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Click para ver as orientações
* resultados abaixo de 35,0 U/ml não excluem
definitivamente a possibilidade de neoplasia.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
CA 125
CÂNCER DE OVÁRIO
CBHPM 4.07.12.37-0
AMB 28.06.160-8
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de ovário.
CA 125-1. CA 125 I. CA 125 UM. CA 125 de primeira
geração: usa anticorpos murinos OC125. OM-MA.
CA 125-2. CA 125 II. CA 125 DOIS. CA 125 de
segunda geração: usa anticorpos murinos OC125 e
M11.
CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
A natureza exata do antígeno CA 125 continua sendo
estudada. Trata-se de uma glicoproteína em
polímeros de massa molecular de 200 a 1.000 kDa
contendo uma menor quantidade (25 %) de
carboidratos do que as mucinas. Há evidências da
existência de mais de um tipo de molécula do CA
125. Reage com linhagens celulares derivadas de
carcinomas epiteliais ovarianos. Essas são as células
que formam a fina camada de revestimento externo
do ovário e que são dotadas de alta capacidade
proliferativa para reparar a superfície ovariana após
as ovulações. Por isso a anovulação por
contraceptivos orais, gravidez e lactação são fatores
de redução do risco desse tipo de câncer.
Meia-vida (t½) sérica: 4 a 5 dias.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do
coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes
podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 1 dia.
Congelar a -20ºC para até 2 meses.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
CA 72-4, CA 19-9, CA 15-3, CEA.
Interferentes:
Os níveis de CA 125 determinados com kits de
fabricantes distintos podem variar em conseqüência
de diferenças metodológicas e de especificidade.
Portanto, valores desse antígeno obtidos por
métodos e laboratórios diferentes não são
seqüencialmente comparáveis.
Fibrina. Anticorpos heterofílicos.
Método:
Eletroquimioluminescência.
Substrato: adamantildioxetanofosfato.
Interpretação:
Monitoramento de neoplasias do ovário
(adenocarcinoma seroso, carcinoma de células claras
e cistadenocarcinoma mucinoso) e detecção precoce
de recidivas. Utilizado, também, no teste triplo para
detecção de S. de Down em substituição ao Estriol.
AUMENTO: câncer de ovário e suas recidivas,
fisiologicamente durante o pico ovulatório, na fase
lútea e durante a gravidez, endometriose, gravidez,
D. inflamatória pélvica, fibroma uterino, S. de Meigs,
adenomiose, salpingite, cistos ovarianos, hepatite,
pancreatite, cirrose com ascite, colecistite,
pericardite, pneumopatias, câncer mamário,
pulmonar ou gastrintestinal, linfoma não-Hodgkin.
Obs.: A primeira geração de CA 125 corresponde à
reação de sua glicoproteína com o anticorpo
monoclonal murino OC125. A segunda geração, CA
125 II, reage com 2 anticorpos monoclonais: o
OC125 e o M11, correlacionando-se bem com o CA
125, mas sem demonstrar interferência com
anticorpos anti-camundongo humanos (HAMA).
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO:
Avaliação da terapêutica
Monitoramento
Prognóstico
Metátases
Diagnóstico
“Screening”
Marcador associado
OVÁRIO
++++
++++
++
++
+
+
CA 72-4
Valor Normal:
Normal*
até 35,0 U/ml
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
1
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
CA 15-3
CÂNCER DE MAMA
CBHPM 4.07.12.37-0
AMB 28.06.166-7/92
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de mama. CA 153.
BR-MA.
CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
O antígeno mama-associado CA 15-3 é uma mucina
epitelial polimorfa (PEM) com massa molecular entre
300 a 450 kDa que reage com dois anticorpos
monoclonais, DF3 e 115D8. Consiste de uma cadeia
repetida de polipeptídeos revestidos externamente
por carboidratos. Seus valores aumentam no estádio
clínico do câncer de mama alcançando valores muito
elevados na presença de metástases. A determinação
seriada do CA 15-3 é muito útil no monitoramento da
resposta terapêutica.
A pesquisa do CA 15-3 não deve ser utilizada como
"screening" para câncer de mama pois nos Estádios 0
e I da classificação pTNM dos tumores malignos os
resultados costumam ser normais.
Estádio 0 = Tis/N0/M0
Estádio I = T1/N0/M0
Meia-vida (t½) sérica: ~ 14 dias.
Material Biológico:
Soro.
Interferentes:
Os níveis de CA 15-3 determinados com kits de
fabricantes distintos podem variar em conseqüência
de diferenças metodológicas e de especificidade.
Portanto, valores desse antígeno obtidos por
métodos e laboratórios diferentes não são
seqüencialmente comparáveis.
Fibrina.
O tratamento com tamoxifeno, mesmo na ausência
de qualquer patologia hepática, aumenta
ligeiramente o CA 15-3.
Método:
Eletroquimioluminescência.
Substrato: adamantildioxetanofosfato.
Interpretação:
Monitoramento da paciente com neoplasia de mama
e detecção precoce da recidiva tumoral.
AUMENTO: hepatite, cirrose, sarcoidose,
tuberculose, lúpus eritematoso sistêmico, certas
patologias benignas mamárias ou ovarianas, câncer
de pâncreas, pulmão, ovário, colo e fígado.
Obs.: o aumento do CA 15-3 pode preceder vários
meses o diagnóstico clínico de metástases do câncer
de mama.
Previsão do CA 15-3 após mastectomia radical:
CA15 − 3atual = CA15 − 3cir × e (−0, 002063×horas )
onde:
Coleta:
1 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do
coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes
podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 1 dia.
Congelar a -20ºC para até 2 meses.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
CEA. TPA (Antígeno Polipeptídico Tissular).
HER2/neu. BRCA1. BRCA2.
Valor Normal:
Normal
inferior a 25,0 U/ml#
# Obs.: os valores não são afetados pelo tabagismo.
CA15-3atual
CA15-3cir
e
horas
= CA15-3 esperado no exame atual
= último CA 15-3 antes da cirurgia
= número “e”, base dos logaritmos
naturais
= tempo em número de horas
decorridas entre a cirurgia e a
coleta do exame atual.
Por exemplo: Um CA 15-3 pré-cirúrgico de 150,0
U/ml, 30 dias após mastectomia (720 horas) deve
apresentar um resultado igual ou inferior a 34,0 U/m
Cálculo da meia-vida (t½) biológica do
CA 15-3 de determinada paciente.
Em condições de pleno sucesso cirúrgico o CA 15-3
de determinada paciente deve diminuir segundo uma
constante individualizada, também chamada de
“meia-vida biológica” (t½) que é típica para aquela
paciente em particular. Assim, a partir de duas
dosagens seqüenciais, pode-se determinar o t½ que
poderá então ser aplicado aos demais pares de
dosagens para verificar se a evolução está no seu
curso normal ou se há interferentes indesejáveis
(metástases).
CA 19-9
Calcula-se aplicando a fórmula:
CBHPM 4.07.12.37-0
t1 / 2 =
− 0,6932 × horas
CA15 − 3 atual
LN
CA15 − 3 anterior
AMB 28.06.159-4
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de pâncreas e de
dutos biliares. CA 199. GI-MA.
Antígeno de Carboidrato GastrIntestinal. GICA.
CA = Carbohydrate Antigen.
onde:
t½
= meia-vida biológica do CA 15-3 da
paciente, em horas
horas = número de horas transcorridas entre a
coleta do CA 15-3atual e a coleta do CA 15-3anterior
CA 15-3atual
= dosagem do CA 15-3atual em U/ml
CA 15-3anterior = dosagem do CA 15-3anterior em U/ml
LN
= Logaritmo Natural
Se o t½ de uma amostra para outra seqüencial
permanecer igual ou diminuir, representa bom
prognóstico. Se aumentar, é mau prognóstico.
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO:
Avaliação da terapêutica
Monitoramento
Prognóstico
Metátases
Diagnóstico
“Screening”
Marcador associado
CÂNCER DE PÂNCREAS/DUTOS BILIARES
MAMA
++++
++++
++
++
CEA
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Fisiologia:
O CA 19-9 é caracterizado como sendo um
gangliosídio da membrana celular ou uma
glicoproteína circulante tipo mucina. As duas formas
carregam um epítopo carboidratado que é o
hexassacarídeo siálico do grupo sangüíneo Lewisa.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do
coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes
podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC até 24 horas após a
coleta ou congelar a amostra a -20ºC para até 2
meses. Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
CEA. CA 50.
Valor Normal:
HOMENS. Mediana
95,45 % da população
99,73 % da população
MULHERES. Mediana
95,45 % da população
99,73 % da população
3,0 U/ml
até 18,3 U/ml
até 37,0 U/ml
4,3 U/ml
até 27,0 U/ml
até 37,0 U/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Os níveis de CA 19-9 determinados com kits de
fabricantes distintos podem variar em conseqüência
de diferenças metodológicas e de especificidade.
Portanto, valores desse antígeno obtidos por
métodos e laboratórios diferentes não são
3
seqüencialmente comparáveis.
Fibrina. Descongelamento repetido.
Método:
Eletroquimioluminescência.
Substrato: adamantildioxetanofosfato.
Sensibilidade
= 68 a 94 % =
6 a 32 % falso-negativos
Especificidade = 76 a 99 % =
1 a 24 % falso-positivos
Interpretação:
Exclusivamente para avaliação prognóstica e
monitoramento terapêutico de pacientes portadores
de neoplasias colorretais e principalmente tumores
relacionados ao pâncreas e às vias biliares. Não tem
valor para diagnóstico.
Exames falso-negativos para câncer são encontrados
em pacientes Lewisa negativos/Lewisb negativos.
Nesses casos é obrigatório determinar o CA 50.
AUMENTO: câncer gastrintestinal, adenocarcinoma
do pâncreas, litíase biliar, colangiocarcinoma (T. de
Klatskin), pancreatite crônica, cirrose. Tumores
mucinosos do ovário, adenocarcinomas do corpo
uterino e da endocervix, metástases hepáticas de
carcinomas mamários e do pâncreas, colestase.
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO:
Avaliação da terapêutica
Monitoramento
Prognóstico
Metátases
Diagnóstico
“Screening”
Marcador associado
PÂNCREAS /
VIAS BILIARES
+++
++++
+
+
++
CEA
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CA 242
CÂNCER DE PÂNCREAS/COLO/RETO
CBHPM 4.03.06.57-7
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de pâncreas, colo e de
reto. CA 242.
CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
O CA 242 é um antígeno glicoprotéico mucinoso
composto de carboidratos e ácido siálico, presente
em carcinomas de diversos órgãos.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do
coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes
podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC até 24 horas após a
coleta ou congelar a amostra a -20ºC para até 2
meses. Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
CEA. CA 50. CA 19-9. Sangue oculto nas fezes.
Valor Normal:
96 % da população
4 % da população
até 14,9 U/ml
15,0 a 25,0 U/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Os níveis de CA 242 determinados com kits de
fabricantes distintos podem variar em conseqüência
de diferenças metodológicas e de especificidade.
Portanto, valores desse antígeno obtidos por
métodos e laboratórios diferentes não são
seqüencialmente comparáveis.
Fibrina. Descongelamento repetido.
Método:
ELISA.
Interpretação:
Exclusivamente para avaliação prognóstica e
monitoramento terapêutico de pacientes portadores
de neoplasias do tubo gastrintestinal, principalmente
tumores relacionados ao pâncreas, ao colo e ao reto.
Não deve ser usado para diagnóstico.
AUMENTO: câncer gastrintestinal, adenocarcinoma
do pâncreas, litíase biliar, colangiocarcinoma (T. de
Klatskin), pancreatite crônica, cirrose. Tumores
mucinosos do ovário, adenocarcinomas do corpo
uterino e da endocervix, metástases hepáticas de
carcinomas mamários e do pâncreas, colestase.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.rapidtest.com/CA-242_6335-16.doc
CA 27-29
CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO
CBHPM 4.03.06.58-5
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de mama metastático.
Marcador tumoral para câncer de mama recidivante.
CA 27-29. CA BR.
Truquant(R) BR(TM) Radioimmunoassay(RIA).
Truquant BR RIA.
BR. Breast cancer Recurrence.
CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
O antígeno glicoprotéico mucinoso CA 27-29,
composto de carboidratos, é produto do gene MUC-1
presente nas células mamárias cancerosas.
O CA 27-29 é amplamente liberado na circulação
durante a recorrência e/ou metastasização do câncer
de mama em pacientes previamente diagnosticadas e
tratadas como estádio II ou III. É o melhor marcador
tumoral para monitorar a evolução da doença e a
resposta ao tratamento. Um decréscimo na taxa do
CA 27-29 significa uma boa resposta terapêutica
enquanto que seu aumento indica resistência ao
tratamento e progressão do câncer. Uma elevação
acima de seu limite superior em pacientes
clinicamente normais é um indicador precoce de
recorrência. O valor preditivo de recorrência é de
83,3 % em média 5,3 meses antes da positivação de
outros testes ou do aparecimento de sintomas.
Como o CA 27-29 pode apresentar resultados falsonegativos e falso-positivos, ele deve ser empregado
em conjunto com outros métodos de monitoração
das recidivas do câncer de mama. Entretanto, a sua
qualidade em prever recidivas mais precocemente do
que outros testes o tornam de grande valia para a
instituição de tratamentos precoces e aumentar as
chances de sucesso.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do
coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes
podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 1 dia.
Congelar a -20ºC para até 2 meses.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
5
Exames Afins:
CEA. TPA (Antígeno Polipeptídico Tissular). CA 15-3.
CA 50
Valor Normal:
CBHPM 4.03.06.56-9
Normal
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer colorretal e
pancreático.
até 38 U/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Não administrar radioisótopos in vivo ao paciente nas
24 horas precedentes à coleta.
Interferentes:
Os níveis de CA 27-29 determinados com kits de
fabricantes distintos podem variar em conseqüência
de diferenças metodológicas e de especificidade.
Portanto, valores desse antígeno obtidos por
métodos e laboratórios diferentes não são
seqüencialmente comparáveis.
Hemólise, lipemia, icterícia, fibrina.
Presença de radioisótopos circulantes.
Descongelamentos repetidos.
O tratamento com tamoxifeno, mesmo na ausência
de qualquer patologia hepática, aumenta
ligeiramente o CA 27-29.
Método:
Radioimunoensaio com
125
I ou quimioluminescência.
Interpretação:
Monitoramento da paciente com neoplasia de mama
e detecção precoce da recidiva tumoral.
AUMENTO: Câncer de colo, estômago, rim, pulmão,
ovário, pâncreas útero e fígado. Primeiro trimestre da
gravidez. Endometriose. Cistos ovarianos.
Mastopatias benignas. DD. renais. DD. hepáticas
como hepatite e cirrose. Sarcoidose. Tuberculose.
Lúpus eritematoso sistêmico.
Obs.: o aumento do CA 27-29 pode preceder vários
meses o diagnóstico clínico de metástases do câncer
de mama.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CÂNCER DE COLO/RETO/PÂNCREAS
AMB 28.06.201-9/96
Fisiologia:
O CA 50 foi isolado após imunização por células de
adenocarcinoma retal humano em linhagem contínua
(Colo 205). O anticorpo monoclonal obtido (C-50
MAb) reconhece duas estruturas carboidratadas
diferentes: sialosil Lewis e sialosil lacto-N-tetrose. O
CA 50 existe nas membranas celulares ligado a um
gangliosídeo e também ligado a uma glicoproteína de
massa molecular elevada chamada Can-Ag.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
CEA. CA 19-9.
Valor Normal:
População
86,89 %
8,56 %
95,45 %
4,28 %
99,73 %
0 a 8 U/ml
9 a 14 U/ml
0 a 14 U/ml
15 a 20 U/ml
0 a 20 U/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Não administrar radioisótopos in vivo ao paciente nas
24 horas precedentes à coleta.
Interferentes:
Hemólise, lipemia, icterícia.
Presença de radioisótopos circulantes.
Descongelamentos repetidos.
Método:
Radioimunoensaio com
125
I.
Interpretação:
Monitoração terapêutica e diagnóstico de recidiva de
carcinomas gastrintestinais e pancreáticos.
7 % da população (Lewisa Neg/Lewisb Neg) é incapaz
de sintetizar o CA 19-9 mas sim o CA 50. Desta
forma, em pacientes em risco de câncer colorretal ou
pancreático com CA 19-9 normal, é obrigatório
determinar o CA 50.
AUMENTO: câncer colorretal, pancreático, outros
cânceres do trato gastrintestinal, tumores de ovário,
de mama e dos pulmões.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CA 72-4
CÂNCER DE ESTÔMAGO/OVÁRIO
CBHPM 4.07.12.37-0
AMB 28.06.174-8/92
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer gástrico e ovariano.
CA 724. Tumor-Associated Glycoprotein. TAG.
TAG72.
CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
A TAG ou CA 72-4 é uma proteína mucinóide de peso
molecular de 220 a 400 kDa. Níveis elevados são
encontrados preferencialmente em pacientes
acometidos de câncer gástrico. A sensibilidade clínica
deste marcador para esse tipo de câncer é superior à
do CEA ou à do CA 19-9. Além disso, a sua
determinação pode ser útil no monitoramento de
pacientes com carcinoma mucinoso de ovário para os
quais a sensibilidade clínica do CA 125 é baixa.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC até 2 horas após a coleta
ou congelar a amostra a –20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
CA 19-9, CEA.
Valor Normal:
Normal
até 4,0 U/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Imunorradiométrico.
Interpretação:
Monitoramento de paciente portador de neoplasia
gástrica ou ovariana.
AUMENTO: tumores gástricos, tumores mucinosos
do ovário, câncer cólico, pancreático e pulmonar.
7
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO:
Avaliação da terapêutica
Monitoramento
Prognóstico
Metátases
Diagnóstico
“Screening”
Marcador associado
ESTÔMAGO
++
++++
+
CA 19-9
CÁDMIO
Cd
CBHPM 4.03.13.19-0
AMB 28.01.031-0
AMB 28.15.029-5
Sinonímia:
Cd.
Fisiologia:
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
48
112,411
594 K
1.038 K
8,650 g/cm3
1,7
Cd
10
2
[Kr]4d 5s
Cádmio
Metal de transição.
Subproduto da indústria do Zinco.
O Cádmio, além da manipulação de sua própria
extração e tratamento, é utilizado na preparação de
ligas metálicas, na fabricação de compostos para
soldagem, inclusive de prata, em revestimentos
metálicos por galvanização, pigmentos e
estabilizadores para plásticos e em acumuladores e
baterias de níquel-cádmio.
Material Biológico:
Urina e/ou sangue total.
Coleta:
Alíquota de 20 ml de urina de qualquer dia ou hora,
desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo
nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4
dias. Recomenda-se iniciar a monitoração após 6
meses de exposição.
5,0 ml de sangue total coletado em tubo com EDTA.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 e +8ºC para até 5
dias.
Exames Afins:
Proteinúria.
Valor Normal:
Urina
IBMP §
Sangue
IBMP §
até
até
até
até
2,0
5,0
0,5
1,0
µg/g Creatinina
µg/g Creatinina
µg/dl (segundo a OMS)
µg/dl
* Para obter valores em µg/l, multiplicar os µg/dl por
10.
CAFEÍNA
TRIMETILXANTINA
** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl
por 88,968
Interferentes:
Antibióticos, antiácidos, EDTA e tabagismo.
Método:
Absorção atômica (forno de grafite).
Interpretação:
Além de mostrar uma exposição excessiva, este
Indicador Biológico tem também significado clínico ou
toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença,
estar associado a um efeito ou a uma disfunção do
sistema biológico avaliado.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de
30/12/94).
AUMENTO: distúrbios gastrintestinais, anemia,
rinite, eosinofilia, enfisema pulmonar, microfraturas
ósseas, lesão tubular renal, tabagismo, exposição
profissional na galvanoplastia, na fabricação de
acumuladores, tubos de TV, semicondutores,
retificadores, laseres e na manipulação de esmaltes,
pigmentos, têxteis e fotografias.
§ Índice Biológico Máximo Permitido
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e04800.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta
belaperiodica1.htm
http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br
Sinonímia:
Trimetilxantina. 1,3,7-trimetilxantina. Coffea arabica.
Coffea canephora var. robusta.
Fisiologia:
Base púrica, pertencente ao grupo das metilxantinas.
As metilxantinas são três: cafeína, teofilina e
teobromina.
1,3,7-trimetilxantina
Fórmula molecular = C8H10N4O2
Massa molecular = 194,194 g/mol
Densidade = 1,23 g/cm³ (20ºC)
O
H3C
N
N
O
CH3
N
N
CH3
CAFEÍNA
Volume de distribuição (l/kg): 0,4 a 0,7
Fontes alimentares: café, chá, mate, cacau e
derivados, guaraná, bebidas à base de cola.
Meia-vida (t½) biológica:
Adultos : 3 a 12 horas
RN
: 40 a 230 horas
Material Biológico:
Soro ou plasma: 2 ml (heparina ou EDTA)
Urina : 2 ml
Coleta:
Amostra isolada.
Valor Normal:
Nível terapêutico
Nível “Borderline”
Nível tóxico
3,0 a 15,0 µg/ml
15,1 a 50,0 µg/ml
sup. a 50,0 µg/ml
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/ml
por 5,1495
** µg/ml = mg/l
Método:
HPLC.
9
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CÁLCIO
Ca
CBHPM 4.03.01.40-0
AMB 28.01.032-9
Sinonímia:
Ca. Calcemia. Cálcio total. Calciúria. Cálcio urinário.
Sulkowitch = prova obsoleta para calciúria.
Fisiologia:
20
40,078
1,0
1.112 K
1.713 K
1,550 g/cm3
Ca
2
[Ar]4s
Cálcio
Metal alcalino-terroso
Material Biológico:
Soro ou urina.
Coleta:
0,5 ml de soro.
Urina de 24 horas.
Armazenamento:
Soro : refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Urina : refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC durante
a coleta. Aliquotar 20 ml e informar ao laboratório o
volume total de 24 horas.
Exames Afins:
Cálcio ionizável, Fósforo sérico, Magnésio, Cloro,
Fosfatase Alcalina, Proteínas séricas, Creatinina.
Valor Normal:
CÁLCIO SÉRICO
Adultos
até 1 ano
1 a 3 anos
4 a 9 anos
10 e 11 anos
12 e 13 anos
14 e 15 anos
16 a 19 anos
8,6
7,9
8,7
8,8
8,9
8,8
9,2
8,9
a
a
a
a
a
a
a
a
10,0 mg/dl
10,7 mg/dl
9,8 mg/dl
10,1 mg/dl
10,1 mg/dl
10,6 mg/dl
10,7 mg/dl
10,7 mg/dl
CÁLCIO URINÁRIO – HOMENS
IDADE
anos
RN
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,50
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
14,5
15,0
15,5
16,0
16,5
17,0
Adulto
ALÍQUOTA
mg/dl
2,0 a 15,9
2,3 a 18,7
2,5 a 20,4
2,7 a 21,5
2,8 a 22,1
2,8 a 22,5
2,8 a 22,8
2,9 a 23,2
3,0 a 23,7
3,2 a 25,2
3,2 a 25,5
3,2 a 25,7
3,2 a 25,9
3,3 a 26,7
3,4 a 27,1
3,4 a 27,5
3,5 a 27,9
3,5 a 28,2
3,6 a 28,6
3,6 a 29,0
3,7 a 29,4
3,7 a 29,7
3,8 a 30,1
3,8 a 30,4
3,9 a 30,8
3,9 a 31,2
3,9 a 31,5
4,0 a 31,8
4,0 a 32,3
4,1 a 32,8
4,2 a 33,7
4,3 a 34,5
4,4 a 35,2
4,5 a 35,7
4,6 a 36,4
4,6 a 36,9
4,7 a 37,3
6,3 a 37,5
6,3 a 37,5
URINA 24 h
mg/24 h
4,2 a 16,7
7,0 a 28,1
9,3 a 37,2
11,1 a 44,5
12,4 a 49,4
13,2 a 52,8
14,0 a 56,1
15,4 a 61,7
16,7 a 66,8
17,9 a 71,7
19,1 a 76,4
20,3 a 81,1
21,4 a 85,5
23,8 a 95,3
25,4 a 101,5
26,9 a 107,6
28,5 a 114,0
30,1 a 120,5
31,8 a 127,2
33,5 a 133,8
35,1 a 140,5
36,8 a 147,0
38,4 a 153,7
40,0 a 160,1
41,6 a 166,6
43,2 a 172,8
45,1 a 180,4
47,0 a 188,0
49,4 a 197,5
51,8 a 207,1
55,9 a 223,4
59,9 a 239,7
63,4 a 253,7
66,9 a 267,5
69,5 a 278,2
72,2 a 288,9
74,1 a 296,2
100 a 300,0
100 a 300,0
CÁLCIO URINÁRIO – MULHERES
/CREATININA
mg/g Creatinina
41,7 a 1.669,4
50,2 a 1.604,9
46,5 a 1.488,7
42,8 a 1.272,4
30,9 a 1.098,7
30,0 a 959,7
28,6 a 863,4
28,6 a 822,3
27,8 a 763,7
27,2 a 717,4
26,2 a 679,1
25,3 a 648,5
23,8 a 622,1
23,8 a 635,4
23,1 a 606,2
22,4 a 581,5
21,9 a 563,0
21,5 a 547,7
21,2 a 535,4
20,9 a 524,9
20,7 a 515,7
20,4 a 506,9
19,8 a 499,8
19,2 a 492,7
18,8 a 476,0
18,3 a 460,9
18,0 a 451,0
17,8 a 442,2
17,8 a 439,0
17,7 a 436,0
18,3 a 446,8
18,7 a 456,5
19,3 a 461,2
19,9 a 465,2
20,2 a 477,5
20,5 a 489,6
20,6 a 495,8
24,4 a 461,5
24,4 a 461,5
* Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl
por 0,2495.
** Para obter valores em mEq/l, multiplicar os mg/dl
por 0,499.
*** Para obter valores em mg/l, multiplicar os mg/dl
por 10
IDADE
anos
RN
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,50
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
14,5
15,0
15,5
16,0
16,5
17,0
Adulta
ALÍQUOTA
mg/dl
2,0 a 15,7
2,3 a 18,3
2,4 a 19,5
2,6 a 20,7
2,7 a 21,4
2,7 a 21,8
2,8 a 22,1
2,8 a 22,7
2,9 a 23,4
3,1 a 25,1
3,2 a 25,3
3,2 a 25,6
3,2 a 25,9
3,3 a 26,5
3,4 a 26,9
3,4 a 27,2
3,5 a 27,6
3,5 a 28,0
3,5 a 28,4
3,6 a 28,8
3,6 a 29,2
3,7 a 29,5
3,7 a 29,9
3,8 a 30,3
3,9 a 30,8
3,9 a 31,4
4,0 a 31,8
4,0 a 32,2
4,1 a 33,0
4,2 a 33,7
4,3 a 34,4
4,4 a 35,1
4,4 a 35,4
4,5 a 35,8
4,5 a 36,0
4,5 a 36,2
4,6 a 36,4
6,1 a 36,6
6,3 a 37,5
URINA 24 h
mg/24 h
4,1 a 16,5
6,9 a 27,6
8,9 a 35,6
10,7 a 42,8
12,0 a 47,9
12,8 a 51,2
13,6 a 54,6
15,1 a 60,3
16,5 a 65,9
17,7 a 70,8
18,9 a 75,5
20,2 a 80,6
21,4 a 85,7
23,1 a 92,2
24,5 a 98,0
25,9 a 103,6
27,5 a 110,0
29,1 a 116,3
30,7 a 122,9
32,3 a 129,4
34,0 a 135,9
35,5 a 142,1
37,4 a 149,5
39,1 a 156,6
41,5 a 165,9
43,9 a 175,5
46,3 a 185,3
48,8 a 195,1
52,0 a 208,0
55,2 a 220,7
57,7 a 231,0
60,4 a 241,4
61,8 a 247,2
63,2 a 252,8
64,2 a 256,8
65,1 a 260,6
65,8 a 263,0
88,4 a 265,2
100 a 300,0
/CREATININA
mg/g Creatinina
41,2 a 1.649,8
49,3 a 1.576,8
44,6 a 1.425,9
41,1 a 1.221,9
29,9 a 1.063,8
29,1 a 931,1
27,8 a 839,2
27,9 a 804,6
27,5 a 824,3
26,8 a 833,0
25,9 a 863,0
25,2 a 895,8
24,1 a 902,4
23,5 a 922,1
22,9 a 816,7
22,3 a 739,7
22,0 a 687,7
21,7 a 645,9
21,5 a 614,7
21,3 a 588,1
21,1 a 566,1
20,9 a 546,5
20,9 a 515,4
20,8 a 521,9
21,1 a 526,7
21,3 a 531,8
21,5 a 537,1
21,8 a 542,0
22,3 a 554,8
22,8 a 565,9
23,0 a 570,3
23,2 a 574,8
23,7 a 568,3
24,1 a 561,7
24,4 a 570,7
24,7 a 579,1
24,8 a 584,5
33,2 a 589,4
35,7 a 666,7
Nos casos de hiper e hipoalbuminemia o cálcio sérico
pode ser corrigido pela fórmula:
Cacorr = [(4 − alb ) × 0,8] + cálcio
onde:
Cacorr = cálcio corrigido em mg/dl
cálcio = cálcio dosado em mg/dl
alb
= albumina sérica em g/dl
11
Dispondo-se da proteína total, a correção do cálcio
sérico pode ser feita pela fórmula:
Cacorr =
cálcio
 prot 
0,55 + 

 16 
Toni-Debré-Fanconi, pós transfusão maciça contendo
citrato, insuficiência renal aguda, rabdomiólise,
hipoalbuminemia, oxalose idiopática familiar,
insuficiência renal retentora de fosfatos, intoxicação
por ácido oxálico, alcalose, anticonvulsivantes.
Obs.: Calcemia abaixo de 7,0 mg/dl apresenta risco
de tetania.
CALCIÚRIA.
onde:
Cacorr = cálcio corrigido em mg/dl
cálcio = cálcio dosado em mg/dl
prot
= proteína total em g/dl
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Drogas que aumentam o cálcio urinário:
colestiramina, nandrolona, paratormônio injetável,
vitamina D.
Diminui a calciúria: urina alcalina, fitato de sódio,
diuréticos tiazídicos.
Método:
orto-cresolftaleína automatizado ou complexometria.
Interpretação:
Dosagem conjunta do cálcio ionizável (47 %), do
cálcio ligado a proteínas (43 %) e do cálcio ligado a
bicarbonato, citrato, lactato, fosfato e sulfato (10 %).
Obs.: o limite normal superior da calciúria de 24
horas gira em torno de 5 mg Cálcio/kg de peso/dia.
HIPERCALCIÚRIA:
Homens : acima de 300 mg/24 horas
Mulheres: acima de 250 mg/24 horas
HIPERCALCIÚRIA "BORDERLINE":
Homens : 200 a 300 mg/24 horas
Mulheres: 150 a 250 mg/24 horas
Hipercalcemia, calculose renal, hiperparatireoidismo,
metástases ósseas, mieloma múltiplo, intoxicação por
vitamina D, acidose tubular renal, tireotoxicose, D. de
Paget, D. de Wilson, sarcoidose, uso de
acetazolamida, cloreto de amônio, corticosteróides,
vitamina D, efeito inicial de diuréticos.
HIPOCALCIÚRIA: hipocalcemia; falsa hipocalciúria
por diluição da urina: potomania, poliúria; diuréticos
crônicos, uso de bicarbonato, lítio, estrógenos e
anovulatórios; S. nefrótico, crescimento, gravidez e
lactação, raquitismo, mixedema.
CALCEMIA.
AUMENTO: pseudo e hiperparatireoidismo primário,
mieloma múltiplo, hipervitaminose A e/ou D, hiperPTHrP, produção ectópica de 1,25 diidroxivitamina D,
S. de Burnett, S. de Gérard-Lefebvre, osteoporose,
sarcoidose, tuberculose, histoplasmose,
coccidioidomicose, hanseníase, D. de Paget, D. de
Kahler, leucemia aguda, D. de Hodgkin,
hiperalbuminemia, hiper ou hipotireoidismo,
insuficiência supra-renal aguda, acromegalia, S. de
Harrison e McNee, metástases ósseas, policitemia
vera, carcinomas, hipercalcemia hipocalciúrica
familiar, S. leite-álcalis, imobilização prolongada,
diuréticos tiazídicos, lítio, terapia prolongada com
doses altas de estrógenos, acidose tubular renal.
Obs.: Calcemia a partir de 17,0 mg/dl apresenta
risco de crise hipercalcêmica.
DIMINUIÇÃO: pseudo e hipoparatireoidismo,
hiperparatireoidismo secundário, hipovitaminose D,
hipomagnesemia, raquitismo tipo I ou II,
osteomalacia, S. de má absorção, S. de Achor-Smith,
pancreatite aguda, uremia, S. nefrótico, lise tumoral,
Ca medular da tireóide, hipercalcitoninemia, S. de
ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO
>100 mg de Cálcio/100g de Alimento:
Figo seco, brócolis, dente de leão (Taraxacum
officinale), salsa, pimentão verde, soja, amêndoa,
avelã, castanha-do-Pará, melado, gema de ovo, leite,
queijos, caviar, cacau.
Obs.: todos os alimentos contêm cálcio; únicas
exceções: azeites e bebidas destiladas.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e02000.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta
belaperiodica1.htm
http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br
CÁLCIO, ABSORÇÃO DO
CBHPM 4.03.01.40-0
AMB 28.01.032-9
Sinonímia:
Prova da absorção intestinal de cálcio.
Teste de sobrecarga oral com cálcio.
Material Biológico:
Urina de 2 horas, pré-sobrecarga de cálcio, urina de
3 horas e meia, pós-sobrecarga de cálcio.
Coleta:
Alíquota de 20 ml de urina pré, alíquota de 20 ml de
urina pós.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Interferentes:
Diuréticos, corticosteróides, vitamina D, laxantes.
Método:
Dosagens:
URINA PRÉ: cálcio e creatinina.
URINA PÓS: cálcio e creatinina.
Cálcio: orto-cresolftaleína automatizado,
Creatinina: Jaffé automatizado.
Interpretação:
Teste útil na avaliação da absorção intestinal de
cálcio em pacientes com hipercalciúria e/ou calculose
urinária de repetição, permitindo classificá-la em
hipercalciúria por dismetabolismo renal do cálcio ou
por hiperabsorção intestinal.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Exames Afins:
Teste de Pak.
Valor Normal:
NORMOCALCIÚRIA
Pré
Pós
HIPERCALCIÚRIA
RENAL
Pré
HIPERABSORÇÃO
INTESTINAL
Pré
Pós
Relação Pós/Pré
até 0,109 mgCa/mgCrea
até 0,199 mgCa/mgCrea
superior a 0,109 mgCa/mgCrea
até 0,109 mgCa/mgCrea
superior a 0,199 mgCa/mgCrea
> 3,49
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Suspensão de
medicamentos durante 7 dias. Tomar 300 a 500 ml
de água na véspera do exame, antes de dormir.
Crianças devem tomar 10 ml de água por kg de peso.
Ao se levantar, em casa: esvaziar a bexiga, tomar
300 ml de água, marcar o tempo.
No laboratório: 2 horas após, coletar toda a urina
(amostra pré). Administrar, por via oral, a sobrecarga
de 1 grama de cálcio dissolvido em 1/2 copo de água
(2 comprimidos de Calcium F ou 1 de Calcium
FF). Em seguida, fazer desjejum com 1 copo de chá
+ 4 torradas ou bolachas salgadas + 1 copo de água.
Cronometrar, após 30 minutos, esvaziar a bexiga,
desprezar essa urina, cronometrar novamente e após
3 horas e meia, coletar mais uma vez toda urina
(amostra pós).
Obs.: não misturar as diferentes amostras.
13
Crianças e adultos
CÁLCIO IONIZÁVEL
4,48 a 5,29
1,12 a 1,32
CÁLCIO IÔNICO
CBHPM 4.03.01.41-9
AMB 28.01.033-7
Sinonímia:
Cálcio iônico, Cálcio ionizado, Cálcio difusível, Cálcio
livre. Ca++, Ca2+, Fator IV da coagulação.
Fisiologia:
A dosagem do cálcio iônico por eletrodo íon-seletivo
é uma técnica vantajosa sobre a dosagem tradicional
do cálcio total. O pH sérico, entretanto, deve também
ser determinado a fim de corrigir ou de interpretar o
cálcio iônico em relação ao pH fisiológico de 7,4 ±
0,2. Ocorre, de fato, uma competição entre os íons
de cálcio e os íons de H+ com as proteínas,
principalmente com os grupos carboxilados da
albumina. Além disso, a força iônica do plasma
interfere com a dosagem e o cálcio pode estar
diminuído diante de uma hiponatremia importante.
Esta dosagem é, pois, preferível para a triagem e
para o acompanhamento de doenças ósseas e dos
distúrbios da homeostase do cálcio (doenças da
paratireóide ou renais).
O cálcio é fundamental à contração muscular, à
função cardíaca, à transmissão de impulsos nervosos
pelos axônios e à coagulação sangüínea. Um déficit
de cálcio iônico causará hiperexcitabilidade de nervos
e músculos (fasciculações) enquanto que o excesso,
o efeito oposto.
Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl
por 0,2495
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Paciente em decúbito, tranqüilo com respiração
normal.
Interferentes:
Contato com o ar. Não abrir o tubo com gel
separador. Lipemia. Hiperpnéia.
Método:
Eletrodo seletivo.
Quando o soro for exposto ao ar (perdendo a
precisão de sua mensuração) pode-se obter uma
excelente avaliação do cálcio ionizável através da
fórmula de McLean e Hastings:
Ca + + =
(6 × Ca ) −  Pt 
 3 
Pt + 6
onde:
Ca++ = Cálcio ionizável em mg/dl
Ca
= Cálcio total em mg/dl
Pt
= Proteínas totais em g/dl
CÁLCIO IONIZÁVEL CORRIGIDO PARA pH
SANGÜÍNEO = 7,40.
Material Biológico:
Soro.
Aplica-se a seguinte fórmula:
Coleta:
1,0 ml de soro. Coletar em tubo a vácuo com gel
separador. Evitar garroteamento prolongado.
Após coagulação e retração do coágulo, centrifugar o
tubo para obter o soro.
Não abrir o tubo. Evitar o contato com o ar.
Enviar e conservar fechado até o momento da
dosagem.
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Ca, Mg, Cl, Bicarbonato, Gasometria, Proteínas totais.
Valor Normal:
IDADE
Sangue de cordão
RN de 3 a 24 h
RN de 24 a 48 h
mg/dl
5,20 a 5,84
4,32 a 5,12
4,00 a 4,72
mmol/l
1,30 a 1,46
1,08 a 1,28
1,00 a 1,18
Ca + + corr = 10 [LogCa −0, 24(7 , 40− pH )]
onde:
Ca++corr = Cálcio ionizável corrigido para pH
sangüíneo = 7,40
LogCa = Logaritmo decimal da concentração de
Cálcio total em mmol/l
pH
= pH sangüíneo
Interpretação:
AUMENTO: acidose, hiperparatireoidismo primário,
neoplasias e intoxicação por Vitamina D,
hipercalcemia do câncer.
DIMINUIÇÃO: alcalose, citrato, heparina, EDTA,
hipoparatireoidismo, hiperparatireoidismo secundário
e deficiência de Vitamina D.
Teste indicado nas transfusões maciças, transplante
de fígado, hipocalcemia neonatal e cirurgia cardíaca.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Sensibilidade analítica = 0,7 pg/ml
CALCITONINA
TIREOCALCITONINA
CBHPM 4.07.12.16-8
AMB 28.05.007-0
Sinonímia:
Tireocalcitonina. HCT.
Fisiologia:
Peptídeo de 32 aminoácidos.
Massa molecular = 3,4 kDa
Meia-vida (t½) sérica: 12 minutos.
A calcitonina é sintetizada primariamente pelas
células C parafoliculares da tireóide. É co-secretada
equimolarmente com a catacalcina sob estimulação
do cálcio ionizável, o fosfato, o magnésio e por certos
hormônios como a gastrina, o glucagon, os
estrógenos e a histamina. A calcitonina inibe a
atividade osteoclástica, diminuindo a mobilização do
cálcio dos ossos.
Interpretação:
Marcador de tumor de tireóide, principalmente de
carcinoma medular, com ou sem metástase.
AUMENTO: carcinoma medular da tireóide, câncer
de pulmão, de mama ou pancreático, pancreatite,
tireoidite, insuficiência renal, S. de Zollinger-Ellison,
anemia perniciosa, gravidez de termo, recémnascidos.
DIMINUIÇÃO: agenesia tireoidiana.
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO:
TU MEDULAR
TIREÓIDE
++++
++++
++
+
+++
+++
CEA
Material Biológico:
Soro.
Avaliação da terapêutica
Monitoramento
Prognóstico
Metátases
Diagnóstico
“Screening”
Marcador associado
Coleta:
2,0 ml de soro. Plasma é inadequado.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Armazenamento:
Congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Cintilografia, Mapeamento ósseo, Hormônios
tireoidianos.
Valor Normal:
Homens
Mulheres
até 11,5 pg/ml
até 4,6 pg/ml
* pg/ml = ng/l
** Para obter valores em pmol/l, multiplicar os pg/ml
por 0,2926.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Hemólise. Lipemia. Descongelamentos repetidos.
Medicamentos: Acticalcin, Calsynar, Miacalcic,
Seacalcit.
Método:
Ensaio imunorradiométrico - IRMA – com
125
I.
15
CALCITONINA ESTIMULADA POR
CÁLCIO
CBHPM 4.07.12.16-8
AMB 28.05.007-0
Sinonímia:
Teste de estímulo com cálcio para dosagem de
calcitonina.
Fisiologia:
Peptídeo de 32 aminoácidos.
Massa molecular = 3,4 kDa
Meia-vida (t½) sérica: 12 minutos.
A calcitonina é sintetizada primariamente pelas
células C parafoliculares da tireóide. É co-secretada
eqüimolarmente com a catacalcina sob estimulação
do cálcio ionizável, o fosfato, o magnésio e por certos
hormônios como a gastrina, o glucagon, os
estrógenos e a histamina.
A calcitonina inibe a atividade osteoclástica,
diminuindo a mobilização do cálcio dos ossos. No
Carcinoma Medular da Tireóide (CMT), que
representa até 10 % dos seus tumores malignos, os
níveis de calcitonina permanecem elevados.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro para cada tempo do teste. Plasma é
inadequado.
Instalar o paciente confortavelmente. Puncionar uma
veia do antebraço com "scalp" ou cateter
heparinizado. Coletar a amostra basal. Injetar EV, 2,0
mg/kg de peso de gluconato de cálcio no prazo de 1
minuto. Acionar o cronômetro. Coletar as demais
amostras aos 2, 5, 10 e 15 minutos ou conforme os
tempos determinados pelo médico solicitante.
Armazenamento:
Congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Cintilografia, Mapeamento ósseo, Hormônios
tireoidianos, Pesquisa de mutações do protooncogene RET.
Valor Normal:
Homens
AMOSTRA BASAL
AMOSTRAS PÓS-ESTÍMULO
Após 2 minutos
Após 5 minutos
até 11,5 pg/ml
15,0 a 205,0 pg/ml
10,0 a 125,0 pg/ml
Após 10 minutos
Mulheres
AMOSTRA BASAL
AMOSTRA PÓS-ESTÍMULO
Após 2 minutos
Após 5 minutos
Após 10 minutos
4,0 a 125,0 pg/ml
até 4,6 pg/ml
até 35,0 pg/ml
até 25,0 pg/ml
até 20,0 pg/ml
* pg/ml = ng/l
** Para obter valores em pmol/l, multiplicar os pg/ml
por 0,2926.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Não
efetuar o teste se o paciente apresentar um pulso
inferior a 50 bpm ou PA alterada.
Interferentes:
Hemólise. Lipemia. Descongelamentos repetidos.
Método:
Ensaio imunorradiométrico - IRMA - com
Sensibilidade analítica = 0,7 pg/ml
125
I.
Interpretação:
Marcador de tumor de tireóide, principalmente de
carcinoma medular (CMT), com ou sem metástase.
Teste útil para diagnóstico e monitoramento pósoperatório do CMT esporádico ou familiar.
AUMENTO: carcinoma medular da tireóide.
Obs.: pacientes com secreção ectópica de calcitonina
apresentam um valor basal elevado.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CÁLCULO URINÁRIO
LITÍASE URINÁRIA
CBHPM 4.03.11.04-0
AMB 28.13.012.0
Sinonímia:
Litíase urinária, litíase renal, nefrolitíase. Análise
química de cálculo urinário. Composição de urólito.
Fisiologia:
A formação de cálculos no trato urinário decorre da
supersaturação urinária, nucleação, crescimento e
agregação de cristais. A saturação depende de alta
concentração de solutos como cálcio, magnésio,
sódio, potássio, amônio, fosfato, oxalato e sulfato
que formam complexos de elevada força iônica.
A supersaturação condiciona a nucleação de cristais
seguida de agregação e aglomeração. Hipercalciúria,
hiperoxalúria, hipocitratúria e hiperuricosúria são
condições metabólicas geralmente associadas à
litíase renal. A Glicoproteína de Tamm-Horsfall (GTH),
uma glicosilfosfatidil-inositol proteína, também
chamada de uromucóide, principal constituinte dos
cilindros urinários, tem sido associada à litogênese.
Material Biológico e Coleta:
Cálculo de no mínimo 1 a 2 mm de diâmetro obtido
durante cirurgia, por eliminação urinária espontânea
ou pós-litotripsia extracorpórea.
Armazenamento: Em frasco seco.
Exames Afins:
Perfil metabólico para nefrolitíase, Ácido oxálico
urinário (oxalúria), Ácido úrico urinário (uricosúria),
Calciúria, Fosfatúria, Teste de Pak.
Método:
Análise química qualitativa com % dos componentes.
Interpretação:
1 – Peso em g ou mg
2 – Maior diâmetro em mm
3 – Dureza:
3.1 – Alta
3.2 – Média
3.3 – Baixa
4 – Hábito:
4.1 – Botriodal
4.2 – Granular
4.3 – Globular
4.4 – Conglomerático
4.5 – Liso
5 – Forma geométrica:
5.1 – Irregular
5.2 – Ovalada
5.3 – Coralóide
5.4 – Subesférica
5.5 – Reniforme
5.6 – Coraliforme
5.7 – Arredondada
5.8 – Tabular
5.9 – Espiculada
5.10 – Arenosa
6 – Cor:
6.1 –
6.2 –
6.3 –
6.4 –
6.5 –
6.6 –
6.7 –
6.8 –
Marrom
Amarela
Branca
Preta
Marrom-avermelhada
Rosa
Vermelha
Cinza
7 – Estrutura interna:
7.1 – Não-laminada
7.2 – Laminada
7.3 – Radiada
7.4 – Laminada radiada
7.5 – Esponjosa
7.6 – Esponjosa laminada
7.7 – Radiada esponjosa
8 – Nome mineralógico:
8.1 – Grupo Oxalato
8.1.1 – Vevelita (“whewellite”): oxalato de cálcio
monoidratado
8.1.2 – Vedelita (“weddellite”): oxalato de cálcio
diidratado
8.2 – Grupo Fosfato
8.2.1 – Estruvita: fosfato amoníaco-magnesiano
hexaidratado
8.2.2 – Carbonato-apatita
8.2.3 – Hidroxiapatita
8.2.4 – Bruchita (“brushite”): hidrogenofosfato de
cálcio diidratado
8.2.5 – Vitloquita (“whitlockite”): fosfato ßtricálcico
8.2.6 – Newberita (“newberyite”): fosfato
amoníaco-magnesiano triidratado
8.2.7 – Fosfato octacálcico
8.3 – Grupo Ácido úrico
8.3.1 – Ácido úrico anidro
8.3.2 – Ácido úrico diidratado
8.4 – Grupo Urato
8.4.1 – Urato sódico monoidratado
8.4.2 – Urato de amônia
8.5 - Outros
8.5.1 – Cistina
8.5.2 – Xantina
17
Interpretação:
Causas de calculose metabólica/congênita:
hipercalciúria, hiperparatireoidismo primário,
osteoporose, D. de Paget, D. de Cushing, mieloma
múltiplo, tumores osteolíticos, S. de Burnett,
hipervitaminose D, acidose tubular renal,
hipercalciúria idiopática, sarcoidose, hiperoxalúria,
oxalose sistêmica, hiperuricosúria, gota, policitemia,
diarréias crônicas, terapêutica com citostáticos,
hiperuricosúria idiopática, hipocitratúria, cistinúria,
tireotoxicose, D. de Crohn, deficiência de piridoxina,
S. de Lesch-Nyhan, leucemia mielóide, leucemia
aguda, hidronefrose, ocronose, glicinúria, terapêutica
com hidroclorotiazida, acetazolamida, silicato de
magnésio.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CAMPYLOBACTER SPP.
CBHPM 4.03.10.17-5
Sinonímia:
Campylobacter jejuni. Campylobacter coli.
Campylobacter laridis. Campylobacter fetus.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Prokariotae, Filo Bacteria, Classe
Proteobacteria, Subdivisões delta e epsilon, Classe
epsilonproteobacteria, Ordem Campylobacteriales,
Família Campylobacteriaceae, Gênero Campylobacter,
Espécie jejuni.
As infecções por Campylobacter são zoonóticas.
Ocorrem por ingestão de aves domésticas
contaminadas mal cozidas, leite e água
contaminados. O vetor também pode ser
ânus→mão→boca. As infecções ocorrem mais nos
meses quentes e são mais freqüentes que as
causadas por Salmonella e Shigella.
Gram negativo microaerófilo.
Material Biológico:
Fezes.
Coleta:
Enviar amostra de fezes recente, sem conservante,
ao laboratório.
Armazenamento:
Temperatura ambiente ou geladeira.
Exames Afins:
Coprocultura, Pesquisa de Leucócitos nas fezes, PPF.
Valor Normal:
Ausente.
Interferentes:
Uso de antimicrobianos ou anti-sépticos.
Método:
Bacterioscópico, cultura em meio de Karmali em
condições adequadas de oxigênio e temperatura
seguido de identificação.
Interpretação:
Exame útil no diagnóstico diferencial das infecções
intestinais. Gastrenterites e septicemias.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm
CANABINÓIDES
MACONHA
Sinonímia:
delta-9 THC. Delta-9 trans-tetraidrocanabinol. THC.
Delta-1 tetraidrocanabinol. Tetraidrocanabinóide.
D9-tetraidrocanabinol.
Cannabis sativa. Cannabis indica.
Cânabis. Maconha. Hashish. Haxixe. Marihuana.
Marijuana. Bagulho. Baseado. Erva. Fumo. Fuminho.
Cânhamo-da-Índia. Tabanajira. Skank.
Fisiologia:
Taxonomia: Família Canabidaceae, Gênero
Cannabis, Espécies sativa e indica.
delta-9-tetraidrocanabinol
Fórmula molecular = C21H30O2
Massa molecular = 314,466 g/mol
delta-1-tetraidrocanabinol
CH3
OH
amostras rubricadas pelas testemunhas. Enviar 2
amostras para o laboratório que fará a análise. Uma
outra amostra deverá ser congelada pelo laboratório
que fez a coleta e a última amostra deverá ser
guardada pelo suspeito ou responsável, também
congelada a -20ºC.
ADULTERAÇÃO DOS TESTES URINÁRIOS.
Para escapar à detecção da toxicomania certos
usuários recorrem à adulteração da urina a ser
testada. Pode ser "in vivo" ou "in vitro".
Métodos de adulteração "in vivo": diluição da
urina por sobrecarga oral com água, lavagem vesical,
modificadores do pH urinário como bicarbonato e
citrato, medicamentos como a aspirina, metronidazol,
vitamina B2, fluconazol, ibuprofeno e probenecid.
Métodos de adulteração "in vitro": diluição com
água ou outros líquidos, adição de nitrito de sódio ou
de potássio, álcalis, ácidos fracos, glutaraldeído,
oxidantes, sabões e detergentes, NaCl e produtos
ricos em sais, sangue, chá Golden Seal e colírios à
base de cloreto de benzalcônio.
Grosso modo, a adulteração pode ser detectada pelo
aspecto da urina (cor e turbidez), odor, medida
imediata da temperatura após coleta, pH, creatinina,
densidade, osmolalidade, nitritos e glutaraldeído.
Critérios para validação da urina:
H3C
H3C
O
C5H11
DELTA-1 TETRAIDROCANABINOL
Neurotransmissores implicados: Dopamina,
Norepinefrina, Serotonina, GABA e Acetilcolina.
Alucinógeno.
Material Biológico:
Urina.
Coleta:
Urina coletada o mais precocemente possível em
relação à atitude suspeita, diante de testemunha(s)
(cuidado com troca intencional ou diluição da
amostra).
A densidade da urina deverá estar entre 1,010 e
1,030 e o pH entre 4,5 a 6,5.
Atenção: se o exame estiver sendo feito para
finalidades legais, uma cópia da solicitação ou ofício
do juiz, delegado ou promotor deve acompanhar
cada uma das alíquotas. Em caso de dúvida é melhor
abster-se de coletar urina para esta finalidade e
mesmo se coletada, na ausência do documento legal,
o exame não deve ser feito nem cobrado,
principalmente se for de menor de idade.
Diante de testemunhas, aliquotar a urina em 4
amostras de 20 ml, identificar, rotular e lacrar as 4
Parâmetro
Densidade
pH
Creatinina
1,010 a 1,030 g/ml
4,5 a 6,5
> 20,0 mg/dl
Armazenamento:
Congelado a -20ºC conserva-se até 4 meses.
Valor “Normal”:
Até 44,9 ng/ml (cut-off)
De 45,0 a 54,9 ng/ml
55,0 ng/ml ou mais*
Negativo para THC
Suspeito para THC
Positivo para THC
* Conforme a SAMHSA – Substance Abuse and
Mental Health Services Administration do
Department of Health and Human Services.
Interferentes:
Urina não pertencente ao suspeito.
Urina diluída com água ou outros líquidos.
Método:
Quimioluminescência. Immulite.
Interpretação:
O THC tem vida média biológica longa: a sua
eliminação pela urina dura de 2 a 4 semanas.
19
Resultados suspeitos ou positivos devem ser
confirmados por outra metodologia:
espectrofotometria de massa/ cromatografia gasosa
(GC/MS)
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://padrejulio.do.sapo.pt/droga/lexico.htm
CANDIDA SPP.
MONILIA
CBHPM 4.03.10.04-3
CBHPM 4.03.06.04-6
AMB 28.06.129-2
Sinonímia:
Candidíase. Candidose. Monilíase (ant.). Sorologia ou
cultura para Candida albicans ou Monilia albicans
(ant.) IgG e/ou IgM. Candida spp. “Flores brancas”.
Leucorréia.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Fungi, Subdivisão
Deuteromycotina, Classe Blastomycetes, Ordem
Cryptococcales, Família Crypotococcaceae, Gênero
Candida, Espécie albicans.
Obs.: modernamente a Monilia sp. é a Neurospora
sitophila, fungo raramente encontrado em materiais
clínicos e geralmente contaminante.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Pesquisa direta. Cultura de fungos.
Intradermorreação pela Candidina.
Valor Normal:
Negativo ou Não reagente.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Fixação de complemento.
Interpretação:
Útil no diagnóstico da candidíase sistêmica ou
visceral. Podem ocorrer reações cruzadas com outros
fungos ou com tuberculose. Resultados negativos
não eliminam o diagnóstico.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CAPACIDADE DE FIXAÇÃO DE
FERRO
TIBC
CBHPM 4.03.01.42-7
AMB 28.01.034-5
Sinonímia:
TIBC. Total Iron Binding Capacity.
Capacidade de combinação do ferro.
CLLF. Capacidade Latente de Ligação de Ferro.
CTLF. Capacidade Total de Ligação de Ferro.
IST. Índice de Saturação de Transferrina.
Fe ligado + Fe livre, latente ou não-ligado = Fe total
Saturação da transferrina. Saturação da siderofilina.
CFT. Capacidade ferropéxica total.
Capacidade de ferropexia. Capacidade de
sideropexia. Capacidade de fixação marcial.
Fisiologia:
A transferrina ou siderofilina sérica é a proteína
transportadora do ferro no soro. O seu grau de
saturação marcial varia conforme a patologia
envolvendo o metabolismo do ferro.
Sofre alterações circadianas.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,5 ml de soro.
Armazenamento:
Amostra coletada em tubo novo, sendo que todo o
material para a separação deverá ser previamente
lavado com HCl a 50 % e abundante água destilada.
Manter amostra refrigerada entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Hemograma, Ferro, Ferritina, Transferrina,
Siderofilina.
Valor Normal:
Bulas estrangeiras:
FERRO
Total (CTLF)
Ligado
Livre (CLLF)
Saturação (IST)
adultos
268 a 477 µg/dl
35 a 150 µg/dl
118 a 442 µg/dl
7,3 a 55,9 %
3 meses a
10 anos
284 a 502 µg/dl
46 a 141 µg/dl
143 a 456 µg/dl
9,2 a 49,7 %
População brasileira:
Idade
20 anos em diante
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
15 a 19 anos
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
10 a 14 anos
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
6 a 9 anos
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
1 a 5 anos
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
Homens
31,0 a 144,0 µg/dl
155,2 a 336,3 µg/dl
299,2 a 367,3 µg/dl
8,4 a 48,1 %
34,0 a 162,0 µg/dl
132,5 a 328,8 µg/dl
294,5 a 362,8 µg/dl
9,4 a 55,0 %
28,0 a 134,0 µg/dl
168,1 a 344,3 µg/dl
302,1 a 372,3 µg/dl
7,5 a 44,4 %
39,0 a 136,0 µg/dl
165,5 a 317,2 µg/dl
301,5 a 356,2 µg/dl
10,9 a 45,1 %
22,0 a 136,0 µg/dl
165,5 a 362,5 µg/dl
301,5 a 384,5 µg/dl
5,7 a 45,1 %
21
Idade
Menopausa
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
20 anos em diante
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
15 a 19 anos
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
10 a 14 anos
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
6 a 9 anos
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
1 a 5 anos
Ferro sérico ligado à
Transferrina
Capacidade latente de ligação
de Fe à Transferrina (CLLF)
Capacidade total de ligação
de Fe à Transferrina (CTLF)
Saturação percentual da
Transferrina (IST)
Mulheres
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/dl
por 0,1791.
31,0 a 144,0µg/dl
155,2 a 336,3 µg/dl
299,2 a 367,3 µg/dl
8,4 a 48,1 %
25,0 a 156,0 µg/dl
** Para obter a Transferrina em mg/dl de proteína,
multiplicar os µg/dl de Ferro Total por 0,7164.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Limpeza do material com detergente iônico.
Hemólise. Hiperlipemia. Hiperbilirrubinemia.
Contraceptivos orais. Estrogênios.
140,0 a 353,0 µg/dl
296,0 a 378,0 µg/dl
Método:
Ferene de Smith et al. automatizado.
Ferrozine.
6,6 a 52,7 %
105,6 a 344,3 µg/dl
Interpretação:
Nas anemias ferroprivas, hipocrômicas e microcíticas
essas dosagens têm significado desde que sejam
efetuadas concomitantemente com dosagem de
ferro, ferritina e transferrina.
289,6 a 372,3 µg/dl
Patologia
28,0 a 184,0 µg/dl
7,5 a 63,5 %
45,0 a 145,0 µg/dl
153,9 a 304,5 µg/dl
298,9 a 349,5 µg/dl
12,9 a 48,5 %
39,0 a 136,0 µg/dl
165,5 a 317,2 µg/dl
Deficiência de ferro
Infecções crônicas
Doenças malignas
Atransferrinemia
Período menstrual
Gravidez 3º trimestre
Hemossiderose pulmonar
Nefrose, Kwashiorkor
Contraceptivos orais
Intoxicação com ferro
Anemia hemolítica
Hemocromatose
Deficiência de piridoxina
Anemia sideroblástica
Talassemia Major
Fe
Sérico
D
D
D
D
D
D
D
D
S/E
E
E
E
E
E
E
CTLF
IST
E
D
D
D
S
E
S
D
E
D
S/D
S/D
S
S/D
D
D
D
D
S
D
D
D
E
S
E
E
E
E
E
E
301,5 a 356,2 µg/dl
10,9 a 45,1 %
22,0 a 136,0 µg/dl
165,5 a 362,5 µg/dl
301,5 a 384,5 µg/dl
5,7 a 45,1 %
* RF = Reserva de Ferro (avaliada por coloração
específica de esfregaço de medula óssea.)
Legenda:
D = diminuído
E = elevado ou aumentado
S = sem alteração
A = ausente
RF
*
A
E
E
E
S
S
A
E
S
E
E
E
E
E
E
LIKELIHOOD RATIO.
CARBAMAZEPINA
TEGRETOL
TABELA LR. – Anemia ferropriva.
Teste
IST < 16,6
SENS
(%)
96,0
ESPEC
(%)
70,0
LR+
(%)
3,2
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
LR(%)
0,06
CBHPM 4.03.01.43-5
AMB 28.01.035.3
Sinonímia:
CBZ. Carbamildibenzazepina.
Nomes comerciais: Tegretard, Tegretol.
Obs.: Não confundir com Oxcarbazepina
(Auran, Trileptal) e nem com carbamida que
é sinônimo de uréia.
Fisiologia:
Derivado do Iminostilbeno.
5-carbamil-5H-dibenzo-[b,f]-azepina
Fórmula molecular = C15H12N2O
Massa molecular = 236,274 g/mol
O
H2N
N
CARBAMAZEPINA
Meia-vida (t½) biológica:
Adultos : 10 a 25 horas
Estado de equilíbrio: 2 a 6 dias.
Absorção: 70 a 80 %
Ligação protéica: 65 a 85 %
Volume de distribuição (l/kg): 0,8 a 1,9
Metabolismo: 98 %.
A Carbamazepina é um anticonvulsivante de primeira
linha no tratamento das convulsões parciais e tônicoclônicas.
SITUAÇÃO METABÓLICA:
CARBAMAZEPINA (CBZ) (ativo - sangue)
↓ monoxigenase
CARBAMAZEPINA-10,11-EPÓXIDO (ativo - sangue)
↓ epóxido-hidrolase
CARBAMAZEPINA-10,11-DIOL (inativo – urina)
Material Biológico:
Soro ou plasma.
Coleta:
2,0 ml de soro ou plasma heparinizado. A coleta é
feita pela manhã ou em outro horário, logo antes da
tomada do medicamento, não havendo necessidade
de jejum.
23
Esta amostra representa o ponto mínimo da
concentração diária no soro do paciente.
CARBOXI-HEMOGLOBINA
Valor Normal:
CBHPM 4.03.13.09-3
Nível terapêutico
Nível “borderline”
Nível tóxico
4,0 a 12,0 µg/ml
12,1 a 15,0 µg/ml
superior a 15,0 µg/ml
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/ml
por 4,2324
Interferentes:
Hemólise.
Drogas: eritromicina, propoxifeno.
Método:
Quimioluminescência. Immulite.
Interpretação:
O nível é aumentado por: Triacetiloleandomicina.
O nível é diminuído por: administração simultânea de
Fenobarbital, Felbamato, Hidantoína ou Primidona.
Aumenta o nível de: Fenobarbital e Primidona.
Diminui o nível de: Ácido valpróico, Hidantoína e
Lamotrigina.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CO-Hb
AMB 28.15.009-0
AMB 28.04.010-4
Sinonímia:
CO-Hb. CO. Hb-CO. Monóxido de carbono. Carbonilhemoglobina.
Atenção: não confundir com CO2-Hb. Dióxido de
carbono. Carbamino-hemoglobina (ligada a CO2).
Cianose ligeira: 3,0 a 3,9 g/dl de CO2-Hb;
Cianose média: 4,0 a 4,9 g/dl de CO2-Hb;
Cianose franca: 5,0 ou mais g/dl de CO2-Hb.
A cianose independe dos g/dl da Hb total.
Ver determinação no título “Gasometria”.
Fisiologia:
Intoxicação por monóxido de carbono. Exposição ao
diclorometano e cloreto de metileno. Esses elementos
são utilizados na metalurgia de metais carbonados e
na indústria petroquímica como agentes redutores e
de síntese orgânica. Aplica-se, também, a todos os
procedimentos industriais que contribuem à emissão
do CO: fundição de ferro, aço, queima incompleta do
carvão em altos-fornos, produção de gás a partir de
combustíveis sólidos, mecânica de motores, solda
acetilênica, arco voltaico, indústria química,
cervejarias e controle de trânsito.
O sangue contendo carbonil-hemoglobina tem um
aspecto vermelho-framboesa.
Material Biológico:
Sangue total heparinizado.
Coleta:
2,0 ml de sangue total em tubo sem contato com o
ar.
Amostra única: coletar em fim de jornada de
trabalho.
Duas amostras: coletar no início e no fim da mesma
jornada de trabalho para fazer estudo comparativo
da diferença.
Evitar a primeira jornada de trabalho da semana.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 5 dias.
Exames afins:
CK total. DHL.
Valor Normal:
Não-fumantes
Não-expostos ocupacionalmente
IBMP § para Diclorometano
IBMP § para Monóxido de carbono
Fumantes (seg. Casarett & Doull's, 1996)
%
até 1,0
até 3,5
até 3,5
até 10,0
Preparo do Paciente:
Fumantes devem abster-se de fumar nas 24 horas
precedentes à coleta do sangue.
Interferentes:
Tabagismo. Hemólise. Contato do sangue com o ar.
Congelamento da amostra.
Método:
Espectrofotométrico.
Interpretação:
Este Indicador Biológico possui significado clínico ou
toxicológico próprio, mas, na prática, devido à sua
curta meia-vida (t½) biológica, deve ser considerado
como Indicador Biológico capaz de indicar uma
exposição ambiental acima do Limite de Tolerância,
mas não possui, isoladamente, significado clínico ou
toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem
está associado a um efeito ou disfunção de qualquer
sistema biológico.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de
30/12/94).
§ Índice Biológico Máximo Permitido
RELAÇÃO DE BALTHAZARD E NICLOUX
RBN =
HbCO
Hbtotal
onde:
RBN
= Relação de Bathazard e Nicloux
HbCO = Carbonil-hemoglobina em g/dl
Hbtotal = Hemoglobina total em g/dl
Interpretação:
RBN
Quadro clínico
0,00 a 0,10
0,11 a 0,20
0,21 a 0,30
0,31 a 0,40
0,41 a 0,50
0,51 a 0,60
0,61 a 0,80
> 0,80
Ausência de sintomas
Dispnéia de esforço
Cefaléia
Adinamia, náuseas, vertigens
Síncopes
Convulsões, respiração de Cheyne-Stokes
Morte rápida
Morte imediata
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CATECOLAMINAS PLASMÁTICAS
CATECOLAMINAS TOTAIS NO PLASMA
CBHPM 4.07.12.17-6
AMB 28.05.008-8
Sinonímia:
Catecolaminas plasmáticas totais. Epinefrina ou
adrenalina + Norepinefrina ou noradrenalina.
Dopamina (ver em seu próprio título).
Aminas simpaticomiméticas.
Fisiologia:
EPINEFRINA (ADRENALINA).
Massa molecular = 183,20 g/mol
NOREPINEFRINA (NORADRENALINA).
Massa molecular = 169,18 g/mol
DOPAMINA
Massa molecular = 153,18 g/mol
Catecolaminas é o nome dado a um grupo de aminas
aromáticas (epinefrina, norepinefrina, dopamina e
seus metabólitos) que agem respectivamente como
hormônios e neurotransmissores. Epinefrina e
norepinefrina são formados a partir da dopamina. A
epinefrina age sobre a musculatura cardíaca e sobre
o metabolismo e também sobre a circulação
periférica junto com a norepinefrina, adaptando o
organismo ao estresse agudo e crônico. Após terem
exercido a sua função, essas moléculas são
degradadas a metanefrina e normetanefrina.
Material Biológico:
Plasma com EDTA.
Coleta:
Coletar 2 x 5 ml de sangue com EDTA em tubos
previamente gelados e homogeneizar. Misturá-los
cuidadosamente por inversão, centrifugá-los
imediatamente em caçapas congeladas# e transferir
o plasma dos dois tubos para um ou dois tubos
plásticos congelados.
Enviar ao menos 2,0 ml de plasma.
# Escolher 2 caçapas opostas da centrífuga. Pipetar 3
a 5 ml de água para cada caçapa. Introduzir nelas
tubos de ensaio iguais ou com o diâmetro um pouco
maior do que os que vão ser centrifugados, contendo
areia para não flutuarem.
Colocar no freezer, de pé, para congelar a água. Na
ocasião da coleta, retirar as caçapas do freezer,
trocar os tubos e centrifugá-los imediatamente
dentro do gelo.
Armazenamento:
As amostras podem ser conservadas sob refrigeração
entre +2 a +8ºC durante até 6 horas.
Para conservação por tempo maior e para transporte,
congelar a -20ºC ou menos. Não estocar em freezer
tipo frost-free.
25
Transportar em gelo seco a -80ºC (gelo de CO2).
nozes e bebidas alcoólicas.
Exames Afins:
Catecolaminas fracionadas, Ácido Vanil-mandélico e
Metanefrinas urinárias.
Interferentes:
Hemólise e lipemia.
DROGAS:
Aumento: metilxantinas, MAO+fenotiazidas,
nitroglicerina, L-dopa, nifedipina, antidepressivos
tricíclicos.
Diminuição: clonidina, reserpina, guanetidina,
bromocriptina, dexametasona, contrastes
radiológicos.
Valor Normal:
Paciente deitado
(supino)
EPINEFRINA
NOREPINEFRINA
DOPAMINA
Paciente em pé
Método I
até 150,0 pg/ml
até 370,0 pg/ml
até 200,0 pg/ml
Os limites do normal quase
dobram em relação ao
paciente deitado.
Adultos
EPINEFRINA
NOREPINEFRINA
DOPAMINA
EPINEFRINA +
NOREPINEFRINA
3 a 15 anos
EPINEFRINA
NOREPINEFRINA
DOPAMINA
Deitado
(pg/ml)
até 50,0
112,0 a 658,0
até 10,0
123,0 a 671,0
Método II
De pé
(pg/ml)
até 95,0
217,0 a 1.109,0
até 20,0
242,0 a 1.125,0
até 464,0
até 1.251,0
até 60,0
* pg/ml = ng/l
** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os pg/ml
de Epinefrina por 0,005458, os pg/ml de
Norepinefrina por 0,005911 e os pg/ml de Dopamina
por 0,006528
Preparo do Paciente:
Para reduzir o efeito do estresse da punção venosa,
deixar o paciente, com a veia cateterizada, em
repouso durante 20 a 30 minutos.
Suspender durante 7 dias, após autorização do
médico assistente, os medicamentos: alfa-metil-dopa,
antidepressivos tricíclicos, betabloqueadores,
bloqueadores de canal de cálcio, bromocriptina,
broncodilatadores, clonidina, clorpromazina,
descongestionantes nasais, fenotiazina, haloperidol,
inibidores da ECA (enzima conversora de
angiotensina), inibidores da MAO (mono-aminooxidase), Levo-Dopa, moderadores do apetite,
prazosina, quinidina, reserpina, teofilina, tetraciclina,
vasodilatadores.
Dieta: durante 5 dias precedentes à coleta não
ingerir: banana, laranja, abacaxi, queijo, café, chá,
chocolate, caramelos, marmeladas, doces, sorvetes,
Método:
HPLC.
Interpretação:
AUMENTO: feocromocitoma, ganglioneuroma,
neuroblastoma, paragangliomas, estresse,
hipoglicemia, hipertensão arterial, cardiopatias
degenerativas, esquizofrenia, psicose maníacodepressiva (PMD).
DIMINUIÇÃO: hipotensão postural, S. de ShyDrager, disautonomia familiar.
Utilizado como monitor após retirada cirúrgica de
tumores localizados na medula adrenal, no córtex
adrenal ou nos neurônios simpáticos pósganglionares.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CATECOLAMINAS URINÁRIAS
CATECOLAMINAS TOTAIS NA URINA
CBHPM 4.03.11.05-8
AMB 28.05.008-8
Sinonímia:
Catecolaminas urinárias totais. Epinefrina ou
adrenalina + Norepinefrina ou noradrenalina.
Eventualmente + Dopamina (ver no título próprio).
Aminas simpaticomiméticas.
Fisiologia:
EPINEFRINA (ADRENALINA).
Massa molecular = 183,20 g/mol
NOREPINEFRINA (NORADRENALINA).
Massa molecular = 169,18 g/mol
DOPAMINA
Massa molecular = 153,18 g/mol
Catecolaminas é o nome dado a um grupo de aminas
aromáticas (epinefrina, norepinefrina, dopamina e
seus metabólitos) que agem respectivamente como
hormônios e neurotransmissores. Epinefrina e
norepinefrina são formados a partir da dopamina. A
epinefrina age sobre a musculatura cardíaca e sobre
o metabolismo e também sobre a circulação
periférica junto com a norepinefrina, adaptando o
organismo ao estresse agudo e crônico. Após terem
exercido a sua função, essas moléculas são
degradadas a metanefrina e normetanefrina.
Material Biológico:
Urina de 24 horas acidificada com 15 g de ácido
bórico ou com 10 a 25 ml de HCl 6 N para atingir um
pH entre 1 e 3.
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
3 a 8 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Coleta:
Coletar todo o volume de 24 horas. Aliquotar 20 ml e
informar ao laboratório o volume total.
Se o paciente for suspeito de nefropatia é preciso,
também, dosar a creatininúria.
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Armazenamento:
Manter a urina ao abrigo da luz e refrigerada entre
+2 a +8ºC durante toda a coleta e depois, congelar a
amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
9 a 12 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Exames Afins:
Catecolaminas fracionadas, Ácido Vanil-mandélico e
Metanefrinas urinárias. Catecolaminas plasmáticas.
Valor Normal:
Adultos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
EPINEFRINA
0,12 a 3,00 µg/dl
2,0 a 24,0 µg/24 horas
0,49 a 37,04 µg/g Creatinina
0,71 a 53,57 µg/g Creatinina
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
NOREPINEFRINA
0,94 a 12,50 µg/dl
15,0 a 100,0 µg/24 horas
3,66 a 154,32 µg/g Creatinina
5,36 a 223,21 µg/g Creatinina
DOPAMINA
3,25 a 60,00 µg/dl
52,0 a 480,0 µg/24 horas
12,70 a 740,74 µg/g Creatinina
18,57 a 1.071,43 µg/g Creatinina
EPINEFRINA +
NOREPINEFRINA
1,62 a 15,13 µg/dl
26,0 a 121,0 µg/24 horas
6,35 a 186,73 µg/g Creatinina
9,29 a 270,09 µg/g Creatinina
EPINEFRINA
0,10 a 1,77 µg/dl
1,0 a 7,0 µg/24 horas
0,58 a 50,66 µg/g Creatinina
0,60 a 59,11 µg/g Creatinina
NOREPINEFRINA
0,52 a 12,06 µg/dl
5,0 a 41,0 µg/24 horas
2,93 a 344,48 µg/g Creatinina
3,02 a 401,89 µg/g Creatinina
DOPAMINA
5,33 a 106,38 µg/dl
51,0 a 378,0 µg/24 horas
29,94 a 3.039,51 µg/g Creatinina
30,80 a 3.546,10 µg/g Creatinina
EPINEFRINA +
NOREPINEFRINA
0,73 a 13,83 µg/dl
6,0 a 51,0 µg/24 horas
4,62 a 395,14 µg/g Creatinina
4,68 a 460,99 µg/g Creatinina
EPINEFRINA
0,08 a 1,52 µg/dl
1,0 a 8,0 µg/24 horas
0,35 a 25,72 µg/g Creatinina
0,43 a 28,10 µg/g Creatinina
NOREPINEFRINA
0,59 a 8,94 µg/dl
6,0 a 50,0 µg/24 horas
3,09 a 151,52 µg/g Creatinina
3,28 a 166,55 µg/g Creatinina
DOPAMINA
4,05 a 83,58 µg/dl
51,0 a 474,0 µg/24 horas
17,75 a 1.416,54 µg/g Creatinina
21,88 a 1.547,70 µg/g Creatinina
27
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
13 a 17 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
EPINEFRINA +
NOREPINEFRINA
0,88 a 12,03 µg/dl
9,0 a 71,0 µg/24 horas
4,18 a 197,33 µg/g Creatinina
4,92 a 215,60 µg/g Creatinina
EPINEFRINA
0,07 a 1,52 µg/dl
1,0 a 11,0 µg/24 horas
0,32 a 20,23 µg/g Creatinina
0,40 a 24,47 µg/g Creatinina
NOREPINEFRINA
0,89 a 12,14 µg/dl
12,0 a 88,0 µg/24 horas
3,87 a 161,84 µg/g Creatinina
4,78 a 195,77 µg/g Creatinina
DOPAMINA
3,21 a 88,97 µg/dl
51,0 a 645,0 µg/24 horas
13,82 a 1.186,21 µg/g Creatinina
17,42 a 1.434,93 µg/g Creatinina
EPINEFRINA +
NOREPINEFRINA
0,97 a 12,41 µg/dl
13,0 a 90,0 µg/24 horas
4,19 a 165,52 µg/g Creatinina
5,18 a 200,22 µg/g Creatinina
Preparo do Paciente:
Suspender durante 7 dias, após autorização do
médico assistente, os medicamentos: alfa-metil-dopa,
antidepressivos tricíclicos, betabloqueadores,
bloqueadores de canal de cálcio, bromocriptina,
broncodilatadores, clonidina, clorpromazina,
descongestionantes nasais, fenotiazina, haloperidol,
inibidores da ECA (enzima conversora de
angiotensina), inibidores da MAO (mono-aminooxidase), Levo-Dopa, moderadores do apetite,
prazosina, quinidina, reserpina, teofilina, tetraciclina,
vasodilatadores.
Dieta: durante 5 dias precedentes à coleta não
ingerir: banana, laranja, abacaxi, queijo, café, chá,
chocolate, caramelos, marmeladas, doces, sorvetes,
nozes e bebidas alcoólicas.
Interferentes:
DROGAS:
Aumento: metilxantinas, MAO + fenotiazidas,
nitroglicerina, L-Dopa, nifedipina, antidepressivos
tricíclicos.
Diminuição: clonidina, reserpina, guanetidina,
bromocriptina, dexametasona, contrastes
radiológicos.
Método:
HPLC.
Interpretação:
AUMENTO: feocromocitoma, ganglioneuroma,
neuroblastoma, paragangliomas, estresse
hipertensão arterial, cardiopatias degenerativas,
esquizofrenia, psicose maníaco-depressiva (PMD).
Utilizado como monitor após retirada cirúrgica de
tumores localizados na medula adrenal, no córtex
adrenal ou nos neurônios simpáticos pósganglionares.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CAXUMBA IgG e IgM
RUBULAVIRUS
CBHPM 4.03.06.59-3
CBHPM 4.03.06.60-7
AMB 28.06.029-6
AMB 28.06.203-5/96
Sinonímia:
Caxumba. Mumps. Parotidite epidêmica. Rubulavirus.
ICTVdB 01.048.1.03.013
Fisiologia:
Taxonomia: Família Paramyxoviridae, Subfamília
Paramyxovirinae, Gênero Rubulavirus, Espécie
Mumps virus. (Vírus da caxumba).
RNAvirus com envelope
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Hemograma, Amilase.
Valor Normal:
Negativo ou Não reagente.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Imunofluorescência indireta.
Interpretação:
IgG:
Positivo ou Reagente pode ser diagnóstico de
imunidade pregressa ou doença atual, recente ou
ativa (infecção aguda ou subaguda).
Para diferenciar as hipóteses é preciso investigar a
IgM.
IgM:
Positivo ou Reagente é sugestivo de doença atual,
recente ou ativa (infecção aguda ou subaguda). Este
anticorpo pode ser detectado a partir do 12º dia após
contágio e sua presença pode arrastar-se até o 110º
dia, com uma média populacional de 40 dias.
A hiperamilasemia só ocorre na fase aguda inicial,
podendo a amilase normalizar-se na convalescença,
mesmo na presença de IgM Positivo ou Reagente.
CEA - ANTÍGENO
CARCINOEMBRIÔNICO
CÂNCER DE COLO/RETO/ESTÔMAGO/PÂNCREAS
CBHPM 4.07.12.13-3
AMB 28.06.022-9
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer colorretal, estômago e
pâncreas.
CEA. Carcinoembryonic Antigen. ACE. Antígeno
Carcinoembrionário. Antígeno Carcinoembriogênico.
Fisiologia:
O antígeno CEA é uma família de glicoproteínas com
massa molecular variando de 175 a 200 kDa devido à
variação do seu conteúdo em carboidratos e
aminoácidos.
É secretado na superfície do glicocálix das células que
revestem o trato gastrintestinal. Aparece durante o
primeiro ou segundo trimestre da vida fetal.
Normalmente, a produção de CEA é interrompida
antes do nascimento, porém pode reiniciar-se mais
tarde, no caso de desenvolvimento de uma neoplasia.
Pelo fato dos níveis de CEA também se elevarem por
obstrução biliar, hepatite alcoólica, fumo e outras
condições, este teste não pode ser usado como uma
indicação geral de câncer. Entretanto, a sua dosagem
é útil para estadiamento e monitoração de
tratamento de determinados cânceres.
Meia-vida (t½) sérica: 2 a 3 semanas (média 420
horas)
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Coleta pela manhã com Jejum de 4 ou mais horas.
Centrifugar o sangue só após formação completa do
coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes
podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC por até 24 horas.
Para períodos mais longos congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
α-feto proteína, CA 125, CA 15-3, CA 19-9,
Gonadotrofina coriônica.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTdb
29
Valor Normal:
Homens
Fumantes
Não-fumantes
Mulheres
Fumantes
Não-fumantes
até 10,0 ng/ml
até 3,4 ng/ml
até 7,4 ng/ml
até 2,5 ng/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
polipose do COLO, D. de Crohn, D. intestinal
inflamatória, hepatopatias, cirrose, alcoolismo,
pancreatite, hipotireoidismo, trauma, infarto,
colagenose vascular, insuficiência renal, tabagismo;
hepatotoxicidade de drogas antineoplásicas e
quimioterápicos, necrose de células tumorais, lesões
de membrana celular, radioterapia.
Variações fisiológicas são observadas conforme o
sexo (maior no homem que na mulher), com a idade
e nos 2 primeiros trimestres da gravidez.
LIKELIHOOD RATIO.
Interferentes:
Fibrina. Anticorpos heterofílicos. HAMA.
Método:
Eletroquimioluminescência.
Interpretação:
Utilizado como marcador e monitor de neoplasias
gastrintestinais, principalmente de COLO e RETO.
A elevação persistente de níveis de CEA sugere
tumores residuais ou recorrentes. Se os níveis
excederem o normal, antes da ressecção cirúrgica,
quimioterapia ou radioterapia, seu retorno ao normal
dentro de 6 semanas sugere tratamento bem
sucedido.
Altos níveis de CEA são característicos em diversas
condições malignas, particularmente neoplasias
endodermicamente derivadas no trato gastrintestinal
e nos pulmões. Concentrações elevadas de CEA
podem ocorrer, também, em carcinomas não
endodermiais, tais como câncer de mama ou câncer
ovariano.
Previsão do CEA após cirurgia radical:
CEAatual = CEAcir × e(−0, 00165× horas )
TABELA LR. – Câncer de COLO – Estádio A.
Teste
♂ CEA > 3,4
♀ CEA > 2,5
SENS
(%)
28,0
28,0
ESPEC
(%)
83,0
83,0
LR+
(%)
1,65
1,65
TABELA LR. – Câncer de colo – Estádio D.
Teste
♂ CEA > 3,4
♀ CEA > 2,5
SENS
(%)
84,0
84,0
ESPEC
(%)
83,0
83,0
LR+
(%)
4,94
4,94
Obs.: 1 mes após uma cirurgia radical espera-se que
um CEA de 20,0 ng/ml dê um valor igual ou menor a
6,1 ng/ml. Valores maiores e/ou crescentes sugerem
tecido neoplásico remanescente e/ou metástases.
AUMENTO: metástases hepáticas e ósseas;
colangiocarcinoma (T. de Klatskin); câncer de mama,
pulmão, ovário, estômago, pâncreas; carcinoma
medular e de células gigantes da tireóide;
neuroblastomas; inflamações gastrintestinais,
LR(%)
0,19
0,19
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO:
Avaliação da terapêutica
Monitoramento
Prognóstico
Metátases
Diagnóstico
“Screening”
Marcador associado
COLO / RETO
++++
++++
++
++
CA 19-9
onde:
CEAatual = CEA esperado no exame atual
CEAcir = último CEA antes da cirurgia
e
= número “e”, base dos logaritmos naturais
horas
= tempo em número de horas decorridas
entre a cirurgia e a coleta do exame atual.
LR(%)
0,87
0,87
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CÉLULAS DE DOWNEY
DOWNEY
Valor Normal:
Pesquisa Negativa
Sinonímia:
Pesquisa de Células de Downey.
Fisiologia:
A linfocitose associada à Mononucleose Infecciosa é
causada por um aumento circulatório de células T
ativadas, também chamadas de Células de Downey
devido à sua presença atípica no sangue periférico.
Mesmo após o desaparecimento das células de
Downey e recuperação da doença, O EBV pode ser
recuperado de lavados orofaríngeos até 12 a 18
meses depois.
Mais de 90 % dos infectados por EBV eliminam o
vírus intermitentemente durante toda a vida, mesmo
estando assintomáticos.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Hemólise. Congelamento.
Método:
Pesquisa microscópica.
Interpretação:
Este teste é empregado para estadiamento da
Mononucleose Infecciosa.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Células de Downey
Material Biológico:
Sangue total em EDTA.
Coleta:
3 ou 4 ml de sangue total com EDTA ou 2 esfregaços
de sangue secos à temperatura ambiente não
corados.
Armazenamento:
Sangue: até 12 horas à temperatura ambiente (TA).
Esfregaços: até 72 horas à TA.
Exames Afins:
Sorologia para Mononucleose. EBV.
31
CÉLULAS LE
LE
CBHPM 4.03.04.79-5
AMB 28.04.011-2
Sinonímia:
Células de Hargraves. Células do Lúpus Eritematoso.
Pesquisa do fenômeno LE. Anti-ácido
desoxirribonucléico nativo. Anti-DNAn. Antidesoxirribonucleoproteína. Anti-DNP.
Fisiologia:
Este teste detecta e semiquantifica anticorpos antidesoxirribonucleoproteína (anti-DNP) ou anti-ácido
desoxirribonucléico nativo (anti-DNAn) que são
positivos em 75 a 80 % dos pacientes com
diagnóstico de LES. Atribui-se a esses anticorpos o
fenômeno da formação das células LE "in vitro".
Um teste Positivo não significa necessariamente um
diagnóstico confirmatório de LES e resultados
Negativos foram encontrados em indivíduos com
sintomas evidentes de LES. Nos casos de dúvida, é
preciso pesquisar o FAN e outros anticorpos.
Células de Hargraves
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 48 horas.
Para períodos de até 6 semanas, congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
FAN, Anticorpos anti-DNAn, Complemento,
Imunocomplexos.
Valor Normal:
TESTE QUALITATIVO
(soro não diluído)
Não reagente ou Negativo
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Soro hemolisado, lipêmico e contaminado.
Descongelamentos repetidos.
Medicamentos que podem induzir o Lúpus
Eritematoso Sistêmico: hidralazina, isoniazida,
procainamida, anticonvulsivantes e outros.
Método:
Zinkham e Conley.
AVITEX-SLE OMEGA. Teste sorológico de aglutinação
de látex para detecção do LES ou
LEs-LÁTEX ebram.
Obs.: O teste de Zimmer e Hargraves, efetuado com
o coágulo, foi tecnicamente abandonado.
Interpretação:
Doenças auto-imunes, Lúpus Eritematoso Sistêmico e
outras afecções inflamatórias como esclerodermia,
poliartrite reumatóide, dermatomiosite e conectivites.
É importante lembrar que existem falso-negativos em
pacientes com diagnóstico clínico de LES e que 1 %
dos indivíduos sãos podem dar reações falsopositivas, portanto, um LE Positivo não é um
diagnóstico patognomônico de Lúpus Eritematoso
Sistêmico.
Obs.: A pesquisa clássica de "células LE" pelo método
de Hargraves foi proscrita pelo Colégio Americano de
Reumatologia que não a considera mais um critério
diagnóstico para o Lúpus Eritematoso Sistêmico
(LES).
Substituto sugerido: Fator Anti Núcleo (FAN) em
células HEp-2 ou Anticorpos anti-DNAn (DNA nativo).
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.metanalysis.com.br/boletins/bol-9.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S167624442002000300008&script=sci_arttext&tlng=pt
CERULOPLASMINA
CHAGAS
FERRO OXIDASE
MACHADO-GUERREIRO
CBHPM 4.03.01.47-8
AMB 28.01.037-0
Sinonímia:
Ferro oxidase I e II. Endoxidase I.
Fisiologia:
Alfa-2 globulina azulada.
Massa molecular = 160 kDa
Cada molécula de ceruloplasmina fixa até 8 átomos
de cobre, sendo 4 na parte superficial da molécula e
4 na parte profunda. A ceruloplasmina é ao mesmo
tempo fixadora de Cobre, enzima de eliminação de
aminas plasmáticas e de mobilização do Ferro que ela
oxida de Fe++ (ferroso) a Ferro+++ (férrico) facilitando
a transformação de Apotransferrina em Transferrina.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
0,5 ml de soro coletado em tubo de plástico.
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Cobre sérico.
Valor Normal:
Normal
CBHPM 4.03.06.61-5
CBHPM 4.03.06.62-3
CBHPM 4.03.07.96-4
AMB 28.06.030-0
AMB 28.06.031-8
Sinonímia:
Trypanosoma cruzi. Machado-Guerreiro (antiga
reação de fixação de complemento, atualmente em
desuso). Sorologia para Tripanossomíase ou
tripanossomose americana IgG e/ou IgM. Doença de
Chagas. Enfermidade de Chagas-Mazza.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Protista, Sub-reino Protozoa, Filo
Sarcomastigophora, Subfilo Mastigophora, Classe
Zoomastigophorea, Ordem Kinoplastida, Família
Trypanosomatidae, Gênero Trypanosoma, Subgênero
Schizotrypanum, Espécie cruzi. Seção Stercoraria.
A tripanossomose é uma zoonose causada por um
protozoário flagelado transmitido por insetos
reduviídeos hemípteros hematófagos da família
Triatomatidae, Triatoma infestans e Rhodnius
prolixus, chamados no Brasil de bicho-barbeiro,
bicho-de-frade, bicho-de-parede, bicudo, cascudo,
chupança, chupão, chupa-pinto, fincão, furão,
gaudério, percevejão, percevejo-do-sertão,
percevejo-gaudério, procotó, rondão, vunvum.
A transmissão também pode ocorrer por transfusão
sangüínea ou por via placentária (congênita).
Material Biológico:
Soro.
15 a 45 mg/dl
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Lipemia e hemólise. Coleta em tubo de vidro.
Método:
Colorimétrico.
Interpretação:
AUMENTO: gravidez, contraceptivos orais, tumores,
inflamações agudas e crônicas (artrite reumatóide,
lúpus eritematoso sistêmico, necrose tubular, infarto
do miocárdio, hepatites, D. de Hodgkin.
DIMINUIÇÃO: D. de Wilson, S. nefrótica,
gastroenteropatias, S. de perdas protéicas.
Ver Índice de cobre livre (ICL) na página "Cobre".
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Pesquisa de Trypanosoma cruzi.
Xenodiagnóstico de Brumpt (apenas disponível nas
faculdades de medicina de zonas endêmicas).
Valor Normal:
IMUNOFLUORESCÊNCIA
(IFI)
HEMAGLUTINAÇÃO (HAI)
Títulos até 1/16 (1:24)
Títulos de 1/32 (1:25) ou maiores
Ausência de
anticorpos antitripanossoma ou
Não reagente
Não Reagente
Reagente
33
Atenção: na HAI pode haver reação cruzada com
Leishmaniose visceral e tegumentar. Títulos iguais a
1/32 precisam ser confirmados com outros métodos!
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Benzonidazol (Rochagan).
Método:
Imunofluorescência indireta, hemaglutinação indireta
ou ELISA.
Sensibilidade ~ 95,0 % = ~ 5,0 % de falso-negativos
Especificidade ~ 99,8 % = ~ 0,2 % de falso-positivos
Interpretação:
Diagnóstico de infestação por Trypanosoma cruzi ou
Doença de Chagas.
CHUMBO
Pb
CBHPM 4.03.13.10-7
AMB 28.15.012-0
Sinonímia:
Pb. PbS. Plumbu. Plumbemia. Saturnismo. Chumbo
inorgânico. Chumbo-tetraetila. Litargírio. Carbonato
básico de Pb (Pigmento branco, Branco Cremnitz).
Acetato de Pb.
Fisiologia:
82
601 K
2.013 K
11,350 g/cm3
Pb
14
Imunofluorescência:
Chagas (+) 100X
Anticorpos anti Trypanosoma cruzi, agente etiológico da
tripanossomíase americana (enfermidade de Chagas-Mazza). O
substrato antigênico utilizado é uma suspensão de Trypanosoma cruzi.
Se observa fluorescência em toda a membrana do parasito de forma
intensa e contínua.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Tr
ypanosomiasisAmerican_il.htm
http://www.cdfound.to.it/HTML/trip1.htm
207,19
1,8
10
2
[Xe]4f 5d 6s 6p2
Chumbo
Metal alcalino-terroso.
No sistema circulatório, o chumbo está, em sua maior
parte, ligado aos eritrócitos, sendo por isso, o sangue
total, o melhor indicador dessa intoxicação.
O Chumbo, além da manipulação na própria indústria
de sua refinação, laminação e fundição, é utilizado na
metalurgia de bronze, na indústria cerâmica, de
baterias e acumuladores, em tintas, esmaltes,
vernizes, tinturas para cabelo, na indústria de
pigmentos e secantes, vulcanização da borracha,
indústria gráfica, olarias, como componente da
gasolina (alcoílas), chumbo tetra-etila e chumbo
tetra-metila, na indústria petrolífera, fabricação de
fósforos, vidro, munição, fotocopiadoras, pérolas
artificiais, latas de conservas alimentares soldadas a
chumbo, encanamentos de água em chumbo.
Policiais, militares e guardas que praticam tiro ao alvo
em ambiente fechado podem intoxicar-se.
Material Biológico:
Urina ou sangue total heparinizado ou cabelo.
Coleta:
Chumbo inorgânico:
SANGUE: 2,0 ml de sangue total heparinizado de
qualquer dia ou hora, desde que o trabalhador esteja
em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem
afastamento maior que 4 dias. O sangue deve ser
coletado em tubo de polietileno. Recomenda-se
iniciar a monitoração após 1 mês de exposição.
URINA: alíquota de 20 ml de urina de qualquer dia ou
hora, desde que o trabalhador esteja em trabalho
contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento
maior que 4 dias. Recomenda-se iniciar a
monitoração após 1 mês de exposição.
Coletar a urina em frasco de polietileno isento de
contaminação.
Acidificar para pH=2 com HNO3 6 N.
CABELO: 1 g de cabelo de crescimento recente (1 cm
a partir da raiz que é representativo dos últimos 30
dias).
Chumbo-tetraetila:
Amostra única: coletar em fim de jornada de
trabalho.
Duas amostras: coletar no início e no fim da mesma
jornada de trabalho para fazer estudo comparativo.
Recomenda-se evitar a primeira jornada de trabalho
da semana.
estar associado a um efeito ou a uma disfunção do
sistema biológico avaliado.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de
30/12/94).
Chumbo-tetraetila:
Este indicador biológico é capaz de indicar uma
exposição ambiental acima do Limite de
Tolerância,mas não possui, isoladamente, significado
clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica
doença, nem está associado a um efeito ou disfunção
de qualquer sistema biológico.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de
30/12/94).
§ Índice Biológico Máximo Permitido
Exames Afins:
Chumbo (sangue e urina), Ácido δ-amino levulínico
na urina, Ácido δ-amino levulínico deidratase,
Zn-protoporfirina. Glicosúria. Aminoacidúria. ISS.
Valor Normal:
Pacientes não-expostos:
Sangue
Até 15 anos
16 e mais anos
Urina
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e08200.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta
belaperiodica1.htm
http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br
até 10 µg/dl
até 20 µg/dl
até
até
até
até
5,60 µg/l
4,48 µg/24 horas
6,9 µg/g Creatinina
10,0 µg/g Creatinina
Expostos:
Sangue
IBMP §
Urina
IBMP §
até
até
até
até
40 µg/dl
60 µg/dl
50 µg/g Creatinina
100 µg/g Creatinina
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/dl
por 0,0483
Interferentes:
Existem interferências químicas e físicas, de absorção
(background), de incandescência e fluxo de gás e
alterações devidas ao uso de matriz modificadora das
temperaturas de atomização.
Método:
Absorção atômica (forno de grafite).
Interpretação:
Chumbo inorgânico:
Além de mostrar uma exposição excessiva, este
Indicador Biológico tem também significado clínico ou
toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença,
35
CICLOSPORINA
CICLOSPORINA A
CBHPM 4.03.01.48-6
AMB 28.01.166-0
Sinonímia:
Ciclosporina A. CsA.
Nomes comerciais: Ciclosporina, Sandimmun,
Sandimmun neoral.
Fisiologia:
A ciclosporina é um peptídeo cíclico composto por 11
aminoácidos, produzido pelo fungo Tolypocladium
inflatum. É utilizado como medicamento
imunomodulador principalmente nos protocolos de
transplantes de rim, fígado, coração, pulmão e
medula óssea a fim de melhorar a sobrevida do
enxerto prevenindo a sua rejeição. A sua ação se faz
inibindo a proliferação dos linfócitos T.
A CsA é metabolizada principalmente no fígado e
uma pequena parte é eliminada pela urina. Os seus
metabólitos conhecidos são cerca de 30.
Meia-vida (t½) biológica: 17 a 40 horas dependendo
da patologia subjacente. O pico de concentração
plasmática ocorre entre 1 a 6 horas após a
administração.
A CsA apresenta estreita faixa terapêutica e séria
hepato e nefrotoxicidade devendo por isso ser
monitorizada nos pacientes transplantados.
Obs.: o uso prolongado de Ciclosporina A pode
causar hipertrofia gengival.
Material Biológico:
Sangue total com EDTA ou heparina.
O citrato não é recomendado.
Coleta:
Volume mínimo de 3,0 ml de sangue total com EDTA
ou heparina.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC para até uma
semana. Para conservação por períodos de até 6
meses, congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Valor Normal:
RIM.
Nível terapêutico
Nível de manutenção
CORAÇÃO.
Nível terapêutico
Nível de manutenção
FÍGADO.
Nível terapêutico
Nível de manutenção
160 a 200 ng/ml
75 a 150 ng/ml
250 a 325 ng/ml
90 a 160 ng/ml
250 a 300 ng/ml
150 a 238 ng/ml
A dosagem normal da ciclosporina, conforme a dose
e horário de administração, se comporta no sangue
seguindo uma curva sinusoidal com inflexões
inferiores (vales) de 100 a 250 ng/ml e inflexões
superiores (picos) de 1.500 a 1.700 ng/ml
Preparo do Paciente:
A partir de 8 anos: jejum de 6 a 8 horas.
Crianças de 2 a 7 anos: Jejum de 4 ou mais horas.
Lactentes: coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
Coletar o sangue 12 horas após a última dose do
medicamento.
Método:
Imunoensaio de Fluorescência Polarizada – FPIA –
TDX
Interpretação:
Exame útil no acompanhamento de pacientes
transplantados em tratamento com Ciclosporina A.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.unitau.br/prppg/publica/biocienc/downlo
ads/crescimento-N1-2003.pdf
CISTATINA C
CYS C
Sinonímia:
Cys C. Cystatin C.
Fisiologia:
A cistatina C é uma proteína não glicosilada de baixo
peso molecular (13,3 kDa), constituída de 120
aminoácidos, produzida por todas as células
nucleadas, pertencente à família das
cisteinoproteases, enzimas proteolíticas envolvidas
em uma série de processos patológicos, tais como os
estados de inflamação, doenças neurológicas,
invasão tumoral e formação de metástases. As
proteases são cruciais para o bom funcionamento do
metabolismo celular, para a degradação do colágeno,
e a clivagem de proteínas precursoras. É produzida
por lisossomos das células nucleadas do organismo, e
está presente em diversos fluidos biológicos (soro,
líquido seminal, líquido cefalorraquidiano). A cistatina
C é livremente filtrada pelos glomérulos renais devido
ao seu baixo peso molecular, sendo a seguir quase
que totalmente reabsorvida e metabolizada nos
túbulos proximais. Ela não sofre interferência de
outras proteínas de baixo peso molecular, tais como
a RBP (proteína ligada ao retinol), e a ß-2
microglobulina, que também são utilizadas para a
avaliação da capacidade de filtração glomerular em
vigência de processos de desnutrição grave,
inflamatórios e infecciosos.
A quantidade de cistatina C produzida pelo organismo
é constante, estando a concentração periférica na
dependência exclusiva do ritmo de filtração
glomerular. Por isso a cistatina C foi recentemente
proposta como um marcador endógeno de função
renal muito mais sensível que a creatinina,
permitindo que se observe alterações da filtração
glomerular de maneira mais precoce que o
“clearance” de creatinina.
Valor Normal:
Pré-maturos
RN até 2 dias
3 dias a 4 meses
5 a 11 meses
12 meses
2 a 19 anos
20 a 59 anos ♂
20 a 59 anos ♀
60 anos em diante
0,64
1,17
0,93
0,82
0,70
0,66
0,64
0,56
0,73
a
a
a
a
a
a
a
a
a
2,30
3,06
2,22
1,80
1,38
0,84
0,84
0,74
0,93
mg/l
mg/l
mg/l
mg/l
mg/l
mg/l
mg/l
mg/l
mg/l
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Este exame não sofre interferência da bilirrubina
encontrada em soros de pacientes muito ictéricos, no
entanto, a cistatina C pode sofrer alterações em
vigência de lipemia e hemólise intensas. A literatura
aponta que apenas a metil prednisolona aumenta os
níveis de cistatina C, enquanto que a ciclosporina
causa sua diminuição.
Método:
Imunonefelometria e imunoturbidimetria.
Interpretação:
Trata-se de um excelente teste de triagem e
acompanhamento de pacientes com prejuízo da
função renal, uma vez que a cistatina C se encontra
diminuída tanto nas glomerulopatias, quanto nas
tubulopatias. É particularmente útil para a detecção
de nefropatia inicial em diabéticos.
Elevações da cistatina C, sem correlação com
alteração da taxa de filtracão glomerular, foram
descritas em pacientes com mieloma múltiplo,
tumores malignos, cirrose hepática, DD. autoimunes
e em alguns hipertensos e diabéticos com
proteinúria.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Material Biológico:
Soro ou plasma.
Coleta:
Volume mínimo de 1,0 ml de soro ou plasma com
EDTA ou heparina.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC para até uma
semana. Para conservação por períodos de até 6
meses, congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
37
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
CISTICERCOSE
WEINBERG
CBHPM 4.03.06.65-8
AMB 28.06.163.2/92
AMB 28.09.018-7
Sinonímia:
Reação de Weinberg (reação de fixação de
complemento em desuso). Taenia solium. Taenia
cucurbitana (ant). "Pork tapeworm".
Fisiologia:
Taenia solium (patogênico)
Sinônimo: solitária, cisticercose.
Taxonomia: Filo Platyhelminthes, Classe Cestoidea,
Subclasse Cestoda, Ordem Cyclophyllidea, Família
Taeniidae, Gênero Taenia, Espécie solium.
O ser humano é o hospedeiro exclusivo do verme
adulto, Taenia solium, mantendo o ciclo do parasita
pela eliminação de seus proglotes grávidos nas fezes,
que contaminando o ambiente, podem ser ingeridos
por suínos. Uma vez no intestino do suíno, se dá a
ruptura da casca quitinosa calcárea do ovo, o
embrião é liberado e atravessa a mucosa intestinal
por meio de seus acúleos para depois alcançar
tecidos e órgãos do porco desenvolvendo a sua
forma larvária, Cysticercus cellulosae, nome dado ao
cisticerco quando se apresenta na forma cística,
vesícula contendo escólex em seu interior. Quando se
apresenta na forma racemosa, em cachos com
numerosas vesículas sem o escólex, chama-se
Cysticercus racemosus. Fechando o ciclo, o ser
humano após ingerir a carne suína infectada com
cisticercos viáveis, desenvolve no intestino, o verme
adulto a partir da sua fixação à parede intestinal
pelas suas ventosas e acúleos.
Acidentalmente, pode ocorrer a cisticercose no ser
humano, decorrente do vetor ânus→mão→boca ou
ânus→mão→mão do outro→boca. Foi relatada a
possibilidade de cisticercose em conseqüência a
refluxo duodeno-gástrico de proglotes maduros.
Água e alimentos contaminados, assim como insetos
vetores também são importantes fatores de
veiculação dos ovos da tênia. Uma vez ingeridos, os
ovos cumprem o ciclo do porco no próprio homem,
com fixação dos cisticercos (Cysticercus cellulosae
e/ou Cysticercus racemosus) nos músculos, no
sistema nervoso central e com certa freqüência, na
retina.
Material Biológico:
Soro ou liquor.
Coleta:
1,0 ml de soro ou liquor.
Exames Afins:
Parasitológico de Fezes. Liquor (análise).
Valor Normal:
IgG e IgM
Negativo ou Não reagente
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Enzimaimunoensaio.
Interpretação:
Diagnóstico de cisticercose humana. Alguns
antígenos parasitários podem levar a um resultado
falso-positivo. Por isso, analisar o resultado obtido
em relação ao quadro clínico do paciente.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/C
ysticercosis_il.htm
Valor Normal:
CISTINA
CIS
CBHPM 4.03.11.24-4
CBHPM 4.03.11.06-6
AMB 28.01.039-6
AMB 28.13.013-8
Sinonímia:
Cistinúria. Cis. L-cistina. Dicisteína.
Ácido ß-dissulfo di-[α-aminopropiônico].
Ácido alfa-amino gama-tiopropiônico.
Cistina vem do grego, kystis = bexiga.
Fisiologia:
Cistina:
Fórmula molecular = C6H12N2O4S2
Massa molecular = 240,3 g/mol
Obs.: não confundir com Cisteína. (CisSH)
A cistina é formada por duas cisteínas ligadas por
S-S.
[(Cisteína x 2) - 2 H] = Cistina
[(121,16 x 2)-2 x 1,008] = 240,3
O
NH2H
H NH2 O
SS
HO
H H
H H
OH
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
1,25 a 12,50 mg/dl
20,0 a 100,0 mg/24 h
4,88 a 154,32 mg/g Creatinina
7,14 a 223,21 mg/g Creatinina
* Para obter valores em mg/l, multiplicar os mg/dl
por 10
** Para obter valores em µmol/l, multiplicar os mg/dl
por 41,6146
Método:
Cromatografia de camada delgada.
Interpretação:
Exame utilizado na propedêutica da litíase urinária.
Em altas concentrações, a cistina é insolúvel na
urina, levando à formação de cálculos de repetição.
AUMENTO: cistinose, S. de Lignac-Fanconi.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.geocities.com/bioquimicaplicada/aa4.htm
CISTINA
Cisteína:
Ácido α-amino ß-tiolpropiônico.
Ácido α-aminotiopropiônico.
Fórmula molecular = C3H7NO2S
Massa molecular = 121,16 g/mol).
H NH2 O
HS
H H
OH
CISTEÍNA
Material Biológico:
Urina de 24 horas.
Coleta:
Coletar todo o volume de 24 horas.
Aliquotar 25 ml e informar o volume total.
Armazenamento:
Urina coletada em frasco contendo 2 ml de HCl 50 %
por litro de urina.
Refrigerar durante o período de coleta.
Exames Afins:
Calciúria, Perfil metabólico para nefrolitíase,
Uricosúria.
39
CITOGRAMA NASAL
MUCO NASAL – EOSINÓFILOS E MASTÓCITOS
CBHPM 4.03.12.05-4
AMB 28.14.001-0
Sinonímia:
Pesquisa de eosinófilos e mastócitos em muco nasal.
Material Biológico:
Esfregaços de mucosa nasal.
Coleta:
O material deve ser coletado da mucosa do septo
nasal ou do corneto médio na altura do osso nasal.
Armazenamento:
Enviar as lâminas com o material fixado.
Exames Afins:
Imunoglobulina IgE. Alérgenos.
Preparo do Paciente:
Não utilizar medicação tópica 24 horas antes da
coleta do material.
Método:
Coloração pelo Leishman ou pelo Wright-Giemsa.
Interpretação:
Na obstrução nasal crônica de qualquer etiologia o
número de células caliciformes é superior a 20 %. Na
rinite atrófica o número de células caliciformes
diminui e ocorre metaplasia do epitélio com
aparecimento de células epiteliais planas. Na asma e
na rinite alérgica ocorre aumento de eosinófilos e/ou
mastócitos. Nos processos bacterianos e virais
ocorrem neutrófilos em grande quantidade.
Graduação semiquantitativa da citologia nasal:
Média de células por 10 campos
de 1.000 aumentos
Eosinófilos e neutrófilos
0
0,1 a 1,0
1,1 a 5,0
5,1 a 15,0
15,1 a 20,0
> 20,0
Basófilos
0
0,1 a 0,3
0,4 a 1,0
1,1 a 3,0
3,1 a 6,0
> 6,0
Graduação
0+
½+
1+
2+
3+
4+
0+
½+
1+
2+
3+
4+
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://allergy.edoc.com/1998_archives/pdf/feb_98/16
5.pdf
CITOLOGIA DE FLUIDOS
CITOLOGIA DE SECREÇÕES
ONCOCITOLOGIA DE FLUIDOS
ONCOCITOLOGIA DE SECREÇÕES
CBHPM 4.06.01.12-9
AMB 21.01.004-8
CBHPM 4.06.01.12-9
AMB 21.01.004-8
Sinonímia:
Citologia oncológica. Pesquisa de células neoplásicas.
Oncocitologia de fluidos.
Sinonímia:
Citologia oncológica. Citologia. Pesquisa de células
neoplásicas. Oncocitologia de secreções.
Material Biológico:
Urina, punção de cistos, líquidos e efusões em geral.
Material Biológico:
Secreção de qualquer órgão (mamas, pênis, olhos,
escarro etc.).
Coleta:
Punção aspirativa por agulha fina (PAAF),
broncoscopia.
Preparo do Paciente:
a) Material líquido em PEQUENA quantidade:
preparar esfregaços finos.
b) Material líquido em MAIOR quantidade:
centrifugar, decantar o sobrenadante e preparar
esfregaços finos com o sedimento.
Utilizar fixador carbowax imediatamente após a
preparação das lâminas.
Interferentes:
Demora no preparo dos esfregaços. Temperatura
inadequada até a realização dos esfregaços (manter
o material em geladeira, sem congelar).
Coleta:
Depositar na lâmina, camada fina da secreção obtida.
Armazenamento:
Fixar a lâmina logo após a coleta.
Método:
Pesquisa de células neoplásicas ou pré-neoplásicas
malignas.
Interpretação:
Laudo descritivo.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Método:
Avaliação direta ao microscópio após coloração pelo
método de Papanicolaou.
Interpretação:
Laudo descritivo. Pode ser positivo, negativo ou
suspeito para células malignas.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
41
CITOLOGIA DE TZANCK
DONOVANOSE
CBHPM 4.06.01.12-9
CBHPM 4.03.10.09-4
AMB 21.01.004-8
Sinonímia:
Tzank. Pesquisa de células de Tzank. Teste de Tzank.
Citológico de Tzank. Pesquisa de células acantolíticas.
Inclusões citoplasmáticas de Donovan. Corpúsculos
de Donovan. Corpúsculos de Leishman-Donovan.
Klebsiella granulomatis. Calymmatobacterium
granulomatis (ant). Donovania granulomatis (ant).
Encapsulatus inguinalis (ant). Donovanose.
Granuloma inguinal. Granuloma venéreo ulceroso
tropical.
Charles Donovan: cirurgião inglês, 1863-1951.
Taxonomia: Ordem Enterobacteriales, Família
Enterobacteriaceae, Gênero Klebsiella, Espécie
granulomatis.
Material Biológico:
Raspado de lesão. Biópsia de borda de lesão.
Coleta:
Deve-se escolher vesículas intactas ou lesões frescas
e limpas, não contendo pus. O esfregaço deve ser
feito com material da base da lesão (vesícula ou
úlcera) obtido com um "swab" estéril e "desenrolado"
sobre uma lâmina limpa para não destruir a estrutura
celular.
Armazenamento:
Deixar secar ao ar e depois fixar com metanol
durante 15 segundos.
Valor Normal:
Presença ou ausência de células gigantes com
inclusões virais, acantolíticas ou com corpúsculos de
Donovan.
Preparo do Paciente:
Não usar pomadas tópicas durante ao menos 24
horas antes do procedimento de coleta.
Método:
Coloração de May-Grünwald-Giemsa.
Interpretação:
Quando células gigantes com inclusões virais,
acantolíticas ou com corpúsculos de Donovan são
vistas, o diagnóstico provável é de granuloma
inguinal (Donovanose).
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm
CITOLOGIA HORMONAL
CBHPM 4.06.01.16-1
CBHPM 4.06.01.14-5
AMB 21.01.006-4
AMB 21.01.014-5
Sinonímia:
CHS. Citologia hormonal seriada. Colpocitologia
hormonal seriada. CHI. Citologia hormonal isolada.
Colpocitologia hormonal isolada.
Fisiologia:
Os sintomas genitais decorrentes do
hipoestrogenismo incluem prurido vulvar, vagina seca
e dispareunia e os urinários vão desde disúria e
polaciúria até infecção e incontinência. Os efeitos do
hipoestrogenismo no trato urinário encontram
justificativa na embriogênese, pois tanto a vagina
como a uretra distal têm origem embriológica
comum, a partir do seio urogenital. Por isso, ambas
respondem à ação dos esteróides sexuais devido à
presença de receptores hormonais. Assim, sendo as
mucosas vaginal e uretral sensíveis aos esteróides
ovarianos, as células delas esfoliadas traduzem o
efeito desses hormônios, permitindo, por meio de sua
análise, saber o estado funcional do ovário. No
climatério, observam–se esfregaços vaginais
hipotróficos ou até acentuadamente atróficos.
O esfregaço atrófico se caracteriza pela ausência de
células superficiais eosinófilas e por porcentagem
variável de células profundas. O grau de atrofia é
tanto maior quanto maior a quantidade de células
profundas encontradas no esfregaço.
Este exame fornece um acesso indireto à função
ovariana, desde a infância até a pós-menopausa.
Pode ser utilizado, também, na detecção do período
ovulatório durante tratamento de esterilidade, na
monitoração de terapias hormonais e nas disfunções
ovarianas, além de sua aplicabilidade na obstetrícia,
na detecção da proximidade da data provável do
parto, na avaliação da função placentária e na
pesquisa de escamas fetais (ruptura precoce ou não
da bolsa amniótica).
ÍNDICES
Há vários índices para classificar as influências
hormonais no epitélio vaginal e urinário. Os mais
utilizados são o Índice de maturação celular ou
de Frost, o Índice de cariopicnose e o Índice de
eosinofilia.
O Índice de Frost (Índice de Maturação) parece ser
o mais informativo de todos e consiste na
determinação de células profundas (parabasais),
intermediárias e superficiais (P/I/S), expressas em
percentagem.
Exemplo: um resultado apresentado como
IM = 80/20/0 significa: 80 % de células profundas
(parabasais), 20 % de células intermediárias e 0 %
de células superficiais.
O Índice de Meisels (Valor de Maturação) é
calculado a partir do Índice de maturação celular, e
corresponde ao somatório da percentagem das
células profundas multiplicadas por zero, da
percentagem de células intermediárias multiplicadas
por 0,5 e da percentagem de células superficiais
multiplicadas por 1,0 , portanto,
VM = {[0 × (% P )] + [0,5 × (% I )] + [1 × (% S )]}
onde:
VM
%P
%I
%S
=
=
=
=
Valor de Maturação em %
Percentagem de células Profundas
Percentagem de células Intermediárias
Percentagem de células Superficiais
sendo que:
P + I + S = 100
O VM (Valor de Maturação) é mais utilizado para a
comunicação entre citologistas e em trabalhos
científicos, porém, não é muito indicado para dar
laudos citológicos destinados ao clínico.
Exemplo: no caso do exemplo anterior onde
IM = 80/20/0 temos:
VM = {[0(80)] + [0,5(20)] + [1(0)]} =
VM =
0
+
10
+
0 = 10
VM = 10 %
Material Biológico:
Células da parede vaginal lateral, coletadas com
espátula de Ayre em esfregada única.
Coleta:
CHS: realizar 3 ou 4 coletas em intervalos regulares
dentro de um mesmo ciclo menstrual (7º, 14º, 21º e
26º dias do ciclo).
CHI: realizar a coleta em qualquer dia, informando a
DUM (data da última menstruação).
Armazenamento:
Utilizar fixador carbowax.
Exames Afins:
Estradiol. Progesterona.
Valor Normal:
Descritivo.
43
Preparo do Paciente:
Três dias antes das coletas do material, evitar
relações sexuais. Não usar ducha higiênica, tampões
vaginais internos e pomadas ou cremes intravaginais.
Interferentes:
Processo inflamatório, uso de medicamentos que
interferem na ação hormonal (corticóides,
tranqüilizantes etc), citólise e neoplasia.
Método:
Avaliação direta ao microscópio após coloração de
Papanicolaou.
Interpretação:
CITOMEGALOVÍRUS IgG e IgM
HHV-5 IgG e IgM (CMV)
CBHPM 4.03.06.66-6
CBHPM 4.03.06.67-4
AMB 28.06.207-8/96
AMB 28.06.164-0/92
Sinonímia:
CMV. CMV IgG. Anticorpos Anti-citomegalovírus.
Citomegalia. Human Herpes Virus 5. HHV-5 IgG.
Herpesvírus humano-5. HCMV.
CMV. CMV IgM. Herpetoviridae.
ICTVdB 00.031.2.01.004
Fisiologia:
Taxonomia: Família Herpesviridae, Subfamília
PADRÃO
PREDOM.
P
I
S
Betaherpesvirinae, Gênero Cytomegalovirus, Espécie
CELULAR
%
%
%
Hipotrófico
I>S
0 70 a 100
0 a 30 Human herpes virus 5. (Citomegalovírus).
Normotrófico
I=S
0 30 a 70
30 a 70 DNAvirus com envelope. PM: ± 145.000 kDa.
Hipertrófico
I<S
0
0 a 30
70 a 100 Tamanho 180 a 200 nm de diâmetro.
Atrófico leve
I>P
5 a 30 70 a 95
0
O capsídeo viral, contendo o genoma do DNA, tem
Atrófico moderado
I≥P
30 a 70 70 a 30
0
Atrófico acentuado
I<P
70 a 100
0 a 30
0 forma icosaédrica e é constituído por 162
capsômeros. Envolvendo esse capsídeo estão uma ou
mais membranas ovais contendo lípides.
Legenda:
O CMV é transmitido através de sangue, saliva,
P
= Células profundas
esperma, muco cervical, leite humano e urina. Baixas
I
= Células intermediárias
condições sócio-econômicas aumentam a sua
S
= Células superficiais
incidência. Sem gravidade e sem importância clínica
em adultos imunocompetentes, a infecção pelo CMV
Curvas cíclicas:
se torna importante em pacientes imunodeprimidos e
Curva monofásica = ciclo anovulatório ou iatrogenia.
para o feto de grávidas não imunes previamente. É a
Curva bifásica
= ciclo ovulatório.
principal causa de infecção congênita afetando de 0,3
Curva trifásica
= gestacional
a 2 % dos recém-nascidos. Quando a D. de Inclusão
Curvas acíclicas
Citomegálica ocorre no feto, ele poderá apresentar
Pós-menopausa, reposição hormonal e iatrogenia
calcificações cerebrais, microcefalia, coriorretinite,
Sitiografia:
hepatoesplenomegalia e icterícia.
E-mail do autor: [email protected]
15 % dos fetos infectados são sintomáticos ao nascer
http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/c
e 10 % dos não-sintomáticos podem apresentar
olpocitologia_hormonal.shtml
seqüelas neurológicas como retardamento mental.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
A metade das mães infectadas excretam o CMV pelo
d=S0100-72032002000900002
leite.
Material Biológico:
Soro ou plasma.
Coleta:
1,0 ml de soro ou de plasma coletado com citrato,
heparina ou EDTA.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 24 horas.
Caso contrário, congelar a amostra a -20ºC.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
Avidez de IgG anti-CMV.
Valor Normal:
Acima
de 30
UA/ml
ELISA - IgG
até
0,35
UI/ml
Negativo
ou Não
reagente
0,36 a
0,44
UI/ml
acima
de
0,44
UI/ml
Borderline
Positivo
ou
Reagente
Ausência de imunidade ou
fase prodrômica da doença
(até três semanas após o
contágio). Repetir após 1 ou 2
semanas e testar em paralelo
com a amostra anterior.
Mesma interpretação.
Geralmente indica imunidade
ou exposição pregressa ao
CMV, exceto se o CMV IgM
também estiver positivo.
Positivo ou
Reagente
Presença de anticorpos.
Infecção aguda contraída
menos de 6 meses antes da
data do teste, reativação de
virose latente ou reinfecção.
UA/ml = AU/ml = Unidades Arbitrárias por mililitro
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Hemólise, lipemia, presença de partículas sólidas,
contaminação bacteriana.
Método:
CLIA = Quimioluminescência.
ELISA = Enzimaimunosensaio.
UI/ml = IU/ml = Unidades Internacionais por mililitro
ELISA - IgM:
Negativo
ou Não
reagente
Ausência
de
anticorpos
Positivo
ou
reagente
Presença
de
anticorpos
Infecção há mais de 6
meses, fase precoce de
infecção aguda ou
imunodeficiência.
Infecção aguda contraída
menos de 6 meses antes da
data do teste, reativação de
virose latente ou reinfecção.
CLIA - IgG
até 0,4
UI/ml
Negativo
ou Não
reagente
0,4 a
0,6
UI/ml
acima
de 0,6
UI/ml
Borderline
Positivo
ou
Reagente
Ausência de imunidade ou
fase prodrômica da doença
(até três semanas após o
contágio). Repetir após 1 ou 2
semanas e testar em paralelo
com a amostra anterior.
Mesma interpretação.
Geralmente indica imunidade
ou exposição pregressa ao
CMV, exceto se o CMV IgM
também estiver positivo.
CLIA- IgM:
Até
15
UA/ml
Negativo
ou Não
reagente
De 15
a 30
UA/ml
Borderline
Ausência de anticorpos.
Infecção há mais de 6 meses,
fase precoce de infecção aguda
ou imunodeficiência.
Ausência ou presença duvidosa
de anticorpos.
Retestar após 1 semana.
ELISA
IgG:
Sensibilidade
Especificidade
IgM:
Sensibilidade
Especificidade
CLIA
IgG:
Sensibilidade
Especificidade
IgM:
Sensibilidade
Especificidade
= 99,6 % = 0,4 % de falso-negativos
= 99,9 % = 0,1 % de falso-positivos
= 99,9 % = 0,1 % de falso-negativos
= 99,7 % = 0,3 % de falso-positivos
= 99,8 % = 0,2 % de falso-negativos
= 99,9 % = 0,1 % de falso-positivos
= 98,5 % = 1,5 % de falso-negativos
= 97,3 % = 2,7 % de falso-positivos
Interpretação:
IgG: Diagnóstico de infecção e avaliação imunológica
do(a) paciente em relação ao vírus CMV.
IgM: Diagnóstico de infecção recente por CMV.
As IgM ocasionalmente podem ser detectadas na
circulação por anos após a infecção primária.
Pode-se estimar se a infecção por CMV ocorreu há
menos ou há mais de três meses pela pesquisa de
AVIDEZ de IgG anti-CMV.
Em recém-nascidos a presença de IgM anti-CMV
pode corroborar para o diagnóstico de CMV
congênita, assim como títulos de IgG anti-CMV
superiores aos da mãe. Entretanto, a ausência de
IgM anti-CMV não exclui a hipótese de CMV
congênita.
A literatura médica demonstra que a presença de
anticorpos anti-HCV IgM pode ser resposta imunoheterófila causada por infecção de Toxoplasma
gondii, Legionella pneumophila, Chlamydia, vírus da
caxumba, Epstein-Barr Virus ou por doenças autoimunes.
45
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTdb
CITRATO
ÁCIDO CÍTRICO
CBHPM 4.03.11.01-5
AMB 28.13.055-3/99
Sinonímia:
Citrato urinário. Ácido cítrico. Citratúria.
Fisiologia:
Ácido cítrico anidro:
Fórmula molecular = C6H8O7
Massa molecular = 192,1222 g/mol
O
OH
O
HO
O
C
H2
OH
C
H2
OH
ÁCIDO CÍTRICO
Ácido cítrico monoidratado:
Fórmula molecular = C6H8O7.H2O
Massa molecular = 210,137 g/mol
Citrato de sódio diidratado:
Fórmula molecular = Na3C6H5O7.2H2O
Massa molecular = 294,0981 g/mol
O citrato sangüíneo provém da ionização do ácido
cítrico, por sua vez proveniente da oxidação
energética da glicose no ciclo de Krebs. Ele é muito
abundante nos ossos e nas cartilagens; está presente
como anticoagulante, em grande quantidade nas
bolsas de transfusão sangüínea e nos banhos de
hemodiálise. 90 % do citrato circulante é filtrado
pelos rins e depois é 70 a 90 % reabsorvido pelos
túbulos proximais de modo que apenas 10 a 30 % do
citrato acaba sendo eliminado pela urina.
Complexando o cálcio urinário, o citrato inibe a
formação de cristais de oxalato de cálcio, dos
complexos oxalo-fosfatos e de sua agregação. A
redução de sua excreção pode provocar a
precipitação de cristais de oxalato de cálcio. Tem,
portanto, um importante papel na prevenção da
litíase urinária.
Material Biológico:
Urina de 24 horas.
Coleta:
Alíquota de 20 ml de urina de 24 horas. Informar o
volume total ao laboratório.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC durante coleta e
transporte.
Exames Afins:
Calciúria. Oxalúria. Uricosúria.
Valor Normal:
3 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
4 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
5 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
6 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
7 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
8 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
9 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
10 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
11 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
12 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
> 12 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
20,0 a 75,0 mg/dl
320 a 600 mg/24 h/1,73 m2
78,0 a 925,0 mg/g Creatinina
114,0 a 1.338,0 mg/g Creatinina
♂
♀
Normal Rhesus
20,0 a 75,0 mg/dl
113 a 211 mg/24 h
172,0 a 2.140,0 mg/g Creatinina
170,0 a 2.496,0 mg/g Creatinina
♂
♀
20,0 a 75,0 mg/dl
126 a 236 mg/24 h
157,0 a 1.872,0 mg/g Creatinina
157,0 a 2.582,0 mg/g Creatinina
♂
♀
20,0 a 75,0 mg/dl
142 a 261 mg/24 h
142,0 a 1.783,0 mg/g Creatinina
141,0 a 2.582,0 mg/g Creatinina
**** Para obter valores em mmol/24 h de Ácido
cítrico monoidratado, multiplicar os mg/24 h por
0,004759
♂
♀
20,0 a 75,0 mg/dl
156 a 286 mg/24 h
129,0 a 1.594,0 mg/g Creatinina
131,0 a 2.024,0 mg/g Creatinina
Preparo do Paciente:
A não ser orientação dietética especial do médicoassistente, consumir a dieta habitual.
♂
♀
20,0 a 75,0 mg/dl
170 a 312 mg/24 h
121,0 a 1.440,0 mg/g Creatinina
124,0 a 1.742,0 mg/g Creatinina
♂
♀
20,0 a 75,0 mg/dl
184 a 337 mg/24 h
115,0 a 1.362,0 mg/g Creatinina
118,0 a 1.528,0 mg/g Creatinina
♂
♀
20,0 a 75,0 mg/dl
198 a 360 mg/24 h
109,0 a 1.270,0 mg/g Creatinina
112,0 a 1.387,0 mg/g Creatinina
♂
♀
20,0 a 75,0 mg/dl
210 a 387 mg/24 h
101,0 a 1.208,0 mg/g Creatinina
109,0 a 1.291,0 mg/g Creatinina
♂
♀
20,0 a 75,0 mg/dl
223 a 416 mg/24 h
93,0 a 1.102,0 mg/g Creatinina
108,0 a 1.270,0 mg/g Creatinina
♂
♀
20,0 a 75,0 mg/dl
252 a 457 mg/24 h
87,0 a 1.012,0 mg/g Creatinina
108,0 a 1.248,0 mg/g Creatinina
* Para obter valores em µmol/l de Ácido cítrico
anidro, multiplicar os mg/dl por 52,05
** Para obter valores em µmol/l de Ácido cítrico
monoidratado, multiplicar os mg/dl por 47,59
*** Para obter valores em mmol/24 h de Ácido cítrico
anidro, multiplicar os mg/24 h por 0,005205
Interferentes:
Grande contaminação bacteriana da amostra.
Aumento: corticóides, estrógenos, oxalatos,
fosfatos, sulfatos, chumbo, terapia com citrato de
potássio ou com 100 ml ou mais de suco de
limão/dia.
Diminuição: acetazolamida, clorotiazida,
hidroclorotiazida, progesterona.
Método:
Cinético enzimático. UV.
Transformação de citrato em oxaloacetato sob ação
da citratoliase.
Kit Roche Cat. Nº 10 139 076 035
Interpretação:
Útil na avaliação do paciente com nefrolitíase.
Hipocitratúria (citrato < 320 mg/24 h em pacientes
acima de 12 anos – ver o limite para cada uma das
outras faixas etárias) primária ou secundária é
situação predisponente à formação de cálculos
urinários. A citratúria é maior no sexo feminino do
que no masculino.
AUMENTO: alcalose metabólica,
hipoparatireoidismo, PTH, hipovitaminose D, HGH,
estrógenos.
Obs.: um aumento de até 20 % acima dos valores de
referência pode ser fortuito e não ter significado
clínico. Neste caso recomenda-se repetir o exame em
outra ocasião para verificar possíveis flutuações de
origem dietética.
47
DIMINUIÇÃO: hiperparatireoidismo,
hipervitaminose D, acidose tubular distal, acidose
metabólica ou respiratória, insuficiência renal crônica,
hipocalemia, hipomagnesemia, andrógenos,
progesterona, infecção urinária, acidose láctica pósexercício, dieta rica em sódio, dieta hiperprotéica, má
absorção intestinal, diarréias, D. de Wilson, D. de
Fabry, D. de Crohn, pancreatite, depleção potássica
por diuréticos, laxativos ou S. de Schwartz-Bartter,
hipocitratúria idiopática.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://dl.clackamas.cc.or.us/ch106-06/citric.htm
CLAMÍDIA
CHLAMYDIA
CBHPM 4.03.10.07-8
AMB 28.10.013-1
Sinonímia:
Clamidioses.
Pesquisa de Antígenos de Chlamydia trachomatis.
Linfogranuloma venéreo. IV Doença venérea.
D. de Nicolas-Durand-Favre. Pênis em saxofone.
Grupo psitacose-linfogranuloma-tracoma.
Taxonomia: Baseado em dados recentes das
seqüências da subunidade 16S do RNA ribossomal, as
clamídias são do Reino Prokaryotae, Filo Bacteria
(Eubacteria), Classe Chlamydiae, Ordem
Chlamydiales, Família Chlamydiaceae, Gênero
Chlamydia, Espécies trachomatis e psittaci.
A Chlamydophila pneumoniae, antigamente chamada
Chlamydia pneumoniae, pertence ao Gênero
Chlamydophila, Espécie pneumoniae.
As clamídias são eubactérias Gram negativas
cocóides de parasitismo intracelular obrigatório que
se multiplicam nas células hospedeiras formando
inclusões intracelulares. Diferentemente das outras
bactérias Gram negativas, elas são desprovidas de
peptidoglicano na parede bacteriana e dependem, ao
menos em parte, do ATP da célula hospedeira.
Essas bactérias se apresentam sob duas formas
durante seu ciclo de multiplicação: o corpo elementar
(CE), forma extracelular, metabolicamente inerte,
representando a forma infecciosa que se diferencia,
após penetração na célula eucariota, em corpo
reticulado (CR), forma metabolicamente ativa e nãoinfecciosa. Os corpos reticulados se multiplicam num
vacúolo fagossomal visível à microscopia de
fluorescência pela técnica da IFI. A maturação dos
corpos reticulados termina pela liberação de corpos
elementares por lise celular ou por exocitose, dentro
de 36 horas no caso da C. psittaci e em até 72 horas
no caso da C. trachomatis ou da Chlamydophila
pneumoniae.
Material Biológico:
"Swab" de raspado uretral, cérvico-vaginal,
conjuntival, sedimento urinário e de nasofaringe.
Coleta:
Coletar no Laboratório.
Exames Afins:
Bacterioscopia, Cultura de secreção uretral, Sorologia
para clamídia. Intradermorreação de Frei. Pesquisa
de corpos de von Prowacek-Halberstädter.
Valor Normal:
Negativo.
Método:
Enzimaimunoensaio. Chlamydiazyme - Abbott.
Sensibilidade = 86,8 a 97,9 % conforme o
material.
Especificidade = 96,4 a 99,2 % conforme o
material.
Interpretação:
Útil no diagnóstico das infecções por clamídias.
Linfogranuloma venéreo.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm
CLAMÍDIA IgA QUALITATIVO
IgA ANTI CHLAMYDIA
AMB 28.10.014-0
Sinonímia:
Clamidioses.
Chlamydia psittaci. Ornitose. Psitacose (pneumonia,
encefalite).
Chlamydia trachomatis. Tracoma. Linfogranuloma.
Chlamydophila pneumoniae. Infecções respiratórias
altas e baixas. Aterosclerose.
Cepa TWAR = TW de Taiwan (TW-183) e AR de
Acute Respiratory (AR-39).
Taxonomia: Baseado em dados recentes das
seqüências da subunidade 16S do RNA ribossomal, as
clamídias são do Reino Prokaryotae, Filo Bacteria
(Eubacteria), Classe Chlamydiae, Ordem
Chlamydiales, Família Chlamydiaceae, Gênero
Chlamydia, Espécies trachomatis e psittaci.
A Chlamydophila pneumoniae, antigamente chamada
Chlamydia pneumoniae, pertence ao Gênero
Chlamydophila, Espécie pneumoniae.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Isolamento de clamídia em secreções. IgG antiChlamydia. IgM anti-Chlamydia.
Valor Normal:
Negativo ou Não reagente
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
IFI.
Interpretação:
Diagnóstico de afecção aguda ou recente DE
MUCOSAS por Chlamydia ou Chalamydophila,
podendo ser devido a uma das espécies: trachomatis,
psitacci ou pneumoniae.
49
Observação:
IgA anti-Chlamydia trachomatis: sua associação
estatística com a doença ativa é descrita na
literatura. Em adultos é mais freqüentemente
encontrada que a IgM na fase aguda. Em quadro de
infecção urogenital por Chlamydia trachomatis, IgA
anti-clamídia apresenta sensibilidade de 63 %.
CLAMÍDIA IgG e IgM
QUALITATIVO
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S0102-35862000000500011
http://www.fmrp.usp.br/revista/1998/vol31n2/pneum
onias_adultos_adquirida_%20comunidade_e_no_hos
pital.pdf
Sinonímia:
Clamidioses.
Chlamydia psittaci. Ornitose. Psitacose (pneumonia,
encefalite).
Chlamydia trachomatis. Tracoma. Linfogranuloma.
Chlamydophila pneumoniae. Infecções respiratórias
altas e baixas. Aterosclerose.
IgG e IgM ANTI CHLAMYDIA
CBHPM 4.03.06.63-1
CBHPM 4.03.06.64-0
AMB 28.10.014-0
Taxonomia: Baseado em dados recentes das
seqüências da subunidade 16S do RNA ribossomal, as
clamídias são do Reino Prokaryotae, Filo Bacteria
(Eubacteria), Classe Chlamydiae, Ordem
Chlamydiales, Família Chlamydiaceae, Gênero
Chlamydia, Espécies trachomatis e psittaci.
A Chlamydophila pneumoniae, antigamente chamada
Chlamydia pneumoniae, pertence ao Gênero
Chlamydophila, Espécie pneumoniae.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
Volume mínimo de 1,0 ml
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Isolamento de clamídia em secreções.
IgM anti-Chlamydia. IgA anti-Chlamydia.
Valor Normal:
IgG:
Negativo ou Não reagente
IgM:
Negativo ou Não reagente
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
IFI ou ELISA.
Interpretação:
IgG: Diagnóstico de infecção atual ou pregressa
causada por Chlamydia ou Chlamydophila, podendo
ser devido a uma das espécies: trachomatis, psitacci
ou pneumoniae.
Para diagnóstico de infecção atual é preciso titular a
amostra atual emparelhada com nova amostra
coletada 14 dias depois. O aumento de 2 ou mais
títulos na 2ª amostra é positivo para doença aguda
ou atual.
Observação:
A IgG anti-Chlamydia trachomatis está presente em
100 % das crianças com pneumonia e conjuntivite de
inclusão, podendo significar, entretanto, transmissão
materna passiva de IgG. A prevalência de IgG anticlamídia é alta em mulheres, mesmo naquelas sem
infecção aguda, o que diminui sua importância
diagnóstica.
IgM: Diagnóstico de infecção aguda ou recente por
Chlamydia ou Chlamydophila, podendo ser devido a
uma das espécies: trachomatis, psitacci ou
pneumoniae.
Observação:
IgM anti-Chlamydia trachomatis não é um marcador
fidedigno de infecção aguda, pois os pacientes
geralmente já tiveram infecções passadas por outras
espécies de clamídias. É útil no diagnóstico de
pneumonia por Chlamydia trachomatis em neonatos,
onde está presente em quase 100 % dos casos.
Mulheres com infecções genitais altas (endometrite,
salpingite) tendem a títulos mais elevados de
anticorpos. Em quadros de infecções genitais por
Chlamydia trachomatis, a IgM apresenta sensibilidade
de apenas 19 %.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CLOBAZAM
FRISIUM
CBHPM 4.03.01.74-5
AMB 28.01.166-0
Sinonímia:
Clobazan.
Nomes comerciais: Frisium, Urbanil .
Fisiologia:
7-cloro-1-metil-5-fenil-1H-1,5-benzodiazepina-2,4[3H,5H]-2-ona
Fórmula molecular = C16H13ClN2O2
Massa molecular = 300,745 g/mol
Ansiolítico.
Meia-vida (t½) biológica = 11 a 31 horas.
Metabólito ativo: norclobazam
Meia-vida (t½) biológica = 36 a 46 horas.
CH3
N
Cl
O
N
O
CLOBAZAM
Material Biológico:
Soro ou plasma heparinizado.
Coleta:
2,0 ml de soro ou plasma coletado 1 hora antes da
próxima tomada de medicação.
Valor Normal:
200 a 1.200 ng/ml
* Para obter valores em nmol/l, multiplicar os ng/ml
por 3,3251
Preparo do Paciente:
QUESTIONÁRIO PARA O PACIENTE:
1) Nome do paciente
2) Idade, sexo, altura e peso corporal
3) Medicação usada (nome comercial)
4) Concentração usada
5) Quando iniciou o tratamento
6) Horário em que tomou a última dose
7) Horário da coleta
51
Método:
HPLC.
CLONAZEPAM
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CBHPM 4.03.01.74-5
RIVOTRIL
AMB 28.01.166-0
Sinonímia:
Clonazepan.
Nome comercial: Rivotril, Clonopin.
Fisiologia:
5-(o-clorofenil)-1,3-diidro-7-nitro-2H-1,4benzodiazepina-2-ona.
Fórmula molecular = C15H10ClN3O3
Massa molecular = 315,716 g/mol
Anticonvulsivante.
Meia-vida (t½) biológica: 19 a 40 horas.
Material Biológico:
Soro ou plasma.
Coleta:
2,0 ml de soro ou plasma. A coleta é feita pela
manhã ou em outro horário, logo antes da ingestão
do medicamento, não havendo necessidade de
jejum. Esta amostra representa o ponto mínimo da
concentração diária no soro do paciente.
Valor Normal:
Nível terapêutico
Nível “borderline”
Nível tóxico
15,0 a 60,0 ng/ml
60,1 a 80,0 ng/ml
superior a 80,0 ng/ml
* Para obter valores em nmol/l, multiplicar os ng/ml
por 3,1674
Preparo do Paciente:
QUESTIONÁRIO PARA O PACIENTE:
1) Nome do paciente
2) Idade, sexo, altura e peso corporal
3) Medicação usada (nome comercial)
4) Concentração usada
5) Quando iniciou o tratamento
6) Horário em que tomou a última dose
7) Horário da coleta
Método:
HPLC.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CLORO
** Para obter valores em mg/dl de Cl, multiplicar os
mmol/l por 3,5453
Cl
CBHPM 4.03.01.55-9
AMB 28.01.046-9
Sinonímia:
Cl. Cloretos. Cloremia. Clorúria. Cloro sérico. Cloro
plasmático. Cloro globular. Cloro em sangue total.
Fisiologia:
*** Para obter valores em mg/dl de NaCl, multiplicar
os mmol/l por 5,8443
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Eletrodo seletivo automatizado.
17
35,4527
3,0
172 K
239 K
2,030 g/cm3
Cl
2
Halógeno. Não-metal.
Material Biológico:
Soro, sangue total ou urina de 24 horas.
Coleta:
Soro : volume mínimo 0,5 ml
Sangue total: 1,0 ml
Urina: coletar toda a urina de 24 horas e enviar uma
alíquota de 20 ml ao laboratório informando o volume
total.
Armazenamento:
Soro
: congelar a amostra a -20ºC
Sangue total
: refrigerar entre +2 a +8ºC
Urina
: refrigerar a amostra durante a
coleta entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Ionograma, Sódio, Potássio.
Valor Normal:
100,0 a 106,0 mmol/l
77,0 a 86,0 mmol/l
24,5 a 74,4 mmol/l
68,8 a
110 a
26,9 a
39,3 a
C lg =
Cls × [Clp × (1 − 0,01 × Htc )]
0,01 × Htc
5
[Ne]3s 3p
Cloro
Soro ou plasma
Sangue total
Glóbulos
Urina
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
O Cloro dos glóbulos (cloro globular) pode ser
calculado aplicando-se a fórmula:
312,5 mmol/l
250 mmol/24 h
385,8 mmol/g Creatinina
558,0 mmol/g Creatinina
onde:
Clg
Cls
Clp
Htc
=
=
=
=
Cloro globular em mmol/l
Cloro no sangue total em mmol/l
Cloro no soro ou plasma em mmol/l
Hematócrito em %
Interpretação:
AUMENTO: Acidose metabólica hiperclorêmica,
alcalose respiratória, nefrose, pielonefrite, D. do rim
policístico, uropatia obstrutiva, acidose tubular renal,
desidratação, hipertensão arterial, diabetes insipidus,
terapia com soro fisiológico EV, eclampsia,
hiperparatireoidismo primário, S. de Lightwood.
DIMINUIÇÃO: Alcalose metabólica, acidose
respiratória crônica, acidose diabética, estados febris,
insuficiência cardíaca congestiva, S. do hormônio
antidiurético inapropriado, terapia EV com soluções
hipotônicas, depleção de sal, sudorese intensa,
distúrbios gastrintestinais com vômitos e diarréia,
queimaduras, insuficiência renal, pancreatite aguda,
D. de Addison.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e01700.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta
belaperiodica1.htm
http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br
* mmol/l = mEq/l
53
CLOSTRIDIUM BOTULINUM
BOTULISMO
~CBHPM 4.03.06.68-2
Sinonímia:
Clostridium botulinum tipo B. Botulismo. Toxina
botulínica. Bacillus botulinus (ant). Bacilo de Van
Ermengen. D. de Kerner. Botulus, em latim, significa
lingüiça ou salsicha.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Prokaryotae, Filo Bacteria
(Eubacteria), Firmicutes, Classe Clostridia, Ordem
Clostridiales, Família Clostridiaceae, Gênero
Clostridium, Espécie botulinum. 7 sorotipos de A a G
dos quais os principais são A, B e E.
Bacilo Gram Positivo. Apresenta esporos ovalados,
geralmente em posição terminal ou subterminal. Tem
ligeiro movimento por causa de 4 a 8 flagelos
peritríquios. Estritamente anaeróbio. Produz uma
exotoxina composta por duas subunidades, a fração
alfa, neurotóxica, e a fração beta que é um fator
hemoaglutinante. Age diretamente na sinapse
colinérgica do sistema nervoso parassimpático e da
junção neuro-muscular.
Habitat: telúrico.
Sorotipo A = América do Norte.
Sorotipo B = Europa.
Sorotipo E = Japão.
Transmisão:
EXÓGENA INDIRETA. Através da ingestão de
conservas alimentares consumidas frias
contaminadas acidentalmente pelo bacilo, como
embutidos, carne enlatada, feijão, espinafre,
azeitonas pretas, palmito, frutas, etc.
O cozimento do alimento destrói a toxina botulínica!
EXÓGENA DIRETA. Ferimentos contaminados com
esporos, fraturas expostas e acidentes de inoculação
(usuários de drogas).
ENDÓGENA. Após ingestão direta dos bacilos.
Material:
Sangue. Fezes. Lavado gástrico. Tecidos desbridados.
Coleta:
Consultar o Manual do Botulismo para coleta e
transporte adequados.
Conservação:
Consultar o Manual do Botulismo para coleta e
transporte adequados.
Exames afins:
Hemograma, hemossedimentação, liquor.
Valor normal:
Ausente
Interpretação:
Diagnóstico diferencial.
Botulismo adulto: outras intoxicações e infecções
alimentares bacterianas (shigelose, salmonelose ou
estafilococcia), virais, de origem vegetal (atropina),
animal ou química e outros quadros neurológicos
como a S. de Guillain-Barré, miastenia, AVC,
polineurite diftérica, paralisia por picada de
carrapato, etc.
Botulismo infantil: septicemia, meningite, distúrbio
hidroeletrolítico, encefalopatia metabólica, S. de
Reye, D. de Werdning-Hoffman, miopatia congênita,
D. de Leight.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm
CLOSTRIDIUM DIFFICILE
TOXINAS A e B
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CBHPM 4.03.06.68-2
Sinonímia:
Clostridium difficile. Pesquisa de Toxinas A e B.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Prokaryotae, Filo Bacteria
(Eubacteria), Firmicutes, Classe Clostridia, Ordem
Clostridiales, Família Clostridiaceae, Gênero
Clostridium, Espécie difficile.
O Clostridium difficile é um bacilo Gram-positivo,
parte da microbiota normal de recém-nascidos. A
colite pseudomembranosa tornou-se mais prevalente
a partir da década de 70 com a proliferação da
antibioticoterapia de largo espectro e o seu uso
indiscriminado de forma empírica. No início
suspeitava-se ser o Staphylococcus aureus o agente
causador da colite. Mais tarde a identificação da
liberação de toxina pelo C. difficile mostrou ser este o
agente etiológico causador de colites endêmicas nos
pacientes hospitalizados. Os antibióticos, com a ação
na microbiota normal colônica, permite a colonização
e crescimento do C. difficile. Com a proliferação
bacteriana, as toxinas A e B são elaboradas e
liberadas. Estas toxinas causam a liberação de
citocinas inflamatórias com formação de exsudato
inflamatório, rompimento de estruturas colônicas e
debris celulares que dão a aparência, à microscopia,
da pseudomembrana. As fezes desses pacientes
contêm duas toxinas: a toxina A, enterotóxica,
responsável pela hipersecreção e pelas lesões
inflamatórias da mucosa intestinal e a toxina B que é
citopatogênica mas não enterotóxica.
Material:
Fezes.
Coleta:
5 g de fezes.
Conservação:
Para até 6 horas: sem conservante.
Para mais tempo: conservante Cary Blair.
Valor normal:
Pesquisa Negativa
Método:
C. difficile Toxin A Test – Oxoid ou ELISA.
Interpretação:
O teste detecta a presença das Toxinas A e B nas
fezes. Sensibilidade = 99,6 %.
55
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
Gangrena gasosa.
~CBHPM 4.03.06.68-2
Sinonímia:
Clostridium perfringens, Bacillus perfringens, Bacilo
de Welch. Toxina A.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Prokaryotae, Filo Bacteria
(Eubacteria), Firmicutes, Classe Clostridia, Ordem
Clostridiales, Família Clostridiaceae, Gênero
Clostridium, Espécie perfringens.
Bacilo Gram Positivo mas ocasionalmente pode
apresentar-se como Gram Negativo. Apresenta-se
como bacilo atarracado (maciço) de extremidades
aquadradadas, geralmente reto e raramente curvado,
isolado e às vezes como diplobacilo. É imóvel, sem
cílios. As formas esporuladas, muito resistentes,
sobrevivem muitos meses à temperatura ambiente.
Estritamente anaeróbio.
O Clostridium perfringens é o agente etiológico da
gangrena gasosa e pode ser isolado de processos
pútridos, feridas de guerra, infecções puerperais e
septicemias. A infecção cursa com crepitação gasosa
à palpação dos tecidos circunjacentes à lesão. Pode
causar, também, infecções intra-abdominais e
intoxicação alimentar. A intoxicação alimentar
clássica é causada por uma enterotoxina produzida
por Clostridium perfringens do tipo A. Essa
enterotoxina é uma proteína formada durante o
processo de esporulação no interior do intestino,
causando interferência no transporte de água, sódio
e cloretos através da mucosa intestinal. Uma
característica peculiar dos surtos de intoxicação
alimentar por C. perfringens é que eles
freqüentemente envolvem um número grande de
pessoas simultaneamente. Há ainda uma outra forma
de intoxicação alimentar, rara porém muito grave,
causada por Clostridium perfringens do tipo C,
denominada enterite necrótica.
Material:
Sangue. Pus. Tecidos desbridados. Fezes.
Coleta:
Consultar para coleta e transporte adequados.
Conservação:
Para até 6 horas: sem conservante.
Para mais tempo: conservante Cary Blair.
Exames afins:
Hemograma, hemossedimentação, hemocultura,
coprocultura.
Valor normal:
Toxina A nas fezes
Baterioscopias e Culturas
Negativo ou Não reagente
Ausência da bactéria.
Método:
Interpretação:
Embora o teste detecte a presença da Toxina A nas
fezes, a sua positividade não é patognomônica para
colite por C. perfringens. Correlacionar clinicamente.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm
COBALTO
* Para obter valores em nmol/l, mutiplicar os µg/l por
16,96842
Co
CBHPM 4.03.13.19-0
AMB 28.15.027-9
Sinonímia:
Co.
Método:
Absorção atômica.
Interpretação:
A intoxicação crônica por exposição profissional leva
a asma brônquica, eczema de contato,
miocardiopatia e problemas hematológicos.
Fisiologia:
27
58,9332
1,8
1.768 K
3.143 K
8,900 g/cm3
Co
7
[Ar]3d 4s2
Cobalto
§ Índice Biológico Máximo Permitido
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e02700.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta
belaperiodica1.htm
http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br
Metal de transição interna.
O Cobalto é um oligoelemento indispensável ao
homem, fornecido na forma de Vitamina B12 para ser
fisiologicamente ativo. Certos sais de Co são
utilizados como antianêmicos em associação cobaltocobre-manganês. Sob a forma de EDTA-dicobáltico é
utilizado como antídoto do cianeto. Também é
utilizado na indústria, na fabricação de ligas, tintas,
química etc..
O cobalto é um elemento raro; os principais minerais
que o contêm são arseniatos e sulfetos. Os vegetais
não contêm vitamina B12, mas os mais ricos em
cobalto são: alface, espinafre, couve, repolho, nabos
e beterrabas. Os alimentos de origem animal contêm
tanto a vitamina B12 quanto o cobalto inorgânico.
Material Biológico:
Soro e/ou urina.
Coleta:
2,0 ml de soro. Alíquota de 50 ml de urina.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Valor Normal:
SORO
URINA
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
IBMP §
Limite de pânico
0,11 a 0,45 µg/l
até
até
até
até
até
até
2,5 µg/l
2,0 µg/24 horas
3,1 µg/g Creatinina
4,7 µg/g Creatinina
15,0 µg/l
30,0 µg/g Creatinina
57
Valor Normal:
COBRE
Cu
CBHPM 4.03.01.56-7
AMB 28.01.048-5
AMB 28.13.046-4
Sinonímia:
Cu. Cupremia. Cupriúria. Cobre urinário.
ICL. Índice de cobre livre.
Índice de cobre-ceruloplasmina.
Fisiologia:
29
63,546
1,9
1.357 K
2.840 K
8,960 g/cm3
Cu
10
1
[Ar]3d 4s
Cobre
Metal de transição interna.
O cobre plasmático está complexado ligado a
aminoácidos como a histidina, à albumina e à
ceruloplasmina. O cobre nos glóbulos vermelhos está
ligado à enzima Superóxido-dismutase e a
aminoácidos.
O Cobre é muito empregado na indústria de
condutores elétricos e na indústria química seus
compostos entram na composição de inseticidas,
algicidas, fungicidas, pigmentos cromáticos, tintas,
manufatura de bronze, cerâmicas e solventes para
celulose e rayon.
Material Biológico:
Soro ou urina.
Coleta:
Urina: coletar alíquota de 20 ml em frasco de
plástico.
No caso de urina de 24 horas, informar o volume
total.
Acidificar a urina até pH=2 com HNO3 6 N.
Soro : coletar 2 ml em frasco plástico isento de
contaminação por cobre.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Enzimas hepáticas, Ceruloplasmina.
Índice de cobre livre. Meta-hemoglobina.
SORO
até 1 mês
2 a 6 meses
7 meses a 5 anos
6 a 17 anos
Adultos masculino
feminino
Gestação
a partir de 61 anos:
masculino
feminino
URINA
Volume de 24 horas
Creatinina ♂
Creatinina ♀
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
20
59
27
67
70
80
70
a
a
a
a
a
a
a
32 µg/dl
95 µg/dl
153 µg/dl
234 µg/dl
140 µg/dl
155 µg/dl
302 µg/dl
85 a 170 µg/dl
85 a 190 µg/dl
800 a 1.600 ml §
1,30 a 2,05 g/24 horas
0,90 a 1,40 g/24 horas
3,75 a 11,73 µg/l
3,00 a 18,77 µg/24 horas
4,6 a 12,9 µg/g Creatinina
6,7 a 18,6 µg/g Creatinina
§ Para Superfície Corporal ideal = 1,73 m2
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/dl
por 0,1574
** Para obter valores em µg/l, multiplicar os µg/dl
por 10
Interferentes:
Lipemia e hemólise.
Penicilamina (Cuprimine).
Medicamentos que aumentam os valores da
dosagem: carbamazepina, estrógenos, contraceptivos
orais, fenobarbital, fenitoína.
Coleta em tubo de vidro.
Método:
Absorção atômica (forno de grafite).
Interpretação:
DIMINUIÇÃO: D. de Wilson, D. de Menkes, RN em
alimentação parenteral, S. nefrótico, hipotireoidismo,
queimaduras extensas, kwashiorkor, espru, D.
celíaca, tratamentos queladores.
AUMENTO: hemocromatose, hipertireoidismo,
hemopatias malignas, colagenoses, infecções,
exposição ocupacional.
Índice de cobre livre:
COCAÍNA E BENZOYLECGONINA
ICL = Cu − (CER × 0,4814 )
ERYTHROXYLON COCA
CBHPM 4.03.01.57-5
onde:
ICL
Cu
CER
= Índice em µg/dl
= Cupremia em µg/dl
= Ceruloplasmina em mg/dl
ICL Normal: 0,0 a 10,0 µg/dl
ICL acima de 10,0 é compatível com D. de Wilson,
envenenamento por cobre e amostras coletadas
inapropriadamente.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e02900.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta
belaperiodica1.htm
http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br
Sinonímia:
Pasta de coca. Crack. Merla. Coca. Epadu. Pó.
Farinha. Neve. Branquinha. Branca. Branca pura.
Gulosa. Júlia.
Erythroxylon coca. Cloridrato de cocaína.
Fisiologia:
Cocaína:
Fórmula molecular = C17H21NO4
Massa molecular = 303,358 g/mol
Meia-vida biológica = 40 a 90 minutos conforme via
de administração.
H3C O
O
O
N CH3
O
H
COCAÍNA
Benzoylecgonina:
Fórmula molecular = C16H19NO4
Massa molecular = 289,331 g/mol
Principal metabólito da cocaína.
Neurotransmissores implicados: Dopamina e
Norepinefrina.
HO
O
O
N CH3
O
H
BENZOYLECGONINA
Material Biológico:
Urina.
ADULTERAÇÃO DOS TESTES URINÁRIOS.
Para escapar à deteção da toxicomania, certos
usuários recorrem à adulteração da urina a ser
testada. Pode ser "in vivo" ou "in vitro".
Métodos de adulteração "in vivo": diluição da
urina por sobrecarga oral com água, lavagem vesical,
modificadores do pH urinário como bicarbonato e
citrato, medicamentos como a aspirina, metronidazol,
vitamina B2, fluconazol, ibuprofeno e probenecid.
Métodos de adulteração "in vitro": diluição com
água ou outros líquidos, adição de nitrito de sódio ou
59
de potássio, álcalis, ácidos fracos, glutaraldeído,
oxidantes, sabões e detergentes, NaCl e produtos
ricos em sais, sangue, chá Golden Seal e colírios à
base de cloreto de benzalcônio.
Grosso modo, a adulteração pode ser detectada pelo
aspecto da urina (cor e turbidez), odor, medida
imediata da temperatura após coleta, pH, creatinina,
densidade, osmolalidade, nitritos e glutaraldeído.
Critérios para validação da urina:
Parâmetro
Densidade
pH
Creatinina
1,010 a 1,030 g/ml
4,5 a 6,5
> 20,0 mg/dl
Coleta:
Para usuários ocasionais, em relação à atitude
suspeita, a urina deverá ser coletada o mais
precocemente possível, mas no mínimo após 8 a 12
horas e, no máximo, entre 1 a 3 dias após a ingestão
ou uso da droga, diante de testemunha(s). Cuidado
com troca intencional ou diluição da amostra.
Atenção: se o exame estiver sendo feito para
finalidades legais, uma cópia da solicitação ou ofício
do juiz, delegado ou promotor deve acompanhar
cada uma das alíquotas. Em caso de dúvida é melhor
abster-se de coletar urina para esta finalidade e
mesmo se coletada, na ausência do documento legal,
o exame não deve ser feito nem cobrado,
principalmente se for de menor de idade.
Ainda diante de testemunhas, aliquotar a urina em 4
amostras de 20 ml, identificar, rotular e lacrar as 4
amostras rubricadas por elas. Enviar 2 amostras para
o laboratório que fará a análise. Uma outra amostra
deverá ser congelada pelo laboratório que fez a
coleta e a última amostra deverá ser guardada pelo
suspeito ou responsável, também congelada a -20ºC.
Para usuários habituais (crônicos), a urina pode ser
coletada até entre 10 a 22 dias após o uso.
Armazenamento:
Refrigerado entre +2 e +8ºC conserva-se por 3 dias.
Congelado a -20ºC conserva-se até 30 dias.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Valor “Normal”:
Cocaína
Normal
Nível tóxico
Não detectável
1 a 215 µg/l
Benzoylecgonina
Até 269,9 ng/ml (cut-off)
De 270,0 a 329,9 ng/ml
330,0 ng/ml ou mais*
Negativo para Cocaína
Suspeito para Cocaína
Positivo para Cocaína
* Conforme a SAMHSA – Substance Abuse and
Mental Health Services Administration do
Department of Health and Human Services.
* µg/l = ng/ml
** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/l
por 3,2964
Interferentes:
Urina não pertencente ao suspeito. Urina diluída com
água ou outros líquidos. Urina coletada antes de 8 a
12 horas após o uso da droga (usuário ocasional).
Método:
Cromatografia gasosa.
Interpretação:
A cocaína é metabolizada pelo fígado no prazo de 10
a 60 minutos, conforme a via de administração.
Somente 1 % da dose absorvida é achada nãometabolizada na urina. O seu metabólito mais
importante, a benzoylecgonina, tem seu pico maior
12 horas após a tomada, dependendo de fatores
individuais como: assiduidade de uso, dose e pureza
da droga consumida, preparo físico, idade, dieta e
líquidos ingeridos.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://padrejulio.do.sapo.pt/droga/lexico.htm
Exames Afins:
Sorologia para Blastomicose e/ou Histoplasmose.
COCCIDIOMICOSE
COCCIDIOIDES IMMITIS
~CBHPM 4.03.07.15-8
AMB 28.06.057-1
Sinonímia:
Coccidioides immitis
Fisiologia:
Taxonomia: Eukaryota, Reino Fungi.
ANAMORFO: Divisão (Filo) Ascomycotina, Subdivisão
Pezizomycotina, Classe Eurotiomycetes, Ordem
Onygenales, Família Onygenaceae, Gênero
Coccidioides, Espécie immitis
O coccidioides é um fungo dimórfico atípico. Na
natureza e em cultura assume forma de micélios
típicos com hifas, mas no homem em vez de adaptarse como levedura, assume formas atípicas esféricas,
as esférulas, cheias de dezenas de endosporos (até
100).
A coccidioidomicose existe primariamente nos EUA,
nos estados do Oeste (principalmente Califórnia,
Texas, Utah, Novo México, Arizona e Nevada).
Contudo, também há alguns casos em outros países
da América, como México, Argentina e Brasil.
A infecção é pela inalação de esporos infecciosos
presentes no solo seco.
Após inalação dos esporos, as esférulas se
multiplicam nos pulmões. Na maioria dos casos (60
%) a infecção é assintomática e o sistema imunitário
destroi o invasor e limita a sua disseminação pela
formação de granulomas, mas numa minoria há
sintomas de pneumonia, com febre, sudorese, tosse,
expectoração e falta de ar. Em 5 % poderá surgir
pneumonia crônica semelhante à da tuberculose,
enquanto menos de 1 %, principalmente os
imunodeprimidos e idosos, podem desenvolver
manifestações sistêmicas após disseminação pela
corrente sangüínea do fungo, com formação de
granulomas que resultam em ulcerações da pele e
dores articulares e ósseas. Podem, também, infectar
o trato urinário.
Valor Normal:
Negativo ou Não reagente
Preparo do Paciente:
Soro: Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Soro: Imunodifusão dupla.
Escarro: semeadura em meios clássicos ou em BHI
(Brain Heart Infusion).
Interpretação:
Diagnóstico e prognóstico da Coccidiomicose.
Resultados sorológicos negativos não descartam a
doença.
A efetuação do teste cutâneo da coccidioidina pode
falso-positivar o resultado da sorologia na ausência
da infecção.
Cultura de Escarro: o fungo é de crescimento lento,
podendo levar até 4 semanas para se desenvolver.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidiomicose
Material Biológico:
Soro.
Escarro.
Coleta:
2,0 ml de soro.
Escarro coletado em placa de Petri a partir de tosse
profunda ou material de broncoscopia.
Armazenamento:
Soro: congelar a amostra a –20ºC
Escarro: refrigerar entre +2 a +8ºC
61
DOENÇAS DO TECIDO CONJUNTIVO
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTICORPOS
AUTO-ANTICORPOS INDICADOS
Policondrite recidivante:
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES):
ANTICORPOS ANTI COLÁGENO TIPO II.
FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2,
ANTICORPOS ANTI DNA nativo (Anti-nDNA) ou
ANTICORPOS ANTI dsDNA,
ANTICORPOS ANTI ssDNA,
ANTICORPOS ANTI HISTONA,
ANTICORPOS ANTI CARDIOLIPINA IgG, IgA, IgM,
FATOR REUMATÓIDE (FR) IgG, IgA, IgM,
ANTICORPOS ANTI RIBOSSOMA P,
ANTICORPOS ANTI RNA,
IMUNOCOMPLEXOS CIRCULANTES,
ANTICORPOS ANTI beta2 GLICOPROTEÍNA (ß2GP1).
Artrite reumatóide:
COLAGENOSES
Anticorpos contra antígenos nucleares e
citoplasmáticos extraíveis:
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTICORPOS
ANTI
ANTI
ANTI
ANTI
ANTI
ANTI
ANTI
ANTI
ANTI
RNP,
Sm (Smith),
SS-A(Ro),
SS-B(La),
Scl-70,
Jo-1,
Ku,
PCNA,
PM/Scl.
Escleroderma:
FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2,
ANTICORPOS ANTI ssDNA,
ANTICORPOS ANTI HISTONA,
ANTICORPOS ANTI RNP,
ANTICORPOS ANTI Scl-70,
ANTICORPOS ANTI CENTRÔMERO.
Dermatomiosite/Polimiosite:
FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2,
ANTICORPOS ANTI SS-A(Ro),
ANTICORPOS ANTI Jo-1,
ANTICORPOS ANTI Mi-2 (para dermatomiosite),
ANTICORPOS ANTI Ku,
ANTICORPOS ANTI PM/Scl (para miosite),
ANTICORPOS ANTI SRP.
Síndrome de Sjögren:
FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2,
FATOR REUMATÓIDE (FR) IgG, IgA, IgM,
ANTI
ANTI
ANTI
ANTI
RNP,
Sm (Smith),
SS-A(Ro),
SS-B(La).
FATOR ANTI NÚCLEO (FAN) em HEp-2,
ANTICORPOS ANTI QUERATINA (AKA),
FATOR REUMATÓIDE (FR) IgG, IgA, IgM.
Vasculite:
ANTICORPOS ANTI CITOPLASMA DE NEUTRÓFILOS
(ANCA),
ANTICORPOS ANTI MPO (pANCA),
ANTICORPOS ANTI PR3 (cANCA),
ANTICORPOS ANTI CARDIOLIPINA IgG, IgA, IgM,
ANTICORPOS ANTI beta2 GLICOPROTEÍNA (ß2GP1)
IgG, IgM,
IMUNOCOMPLEXOS CIRCULANTES,
ANTICORPOS ANTI LDL OXIDADO (oxLDL),
ANTICORPOS ANTI GLOMÉRULO
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
IDADE DE
10 A 19 ANOS
Desejável
COLESTEROL HDL
HDL COLESTEROL
CBHPM 4.03.01.58-3
AMB 28.01.049-3
Sinonímia:
HDL-Colesterol. Alfa-Colesterol. Índices de Castelli.
Somatório das subclasses HDL-2 + HDL-3.
Fisiologia:
Colesterol ligado a lipoproteínas de alta densidade
(1,063 a 1,210).
A fração α é predominantemente ligada aos
Fosfolípides.
Lipoproteínas de Alta Densidade - HDL
As HDL são pequenas partículas constituídas por
cerca de 50% de proteína, especialmente Apo A I e
II, e pouca quantidade de Apo C e Apo E, 20% de
colesterol, 30% de fosfolípides e traços de
triglicérides. A HDL pode ser separada em duas
subclasses principais: HDL 2 e HDL 3, que diferem
em tamanho, densidade e composição,
especialmente em relação ao tipo de apoproteínas.
Cumprem o importante papel de levar o colesterol
até o fígado diretamente ou transferindo ésteres de
colesterol para outras lipoproteínas, especialmente as
VLDL. É atribuído à fração HDL 2 o papel de proteção
do desenvolvimento da aterosclerose.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,5 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Colesterol total, Colesterol LDL, Triglicérides,
Lipidograma eletroforético.
Valor Normal:
ADULTOS DE 20
ANOS EM DIANTE
#
Baixo
Intermediário
Alto
inferior a
40 mg/dl
40 a 60 mg/dl
superior a
60 mg/dl
ANTIGO
"risco elevado
de DAC"
"risco médio de
DAC"
"risco baixo de
DAC"
IDADE DE
2 A 9 ANOS
Desejável
igual ou
superior a
35,0 mg/dl
igual ou
superior a
40,0 mg/dl
# Critério das III Diretrizes Brasileiras sobre
Dislipidemias e Diretriz de prevenção de
Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Publicado em Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol.
77, supl. III, Novembro 2001.
Concepção antiga
Risco:
Elevado
Médio
Baixo
Risco:
Elevado
Médio
Baixo
Homens
inferior a 35,0 mg/dl
35,0 a 55,0 mg/dl
superior a 55,0 mg/dl
Mulheres
inferior a 45,0 mg/dl
45,0 a 65,0 mg/dl
superior a 65,0 mg/dl
* Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl
por 0,02586
Preparo do Paciente:
Jejum de 12 a 14 horas. Água ad libitum.
Dieta habitual e peso corporal estável durante ao
menos 14 dias.
Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante
24 horas.
Interferentes:
MEDICAMENTOS.
Aumento: ácido ascórbico, acipimox,
aminoglutetimida, atenolol, beclometasona,
bezafibrato, captopril, carnitina, carvedilol,
cetoconazol, ciclofenila, cilazapril, cimetidina,
ciprofibrato, clofibrato, coenzima Q 10, colestiramina,
contraceptivos orais, desogestrel, doxazosina,
enalapril, estradiol 17ß, estrógenos conjugados,
etofibrato, fenitoína, fenobarbital, fenofibrato,
furosemida, genfibrozila, hidroxicloroquina,
hidroclorotiazidas, indapamida, insulina, isradipina,
lovastatina, metformina, metimazol, minoxidil,
nafarelina, niacina, nifedipina, pindolol, plantago
ovate, pravastatina, prednisona, ramipril, salbutamol,
sinvastatina, terbutalina, verapamil.
Diminuição: bisoprolol, clorpropamida, danazol,
deidroepiandrosterona, D-tiroxina, isotretionina,
levonorgestrel, levotiroxina, linestrenol, lisinopril,
63
medroxiprogesterona, metildopa, metoprolol, nadolol,
noretindrona, probucol, propranolol, sotalol,
espironolactona, tamoxifen, timolol.
Método:
HDL direto.
Interpretação:
AUMENTO: padrão familiar, exercício vigoroso
crônico, ingestão moderada de bebidas alcoólicas.
DIMINUIÇÃO: hiperlipidemia familiar combinada,
hipoalfalipoproteinemia familiar, D. de Tangier,
hipertrigliceridemia, pancreatite.
Lipoproteína de transporte centrípeto.
Fração do colesterol denominada fração de proteção.
Colesterol "bom". Cálculo dos índices de W. P.
Castelli I e II (risco aterogênico).
CastelliI =
Colesteroltotal
HDL
onde:
CastelliI
Coleteroltotal
HDL
= Índice de Castelli I
= Colesterol total em mg/dl
= HDL Colesterol em mg/dl
Desejável:
Homens : até 4,9
Mulheres: até 4,3
CastelliII =
onde:
CastelliII
LDL
HDL
LDL
HDL
= Índice de Castelli II
= LDL Colesterol em mg/dl
= HDL Colesterol em mg/dl
Desejável:
Homens : até 3,3
Mulheres: até 2,9
CAUSAS MODIFICADORAS DO HDL
COLESTEROL.
AUMENTO DO HDL:
Exercício físico habitual moderado
Estrógenos
Insulina
Bebidas contendo 20 a 40 ml de álcool/dia
Hiperalfalipoproteinemia familiar
Emagrecimento
Heparina
Ácido nicotínico
DIMINUIÇÃO DO HDL:
Coronariopatia
Andrógenos
Progestágenos
Diabetes mellitus
Hipoglicemiantes
Tabagismo
Uremia
Dietas ricas em carboidratos
Dietas ricas em gorduras saturadas
Hipertrigliceridemia
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/
mb2/part1/lipoprot.htm
http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/li
poproteinas.shtml
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77SuplIII/Dislipidemia.pdf
http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/
mb2/part1/cholesterol.htm
Aumentado
COLESTEROL LDL
igual ou superior a 130
mg/dl
LDL COLESTEROL
CBHPM 4.03.01.59-1
AMB 28.01.151-1
Sinonímia:
LDL-Colesterol. beta-Colesterol. ß-Colesterol.
Fisiologia:
Colesterol ligado a lipoproteínas de baixa densidade
(1,010 a 1,063).
A fração ß é predominantemente ligada ao Colesterol.
Existe o IDL-Colesterol (ligado a lipoproteínas de
densidade intermediária) cuja densidade varia de
1,006 a 1,019
Lipoproteínas de Baixa Densidade - LDL
A LDL representa 50% da massa total de
lipoproteínas circulantes. São partículas bem
menores, tão pequenas, que mesmo quando em
grande quantidade não são capazes de turvar o
plasma. O colesterol representa metade da massa da
LDL. Cerca de 25% são proteínas, especialmente.
Apo B-100 e pequenas quantidades de Apo C; o
restante é constituído de fosfolípides e triglicérides. É
a lipoproteína que mais carrega colesterol. Tem a
função de transportá-lo para locais onde ele exerce
uma função fisiológica, como por exemplo a síntese
de esteróides. São, em sua maior parte, produzidas a
partir das lipoproteínas VLDL. Sua concentração
sérica guarda relação direta com o aumento do risco
de aterogênese.
Material Biológico:
Soro.
* Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl
por 0,02586
1
2
3
4
5
6
Fatores de Risco de Framingham. §§
* Idade.
* Colesterol total.
* Colesterol – HDL.
* Tensão Arterial PAS e PAD.
* Diabetes mellitus.
* Tabagismo.
Fatores de Risco Adicionais.
* História familiar de aterosclerose precoce em
parentes de 1º grau antes dos 55 anos em
homens e antes dos 65 anos em mulheres.
2
* Obesidade (IMC > 30 kg/m )
(IMC = Índice de Massa Corporal §)
* Sedentarismo.
§ Calcula-se pela fórmula:
IMC =
Coleta:
2 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Lipidograma eletroforético, Colesterol,
HDL-Colesterol, Triglicérides.
Valor Normal:
ADULTOS A PARTIR DE 20
ANOS
Ótimo
Desejável
Limítrofe
Alto
Muito alto
IDADE DE 2 A 19 ANOS
Desejável
Limítrofe
# Critério das III Diretrizes Brasileiras sobre
Dislipidemias e Diretriz de prevenção de
Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Publicado em Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol.
77, supl. III, Novembro 2001.
onde:
IMC
Peso
Alt
Peso
Alt 2
= Índice de Massa Corporal (BMI)
= peso do paciente em kg
= Altura do paciente em m
Escores de Risco de Framingham (ERF).
O ERF calcula o risco absoluto de eventos
coronarianos (morte, IAM e angina pectoris) em 10
anos. Deve-se somar os pontos obtidos nas tabelas
de 1 a 6 e depois consultar a tabela 7 para obter o
risco absoluto em %.
#
inferior a 100 mg/dl
100 a 129 mg/dl
130 a 159 mg/dl
160 a 189 mg/dl
superior a 189 mg/dl
inferior a 110 mg/dl
110 a 129 mg/dl
Tabela 1
Idade
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
Homens
-1
0
1
2
3
4
Mulheres
-9
-4
0
3
6
7
65
60 a 64
65 a 69
70 a 74
5
6
7
8
8
8
Tabela 2
Colesterol total
< 160
160 a 199
200 a 239
240 a 279
≥ 280
Homens
-3
0
1
2
3
Mulheres
-2
0
1
1
3
Tabela 3
HDL Colesterol
< 35
25 a 44
45 a 49
50 a 59
≥ 60
Homens
2
1
0
0
-1
Mulheres
2
2
1
0
-3
Tabela 4
PAS
< 120
120 a 129
130 a 139
140 a 159
≥ 160
PAD
< 80
80 a 84
85 a 89
90 a 99
≥ 100
Tabela 5
Diabetes
Sim
Não
Tabela 6
Tabagismo
Sim
Não
Homens
0
0
1
2
3
Homens
2
0
Homens
2
0
Mulheres
-3
0
0
2
3
Mulheres
4
0
Mulheres
2
0
Total de Pontos = Soma das Tabelas 1 a 6
Tabela 7
Homens
Pontos
< -1
0
1
2
3
4
Homens
Risco %
2
3
3
4
5
7
Mulheres
Pontos
≤ -2
-1
0
1
2
3
Mulheres
Risco %
1
2
2
2
3
3
5
6
7
8
9
10
11
12
13
≥ 14
8
10
13
16
20
25
31
37
45
53
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
4
4
5
6
7
8
10
11
13
15
18
20
24
≥ 27
Planejamento do LDL–Colesterol em função
dos Fatores de Risco:
Para pacientes com alto risco
(superior a 20,0 % ou com mais de 2
Fatores)
Para pacientes com médio risco
(10,1 a 20,0 % ou com 2 Fatores)
Para pacientes com baixo risco
(inferior a 10,0 % ou com até 1 Fator)
LDL inferior
a 100 mg/dl
LDL inferior
a 130 mg/dl
LDL inferior
a 160 mg/dl
Preparo do Paciente:
Jejum de 12 a 14 horas.
Dieta habitual e peso corporal estável durante ao
menos 14 dias.
Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante
24 horas.
Não ingerir bebidas alcoólicas durante 72 horas.
Interferentes:
MEDICAMENTOS.
Aumento: aminoglutetimida, amiodarona, atenolol,
ciclosporina A, clopamida, clortalidona, danazol,
espironolactona, furosemida, hidroclorotiazida,
indapamida, isotretionina, isradipina, lacidipina,
linestrenol, metimazol, nafarelina, piretanida, sotalol,
ticlopidina.
Diminuição: ácido valpróico, acipimox, bezafibrato,
bisoprolol, captopril, carvedilol, cetoconazol,
cilazapril, clofibrato, clorpropamida, colestiramina,
contraceptivos orais, doxazosina, enalapril, estradiol
17ß, estrógenos conjugados, fenitoína, fenofibrato,
fosinopril, genfibrozila, guanabenzo, heparina LMW,
hidralazina, hidroxicloroquina, hidróxido de alumínio,
ILGF-I, interferon-ß, levonorgestrel, lovastatina,
medroxiprogesterona, metformina, metildopa,
metoprolol, minoxidil, neomicina, niacina, nifedipina,
nitrendipina, noretindrona, pindolol, piridoxina,
plantago ovata, pravastatina, prazosina, prednisona,
probucol, propranolol, psyllium, sinvastatina,
tamoxifeno, verapamil.
Método:
Friedewald.
Fórmula:
COLESTEROL TOTAL
LDL = ColT − HDL − VLDL
CBHPM 4.03.01.60-5
onde:
LDL
ColT
HDL
VLDL
=
=
=
=
COLESTERINA
Colesterol
Colesterol
Colesterol
Colesterol
LDL em mg/dl
total em mg/dl
HDL em mg/dl
VLDL em mg/dl
Interpretação:
Lipoproteína de transporte centrífugo.
Fração do colesterol que teoricamente é uma fração
prejudicial. Quando elevada, aumenta o risco de
aterosclerose.
AUMENTO: DAC - Doença Arterial Coronária,
hipercolesterolemia familiar, hiperlipidemia familiar
combinada, apoproteína B familiar defeituosa,
hipotireoidismo, hipopituitarismo, S. nefrótica.
DIMINUIÇÃO: disbetalipoproteinemia,
abetalipoproteinemia, má nutrição, crianças.
AMB 28.01.050-7
Sinonímia:
Colesterolemia. Colesterina. Colesterinemia.
Ciclopentanoperhidrofenantreno.
Obs.: não confundir com colestiramina que é uma
resina ligadora seqüestradora de ácidos biliares
utilizada no tratamento da hipercolesterolemia
familiar.
Fisiologia:
5-colesten-3-ß-ol.
3-ß-hidroxi-5-colesteno.
Fórmula molecular = C27H46O
Massa molecular = 386,664 g/mol
Densidade = 1,07 g/cm³ (20ºC)
Cálculo do índice de W. P. Castelli II.
LDL
CastelliII =
HDL
onde:
CastelliII
LDL
HDL
= Índice de Castelli II
= LDL Colesterol em mg/dl
= HDL Colesterol em mg/dl
Desejável:
Homens : até 3,3
Mulheres: até 2,9
§§ - Em 1948 na cidade americana de Framingham,
Massachusetts, foi iniciada esta pesquisa conhecida
como “Estudo Cardíaco de Framingham” sob os
auspícios da NHLBI – Nacional Heart, Lung and Blood
Institute e desde 1971 o estudo continuou em
colaboração com a Universidade de Boston.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/
mb2/part1/lipoprot.htm
http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/li
poproteinas.shtml
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77SuplIII/Dislipidemia.pdf
HO
COLESTEROL
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Não garrotear por mais de 1 minuto!
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Eletroforese de lipoproteínas, Colesterol HDL,
Colesterol LDL, Triglicérides.
Valor Normal:
ADULTOS A
PARTIR DE 20
ANOS
Ótimo
Limítrofe
Alto
#
inferior a 200 mg/dl
200 a 239 mg/dl
superior a 239 mg/dl
antigo
"desejável"
"elevado"
67
IDADE DE 2 A
19 ANOS
Desejável
Limítrofe
Aumentado
inferior a 170 mg/dl
170 a 199 mg/dl
igual ou superior a
200 mg/dl
* Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl
por 0,02586
# Critério das III Diretrizes Brasileiras sobre
Dislipidemias e Diretriz de prevenção de
Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Publicado em Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol.
77, supl. III, Novembro 2001.
Preparo do Paciente:
Jejum de 12 a 14 horas. Água ad libitum.
Dieta habitual e peso corporal estável durante ao
menos 14 dias.
Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante
24 horas.
Não ingerir bebidas alcoólicas durante 72 horas.
Um aumento de peso, paradoxalmente, pode
diminuir o colesterol total.
Interferentes:
1)- a coleta da amostra em posição deitada após um
período de repouso de ao menos 20 minutos, pode
abaixar os níveis de colesterol em 10 a 15 %.
2)- da posição de pé para a sentada durante 20
minutos, os níveis podem abaixar até 6 %.
3)- um garroteamento de mais de 1 minuto pode
aumentar os níveis de colesterol em 2 a 5 %.
DROGAS: Ateróide, Cedur, Citalor, Clinfar, Cordiron,
Crestor, Diocomb SI, Ezetrol, Genfibrozila, Hydergine,
Lescol, Lipanon, Lipidil, Lipitor, Lipless, Lopid,
Lovastatina, Lovasterol, Lovax, Mevacor, Mevalotin,
Oroxadin, Pravacol, Pravastatina, Prevencor, Proepa,
Questran, Reducol, Sinteroid, Sinvalip, Sinvascor,
Sinvastacor, Sinvastamed, Sinvastatina, Sinvaz,
Syncro, Tricerol, Vaslip, Vastatil, Vivacor, Zoocor.
Método:
Esterase-oxidase automatizado.
Interpretação:
AUMENTO: estresse físico ou emocional, icterícia
obstrutiva, D. de Von Gierke, S. de Gérard-Lefebvre,
hepatite por vírus, cirrose portal, S. nefrótica, S. de
Epstein, pancreatite crônica, após pancreatectomia,
diabetes mellitus, hipotireoidismo,
hipercolesterolemia familiar (deficiência de receptores
LDL), hipercolesterolemia poligênica, hiperlipidemia
familiar combinada, disbetalipoproteinemia familiar,
aterosclerose, gota, anorexia nervosa, hepatoma, S.
de Cushing, porfiria intermitente aguda, gravidez,
pós-prandial.
Drogas: corticosteróides.
DIMINUIÇÃO: relaxamento físico e emocional,
hepatopatias graves, inanição, uremia terminal,
septicemia, hipertireoidismo, S. de má absorção, má
nutrição, uso de ACTH e corticóides, anemia
perniciosa, anemia hemolítica, anemia hipocrômica
severa, hemofilia, acantocitose, D. de Addison,
grandes queimados, D. de Gaucher, D. de Tangier,
abetalipoproteinemia, linfangiectasia intestinal,
infância e puberdade.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/
mb2/part1/lipoprot.htm
http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/li
poproteinas.shtml
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77SuplIII/Dislipidemia.pdf
http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/
mb2/part1/cholesterol.htm
COLESTEROL VLDL
Fórmula:
VLDL COLESTEROL
VLDL = 0,2 × Tri
CBHPM 4.03.02.69-5
AMB 28.01.152-0
Sinonímia:
VLDL-Colesterol. pré-beta-Colesterol. pré-ß-Colesterol
Fisiologia:
Colesterol ligado a lipoproteínas de muito baixa
densidade, de 0,950 a 1,006.
A fração pré-ß é predominantemente ligada aos
triglicérides.
Lipoproteínas de Muito Baixa Densidade - VLDL
São partículas grandes, porém menores do que as
partículas dos quilomícrons produzidas no fígado. São
constituídas por 50% de triglicérides, 40% de
colesterol e fosfolípides e 10% de proteínas,
principalmente Apo B-100, Apo C e alguma Apo E.
Têm como função o transporte dos triglicérides
endógenos e do colesterol para os tecidos periféricos
para serem armazenados ou utilizados como fonte de
energia. Assim como os quilomícrons, são capazes de
turvar o soro.
onde:
VLDL = Fração VLDL em mg/dl
Tri
= Triglicérides em mg/dl
Obs.: esta fórmula só é aplicável para triglicérides até
400 mg/dl
Interpretação:
Avaliação do risco aterogênico.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/
mb2/part1/lipoprot.htm
http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/li
poproteinas.shtml
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77SuplIII/Dislipidemia.pdf
http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/
mb2/part1/cholesterol.htm
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Lipidograma eletroforético, Colesterol total, Colesterol
HDL, Colesterol LDL, Triglicérides.
Valor Normal:
6 a 40 mg/dl
* Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl
por 0,02586
Preparo do Paciente:
Jejum de 12 a 14 horas. Água ad libitum.
Dieta habitual e peso corporal estável durante ao
menos 14 dias.
Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante
24 horas.
Não ingerir bebidas alcoólicas durante 72 horas.
Método:
William T. Friedewald.
69
Valor Normal:
COLINESTERASE
BUTIRILCOLINESTERASE
CBHPM 4.03.13.11-5
Crianças e adultos
AMB 28.01.052-3
AMB 28.15.010-4
Sinonímia:
Butirilcolinesterase. BChE. Pseudocolinesterase.
Colinesterase do soro. Colinesterase não específica.
Acetilcolina acetilidrolase.
EC 3.1.1.8
Butirilcolina esterase; colina esterase II
(inespecífica); benzoilcolinesterase; colina esterase;
propionilcolinesterase; anticolinesterase; BtChoEase
Ésteres organofosforados. Carbamatos.
Fisiologia:
A BChE é encontrada principalmente no soro,
músculo liso, fígado e adipócitos. É inibida pela
fisostigmina a uma concentração de 10-5 mol, sendo
que nesta concentração este inibidor não afeta outras
esterases. A BChE, devido à sua capacidade de
hidrolisar a benzoilcolina e à impossibilidade de fazêlo com a acetil-b-metilcolina pode ser diferenciada da
AchE que é capaz de hidrolisar a última mas não a
primeira.
Os Ésteres organofosforados e os carbamatos são
empregados na indústria de agrotóxicos, inseticidas,
praguicidas, herbicidas, raticidas, adubos químicos e
em empresas de dedetização e de pulverização
defensiva mecânica ou manual.
Reação: uma acilcolina + H2O → colina + um
carboxilato
Material Biológico:
Soro ou plasma com heparina ou EDTA.
Não empregar citrato nem fluoreto.
Coleta:
0,5 ml de soro ou plasma de qualquer dia ou hora,
desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo
nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4
dias.
Para controle em medicina ocupacional é preciso
determinar a atividade pré-ocupacional para
comparar com a atividade pós-ocupacional.
Armazenamento:
Congelar a amostra a –20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Colinesterase eritrocitária.
Mulheres
(16 a 39 anos)
não-grávidas
e não usando
anticoncepcional
Mulheres
(18 a 41 anos)
grávidas ou
tomando
anticoncepcional
Medicina
ocupacional
IBMP
3.200 a 9.000 U/l
3.962 a 11.142 U/l
4.970 a 13.977 U/l
25 ºC
30 ºC
37 ºC
2.800 a 7.400 U/l
25 ºC
3.467 a 9.161 U/l
4.349 a 11.492 U/l
30 ºC
37 ºC
2.400 a 6.000 U/l
25 ºC
2.972 a 7.428 U/l
3.728 a 9.318 U/l
30 ºC
37 ºC
até 50 % de redução
da atividade
enzimática
pós-ocupacional
comparada à atividade
pré-ocupacional.
* Para obter valores em µkat/l, dividir as U/l por 60.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Drogas: metilsulfato de neostigmina (Prostigmine),
neostigmina, cloreto de tetrametilamônio.
Diminuem os valores: cimetidina, glicocorticóides,
estrógenos, contraceptivos orais, lítio, fenotiazidas,
esteróides anabolizantes e metais pesados.
Método:
Knedel, M. & Bottger, R. - Klin. Wchnschr.
Substrato : Butiriltiocolina.
Interpretação:
DIMINUIÇÃO: Intoxicação por inseticidas
organofosforados (Parathion, Malathion,
Diazinon, etc.) e carbamatos (Carbaryl);
hepatopatias: hepatites, cirrose com ascite ou
icterícia, carcinoma metastático, icterícia obstrutiva;
insuficiência cardíaca congestiva,
hipocolinesterasemia hereditária recessiva;
desnutrição, anemia, hipoalbuminemia, infecções,
dermatomiosite, infarto agudo do miocárdio,
gravidez, cirurgia recente; drogas: ver acima.
AUMENTO: sem significado clínico.
Além de mostrar uma exposição excessiva, este
Indicador Biológico tem também significado clínico ou
toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença,
estar associado a um efeito ou a uma disfunção do
sistema biológico avaliado.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de
30/12/94).
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/EC3/1/1
/8.html
COLINESTERASE ERITROCITÁRIA
E PLASMÁTICA
ACETILCOLINESTERASE ERITROCITÁRIA
CBHPM 4.03.01.04-4
Sinonímia:
Acetilcolinesterase. AChE. Acilcolina.
Acetilcolinesterase eritrocitária. Colinesterase
verdadeira. Acetilcolinesterase verdadeira “crônica”.
Colinesterase específica.
EC 3.1.1.7
Colina esterase I; colinesterase;
acetiltiocolinesterase; acetilcolina hidrolase; acetil.bmetilcolinesterase; AcCholE.
Fisiologia:
A enzima acetilcolinesterase (AchE) hidrolisa
rapidamente a acetilcolina a acetato e colina na fenda
sináptica, encerrando a ação do transmissor nos
receptores pós-sinápticos.
Os Ésteres organofosforados e os carbamatos são
empregados na indústria de agrotóxicos, inseticidas,
praguicidas, herbicidas, raticidas, adubos químicos e
em empresas de dedetização e de pulverização
defensiva mecânica ou manual.
Reação: acetilcolina + H2O → colina + acetato
Material Biológico:
Sangue total com EDTA e plasma com EDTA.
Coleta:
Coletar 2 tubos de 3,0 a 5,0 ml de sangue total em
EDTA de qualquer dia ou hora, desde que o
trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas
4 semanas sem afastamento maior que 4 dias.
Para controle em medicina ocupacional é preciso
determinar a atividade pré-ocupacional para
comparar com a atividade pós-ocupacional.
Armazenamento:
Centrifugar imediatamente um dos tubos para
separar o plasma, desprezando as hemácias
compactadas.
Refrigerar ambos os tubos logo a seguir, entre +2 a
+8ºC. Não encostar o sangue total em gelo nem
colocar em freezer para evitar hemólise. De
preferência, enviar ao laboratório dentro de dois dias.
Exames Afins:
Colinesterase sérica ou plasmática.
71
Valor Normal:
Método pHmétrico:
Normal
IBMP
775 a 1.215 U/trilhão de Eritrócitos ou
775 a 1.215 U/1012 de Eritrócitos ou
25 a 45 U/g Hb ou
1,61 a 2,90 MU/mol de Eritrócitos
Medicina ocupacional:
Eritrocitária: até 30 % de redução da
atividade enzimática pós-ocupacional
comparada à atividade préocupacional.
Eritrocitária e plasmática (sangue
total): até 25 % de redução da
atividade enzimática pós-ocupacional
comparada à atividade préocupacional.
* Para obter valores em U/g Hb, dividir as U/1012 de
Eritrócitos pela HCM do paciente.
** Para obter valores em nU/Eritrócito, multiplicar as
U/1012 de Eritrócitos por 0,001
*** Para obter valores em U/ml de Eritrócitos, dividir
as U/g Hb pela CHCM do paciente.
**** Para obter valores em MU/mol Hb, multiplicar
as U/g Hb por 0,0645
Método eletrométrico de Michel H.O.:
∆ pH/20 min
Média
Desvio-padrão (s)
Faixa ± 2 s
Homens
1,18
0,127
0,93 a 1,43
Mulheres
1,19
0,149
0,89 a 1,49
Método cinético espectrofotométrico:
Colinesterase eritrocitária
e plasmática
IBMP (NR-7)
Acetilcolinesterase
eritrocitária
IBMP (NR-7)
Colinesterase plasmática:
Homens
Mulheres
6.000 a 9.200 U/l
Redução de até 25 %
da atividade inicial
9.000 a 16.700 U/l
Redução de até 30 %
da atividade inicial
3.334 a 7.031 U/l
2.504 a 6.297 U/l
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Amostra de sangue total apresentando hemólise.
Drogas: metilsulfato de neostigmina (Prostigmine),
neostigmina, cloreto de tetrametilamônio, mesilato
de pralidoxima (Contrathion).
Método:
Colorimétrico com acetilcolina após hemólise em
meio hipotônico. pHmétrico. Eletrométrico. Ciriades e
Lemes: cinético espectrofotométrico em lisado de
hemácias lavadas.
Interpretação:
DIMINUIÇÃO > 25 ou 30 % DA ATIVIDADE
INICIAL: Intoxicação por inseticidas organofosforados (Parathion, Malathion, Diazinon etc.)
e carbamatos (Carbaryl); hepatopatias: hepatites,
cirrose com ascite ou icterícia, carcinoma
metastático, icterícia obstrutiva; insuficiência cardíaca
congestiva, hipocolinesterasemia hereditária
recessiva; desnutrição, anemia, hipoalbuminemia,
infecções, dermatomiosite, infarto agudo do
miocárdio, gravidez, cirurgia recente;
drogas: ver acima.
AUMENTO: sem significado clínico. Pode ocorrer em
certas anemias hemolíticas: falciforme, talassemia,
esferocitose e outras adquiridas.
Além de mostrar uma exposição excessiva, este
Indicador Biológico tem também significado clínico ou
toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença,
estar associado a um efeito ou a uma disfunção do
sistema biológico avaliado.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de
30/12/94).
IBMP = Índice Biológico Máximo Permitido
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/EC3/1/1
/7.html
http://www.labfa.com.br/tabela_toxicologia.htm
COMPLEMENTO C1 ESTERASE,
INIBIDOR DE
INIBIDOR DE C1 ESTERASE
CBHPM 4.03.07.34-4
COMPLEMENTO C1q
C1q COMPLEMENTO
CBHPM 4.03.06.53-4
AMB 28.06.066-0
AMB 28.06.225-6/96
AMB 28.06.198-5/96
Sinonímia:
Componente C1q do complemento. Componente 11S.
Sinonímia:
Inibidor de C1 esterase. C1 INH, C1s inativador.
Inibidor de complemento. C1 esterase inibidor.
Material Biológico:
Soro.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC durante 1 hora.
Após este prazo, congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Valor Normal:
14,0 a 30,0 mg/dl
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Imunodifusão radial.
Interpretação:
O edema angioneurótico hereditário é uma doença
autossômica dominante causada pela deficiência de
inibidor de C1 esterase.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Exames Afins:
Complemento total, Frações do Complemento.
Valor Normal:
Superior a 70 %.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Imunohemólise radial.
Interpretação:
Deficiência: erros inatos dos componentes do
complemento, defeitos da imunidade antibacteriana,
hipogamaglobulinemia, hipercatabolismo.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
73
COMPLEMENTO C2
COMPLEMENTO C3c
C2 COMPLEMENTO
C3c COMPLEMENTO
CBHPM 4.03.06.69-0
AMB 28.06.199-3/96
Sinonímia:
Componente C2 do complemento.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC por até 1 hora.
Congelar a -20ºC após esse período.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Complemento total, Frações do Complemento.
CBHPM 4.03.06.70-4
CBHPM 4.03.07.99-9
AMB 28.06.038-5
AMB 28.06.210-8/96
Sinonímia:
C3. C3c. Componente C3c do complemento.
Fisiologia:
C3c é o componente mais abundante entre as
proteínas do complemento. O C3c é o ponto central
do ciclo clássico e alternativo do complemento. A
ativação da via alternativa do C3 ocorre quando
imunocomplexos não tomam parte do processo de
ativação. O C3c é um constituinte da C5 convertase.
C3a é uma anafilotoxina e uma quimiotaxina.
C3b é uma opsonina envolvida na aderência
imunológica.
Material Biológico:
Soro.
Valor Normal:
Superior a 70 %.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Imunohemólise radial.
Coleta:
1 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC por até 7 dias.
Para períodos maiores, congelar a -20°C.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Complemento total, Frações do Complemento.
Interpretação:
Deficiência: erro inato autossômico recessivo dos
componentes do complemento, glomerulonefrite,
LES, púrpura de Henoch-Schönlein, vasculite crônica,
polimiosite.
Valor Normal:
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
75 a 135 mg/dl
Interferentes:
Lipemia. Hemólise. Contaminação bacteriana.
Método:
Turbidimetria.
Sensibilidade analítica = 20 mg/dl
Interpretação:
Avaliação de deficiência congênita do sistema
complemento e da doença formadora de
imunocomplexos que consomem C3. Graves
infecções bacterianas recorrentes.
AUMENTO: DD. inflamatórias agudas.
DIMINUIÇÃO: o perfil dos componentes do
complemento é característico para cada nefropatia: o
CH50 está diminuído nas glomerulonefrites aguda e
hipocomplementêmica, e também, no Lúpus
eritematoso sistêmico (LES) com nefropatia, na
síntese diminuída, catabolismo aumentado, artrite
reumatóide, presença de complexos antígenoanticorpo e agregação de gama globulinas fixadas ou
circulantes.
Cuidado: na presença simultânea de uma condição
que aumenta o complemento C3c e de outra que o
diminui, a resultante pode ser “complemento C3c
normal”.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
COMPLEMENTO C4c
C4c COMPLEMENTO
CBHPM 4.03.06.71-2
CBHPM 4.03.07.99-9
AMB 28.06.039-3
AMB 28.06.210-8/96
Sinonímia:
C4. C4c. Componente C4 do complemento.
Fisiologia:
O complemento C4 é constituinte da C3 e da C5
convertase.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC por até 7 dias.
Congelar a -20°C para mais tempo.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Complemento total, Frações do Complemento.
Valor Normal:
9 a 36 mg/dl
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Lipemia. Hemólise. Contaminação bacteriana.
Método:
Turbidimetria.
Sensibilidade analítica = 2 mg/dl
Interpretação:
DIMINUIÇÃO: deficiência congênita do
complemento, D. LES-símile, Edema angioneurótico
hereditário, DD. por imunocomplexos.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
75
COMPLEMENTO TOTAL (CH50)
CH50 COMPLEMENTO
CBHPM 4.03.06.74-7
CBHPM 4.03.06.73-9
AMB 28.06.040-7
Sinonímia:
Atividade de complemento total clássica. CH100.
Atividade hemolítica do complemento.
Fisiologia:
O papel imunológico do complemento, como um
sistema mediador nas DD. imunes ou na defesa do
hospedeiro, é atacar e ajudar a destruir células
invasoras anormais e/ou macromoléculas. O sistema
sérico do complemento é constituído por 11 proteínas
diferentes que reagem numa seqüência específica
com complexos antígeno-anticorpo. O resultado é
aumento da permeabilidade vascular, atração de
leucócitos polimorfonucleares e alterações nas
membranas celulares que levam à lise e à morte
celular. Na via clássica, todos os componentes são
ativados começando pelo C1 que consiste em 3
proteínas separadas, C1q, C1r e C1s seguido de C4,
C2, C3, C5, C6, C7, C8 e C9. Na via alternativa, C1,
C4 e C2 são pulados e a ativação começa pelos
Fatores A (C3b) e B. A lise das membranas celulares
não ocorre enquanto todos os componentes não
tiverem reagido. A maioria dos componentes do
complemento é sintetizada desde precocemente na
vida fetal. C1 é sintetizado nas células colunares do
epitélio intestinal. C4 e C2 são produzidos por
macrófagos nos órgãos primitivos. As células do
parênquima hepático sintetizam C3. Os pulmões,
fígado e intestinos fetais produzem C5. O maior
interesse diagnóstico desse teste é detectar
deficiências gerais dos componentes do complemento
ou diminuição da atividade do complemento sérico.
A dosagem da CH50 é baseada na hemólise em tubo
de 50 % das hemácias e seu resultado é expresso
em Unidades líticas/ml ou pode ser efetuada por
ELISA com os resultados expressos em U. CAE
(Unidades Complement Activity Enzyme
Immunoassay).
A dosagem da CH100 é baseada na imuno-hemólise
das hemácias em placa de agarose e seu resultado é
expresso em percentagem de hemólise.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Após 1 hora, congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Frações do Complemento, ASLO, FAN, Crioglobulina.
Valor Normal:
CH50
Normal
“Borderline”
Patológico
CH50
Baixo
Normal
Alto
Unidades líticas/ml
150 a 310 Unidades líticas/ml
101 a 149 Unidades líticas/ml
abaixo de 100 Unidades líticas/ml
U. CAE
até 59,9 U. CAE
60,0 a 144,0 U. CAE
> que 144,0 U. CAE
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Lipemia. Hemólise. Contaminação bacteriana.
Métodos:
Complement Activation Enzyme Immunoassay.
Wadsworth & Maltaner.
Imuno-hemólise em placa de agarose.
Interpretação:
Avaliação do sistema complemento em pacientes
portadores de doenças formadoras de
imunocomplexos e avaliação da deficiência de
componentes do sistema.
AUMENTO: DD. inflamatórias agudas, leucemia, D.
de Hodgkin, sarcoma, D. de Behçet.
DIMINUIÇÃO: deficiência hereditária de um ou
mais componentes, síntese deprimida de
complemento, consumo aumentado do complemento,
fixação do complemento por
a) imunocomplexos celulares ou teciduais:
glomerulonefrite crônica, artrite reumatóide,
anemia hemolítica, rejeição de enxerto;
b) imunocomplexos circulantes: lúpus
eritematoso sistêmico, glomerulonefrite
aguda, endocardite bacteriana subaguda,
crioglobulinas.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CONCENTRAÇÃO E/OU DILUIÇÃO
URINÁRIA, PROVA DA
CBHPM 4.03.11.36-8
CBHPM 4.03.11.37-6
AMB 28.13.034-0
AMB 28.13.035-9
Sinonímia:
Prova da concentração urinária. Prova ou teste de
Fishberg e Volhard. Prova da diluição urinária.
Prova da sobrecarga de água.
Fisiologia:
Após privação de líquidos, espera-se uma
concentração da urina enquanto que após sobrecarga
de água, espera-se a diluição da urina.
Material Biológico:
Amostras de urina.
Coleta:
Prova da concentração: 3 amostras de urina
coletadas às 6, às 8 e às 10 horas da manhã seguinte
ao dia da restrição hídrica.
Prova da diluição: 4 amostras de urina coletadas de
hora em hora após a ingestão da água.
Obs.: as duas provas não podem ser realizadas no
mesmo dia.
Armazenamento:
Manter a amostras refrigeradas entre +2 a +8ºC
enquanto não forem enviadas ao setor técnico.
Exames Afins:
Restrição hídrica para Diabetes insipidus (com
DDAVP).
Valor Normal:
Prova da
Concentração
Densidade
Osmolalidade
Cor
Odor
Em ao menos uma das
amostras:
acima de 1,025
acima de 800 mOsm/kg H2O
amarelo-ocre
“sui-generis”
Prova da Diluição
Em ao menos uma das
amostras:
abaixo de 1,003
abaixo de 100 mOsm/kg H2O
amarelo-claro ou hídrica
inodoro ou quase
Densidade
Osmolalidade
Cor
Odor
Para a prova de concentração:
No dia antes de coletar as amostras o paciente deve
fazer uma dieta hiperprotéica (carne, queijo, nozes) e
beber apenas 200 ml de líquidos (um copo) até 14
horas antes do teste. (Se a coleta começar às 6 da
manhã, não deve beber a partir das 4 da tarde do dia
anterior). O jantar só pode ser de alimentos sólidos.
Usar pouco sal nos alimentos para prevenir sede
excessiva. Não há necessidade de jejum.
Para a prova de diluição:
De manhã, manter o jejum, esvaziar a bexiga e
desprezar essa urina. Beber 1.500 ml de água
potável dentro de 30 minutos. Coletar as amostras de
urina de hora em hora após terminada a ingestão de
água.
Interferentes:
Drogas: acetaminofen, aciclovir, aminoglicosídeos,
anfotericina-B, antiinflamatórios não-esteróides,
aspirina, bacitracina, capreomicina, captopril,
carmustina, ciclosporina, diuréticos, compostos de
ouro, estreptomicina, iodetos orgânicos, lítio,
metotrexate, metoxiflurano, neomicina, penicilamina,
pentamidina, plicamicina, polimixinas, rádio-opacos,
rifampicina, sulfonamidas, tetraciclinas (exceto
doxiciclina e minociclina), vancomicina.
Método:
Densidade: medição em refratômetro clínico.
Osmolalidade: por abaixamento crioscópico em
Osmômetro.
Interpretação:
Útil na avaliação de pacientes com poliúria,
principalmente na diferenciação de poliúria por
Diabetes insipidus ou por polidipsia primária
(potomania).
Uma prova anormal pode indicar: fluxo sangüíneo
renal diminuído, perda funcional de néfrons,
disfunção pituitária ou cardíaca ou lesão do epitélio
tubular.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Preparo do paciente:
Suspender as drogas citadas em “Interferentes”
durante 48 horas antes da prova.
77
CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA
MÍNIMA
MIC
http://w3med.univ-lille2.fr/pedagogie/contenu/modtransv/module11/item173/antibiotique1.pdf
http://www.ial.sp.gov.br/publicacao/revista/2000/000
1-003.htm
http://www.probac.com.br/etest.htm
CBHPM 4.03.10.30-2
Sinonímia:
MIC. Minimal Inhibitory Concentration.
CIM. Concentração Inibitória Mínima.
Teste de suscetibilidade a drogas MIC.
Teste de “sensibilidade” (termo inadequado) a drogas
MIC.
Concentração bactericida mínima.
Material Biológico:
Microrganismo isolado de sangue, liquor, urina, fezes
ou secreções em geral.
Coleta:
Cepa liofilizada ou colocada em meio de transporte
adequado (TSB) e conservada à temperatura
ambiente.
Armazenamento:
Temperatura ambiente.
Exames Afins:
Poder bactericida do soro. Antibiograma.
Valor Normal:
Informa a Concentração Inibitória Mínima do
antibiótico no sangue do paciente para tratamento
crítico de microrganismo susceptível ou intermediário.
Preparo do Paciente:
Informar se o paciente fez uso de medicação
antibiótica até 48 horas antes da coleta e o nome do
antibiótico.
Interferentes:
Antibióticos e quimioterápicos.
Método:
Difusão. Microdiluição em placa. Etest® (AB Biodisk,
Solna, Suécia).
Interpretação:
Teste útil para nortear o tratamento das infecções
bacterianas graves. Através dos cálculos
apresentados pode-se escolher o antibiótico mais
adequado ao tratamento, sua dose e intervalo de
administração.
Sitiografia:
http://www.anesthesiste.org/sf/IMG/pdf/pKpD_Antibi
otiques_Bedos_05.pdf
Para:
Cálculo para adequação da dose e do intervalo
do antibiótico e
Cálculo da AUC – Area Under Curve (Área sob a
curva) do MIC, ver APÊNDICE 8.
COOMBS DIRETO
CBHPM
CBHPM
CBHPM
CBHPM
4.03.04.10-8
4.04.03.68-8
4.04.03.69-6
4.04.03.70-0
AMB 28.04.015-5
Sinonímia:
Pesquisa de sensibilização eritrocitária por anticorpos
incompletos, anticorpos bloqueantes, anticorpos
univalentes, glutininas hiperimunes ou de albumina.
Obs. 1: Os Anticorpos incompletos não reagem em
soro fisiológico, necessitando de meio com maior
viscosidade como solução 20 a 30 % de albumina
bovina.
Obs. 2: Anticorpos completos, aglutininas, anticorpos
salinos ou anticorpos bivalentes são assim chamados
porque tanto reagem em soro fisiológico quanto em
albumina bovina.
COOMBS, R.R.A. = imunologista britânico nascido em
1921.
Interpretação:
Coombs Direto positivo pode ocorrer em decorrência
de: anemia hemolítica do recém-nascido por
incompatibilidade dos sistemas AB0 ou Rh, anemia
hemolítica auto-imune idiopática, anemia hemolítica
induzida por medicamentos.
MEDICAMENTOS INDUTORES: acetofenetidina, ácido
etacrínico, ácido flufenâmico, ácido melenâmico, alfametildopa (Aldomet), antiinflamatórios não
esteróideos, cefalosporinas, cefalotina, cefaloridina,
cefapirina, cefazolina, clorodiazepóxido, cimetidina,
ethosuximida, fenacetina, levodopa, penicilinas,
p-aminossalicilato, procainamida, quinidina, quinina,
tetraciclina.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Fisiologia:
Hemácias suspeitas de estarem com anticorpos
incompletos aderidos à membrana são incubadas
com soro anti-gamaglobulina humana (soro de
Coombs). A reação é positiva quando ocorre
aglutinação das hemácias.
Material Biológico:
Sangue total ou do cordão umbilical # com
anticoagulante.
Coleta:
3 a 4 ml de sangue total coletado com EDTA ou
citrato.
Armazenamento:
Enviar imediatamente ao laboratório.
Exames Afins:
Aglutininas Anti-Rh, Reticulócitos, FAN.
Valor Normal:
Negativo (ausência de anticorpos)
Interferentes:
# Na coleta de sangue do cordão, tomar cuidado
para não adicionar a substância gelatinosa (geléia de
Wharton), pois esta interfere nos resultados.
Obs.: ocorre reação falso-positiva no mieloma
múltiplo e na macroglobulinemia de Waldenström.
Método:
Aglutinação de hemácias.
79
COOMBS INDIRETO
CBHPM 4.03.04.88-4
CBHPM 4.04.03.71-8
AMB 28.04.015-5
AMB 28.04.098-8/92
Sinonímia:
Aglutininas Anti-Rh. Anticorpos isoimunes.
COOMBS, R.R.A. = imunologista britânico nascido em
1921.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro.
Armazenamento:
Congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frostfree.
Exames Afins:
DDO em líquido amniótico. Painel de hemácias.
Pesquisa de outros anticorpos em painel frio e quente
com salina, albumina e albumina-antiglobulina.
Valor Normal:
Ausência de anticorpos
Preparo do Paciente:
Não há necessidade de jejum.
Método:
Gel centrifugação.
Interpretação:
Identificação de anticorpos anti-eritrocitários (Ver
Sistemas e Alelos abaixo). Acompanhamento de
pacientes sensibilizados por antígenos de qualquer
sistema imunohematológico, principalmente do
sistema Rh.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
SISTEMA
AB0
Rhesus (Rh)
Kell
Duffy
Kidd
MNS
P
Lutheran
Lewis
I
ALELOS
A, B, 0, AB
C, D, E, c, e
K, k
Fya, Fyb #
Jka, Jkb
M, N, S, s
P1, P2
Lua, Lub
Lea, Leb
I, i
# populações que não possuem o antígeno Duffy são
geneticamente resistentes ao Plasmodium vivax e à
malária causada por este parasita.
Quando o Coombs Indireto acusa a presença de
anticorpos anti-eritrocitários é importante identificálos através de painel de hemácias.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
COPROLÓGICO FUNCIONAL
DIGESTÃO ALIMENTAR
CBHPM 4.03.03.03-9
AMB 28.03.001-0
Sinonímia:
Prova coprológica funcional. Prova funcional da
digestão. Prova de digestão alimentar.
Material Biológico:
Fezes recém-emitidas oriundas especificamente dos
resíduos do regime preconizado.
Esta prova não pode ser feita nas fezes de pacientes
que não se submeteram ao regime descrito abaixo.
Não é factível para lactentes e para crianças que
ainda não mastigam carne.
Coleta:
No quarto dia de regime, coletar todo o material da
primeira evacuação em vasilha de boca larga
previamente fervida e seca.
Não contaminar as fezes com urina ou com água.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Pesquisa de hemoglobina humana oculta.
Parasitológico de fezes. Coprocultura.
Valor Normal:
CARACTERES GERAIS
Grau de hidratação
Forma
Odor
Cor
pH
normal
cilíndrica
fecal
parda
6,7 a 7,5
EXAME MACROSCÓPICO
Tecido conjuntivo de carne crua
Fragmentos de carne
Fragmentos de batata e cenoura
Outros restos alimentares
ausente
raros
raros
ausentes
EXAME MICROSCÓPICO
Fibras musculares bem digeridas
Fibras musculares mal digeridas
Celulose digerível
Amido
Gorduras neutras
Ácidos graxos
Sabões
Cristais
Flora iodófila
raras
raras
raríssima
ausente
ausentes
raríssimos
ausentes
ausentes
ausente
Bacilos filiformes
Leucócitos
Hemácias
Leveduras
ausentes
ausentes
ausentes
raras
REAÇÕES QUÍMICAS
Estercobilina
Bilirrubina
Albuminas íntegras
Albuminas degradadas
Albumoses
Mucina
+
ausente
ausentes
ausentes
ausentes
+ a ++
DOSAGENS QUÍMICAS
Ácidos orgânicos totais
Amoníaco
14 a 18 ml HCl
até 4,5 ml NaOH
Preparo do Paciente:
O paciente deverá, durante ao menos 3 dias,
alimentar-se com o regime de Schmidt e Strasburger
modificado por Pontes:
CAFÉ DA MANHÃ: 1 copo de leite com ou sem café
e açúcar; algumas fatias de pão e manteiga.
ALMOÇO: arroz com purê de batatas à vontade ou
com 2 batatas cozidas; 1 bife de coxão duro de
tamanho médio (100 a 150 g), mal passado
(sangrante) na grelha ou na chapa; 1 colher das de
sopa de CALDO de feijão; 1 banana e uma fatia de
queijo tipo minas ou Catupiry.
LANCHE DA TARDE: opcional, podendo ser igual ao
café da manhã.
JANTAR: sopa de macarrão com cenoura cozida,
picada em rodelas ou pequenos pedaços; 1 ovo
cozido posto na sopa; arroz com purê de batatas à
vontade ou com 2 batatas cozidas; 1 bife semelhante
ao do almoço; 1 fatia de bananada ou goiabada com
1 fatia de queijo tipo minas ou Catupiry.
LÍQUIDOS: apenas água sem gás, à vontade.
Não tomar bebidas alcoólicas nem gasosas.
OUTROS: não ingerir medicamentos por via oral,
não usar laxantes.
Obs.: se o paciente sofrer de constipação intestinal
talvez seja necessário prolongar os dias de regime
para 5 ou 6.
Interferentes:
Fezes envelhecidas, mal conservadas ou cujos
resíduos não correspondem ao do regime prescrito.
Contaminação com urina ou com água do vaso
sanitário.
Medicamentos orais. Bebidas alcoólicas e gasosas.
Regime diferente do preconizado.
Ingestão de alimentos não especificados.
81
Método:
Inspeção macroscópica. Observação ao microscópio
óptico e reações químicas.
Interpretação:
Este exame só deve ser solicitado após:
- Pesquisa de sangue humano oculto Negativa,
- exame parasitológico de fezes Negativo e
- coprocultura Negativa para microrganismos
enteropatogênicos.
Conforme o quadro analítico pode-se classificar as
síndromes coprológicas em:
COPROLÓGICO FUNCIONAL PARA
LACTENTES
DIGESTÃO ALIMENTAR INFANTIL
CBHPM 4.03.03.03-9
AMB 28.03.001-0
Sinonímia:
Prova coprológica funcional infantil ou para lactentes.
Prova funcional da digestão infantil ou de lactentes.
Prova de digestão alimentar infantil ou de lactentes.
Material Biológico:
Fezes recém-emitidas.
DISTÚRBIOS MOTORES:
Fezes de constipação.
Diarréia segmentar do ceco.
Diarréia segmentar do delgado.
INSUFICIÊNCIAS DIGESTIVAS:
Insuficiência pancreática.
Insuficiência biliar.
Insuficiência gástrica.
SÍNDROMES DE LESÕES DA MUCOSA:
Diarréia com lesão de mucosa.
Constipação com lesão de mucosa.
Fezes de falsa diarréia.
Coleta:
Coletar as fezes diretamente de um plástico colocado
sob o lactente. A coleta da fralda já ocasiona uma
desidratação das fezes. Aplicar uma fralda
estrategicamente sobre as vias urinárias para que
uma eventual micção não contamine as fezes.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Parasitológico de fezes. Coprocultura.
Valor Normal:
CARACTERES GERAIS
DISMICROBISMOS:
Fezes de fermentação.
Fezes de putrefação.
Diminuição de fermentação.
Desvio misto, fermentativo e putrefativo.
Síndrome coprológico devido a antibiótico de largo
espectro.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Grau de hidratação
Forma
Odor
Cor
pH
aumentada
amorfa
típico de bebê
parda-clara
6,5 a 7,5
EXAME MACROSCÓPICO
Restos alimentares
ausentes
EXAME MICROSCÓPICO
Fibras musculares bem digeridas
Fibras musculares mal digeridas
Celulose digerível
Amido
Gorduras neutras
Ácidos graxos
Sabões
Cristais
Flora iodófila
Bacilos filiformes
Leucócitos
Hemácias
Leveduras
ausentes
ausentes
ausente
ausente
ausentes
raríssimos
ausentes
ausentes
ausente
ausentes
ausentes
ausentes
raras
Constipação com lesão de mucosa.
Fezes de falsa diarréia.
REAÇÕES QUÍMICAS
Sangue oculto
Substâncias redutoras
Pigmentos biliares
Vermelho =
Alaranjado =
Verde =
Branco =
ausente
ausentes
estercobilina
mesobilirrubina
bilirrubina
ausência
Preparo do Paciente:
O paciente deverá, durante ao menos 2 dias,
alimentar-se apenas de leite. Água ad libitum.
OUTROS: não administrar medicamentos por via
oral, não usar laxantes, nem leveduras e nem
lactobacilos.
DISMICROBISMOS:
Fezes de fermentação.
Fezes de putrefação.
Diminuição de fermentação.
Desvio misto, fermentativo e putrefativo.
Síndrome coprológico devido a antibiótico de largo
espectro.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Interferentes:
Fezes envelhecidas, mal conservadas ou cujos
resíduos não correspondem ao do regime prescrito.
Contaminação com urina ou com outros líquidos
(soro fisiológico, sabão líquido, detergentes, antisépticos, óleos dermatológicos, pomadas, cremes,
etc.).
Medicamentos orais. Outras bebidas que não o leite
ou a água.
Regime diferente do preconizado.
Ingestão de alimentos não especificados.
Método:
Inspeção macroscópica. Observação ao microscópio
óptico e reações químicas.
Interpretação:
Este exame só deve ser solicitado após:
- exame parasitológico de fezes Negativo e
- coprocultura Negativa para microrganismos
enteropatogênicos.
Conforme o quadro analítico pode-se classificar as
síndromes coprológicas em:
DISTÚRBIOS MOTORES:
Fezes de constipação.
Diarréia segmentar do ceco.
Diarréia segmentar do delgado.
INSUFICIÊNCIAS DIGESTIVAS:
Insuficiência pancreática.
Insuficiência biliar.
Insuficiência gástrica.
SÍNDROMES DE LESÕES DA MUCOSA:
Diarréia com lesão de mucosa.
83
pode indicar doença, estar associado a um efeito ou
a uma disfunção do sistema biológico avaliado.
COPROPORFIRINAS
CBHPM 4.03.13.12-3
AMB 28.13.014-6
AMB 28.15.011-2
Sinonímia:
Coproporfirina I + Coproporfirina III. Chumbo
inorgânico.
Fisiologia:
Oriundos, respectivamente, do Uroporfirinogênio I e
III, o Coproporfirinogênio I e o Coproporfirinogênio
III, por perda de 4 CO2 cada, se transformam em
Coproporfirina I e III.
O Chumbo, além da manipulação na própria indústria
de sua refinação, laminação e fundição, é utilizado na
metalurgia de bronze, na indústria cerâmica, de
baterias e acumuladores, em tintas, esmaltes,
vernizes, na indústria de pigmentos, vulcanização da
borracha, indústria gráfica, olarias, como componente
da gasolina, na indústria petrolífera, fabricação de
fósforos, vidro, munição, fotocopiadoras e pérolas
artificiais.
Material Biológico:
Urina de 24 horas.
Coleta:
Alíquota de 50 ml de urina de 24 horas. Informar o
volume total ao laboratório.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC e manter ao
abrigo da luz durante a coleta até o procedimento
analítico.
Exames Afins:
Porfobilinogênio. Chumbo. ALA. Zn-protoporfirina.
Valor Normal:
Normal
IBMP
até 150 µg/l ou até 120 µg/24 h
até 200 µg/l ou até 100 µg/g Creatinina
Interferentes:
Exposição à luz.
Método:
Fluorimétrico ou HPLC.
Interpretação:
Útil na avaliação e diagnóstico das porfirinopatias.
Além de mostrar uma exposição excessiva ao
Chumbo, este Indicador Biológico tem também
significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja,
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CORONAVIRUS
SARS - H5N1
Sinonímia:
SARS. Severe Acute Respiratory Syndrome. SRAG.
Síndrome Respiratória Aguda Grave. Pneumonia
asiática. D. de Guandong. IBV. Infectious Bronchitis
Virus. Vírus H5N1. Vírus da febre aviária.
ICTVdB 03.019.0.01.001
Fisiologia:
TAXONOMIA: Ordem Nidovirales, Família
Coronaviridae, Gênero Coronavirus, Espécie
Infectious Bronchitis virus.
ssRNAvirus.
Chamam-se “corona” devido ao halo parecido a uma
coroa que os envolve quando vistos à microfotografia
eletrônica.
Zoonose de aves e suínos que teria principiado a
contaminar humanos em Guandong (China).
Transmissão aérea através de gotículas de Flügge
(tosse e espirros), telefones públicos e por contato
pelos vetores:
Boca A → mão A → mão B → boca B
boca A → mão A → objeto* → mão B → boca B
(*maçanetas, botões de elevador, teclados,
telefones, torneiras) e
fezes (ânus) A → mão de A → mão de B → boca B
O vírus sobrevive 3 horas no meio-ambiente, mas já
se admite um prazo possível de até 24 horas.
A proteção contra a infecção, enquanto não for
desenvolvida uma vacina, se dá por manter-se
afastado das áreas suspeitas, evitar aglomerações e
locais fechados, usar máscaras N-95, luvas de
procedimento e praticar freqüentes lavagens das
mãos.
O período de incubação é de 3 a 7 dias.
Taxa de letalidade: 6 %.
Material Biológico:
Esfregaços ou aspirados das vias aéreas superiores.
Lavado bronco-alveolar. Soro. Sangue total. Fezes.
Colocar os swabs coletados imediatamente em
recipientes contendo 2 ml de meio de transporte
estéril para vírus.
A metade do lavado bronco-alveolar deve ser
centrifugada. O sobrenadante deve ser decantado
para outro recipiente estéril e o botão celular
remanescente fixado em formalina.
Soro. Coletar o sangue em tubo com gel separador,
esperar a formação do coágulo e centrifugar o mais
cedo possível. Depois separar o soro para outros
tubos estéreis.
Sangue total. Coletar com EDTA.
Fezes. Colocar 10 a 50 g de fezes em recipiente
estéril.
Armazenamento:
Swabs: para transporte a curta distância refrigerar
entre +2 a +8ºC. Para transporte distante congelar
em gelo seco a –80ºC.
Lavado: idem acima. As células fixadas em formalina
podem ser transportadas à temperatura ambiente.
Soro: idem acima.
Sangue total: refrigerar entre +2 a +8ºC.
Fezes: idem acima.
Valor Normal:
Negativo, Não reagente ou Ausente.
Método:
PCR. Reação em Cadeia da Polimerase.
Recentemente foi desenvolvido um Teste Rápido que
detecta o vírus em swabs nasais ou culturas de
garganta com resultado em até 4 horas.
Até a presente data, nenhum desses testes está
disponível no Brasil.
Interpretação:
O quadro clínico é muito parecido com o da Gripe,
com febre acima de 38ºC, calafrios, cefaléia, mialgia,
dispnéia, pleurodínia, cianose, fadiga, taquipnéia e
estertores. Pode evoluir rapidamente para um quadro
dispnéico grave com pneumonia.
Diagnóstico diferencial: influenza A e B, VSR - vírus
sincicial respiratório, legionelose, pneumococcia.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTdb
Coleta:
Os esfregaços ou aspirados podem ser
nasofaríngeos ou orofaríngeos. Usar swabs de dacron
ou rayon com palitos plásticos. Não usar swabs com
alginato de cálcio ou com palitos de madeira que
podem inibir o crescimento do vírus.
85
CORPOS CETÔNICOS
CORTISOL
CETONÚRIA
HIDROCORTISONA
CBHPM 4.03.11.08-2
AMB 28.13.049-9/96
Sinonímia:
Cetonúria. Acetona. Ácido diacético. Ácido acetoacético. Teste de Lange. Teste de Gerhardt.
Material Biológico:
5 ml de urina recente.
Coleta:
Dispensa preparo.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Glicemia, Glicosúria.
Valor Normal:
Normal = ausentes
Interferentes:
Drogas que aumentam os corpos cetônicos:
levodopa, pyridium, aspirina, ácido ascórbico,
contraste, éter anestésico, inositol, metionina,
insulina (dose excessiva), metformina, isoniazida,
intoxicação por álcool isopropílico, paraldeído,
fenformina.
CBHPM 4.07.12.19-2
AMB 28.05.014-2
Sinonímia:
Hidrocortisona. Composto F de Kendall. Composto F
de Richter. F. Substância M de Reichstein. Cortisol
AM. Cortisol matutino. Cortisol PM. Cortisol
vespertino.
Fisiologia:
11-ß,17-α,21-triidroxi-4-pregnen-3,20-diona.
Fórmula molecular = C21H30O5
Massa molecular = 362,466 g/mol
O Cortisol é um hormônio glicocorticóide primário,
sintetizado a partir do colesterol pelo córtex suprarenal sob ação do ACTH. É essencial à vida,
regulando o metabolismo de carboidratos, proteínas
e lípides. Além disso, mantém normal a pressão
arterial e funciona como inibidor de reações alérgicas
e inflamatórias.
CRONOBIOLOGIA:
A secreção de cortisol sofre um ritmo nictemeral
(circadiano) com pico máximo ao despertar e mínimo
14 a 18 horas após. Varia de -100 a +120 % ao
redor de uma média no mesmo indivíduo, podendo
reduzir-se quase à metade ou aumentar além do
dobro NO MESMO DIA.
SITUAÇÃO METABÓLICA:
Interpretação:
Jejum prolongado, vômitos incoercíveis, estado de
mal epiléptico, febres, hipoglicemia, diabetes
mellitus, TU hipofisário, TU supra-renal, dieta
hiperprotéica, cetose periódica idiopática.
Ver também o título Acetona.
11-DESOXICORTISOL (Composto S)
↓ 11-beta-hidroxilase
CORTISOL
↓ 11-beta-hidroxi-desidrogenase
CORTISONA (Composto E de Richter)
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CH2OH
CO
HO
OH
11
O
CORTISOL
Tanner
Tanner
Tanner
Tanner
CICLO NICTEMERAL DO CORTISOL
CORTISOL EM µg/dl
30
II e III
II e III
IV e V
IV e V
♂
♀
♂
♀
4,0
4,0
5,0
6,0
a
a
a
a
13,0
16,0
15,0
15,0
µg/dl
µg/dl
µg/dl
µg/dl
25
ADVIA Centaur
20
15
10
5
0
0
4
8
12
16
20
24
28
32
HORA DO DIA
FAIXA INFERIOR
FAIXA SUPERIOR
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro coletado após 30 minutos de veia
cateterizada
(às 8, 16 e 24 horas).
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 2 dias.
Congelar a -20ºC para até 3 meses.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Hora
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Adultos
µg/dl
1,64 a 9,48
1,90 a 11,26
2,34 a 13,46
2,90 a 15,66
3,38 a 17,79
3,82 a 19,92
4,13 a 21,55
4,30 a 22,40
4,27 a 22,30
4,18 a 22,10
4,09 a 21,40
3,88 a 20,55
Hora
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Adultos
µg/dl
3,67 a 19,50
3,43 a 18,35
3,25 a 17,45
3,09 a 16,66
2,75 a 15,36
2,41 a 14,52
2,07 a 12,79
1,73 a 11,17
1,45 a 9,87
1,31 a 9,00
1,24 a 8,27
1,30 a 8,00
* Para obter valores em ng/ml, multiplicar os µg/dl
por 10
** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl
por 27,5888
Exames Afins:
SDHEA, Androstenediona, Testosterona.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Valor Normal:
Interferentes:
Lipemia.
DROGAS:
Aumento: anfetaminas, carbamazepina,
contraceptivos orais, estrógenos, vasopressina,
antidepressivos tricíclicos.
Diminuição: glicocorticóides, lítio, L-Dopa, acetato
de megestrol, oxazepam, cetoconazol, danazol,
efedrina.
Fluoroimunoensaio:
Adultos
Hora
µg/dl
Hora
1
1,9 a 8,3
13
2
2,6 a 10,8
14
3
3,6 a 13,9
15
4
4,8 a 17,0
16
5
5,9 a 20,0
17
6
6,9 a 23,0
18
7
7,6 a 25,3
19
8
8,0 a 26,5
20
9
7,9 a 26,4
21
10
7,6 a 26,0
22
11
7,3 a 24,6
23
12
6,6 a 22,9
24
Crianças
Prematuro
RN de termo, até 3 dias
4 dias a 11 meses
1 a 5 anos
6 a 12 anos
Adultos
µg/dl
5,9 a 20,8
5,1 a 18,5
4,5 a 16,7
4,0 a 15,0
3,5 a 13,8
3,0 a 12,1
2,5 a 10,5
2,0 a 9,0
1,6 a 7,8
1,4 a 7,0
1,3 a 6,7
1,4 a 7,0
até 15,0 µg/dl
até 14,0 µg/dl
3,0 a 23,0 µg/dl
6,0 a 25,0 µg/dl
3,0 a 15,0 µg/dl
Método:
Fluoroimunoensaio. Marcador
ADVIA-Centaur
152
Eu.
Interpretação:
AUMENTO: S. de Cushing, S. do ACTH e do CRH
ectópico, adenoma ou carcinoma adrenal, displasia
adrenal micronodular, hiperplasia adrenal
macronodular, estresse.
DIMINUIÇÃO: D. de Addison, insuficiência pituitária
com baixo ACTH.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
87
CORTISOL ESTIMULADO POR
ACTH
17 OHP ESTIMULADO POR ACTH
CBHPM 4.07.12.19-2
AMB 28.05.014-2
Sinonímia:
Estímulo de ACTH para cortisol. Teste de liberação de
cortisol após estímulo com ACTH. Estímulo de ACTH
para 17 OHP e/ou 11 desoxicortisol. Teste imediato
(rápido) do Synacthene®.
Prova de Thorn = prova obsoleta de função
adrenocortical que consistia de contagem de
linfócitos e eosinófilos circulantes e dosagem de ácido
úrico, antes e 4 horas depois de injeção de ACTH.
Fisiologia:
ATENÇÃO: este teste só pode ser executado após
importação da tetracosactida hexacetato
(corticotrofina sintética correspondente aos 24
primeiros aminoácidos do ACTH), Cortrosyn®,
Synacthene ou Synacthen da Novartis Pharma
SAS, pois o produto não existe mais no mercado
brasileiro.
Combinar os detalhes com o Laboratório.
Observação de 20/11/2001.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro para cada tempo da curva.
4 tubos de soro identificados para cortisol# com seus
respectivos tempos.
# este mesmo teste também pode servir para
dosagem de 17 OHP e/ou 11 desoxicortisol.
Armazenamento:
Congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
17 α-hidroxi-progesterona. 11 desoxicortisol.
Valor Normal:
Normal basal
Normal aos 30 min
Normal aos 60 min
Normal aos 90 min
varia conforme a hora do dia
Ver em Cortisol
acréscimo de ao menos
10 µg/dl ao basal
acréscimo de ao menos
20 µg/dl ao basal
retorno ao nível de 30 minutos
Cortisol matutino
Adultos
Crianças
4 dias a 11 meses
1 a 5 anos
6 a 12 anos
Tanner II e III ♂
Tanner II e III ♀
Tanner IV e V ♂
Tanner IV e V ♀
60 minutos após ACTH
14,0 a 41,0 µg/dl
32,0
22,0
17,0
15,0
16,0
18,0
18,0
a
a
a
a
a
a
a
60,0
40,0
28,0
45,0
32,0
27,0
35,0
µg/dl
µg/dl
µg/dl
µg/dl
µg/dl
µg/dl
µg/dl
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Manter o
paciente deitado, em venoclise, durante uns 30
minutos antes de iniciar o teste. Coletar a amostra
basal e anotar a hora. Em seguida, injetar EV, 36 µg
de tetracosactida por kg de peso, no limite de 250 µg
(0,250 mg)
(tetracosactida = Synacthene®## = ACTH sintético)
diluindo a dose a ser injetada em 5 ml de soro
fisiológico. Cronometrar. Coletar as demais amostras
aos 30, 60 e 90 minutos. Um teste mais simples pode
ser feito com duas amostras: a basal e a de 60
minutos.
## Para o teste imediato (rápido) e preciso utilizar o
Synacthene® de curta duração. Synacthene retard®
(de ação prolongada) só serve para o teste retardado
e segue outro protocolo.
Interferentes:
Lipemia e hemólise.
Método:
Fluoroimunoensaio. Marcador
152
Eu.
Interpretação:
Utilizado na insuficiência supra-renal, nos defeitos de
síntese da supra-renal e na ausência de resposta ao
ACTH.
Uma resposta normal exclui insuficiência supra-renal
primária.
Resposta anormal na S. de Cushing e na D. de
Addison.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CORTISOL ESTIMULADO POR
INSULINA
CBHPM 4.07.12.19-2
AMB 28.05.014-2
Sinonímia:
Estímulo de insulina para cortisol. TTI. Teste de
tolerância à insulina para cortisol. ITT. Insulin
Tolerance Test.
Material Biológico:
Soro E plasma fluoretado. 2x5 amostras.
Interferentes:
Lipemia e hemólise.
Método:
Cortisol: fluorimetria.
Glicose : hexoquinase -UV- automatizado.
Interpretação:
Este teste avalia o setor produtor de ACTH
hipofisário.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Coleta:
1,0 ml de soro e 1,0 ml de plasma fluoretado para
cada tempo da curva.
5 tubos de soro identificados para cortisol com seus
respectivos tempos.
5 tubos de plasma fluoretado identificados para
glicose com seus respectivos tempos.
Armazenamento:
Congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Cortisol. Ritmo de cortisol. TSH estimulado por TRH.
Testes de estímulo para HGH. LH e FSH estimulados
por LHRH. Megateste.
Valor Normal:
Normal
aumento de ~ 60 % da dosagem do cortisol
acima do valor basal ou, ao menos, 7 µg/dl
acima do valor basal.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Manter o
paciente deitado, em venoclise, durante uns 30
minutos antes de iniciar o teste. Ter pronta uma
seringa com glicose a 50 % para eventual
emergência. Coletar as amostras basais. Em seguida,
injetar EV 0,1 UI/kg de peso de Insulina Regular#
(ou 0,15 UI/kg de peso nos casos de obesidade,
acromegalia ou S. de Cushing severa. No
hipertireoidismo, diminuir a dose para 0,05 UI/kg de
peso). Cronometrar. Coletar as demais amostras nos
tempos 30, 60, 90 e 120 minutos. Se o paciente
apresentar hipoglicemia severa, injetar lentamente
glicose a 50 % EV e suspender o teste. Este teste
deve preferencialmente ser feito em laboratório
hospitalar, principalmente em crianças e pacientes
com insuficiência coronária ou cérebro-vascular.
# antigamente, chamada de insulina simples ou
insulina cristalina. Insulinas NPH, PZI, semilenta e
lenta não servem.
89
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CORTISOL LIVRE
CBHPM 4.03.05.21-0
AMB 28.05.014-2
Sinonímia:
Cortisol livre. Free cortisol.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 e +8ºC por até 2 dias.
Para períodos maiores (até 4 semanas) convém
congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
Cortisol, SDHEA, Androstenediona, Testosterona,
17OH urinário.
Valor Normal:
Adultos
Matutino
60 minutos após estímulo
Vespertino
Crianças - matutino
Prematuro
Prematuro, aos 3 meses
RN de termo
De termo, aos 3 meses
6 a 9 anos
10 e 11 anos
12 a 14 anos
15 a 17 anos
0,40 a 1,92 µg/dl
1,88 a 4,73 µg/dl
0,20 a 0,90 µg/dl
até 7,5 µg/dl
até 3,5 µg/dl
até 9,3 µg/dl
até 3,9 µg/dl
0,37 a 1,62 µg/dl
0,27 a 1,12 µg/dl
0,23 a 1,67 µg/dl
0,43 a 1,77 µg/dl
* Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl
por 27,59
Interferentes:
DROGAS:
Aumento: contraceptivos orais.
Diminuição: diuréticos, cetoconazol.
Método:
Fluorimetria.
Interpretação:
Avaliação de função da glândula adrenal,
principalmente em casos de hiperfunção. Cortisol
livre na urina de 24 horas tem mais valor diagnóstico
que uma simples dosagem sérica do hormônio.
CORTISOL LIVRE URINÁRIO
CBHPM 4.03.05.21-0
AMB 28.05.014-2
Sinonímia:
Cortisol urinário livre. FUC.
Ver também: Cortisol total urinário.
Material Biológico:
Urina de 24 horas.
Coleta:
Alíquota de 50 ml de urina, anotando o volume total
de 24 horas. Não adicionar nenhum conservante.
É recomendado solicitar, também, a dosagem da
Creatinina urinária a fim de rastrear volumes
urinários incompletos.
Obs.: na eventualidade de precisar usar algum
conservante na urina, seja para outros testes ou por
falta de geladeira, pode-se utilizar ácido bórico à
razão de 10 g por litro de urina.
Armazenamento:
Armazenar o frasco em geladeira entre +2 e +8ºC
por até 2 dias. Para períodos maiores (até 4
semanas) convém congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
SDHEA, Androstenediona, Testosterona, 17OH
urinário.
Valor Normal:
2 a 7 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
8 a 11 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
12 a 16 anos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
17 em diante
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Método I
0,16 a 4,96 µg/dl
1,3 a 17,8 µg/24 horas
0,93 a 175,20 µg/g Creatinina
0,96 a 175,20 µg/g Creatinina
Adultos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina ♂
Por Creatinina ♀
Método II
0,18 a 4,25 µg/dl
2,9 a 34,0 µg/24 horas
0,71 a 52,47 µg/g Creatinina
1,04 a 75,89 µg/g Creatinina
Adultos
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
Crianças
Alíquota
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
♂
♀
Método III
1,25 a 11,25 µg/dl
20,0 a 90,0 µg/24 horas
4,88 a 138,89 µg/g Creatinina
7,14 a 200,89 µg/g Creatinina
♂
♀
0,12 a 3,38 µg/dl
2,0 a 27,0 µg/24 horas
0,49 a 41,67 µg/g Creatinina
0,71 a 60,27 µg/g Creatinina
* Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl
por 27,59
** Para obter valores em nmol/24 h, multiplicar os
µg/24 h por 2,759
Interferentes:
DROGAS:
Aumento: contraceptivos orais.
Diminuição: diuréticos, cetoconazol.
Método:
Fluorimetria.
Interpretação:
Avaliação de função da glândula adrenal,
principalmente em casos de hiperfunção. Cortisol
livre na urina de 24 horas tem mais valor diagnóstico
que uma simples dosagem sérica do hormônio.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
0,16 a 3,98 µg/dl
1,5 a 21,4 µg/24 horas
0,79 a 72,32 µg/g Creatinina
0,87 a 81,18 µg/g Creatinina
0,17 a 5,36 µg/dl
2,2 a 38,5 µg/24 horas
0,77 a 71,40 µg/g Creatinina
0,94 a 85,00 µg/g Creatinina
0,31 a 6,87 µg/dl
5,0 a 55,0 µg/24 horas
1,22 a 84,88 µg/g Creatinina
1,79 a 122,77 µg/g Creatinina
91
CORTISOL SUPRIMIDO POR
DEXAMETASONA
CBHPM 4.07.12.19-2
AMB 28.05.014-2
Sinonímia:
Teste de depressão da adrenal. Teste de supressão
do eixo hipófiso-adrenal. Teste de inibição da
adrenal.
Nome comercial da dexametasona: Decadron.
Material Biológico:
Soro. 2 amostras.
Coleta:
1,0 ml de soro para cada data da curva.
2 tubos respectivamente identificados com a data e a
hora da coleta.
Importante: ver mais detalhes da coleta no título
ACTH.
Armazenamento:
Congelar a –20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Cortisol. Sulfato de deidroepiandrosterona.
Valor Normal:
Dia N
(basal)
Dia N+1
(suprimida)
8,0 a 26,5 µg/dl
até 5,0 µg/dl ou
espera-se uma diminuição de
perto de 50 % do valor basal.
Preparo do Paciente:
Dia N: (amostra basal) Jejum de 4 ou mais horas.
Água ad libitum. Coletar o sangue entre 7 e 9 horas
da manhã, de preferência às 8 horas. Anotar data e
hora exata.
Às 23 horas deste mesmo dia o(a) paciente deve
tomar VO 1,0 mg de dexametasona (2 comprimidos
de 0,5 mg de Decadron).
Dia N+1: (amostra com supressão) Jejum de 4 ou
mais horas. Água ad libitum. Coletar o sangue
exatamente à mesma hora que foi coletado no dia
anterior. Anotar data e hora exata.
Interferentes:
Lipemia e hemólise. Alcoolismo, D. aguda, estresse
crônico, uremia, hiperestrogenemia, gravidez, PMD.
Método:
Fluoroimunoensaio. Marcador
152
Eu.
Interpretação:
É o principal teste para avaliação inicial da
hiperfunção adrenal (D. de Cushing). Caso não haja
supressão do cortisol pela dexametasona, outros
exames são indicados para esclarecimento do
diagnóstico.
Na S. de Cushing existe produção independente de
cortisol que não é inibida pela dexametasona.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CORTISOL TOTAL URINÁRIO
CBHPM 4.07.12.19-2
* Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl
por 27,59
AMB 28.05.014-2
Sinonímia:
Cortisol urinário total.
Ver também: Cortisol livre urinário.
Material Biológico:
Urina de 24 horas.
Coleta:
Alíquota de 50 ml de urina, anotando o volume total
de 24 horas. Não adicionar nenhum conservante.
É recomendado solicitar, também, a dosagem da
Creatinina urinária a fim de rastrear volumes
urinários incompletos.
Obs.: na eventualidade de precisar usar algum
conservante na urina, seja para outros testes ou por
falta de geladeira, pode-se utilizar ácido bórico à
razão de 10 g por litro de urina.
** Para obter valores em nmol/24 h, multiplicar os
µg/24 h por 2,759
Interferentes:
DROGAS:
Aumento: contraceptivos orais.
Diminuição: diuréticos, cetoconazol.
Método:
IFMA - Fluoroimunoensaio. Marcador 152Eu.
Interpretação:
Avaliação de função da glândula adrenal,
principalmente em casos de hiperfunção. Cortisol
total na urina de 24 horas tem mais valor diagnóstico
que uma simples dosagem sérica do hormônio.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Armazenamento:
Armazenar o frasco em geladeira entre +2 e +8ºC
por até 2 dias. Para períodos maiores (até 4
semanas) convém congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
SDHEA, Androstenediona, Testosterona, 17OH
urinário.
Valor Normal:
Adultos
IFMA
Alíquota
Por 24 horas
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
ILMA
Alíquota
Por 24 horas
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
ILMA
Alíquota
Por 24 horas
Por 24 horas
Por Creatinina
Por Creatinina
♂
♀
♂
♀
♂
♀
Percentis 2,5 e 97,5 %
AutoDELFIA
5,77 a 59,18 µg/dl
92,4 a 473,4 µg/24 horas ou
255 a 1.306 nmol/24 horas
22,56 a 730,56 µg/g Creatinina
33,00 a 1.056,70 µg/g Creatinina
Advia Centaur
1,78 a 26,71 µg/dl
28,5 a 213,7 µg/24 horas ou
78,6 a 589,6 nmol/24 h
6,96 a 329,78 µg/g Creatinina
10,18 a 477,01 µg/g Creatinina
Immulite 2000
2,26 a 18,12 µg/dl
36,2 a 145,0 µg/24 horas ou
100 a 400 nmol/24 horas
8,84 a 223,76 µg/g Creatinina
12,93 a 323,66 µg/g Creatinina
93
COXSACKIE B
CREATINA
CBHPM 4.03.07.68-9
CBHPM 4.03.01.62-1
Sinonímia:
Enterovirus. Poliovirus. Coxsackievirus B.
ICTVdB 00.052.0.01.004.02
Sinonímia:
Ácido N-metilguanidinoacético.
Fisiologia:
Coxsackievirus B:
Taxonomia: Família Picornaviridae, Gênero
Enterovirus, Espécie Poliovirus: Human coxsackievirus
B 1 a 6 (Poliovirus, sorotipos 1 a 6).
RNAvirus sem envelope.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
Volume mínimo 1 ml
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Valor Normal:
Negativo ou Não reagente
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Coleta inadequada.
Método:
Fixação do complemento.
Interpretação:
Diagnóstico das infecções por vírus COXSACKIE B (B1
a B6).
Anticorpos anti-Coxsackie B são encontrados na
população em geral com títulos de 1/4 (1:22) a 1/64
(1:27) (infecção pregressa).
Títulos de 1/128 (1:28) ou mais são encontrados com
quadro clínico compatível (miocardite, pericardite,
meningite asséptica).
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTdb
AMB 28.01.053-1
Não confundir CREATINA com CREATININA
nem com CREATINA FOSFOQUINASE!
Fisiologia:
Fórmula molecular = C4H9N3O2
Massa molecular = 131,135 g/mol
A creatina é uma substância nitrogenada, nãoprotéica, muito abundante nos músculos. Ela é
sintetizada no fígado a partir da arginina. A creatina
liberada na circulação é, então, captada pelos
músculos que a converte em fosfo-creatina por ação
de uma creatina-quinase, representando uma reserva
energética para a contração muscular. A quantidade
de creatina captada é proporcional à quantidade da
creatina-quinase muscular. A creatina e a fosfocreatina podem, por desidratação, se transformar em
creatinina. A creatina é filtrada pelo glomérulo e é
quase totalmente reabsorvida pelos túbulos. A
creatina é mais elevada na mulher pelo fato da
produção hepática ser praticamente a mesma do que
no homem, mas a sua captação é menor por ter
menos massa muscular.
SITUAÇÃO METABÓLICA:
CREATINA-FOSFATO + ADP (músculos)
↓ Creatinoquinase
CREATINA + ATP
↓ Não-enzimático
CREATININA + H2O
NH2
CNH
H3C N C COOH
H2
CREATINA
Material Biológico:
Soro ou Urina.
Coleta:
1,0 ml de soro ou alíquota de 50 ml de urina de 24
horas.
Informar o volume total das 24 horas e informar ao
paciente para desprezar a amostra urinária inicial.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 e +8ºC
Exames Afins:
Creatinoquinase. Aldolase. Desidrogenase láctica.
CREATININA
Valor Normal:
CBHPM 4.03.01.63-0
Soro
Homens
Mulheres
Urina
Volume de 24 h
♂ Alíquota
♀ Alíquota
♂ Urina de 24 h
♀ Urina de 24 h
Anciões acima 90 anos
♂ Por Creatinina
♀ Por Creatinina
0,17 a 0,50 mg/dl
0,35 a 0,93 mg/dl
800 a 1.600 ml §
até 3,38 mg/dl
até 6,25 mg/dl
até 27,0 mg/24 h
até 50,0 mg/24 h
25,0 a 239,0 mg/24 h
até 41,7 mg/g Creatinina
até 111,6 mg/g Creatinina
§ Para Superfície Corporal ideal = 1,73 m2
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os mg/dl
por 76,2573
CREATININIUM
AMB 28.01.054-0
Sinonímia:
Creatininium. Glicolmetilguanidina.
2-imino-1-metilimidazolidin-4-ona.
1-metilhidantoin-2-imida.
Fisiologia:
Fórmula molecular = C4H7N3O
Massa molecular = 113,12 g/mol
NH
CH3
N
HN
CH2
O
CREATININA
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Material Biológico:
Soro ou urina.
Método:
Jaffé após hidrólise ácida.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Urina: amostra isolada ou aliquotar 20 ml de urina de
24 horas. Anotar o volume total.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Uréia, Clearence de creatinina, Clearance de uréia,
Na+, K+, Urina tipo I.
Valor Normal:
Soro
Sangue de cordão
RN até 4 dias
5 dias a 3 anos
4 a 11 anos
12 a 17 anos
18 a 60 anos
61 a 90 anos
Acima de 90 anos
Homens
(mg/dl)
0,6 a 1,2
0,3 a 1,0
0,2 a 0,4
0,3 a 0,7
0,5 a 1,0
0,9 a 1,3
0,8 a 1,3
1,0 a 1,7
Mulheres
(mg/dl)
0,6 a 1,2
0,3 a 1,0
0,2 a 0,4
0,3 a 0,7
0,5 a 1,0
0,4 a 1,1
0,6 a 1,2
0,6 a 1,3
# A eliminação de creatinina é proporcional ao peso
da massa muscular do(a) paciente, sendo nas 24
horas, ao redor de 20 a 26 mg/kg de peso corporal
para homens e 14 a 22 mg/kg para mulheres.
95
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os mg/dl
por 88,4017.
** Para obter valores em mmol/24 horas, multiplicar
os mg/24 horas por 0,00884.
CREATININA URINÁRIA - HOMENS
IDADE
anos
RN
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,50
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
14,5
15,0
15,5
16,0
16,5
17,0
18,0
19,0
20 a 44
45 a 59
60 a 74
>74
ALÍQUOTA
mg/dl
10 a 48
12 a 47
14 a 55
17 a 63
20 a 90
23 a 94
26 a 99
28 a 102
31 a 106
35 a 116
37 a 122
40 a 127
42 a 136
42 a 140
45 a 147
47 a 154
50 a 159
52 a 164
53 a 169
55 a 173
57 a 178
59 a 182
60 a 190
62 a 198
65 a 205
68 a 213
70 a 218
72 a 224
74 a 228
75 a 231
75 a 231
75 a 230
76 a 228
77 a 224
76 a 225
75 a 225
75 a 227
75 a 228
78 a 240
79 a 250
81 a 256
72 a 238
59 a 200
31 a 156
URINA 24 h
mg/24 h
20 a 50
35 a 70
50 a 100
70 a 130
90 a 200
110 a 220
130 a 245
150 a 270
175 a 300
200 a 330
225 a 365
250 a 400
275 a 450
230 a 500
335 a 550
370 a 600
405 a 650
440 a 700
475 a 750
510 a 800
545 a 850
580 a 900
615 a 970
650 a 1.040
700 a 1.110
750 a 1.180
800 a 1.250
850 a 1.320
900 a 1.390
950 a 1.460
1.000 a 1.530
1.050 a 1.600
1.100 a 1.640
1.150 a 1.680
1.165 a 1.720
1.180 a 1.760
1.195 a 1.800
1.210 a 1.840
1.240 a 1.920
1.270 a 2.000
1.300 a 2.050
1.150 a 1.900
950 a 1.600
500 a 1.250
CREATININA URINÁRIA - MULHERES
IDADE
anos
RN
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,50
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
14,5
15,0
15,5
16,0
16,5
17,0
18,0
19,0
20 a 44
45 a 59
60 a 74
>74
ALÍQUOTA
mg/dl
10 a 48
12 a 47
14 a 55
17 a 63
20 a 90
23 a 94
26 a 99
28 a 102
28 a 106
30 a 117
29 a 112
29 a 127
29 a 134
29 a 141
33 a 147
37 a 152
40 a 157
43 a 161
46 a 165
49 a 169
52 a 173
54 a 177
58 a 179
58 a 182
59 a 183
59 a 184
59 a 185
59 a 185
60 a 185
60 a 185
60 a 187
61 a 189
62 a 187
64 a 185
63 a 184
63 a 184
62 a 183
62 a 183
56 a 168
56 a 169
56 a 175
53 a 169
41 a 150
25 a 119
URINA 24 h
mg/24 h
20 a 50
35 a 70
50 a 100
70 a 130
90 a 200
110 a 220
130 a 245
150 a 270
160 a 300
170 a 330
175 a 365
180 a 400
190 a 445
200 a 490
240 a 535
280 a 580
320 a 625
360 a 670
400 a 715
440 a 760
480 a 805
520 a 850
580 a 895
600 a 940
630 a 985
660 a 1.030
690 a 1.075
720 a 1.120
750 a 1.165
780 a 1.210
810 a 1.255
840 a 1.300
870 a 1.305
900 a 1.310
900 a 1.315
900 a 1.320
900 a 1.325
900 a 1.330
900 a 1.340
900 a 1.350
900 a 1.400
850 a 1.350
650 a 1.200
400 a 950
Estas faixas são especialmente úteis para julgar a
precisão de coletas de urina de 24 horas: quando a
creatininúria de 24 horas dá resultado abaixo da
faixa, pode-se deduzir que o volume "de 24 horas"
não está completo; quando dá acima da faixa,
geralmente a primeira urina do período, que deveria
ter sido desprezada, ou alguma outra, foi
indevidamente acrescentada à amostragem.
IMPORTANTE! O uso da creatininúria dosada em
alíquota para fins de dosagem relativa (mg/g de
Creatinina) de qualquer analito em amostra aleatória
ou avulsa de urina, independente de volume
cronometrado, só pode ser aplicado se a dosagem da
creatininúria estiver dentro das faixas apresentadas
nas tabelas anexas.
Toda eliminação de analitos fisiológicos pela urina de
24 horas é uma função da diurese que, por sua vez,
é conseqüente à Superfície Corporal do paciente
calculada a partir da Altura e do Peso ideal obtido
pela fórmula do IMC (Índice de Massa Corporal):
PesoIdeal = IMC × Alt 2
onde:
PesoIdeal = Peso ideal do paciente, sem gordura, em
IMC
Alt
kg
= Índice de Massa Corporal = 24,9
= Altura do paciente em m
Exemplo de variação da Diurese e da
Creatininúria de 24 horas em pacientes de 20 a
44 anos conforme a Superfície Corporal ideal
(SCi) em m2:
SCi
(m2)
1,73
1,78
1,83
1,87
1,93
1,97
2,03
Diurese
Volume
(ml/24 h)
800 a 1.600
823 a 1.647
847 a 1.693
862 a 1.725
894 a 1.789
910 a 1.821
939 a 1.877
Homens
Creatininúria
(mg/24 h)
1.296 a 2.048
1.334 a 2.108
1.372 a 2.168
1.397 a 2.208
1.449 a 2.289
1.475 a 2.330
1.521 a 2.403
Mulheres
Creatininúria
(mg/24 h)
896 a 1.400
922 a 1.441
948 a 1.482
966 a 1.509
1.002 a 1.565
1.020 a 1.593
1.051 a 1.643
Método:
Jaffé automatizado.
Interferentes: Drogas: cimetidina, lidocaína,
trimetoprim, corticosteróides, fluoximestrona,
metandrosterona, metil-dopa, probenecid.
Creatininúria: volume incompleto ou excessivo do
tempo de coleta. Diluição voluntária da urina.
Interpretação:
CREATININEMIA
AUMENTO: nefropatias agudas ou crônicas,
hipovolemia, trauma tecidual, esforço muscular,
regime carnívoro, inanição, hipertireoidismo, DD.
febris. Drogas: cimetidina, lidocaína, trimetoprim,
corticosteróides, fluoximestrona, metandrosterona,
metil-dopa, probenecid.
DIMINUIÇÃO: massa muscular reduzida: idosos,
amputados, caquéticos; regime vegetariano, altitude,
dipirona.
CREATININÚRIA
AUMENTO: hipertrofia de massa muscular, regime
carnívoro, jejum prolongado, inanição, distrofia
muscular, poliomielite, atrofia muscular ativa,
polimiosite, hipertireoidismo, miopatia secundária a
corticosteróides, esmagamento muscular, necrose
muscular aguda, queimadura de 2º e 3º grau
afetando músculos.
DIMINUIÇÃO: hipotrofia de massa muscular,
amputações.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
A Superfície Corporal ideal (para IMC = 24,9) em m2
pode ser calculada a partir da altura em cm pela
equação:
SCi =
onde:
SCi
Alt
Alt 1,575 × 5,62
10.000
= Superfície Corporal ideal em m2
= Altura do paciente em cm
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
97
CREATININA, CLEARANCE DE
CLEARANCE DE CREATININA
CBHPM 4.03.01.50-8
AMB 28.01.042-6
Sinonímia:
Clearance ou depuração de Creatinina. GFR.
Glomerular Filtration Rate. Taxa de filtração
glomerular.
Fisiologia:
O Clearance ou a depuração de creatinina representa
a quantidade de plasma completamente depurado da
creatinina pelos rins em um minuto.
Material Biológico:
Soro e Urina.
Coleta:
Soro : volume mínimo 1,0 ml
Urina: alíquota de ao menos 5,0 ml informando o
volume total urinário exato e o tempo de coleta
exato.
Urina de 24 horas, 12 horas, 6 horas ou 3 horas para
que seja medido o volume urinário e calculada a
diurese em ml de urina/min.
Informar, também, o peso e altura do paciente para
o cálculo da superfície corporal.
Interferentes:
Coleta, preparo ou acondicionamento inadequado.
Método:
Jaffé automatizado.
Cálculo da superfície corporal pela fórmula de
Du Bois & Du Bois
(para pacientes com SCorp ≥ 0,60 m2):
SCorp =
P 0, 425 × A 0, 725 × 71,84
10.000
Cálculo da superfície corporal pela fórmula de Boyd
(para pacientes com SCorp < 0,60 m2):
SCorp =
onde:
SCorp
P
G
A
=
=
=
=
G [0,7285−(0, 0188×LogG )] × A 0,3 × 3,207
10.000
Superfície corporal em m2,
Peso do paciente em kg,
Peso do paciente em g,
Altura do paciente em cm.
Cálculo da diurese. Aplicar a equação:
Volume
Tempo
Armazenamento:
Refrigerar todos os materiais entre +2 a +8ºC
Diu =
Exames Afins:
FENa, Uréia, Clearance de uréia, Na+, K+, Urina I.
onde:
Diu
= Diurese em ml/min
Volume = Volume urinário fornecido, em ml
Tempo = Tempo de coleta do volume urinário
fornecido, em minutos
Valor Normal:
Clearance ou
GFR
Homens
Mulheres
Crianças
Cálculo do clearance não-corrigido:
85 a 125 ml plasma/min/1,73 m²
75 a 115 ml plasma/min/1,73 m²
70 a 140 ml plasma/min/1,73 m²
Preparo:
Soro : Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Urina : entregar a urina de 12 ou 24 horas coletada
em domicílio na ocasião da coleta do sangue.
Tempos menores geralmente são coletados no
próprio laboratório.
Devido ao seu efeito diurético, não ingerir café, chás,
guaraná e derivados de cacau desde 6 horas antes
do início e até o fim da coleta de urina.
A fim de forçar uma diurese maior, tomar para a
prova de 24 horas, 1 a 2 litros de água ou leite
adicionais além da sede habitual; para provas de 2 a
12 horas de duração, tomar 0,5 a 1 litro de água ou
leite adicionais.
Clear =
CrU × Diu
CrS
Cálculo do clearance corrigido. Aplicar a equação:
Clear =
onde:
Clear
CrU
Diu
CrS
SCorp
=
=
=
=
=
CrU × Diu × 1,73
CrS × SCorp
Clearance em ml plasma/min
Creatininúria em mg/dl,
Diurese em ml de urina/min,
Creatinina sérica em mg/dl e
Superfície corporal em m².
Interpretação:
DIMINUIÇÃO: choque, hipovolemia, drogas
nefrotóxicas, nefropatias agudas e crônicas,
hipertensão maligna, eclâmpsia, pielonefrite,
nefrosclerose hipertensiva, rins policísticos.
AUMENTO: diabetes mellitus incipiente,
hipertireoidismo, acromegalia.
O clearance de creatinina (GFR) pode ser estimado
pela fórmula de Cockcroft-Gault:
Homens:
(140 − idade) × P
GFR =
CrS × 72
Mulheres:
GFR =
onde:
GFR
idade
P
CrS
(140 − idade) × P × 0,85
CrS × 72
= taxa de filtração glomerular em
ml plasma/min
= idade do paciente em anos
= Peso do paciente em kg
= Creatinina sérica em mg/dl
GFR
50 a 87
20 a 49
5 a 19
Até 4
DIAGNÓSTICO
Reserva funcional renal diminuída
Insuficiência renal
Falência renal
Doença renal em estádio final
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CREATINOQUINASE ou
CK TOTAL
CBHPM 4.03.01.64-8
AMB 28.01.055-8
Sinonímia:
CPK. CK. CK total. Creatina Fosfoquinase.
CK-NAc. CK-N-Acetilcisteína. ATP-creatina
fosfotransferase. MM-CK + MB-CK + BB-CK. Creatina
fosfotransferase. Fosfocreatina quinase. Adenosina
trifosfato transfosforilase
EC 2.7.3.2
Fisiologia:
A creatinoquinase (CK) é uma enzima, encontrada
primariamente nos músculos e nos tecidos cerebrais,
que apresenta três isoenzimas diméricas: CK-MM
(CK-3), CK-MB (CK-2) e CK-BB (CK-1) formadas por
subunidades designadas de M e B.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
DHL, TGO (AST), Aldolase, CKMB, Troponina T.
Valor Normal:
Homens
Mulheres
35 a 232 U/l
21 a 215 U/l
* Para obter valores em µkat/l, dividir as U/l por 60
** meia-vida (t½) biológica média desta enzima =
24 horas
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Cinético UV automatizado a +37ºC
Interpretação:
AUMENTO: infarto do miocárdio, miocardite,
trauma muscular ou cardíaco, pós-transplante
cardíaco, pós-cirurgia de revascularização cardíaca,
isquemia cerebral, hemorragia sub-aracnóidea,
distrofia muscular, exercício, polimiosite,
dermatomiosite, hipertermia, hipotireoidismo,
rabdomiólise, S. de Reye, embolia pulmonar, tétano,
99
SS. convulsivas, alcoolismo, delirium tremens,
gravidez, parto, infarto gastrintestinal, tumores de
próstata, bexiga, rim, mama e ovário, psicose aguda,
macro-CK, febre tifóide, sarcofilia.
DIMINUIÇÃO: provavelmente sem significado
clínico mas pode refletir sarcopenia e/ou vida
sedentária.
NORMAL: miastenia gravis, esclerose múltipla,
poliomielite, parkinsonismo.
CONTROLE DE EXAMES SEQÜENCIAIS:
A atividade mínima de uma 2ª determinação desta
enzima pode ser obtida aplicando a equação:
AEMi = Atian × e (−0,028×h )
onde:
AEMi
Atian
e
h
=
=
=
=
Atividade Enzimática Mínima (atual)
Atividade anterior
número "e", base dos logaritmos naturais
horas decorridas entre as duas coletas de
sangue.
Se a 2ª determinação der um resultado menor que a
AEMi, uma das duas determinações está incorreta ou
não é do mesmo paciente.
MACRO-CK
Foram descritos dois tipos de Macro-CK:
O tipo 1 é um complexo formado, a maioria das
vezes, por uma IgG ligada à CK-BB, podendo, mais
raramente, ser uma IgA ligada à CK-MM.
Esses complexos são muito mais estáveis ao calor do
que as isoenzimas CK-MB e CK-MM, por isso quando
se desconfia da presença de alguma Macro-CK,
aquecer o soro durante 20 minutos (a +40ºC
segundo certa técnica ou a +45ºC segundo outra),
pode ajudar na sua diferenciação.
Obs.: Quando, ao determinar a CK-MB o valor desta
superar 20% do valor da CK-Total, deve-se suspeitar
de uma Macro-CK-MB não inibida pelos anticorpos
anti-CK-M. Neste caso, também se recomenda o
aquecimento do soro conforme citado acima.
O tipo 2 é constituído por CK mitocondrial,
geralmente na forma oligomérica, provavelmente
agregado a fragmentos de membrana mitocondrial.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CREATINOQUINASE CARDÍACA
CKMB
CBHPM 4.03.01.66-4
CBHPM 4.03.01.65-6 (massa)
AMB 28.01.056-6
Sinonímia:
CKMB. Isoenzima MB da Creatinoquinase. Isoenzima
cardíaca. CK-MB atividade. CK-MB massa. Creatina
Fosfoquinase Cardíaca.
EC 2.7.3.2
Fisiologia:
A creatinoquinase (CK) é uma enzima, encontrada
primariamente nos músculos e nos tecidos cerebrais,
que apresenta três isoenzimas diméricas: CK-MM
(CK-3), CK-MB (CK-2) e CK-BB (CK-1) formadas por
subunidades designadas de M e B.
A isoenzima CK-MB, possui uma massa molecular de
aproximadamente 87 kDa e é responsável por 5 a 50
% da atividade total de CK no miocárdio. Na
musculatura esquelética, em compensação, a sua
atividade representa 1 % ou menos, embora possa
chegar a 10 % ou mais em condições que refletem
danos ou regeneração da musculatura esquelética
como no exercício severo, na distrofia muscular e nas
polimiosites.
A elevação da CK-MB atividade ocorre de 2 a 6 horas
após as manifestações cardíacas, com pico máximo
em torno de 24 horas, retornando ao normal dentro
de 48 horas.
CK-MB massa
CBHPM 4.03.01.043-8
A CK-MB é detectada pela determinação de sua
atividade enzimática (U/l) ou pela dosagem de sua
massa protéica (ng/ml), independente de sua
atividade, o que torna a CK-MB massa mais confiável
que a medida de sua atividade. Assim, a CK-MB
massa apresenta maior sensibilidade analítica pois
detecta enzimas ativas e inativas de lesões
miocárdicas 1 a 2 horas antes da CK-MB atividade.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
CK ,TGO (AST), DHL, Troponina I e T, Mioglobina.
Valor Normal:
CK-MB atividade
CK-MB massa
até 6,0 U/l ou IR até 5,0 %
até 5,0 ng/ml
IR =
CKMB × 100
CKtotal
* Para obter valores em µkat/l, dividir as U/l por 60
** meia-vida (t½) biológica média desta isoenzima =
13,4 horas
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Traumas e cirurgias.
Método:
Cinético UV a +37ºC ou Eletroquimioluminescência.
Interpretação:
Diagnóstico do infarto agudo do miocárdio.
Prognóstico de angioplastia coronária.
onde:
AEMi
Atian
e
h
=
=
=
=
Atividade Enzimática Mínima (atual)
Atividade anterior
número "e", base dos logaritmos naturais
horas decorridas entre as duas coletas de
sangue.
Se a 2ª determinação der um resultado menor que a
AEMi, uma das duas determinações está incorreta ou
não é do mesmo paciente.
LIKELIHOOD RATIO (LR)
A likelihood ratio da CK-MB superior a 6 U/l
fornece o aumento da chance (LR+) de diagnóstico
de infarto do miocárdio.
TABELA LR. – Infarto agudo do miocárdio.
Teste
CK-MB > 6,0
CKMM:
deltaCK = CK − CKMB = CKMM + CKBB
como a CKBB costuma ser próxima de zero no soro,
pode-se considerar uma forma indireta de avaliar a
CKMM (isoenzima muscular).
CKMM
Homens
Mulheres
AEMi = Atian × e (−0, 0517×h )
Normal pelo deltaCK
29 a 226 U/l
15 a 209 U/l
O deltaCK pode ser útil também na avaliação de
preparo físico de atletas. Nesse caso, é preciso
coletar um deltaCK pré esforço (basal) e um deltaCK
pós esforço, logo após um esforço-padrão.
Aplica-se, então, a fórmula:
deltaCKMM = deltaCK pós − deltaCK pré
onde:
deltaCKMM = deltaCKMM do atleta em U/l
deltaCKpós = deltaCK pós esforço-padrão em U/l
deltaCKpré = deltaCK pré esforço-padrão em U/l
Interpretação: aplicado e um conjunto de atletas,
tem melhor preparo físico muscular aquele que tiver
o menor deltaCKMM.
SENS
(%)
97,0
ESPEC
(%)
97,0
LR+
(%)
32,3
LR(%)
0,03
MACRO-CK
Foram descritos dois tipos de Macro-CK:
O tipo 1 é um complexo formado, a maioria das
vezes, por uma IgG ligada à CK-BB, podendo, mais
raramente, ser uma IgA ligada à CK-MM.
Esses complexos são muito mais estáveis ao calor do
que as isoenzimas CK-MB e CK-MM, por isso quando
se desconfia da presença de alguma Macro-CK,
aquecer o soro durante 20 minutos (a +40ºC
segundo certa técnica ou a +45ºC segundo outra),
pode ajudar na sua diferenciação.
Obs.: Quando, ao determinar a CK-MB o valor desta
superar 20% do valor da CK-Total, deve-se suspeitar
de uma Macro-CK-MB não inibida pelos anticorpos
anti-CK-M. Neste caso, também se recomenda o
aquecimento do soro conforme citado acima.
O tipo 2 é constituído por CK mitocondrial,
geralmente na forma oligomérica, provavelmente
agregado a fragmentos de membrana mitocondrial.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/EC2/7/3
/2.html
CONTROLE DE EXAMES SEQÜENCIAIS:
A atividade mínima de uma 2ª determinação desta
enzima pode ser obtida aplicando a equação:
101
Necessário ao pré-operatório de bypass
cardiopulmonar.
CRIOAGLUTININAS
CBHPM 4.03.06.75-5
CBHPM 4.03.06.76-3
AMB 28.06.154-3
Sinonímia:
Aglutininas frias.
Fisiologia:
Crioaglutininas são anticorpos IgM que podem
ocorrer na população normal, porém nunca em títulos
superiores a 1/32.
Material Biológico:
Soro e Sangue total com EDTA.
Coleta:
1,0 ml de soro e sangue total com EDTA.
Coletar o sangue em seringas ou tubos pré-aquecidos
a +37ºC.
Soro: deixar coagular em banho-maria ou estufa a
+37ºC e separar antes de atingir a temperatura
ambiente.
Sangue: manter a 37ºC até o momento de enviar ao
setor técnico.
Armazenamento:
Não congelar nem refrigerar. Enviar com urgência
mantendo à temperatura ambiente.
Exames Afins:
Sorologia para Mycoplasma pneumoniae.
Valor Normal:
Negativo, Não reagente ou Título até 1/32
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Hemólise. Amostras de sangue previamente
refrigeradas ou conservadas à temperatura ambiente
em dias frios.
Método:
Hemaglutinação direta ativa.
Interpretação:
Diagnóstico de infecção causada pelo Mycoplasma
pneumoniae. O teste é inespecífico, podendo ser
positivo idiopaticamente e em várias outras doenças
como anemia hemolítica, mononucleose infecciosa,
gripe, AIDS, DD. auto-imunes e linfoproliferativas:
linfoma, S. de Waldenström, leucemia linfocítica
crônica (CLL), S. de Clough-Richter.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CRIOFIBRINOGÊNIO
Sinonímia:
Aglutininas frias. Cryofibrinogen.
Fisiologia:
Criofibrinogênio é uma proteína que precipita em
baixas temperaturas causando predominantemente
sintomas cutâneos em áreas da pele expostas ao frio.
Pode, também, ser assintomático.
apresentar trombose arterial ou venosa. Pode ser
uma condição subjacente a DD. malignas, infecções,
inflamação, diabetes, gravidez, esclerodermia e
anticoncepcionais orais. Uma biópsia de pele pode
apresentar vasculite leucocitoclástica.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Material Biológico:
Plasma citratado.
Coleta:
3,0 ml de plasma citratado a 3,2 %.
Coletar o sangue em seringas ou tubos pré-aquecidos
a +37ºC.
Após coleta, manter o tubo em banho-maria ou
estufa a +37ºC
Armazenamento:
Não congelar nem refrigerar. Enviar com urgência
mantendo a +37ºC ou à temperatura ambiente se
superior a +24ºC.
Exames Afins:
Crioglobulinas.
Valor Normal:
Negativo para criofibrinogênio
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Lactentes: coletar imediatamente antes da próxima
mamada.
Interferentes:
Hemólise. Amostras de sangue previamente
refrigeradas ou conservadas à temperatura ambiente
em dias frios. Amostra heparinizada.
Método:
Criocrito a +4ºC
Interpretação:
O Criofibrinogênio é constituído de fibrinogênio e de
outras substâncias que se precipitam em
temperaturas baixas. A criofibrinogenemia pode
produzir sintomas na epiderme de extremidades,
orelhas ou nariz. Tais sintomas incluem: púrpura,
ulceração, necrose, gangrena, sangramento, urticária
fria, bolhas, livedo reticularis e S. de Raynaud. 13 %
dos pacientes com criofibrinogenemia podem
103
de Waldenström, glomerulonefrites, S. de Raynaud,
crioglobulinemia mista idiopática.
CRIOGLOBULINAS
CBHPM 4.03.08.01-4
AMB 28.06.041-5
AMB 28.06.130-6
Sinonímia:
Crioimunoglobulinas.
Fisiologia:
Crioglobulinas são proteínas plasmáticas anormais
(paraproteínas) caracterizadas por precipitação,
gelificação ou cristalização quando o soro ou suas
soluções são submetidos a esfriamento entre Zero a
+4ºC. O seu peso molecular é ao redor de 180 kDa,
o que as diferencia das proteínas de Bence Jones que
variam de 35 a 50 kDa. Existem três tipos: tipo I,
crioglobulinas monoclonais, tipo II, crioglobulinas
mistas com um constituinte monoclonal e tipo III,
crioglobulinas mistas policlonais.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
3,0 ml de soro. Coletar o sangue em seringa ou tubo
pré-aquecido a +37ºC. Deixar coagular em banhomaria ou estufa a +37ºC. Separar o soro antes de
atingir a temperatura ambiente.
Armazenamento:
Não refrigerar. A amostra deve ser enviada ao
departamento técnico com urgência permanecendo
em temperatura ambiente.
Exames Afins:
Perfil do complemento, pesquisa de auto-anticorpos.
Eletroforese de Proteínas. Imunofixação para cadeias
pesadas G, A e M e leves κ e λ (kappa e lambda).
Valor Normal:
Negativo, Não reagente ou 0 %
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Criocrito. Lowry
Interpretação:
Mieloma múltiplo, leucemia linfocítica crônica,
policitemia vera, linfossarcoma, periarterite nodosa,
LES, artrite reumatóide, S. de Sjögren, febre
reumática, calazar, endocardite bacteriana subaguda,
malária, cirrose hepática, hepatite C, coronariopatia,
sífilis, mononucleose infecciosa, macroglobulinemia
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
CRIPTOCOCOSE
BLASTOMICOSE EUROPÉIA
CBHPM 4.03.10.10-8
CBHPM 4.03.09.05-3
AMB 28.06.043-1
AMB 28.09.019-5/92
Sinonímia:
Blastomicose européia. Torulose.
D. de Busse-Buschke.
Cryptococcus neoformans, variedades neoformans,
grubii e gattii.
Saccharomyces lithogenes. Torula histolytica (ant.).
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Fungi,
FORMA ANAMORFA: Divisão (Filo) Basidiomycotina,
Subdivisão Deuteromycotina, Classe
Heterobasidiomycetes, Ordem Filobasidiales, Família
Cryptococcaceae, Gênero Cryptococcus, Espécie
neoformans, variedade neoformans.
FORMA TELEOMORFA:
Divisão (Filo) Basidiomycotina, Classe
Heterobasidiomycetes, Ordem Filobasidiales, Família
Filobasidiaceae, Gênero Filobasidiella, Espécie
neoformans.
O C. neoformans tem 5 sorotipos, A, B, C, D e AD
subdivididos em 3 variedades: var. grubii, var.
neoformans e var. gattii.
Doença de distribuição universal. Os esporos do
fungo são veiculados por fezes de pombos e de
outros pássaros onde obtêm a sua fonte de
nitrogênio a partir da creatinina cloacal e também por
árvores do gênero Eucalyptus.
A infecção se dá por via inalatória produzindo a
forma pulmonar inicial que pode evoluir para a cura
espontânea ou disseminar-se para as formas
meningoencefálica, cutânea, óssea ou para qualquer
outro órgão, conforme o “status” imunológico do
paciente.
Método:
Soroaglutinação. Pesquisa de blastoconídeos com
tinta-da-China (Nanquim).
Interpretação:
Útil no diagnóstico e prognóstico de infecções por
criptococos. A sorologia depende da cápsula
polissacarídica do fungo que quase não desperta
reação imunológica patognomônica, podendo
apresentar reações cruzadas com outras micoses
sistêmicas.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Material Biológico:
Soro / Liquor.
Coleta:
Volume mínimo: 2,0 ml.
Armazenamento:
Congelar a amostra a –20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Sorologia para Blastomicose e Histoplasmose.
Micológico direto com tinta-da-China.
Valor Normal:
Negativo ou Não reagente
105
CROMATINA SEXUAL
BARR, CORPÚSCULO DE
CBHPM 4.03.12.02-0
AMB 28.14.010-9/92
Sinonímia:
Cromatina de Barr. Corpúsculo de Barr. Cromatina
perinuclear. Cromossomo X inativado.
Fisiologia:
O número de cromossomos X inativados
encontradiços na periferia do núcleo em interfase é
um a menos que o número de cromossomos X do
paciente.
Material Biológico:
Sangue com EDTA.
Coleta:
2,0 ml de sangue total.
Raspado de mucosa oral.
Armazenamento:
Esfregaços com material da mucosa oral são fixados
logo após a coleta em álcool a 90 %.
Exames Afins:
Testosterona, LH, FSH, SDHEA, Cariótipo.
Valor Normal:
Sexo masculino
Sexo feminino
Ausente ou Negativa
Presente ou Positiva
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Corante panóptico e coloração de Harris-Shorr.
Interpretação:
Útil na determinação do sexo genético e no
diagnóstico de anomalias cromossômicas ligadas ao
sexo.
A) Cromatina Negativa:
Ausência de baquetas em 200 neutrófilos e ausência
de cromatina de Barr em células epiteliais
corresponde ao 46XY (homens normais), 45X0 (S. de
Turner) e 47XYY.
B) Cromatina Positiva:
Presença de uma baqueta nos neutrófilos e de
cromatina de Barr em células epiteliais corresponde
ao 46XX (mulheres normais), 47XXY (S. de
Klinefelter) e 48XXYY.
Presença de duas baquetas nos neutrófilos e de
cromatina de Barr em células epiteliais corresponde a
mulheres 46XXX.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Sinonímia:
Cr. Cromo hexavalente. Crômio. Cromato de potássio.
Bicromato de potássio. Ácido crômico. Óxido crômico.
Crómio.
Interpretação:
Cromo hexavalente:
Este indicador biológico é capaz de indicar uma
exposição ambiental acima do Limite de Tolerância,
mas não possui, isoladamente, significado clínico ou
toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem
está associado a um efeito ou disfunção de qualquer
sistema biológico.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de
30/12/94).
Fisiologia:
§ Índice Biológico Máximo Permitido
CROMO
Cr
CBHPM 4.03.13.31-0
CHBPM 4.03.13.19-0
AMB 28.15.013-9
24
51,9961
1,6
2.130 K
2.945 K
7,190 g/cm3
Cr
5
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenesp/elem/e02400.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta
belaperiodica1.htm
http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br
1
[Ar]3d 4s
Cromo
Metal de transição interna.
O Cromo é utilizado na indústria química e de síntese
orgânica na fabricação de ácido crômico, de
cromatos, bicromatos e ligas de ferrocromo, na
impressão técnica e fotográfica, em fabricação de
cimento, soldagem de aço inoxidável, curtição de
couro e em galvanoplastia. Além disso, é utilizado
como base anticorrosiva de produtos por cromagem,
anodização de alumínio, refratários, tintas, ligas
metálicas e impregnação de madeiras. Fabricação de
cimento e trabalhos da construção civil.
Material Biológico:
Urina e/ou soro.
Coleta:
Urina : Alíquota de 20 ml de urina de final de jornada
de trabalho do último dia da semana.
Soro: 1,0 ml
Valor Normal:
Urina
IBMP §
Soro
até 5,0 µg/g Creatinina
30,0 µg/g Creatinina
2,3 a 40,3 nmol/l
* Para obter valores em ng/ml, multiplicar os nmol/l
por 0,052
Método:
Absorção atômica (forno de grafite).
107
CROMOSSOMO PHILADELPHIA
GENE BCR-ABL
CBHPM 4.03.14.04-9
AMB 28.04.092-9
Sinonímia:
Cromossomo Philadelphia. Cromossomo Ph1.
Leucemia mielóide crônica (LMC). Monitoração
citogenética de leucemia mielóide crônica.
Translocação BCR-ABL. Rearranjo BCR-ABL. Gene
bcr-abl.
Fisiologia:
A leucemia mielóide crônica (LMC) caracteriza-se, em
90 a 95 % dos casos, pela presença da translocação
t(9;22)(q34;q11) que dá origem ao cromossomo
Philadelphia.
O objetivo principal da cultura e análise das
metáfases da medula óssea é a investigação do
cromossomo Philadelphia (Ph1), que é uma
translocação entre o cromossomo 22 e o
cromossomo 9, t(9;22)(q34;q11), esta translocação
deixa o cromossomo 22 muito pequeno. Esta
translocação move o proto-oncogene abl de sua
posição normal no cromossomo 9q para a "região do
grupo de pontos de quebra" (BCR), um gene de
função desconhecida no cromossomo 22q. A
justaposição das seqüências BCR e ABL possibilita a
síntese de uma proteína mais longa que a ABL
normal e isso faz com que altere a expressão das
células hematopoéticas malignas, causando portanto
a Leucemia Mielóide Crônica (LMC); 90 % dos
indivíduos com LMC possuem uma alta proporção de
metáfases com cromossomo G deficiente nas células.
Material Biológico:
Medula óssea.
Sangue com EDTA.
Coleta:
A coleta da medula óssea é feita com seringa
lubrificada com heparina sódica e o material semeado
em meio de cultura de tecido. Volume mínimo: 0,3 ml
Sangue com EDTA: Volume mínimo: 3,0 ml
Preparo do paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método: Cultura de medula óssea com bloqueio em
metáfase e estudo citogenético. Bandamento G.
Hibridação in situ fluorescente. FISH.
Armazenamento:
Manter à temperatura ambiente. Não refrigerar nem
congelar. O exame deve ser feito dentro de 6 horas
após a coleta.
Exames afins:
Hemograma, Mielograma, Fosfatase alcalina em
neutrófilos.
Valor normal:
Rearranjo dos genes BCR-ABL Negativo.
Interpretação:
O cromossomo Philadelphia está presente em cerca
de 90 % dos pacientes com LMC do tipo adulto. A
sua presença sugere melhor prognóstico. Pode ser
utilizado no diagnóstico diferencial com reações
leucemóides. Na Leucemia Linfóide Aguda (LLA) ou
na Leucemia Mielóide Aguda (LMA) Philadelphia
Positivo a presença é muito variável mas, em geral,
superior a 20 %.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/C
yclosporiasis_il.htm
http://www.cdfound.to.it/HTML/cyc1.htm
http://www.cdfound.to.it/HTML/khan.htm
CRYPTOSPORIDIUM E
CYCLOSPORA
CYCLOSPORA
CBHPM 4.03.10.11-6
AMB 28.10.057-3
Sinonímia:
Diarréia dos viajantes. Diarréia dos turistas.
Cryptosporidium parvum. Cyclospora cayetanensis.
Fisiologia:
Cryptosporidium parvum.
Taxonomia: Sub-reino Protozoa, Filo Apicomplexa,
Classe Sporozoea, Subclasse Coccidia, Ordem
Eucoccidiida, Subordem Eimeriina, Família
Cryptosporidiidae, Gênero Cryptosporidium, Espécie
parvum.
Cyclospora cayetanensis.
Taxonomia: Sub-reino Protozoa, Filo Apicomplexa,
Classe Sporozoea, Subclasse Coccidia, Ordem
Eucoccidiida, Subordem Eimeriina, Família
Cyclosporidiidae, Gênero Cyclospora, Espécie
cayetanensis.
Material Biológico:
Fezes diarréicas. Fluido duodenal, bile. Escarro
induzido, lavado brônquico. Espécime de biópsia.
Coleta:
Peso mínimo das fezes: 30 g
Armazenamento:
Acondicionar em bicromato de potássio a 2 % para
facilitar a esporulação.
Exames Afins:
Pesquisa de Rotavírus, Protoparasitológico,
Coprocultura.
Valor Normal:
Negativo ou Não reagente
Método:
Ziehl-Neelsen modificado por Kinyoun (a frio).
Interpretação:
O teste é útil no diagnóstico das infestações em
pacientes imunodeprimidos e na diarréia dos
viajantes.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Cr
yptosporidiosis_il.htm
109
CULTURA
CBHPM 4.03.10.12-4
CBHPM 4.03.10.13-2
AMB 28.10.058-1
AMB 28.10.066-2/92 e outros
Sinonímia:
Bacteriológico. Cultura para aeróbios e facultativos.
Cultura para anaeróbios. Cultura para micobactérias.
Cultura para fungos.
Material Biológico:
Qualquer material clínico.
A - Abscessos. Secreção de fístula. Secreção de
gangrena. Secreção de celulite.
B - Sangue: Ver no título "Hemocultura".
C - Cateter vascular. Cateter venoso central. Cateter
venoso periférico. Hickman. Broviac. Swan-Ganz.
Cateter umbilical. NPP.
D - Cateter urinário ou sonda vesical: não é aceitável
para cultura.
E - Liquor. Ver no título "Cultura de liquor".
F - Escaras. Úlceras de decúbito. Queimaduras.
G - Olhos. Sacos conjuntivais. Córnea. Ver em
"Cultura de Olhos".
H - Fezes. Ver no título "Cultura de fezes".
I - Fluidos. Líquido abdominal. Líquido peritonial.
Ascite. Bile. Líquido articular. Líquido sinovial.
Sinóveo. Líquido pericárdico. Líquido pleural.
J - Lavado gástrico. Ver nos títulos "BAAR" e
"Mycobacterium spp."
K - Material de trato respiratório inferior. Aspirado
traqueal. Lavado ou escovado bronco-alveolar.
Escarro.
L - Material de trato respiratório superior. Secreção
oral. Secreção nasal. Secreção naso, orofaríngea ou
tonsilar.
M - Fragmento de tecido.
N - Urina. Ver no título "Urocultura".
O - Materiais de origem genital.
Coleta:
A - ABSCESSOS E SECREÇÕES ABERTAS:
Remover o exsudato superficial com soro fisiológico
estéril ou álcool 70ºGL. Coletar dois "swabs" estéreis,
em profundidade. Introduzir um dos "swabs" em
meio de transporte de Stuart ou similar para fins de
cultura. Com o outro "swab" fazer um bom esfregaço
em lâmina para Gram.
Obs.: cotonetes ou palinetes comerciais não devem
ser utilizados para coletar material para fins de
cultura, pois são impregnados de substância antiséptica que inibe o crescimento bacteriano. Já para
fazer esfregaços para bacterioscopia, podem ser
usados.
A' - ABSCESSOS E SECREÇÕES FECHADAS:
Limpar a superfície com soro fisiológico estéril ou
álcool 70ºGL. Com seringa e agulha, aspirar ao
menos 1,0 ml do material e transferi-lo
assepticamente para meio de transporte anaeróbio.
C - CATETER VASCULAR: Limpar a pele
circunjacente ao cateter com álcool 70ºGL. Remover
o cateter assepticamente e cortar ± 5 cm da
extremidade que estava inserida no paciente. Colocar
em tubo seco estéril. Não colocar em BHI ou Soro
fisiológico!
F - ESCARAS: Limpar a superfície com soro
fisiológico estéril. Coletar biópsia, fragmento
desbridado, aspirado com seringa e agulha ou
"swab". Colocar em meio para anaeróbios ou Stuart.
I - FLUIDOS: Desinfetar o local da punção com
álcool iodado. Com seringa e agulha, aspirar o
material e transferir ao menos 1,0 ml para meio de
transporte para anaeróbios.
K - MATERIAL DO TRATO RESPIRATÓRIO
INFERIOR: Coletar para recipiente seco e estéril.
Escarro: ver coleta no título "BAAR".
L - MATERIAL DO TRATO RESPIRATÓRIO
SUPERIOR:
Oral: utilizar um "swab" estéril para limpar a lesão e
outro para coletar o material. Também pode ser
fragmento biopsiado ou material aspirado com
seringa e agulha.
Nasal anterior para pesquisa de portador de
Staphylococcus ou Streptococcus: coletar com "swab"
umedecido em soro fisiológico estéril. Semear
imediatamente em ágar sangue e ágar chocolate.
Naso, orofaringe e tonsilas: coletar com "swab"
estéril e semear imediatamente em ágar sangue e
ágar chocolate.
M - FRAGMENTO DE TECIDO: coletado por
desbridamento, por biópsia ou por peça cirúrgica.
O - GENITAIS FEMININOS:
Líquido amniótico: aspirar com seringa e agulha e
inocular em meio para anaeróbios.
Secreção de Glândula de Bartholin: aspirar o
fluido com seringa e agulha e inocular em meio para
anaeróbios.
Cervix: introduzir espéculo vaginal procedendo como
para coleta de Papanicolaou; com uma gaze limpar o
muco ou secreção superficial do colo do útero e
depois coletar com um "swab" material do canal
cervical e incluí-lo em meio de transporte de Stuart
ou similar.
Fundo de saco vaginal e endométrio: aspirar o
material e incluí-lo em meio para anaeróbios.
Secreção Vaginal: limpar o excesso de secreção e
coletar dois "swabs". Um deverá ser colocado em
meio de transporte de Stuart ou similar e com o
outro fazer esfregaços em lâmina para pesquisa de
Gardnerella vaginalis.
O' = GENITAIS MASCULINOS:
Próstata: coletar como descrito no título "Cultura
seriada de Stamey".
Uretra: coletar com "swab" urogenital especial de
Dacron.
Introduzi-lo 2 a 4 cm na uretra distal e
girá-lo 5 vezes no sentido horário, colocando-o, em
seguida, em meio de Stuart.
CULTURA DE ABSCESSO
PERIAPICAL
Armazenamento:
A - ABSCESSOS E SECREÇÕES: até 24 horas à
temperatura ambiente.
C - CATETER VASCULAR: até 24 horas refrigerado
entre +2 a +8ºC
F - ESCARAS: até 24 horas à temperatura ambiente.
I - FLUIDOS: até 24 horas à temperatura ambiente.
Líquido pericárdico e pesquisa de fungos, até 24
horas entre +2 a +8ºC
K e L - MATERIAL DO TRATO RESPIRATÓRIO
INFERIOR E SUPERIOR: até 24 horas entre +2 a
+8ºC
M - FRAGMENTO DE TECIDO: armazenar em meio de
transporte para anaeróbios, ou, na falta desse, em
frasco estéril acescido de gotas de soro fisiológico
estéril para evitar o ressecamento.
O - GENITAIS FEMININOS:
Líquido amniótico: armazenar até 24 horas à
temperatura ambiente.
Secreção de Glândula de Bartholin: até 24 horas à
temperatura ambiente.
Cervix: idem.
Fundo de saco vaginal e endométrio: idem.
Secreção vaginal: idem.
O' - GENITAIS MASCULINOS: armazenar até 24 horas
à temperatura ambiente.
CBHPM 4.03.10.12-4
CBHPM 4.03.10.13-2
Exames Afins:
Bacterioscópico e antibiograma.
Preparo do Paciente:
Suspender, se possível, antibioticoterapia prévia.
Interferentes:
Antibióticos e quimioterápicos.
Método:
Exame bacterioscópico após coloração pelo método
de Gram ou Ziehl e semeadura em meios
apropriados. É rotina a identificação do gênero e
espécie bacteriana através de métodos
automatizados, provas bioquímicas e provas
sorológicas quando indicadas.
Interpretação:
A cultura permite detectar a presença e a
identificação de bactérias em diversos materiais. As
bactérias isoladas são conservadas em condições
adequadas durante 15 dias para a possível realização
de exame complementar e/ou antibiograma a critério
médico.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
AMB 28.10.058-1
Sinonímia:
Cultura de abscesso dentário. Cultura de abscesso
endodôntico.
Fisiologia:
Microrganismos mais freqüentes.
Anaeróbios:
Bacteroides forsythus
Bacteroides melaninogenicus (ant.)
Bacteroides spp.
Campylobacter rectus
Capnocytophaga ochracea
Eubacterium spp.
Fusobacterium nucleatum
Peptococcus spp.
Peptostreptococcus micros
Peptostreptococcus spp.
Porphyromonas endodontalis
Porphyromonas gingivalis
Prevotella buccae
Prevotella intermedia
Prevotella melaninogenica
Prevotella nigrescens
Propionibacterium propionicum
Veillonella parvula
Wollinella recta
Wollinella succinogenes
Outros:
Actinobacillus actinomycetemcomitans
Actinomyces israelli
Actinomyces naeslundii
Actinomyces odontolyticus
Actinomyces viscosus
Eikenella corrodens
Lactobacillus acidophilus
Streptococcus mitis
Streptococcus mutans
Streptococcus salivaris
Streptococcus sanguis
Treponema denticola
Obs.:
BPP = Bacteróide Produtor de Pigmento
Material Biológico:
Secreção ou pus de abscesso.
Coleta:
Esta coleta deve ser feita pelo endodontista.
111
Coletar com cotonete estéril e semear em tioglicolato
e em agar-sangue. Fazer lâminas para bacterioscopia
de Gram.
CULTURA DE AGULHAS DE
ACUPUNTURA
Armazenamento:
Pode ser mantido à temperatura ambiente durante
até uma hora. Depois incubar em estufa a 37ºC
CBHPM 4.03.10.12-4
Exames Afins:
Hemograma. Hemocultura. Hemossedimentação.
Valor Normal:
Normal
Ausência de microrganismos
Preparo do Paciente:
Suspender antimicrobianos durante os 5 dias
precedentes à coleta.
Interferentes:
Drogas: antibióticos e quimioterápicos.
Método:
Bacterioscópico pela coloração de Gram.
Cultura para aeróbios e para anaeróbios.
Antibiograma(s).
Interpretação:
As bactérias anaeróbias isoladas têm demonstrado
freqüentemente suscetibilidade a:
Amoxacilina,
Amoxacilina + ácido clavulânico,
Tetraciclina,
Clindamicina,
Eritromicina,
Cefalosporina e
Metronidazol.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.crope.org.br/revista/rev1099/artigo5.html
http://www.unitau.br/prppg/publica/biocienc/downlo
ads/caractmicrobianas-N2-2003.pdf
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi
?artid=271633
AGULHAS DE ACUPUNTURA, CULTURA DE
AMB 28.10.058-1
Sinonímia:
Agulhas de acupuntura, Cultura de.
Fisiologia:
Microrganismos mais freqüentemente isolados de
agulhas de acupuntura:
Micrococcus spp.,
Staphylococcus aureus,
Staphylococcus spp. coagulase-negativa*.
Material Biológico:
Agulhas recém-utilizadas de acupuntura, agulhas
consideradas "estéreis" antes da acupuntura ou
ambas.
Coleta:
Acondicionar a(s) agulha(s) em tubo estéril. Informar
se são agulhas pré ou pós-acupuntura.
Armazenamento:
Temperatura ambiente.
Valor Normal:
Negativo para microrganismos
Preparo do Paciente:
Informar se as agulhas precisam ser devolvidas.
Método:
Cultura para aeróbios. Identificação.
Ágar-sangue. Mac Conkey.
* Estafilococos coagulase-negativa mais freqüentes:
Staphylococcus
Staphylococcus
Staphylococcus
Staphylococcus
Staphylococcus
Staphylococcus
Staphylococcus
epidermidis
haemolyticus
lugdunensis
hominis
simulans
warneri
xylosus
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
enteropatogênicas causadoras de quadros diarréicos
agudos ou crônicos e da disenteria bacilar.
CULTURA DE FEZES
COPROCULTURA
CBHPM 4.03.10.17-5
CBHPM 4.03.10.18-3
AMB 28.10.058-1
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Sinonímia:
Coprocultura. Escatocultura. Clostridium difficile.
Salmonella spp. Shigella spp. Escherichia coli
enteropatogênica. Escherichia coli invasora.
Material Biológico:
Fezes recém-emitidas.
Coleta:
CULTURA ROTINEIRA E PARA Clostridium difficile:
Coletar a amostra em recipiente limpo e seco ou
contendo meio de transporte Cary-Blair ou similar.
Obs.: fezes coletadas com MIF (Merthiolate-IodoFormol) não servem para cultura.
Armazenamento:
CULTURA ROTINEIRA:
Frasco limpo e seco: armazenar durante até 2 horas
à temperatura ambiente ou até 6 horas entre +2 a
+8ºC
Frasco com meio de transporte Cary-Blair: armazenar
durante até 24 horas à temperatura ambiente.
CULTURA PARA Clostridium difficile:
Armazenar até 1 hora à temperatura ambiente, até
24 horas entre +2 a +8ºC ou a -20ºC para mais de
24 horas.
Exames Afins:
Protoparasitológico, pesquisa de rotavírus,
hemocultura, exame direto para leucócitos nas fezes
e Widal. Cultura para Yersinia enterocolitica.
Valor Normal:
Negativo para bactérias enteropatogênicas
Preparo do Paciente:
Suspender antibioticoterapia por 72 horas antes da
coleta.
Interferentes:
Antibióticos e quimioterápicos. MIF.
Método:
Cultura em meio seletivo (MacConkey, SS-agar e
Verde brilhante) e enriquecedores (tetrationato).
Identificação em série bioquímica tradicional ou
automatizada.
Interpretação:
A cultura de fezes pode identificar bactérias
113
CULTURA DE LENTES DE
CONTATO
LENTES DE CONTATO, CULTURA DE
CBHPM 4.03.10.12-4
AMB 28.10.058-1
Sinonímia:
Cultura de lentes de contato.
Cultura de estojo porta-lentes.
Cultura de líquido de armazenamento.
Cultura de soro fisiológico de uso externo.
Fisiologia:
A presença de flora patogênica nas lentes de contato
e seus acessórios pode contribuir para a instalação e
manutenção de úlceras de córnea.
Bactérias mais isoladas:
Pseudomonas aeruginosa,
Staphylococcus aureus,
Streptococcus viridans,
Streptococcus pneumoniae,
Streptococcus pyogenes,
Enterobacter aerogenes.
Fungos mais isolados:
Acremonium spp. ou Cephalosporium spp.,
Candida albicans.
Material Biológico:
Lente(s) de contato. Estojo porta-lentes.
Líquido de armazenamento. Soro fisiológico de uso
externo.
Coleta:
Lente(s) de contato em tubo estéril com 2 ou 3 gotas
de soro fisiológico estéril ou no próprio estojo.
Estojo porta-lentes com 2 gotas de soro fisiológico
estéril acondicionado em frasco plástico estéril.
1,0 ml do líquido de armazenamento ou do soro
fisiológico em tubo estéril.
Indicar se o material enviado precisa ser devolvido.
Armazenamento:
Temperatura ambiente.
Exames Afins:
Bacterioscopia. Gram. Antibiograma. Chlamydia.
Pesquisa de fungos. Tinta da China. Tinta nanquim.
Valor Normal:
Negativo para microrganismos
Preparo do Paciente:
Enviar os materiais após prazo normal de uso, sem
medidas higiênicas suplementares não-habituais
executadas previamente.
Não usar pomadas nem colírios contendo antibióticos
ou quimioterápicos durante ao menos 3 dias.
Não usar água boricada.
Interferentes:
Colírios com antibióticos ou quimioterápicos. Água
boricada.
Método:
Cultura para aeróbios. Identificação.
Ágar-sangue. Mac Conkey.
Interpretação:
Segundo os trabalhos de SILVA, CHPM. e BASQUES,
JFM. foi verificado o índice de contaminação de:
84 % para as lentes de contato,
81 % para os estojos e
63 % para os líquidos de armazenamento.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CULTURA DE LIQUOR
CULTURA DE SECREÇÃO VAGINAL
CULTURA DE LCR
CBHPM 4.03.10.12-4
CBHPM 4.03.10.12-4
AMB 20.10.058-1
AMB 28.10.058-1
Sinonímia:
Cultura de LCR. Cultura de Líquido Cefalorraquidiano.
Material Biológico:
Liquor.
Coleta:
Desinfetar o local da punção liquórica com antiséptico iodado. Esperar secar. De preferência coletar
a amostra de liquor em dois tubos separados: um
para a bacteriologia e outro para o exame citológico
e bioquímico. (Usar para a cultura, o primeiro tubo
coletado que costuma vir com elementos sangüíneos
e celulares acidentais derivados da própria punção.)
VOLUMES MÍNIMOS DE LIQUOR:
Pesquisa de bactérias = 1,0 ml
Pesquisa de fungos
= 2,0 ml
Pesquisa de BAAR
= 2,0 ml
Pesquisa de vírus
= 1,0 ml
Armazenamento:
Bactérias, BAAR e Fungos: até 24 horas à
temperatura ambiente.
Vírus: até 72 horas, refrigerado entre +2 e +8ºC
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
Sinonímia:
Cultura de corrimento vaginal. Cultura de leucorréia.
Cultura de secreção genital feminina. Bacterioscópico
de secreção vaginal. Gram de secreção vaginal.
Fisiologia:
Microrganismos da flora normal:
Bacilo de Albert S. G. Döderlein
Lactobacillus acidophilus
Lactobacillus jensenii
Staphylococcus coagulase negativa
Microrganismos patogênicos:
Escherichia coli
Streptococcus pyogenes beta hemolítico
Streptococcus agalactiae
Staphylococcus aureus
Proteus spp.
Proteus vulgaris
Corynebacterium spp.
Actinomyces israelli
Actinomyces viscosus
Salmonella spp.
Enterobacteriaceae
Gardnerella vaginalis
Listeria monocytogenes
Bacteroides spp.
Mobiluncus spp.
Haemophilus ducreyi
Neisseria gonorrhoeae
Chlamydia trachomatis
Mycoplasma hominis
Ureaplasma urealyticum
Mycobacterium tuberculosis
Candida albicans
Trichomonas vaginalis
Enterobius vermicularis
Material Biológico:
Secreção ou pus.
Coleta:
Secreção de Glândula de Bartholin ou de
Skene: aspirar o fluido com seringa e agulha e
inocular em meio para anaeróbios.
Cervix: introduzir espéculo vaginal procedendo como
para coleta de Papanicolaou; com uma gaze limpar o
muco ou secreção superficial do colo do útero e
depois coletar com um "swab" material do canal
cervical e incluí-lo em meio de transporte de Stuart
ou similar.
Fundo de saco vaginal e endométrio: aspirar o
material e incluí-lo em meio para anaeróbios.
115
Secreção Vaginal: limpar o excesso de secreção e
coletar dois "swabs". Um deverá ser colocado em
meio de transporte de Stuart ou similar e com o
outro fazer esfregaços em lâmina para pesquisa de
Gardnerella vaginalis.
Armazenamento:
Secreção de Glândula de Bartholin ou de Skene: até
24 horas à temperatura ambiente.
Cervix: idem.
Fundo de saco vaginal e endométrio: idem.
Secreção vaginal: idem.
Exames Afins:
Colposcopia. Citologia hormonal. Exame a fresco de
secreção vaginal. Ziehl de secreção vaginal. Cultura
para fungos. Pesquisa de Trichomonas vaginalis.
Pesquisa de Chlamydia. Captura híbrida para HPV.
Biópsia. Pesquisa de Mobiluncus spp., Gardnerella
vaginalis e outras bactérias.
Valor Normal:
Normal
Anormal
Presença de microrganismos da flora
normal
Presença de microrganismos patogênicos
Preparo da Paciente:
Abstinência sexual mínima de 48 horas. Não utilizar
medicamentos vaginais tópicos, não efetuar duchas
ou lavagens vaginais nem ultra-som transvaginal ou
toque ginecológico nas 48 horas precedentes ao
exame.
Se uma colposcopia for ser efetuada com aplicação
de substâncias químicas, convém que o seja APÓS a
coleta do material para Cultura.
Interferentes:
Drogas: antibióticos e quimioterápicos.
Método:
Bacterioscópico pela coloração de Gram.
Cultura para aeróbios e para anaeróbios.
Antibiograma(s).
Interpretação:
Agentes patogênicos estão freqüentemente
associados a: vaginite, vaginose bacteriana, D.
inflamatória pélvica, vulvite, cervicite, bartholinite,
skenite e uretrite.
A presença de “Clue Cells” está associada a vaginose
por Gardnerella vaginalis.
O “whiff test” para aminas consiste em acrescentar
uma gota de KOH a uma gota de secreção vaginal. O
teste é positivo quando desprende um odor
amoniacal ou de peixe, confirmando vaginose
bacteriana.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CULTURA “DOS OLHOS”
CULTURA DE SECREÇÃO CONJUNTIVAL
CBHPM 4.03.10.12-4
AMB 28.10.058-1
Sinonímia:
Cultura de secreção conjuntival. Cultura de
(superfície de) córnea. Cultura ocular.
Material Biológico:
Secreção de saco conjuntival.
Secreção de úlcera de córnea.
Coleta:
CONJUNTIVA: utilizando dois "swabs" diferentes
umedecidos em soro fisiológico estéril ou caldo,
coletar a secreção de cada saco conjuntival, semear
imediatamente em placas de Petri com ágar sangue e
ágar chocolate e passar os "swabs" em lâminas para
Gram. Alternativamente, transportar em Stuart ou
similar. Identificar as placas de Petri e as lâminas
com o respectivo lado coletado.
CÓRNEA: coletar material das conjuntivas como
descrito anteriormente e instilar 2 gotas de
anestésico. Após alguns minutos, com uma espátula
estéril coletar material da úlcera de córnea e semear
em placas de Petri contendo ágar sangue e ágar
chocolate.
Armazenamento:
Até 24 horas à temperatura ambiente.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CULTURA E ANTIBIOGRAMA
AUTOMATIZADOS
CBHPM 4.03.10.40-0
AMB 28.10.066-2/92
AMB 28.10.067-0/92
Sinonímia:
Cultura automatizada. Antibiograma automatizado.
MIC. Concentração Inibitória Mínima.
Material Biológico:
Diversos: urina de 1º ou 2º jato, fezes, secreção
vaginal, secreção uretral, sangue, líquidos cavitários
e outros.
Coleta:
Coletar o material biológico em frasco estéril
acrescido de soro fisiológico estéril quando
necessário para evitar a desidratação da amostra ou
da colônia bacteriana isolada previamente.
Armazenamento:
Conservar a amostra em geladeira ou em gelo
reciclável para o transporte.
Exames Afins:
Bacterioscopia. Exame a fresco.
Valor Normal:
Ausência de crescimento bacteriano. Identificação da
bactéria quando se tratar de colônia enviada.
Preparo do Paciente:
Identificação dos microrganismos e teste de
suscetibilidade a antimicrobianos com concentração
inibitória mínima (MIC) pelo sistema Microscan.
Obs.: Esta metodologia geralmente só é empregada
quando especialmente solicitados “cultura e
antibiograma AUTOMATIZADOS”.
Interferentes:
Uso de antimicrobianos.
Interpretação:
Exame útil à escolha adequada do antimicrobiano.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
117
CULTURA PARA FUNGOS
CBHPM 4.03.10.14-0
AMB 28.10.064-6
Sinonímia:
Micológico completo, Cultura para dermatófitos,
Cultura para Monilia, Cultura para leveduras.
Material Biológico:
Material especificado pelo clínico.
Coleta:
O material é coletado diretamente das lesões.
Quando secas, por escarificação; quando úmidas, o
material é coletado com alça ou "swab"; pêlos são
arrancados com sua base e unhas são escarificadas
na área afetada.
Exames Afins:
Micológico direto, Sorologia para Blastomicose,
Paracoccidioidomicose, Histoplasmose e Candidíase,
Intradermorreações: Paracoccidioidina, Blastomicina,
Tricofitina e outras.
Valor Normal:
Cultura Negativa
Preparo do Paciente:
Suspender medicação antifúngica tópica ou sistêmica,
se possível, no mínimo 5 dias antes da coleta do
material.
Interferentes:
Medicamentos antifúngicos, principalmente os de uso
tópico.
Método:
Cultura em meios seletivos (Sabouraud, Mycosel e
Niger). Identificação bioquímica e morfológica,
inclusive por metodologia automatizada.
DERMATÓFITOS EM ORDEM DE PREVALÊNCIA:
Trichophyton rubrum
Microsporum canis
Trichophyton tonsurans
Trichophyton mentagrophytes ou T. asteroides
Epidermophyton floccosum
Microsporum gypseum
OUTROS AGENTES DE DERMATOMICOSES:
Candida albicans
Malassezia furfur
Rhodotorula spp.
Fusarium spp.
Scopulariopsis spp.
AGENTES DAS QUIROONICOMICOSES
(EM ORDEM DE PREVALÊNCIA)
Candida parapsilosis
Candida albicans
Trichophyton rubrum
Candida guilliermondii
Candida famata
Rhodotorula spp.
Candida tropicalis
Trichophyton mentagrophytes ou T. asteroides
Candida humicola
Candida rugosa
Candida zeylanoides
Candida sake
Candida colliculosa
Candida intermedia
Candida lipolytica
AGENTES DAS PODOONICOMICOSES
(EM ORDEM DE PREVALÊNCIA)
Candida parapsilosis
Trichophyton rubrum
Trichophyton mentagrophytes ou T. asteroides
Rhodotorula spp.
Candida albicans
Candida guilliermondii
Candida famata
Candida colliculosa
Curvularia spp.
Candida tropicalis
Fusarium spp.
Epidermophyton floccosum
Candida rugosa
Candida intermedia
Candida sake
Candida humicola
Candida lipolytica
Candida norvegica
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CULTURA PERIODONTAL
CULTURA SERIADA DE STAMEY
CULTURA GENGIVAL
STAMEY
CBHPM 4.03.10.12-4
AMB 28.10.058-1
Sinonímia:
Cultura de (secreção) gengival. Cultura periodontal.
Fisiologia:
Microrganismos:
Porphyromonas gingivalis
Prevotella intermedia
outras Prevotella pigmentadas
Actinobacillus actinomycetemcomitans
Campylobacter rectus
Eikenella corrodens
Selenomonas sputigena
Fusobacterium nucleatum
Bacteroides forsythus
Wollinella recta
Capnocytophaga ochracea
Peptostreptococcus micros
Treponema spp.
Pseudomonas aeruginosa
Enterobacter spp.
Clostridium difficile
Streptococcus mutans
Streptomyces clavuligerus
Candida spp.
Material Biológico:
Secreção de periodontal/gengival.
Coleta:
Utilizando dois "swabs" diferentes umedecidos em
soro fisiológico estéril ou caldo, coletar a secreção e
semear imediatamente em placas de Petri com ágar
sangue e ágar chocolate e passar os "swabs" em
lâminas para Gram. Alternativamente, transportar em
Stuart ou similar. Identificar as placas de Petri e as
lâminas com a respectiva topografia de coleta.
Armazenamento:
Até 24 horas à temperatura ambiente.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=57&id
esp=15&ler=s
http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=60&id
esp=15&ler=s
CBHPM 4.03.10.12-4
AMB 28.10.058-1
Sinonímia:
Cultura seriada de Meares e Stamey.
Cultura quantitativa para diagnóstico diferencial de
prostatite, uretrite e cistite/nefrite. Contagem de
colônias seriada.
Material Biológico:
Urina e líquido prostático.
Coleta:
Após rigorosa higiene do prepúcio e da glande com
água e sabão, coleta-se o jato inicial de urina
(Amostra I). Em seguida, coleta-se um jato médio de
urina (Amostra II). Sem esvaziar completamente a
bexiga, procede-se a massagem prostática e coletase o líquido prostático (Amostra III) e, finalmente,
coleta-se uma última amostra de urina pósmassagem (Amostra IV).
Todos os frascos devem ser rigorosamente estéreis.
Armazenamento:
Refrigerar as amostras até o momento da semeadura
que deve ser tão precoce quanto possível.
Exames Afins:
Cultura de líquido espermático. Cultura de urina em
jatos individualizados (inicial, médio, final). Cultura
de secreção uretral.
Valor Normal:
Ausência de crescimento de microrganismos nas 4
amostras
Preparo do Paciente:
O paciente deve ingerir poucos líquidos na véspera e
comparecer ao laboratório sem ter urinado nas
últimas 4 horas.
Interferentes:
Antibióticos e quimioterápicos. Má lavagem da
genitália.
Método:
Meares EM, Stamey TA. Bacteriologic localization
patterns in bacterial prostatitis and urethritis. Invest
Urol 1968,5:492-518.
Cultura em meios adequados para aeróbios e
facultativos.
119
Interpretação:
Verificar as contagens de colônias nas 4 amostras e
alinhá-las em ordem de grandeza:
PROSTATITE:
III > IV > I > II ou III > IV > II > I
URETRITE:
I > II > IV > III ou I > II > III > IV
CISTITE/NEFRITE:
I = II > IV > III ou I = II > III > IV
Útil, também, no diagnóstico diferencial entre
prostatalgia (prostadínia) e prostatite bacteriana.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
CURVA DE INSULINA
INSULINA, CURVA DE
CBHPM 4.03.05.23-6
CBHPM 4.03.02.48-2
AMB 28.05.017-7
AMB 28.05.018-5
Sinonímia:
Insulina estimulada por glicose. Curva glicêmicoinsulínica. Insulina estimulada por tolbutamida.
Insulina estimulada por Rastinon. Insulina
estimulada por glucagon.
Obs.: ITT = Insulin Tolerance Test. Ver no título
"Cortisol estimulado por insulina".
Fisiologia:
Massa molecular = 5.807,6 g/mol
Hormônio polipeptídico de 2 cadeias, secretado pelas
células ß das ilhotas de Langerhans do pâncreas.
A insulina é produzida enzimaticamente no aparelho
de Golgi por clivagem da pró-insulina juntamente
com o Peptídeo C.
Portanto, para cada molécula de insulina formada, é
formada também uma molécula do peptídeo C.
Meia-vida (t½) biológica da insulina: ± 5 a 10
minutos. Metabolizada pelo fígado.
Meia-vida (t½) biológica do peptídeo C: ± 20 a 30
minutos. Eliminado por degradação e pelos rins.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro para cada tempo ou ponto da curva.
Identificar os tubos com os tempos: basal ou zero e
depois com o número de minutos decorridos após a
coleta do basal para cada outro ponto da curva.
Nas provas de estímulo, não deixar de coletar a
amostra de 15 minutos.
Armazenamento:
Congelar a –20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Insulina, Glicemia.
Valor Normal:
Jejum
Jejum obesos
Recém-nascidos
Após 15 minutos
Estímulo pela glicose
Estímulo pelo tolbutamida
Estímulo pelo glucagon
5 a 25 mU/l
5 a 70 mU/l
3 a 20 mU/l
13 a 80 mU/l
13 a 80 mU/l
13 a 80 mU/l
CURVA GLICÊMICOINSULÍNICA
Jejum
15 minutos
30 minutos
45 minutos
60 minutos
90 minutos
120 minutos
150 minutos
180 minutos em diante
Insulina
(mU/l)
5 a 25
13 a 80
20 a 112
27 a 103
29 a 88
27 a 86
22 a 79
13 a 51
5 a 25
Glicose
(mg/dl)
70 a 110
85 a 140
110 a 170
120 a 180
120 a 180
100 a 155
85 a 140
80 a 120
70 a 110
* mU/l = µU/ml
** Para obter valores em pmol/l, multiplicar as mU/l
por 6,945
Preparo do Paciente:
Jejum de 8 a 14 horas. Água ad libitum.
Durante os 3 dias precedentes ao teste, o paciente
deve alimentar-se com dieta rica em carboidratos
(cereais, massas, doces, açúcar) e não tomar bebida
alcoólica na véspera.
Estímulo pela glicose: idêntico à Curva Glicêmica.
Estímulo pela tolbutamida (Rastinon): cateterizar
veia com "scalp" heparinizado. Coletar a amostra
basal. Injetar EV 1.000 mg de tolbutamida num
tempo de 10 minutos. Cronometrar. Coletar aos 15
minutos e as demais amostras nos tempos
determinados pelo médico assistente.
Estímulo pelo glucagon: cateterizar veia com "scalp"
heparinizado. Coletar a amostra basal. Injetar EV
1,0 mg de glucagon. Cronometrar. Coletar aos 15
minutos e as demais amostras nos tempos
determinados pelo médico assistente.
Interferentes:
Hemólise.
Método:
Eletroquimioluminescência.
Interpretação:
Diagnóstico de insulinoma. Hipoglicemia reacional.
QUICKI
Pode-se avaliar a SENSIBILIDADE À INSULINA
calculando o Índice QUICKI
(QUantitative Insulin ChecK Index):
QUICKI =
onde:
1
LOG (insbasal ) + LOG ( glibasal )
QUICKI = Índice QUICKI
insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml
glibasal = glicose basal (jejum) em mg/dl
Normal:
Não-obesos
Obesos
Diabéticos
: 0,375 a 0,389
: 0,321 a 0,341
: 0,297 a 0,311
PROBABILIDADE DE DESENVOLVER DIABETES
MELLITUS TIPO 2 EM OBESOS COM IMC
#(BMI) > 28 kg/m²:
QUICKI inferior a 0,3320
QUICKI de 0,3320 a 0,3404
QUICKI superior a 0,3404
= 7,77 %
= 5,29 %
= 1,00 %
# IMC = Índice de Massa Corporal = BMI = Body
Mass Index
Cálculo do IMC:
IMC =
peso
altura 2
onde:
IMC = IMC ou BMI em kg/m²
peso = peso em kg
altura = altura em m
CATEGORIAS DO IMC:
IMC em kg/m2
Até 9,9
10,0 a 12,9
13,0 a 15,9
16,0 a 16,9
17,0 a 18,4
18,5 a 24,9
25,0 a 29,9
30,0 a 34,9
35,0 a 39,9
40,0 em diante
CATEGORIA
Desnutrição grau V
Desnutrição grau IV
Desnutrição grau III
Desnutrição grau II
Desnutrição grau I
Normal
Sobrepeso
Obesidade grau I
Obesidade grau II
Obesidade grau III
Advertência: o IMC pode superestimar a gordura
corporal em atletas e em pessoas com sarcofilia
(hipertrofia muscular intencional) e pode subestimar
a gordura corporal em idosos e em pessoas com
sarcopenia (perda de massa muscular, atrofia ou
hipotrofia muscular). Não se aplica a amputados.
HOMA
Pode-se avaliar a RESISTÊNCIA À INSULINA
calculando o Índice HOMAIR
(Homeostasis Model Assessment Insuline
Resistance):
121
insbasal × glibasal
HOMAIR =
22,5
glibasal = glicose basal (jejum) em mmol/l
gli30min = glicose de 30 minutos da curva glicêmica
em mmol/l
CURVA INSULÍNICA APÓS 75 g DE GLICOSE
onde:
HOMAIR = Índice HOMAIR
insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml
glibasal = glicose basal (jejum) em mmol/l
Interpretação
Pacientes normais
Pacientes “borderline”
Pacientes insulino-resistentes
HOMAIR
1,21 a 1,45
1,46 a 2,60
2,61 a 2,89
100
Insulina em m U/l
* Para obter valores de glicose em mmol/l, multiplicar
os mg/dl por 0,05551
120
80
60
40
20
0
0
A % FUNCIONAL DE CÉLULAS ß (%B) pode ser
avaliada calculando-se o HOMA%B:
A % DE SENSIBILIDADE À INSULINA (%S)
pode ser avaliada calculando-se o HOMA%S:
100
HOMAIR
HOMA%S
68,9 a 82,6
38,4 a 68,8
34,6 a 38,3
Finalmente, pode-se calcular o ÍNDICE DELTA I/G:
∆I / G =
120
150
180
210
240
CURVA GLICÊMICO INSULÍNICA APÓS 75 g. DE
GLICOSE
200
180
160
140
Glicose
120
100
80
60
40
20
Insulina
0
0
onde:
HOMA%S = % de sensibilidade à insulina
HOMAIR = Índice HOMAIR (ver acima)
Interpretação
Pacientes normais
Pacientes “borderline”
Pacientes insulino-resistentes
90
Limites superior e inferior.
20 × insbasal
glibasal − 3,5
onde:
HOMA%B = % funcional de células ß
insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml
glibasal = glicose basal (jejum) em mmol/l
HOMA% S =
60
Tem po em m inutos
Insulina (m U/l) Glicose (m g/dl)
HOMA% B =
30
ins30 min − insbasal
gli30 min − glibasal
onde:
∆I/G
= Índice Delta I/G
insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml
ins30min = insulina de 30 minutos da curva glicêmica
em mU/l ou µU/ml
30
60
90
120
150
180
210
240
Tem po em m inutos
Limites superiores.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.dtu.ox.ac.uk/index.html?maindoc=/homa
/
http://www.dtu.ox.ac.uk/index.html?maindoc=/homa
/download.html
CURVA DE RESISTÊNCIA
GLOBULAR
FRAGILIDADE OSMÓTICA
CBHPM 4.03.04.54-0
AMB 28.04.065-1
Sinonímia:
Prova de fragilidade osmótica, Prova de resistência
osmótica, Curva de hemólise. Curva de resistência
globular. CRG. Erythrocyte Osmotic Resistance. EOR.
Fisiologia:
A prova de resistência globular avalia a capacidade
dos glóbulos vermelhos de incorporar água em seu
interior sem que ocorra lise da célula. Essa
resistência está na dependência da relação entre
superfície/volume do glóbulo. Pode-se observar o
aumento da resistência globular na anemia ferropriva
assim como na talassemia e a sua diminuição na
esferocitose hereditária e esferocitose associada a
anemias hemolíticas auto-imunes.
Material Biológico:
Sangue com heparina / EDTA.
Coleta:
3 ml de sangue heparinizado com 0,06 ml de
heparina (preferencial), ou
3 ml de sangue com EDTA.
Armazenamento:
Enviar material ao laboratório logo após a coleta.
Este exame precisa ser feito em até 2 horas após a
coleta.
Exames Afins:
Hemograma, Eletroforese de Hemoglobina.
Valor Normal:
Hemólise
Curva imediata
Inicial
0,50 ± 0,02 %
de NaCl
0,40 ± 0,02 %
de NaCl
0,30 ± 0,02 %
de NaCl
Média (50 %)
Final
Curva após 24 h
a 37ºC
0,70 ± 0,02 %
de NaCl
0,45 ± 0,02 %
de NaCl
0,20 ± 0,02 %
de NaCl
Interferentes:
Alterações no pH e temperatura das diferentes
soluções osmóticas hipotônicas.
Tempos de incubação despadronizados.
Interpretação:
Patologia:
Esferocitose hereditária
Deficiência de G6PD
HbSS
HbAS
HbSC
HbCC
HbAC
Talassemia
Anemia ferropriva
Hemólise
Inicial
0,70 %
0,65 %
0,55 %
0,55 %
0,50 %
0,45 %
0,60 %
0,65 %
0,60 %
Hemólise
Final
0,30 %
0,20 %
0,20 %
0,10 %
0,20 %
0,10 %
0,10 %
0,20 %
0,20 %
Observação: Quando a “resistência” osmótica
aumenta, a “fragilidade” osmótica diminui e viceversa. Portanto, dizer “fragilidade osmótica
aumentada” é o mesmo que dizer “resistência
osmótica diminuída” e vice-versa.
AUMENTO DA RESISTÊNCIA OU
DIMINUIÇÃO DA FRAGILIDADE: anemia
ferropriva, anemias megaloblásticas carenciais,
anemia falciforme, talassemias, S. de Rietti-GreppiMicheli, anemia de Cooley, hepatopatias, pósespelenectomia, hemoglobinopatia C, RN normais.
DIMINUIÇÃO DA RESISTÊNCIA OU
AUMENTO DA FRAGILIDADE: esferocitose
hereditária, D. ou S. de Minkowski-Chauffard, D.
hemolítica do RN, anemias hemolíticas hereditárias
não esferocíticas, anemia hemolítica por deficiência
de piruvatoquinase, S. de Hayem-Widal, anemias
hemolíticas secundárias a câncer, leucemia,
infecções, gravidez; queimaduras.
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi
?artid=439273
http://www.unilim.fr/medecine/fmc/hemato/dcem1/s
yndanem.htm
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
Creed
123
CURVA GLICÊMICA
GTT
CBHPM 4.03.01.68-0
CBHPM 4.03.05.22-8
CBHPM 4.03.02.70-9
AMB 28.01.058-2
AMB 28.05.060-4
Sinonímia:
GTT, Glicose Tolerance Test, TTG, Teste de
Tolerância à Glicose, TOTG, Teste Oral de Tolerância
à Glicose, Glicemia pós-sobrecarga. Curva glicêmica
gestacional.
Exton-Rose = prova obsoleta em que se administrava
a glicose em duas doses de 50 g com intervalo de 30
minutos.
O’Sullivan = prova de sobrecarga com 50 g de glicose
e dosagem após 1 hora.
Material Biológico:
Plasma fluoretado.
Coleta:
1,0 ml de plasma para cada tempo da curva. Após a
coleta basal dosa-se a glicose.
Se a glicemia for inferior a 180 mg/dl, administramse 75 g de glicose anidra ou 40 g de glicose/m² de
superfície corporal dissolvidos em 250 a 300 ml de
água. Para crianças de até 43 kg de peso
administram-se 1,75 g de glicose/kg de peso
observando-se o mínimo de 10 g e o máximo de 75 g
de glicose anidra.
Se a glicemia for igual ou superior a 180 mg/dl só se
procede ao teste após autorização expressa do
médico assistente.
Para um rastreamento de diabetes gestacional
administram-se 50 g de glicose anidra sem jejum
prévio e coleta-se o plasma após 60 minutos.
Obs.: a glicose deve ser ingerida em até 5 minutos e
a cronometragem inicia imediatamente após a
ingestão do primeiro gole de glicose.
TÉCNICA DE COLETA PELO CATETER
HEPARINIZADO.
1 - Preparar em uma seringa uma solução
heparinizada a 1:100 em água bidestilada (0,1 ml de
heparina - 5.000 U - e 9,9 ml de água bidestilada).
Esta será utilizada durante toda a prova.
2 - Realizar a venopunção com cateter,
preferencialmente nº 19, e coletar por aspiração ±
2,5 ml de sangue, utilizando seringa descartável, e
transferir para tubo contendo anticoagulante
fluoretado.
3 - Utilizando a seringa do item 1, injetar
aproximadamente 0,8 ml da solução heparinizada;
fechar o cateter.
4 - Administrar ao paciente a solução de glicose que
deve ser tomada em menos de 5 minutos. Iniciar a
cronometragem.
5 - Para a primeira coleta N minutos após a ingestão
da glicose, aspirar com uma seringa seca,
diretamente do cateter, 1,0 ml da solução e sangue
que virá na aspiração.
6 - Aspirar com outra seringa ± 2,5 ml de sangue do
cateter e colocar em outro tubo com anticoagulante
fluoretado.
7 - Imediatamente injetar no cateter 0,8 ml da
solução heparinizada (item 1) e fechá-lo.
8 - A cada coleta subseqüente, isto é, nos tempos
previamente determinados, repetir os itens 5, 6 e 7.
9 - Durante toda a coleta, as seringas de uso
constante para a execução da tarefa deverão
permanecer em local isento de perigo de
contaminação. Para a retirada da solução
heparinizada do cateter pode-se utilizar uma mesma
seringa durante todo o procedimento.
Armazenamento:
Se o exame não for realizado imediatamente, manter
as amostras refrigeradas entre +2 a +8ºC. A curva
pode ser efetuada de maneira clássica (jejum, 60, 90,
120 e 180 min), simplificada (jejum e 120 min) ou
prolongada de até 8 horas (jejum, 30, 60, 90, 120,
180, 240, 300, 360, 420 e 480 min) conforme
solicitação médica.
Exames Afins:
Hemoglobinas glicosiladas, Proteína glicosilada,
Insulina, Frutosamina, Glicemia pós-prandial.
Valor Normal: §
Jejum
15 min
30 min
45 min
60 min
90 min
120 min
150 min
180 min
240 min
300 min
360 min
420 min
480 min
Não-gestantes
Após 75 g glicose
70 a 110 mg/dl
85 a 140 mg/dl
110 a 170 mg/dl
120 a 180 mg/dl
120 a 180 mg/dl
100 a 155 mg/dl
85 a 140 mg/dl
80 a 120 mg/dl
70 a 110 mg/dl
70 a 110 mg/dl
70 a 110 mg/dl
70 a 110 mg/dl
70 a 110 mg/dl
70 a 110 mg/dl
Gestantes
Após 100 g glicose
70 a 95 mg/dl
120 a 180 mg/dl
85 a 155 mg/dl
70 a 140 mg/dl
70 a 110 mg/dl
Rastreamento de diabetes gestacional:
Normal para 60 minutos após sobrecarga de 50 g
glicose: menor que 140 mg/dl
Obs.: 50, 75 e 100 g de glicose anidra equivalem
respectivamente a 55,0, 82,5 e 110,0 g de
Dextrosol (aumentar 10 %).
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]
* Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl
por 0,05551
§ Valores de jejum, 60, 120 e 180 minutos são
baseados na ADA – American Diabetes Association.
Os demais são tradicionais ou baseados em Tietz,
N.W. et al. Clinical Guide to Laboratory Tests.
Philadelphia: Saunders 1995.
LIMITES DA CURVA GLICÊMICA NORMAL
Glicose em m g/dl
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
0
30
60
90
120
150
180
210
240
Tem po em m inutos
Preparo do Paciente:
Jejum de 8 a 14 horas. Água ad libitum.
Durante os 3 dias precedentes ao teste, o paciente
deve alimentar-se com dieta rica em carboidratos
(≥ 150 g/dia de cereais, massas, doces, açúcar) e
não tomar bebida alcoólica na véspera.
Método:
Hexoquinase - UV - Automatizado.
Interferentes:
Paciente estressado.
Interpretação:
NÃO GESTACIONAL:
TOLERÂNCIA DIMINUÍDA: Tempo 120 min entre
140 e 200 mg/dl (diabetes, DNV, arsênico,
hipercorticoadrenalismo, choque, fadiga, gestação,
furunculose, hipertensão intracraniana,
hiperpituitarismo, jejum prolongado,
hipertireoidismo).
DIABETES MELLITUS: Tempos até 120 min com
glicemia superior a 200 mg/dl
TOLERÂNCIA AUMENTADA: Tempo 60 e/ou 90
min com glicemia inferior a 70 mg/dl
(hiperinsulinismo, hipopituitarismo, hipotireoidismo,
distrofia muscular, Addison, doença celíaca,
esteatorréia idiopática, anorexia nervosa, espru).
125
CYFRA 21-1
CBHPM 4.07.12.37-0
O CYFRA 21-1 é um ensaio eletroquimioluminescente
desenvolvido para os fragmentos de citoqueratina 19
no soro que encontra aplicação na detecção e/ou
monitoramento de tumores pulmonares malignos que
não sejam o câncer de pequenas células (NSCLC).
São eles os epidermóides, os adenocarcinomas e o
Câncer de Células Grandes. Em várias séries
estudadas verificou-se que os níveis de CYFRA 21-1
se encontram elevados, acima de 3,3 ng/ml,
demonstrando alta sensibilidade em 38 a 79 % dos
casos, para o carcinoma epidermóide (escamoso),
dependendo do estadiamento. Foram demonstrados
aumentos inespecíficos em várias situações, como
nas doenças pulmonares benignas (asma, DPOC,
pneumonias, tuberculose e pneumonites) em até 4 %
dos casos e em patologias sistêmicas como a cirrose
e insuficiência renal em até 34 % dos casos.
Cânceres de outras regiões também podem causar
discretas elevações, como o câncer de bexiga
(30 %), de colo de útero (24 %), de cabeça e
pescoço (24 %) além do próprio Ca de pulmão tipo
"pequenas células" em até 16 %.
Embora os dados disponíveis até o momento
demonstrem não ser este marcador um fator
determinante de opção terapêutica complementar, foi
verificado que ensaios mensais ou trimestrais
permitem detectar precocemente as recorrências do
tumor primário ou mesmo das suas metástases, uma
vez que o CYFRA 21-1 exibe uma alta correlação com
a resposta clínica a qualquer tratamento instituído,
desde que eficaz. Valor normal: até 3,3 ng/ml.
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO:
Avaliação da terapêutica
Monitoramento
Prognóstico
Metátases
Diagnóstico
“Screening”
Marcador associado
TU PULMÃO NÃO
PEQUENAS CÉLULAS
++++
++++
++++
+++
CEA
Sitiografia:
E-mail do autor: [email protected]

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