JARDS DA SELVA, DA SILVA E DA VIDA

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JARDS DA SELVA, DA SILVA E DA VIDA
CINEMA
JARDS DA SELVA,
DA SILVA E DA VIDA
Documentário conta vida e obra de Jards Macalé, que causou
furor com suas performances nos festivais dos anos 60 e 70
C
ENA 1 – Jards Macalé, Jorge
Mautner e Chico Buarque discutem sobre o show “Banquete dos
Mendigos” e relembram a situação política do Brasil na época
da ditadura e a questão dos direitos humanos. Tocam juntos alguma música do período, possívelmente “Acorda
Amor”, de Julinho de Adelaide, pseu-
Jards Macalé
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dônimo do Chico na época.
(O show e o disco “Banquete dos
Mendigos” foram proibidos pela censura em 1973. Era um grande espetáculo
com participação de Chico Buarque,
Mautner, Edu Lobo, Milton Nascimento, Raul Seixas, entre outros, e que tinha como mote principal a Declaração
Universal dos Direitos Humanos).
CENA 2 – Nelson Pereira dos Santos e Macalé assistem juntos, em um
cinema, a trechos
dos filmes de Nelson
em que Jards trabalhou como ator. Depois, em uma mesa
de bar, conversam
sobre os filmes, sobre cinema brasileiro
e música popular.
CENA 3 – Augusto de Campos,
em sua casa, recita
trechos de seu livro
“Balanço da Bossa”,
em que homenageia
Torquato Neto, parceiro de Jards em
“Let’s Play That” e
outras canções. No
Rio de Janeiro, Jards
e o percussionista
Naná Vasconcelos
executam a música.
Estes são alguns dos quadros programados para o documentário Jards
Anet da Selva da Silva da Vida, que os
cineastas mineiros radicados em São
Paulo, Bel Bechara e Sandro Serpa,
estão preparando para contar a vida e
a trajetória artística de Jards Macalé, e
que pretendem ver exibido em TVs
abertas e a cabo. Para apresentação em
Festivais e cinemas brasileiros haverá
um curta-metragem de 15 minutos, finalizado em 35mm.
“Conhecemos o Macalé em 1999,
quando fazíamos o documentário Walter Franco Muito Tudo e o Jards foi
uma das melhores participações do documentário, tendo feito, inclusive, o
tema de abertura do filme, adaptando a
sua (e de Capinam) clássica “Gotham
City”. Quando ele viu o trabalho pronto, achou muito bonito e então propusemos fazer um documentário sobre
ele e ele topou. De lá pra cá estudamos
profundamente a história do Jards, seus
discos, suas posições políticas, fizemos
entrevistas de áudio com ele, assistimos a muitos shows e escrevemos o roteiro”, contam os cineastas.
Pois é, está tudo pronto, mas falta
resolver a “dona encrenca” de qualquer projeto cultural – o patrocínio.
Os autores conseguiram enquadrar o
trabalho na lei Rouanet para uma captação em torno de R$ 200 mil com
100% de isenção fiscal, que podem
ser divididos em cotas. Eles estimam
MARKETING CULTURAL -OUTUBRO 2002
Os diretores Sandro e Bel
que vão atingir um público direto de
1,5 milhão de pessoas dentro de uma
faixa etária adulta (20 a 60 anos) e pertencente à classe média e alta. Com
exibição da versão curta do documentário antes de filmes estrangeiros, este
perfil será ampliado.
A dupla criou uma home page exclusiva na Internet dedicada ao projeto
(http://sites.uol.com.br/jardsdavida) e
haverá lançamento em salas de cinemas nas principais capitais, incluindo
convites especiais para personalidades, patrocinadores e imprensa. Além
do tradicional agradecimento pessoal
dos diretores, antes da exibição, a
quem apoiar financeiramente o trabalho, e a marca das empresas na abertu-
ra do vídeo e do filme, o plano de divulgação prevê peças gráficas como
500 cartazes, 500 camisetas, 500 Pop
Cards e 400 capas de Fita VHS.
FIGURA CHAVE - Jards Macalé esteve
envolvido com os tropicalistas, fez arranjos e direção musical para Caetano,
Betânia e Gal. Foi parceiro de poetas
como Capinam, Wally Salomão, Duda
Machado, Vinícius de Moraes e Torquato Neto. Fez trilhas para filmes de
Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade e Nelson Pereira dos Santos. Foi
ator de cinema, personagem principal
de “Tenda dos Milagres” e tocou e
gravou com músicos como Chico
Buarque, Itamar Assumpção, Moreira
da Silva, Walter Franco, Naná Vasconcelos, Guinga e Luiz Melodia. Os cineastas consideram Macalé figura chave para que se entenda o que de melhor
aconteceu na cultura brasileira da década de 60 até hoje. Por causa do
“Banquete de Mendigos”, a estrutura
do documentário será toda permeada
pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Duas homenagens estão
previstas a parceiros de Jards recémfalecidos: Moreira da Silva, o malandro inventor do samba de breque, e o
poeta marginal Torquato Neto, co-autor de “Let’s Play That”.
O documentário contará com as participações de Chico Buarque, Nelson
Pereira dos Santos, Wally Salomão, Júlio Medaglia, Itamar Assumpção, Paulinho da Viola, Jorge Mautner, Naná
Vasconcelos, João Gilberto e Caetano
Veloso.
Os depoimentos serão todos exclusivos e as músicas serão executadas especialmente para o documentário. ◆
Serviço: MACONDO FILMES
[email protected] tel (11) 3862.8840
fax (11) 3801.3224 Rua Heitor Penteado,
1798 / 62B SP / SP Cep 05438-300
SOBRE OS DIRETORES
O casal Bel Bechara, 25, e Sandro Serpa, 27, trabalha junto há
cinco anos com vídeo, fotografia e cinema. São formados em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais e já executaram projetos como:
Dalmar e Rosália - Ficção - 15 min - 35mm - 2001
Prêmios:
Roteiro Premiado no 1º Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem de Minas Gerais
Melhor Direção, Atriz e Montagem no Festival de Cinema de Varginha - 2002
Prêmio de Ficção – Festival de Inverno Ouro Preto – Uni BH - 2002
Selecionado para 15 Festivais Internacionais
Walter Franco Muito Tudo – Documentário – 25 min , 16mm /
Betacam – 2000
Prêmios:
Melhor Documentário Nacional (TV Cultura) - Festival É Tudo Verdade - 2000
Melhor Documentário - Mostra Mis de Vídeo - 2000
Melhor Documentário Júri Técnico e Júri Popular - Festival de Londrina 2001
MARKETING CULTURAL - OUTUBRO 2002
Prêmio de Documentário - Festival de Inverno Ouro Preto – Uni
BH - 2002
Menção Honrosa Vide Vídeo - 2001
De Incerta Feita - Ficção - 14 min - 35mm - 2001
Prêmio: Melhor Curta Minas Gerais - Belo Horizonte 2001
A Doida – Ficção – 12 min, 16mm / Betacam – 1999
Funcão: Direção e Roteiro.
Prêmios:
Melhor Ficção – Víde Video 1999
Prêmio Expocom de Ficção- 1999
Prêmio Curta Drummond – Site Curta o Curta
Poema Imperativo em Mi Menor – Videoclip - 5 min, 16mm / Betacam – 1999
Função: Direção, Fotografia e Roteiro
Prêmio: Melhor Videoclip no Guarnicê de Cinema e Vídeo do
Maranhão, 2000
Bel Bechara e Sandro Serpa trabalham atualmente na pré-produção do curta-metragem 35mm “Onde Quer que Você Esteja”.œ
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