17,0 16 5 5,9 a 20,0 17 6 6,9 a 23,0 18 7 7,6 a 25,3 19 8 8,0 a 26,5 20 9 7,9 a 26,4 21 10 7,6 a 26,0 22 11 7,3 a 24,6 23 12 6,6 a 22,9 24 Crianças Prematuro RN de termo, até 3 dias 4 dias a 11 meses 1 a 5 anos 6 a 12 anos Adultos µg/dl 5,9 a 20,8 5,1 a 18,5 4,5 a 16,7 4,0 a 15,0 3,5 a 13,8 3,0 a 12,1 2,5 a 10,5 2,0 a 9,0 1,6 a 7,8 1,4 a 7,0 1,3 a 6,7 1,4 a 7,0 até 15,0 µg/dl até 14,0 µg/dl 3,0 a 23,0 µg/dl 6,0 a 25,0 µg/dl 3,0 a 15,0 µg/dl Método: Fluoroimunoensaio. Marcador ADVIA-Centaur 152 Eu. Interpretação: AUMENTO: S. de Cushing, S. do ACTH e do CRH ectópico, adenoma ou carcinoma adrenal, displasia adrenal micronodular, hiperplasia adrenal macronodular, estresse. DIMINUIÇÃO: D. de Addison, insuficiência pituitária com baixo ACTH. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] 87 CORTISOL ESTIMULADO POR ACTH 17 OHP ESTIMULADO POR ACTH CBHPM 4.07.12.19-2 AMB 28.05.014-2 Sinonímia: Estímulo de ACTH para cortisol. Teste de liberação de cortisol após estímulo com ACTH. Estímulo de ACTH para 17 OHP e/ou 11 desoxicortisol. Teste imediato (rápido) do Synacthene®. Prova de Thorn = prova obsoleta de função adrenocortical que consistia de contagem de linfócitos e eosinófilos circulantes e dosagem de ácido úrico, antes e 4 horas depois de injeção de ACTH. Fisiologia: ATENÇÃO: este teste só pode ser executado após importação da tetracosactida hexacetato (corticotrofina sintética correspondente aos 24 primeiros aminoácidos do ACTH), Cortrosyn®, Synacthene ou Synacthen da Novartis Pharma SAS, pois o produto não existe mais no mercado brasileiro. Combinar os detalhes com o Laboratório. Observação de 20/11/2001. Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro para cada tempo da curva. 4 tubos de soro identificados para cortisol# com seus respectivos tempos. # este mesmo teste também pode servir para dosagem de 17 OHP e/ou 11 desoxicortisol. Armazenamento: Congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: 17 α-hidroxi-progesterona. 11 desoxicortisol. Valor Normal: Normal basal Normal aos 30 min Normal aos 60 min Normal aos 90 min varia conforme a hora do dia Ver em Cortisol acréscimo de ao menos 10 µg/dl ao basal acréscimo de ao menos 20 µg/dl ao basal retorno ao nível de 30 minutos Cortisol matutino Adultos Crianças 4 dias a 11 meses 1 a 5 anos 6 a 12 anos Tanner II e III ♂ Tanner II e III ♀ Tanner IV e V ♂ Tanner IV e V ♀ 60 minutos após ACTH 14,0 a 41,0 µg/dl 32,0 22,0 17,0 15,0 16,0 18,0 18,0 a a a a a a a 60,0 40,0 28,0 45,0 32,0 27,0 35,0 µg/dl µg/dl µg/dl µg/dl µg/dl µg/dl µg/dl Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Manter o paciente deitado, em venoclise, durante uns 30 minutos antes de iniciar o teste. Coletar a amostra basal e anotar a hora. Em seguida, injetar EV, 36 µg de tetracosactida por kg de peso, no limite de 250 µg (0,250 mg) (tetracosactida = Synacthene®## = ACTH sintético) diluindo a dose a ser injetada em 5 ml de soro fisiológico. Cronometrar. Coletar as demais amostras aos 30, 60 e 90 minutos. Um teste mais simples pode ser feito com duas amostras: a basal e a de 60 minutos. ## Para o teste imediato (rápido) e preciso utilizar o Synacthene® de curta duração. Synacthene retard® (de ação prolongada) só serve para o teste retardado e segue outro protocolo. Interferentes: Lipemia e hemólise. Método: Fluoroimunoensaio. Marcador 152 Eu. Interpretação: Utilizado na insuficiência supra-renal, nos defeitos de síntese da supra-renal e na ausência de resposta ao ACTH. Uma resposta normal exclui insuficiência supra-renal primária. Resposta anormal na S. de Cushing e na D. de Addison. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CORTISOL ESTIMULADO POR INSULINA CBHPM 4.07.12.19-2 AMB 28.05.014-2 Sinonímia: Estímulo de insulina para cortisol. TTI. Teste de tolerância à insulina para cortisol. ITT. Insulin Tolerance Test. Material Biológico: Soro E plasma fluoretado. 2x5 amostras. Interferentes: Lipemia e hemólise. Método: Cortisol: fluorimetria. Glicose : hexoquinase -UV- automatizado. Interpretação: Este teste avalia o setor produtor de ACTH hipofisário. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Coleta: 1,0 ml de soro e 1,0 ml de plasma fluoretado para cada tempo da curva. 5 tubos de soro identificados para cortisol com seus respectivos tempos. 5 tubos de plasma fluoretado identificados para glicose com seus respectivos tempos. Armazenamento: Congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Cortisol. Ritmo de cortisol. TSH estimulado por TRH. Testes de estímulo para HGH. LH e FSH estimulados por LHRH. Megateste. Valor Normal: Normal aumento de ~ 60 % da dosagem do cortisol acima do valor basal ou, ao menos, 7 µg/dl acima do valor basal. Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Manter o paciente deitado, em venoclise, durante uns 30 minutos antes de iniciar o teste. Ter pronta uma seringa com glicose a 50 % para eventual emergência. Coletar as amostras basais. Em seguida, injetar EV 0,1 UI/kg de peso de Insulina Regular# (ou 0,15 UI/kg de peso nos casos de obesidade, acromegalia ou S. de Cushing severa. No hipertireoidismo, diminuir a dose para 0,05 UI/kg de peso). Cronometrar. Coletar as demais amostras nos tempos 30, 60, 90 e 120 minutos. Se o paciente apresentar hipoglicemia severa, injetar lentamente glicose a 50 % EV e suspender o teste. Este teste deve preferencialmente ser feito em laboratório hospitalar, principalmente em crianças e pacientes com insuficiência coronária ou cérebro-vascular. # antigamente, chamada de insulina simples ou insulina cristalina. Insulinas NPH, PZI, semilenta e lenta não servem. 89 Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CORTISOL LIVRE CBHPM 4.03.05.21-0 AMB 28.05.014-2 Sinonímia: Cortisol livre. Free cortisol. Material Biológico: Soro. Coleta: 2,0 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 e +8ºC por até 2 dias. Para períodos maiores (até 4 semanas) convém congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos. Exames Afins: Cortisol, SDHEA, Androstenediona, Testosterona, 17OH urinário. Valor Normal: Adultos Matutino 60 minutos após estímulo Vespertino Crianças - matutino Prematuro Prematuro, aos 3 meses RN de termo De termo, aos 3 meses 6 a 9 anos 10 e 11 anos 12 a 14 anos 15 a 17 anos 0,40 a 1,92 µg/dl 1,88 a 4,73 µg/dl 0,20 a 0,90 µg/dl até 7,5 µg/dl até 3,5 µg/dl até 9,3 µg/dl até 3,9 µg/dl 0,37 a 1,62 µg/dl 0,27 a 1,12 µg/dl 0,23 a 1,67 µg/dl 0,43 a 1,77 µg/dl * Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl por 27,59 Interferentes: DROGAS: Aumento: contraceptivos orais. Diminuição: diuréticos, cetoconazol. Método: Fluorimetria. Interpretação: Avaliação de função da glândula adrenal, principalmente em casos de hiperfunção. Cortisol livre na urina de 24 horas tem mais valor diagnóstico que uma simples dosagem sérica do hormônio. CORTISOL LIVRE URINÁRIO CBHPM 4.03.05.21-0 AMB 28.05.014-2 Sinonímia: Cortisol urinário livre. FUC. Ver também: Cortisol total urinário. Material Biológico: Urina de 24 horas. Coleta: Alíquota de 50 ml de urina, anotando o volume total de 24 horas. Não adicionar nenhum conservante. É recomendado solicitar, também, a dosagem da Creatinina urinária a fim de rastrear volumes urinários incompletos. Obs.: na eventualidade de precisar usar algum conservante na urina, seja para outros testes ou por falta de geladeira, pode-se utilizar ácido bórico à razão de 10 g por litro de urina. Armazenamento: Armazenar o frasco em geladeira entre +2 e +8ºC por até 2 dias. Para períodos maiores (até 4 semanas) convém congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos. Exames Afins: SDHEA, Androstenediona, Testosterona, 17OH urinário. Valor Normal: 2 a 7 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ 8 a 11 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ 12 a 16 anos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ 17 em diante Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Método I 0,16 a 4,96 µg/dl 1,3 a 17,8 µg/24 horas 0,93 a 175,20 µg/g Creatinina 0,96 a 175,20 µg/g Creatinina Adultos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina ♂ Por Creatinina ♀ Método II 0,18 a 4,25 µg/dl 2,9 a 34,0 µg/24 horas 0,71 a 52,47 µg/g Creatinina 1,04 a 75,89 µg/g Creatinina Adultos Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina Crianças Alíquota Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina ♂ ♀ Método III 1,25 a 11,25 µg/dl 20,0 a 90,0 µg/24 horas 4,88 a 138,89 µg/g Creatinina 7,14 a 200,89 µg/g Creatinina ♂ ♀ 0,12 a 3,38 µg/dl 2,0 a 27,0 µg/24 horas 0,49 a 41,67 µg/g Creatinina 0,71 a 60,27 µg/g Creatinina * Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl por 27,59 ** Para obter valores em nmol/24 h, multiplicar os µg/24 h por 2,759 Interferentes: DROGAS: Aumento: contraceptivos orais. Diminuição: diuréticos, cetoconazol. Método: Fluorimetria. Interpretação: Avaliação de função da glândula adrenal, principalmente em casos de hiperfunção. Cortisol livre na urina de 24 horas tem mais valor diagnóstico que uma simples dosagem sérica do hormônio. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] 0,16 a 3,98 µg/dl 1,5 a 21,4 µg/24 horas 0,79 a 72,32 µg/g Creatinina 0,87 a 81,18 µg/g Creatinina 0,17 a 5,36 µg/dl 2,2 a 38,5 µg/24 horas 0,77 a 71,40 µg/g Creatinina 0,94 a 85,00 µg/g Creatinina 0,31 a 6,87 µg/dl 5,0 a 55,0 µg/24 horas 1,22 a 84,88 µg/g Creatinina 1,79 a 122,77 µg/g Creatinina 91 CORTISOL SUPRIMIDO POR DEXAMETASONA CBHPM 4.07.12.19-2 AMB 28.05.014-2 Sinonímia: Teste de depressão da adrenal. Teste de supressão do eixo hipófiso-adrenal. Teste de inibição da adrenal. Nome comercial da dexametasona: Decadron. Material Biológico: Soro. 2 amostras. Coleta: 1,0 ml de soro para cada data da curva. 2 tubos respectivamente identificados com a data e a hora da coleta. Importante: ver mais detalhes da coleta no título ACTH. Armazenamento: Congelar a –20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Cortisol. Sulfato de deidroepiandrosterona. Valor Normal: Dia N (basal) Dia N+1 (suprimida) 8,0 a 26,5 µg/dl até 5,0 µg/dl ou espera-se uma diminuição de perto de 50 % do valor basal. Preparo do Paciente: Dia N: (amostra basal) Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Coletar o sangue entre 7 e 9 horas da manhã, de preferência às 8 horas. Anotar data e hora exata. Às 23 horas deste mesmo dia o(a) paciente deve tomar VO 1,0 mg de dexametasona (2 comprimidos de 0,5 mg de Decadron). Dia N+1: (amostra com supressão) Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Coletar o sangue exatamente à mesma hora que foi coletado no dia anterior. Anotar data e hora exata. Interferentes: Lipemia e hemólise. Alcoolismo, D. aguda, estresse crônico, uremia, hiperestrogenemia, gravidez, PMD. Método: Fluoroimunoensaio. Marcador 152 Eu. Interpretação: É o principal teste para avaliação inicial da hiperfunção adrenal (D. de Cushing). Caso não haja supressão do cortisol pela dexametasona, outros exames são indicados para esclarecimento do diagnóstico. Na S. de Cushing existe produção independente de cortisol que não é inibida pela dexametasona. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CORTISOL TOTAL URINÁRIO CBHPM 4.07.12.19-2 * Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl por 27,59 AMB 28.05.014-2 Sinonímia: Cortisol urinário total. Ver também: Cortisol livre urinário. Material Biológico: Urina de 24 horas. Coleta: Alíquota de 50 ml de urina, anotando o volume total de 24 horas. Não adicionar nenhum conservante. É recomendado solicitar, também, a dosagem da Creatinina urinária a fim de rastrear volumes urinários incompletos. Obs.: na eventualidade de precisar usar algum conservante na urina, seja para outros testes ou por falta de geladeira, pode-se utilizar ácido bórico à razão de 10 g por litro de urina. ** Para obter valores em nmol/24 h, multiplicar os µg/24 h por 2,759 Interferentes: DROGAS: Aumento: contraceptivos orais. Diminuição: diuréticos, cetoconazol. Método: IFMA - Fluoroimunoensaio. Marcador 152Eu. Interpretação: Avaliação de função da glândula adrenal, principalmente em casos de hiperfunção. Cortisol total na urina de 24 horas tem mais valor diagnóstico que uma simples dosagem sérica do hormônio. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Armazenamento: Armazenar o frasco em geladeira entre +2 e +8ºC por até 2 dias. Para períodos maiores (até 4 semanas) convém congelar a amostra a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos. Exames Afins: SDHEA, Androstenediona, Testosterona, 17OH urinário. Valor Normal: Adultos IFMA Alíquota Por 24 horas Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina ILMA Alíquota Por 24 horas Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina ILMA Alíquota Por 24 horas Por 24 horas Por Creatinina Por Creatinina ♂ ♀ ♂ ♀ ♂ ♀ Percentis 2,5 e 97,5 % AutoDELFIA 5,77 a 59,18 µg/dl 92,4 a 473,4 µg/24 horas ou 255 a 1.306 nmol/24 horas 22,56 a 730,56 µg/g Creatinina 33,00 a 1.056,70 µg/g Creatinina Advia Centaur 1,78 a 26,71 µg/dl 28,5 a 213,7 µg/24 horas ou 78,6 a 589,6 nmol/24 h 6,96 a 329,78 µg/g Creatinina 10,18 a 477,01 µg/g Creatinina Immulite 2000 2,26 a 18,12 µg/dl 36,2 a 145,0 µg/24 horas ou 100 a 400 nmol/24 horas 8,84 a 223,76 µg/g Creatinina 12,93 a 323,66 µg/g Creatinina 93 COXSACKIE B CREATINA CBHPM 4.03.07.68-9 CBHPM 4.03.01.62-1 Sinonímia: Enterovirus. Poliovirus. Coxsackievirus B. ICTVdB 00.052.0.01.004.02 Sinonímia: Ácido N-metilguanidinoacético. Fisiologia: Coxsackievirus B: Taxonomia: Família Picornaviridae, Gênero Enterovirus, Espécie Poliovirus: Human coxsackievirus B 1 a 6 (Poliovirus, sorotipos 1 a 6). RNAvirus sem envelope. Material Biológico: Soro. Coleta: Volume mínimo 1 ml Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Valor Normal: Negativo ou Não reagente Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Coleta inadequada. Método: Fixação do complemento. Interpretação: Diagnóstico das infecções por vírus COXSACKIE B (B1 a B6). Anticorpos anti-Coxsackie B são encontrados na população em geral com títulos de 1/4 (1:22) a 1/64 (1:27) (infecção pregressa). Títulos de 1/128 (1:28) ou mais são encontrados com quadro clínico compatível (miocardite, pericardite, meningite asséptica). Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTdb AMB 28.01.053-1 Não confundir CREATINA com CREATININA nem com CREATINA FOSFOQUINASE! Fisiologia: Fórmula molecular = C4H9N3O2 Massa molecular = 131,135 g/mol A creatina é uma substância nitrogenada, nãoprotéica, muito abundante nos músculos. Ela é sintetizada no fígado a partir da arginina. A creatina liberada na circulação é, então, captada pelos músculos que a converte em fosfo-creatina por ação de uma creatina-quinase, representando uma reserva energética para a contração muscular. A quantidade de creatina captada é proporcional à quantidade da creatina-quinase muscular. A creatina e a fosfocreatina podem, por desidratação, se transformar em creatinina. A creatina é filtrada pelo glomérulo e é quase totalmente reabsorvida pelos túbulos. A creatina é mais elevada na mulher pelo fato da produção hepática ser praticamente a mesma do que no homem, mas a sua captação é menor por ter menos massa muscular. SITUAÇÃO METABÓLICA: CREATINA-FOSFATO + ADP (músculos) ↓ Creatinoquinase CREATINA + ATP ↓ Não-enzimático CREATININA + H2O NH2 CNH H3C N C COOH H2 CREATINA Material Biológico: Soro ou Urina. Coleta: 1,0 ml de soro ou alíquota de 50 ml de urina de 24 horas. Informar o volume total das 24 horas e informar ao paciente para desprezar a amostra urinária inicial. Armazenamento: Refrigerar entre +2 e +8ºC Exames Afins: Creatinoquinase. Aldolase. Desidrogenase láctica. CREATININA Valor Normal: CBHPM 4.03.01.63-0 Soro Homens Mulheres Urina Volume de 24 h ♂ Alíquota ♀ Alíquota ♂ Urina de 24 h ♀ Urina de 24 h Anciões acima 90 anos ♂ Por Creatinina ♀ Por Creatinina 0,17 a 0,50 mg/dl 0,35 a 0,93 mg/dl 800 a 1.600 ml § até 3,38 mg/dl até 6,25 mg/dl até 27,0 mg/24 h até 50,0 mg/24 h 25,0 a 239,0 mg/24 h até 41,7 mg/g Creatinina até 111,6 mg/g Creatinina § Para Superfície Corporal ideal = 1,73 m2 * Para obter valores em µmol/l, multiplicar os mg/dl por 76,2573 CREATININIUM AMB 28.01.054-0 Sinonímia: Creatininium. Glicolmetilguanidina. 2-imino-1-metilimidazolidin-4-ona. 1-metilhidantoin-2-imida. Fisiologia: Fórmula molecular = C4H7N3O Massa molecular = 113,12 g/mol NH CH3 N HN CH2 O CREATININA Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Material Biológico: Soro ou urina. Método: Jaffé após hidrólise ácida. Coleta: 1,0 ml de soro. Urina: amostra isolada ou aliquotar 20 ml de urina de 24 horas. Anotar o volume total. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Exames Afins: Uréia, Clearence de creatinina, Clearance de uréia, Na+, K+, Urina tipo I. Valor Normal: Soro Sangue de cordão RN até 4 dias 5 dias a 3 anos 4 a 11 anos 12 a 17 anos 18 a 60 anos 61 a 90 anos Acima de 90 anos Homens (mg/dl) 0,6 a 1,2 0,3 a 1,0 0,2 a 0,4 0,3 a 0,7 0,5 a 1,0 0,9 a 1,3 0,8 a 1,3 1,0 a 1,7 Mulheres (mg/dl) 0,6 a 1,2 0,3 a 1,0 0,2 a 0,4 0,3 a 0,7 0,5 a 1,0 0,4 a 1,1 0,6 a 1,2 0,6 a 1,3 # A eliminação de creatinina é proporcional ao peso da massa muscular do(a) paciente, sendo nas 24 horas, ao redor de 20 a 26 mg/kg de peso corporal para homens e 14 a 22 mg/kg para mulheres. 95 * Para obter valores em µmol/l, multiplicar os mg/dl por 88,4017. ** Para obter valores em mmol/24 horas, multiplicar os mg/24 horas por 0,00884. CREATININA URINÁRIA - HOMENS IDADE anos RN 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15,0 15,5 16,0 16,5 17,0 18,0 19,0 20 a 44 45 a 59 60 a 74 >74 ALÍQUOTA mg/dl 10 a 48 12 a 47 14 a 55 17 a 63 20 a 90 23 a 94 26 a 99 28 a 102 31 a 106 35 a 116 37 a 122 40 a 127 42 a 136 42 a 140 45 a 147 47 a 154 50 a 159 52 a 164 53 a 169 55 a 173 57 a 178 59 a 182 60 a 190 62 a 198 65 a 205 68 a 213 70 a 218 72 a 224 74 a 228 75 a 231 75 a 231 75 a 230 76 a 228 77 a 224 76 a 225 75 a 225 75 a 227 75 a 228 78 a 240 79 a 250 81 a 256 72 a 238 59 a 200 31 a 156 URINA 24 h mg/24 h 20 a 50 35 a 70 50 a 100 70 a 130 90 a 200 110 a 220 130 a 245 150 a 270 175 a 300 200 a 330 225 a 365 250 a 400 275 a 450 230 a 500 335 a 550 370 a 600 405 a 650 440 a 700 475 a 750 510 a 800 545 a 850 580 a 900 615 a 970 650 a 1.040 700 a 1.110 750 a 1.180 800 a 1.250 850 a 1.320 900 a 1.390 950 a 1.460 1.000 a 1.530 1.050 a 1.600 1.100 a 1.640 1.150 a 1.680 1.165 a 1.720 1.180 a 1.760 1.195 a 1.800 1.210 a 1.840 1.240 a 1.920 1.270 a 2.000 1.300 a 2.050 1.150 a 1.900 950 a 1.600 500 a 1.250 CREATININA URINÁRIA - MULHERES IDADE anos RN 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15,0 15,5 16,0 16,5 17,0 18,0 19,0 20 a 44 45 a 59 60 a 74 >74 ALÍQUOTA mg/dl 10 a 48 12 a 47 14 a 55 17 a 63 20 a 90 23 a 94 26 a 99 28 a 102 28 a 106 30 a 117 29 a 112 29 a 127 29 a 134 29 a 141 33 a 147 37 a 152 40 a 157 43 a 161 46 a 165 49 a 169 52 a 173 54 a 177 58 a 179 58 a 182 59 a 183 59 a 184 59 a 185 59 a 185 60 a 185 60 a 185 60 a 187 61 a 189 62 a 187 64 a 185 63 a 184 63 a 184 62 a 183 62 a 183 56 a 168 56 a 169 56 a 175 53 a 169 41 a 150 25 a 119 URINA 24 h mg/24 h 20 a 50 35 a 70 50 a 100 70 a 130 90 a 200 110 a 220 130 a 245 150 a 270 160 a 300 170 a 330 175 a 365 180 a 400 190 a 445 200 a 490 240 a 535 280 a 580 320 a 625 360 a 670 400 a 715 440 a 760 480 a 805 520 a 850 580 a 895 600 a 940 630 a 985 660 a 1.030 690 a 1.075 720 a 1.120 750 a 1.165 780 a 1.210 810 a 1.255 840 a 1.300 870 a 1.305 900 a 1.310 900 a 1.315 900 a 1.320 900 a 1.325 900 a 1.330 900 a 1.340 900 a 1.350 900 a 1.400 850 a 1.350 650 a 1.200 400 a 950 Estas faixas são especialmente úteis para julgar a precisão de coletas de urina de 24 horas: quando a creatininúria de 24 horas dá resultado abaixo da faixa, pode-se deduzir que o volume "de 24 horas" não está completo; quando dá acima da faixa, geralmente a primeira urina do período, que deveria ter sido desprezada, ou alguma outra, foi indevidamente acrescentada à amostragem. IMPORTANTE! O uso da creatininúria dosada em alíquota para fins de dosagem relativa (mg/g de Creatinina) de qualquer analito em amostra aleatória ou avulsa de urina, independente de volume cronometrado, só pode ser aplicado se a dosagem da creatininúria estiver dentro das faixas apresentadas nas tabelas anexas. Toda eliminação de analitos fisiológicos pela urina de 24 horas é uma função da diurese que, por sua vez, é conseqüente à Superfície Corporal do paciente calculada a partir da Altura e do Peso ideal obtido pela fórmula do IMC (Índice de Massa Corporal): PesoIdeal = IMC × Alt 2 onde: PesoIdeal = Peso ideal do paciente, sem gordura, em IMC Alt kg = Índice de Massa Corporal = 24,9 = Altura do paciente em m Exemplo de variação da Diurese e da Creatininúria de 24 horas em pacientes de 20 a 44 anos conforme a Superfície Corporal ideal (SCi) em m2: SCi (m2) 1,73 1,78 1,83 1,87 1,93 1,97 2,03 Diurese Volume (ml/24 h) 800 a 1.600 823 a 1.647 847 a 1.693 862 a 1.725 894 a 1.789 910 a 1.821 939 a 1.877 Homens Creatininúria (mg/24 h) 1.296 a 2.048 1.334 a 2.108 1.372 a 2.168 1.397 a 2.208 1.449 a 2.289 1.475 a 2.330 1.521 a 2.403 Mulheres Creatininúria (mg/24 h) 896 a 1.400 922 a 1.441 948 a 1.482 966 a 1.509 1.002 a 1.565 1.020 a 1.593 1.051 a 1.643 Método: Jaffé automatizado. Interferentes: Drogas: cimetidina, lidocaína, trimetoprim, corticosteróides, fluoximestrona, metandrosterona, metil-dopa, probenecid. Creatininúria: volume incompleto ou excessivo do tempo de coleta. Diluição voluntária da urina. Interpretação: CREATININEMIA AUMENTO: nefropatias agudas ou crônicas, hipovolemia, trauma tecidual, esforço muscular, regime carnívoro, inanição, hipertireoidismo, DD. febris. Drogas: cimetidina, lidocaína, trimetoprim, corticosteróides, fluoximestrona, metandrosterona, metil-dopa, probenecid. DIMINUIÇÃO: massa muscular reduzida: idosos, amputados, caquéticos; regime vegetariano, altitude, dipirona. CREATININÚRIA AUMENTO: hipertrofia de massa muscular, regime carnívoro, jejum prolongado, inanição, distrofia muscular, poliomielite, atrofia muscular ativa, polimiosite, hipertireoidismo, miopatia secundária a corticosteróides, esmagamento muscular, necrose muscular aguda, queimadura de 2º e 3º grau afetando músculos. DIMINUIÇÃO: hipotrofia de massa muscular, amputações. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] A Superfície Corporal ideal (para IMC = 24,9) em m2 pode ser calculada a partir da altura em cm pela equação: SCi = onde: SCi Alt Alt 1,575 × 5,62 10.000 = Superfície Corporal ideal em m2 = Altura do paciente em cm Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. 97 CREATININA, CLEARANCE DE CLEARANCE DE CREATININA CBHPM 4.03.01.50-8 AMB 28.01.042-6 Sinonímia: Clearance ou depuração de Creatinina. GFR. Glomerular Filtration Rate. Taxa de filtração glomerular. Fisiologia: O Clearance ou a depuração de creatinina representa a quantidade de plasma completamente depurado da creatinina pelos rins em um minuto. Material Biológico: Soro e Urina. Coleta: Soro : volume mínimo 1,0 ml Urina: alíquota de ao menos 5,0 ml informando o volume total urinário exato e o tempo de coleta exato. Urina de 24 horas, 12 horas, 6 horas ou 3 horas para que seja medido o volume urinário e calculada a diurese em ml de urina/min. Informar, também, o peso e altura do paciente para o cálculo da superfície corporal. Interferentes: Coleta, preparo ou acondicionamento inadequado. Método: Jaffé automatizado. Cálculo da superfície corporal pela fórmula de Du Bois & Du Bois (para pacientes com SCorp ≥ 0,60 m2): SCorp = P 0, 425 × A 0, 725 × 71,84 10.000 Cálculo da superfície corporal pela fórmula de Boyd (para pacientes com SCorp < 0,60 m2): SCorp = onde: SCorp P G A = = = = G [0,7285−(0, 0188×LogG )] × A 0,3 × 3,207 10.000 Superfície corporal em m2, Peso do paciente em kg, Peso do paciente em g, Altura do paciente em cm. Cálculo da diurese. Aplicar a equação: Volume Tempo Armazenamento: Refrigerar todos os materiais entre +2 a +8ºC Diu = Exames Afins: FENa, Uréia, Clearance de uréia, Na+, K+, Urina I. onde: Diu = Diurese em ml/min Volume = Volume urinário fornecido, em ml Tempo = Tempo de coleta do volume urinário fornecido, em minutos Valor Normal: Clearance ou GFR Homens Mulheres Crianças Cálculo do clearance não-corrigido: 85 a 125 ml plasma/min/1,73 m² 75 a 115 ml plasma/min/1,73 m² 70 a 140 ml plasma/min/1,73 m² Preparo: Soro : Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Urina : entregar a urina de 12 ou 24 horas coletada em domicílio na ocasião da coleta do sangue. Tempos menores geralmente são coletados no próprio laboratório. Devido ao seu efeito diurético, não ingerir café, chás, guaraná e derivados de cacau desde 6 horas antes do início e até o fim da coleta de urina. A fim de forçar uma diurese maior, tomar para a prova de 24 horas, 1 a 2 litros de água ou leite adicionais além da sede habitual; para provas de 2 a 12 horas de duração, tomar 0,5 a 1 litro de água ou leite adicionais. Clear = CrU × Diu CrS Cálculo do clearance corrigido. Aplicar a equação: Clear = onde: Clear CrU Diu CrS SCorp = = = = = CrU × Diu × 1,73 CrS × SCorp Clearance em ml plasma/min Creatininúria em mg/dl, Diurese em ml de urina/min, Creatinina sérica em mg/dl e Superfície corporal em m². Interpretação: DIMINUIÇÃO: choque, hipovolemia, drogas nefrotóxicas, nefropatias agudas e crônicas, hipertensão maligna, eclâmpsia, pielonefrite, nefrosclerose hipertensiva, rins policísticos. AUMENTO: diabetes mellitus incipiente, hipertireoidismo, acromegalia. O clearance de creatinina (GFR) pode ser estimado pela fórmula de Cockcroft-Gault: Homens: (140 − idade) × P GFR = CrS × 72 Mulheres: GFR = onde: GFR idade P CrS (140 − idade) × P × 0,85 CrS × 72 = taxa de filtração glomerular em ml plasma/min = idade do paciente em anos = Peso do paciente em kg = Creatinina sérica em mg/dl GFR 50 a 87 20 a 49 5 a 19 Até 4 DIAGNÓSTICO Reserva funcional renal diminuída Insuficiência renal Falência renal Doença renal em estádio final Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CREATINOQUINASE ou CK TOTAL CBHPM 4.03.01.64-8 AMB 28.01.055-8 Sinonímia: CPK. CK. CK total. Creatina Fosfoquinase. CK-NAc. CK-N-Acetilcisteína. ATP-creatina fosfotransferase. MM-CK + MB-CK + BB-CK. Creatina fosfotransferase. Fosfocreatina quinase. Adenosina trifosfato transfosforilase EC 2.7.3.2 Fisiologia: A creatinoquinase (CK) é uma enzima, encontrada primariamente nos músculos e nos tecidos cerebrais, que apresenta três isoenzimas diméricas: CK-MM (CK-3), CK-MB (CK-2) e CK-BB (CK-1) formadas por subunidades designadas de M e B. Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC Exames Afins: DHL, TGO (AST), Aldolase, CKMB, Troponina T. Valor Normal: Homens Mulheres 35 a 232 U/l 21 a 215 U/l * Para obter valores em µkat/l, dividir as U/l por 60 ** meia-vida (t½) biológica média desta enzima = 24 horas Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Cinético UV automatizado a +37ºC Interpretação: AUMENTO: infarto do miocárdio, miocardite, trauma muscular ou cardíaco, pós-transplante cardíaco, pós-cirurgia de revascularização cardíaca, isquemia cerebral, hemorragia sub-aracnóidea, distrofia muscular, exercício, polimiosite, dermatomiosite, hipertermia, hipotireoidismo, rabdomiólise, S. de Reye, embolia pulmonar, tétano, 99 SS. convulsivas, alcoolismo, delirium tremens, gravidez, parto, infarto gastrintestinal, tumores de próstata, bexiga, rim, mama e ovário, psicose aguda, macro-CK, febre tifóide, sarcofilia. DIMINUIÇÃO: provavelmente sem significado clínico mas pode refletir sarcopenia e/ou vida sedentária. NORMAL: miastenia gravis, esclerose múltipla, poliomielite, parkinsonismo. CONTROLE DE EXAMES SEQÜENCIAIS: A atividade mínima de uma 2ª determinação desta enzima pode ser obtida aplicando a equação: AEMi = Atian × e (−0,028×h ) onde: AEMi Atian e h = = = = Atividade Enzimática Mínima (atual) Atividade anterior número "e", base dos logaritmos naturais horas decorridas entre as duas coletas de sangue. Se a 2ª determinação der um resultado menor que a AEMi, uma das duas determinações está incorreta ou não é do mesmo paciente. MACRO-CK Foram descritos dois tipos de Macro-CK: O tipo 1 é um complexo formado, a maioria das vezes, por uma IgG ligada à CK-BB, podendo, mais raramente, ser uma IgA ligada à CK-MM. Esses complexos são muito mais estáveis ao calor do que as isoenzimas CK-MB e CK-MM, por isso quando se desconfia da presença de alguma Macro-CK, aquecer o soro durante 20 minutos (a +40ºC segundo certa técnica ou a +45ºC segundo outra), pode ajudar na sua diferenciação. Obs.: Quando, ao determinar a CK-MB o valor desta superar 20% do valor da CK-Total, deve-se suspeitar de uma Macro-CK-MB não inibida pelos anticorpos anti-CK-M. Neste caso, também se recomenda o aquecimento do soro conforme citado acima. O tipo 2 é constituído por CK mitocondrial, geralmente na forma oligomérica, provavelmente agregado a fragmentos de membrana mitocondrial. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CREATINOQUINASE CARDÍACA CKMB CBHPM 4.03.01.66-4 CBHPM 4.03.01.65-6 (massa) AMB 28.01.056-6 Sinonímia: CKMB. Isoenzima MB da Creatinoquinase. Isoenzima cardíaca. CK-MB atividade. CK-MB massa. Creatina Fosfoquinase Cardíaca. EC 2.7.3.2 Fisiologia: A creatinoquinase (CK) é uma enzima, encontrada primariamente nos músculos e nos tecidos cerebrais, que apresenta três isoenzimas diméricas: CK-MM (CK-3), CK-MB (CK-2) e CK-BB (CK-1) formadas por subunidades designadas de M e B. A isoenzima CK-MB, possui uma massa molecular de aproximadamente 87 kDa e é responsável por 5 a 50 % da atividade total de CK no miocárdio. Na musculatura esquelética, em compensação, a sua atividade representa 1 % ou menos, embora possa chegar a 10 % ou mais em condições que refletem danos ou regeneração da musculatura esquelética como no exercício severo, na distrofia muscular e nas polimiosites. A elevação da CK-MB atividade ocorre de 2 a 6 horas após as manifestações cardíacas, com pico máximo em torno de 24 horas, retornando ao normal dentro de 48 horas. CK-MB massa CBHPM 4.03.01.043-8 A CK-MB é detectada pela determinação de sua atividade enzimática (U/l) ou pela dosagem de sua massa protéica (ng/ml), independente de sua atividade, o que torna a CK-MB massa mais confiável que a medida de sua atividade. Assim, a CK-MB massa apresenta maior sensibilidade analítica pois detecta enzimas ativas e inativas de lesões miocárdicas 1 a 2 horas antes da CK-MB atividade. Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Exames Afins: CK ,TGO (AST), DHL, Troponina I e T, Mioglobina. Valor Normal: CK-MB atividade CK-MB massa até 6,0 U/l ou IR até 5,0 % até 5,0 ng/ml IR = CKMB × 100 CKtotal * Para obter valores em µkat/l, dividir as U/l por 60 ** meia-vida (t½) biológica média desta isoenzima = 13,4 horas Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Traumas e cirurgias. Método: Cinético UV a +37ºC ou Eletroquimioluminescência. Interpretação: Diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. Prognóstico de angioplastia coronária. onde: AEMi Atian e h = = = = Atividade Enzimática Mínima (atual) Atividade anterior número "e", base dos logaritmos naturais horas decorridas entre as duas coletas de sangue. Se a 2ª determinação der um resultado menor que a AEMi, uma das duas determinações está incorreta ou não é do mesmo paciente. LIKELIHOOD RATIO (LR) A likelihood ratio da CK-MB superior a 6 U/l fornece o aumento da chance (LR+) de diagnóstico de infarto do miocárdio. TABELA LR. – Infarto agudo do miocárdio. Teste CK-MB > 6,0 CKMM: deltaCK = CK − CKMB = CKMM + CKBB como a CKBB costuma ser próxima de zero no soro, pode-se considerar uma forma indireta de avaliar a CKMM (isoenzima muscular). CKMM Homens Mulheres AEMi = Atian × e (−0, 0517×h ) Normal pelo deltaCK 29 a 226 U/l 15 a 209 U/l O deltaCK pode ser útil também na avaliação de preparo físico de atletas. Nesse caso, é preciso coletar um deltaCK pré esforço (basal) e um deltaCK pós esforço, logo após um esforço-padrão. Aplica-se, então, a fórmula: deltaCKMM = deltaCK pós − deltaCK pré onde: deltaCKMM = deltaCKMM do atleta em U/l deltaCKpós = deltaCK pós esforço-padrão em U/l deltaCKpré = deltaCK pré esforço-padrão em U/l Interpretação: aplicado e um conjunto de atletas, tem melhor preparo físico muscular aquele que tiver o menor deltaCKMM. SENS (%) 97,0 ESPEC (%) 97,0 LR+ (%) 32,3 LR(%) 0,03 MACRO-CK Foram descritos dois tipos de Macro-CK: O tipo 1 é um complexo formado, a maioria das vezes, por uma IgG ligada à CK-BB, podendo, mais raramente, ser uma IgA ligada à CK-MM. Esses complexos são muito mais estáveis ao calor do que as isoenzimas CK-MB e CK-MM, por isso quando se desconfia da presença de alguma Macro-CK, aquecer o soro durante 20 minutos (a +40ºC segundo certa técnica ou a +45ºC segundo outra), pode ajudar na sua diferenciação. Obs.: Quando, ao determinar a CK-MB o valor desta superar 20% do valor da CK-Total, deve-se suspeitar de uma Macro-CK-MB não inibida pelos anticorpos anti-CK-M. Neste caso, também se recomenda o aquecimento do soro conforme citado acima. O tipo 2 é constituído por CK mitocondrial, geralmente na forma oligomérica, provavelmente agregado a fragmentos de membrana mitocondrial. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/EC2/7/3 /2.html CONTROLE DE EXAMES SEQÜENCIAIS: A atividade mínima de uma 2ª determinação desta enzima pode ser obtida aplicando a equação: 101 Necessário ao pré-operatório de bypass cardiopulmonar. CRIOAGLUTININAS CBHPM 4.03.06.75-5 CBHPM 4.03.06.76-3 AMB 28.06.154-3 Sinonímia: Aglutininas frias. Fisiologia: Crioaglutininas são anticorpos IgM que podem ocorrer na população normal, porém nunca em títulos superiores a 1/32. Material Biológico: Soro e Sangue total com EDTA. Coleta: 1,0 ml de soro e sangue total com EDTA. Coletar o sangue em seringas ou tubos pré-aquecidos a +37ºC. Soro: deixar coagular em banho-maria ou estufa a +37ºC e separar antes de atingir a temperatura ambiente. Sangue: manter a 37ºC até o momento de enviar ao setor técnico. Armazenamento: Não congelar nem refrigerar. Enviar com urgência mantendo à temperatura ambiente. Exames Afins: Sorologia para Mycoplasma pneumoniae. Valor Normal: Negativo, Não reagente ou Título até 1/32 Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes: Hemólise. Amostras de sangue previamente refrigeradas ou conservadas à temperatura ambiente em dias frios. Método: Hemaglutinação direta ativa. Interpretação: Diagnóstico de infecção causada pelo Mycoplasma pneumoniae. O teste é inespecífico, podendo ser positivo idiopaticamente e em várias outras doenças como anemia hemolítica, mononucleose infecciosa, gripe, AIDS, DD. auto-imunes e linfoproliferativas: linfoma, S. de Waldenström, leucemia linfocítica crônica (CLL), S. de Clough-Richter. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CRIOFIBRINOGÊNIO Sinonímia: Aglutininas frias. Cryofibrinogen. Fisiologia: Criofibrinogênio é uma proteína que precipita em baixas temperaturas causando predominantemente sintomas cutâneos em áreas da pele expostas ao frio. Pode, também, ser assintomático. apresentar trombose arterial ou venosa. Pode ser uma condição subjacente a DD. malignas, infecções, inflamação, diabetes, gravidez, esclerodermia e anticoncepcionais orais. Uma biópsia de pele pode apresentar vasculite leucocitoclástica. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Material Biológico: Plasma citratado. Coleta: 3,0 ml de plasma citratado a 3,2 %. Coletar o sangue em seringas ou tubos pré-aquecidos a +37ºC. Após coleta, manter o tubo em banho-maria ou estufa a +37ºC Armazenamento: Não congelar nem refrigerar. Enviar com urgência mantendo a +37ºC ou à temperatura ambiente se superior a +24ºC. Exames Afins: Crioglobulinas. Valor Normal: Negativo para criofibrinogênio Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Lactentes: coletar imediatamente antes da próxima mamada. Interferentes: Hemólise. Amostras de sangue previamente refrigeradas ou conservadas à temperatura ambiente em dias frios. Amostra heparinizada. Método: Criocrito a +4ºC Interpretação: O Criofibrinogênio é constituído de fibrinogênio e de outras substâncias que se precipitam em temperaturas baixas. A criofibrinogenemia pode produzir sintomas na epiderme de extremidades, orelhas ou nariz. Tais sintomas incluem: púrpura, ulceração, necrose, gangrena, sangramento, urticária fria, bolhas, livedo reticularis e S. de Raynaud. 13 % dos pacientes com criofibrinogenemia podem 103 de Waldenström, glomerulonefrites, S. de Raynaud, crioglobulinemia mista idiopática. CRIOGLOBULINAS CBHPM 4.03.08.01-4 AMB 28.06.041-5 AMB 28.06.130-6 Sinonímia: Crioimunoglobulinas. Fisiologia: Crioglobulinas são proteínas plasmáticas anormais (paraproteínas) caracterizadas por precipitação, gelificação ou cristalização quando o soro ou suas soluções são submetidos a esfriamento entre Zero a +4ºC. O seu peso molecular é ao redor de 180 kDa, o que as diferencia das proteínas de Bence Jones que variam de 35 a 50 kDa. Existem três tipos: tipo I, crioglobulinas monoclonais, tipo II, crioglobulinas mistas com um constituinte monoclonal e tipo III, crioglobulinas mistas policlonais. Material Biológico: Soro. Coleta: 3,0 ml de soro. Coletar o sangue em seringa ou tubo pré-aquecido a +37ºC. Deixar coagular em banhomaria ou estufa a +37ºC. Separar o soro antes de atingir a temperatura ambiente. Armazenamento: Não refrigerar. A amostra deve ser enviada ao departamento técnico com urgência permanecendo em temperatura ambiente. Exames Afins: Perfil do complemento, pesquisa de auto-anticorpos. Eletroforese de Proteínas. Imunofixação para cadeias pesadas G, A e M e leves κ e λ (kappa e lambda). Valor Normal: Negativo, Não reagente ou 0 % Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Criocrito. Lowry Interpretação: Mieloma múltiplo, leucemia linfocítica crônica, policitemia vera, linfossarcoma, periarterite nodosa, LES, artrite reumatóide, S. de Sjögren, febre reumática, calazar, endocardite bacteriana subaguda, malária, cirrose hepática, hepatite C, coronariopatia, sífilis, mononucleose infecciosa, macroglobulinemia Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. CRIPTOCOCOSE BLASTOMICOSE EUROPÉIA CBHPM 4.03.10.10-8 CBHPM 4.03.09.05-3 AMB 28.06.043-1 AMB 28.09.019-5/92 Sinonímia: Blastomicose européia. Torulose. D. de Busse-Buschke. Cryptococcus neoformans, variedades neoformans, grubii e gattii. Saccharomyces lithogenes. Torula histolytica (ant.). Fisiologia: Taxonomia: Reino Fungi, FORMA ANAMORFA: Divisão (Filo) Basidiomycotina, Subdivisão Deuteromycotina, Classe Heterobasidiomycetes, Ordem Filobasidiales, Família Cryptococcaceae, Gênero Cryptococcus, Espécie neoformans, variedade neoformans. FORMA TELEOMORFA: Divisão (Filo) Basidiomycotina, Classe Heterobasidiomycetes, Ordem Filobasidiales, Família Filobasidiaceae, Gênero Filobasidiella, Espécie neoformans. O C. neoformans tem 5 sorotipos, A, B, C, D e AD subdivididos em 3 variedades: var. grubii, var. neoformans e var. gattii. Doença de distribuição universal. Os esporos do fungo são veiculados por fezes de pombos e de outros pássaros onde obtêm a sua fonte de nitrogênio a partir da creatinina cloacal e também por árvores do gênero Eucalyptus. A infecção se dá por via inalatória produzindo a forma pulmonar inicial que pode evoluir para a cura espontânea ou disseminar-se para as formas meningoencefálica, cutânea, óssea ou para qualquer outro órgão, conforme o “status” imunológico do paciente. Método: Soroaglutinação. Pesquisa de blastoconídeos com tinta-da-China (Nanquim). Interpretação: Útil no diagnóstico e prognóstico de infecções por criptococos. A sorologia depende da cápsula polissacarídica do fungo que quase não desperta reação imunológica patognomônica, podendo apresentar reações cruzadas com outras micoses sistêmicas. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Material Biológico: Soro / Liquor. Coleta: Volume mínimo: 2,0 ml. Armazenamento: Congelar a amostra a –20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Sorologia para Blastomicose e Histoplasmose. Micológico direto com tinta-da-China. Valor Normal: Negativo ou Não reagente 105 CROMATINA SEXUAL BARR, CORPÚSCULO DE CBHPM 4.03.12.02-0 AMB 28.14.010-9/92 Sinonímia: Cromatina de Barr. Corpúsculo de Barr. Cromatina perinuclear. Cromossomo X inativado. Fisiologia: O número de cromossomos X inativados encontradiços na periferia do núcleo em interfase é um a menos que o número de cromossomos X do paciente. Material Biológico: Sangue com EDTA. Coleta: 2,0 ml de sangue total. Raspado de mucosa oral. Armazenamento: Esfregaços com material da mucosa oral são fixados logo após a coleta em álcool a 90 %. Exames Afins: Testosterona, LH, FSH, SDHEA, Cariótipo. Valor Normal: Sexo masculino Sexo feminino Ausente ou Negativa Presente ou Positiva Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Corante panóptico e coloração de Harris-Shorr. Interpretação: Útil na determinação do sexo genético e no diagnóstico de anomalias cromossômicas ligadas ao sexo. A) Cromatina Negativa: Ausência de baquetas em 200 neutrófilos e ausência de cromatina de Barr em células epiteliais corresponde ao 46XY (homens normais), 45X0 (S. de Turner) e 47XYY. B) Cromatina Positiva: Presença de uma baqueta nos neutrófilos e de cromatina de Barr em células epiteliais corresponde ao 46XX (mulheres normais), 47XXY (S. de Klinefelter) e 48XXYY. Presença de duas baquetas nos neutrófilos e de cromatina de Barr em células epiteliais corresponde a mulheres 46XXX. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Sinonímia: Cr. Cromo hexavalente. Crômio. Cromato de potássio. Bicromato de potássio. Ácido crômico. Óxido crômico. Crómio. Interpretação: Cromo hexavalente: Este indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do Limite de Tolerância, mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico. (NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94). Fisiologia: § Índice Biológico Máximo Permitido CROMO Cr CBHPM 4.03.13.31-0 CHBPM 4.03.13.19-0 AMB 28.15.013-9 24 51,9961 1,6 2.130 K 2.945 K 7,190 g/cm3 Cr 5 Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e02400.html http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta belaperiodica1.htm http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br 1 [Ar]3d 4s Cromo Metal de transição interna. O Cromo é utilizado na indústria química e de síntese orgânica na fabricação de ácido crômico, de cromatos, bicromatos e ligas de ferrocromo, na impressão técnica e fotográfica, em fabricação de cimento, soldagem de aço inoxidável, curtição de couro e em galvanoplastia. Além disso, é utilizado como base anticorrosiva de produtos por cromagem, anodização de alumínio, refratários, tintas, ligas metálicas e impregnação de madeiras. Fabricação de cimento e trabalhos da construção civil. Material Biológico: Urina e/ou soro. Coleta: Urina : Alíquota de 20 ml de urina de final de jornada de trabalho do último dia da semana. Soro: 1,0 ml Valor Normal: Urina IBMP § Soro até 5,0 µg/g Creatinina 30,0 µg/g Creatinina 2,3 a 40,3 nmol/l * Para obter valores em ng/ml, multiplicar os nmol/l por 0,052 Método: Absorção atômica (forno de grafite). 107 CROMOSSOMO PHILADELPHIA GENE BCR-ABL CBHPM 4.03.14.04-9 AMB 28.04.092-9 Sinonímia: Cromossomo Philadelphia. Cromossomo Ph1. Leucemia mielóide crônica (LMC). Monitoração citogenética de leucemia mielóide crônica. Translocação BCR-ABL. Rearranjo BCR-ABL. Gene bcr-abl. Fisiologia: A leucemia mielóide crônica (LMC) caracteriza-se, em 90 a 95 % dos casos, pela presença da translocação t(9;22)(q34;q11) que dá origem ao cromossomo Philadelphia. O objetivo principal da cultura e análise das metáfases da medula óssea é a investigação do cromossomo Philadelphia (Ph1), que é uma translocação entre o cromossomo 22 e o cromossomo 9, t(9;22)(q34;q11), esta translocação deixa o cromossomo 22 muito pequeno. Esta translocação move o proto-oncogene abl de sua posição normal no cromossomo 9q para a "região do grupo de pontos de quebra" (BCR), um gene de função desconhecida no cromossomo 22q. A justaposição das seqüências BCR e ABL possibilita a síntese de uma proteína mais longa que a ABL normal e isso faz com que altere a expressão das células hematopoéticas malignas, causando portanto a Leucemia Mielóide Crônica (LMC); 90 % dos indivíduos com LMC possuem uma alta proporção de metáfases com cromossomo G deficiente nas células. Material Biológico: Medula óssea. Sangue com EDTA. Coleta: A coleta da medula óssea é feita com seringa lubrificada com heparina sódica e o material semeado em meio de cultura de tecido. Volume mínimo: 0,3 ml Sangue com EDTA: Volume mínimo: 3,0 ml Preparo do paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Cultura de medula óssea com bloqueio em metáfase e estudo citogenético. Bandamento G. Hibridação in situ fluorescente. FISH. Armazenamento: Manter à temperatura ambiente. Não refrigerar nem congelar. O exame deve ser feito dentro de 6 horas após a coleta. Exames afins: Hemograma, Mielograma, Fosfatase alcalina em neutrófilos. Valor normal: Rearranjo dos genes BCR-ABL Negativo. Interpretação: O cromossomo Philadelphia está presente em cerca de 90 % dos pacientes com LMC do tipo adulto. A sua presença sugere melhor prognóstico. Pode ser utilizado no diagnóstico diferencial com reações leucemóides. Na Leucemia Linfóide Aguda (LLA) ou na Leucemia Mielóide Aguda (LMA) Philadelphia Positivo a presença é muito variável mas, em geral, superior a 20 %. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/C yclosporiasis_il.htm http://www.cdfound.to.it/HTML/cyc1.htm http://www.cdfound.to.it/HTML/khan.htm CRYPTOSPORIDIUM E CYCLOSPORA CYCLOSPORA CBHPM 4.03.10.11-6 AMB 28.10.057-3 Sinonímia: Diarréia dos viajantes. Diarréia dos turistas. Cryptosporidium parvum. Cyclospora cayetanensis. Fisiologia: Cryptosporidium parvum. Taxonomia: Sub-reino Protozoa, Filo Apicomplexa, Classe Sporozoea, Subclasse Coccidia, Ordem Eucoccidiida, Subordem Eimeriina, Família Cryptosporidiidae, Gênero Cryptosporidium, Espécie parvum. Cyclospora cayetanensis. Taxonomia: Sub-reino Protozoa, Filo Apicomplexa, Classe Sporozoea, Subclasse Coccidia, Ordem Eucoccidiida, Subordem Eimeriina, Família Cyclosporidiidae, Gênero Cyclospora, Espécie cayetanensis. Material Biológico: Fezes diarréicas. Fluido duodenal, bile. Escarro induzido, lavado brônquico. Espécime de biópsia. Coleta: Peso mínimo das fezes: 30 g Armazenamento: Acondicionar em bicromato de potássio a 2 % para facilitar a esporulação. Exames Afins: Pesquisa de Rotavírus, Protoparasitológico, Coprocultura. Valor Normal: Negativo ou Não reagente Método: Ziehl-Neelsen modificado por Kinyoun (a frio). Interpretação: O teste é útil no diagnóstico das infestações em pacientes imunodeprimidos e na diarréia dos viajantes. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Cr yptosporidiosis_il.htm 109 CULTURA CBHPM 4.03.10.12-4 CBHPM 4.03.10.13-2 AMB 28.10.058-1 AMB 28.10.066-2/92 e outros Sinonímia: Bacteriológico. Cultura para aeróbios e facultativos. Cultura para anaeróbios. Cultura para micobactérias. Cultura para fungos. Material Biológico: Qualquer material clínico. A - Abscessos. Secreção de fístula. Secreção de gangrena. Secreção de celulite. B - Sangue: Ver no título "Hemocultura". C - Cateter vascular. Cateter venoso central. Cateter venoso periférico. Hickman. Broviac. Swan-Ganz. Cateter umbilical. NPP. D - Cateter urinário ou sonda vesical: não é aceitável para cultura. E - Liquor. Ver no título "Cultura de liquor". F - Escaras. Úlceras de decúbito. Queimaduras. G - Olhos. Sacos conjuntivais. Córnea. Ver em "Cultura de Olhos". H - Fezes. Ver no título "Cultura de fezes". I - Fluidos. Líquido abdominal. Líquido peritonial. Ascite. Bile. Líquido articular. Líquido sinovial. Sinóveo. Líquido pericárdico. Líquido pleural. J - Lavado gástrico. Ver nos títulos "BAAR" e "Mycobacterium spp." K - Material de trato respiratório inferior. Aspirado traqueal. Lavado ou escovado bronco-alveolar. Escarro. L - Material de trato respiratório superior. Secreção oral. Secreção nasal. Secreção naso, orofaríngea ou tonsilar. M - Fragmento de tecido. N - Urina. Ver no título "Urocultura". O - Materiais de origem genital. Coleta: A - ABSCESSOS E SECREÇÕES ABERTAS: Remover o exsudato superficial com soro fisiológico estéril ou álcool 70ºGL. Coletar dois "swabs" estéreis, em profundidade. Introduzir um dos "swabs" em meio de transporte de Stuart ou similar para fins de cultura. Com o outro "swab" fazer um bom esfregaço em lâmina para Gram. Obs.: cotonetes ou palinetes comerciais não devem ser utilizados para coletar material para fins de cultura, pois são impregnados de substância antiséptica que inibe o crescimento bacteriano. Já para fazer esfregaços para bacterioscopia, podem ser usados. A' - ABSCESSOS E SECREÇÕES FECHADAS: Limpar a superfície com soro fisiológico estéril ou álcool 70ºGL. Com seringa e agulha, aspirar ao menos 1,0 ml do material e transferi-lo assepticamente para meio de transporte anaeróbio. C - CATETER VASCULAR: Limpar a pele circunjacente ao cateter com álcool 70ºGL. Remover o cateter assepticamente e cortar ± 5 cm da extremidade que estava inserida no paciente. Colocar em tubo seco estéril. Não colocar em BHI ou Soro fisiológico! F - ESCARAS: Limpar a superfície com soro fisiológico estéril. Coletar biópsia, fragmento desbridado, aspirado com seringa e agulha ou "swab". Colocar em meio para anaeróbios ou Stuart. I - FLUIDOS: Desinfetar o local da punção com álcool iodado. Com seringa e agulha, aspirar o material e transferir ao menos 1,0 ml para meio de transporte para anaeróbios. K - MATERIAL DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR: Coletar para recipiente seco e estéril. Escarro: ver coleta no título "BAAR". L - MATERIAL DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR: Oral: utilizar um "swab" estéril para limpar a lesão e outro para coletar o material. Também pode ser fragmento biopsiado ou material aspirado com seringa e agulha. Nasal anterior para pesquisa de portador de Staphylococcus ou Streptococcus: coletar com "swab" umedecido em soro fisiológico estéril. Semear imediatamente em ágar sangue e ágar chocolate. Naso, orofaringe e tonsilas: coletar com "swab" estéril e semear imediatamente em ágar sangue e ágar chocolate. M - FRAGMENTO DE TECIDO: coletado por desbridamento, por biópsia ou por peça cirúrgica. O - GENITAIS FEMININOS: Líquido amniótico: aspirar com seringa e agulha e inocular em meio para anaeróbios. Secreção de Glândula de Bartholin: aspirar o fluido com seringa e agulha e inocular em meio para anaeróbios. Cervix: introduzir espéculo vaginal procedendo como para coleta de Papanicolaou; com uma gaze limpar o muco ou secreção superficial do colo do útero e depois coletar com um "swab" material do canal cervical e incluí-lo em meio de transporte de Stuart ou similar. Fundo de saco vaginal e endométrio: aspirar o material e incluí-lo em meio para anaeróbios. Secreção Vaginal: limpar o excesso de secreção e coletar dois "swabs". Um deverá ser colocado em meio de transporte de Stuart ou similar e com o outro fazer esfregaços em lâmina para pesquisa de Gardnerella vaginalis. O' = GENITAIS MASCULINOS: Próstata: coletar como descrito no título "Cultura seriada de Stamey". Uretra: coletar com "swab" urogenital especial de Dacron. Introduzi-lo 2 a 4 cm na uretra distal e girá-lo 5 vezes no sentido horário, colocando-o, em seguida, em meio de Stuart. CULTURA DE ABSCESSO PERIAPICAL Armazenamento: A - ABSCESSOS E SECREÇÕES: até 24 horas à temperatura ambiente. C - CATETER VASCULAR: até 24 horas refrigerado entre +2 a +8ºC F - ESCARAS: até 24 horas à temperatura ambiente. I - FLUIDOS: até 24 horas à temperatura ambiente. Líquido pericárdico e pesquisa de fungos, até 24 horas entre +2 a +8ºC K e L - MATERIAL DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR E SUPERIOR: até 24 horas entre +2 a +8ºC M - FRAGMENTO DE TECIDO: armazenar em meio de transporte para anaeróbios, ou, na falta desse, em frasco estéril acescido de gotas de soro fisiológico estéril para evitar o ressecamento. O - GENITAIS FEMININOS: Líquido amniótico: armazenar até 24 horas à temperatura ambiente. Secreção de Glândula de Bartholin: até 24 horas à temperatura ambiente. Cervix: idem. Fundo de saco vaginal e endométrio: idem. Secreção vaginal: idem. O' - GENITAIS MASCULINOS: armazenar até 24 horas à temperatura ambiente. CBHPM 4.03.10.12-4 CBHPM 4.03.10.13-2 Exames Afins: Bacterioscópico e antibiograma. Preparo do Paciente: Suspender, se possível, antibioticoterapia prévia. Interferentes: Antibióticos e quimioterápicos. Método: Exame bacterioscópico após coloração pelo método de Gram ou Ziehl e semeadura em meios apropriados. É rotina a identificação do gênero e espécie bacteriana através de métodos automatizados, provas bioquímicas e provas sorológicas quando indicadas. Interpretação: A cultura permite detectar a presença e a identificação de bactérias em diversos materiais. As bactérias isoladas são conservadas em condições adequadas durante 15 dias para a possível realização de exame complementar e/ou antibiograma a critério médico. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] AMB 28.10.058-1 Sinonímia: Cultura de abscesso dentário. Cultura de abscesso endodôntico. Fisiologia: Microrganismos mais freqüentes. Anaeróbios: Bacteroides forsythus Bacteroides melaninogenicus (ant.) Bacteroides spp. Campylobacter rectus Capnocytophaga ochracea Eubacterium spp. Fusobacterium nucleatum Peptococcus spp. Peptostreptococcus micros Peptostreptococcus spp. Porphyromonas endodontalis Porphyromonas gingivalis Prevotella buccae Prevotella intermedia Prevotella melaninogenica Prevotella nigrescens Propionibacterium propionicum Veillonella parvula Wollinella recta Wollinella succinogenes Outros: Actinobacillus actinomycetemcomitans Actinomyces israelli Actinomyces naeslundii Actinomyces odontolyticus Actinomyces viscosus Eikenella corrodens Lactobacillus acidophilus Streptococcus mitis Streptococcus mutans Streptococcus salivaris Streptococcus sanguis Treponema denticola Obs.: BPP = Bacteróide Produtor de Pigmento Material Biológico: Secreção ou pus de abscesso. Coleta: Esta coleta deve ser feita pelo endodontista. 111 Coletar com cotonete estéril e semear em tioglicolato e em agar-sangue. Fazer lâminas para bacterioscopia de Gram. CULTURA DE AGULHAS DE ACUPUNTURA Armazenamento: Pode ser mantido à temperatura ambiente durante até uma hora. Depois incubar em estufa a 37ºC CBHPM 4.03.10.12-4 Exames Afins: Hemograma. Hemocultura. Hemossedimentação. Valor Normal: Normal Ausência de microrganismos Preparo do Paciente: Suspender antimicrobianos durante os 5 dias precedentes à coleta. Interferentes: Drogas: antibióticos e quimioterápicos. Método: Bacterioscópico pela coloração de Gram. Cultura para aeróbios e para anaeróbios. Antibiograma(s). Interpretação: As bactérias anaeróbias isoladas têm demonstrado freqüentemente suscetibilidade a: Amoxacilina, Amoxacilina + ácido clavulânico, Tetraciclina, Clindamicina, Eritromicina, Cefalosporina e Metronidazol. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.crope.org.br/revista/rev1099/artigo5.html http://www.unitau.br/prppg/publica/biocienc/downlo ads/caractmicrobianas-N2-2003.pdf http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi ?artid=271633 AGULHAS DE ACUPUNTURA, CULTURA DE AMB 28.10.058-1 Sinonímia: Agulhas de acupuntura, Cultura de. Fisiologia: Microrganismos mais freqüentemente isolados de agulhas de acupuntura: Micrococcus spp., Staphylococcus aureus, Staphylococcus spp. coagulase-negativa*. Material Biológico: Agulhas recém-utilizadas de acupuntura, agulhas consideradas "estéreis" antes da acupuntura ou ambas. Coleta: Acondicionar a(s) agulha(s) em tubo estéril. Informar se são agulhas pré ou pós-acupuntura. Armazenamento: Temperatura ambiente. Valor Normal: Negativo para microrganismos Preparo do Paciente: Informar se as agulhas precisam ser devolvidas. Método: Cultura para aeróbios. Identificação. Ágar-sangue. Mac Conkey. * Estafilococos coagulase-negativa mais freqüentes: Staphylococcus Staphylococcus Staphylococcus Staphylococcus Staphylococcus Staphylococcus Staphylococcus epidermidis haemolyticus lugdunensis hominis simulans warneri xylosus Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] enteropatogênicas causadoras de quadros diarréicos agudos ou crônicos e da disenteria bacilar. CULTURA DE FEZES COPROCULTURA CBHPM 4.03.10.17-5 CBHPM 4.03.10.18-3 AMB 28.10.058-1 Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Sinonímia: Coprocultura. Escatocultura. Clostridium difficile. Salmonella spp. Shigella spp. Escherichia coli enteropatogênica. Escherichia coli invasora. Material Biológico: Fezes recém-emitidas. Coleta: CULTURA ROTINEIRA E PARA Clostridium difficile: Coletar a amostra em recipiente limpo e seco ou contendo meio de transporte Cary-Blair ou similar. Obs.: fezes coletadas com MIF (Merthiolate-IodoFormol) não servem para cultura. Armazenamento: CULTURA ROTINEIRA: Frasco limpo e seco: armazenar durante até 2 horas à temperatura ambiente ou até 6 horas entre +2 a +8ºC Frasco com meio de transporte Cary-Blair: armazenar durante até 24 horas à temperatura ambiente. CULTURA PARA Clostridium difficile: Armazenar até 1 hora à temperatura ambiente, até 24 horas entre +2 a +8ºC ou a -20ºC para mais de 24 horas. Exames Afins: Protoparasitológico, pesquisa de rotavírus, hemocultura, exame direto para leucócitos nas fezes e Widal. Cultura para Yersinia enterocolitica. Valor Normal: Negativo para bactérias enteropatogênicas Preparo do Paciente: Suspender antibioticoterapia por 72 horas antes da coleta. Interferentes: Antibióticos e quimioterápicos. MIF. Método: Cultura em meio seletivo (MacConkey, SS-agar e Verde brilhante) e enriquecedores (tetrationato). Identificação em série bioquímica tradicional ou automatizada. Interpretação: A cultura de fezes pode identificar bactérias 113 CULTURA DE LENTES DE CONTATO LENTES DE CONTATO, CULTURA DE CBHPM 4.03.10.12-4 AMB 28.10.058-1 Sinonímia: Cultura de lentes de contato. Cultura de estojo porta-lentes. Cultura de líquido de armazenamento. Cultura de soro fisiológico de uso externo. Fisiologia: A presença de flora patogênica nas lentes de contato e seus acessórios pode contribuir para a instalação e manutenção de úlceras de córnea. Bactérias mais isoladas: Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Streptococcus viridans, Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Enterobacter aerogenes. Fungos mais isolados: Acremonium spp. ou Cephalosporium spp., Candida albicans. Material Biológico: Lente(s) de contato. Estojo porta-lentes. Líquido de armazenamento. Soro fisiológico de uso externo. Coleta: Lente(s) de contato em tubo estéril com 2 ou 3 gotas de soro fisiológico estéril ou no próprio estojo. Estojo porta-lentes com 2 gotas de soro fisiológico estéril acondicionado em frasco plástico estéril. 1,0 ml do líquido de armazenamento ou do soro fisiológico em tubo estéril. Indicar se o material enviado precisa ser devolvido. Armazenamento: Temperatura ambiente. Exames Afins: Bacterioscopia. Gram. Antibiograma. Chlamydia. Pesquisa de fungos. Tinta da China. Tinta nanquim. Valor Normal: Negativo para microrganismos Preparo do Paciente: Enviar os materiais após prazo normal de uso, sem medidas higiênicas suplementares não-habituais executadas previamente. Não usar pomadas nem colírios contendo antibióticos ou quimioterápicos durante ao menos 3 dias. Não usar água boricada. Interferentes: Colírios com antibióticos ou quimioterápicos. Água boricada. Método: Cultura para aeróbios. Identificação. Ágar-sangue. Mac Conkey. Interpretação: Segundo os trabalhos de SILVA, CHPM. e BASQUES, JFM. foi verificado o índice de contaminação de: 84 % para as lentes de contato, 81 % para os estojos e 63 % para os líquidos de armazenamento. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CULTURA DE LIQUOR CULTURA DE SECREÇÃO VAGINAL CULTURA DE LCR CBHPM 4.03.10.12-4 CBHPM 4.03.10.12-4 AMB 20.10.058-1 AMB 28.10.058-1 Sinonímia: Cultura de LCR. Cultura de Líquido Cefalorraquidiano. Material Biológico: Liquor. Coleta: Desinfetar o local da punção liquórica com antiséptico iodado. Esperar secar. De preferência coletar a amostra de liquor em dois tubos separados: um para a bacteriologia e outro para o exame citológico e bioquímico. (Usar para a cultura, o primeiro tubo coletado que costuma vir com elementos sangüíneos e celulares acidentais derivados da própria punção.) VOLUMES MÍNIMOS DE LIQUOR: Pesquisa de bactérias = 1,0 ml Pesquisa de fungos = 2,0 ml Pesquisa de BAAR = 2,0 ml Pesquisa de vírus = 1,0 ml Armazenamento: Bactérias, BAAR e Fungos: até 24 horas à temperatura ambiente. Vírus: até 72 horas, refrigerado entre +2 e +8ºC Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] Sinonímia: Cultura de corrimento vaginal. Cultura de leucorréia. Cultura de secreção genital feminina. Bacterioscópico de secreção vaginal. Gram de secreção vaginal. Fisiologia: Microrganismos da flora normal: Bacilo de Albert S. G. Döderlein Lactobacillus acidophilus Lactobacillus jensenii Staphylococcus coagulase negativa Microrganismos patogênicos: Escherichia coli Streptococcus pyogenes beta hemolítico Streptococcus agalactiae Staphylococcus aureus Proteus spp. Proteus vulgaris Corynebacterium spp. Actinomyces israelli Actinomyces viscosus Salmonella spp. Enterobacteriaceae Gardnerella vaginalis Listeria monocytogenes Bacteroides spp. Mobiluncus spp. Haemophilus ducreyi Neisseria gonorrhoeae Chlamydia trachomatis Mycoplasma hominis Ureaplasma urealyticum Mycobacterium tuberculosis Candida albicans Trichomonas vaginalis Enterobius vermicularis Material Biológico: Secreção ou pus. Coleta: Secreção de Glândula de Bartholin ou de Skene: aspirar o fluido com seringa e agulha e inocular em meio para anaeróbios. Cervix: introduzir espéculo vaginal procedendo como para coleta de Papanicolaou; com uma gaze limpar o muco ou secreção superficial do colo do útero e depois coletar com um "swab" material do canal cervical e incluí-lo em meio de transporte de Stuart ou similar. Fundo de saco vaginal e endométrio: aspirar o material e incluí-lo em meio para anaeróbios. 115 Secreção Vaginal: limpar o excesso de secreção e coletar dois "swabs". Um deverá ser colocado em meio de transporte de Stuart ou similar e com o outro fazer esfregaços em lâmina para pesquisa de Gardnerella vaginalis. Armazenamento: Secreção de Glândula de Bartholin ou de Skene: até 24 horas à temperatura ambiente. Cervix: idem. Fundo de saco vaginal e endométrio: idem. Secreção vaginal: idem. Exames Afins: Colposcopia. Citologia hormonal. Exame a fresco de secreção vaginal. Ziehl de secreção vaginal. Cultura para fungos. Pesquisa de Trichomonas vaginalis. Pesquisa de Chlamydia. Captura híbrida para HPV. Biópsia. Pesquisa de Mobiluncus spp., Gardnerella vaginalis e outras bactérias. Valor Normal: Normal Anormal Presença de microrganismos da flora normal Presença de microrganismos patogênicos Preparo da Paciente: Abstinência sexual mínima de 48 horas. Não utilizar medicamentos vaginais tópicos, não efetuar duchas ou lavagens vaginais nem ultra-som transvaginal ou toque ginecológico nas 48 horas precedentes ao exame. Se uma colposcopia for ser efetuada com aplicação de substâncias químicas, convém que o seja APÓS a coleta do material para Cultura. Interferentes: Drogas: antibióticos e quimioterápicos. Método: Bacterioscópico pela coloração de Gram. Cultura para aeróbios e para anaeróbios. Antibiograma(s). Interpretação: Agentes patogênicos estão freqüentemente associados a: vaginite, vaginose bacteriana, D. inflamatória pélvica, vulvite, cervicite, bartholinite, skenite e uretrite. A presença de “Clue Cells” está associada a vaginose por Gardnerella vaginalis. O “whiff test” para aminas consiste em acrescentar uma gota de KOH a uma gota de secreção vaginal. O teste é positivo quando desprende um odor amoniacal ou de peixe, confirmando vaginose bacteriana. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CULTURA “DOS OLHOS” CULTURA DE SECREÇÃO CONJUNTIVAL CBHPM 4.03.10.12-4 AMB 28.10.058-1 Sinonímia: Cultura de secreção conjuntival. Cultura de (superfície de) córnea. Cultura ocular. Material Biológico: Secreção de saco conjuntival. Secreção de úlcera de córnea. Coleta: CONJUNTIVA: utilizando dois "swabs" diferentes umedecidos em soro fisiológico estéril ou caldo, coletar a secreção de cada saco conjuntival, semear imediatamente em placas de Petri com ágar sangue e ágar chocolate e passar os "swabs" em lâminas para Gram. Alternativamente, transportar em Stuart ou similar. Identificar as placas de Petri e as lâminas com o respectivo lado coletado. CÓRNEA: coletar material das conjuntivas como descrito anteriormente e instilar 2 gotas de anestésico. Após alguns minutos, com uma espátula estéril coletar material da úlcera de córnea e semear em placas de Petri contendo ágar sangue e ágar chocolate. Armazenamento: Até 24 horas à temperatura ambiente. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CULTURA E ANTIBIOGRAMA AUTOMATIZADOS CBHPM 4.03.10.40-0 AMB 28.10.066-2/92 AMB 28.10.067-0/92 Sinonímia: Cultura automatizada. Antibiograma automatizado. MIC. Concentração Inibitória Mínima. Material Biológico: Diversos: urina de 1º ou 2º jato, fezes, secreção vaginal, secreção uretral, sangue, líquidos cavitários e outros. Coleta: Coletar o material biológico em frasco estéril acrescido de soro fisiológico estéril quando necessário para evitar a desidratação da amostra ou da colônia bacteriana isolada previamente. Armazenamento: Conservar a amostra em geladeira ou em gelo reciclável para o transporte. Exames Afins: Bacterioscopia. Exame a fresco. Valor Normal: Ausência de crescimento bacteriano. Identificação da bactéria quando se tratar de colônia enviada. Preparo do Paciente: Identificação dos microrganismos e teste de suscetibilidade a antimicrobianos com concentração inibitória mínima (MIC) pelo sistema Microscan. Obs.: Esta metodologia geralmente só é empregada quando especialmente solicitados “cultura e antibiograma AUTOMATIZADOS”. Interferentes: Uso de antimicrobianos. Interpretação: Exame útil à escolha adequada do antimicrobiano. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] 117 CULTURA PARA FUNGOS CBHPM 4.03.10.14-0 AMB 28.10.064-6 Sinonímia: Micológico completo, Cultura para dermatófitos, Cultura para Monilia, Cultura para leveduras. Material Biológico: Material especificado pelo clínico. Coleta: O material é coletado diretamente das lesões. Quando secas, por escarificação; quando úmidas, o material é coletado com alça ou "swab"; pêlos são arrancados com sua base e unhas são escarificadas na área afetada. Exames Afins: Micológico direto, Sorologia para Blastomicose, Paracoccidioidomicose, Histoplasmose e Candidíase, Intradermorreações: Paracoccidioidina, Blastomicina, Tricofitina e outras. Valor Normal: Cultura Negativa Preparo do Paciente: Suspender medicação antifúngica tópica ou sistêmica, se possível, no mínimo 5 dias antes da coleta do material. Interferentes: Medicamentos antifúngicos, principalmente os de uso tópico. Método: Cultura em meios seletivos (Sabouraud, Mycosel e Niger). Identificação bioquímica e morfológica, inclusive por metodologia automatizada. DERMATÓFITOS EM ORDEM DE PREVALÊNCIA: Trichophyton rubrum Microsporum canis Trichophyton tonsurans Trichophyton mentagrophytes ou T. asteroides Epidermophyton floccosum Microsporum gypseum OUTROS AGENTES DE DERMATOMICOSES: Candida albicans Malassezia furfur Rhodotorula spp. Fusarium spp. Scopulariopsis spp. AGENTES DAS QUIROONICOMICOSES (EM ORDEM DE PREVALÊNCIA) Candida parapsilosis Candida albicans Trichophyton rubrum Candida guilliermondii Candida famata Rhodotorula spp. Candida tropicalis Trichophyton mentagrophytes ou T. asteroides Candida humicola Candida rugosa Candida zeylanoides Candida sake Candida colliculosa Candida intermedia Candida lipolytica AGENTES DAS PODOONICOMICOSES (EM ORDEM DE PREVALÊNCIA) Candida parapsilosis Trichophyton rubrum Trichophyton mentagrophytes ou T. asteroides Rhodotorula spp. Candida albicans Candida guilliermondii Candida famata Candida colliculosa Curvularia spp. Candida tropicalis Fusarium spp. Epidermophyton floccosum Candida rugosa Candida intermedia Candida sake Candida humicola Candida lipolytica Candida norvegica Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CULTURA PERIODONTAL CULTURA SERIADA DE STAMEY CULTURA GENGIVAL STAMEY CBHPM 4.03.10.12-4 AMB 28.10.058-1 Sinonímia: Cultura de (secreção) gengival. Cultura periodontal. Fisiologia: Microrganismos: Porphyromonas gingivalis Prevotella intermedia outras Prevotella pigmentadas Actinobacillus actinomycetemcomitans Campylobacter rectus Eikenella corrodens Selenomonas sputigena Fusobacterium nucleatum Bacteroides forsythus Wollinella recta Capnocytophaga ochracea Peptostreptococcus micros Treponema spp. Pseudomonas aeruginosa Enterobacter spp. Clostridium difficile Streptococcus mutans Streptomyces clavuligerus Candida spp. Material Biológico: Secreção de periodontal/gengival. Coleta: Utilizando dois "swabs" diferentes umedecidos em soro fisiológico estéril ou caldo, coletar a secreção e semear imediatamente em placas de Petri com ágar sangue e ágar chocolate e passar os "swabs" em lâminas para Gram. Alternativamente, transportar em Stuart ou similar. Identificar as placas de Petri e as lâminas com a respectiva topografia de coleta. Armazenamento: Até 24 horas à temperatura ambiente. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=57&id esp=15&ler=s http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=60&id esp=15&ler=s CBHPM 4.03.10.12-4 AMB 28.10.058-1 Sinonímia: Cultura seriada de Meares e Stamey. Cultura quantitativa para diagnóstico diferencial de prostatite, uretrite e cistite/nefrite. Contagem de colônias seriada. Material Biológico: Urina e líquido prostático. Coleta: Após rigorosa higiene do prepúcio e da glande com água e sabão, coleta-se o jato inicial de urina (Amostra I). Em seguida, coleta-se um jato médio de urina (Amostra II). Sem esvaziar completamente a bexiga, procede-se a massagem prostática e coletase o líquido prostático (Amostra III) e, finalmente, coleta-se uma última amostra de urina pósmassagem (Amostra IV). Todos os frascos devem ser rigorosamente estéreis. Armazenamento: Refrigerar as amostras até o momento da semeadura que deve ser tão precoce quanto possível. Exames Afins: Cultura de líquido espermático. Cultura de urina em jatos individualizados (inicial, médio, final). Cultura de secreção uretral. Valor Normal: Ausência de crescimento de microrganismos nas 4 amostras Preparo do Paciente: O paciente deve ingerir poucos líquidos na véspera e comparecer ao laboratório sem ter urinado nas últimas 4 horas. Interferentes: Antibióticos e quimioterápicos. Má lavagem da genitália. Método: Meares EM, Stamey TA. Bacteriologic localization patterns in bacterial prostatitis and urethritis. Invest Urol 1968,5:492-518. Cultura em meios adequados para aeróbios e facultativos. 119 Interpretação: Verificar as contagens de colônias nas 4 amostras e alinhá-las em ordem de grandeza: PROSTATITE: III > IV > I > II ou III > IV > II > I URETRITE: I > II > IV > III ou I > II > III > IV CISTITE/NEFRITE: I = II > IV > III ou I = II > III > IV Útil, também, no diagnóstico diferencial entre prostatalgia (prostadínia) e prostatite bacteriana. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] CURVA DE INSULINA INSULINA, CURVA DE CBHPM 4.03.05.23-6 CBHPM 4.03.02.48-2 AMB 28.05.017-7 AMB 28.05.018-5 Sinonímia: Insulina estimulada por glicose. Curva glicêmicoinsulínica. Insulina estimulada por tolbutamida. Insulina estimulada por Rastinon. Insulina estimulada por glucagon. Obs.: ITT = Insulin Tolerance Test. Ver no título "Cortisol estimulado por insulina". Fisiologia: Massa molecular = 5.807,6 g/mol Hormônio polipeptídico de 2 cadeias, secretado pelas células ß das ilhotas de Langerhans do pâncreas. A insulina é produzida enzimaticamente no aparelho de Golgi por clivagem da pró-insulina juntamente com o Peptídeo C. Portanto, para cada molécula de insulina formada, é formada também uma molécula do peptídeo C. Meia-vida (t½) biológica da insulina: ± 5 a 10 minutos. Metabolizada pelo fígado. Meia-vida (t½) biológica do peptídeo C: ± 20 a 30 minutos. Eliminado por degradação e pelos rins. Material Biológico: Soro. Coleta: 1 ml de soro para cada tempo ou ponto da curva. Identificar os tubos com os tempos: basal ou zero e depois com o número de minutos decorridos após a coleta do basal para cada outro ponto da curva. Nas provas de estímulo, não deixar de coletar a amostra de 15 minutos. Armazenamento: Congelar a –20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free. Exames Afins: Insulina, Glicemia. Valor Normal: Jejum Jejum obesos Recém-nascidos Após 15 minutos Estímulo pela glicose Estímulo pelo tolbutamida Estímulo pelo glucagon 5 a 25 mU/l 5 a 70 mU/l 3 a 20 mU/l 13 a 80 mU/l 13 a 80 mU/l 13 a 80 mU/l CURVA GLICÊMICOINSULÍNICA Jejum 15 minutos 30 minutos 45 minutos 60 minutos 90 minutos 120 minutos 150 minutos 180 minutos em diante Insulina (mU/l) 5 a 25 13 a 80 20 a 112 27 a 103 29 a 88 27 a 86 22 a 79 13 a 51 5 a 25 Glicose (mg/dl) 70 a 110 85 a 140 110 a 170 120 a 180 120 a 180 100 a 155 85 a 140 80 a 120 70 a 110 * mU/l = µU/ml ** Para obter valores em pmol/l, multiplicar as mU/l por 6,945 Preparo do Paciente: Jejum de 8 a 14 horas. Água ad libitum. Durante os 3 dias precedentes ao teste, o paciente deve alimentar-se com dieta rica em carboidratos (cereais, massas, doces, açúcar) e não tomar bebida alcoólica na véspera. Estímulo pela glicose: idêntico à Curva Glicêmica. Estímulo pela tolbutamida (Rastinon): cateterizar veia com "scalp" heparinizado. Coletar a amostra basal. Injetar EV 1.000 mg de tolbutamida num tempo de 10 minutos. Cronometrar. Coletar aos 15 minutos e as demais amostras nos tempos determinados pelo médico assistente. Estímulo pelo glucagon: cateterizar veia com "scalp" heparinizado. Coletar a amostra basal. Injetar EV 1,0 mg de glucagon. Cronometrar. Coletar aos 15 minutos e as demais amostras nos tempos determinados pelo médico assistente. Interferentes: Hemólise. Método: Eletroquimioluminescência. Interpretação: Diagnóstico de insulinoma. Hipoglicemia reacional. QUICKI Pode-se avaliar a SENSIBILIDADE À INSULINA calculando o Índice QUICKI (QUantitative Insulin ChecK Index): QUICKI = onde: 1 LOG (insbasal ) + LOG ( glibasal ) QUICKI = Índice QUICKI insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml glibasal = glicose basal (jejum) em mg/dl Normal: Não-obesos Obesos Diabéticos : 0,375 a 0,389 : 0,321 a 0,341 : 0,297 a 0,311 PROBABILIDADE DE DESENVOLVER DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM OBESOS COM IMC #(BMI) > 28 kg/m²: QUICKI inferior a 0,3320 QUICKI de 0,3320 a 0,3404 QUICKI superior a 0,3404 = 7,77 % = 5,29 % = 1,00 % # IMC = Índice de Massa Corporal = BMI = Body Mass Index Cálculo do IMC: IMC = peso altura 2 onde: IMC = IMC ou BMI em kg/m² peso = peso em kg altura = altura em m CATEGORIAS DO IMC: IMC em kg/m2 Até 9,9 10,0 a 12,9 13,0 a 15,9 16,0 a 16,9 17,0 a 18,4 18,5 a 24,9 25,0 a 29,9 30,0 a 34,9 35,0 a 39,9 40,0 em diante CATEGORIA Desnutrição grau V Desnutrição grau IV Desnutrição grau III Desnutrição grau II Desnutrição grau I Normal Sobrepeso Obesidade grau I Obesidade grau II Obesidade grau III Advertência: o IMC pode superestimar a gordura corporal em atletas e em pessoas com sarcofilia (hipertrofia muscular intencional) e pode subestimar a gordura corporal em idosos e em pessoas com sarcopenia (perda de massa muscular, atrofia ou hipotrofia muscular). Não se aplica a amputados. HOMA Pode-se avaliar a RESISTÊNCIA À INSULINA calculando o Índice HOMAIR (Homeostasis Model Assessment Insuline Resistance): 121 insbasal × glibasal HOMAIR = 22,5 glibasal = glicose basal (jejum) em mmol/l gli30min = glicose de 30 minutos da curva glicêmica em mmol/l CURVA INSULÍNICA APÓS 75 g DE GLICOSE onde: HOMAIR = Índice HOMAIR insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml glibasal = glicose basal (jejum) em mmol/l Interpretação Pacientes normais Pacientes “borderline” Pacientes insulino-resistentes HOMAIR 1,21 a 1,45 1,46 a 2,60 2,61 a 2,89 100 Insulina em m U/l * Para obter valores de glicose em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,05551 120 80 60 40 20 0 0 A % FUNCIONAL DE CÉLULAS ß (%B) pode ser avaliada calculando-se o HOMA%B: A % DE SENSIBILIDADE À INSULINA (%S) pode ser avaliada calculando-se o HOMA%S: 100 HOMAIR HOMA%S 68,9 a 82,6 38,4 a 68,8 34,6 a 38,3 Finalmente, pode-se calcular o ÍNDICE DELTA I/G: ∆I / G = 120 150 180 210 240 CURVA GLICÊMICO INSULÍNICA APÓS 75 g. DE GLICOSE 200 180 160 140 Glicose 120 100 80 60 40 20 Insulina 0 0 onde: HOMA%S = % de sensibilidade à insulina HOMAIR = Índice HOMAIR (ver acima) Interpretação Pacientes normais Pacientes “borderline” Pacientes insulino-resistentes 90 Limites superior e inferior. 20 × insbasal glibasal − 3,5 onde: HOMA%B = % funcional de células ß insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml glibasal = glicose basal (jejum) em mmol/l HOMA% S = 60 Tem po em m inutos Insulina (m U/l) Glicose (m g/dl) HOMA% B = 30 ins30 min − insbasal gli30 min − glibasal onde: ∆I/G = Índice Delta I/G insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml ins30min = insulina de 30 minutos da curva glicêmica em mU/l ou µU/ml 30 60 90 120 150 180 210 240 Tem po em m inutos Limites superiores. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.dtu.ox.ac.uk/index.html?maindoc=/homa / http://www.dtu.ox.ac.uk/index.html?maindoc=/homa /download.html CURVA DE RESISTÊNCIA GLOBULAR FRAGILIDADE OSMÓTICA CBHPM 4.03.04.54-0 AMB 28.04.065-1 Sinonímia: Prova de fragilidade osmótica, Prova de resistência osmótica, Curva de hemólise. Curva de resistência globular. CRG. Erythrocyte Osmotic Resistance. EOR. Fisiologia: A prova de resistência globular avalia a capacidade dos glóbulos vermelhos de incorporar água em seu interior sem que ocorra lise da célula. Essa resistência está na dependência da relação entre superfície/volume do glóbulo. Pode-se observar o aumento da resistência globular na anemia ferropriva assim como na talassemia e a sua diminuição na esferocitose hereditária e esferocitose associada a anemias hemolíticas auto-imunes. Material Biológico: Sangue com heparina / EDTA. Coleta: 3 ml de sangue heparinizado com 0,06 ml de heparina (preferencial), ou 3 ml de sangue com EDTA. Armazenamento: Enviar material ao laboratório logo após a coleta. Este exame precisa ser feito em até 2 horas após a coleta. Exames Afins: Hemograma, Eletroforese de Hemoglobina. Valor Normal: Hemólise Curva imediata Inicial 0,50 ± 0,02 % de NaCl 0,40 ± 0,02 % de NaCl 0,30 ± 0,02 % de NaCl Média (50 %) Final Curva após 24 h a 37ºC 0,70 ± 0,02 % de NaCl 0,45 ± 0,02 % de NaCl 0,20 ± 0,02 % de NaCl Interferentes: Alterações no pH e temperatura das diferentes soluções osmóticas hipotônicas. Tempos de incubação despadronizados. Interpretação: Patologia: Esferocitose hereditária Deficiência de G6PD HbSS HbAS HbSC HbCC HbAC Talassemia Anemia ferropriva Hemólise Inicial 0,70 % 0,65 % 0,55 % 0,55 % 0,50 % 0,45 % 0,60 % 0,65 % 0,60 % Hemólise Final 0,30 % 0,20 % 0,20 % 0,10 % 0,20 % 0,10 % 0,10 % 0,20 % 0,20 % Observação: Quando a “resistência” osmótica aumenta, a “fragilidade” osmótica diminui e viceversa. Portanto, dizer “fragilidade osmótica aumentada” é o mesmo que dizer “resistência osmótica diminuída” e vice-versa. AUMENTO DA RESISTÊNCIA OU DIMINUIÇÃO DA FRAGILIDADE: anemia ferropriva, anemias megaloblásticas carenciais, anemia falciforme, talassemias, S. de Rietti-GreppiMicheli, anemia de Cooley, hepatopatias, pósespelenectomia, hemoglobinopatia C, RN normais. DIMINUIÇÃO DA RESISTÊNCIA OU AUMENTO DA FRAGILIDADE: esferocitose hereditária, D. ou S. de Minkowski-Chauffard, D. hemolítica do RN, anemias hemolíticas hereditárias não esferocíticas, anemia hemolítica por deficiência de piruvatoquinase, S. de Hayem-Widal, anemias hemolíticas secundárias a câncer, leucemia, infecções, gravidez; queimaduras. Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi ?artid=439273 http://www.unilim.fr/medecine/fmc/hemato/dcem1/s yndanem.htm Preparo do Paciente: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método: Creed 123 CURVA GLICÊMICA GTT CBHPM 4.03.01.68-0 CBHPM 4.03.05.22-8 CBHPM 4.03.02.70-9 AMB 28.01.058-2 AMB 28.05.060-4 Sinonímia: GTT, Glicose Tolerance Test, TTG, Teste de Tolerância à Glicose, TOTG, Teste Oral de Tolerância à Glicose, Glicemia pós-sobrecarga. Curva glicêmica gestacional. Exton-Rose = prova obsoleta em que se administrava a glicose em duas doses de 50 g com intervalo de 30 minutos. O’Sullivan = prova de sobrecarga com 50 g de glicose e dosagem após 1 hora. Material Biológico: Plasma fluoretado. Coleta: 1,0 ml de plasma para cada tempo da curva. Após a coleta basal dosa-se a glicose. Se a glicemia for inferior a 180 mg/dl, administramse 75 g de glicose anidra ou 40 g de glicose/m² de superfície corporal dissolvidos em 250 a 300 ml de água. Para crianças de até 43 kg de peso administram-se 1,75 g de glicose/kg de peso observando-se o mínimo de 10 g e o máximo de 75 g de glicose anidra. Se a glicemia for igual ou superior a 180 mg/dl só se procede ao teste após autorização expressa do médico assistente. Para um rastreamento de diabetes gestacional administram-se 50 g de glicose anidra sem jejum prévio e coleta-se o plasma após 60 minutos. Obs.: a glicose deve ser ingerida em até 5 minutos e a cronometragem inicia imediatamente após a ingestão do primeiro gole de glicose. TÉCNICA DE COLETA PELO CATETER HEPARINIZADO. 1 - Preparar em uma seringa uma solução heparinizada a 1:100 em água bidestilada (0,1 ml de heparina - 5.000 U - e 9,9 ml de água bidestilada). Esta será utilizada durante toda a prova. 2 - Realizar a venopunção com cateter, preferencialmente nº 19, e coletar por aspiração ± 2,5 ml de sangue, utilizando seringa descartável, e transferir para tubo contendo anticoagulante fluoretado. 3 - Utilizando a seringa do item 1, injetar aproximadamente 0,8 ml da solução heparinizada; fechar o cateter. 4 - Administrar ao paciente a solução de glicose que deve ser tomada em menos de 5 minutos. Iniciar a cronometragem. 5 - Para a primeira coleta N minutos após a ingestão da glicose, aspirar com uma seringa seca, diretamente do cateter, 1,0 ml da solução e sangue que virá na aspiração. 6 - Aspirar com outra seringa ± 2,5 ml de sangue do cateter e colocar em outro tubo com anticoagulante fluoretado. 7 - Imediatamente injetar no cateter 0,8 ml da solução heparinizada (item 1) e fechá-lo. 8 - A cada coleta subseqüente, isto é, nos tempos previamente determinados, repetir os itens 5, 6 e 7. 9 - Durante toda a coleta, as seringas de uso constante para a execução da tarefa deverão permanecer em local isento de perigo de contaminação. Para a retirada da solução heparinizada do cateter pode-se utilizar uma mesma seringa durante todo o procedimento. Armazenamento: Se o exame não for realizado imediatamente, manter as amostras refrigeradas entre +2 a +8ºC. A curva pode ser efetuada de maneira clássica (jejum, 60, 90, 120 e 180 min), simplificada (jejum e 120 min) ou prolongada de até 8 horas (jejum, 30, 60, 90, 120, 180, 240, 300, 360, 420 e 480 min) conforme solicitação médica. Exames Afins: Hemoglobinas glicosiladas, Proteína glicosilada, Insulina, Frutosamina, Glicemia pós-prandial. Valor Normal: § Jejum 15 min 30 min 45 min 60 min 90 min 120 min 150 min 180 min 240 min 300 min 360 min 420 min 480 min Não-gestantes Após 75 g glicose 70 a 110 mg/dl 85 a 140 mg/dl 110 a 170 mg/dl 120 a 180 mg/dl 120 a 180 mg/dl 100 a 155 mg/dl 85 a 140 mg/dl 80 a 120 mg/dl 70 a 110 mg/dl 70 a 110 mg/dl 70 a 110 mg/dl 70 a 110 mg/dl 70 a 110 mg/dl 70 a 110 mg/dl Gestantes Após 100 g glicose 70 a 95 mg/dl 120 a 180 mg/dl 85 a 155 mg/dl 70 a 140 mg/dl 70 a 110 mg/dl Rastreamento de diabetes gestacional: Normal para 60 minutos após sobrecarga de 50 g glicose: menor que 140 mg/dl Obs.: 50, 75 e 100 g de glicose anidra equivalem respectivamente a 55,0, 82,5 e 110,0 g de Dextrosol (aumentar 10 %). Sitiografia: E-mail do autor: [email protected] * Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,05551 § Valores de jejum, 60, 120 e 180 minutos são baseados na ADA – American Diabetes Association. Os demais são tradicionais ou baseados em Tietz, N.W. et al. Clinical Guide to Laboratory Tests. Philadelphia: Saunders 1995. LIMITES DA CURVA GLICÊMICA NORMAL Glicose em m g/dl 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 30 60 90 120 150 180 210 240 Tem po em m inutos Preparo do Paciente: Jejum de 8 a 14 horas. Água ad libitum. Durante os 3 dias precedentes ao teste, o paciente deve alimentar-se com dieta rica em carboidratos (≥ 150 g/dia de cereais, massas, doces, açúcar) e não tomar bebida alcoólica na véspera. Método: Hexoquinase - UV - Automatizado. Interferentes: Paciente estressado. Interpretação: NÃO GESTACIONAL: TOLERÂNCIA DIMINUÍDA: Tempo 120 min entre 140 e 200 mg/dl (diabetes, DNV, arsênico, hipercorticoadrenalismo, choque, fadiga, gestação, furunculose, hipertensão intracraniana, hiperpituitarismo, jejum prolongado, hipertireoidismo). DIABETES MELLITUS: Tempos até 120 min com glicemia superior a 200 mg/dl TOLERÂNCIA AUMENTADA: Tempo 60 e/ou 90 min com glicemia inferior a 70 mg/dl (hiperinsulinismo, hipopituitarismo, hipotireoidismo, distrofia muscular, Addison, doença celíaca, esteatorréia idiopática, anorexia nervosa, espru). 125 CYFRA 21-1 CBHPM 4.07.12.37-0 O CYFRA 21-1 é um ensaio eletroquimioluminescente desenvolvido para os fragmentos de citoqueratina 19 no soro que encontra aplicação na detecção e/ou monitoramento de tumores pulmonares malignos que não sejam o câncer de pequenas células (NSCLC). São eles os epidermóides, os adenocarcinomas e o Câncer de Células Grandes. Em várias séries estudadas verificou-se que os níveis de CYFRA 21-1 se encontram elevados, acima de 3,3 ng/ml, demonstrando alta sensibilidade em 38 a 79 % dos casos, para o carcinoma epidermóide (escamoso), dependendo do estadiamento. Foram demonstrados aumentos inespecíficos em várias situações, como nas doenças pulmonares benignas (asma, DPOC, pneumonias, tuberculose e pneumonites) em até 4 % dos casos e em patologias sistêmicas como a cirrose e insuficiência renal em até 34 % dos casos. Cânceres de outras regiões também podem causar discretas elevações, como o câncer de bexiga (30 %), de colo de útero (24 %), de cabeça e pescoço (24 %) além do próprio Ca de pulmão tipo "pequenas células" em até 16 %. Embora os dados disponíveis até o momento demonstrem não ser este marcador um fator determinante de opção terapêutica complementar, foi verificado que ensaios mensais ou trimestrais permitem detectar precocemente as recorrências do tumor primário ou mesmo das suas metástases, uma vez que o CYFRA 21-1 exibe uma alta correlação com a resposta clínica a qualquer tratamento instituído, desde que eficaz. Valor normal: até 3,3 ng/ml. QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS ÓRGÃO-ALVO: Avaliação da terapêutica Monitoramento Prognóstico Metátases Diagnóstico “Screening” Marcador associado TU PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS ++++ ++++ ++++ +++ CEA Sitiografia: E-mail do autor: [email protected]
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