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02/09/2009 CÁRIE DENTÁRIA Epidemiologia e Métodos Preventivos CÁRIE DENTÁRIA A cárie dentária é uma doença infectocontagiosa causada por ácidos orgânicos oriundos da fermentação microbiana dos carboidratos da dieta. LEGLER & MENAKER, 1984, LOESCH, 1993 EVOLUÇÃO TEMPO DENTE MICROBIOTA LESÃO LESÃO DENTE DE CÁRIE MICROBIOTA CÁRIE SUBSTRATO SUBSTRATO KEYES, 1962 1 02/09/2009 Dente Microbiota Idade Higiene Oral Flúor Flúor na Placa SALIVA Morfologia Nutrição DENTE MICROBIOTA CÁRIE SALIVA SALIVA Substrato SUBSTRATO Remoção Oral Saliva Higiene Oral Fluxo Detergência do alimento Cap. tampão Freqüência de ingestão de carboidratos Composição Levantamento Epidemiológico É um estudo complexo pois, há vários fatores relacionados com seu planejamento, além de ser essencial, afim de que consigamos determinar o diagnóstico e a epidemiologia da comunidade. PINTO, 2000 Importância dos dados epidemiológicos: CPO tradicional; O diagnóstico de saúde da comunidade; Estabelecimento de risco e probabilidade dos indivíduos sofrerem agravos à saúde; Orientar na definição e implementação de políticas de saúde, assim como, seu acompanhamento e avaliação; Avaliar o funcionamento dos serviços, programas e tecnologias; Vigilância epidemiológica; Estudar, historicamente, a morbidade e mortalidade devido às doenças; Identificar síndromes. CPO inovado; Exame de uma só arcada por maxilar; Índice Simplificado de Viegas; Índice de dentes funcionais (IDF); Índice de equivalência a dentes saudáveis (T-health); Índice de saúde dentária (ISD). OLIVERA, et al, 1997 PINTO, 2000 2 02/09/2009 CPOD/ CPO-D • • • • ceo-d / ceod C = cariado P = perdido O = obturado D = dente permanente • • • • c = cariado e = extração indicada o = obturado d = dente decíduo Realizado na zona urbana de 16 capitais em 5 regiões brasileiras; • A epidemiologia em saúde bucal no Brasil Padrões elevados de ataque pela cárie dental 4 grandes levantamentos de base nacional: 1986, 1993, 1996 e 2003 em todas as faixas etárias Velocidade acelerada e severidade crescente • Principais problemas de relevância coletiva da doença cárie dentária, as doenças periodontais, as oclusopatias, o câncer bucal e as fendas lábio-palatinas EXTRAÇÕES MÚLTIPLAS E EM LARGA ESCALA PINTO, 1993 BRASIL, 2002-2003 Cárie: Dados Epidemiológicos – 1986 Distribuição do índice CPO-D (ceo-d) de acordo com a idade. Brasil, 1986. Perfil epidemiológico - Cárie Dentária 30 CPO-D 25 Idade N Cariado Obturado Ext. ind. Extr. CPOD/ceo 6 931 1,13 0,10 0,02 0,00 1,26 12 1792 3,65 2,12 0,43 0,44 6,65 15-19 4797 4,28 5,88 0,60 1,93 12,69 50-59 2256 1,32 1,59 0,91 23,37 27,19 Extraído 20 15 CPOD entre 6e7 OPAS/MS Brasil,2000 10 5 0 6 a 12 15 a 19 35 a 44 Idade Cariado Obturado Ext. Indic. 50 a 59 Evolução do Índice CPOCPO-D e seus componentes segundo a idade no Brasil - 1986 3 02/09/2009 Cárie: Dados Epidemiológicos – 1996 Distribuição do Índice CPO-D (ceo-d) em crianças de 6 e 12 anos de idade. Brasil, 1996. Realizado pelo Ministério da Saúde em 27 capitais brasileiras Idade N Avaliação da população de 6 a 12 anos 6 4320 0,22 12 4320 1,56 Extr. Ind. Extr. CPOD/ceo 0,02 0,01 0,002 0,28 1,21 0,17 0,12 3,06 Cariado Obturado MS (1996) OLIVEIRA, 1998 Índice CPOCPO-D de acordo com a idade e componentes. Brasil, 1996 3,5 3,06 3,0 2,38 2,5 100 80 1,87 2,0 60 1,53 1,15 1,5 40 0,7 1,0 0,5 Percentual de indivíduos examinados totalmente livres de cárie (CPO=0 e ceo=0). Brasil, 1996 0,28 20 34% 27% 19% 18% 8 9 0,0 6 7 Extr. Ind. 8 9 10 Extraído Restaurado 11 12 Cariado Fonte: COSAB/MS, 1998 19% 23% 21% 11 12 0 6 7 Contribuição do CPOCPO-d e ceoceo-d para o total de dentes presentes afetados pela cárie, de acordo com a idade 10 Sem cárie Fonte: COSAB/MS, 1998 Com cárie Distribuição do CPOCPO-D aos 12 anos de acordo com os dentes. Brasil, 1996 5,0 4,0 3,0 2,0 CPO-D 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 ceo-d 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 1,0 Cariado 0,0 6 7 8 9 10 11 Restaurado 12 Extraído Idade Fonte: COSAB/MS, 1998 Fonte: COSAB/MS, 1998 4 02/09/2009 Levantamento Epidemiológico de 1996 RR AP AM PA CE MA PI AC TO RO BA MT 3,1 a 4,0 RN PB AL SE DF GO 1,47 a 2,0 2,1 a 3,0 PE MG MS SP ES RJ PR SC mais de 4 RS Distribuição das capitais brasileiras com relação à faixa de CPOCPO-D aos 12 anos - 1996 O Ministério da Saúde iniciou uma discussão, afim de que, fosse realizado uma avaliação da saúde bucal abrangendo tanto a população urbana como a rural. Cárie: Dados Epidemiológicos – 2003 Distribuição do índice CPO-D (ceo-d) de acordo com a idade. Brasil, 2003. Realizado pelo Ministério da Saúde; CPOD/ceo Idade N Hígido Cariado Obtur. Extr. Avaliação populacional das faixas 6 26641 16,05 2,36 0,36 0,08 2,8 etárias entre 18 – 36 meses à 12 34550 22,7 1,69 0,91 0,18 2,78 65 – 74 anos. 15-19 16833 22,24 2,79 2,49 0,89 6,17 35-44 13431 10,85 2,68 4,22 13,23 20,13 65-74 5349 3,4 1,23 0,73 25,83 27,79 OLIVEIRA, 1998 BRASIL, 2004 Médias de CPO -D e proporções de componentes aos 12 anos segundo macrorregião. Brasil, 2003. BRASIL, 2004 Médias de CPO/ceo e proporções de componentes segundo idade no Brasil. Brasil, 2003. BRASIL, 2004 5 02/09/2009 Cárie: evolução 1986-2003 (CPO-D/ceo-d) Índice CPO-D em crianças de 12 anos de idade. Brasil, 2005. 7 6 5 54% 6,65 1996 9% 4 2003 3 2 1986 3,06 2,78 1 0 Por que a cárie está em declínio? PINTO, 2000 Remoção profissional da placa Não é aceita como método efetivo de prevenção • Importância da Saúde Bucal (Palestras, atendimento clínico, etc...) • Instrução de higiene Oral – Escovação supervisionada da doença cárie • Conscientização sobre dieta – Atendimento individual As profilaxias criam uma dependência desnecessária do paciente para com o profissional, o que representa um custo adicional Educação em Saúde Bucal • Informações complementares Silva, 2000 6 02/09/2009 Importância da Saúde Bucal Importância da Saúde Bucal ü MASTIGAÇÃO ü ESTÉTICA Importância da Saúde Bucal ü EVITAR O MAU-HÁLITO ü FONAÇÃO ü MERCADO DE TRABALHO ü ASPECTO AFETIVO ü TIPO DE ALIMENTO; ü CONVÍVIO SOCIAL PARA EVITAR A CÁRIE DENTAL ü FREQÜÊNCIA; ü REDUÇÃO NO CONSUMO DE AÇUCARES?????? ü QUALIDADE ü NÃO CONSUMIR ALIMENTOS AÇUCARADOS ENTRE AS REFEIÇÕES?????? 7 02/09/2009 DOENÇAS ü CARDIOVASCULARES; ü CÂNCER; ü HIPERTENSÃO; ü DIABETE MELLITUS. ACONSELHAMENTO DIETÉTICO ESCOVAÇÃO DENTAL ESCOVAÇÃO DENTAL ESCOVA IDEAL üPEQUENA üMACIA üCERDAS DE TAMANHO IGUAIS ESCOVAÇÃO DENTAL ESCOVAÇÃO DENTAL 8 02/09/2009 ESCOVAÇÃO DENTAL ESCOVAÇÃO DENTAL ESCOVAÇÃO DA LÍNGUA ESCOVAÇÃO DA LÍNGUA CREME DENTAL 9 02/09/2009 FIO DENTAL ü PORQUE USAR? ü COMO USAR? ü TIPOS DE FIO DENTAL – FITA, FIO. Flúor importante é aquele presente Não substituem a escovação! constantemente na cavidade bucal, participando do processo de cárie e agindo diretamente nos fenômenos de desmineralização e remineralização. SILVA, 2000 10 02/09/2009 Mecanismo de ação REMINERALIZAÇÃO REMINERALIZA ÇÃO • Ação mineralizadora • Redução da solubilidade do esmalte • Ação anti-enzimática • Ação bacteriostático • Interferência na adesão bacteriana Flúor DESMINERALIZAÇÃO DESMINERALIZA ÇÃO Ação mineralizadora Atividade do flúor • SISTÊMICO: incorporação a malha cristalina dos cristais de esmalte, com a formação de Fluorapatita • TÓPICO: trocas iônicas superficiais interferindo na desmineralização ácida do esmalte dental Destruição total TÓPICO Cavidade Visível Lesão de esmalte Microscopia ótica SISTÊMICO Subclínica Microscopia eletrônica MALTZ & CARVALHO, 2003 EFEITO TÓPICO EFEITO TÓPICO EFEITO SISTÉMICO • Ação dinâmica (processo des-remineralização) • Reservatório de F freqüência de exposição do esmalte) • Atuação por meio de saturação • Formação da apatita fluoretada / fluoreto de cálcio (debilidade) • A importância da espera de 30 minutos SILVA, 2000 11 02/09/2009 Ação remineralizadora Efeito tópico • Ação dinâmica • Reservatório de F (freqüência de exposição do esmalte) • Trocas iônicas: dente e meio bucal Biofilme Condição ativação de F pH • Ação dinâmica (processo des-remineralização) • Reservatório de F freqüência de exposição do esmalte) • Atuação por meio de saturação • Formação da apatita fluoretada / fluoreto de cálcio (debilidade) • A importância da espera de 30 minutos Superfície dental Incorporação F na malha cristalina do esmalte • • • • • Ação enti-enzimática Ação bacteriostática Atua na enzima enolase fosfora gliceronuclease Enzima que atua na manutenção da bactéria Inibição da DES Inibição dos Ácidos Pensamento de fluoretação dos açucares • [ ] de Flúor > 95 ppm. • Interferência na membrana (diminuição dos íons K e P) • Bacteriolise (retardo no crescimento das bactérias mais fracas) • Indução de enzimas autolíticas • Base cientifica para indicação da escavação em massa (ART) Interferência na adesão bacteriana ANTI-ENZEMÁTICA REMINERALIZAÇÃO • [ ] de Flúor > 40 ppm. • Retarda a formação do polissacarídeos extracelular, consequentemente na adesão bacteriana, crescimento e maturação bacteriana ADESÃO BACTERIANA REDUÇÃO SOLUBILIDADE BACTERIOSTÁTICO 12 02/09/2009 ANTI-ENZEMÁTICA REMINERALIZAÇÃO EFEITO SISTÉMICO REDUÇÃO SOLUBILIDADE ADESÃO BACTERIANA BACTERIOSTÁTICO SILVA, 2000 Redução da solubilidade de esmalte • Formação da fluorapatita • Uso comunitário: Flúor de abastecimento • Maior resistência a ação de ácidos • Deposição de cristais no espaço intercristalino • Reservatório de flúor (CIV) – ação bacteriostática • Uso individual: Bochechos e dentifrício • Uso profissional: Géis e soluções, verniz fluoretado, ionômero de vidro, selante fluoretado Fluoretação da água de abastecimento Histórico: Fluoretação da água Fluoretação do sal Suplementos fluoretados Fluoretação do leite, açúcar e gomas de mascar 201 – 131 a.C, na Grécia foram descritos dentes castanhos ou pigmentados, como mais “resistentes as doenças da boca”; 1888 – Kuhns, México, observou a presença de alterações morfológicas do esmalte; 1901 – Eager, Itália, descreveu manchas escuras no esmalte dentário “Denti di Chiaie”; 1916 – Blach e McKay utilizaram pela primeira vez o termo “esmalte mosqueado”; 1928 – Kempf e Mckay, confirmaram a hipótese da associação entre a água e a alteração dental; 1931 – Dean observou a relação inversa entre flúor e cárie (1 ppm); 1959 – Baixo Guandu , ES, 1ª cidade brasileira a realizar fluoretação de água . KOZLOWSKI; PEREIRA, 2003 13 02/09/2009 Vantagens do método Adequado Baixo custo Fluoretação da água de abastecimento Seguro na dosagem indicada Simplicidade do emprego Eficiente: redução da cárie dentária em torno de 65% Universalidade de consumo em todas as faixas etárias MURRAY, 1992 KOZLOWSKI; PEREIRA, 2003 Fluoretação da água de abastecimento CONCENTRAÇÃO EFICAZ NO COMBATE E PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA Desvantagens do método Alto desperdício Grande parcela da população não tem acesso à água tratada 0,7 a 1,2 mg de íons flúor Risco de ocorrência de fluorose dentária por litro de água. SILVA, 2000 Fluoretação da água de abastecimento Para que o flúor na água de abastecimento Fluoretação da água de abastecimento Esse fato é comprovadamente demonstrado em possa efetivamente trazer benefícios em termos vários estudos mundiais, sendo verificado em de redução de cárie, é necessário que ele esteja Baixo Guandu durante os anos de 1970 a 1987 a presente ININTERRUPTAMENTE e no teor preconizado de flúor ativo para cada localidade. interrupção do sistema de fluoretação de água, através do aumento no índice de CPO-D em crianças de 12 anos. Kozlowski & Pereira, 2003 Kozlowski & Pereira, 2003 14 02/09/2009 Fluoretação da água de abastecimento NO BRASIL... ASPECTOS LEGAIS Muitos estudos mostram que a prevalência da cárie dental no Brasil era muito alta antes da fluoretação da água, e decresceu atingindo índices moderados. - Lei Federal 6.050: dispõe sobre a fluoretação de águas em sistemas públicos de abastecimento Araçatuba (SP) - de 1972 a 1977, redução de 28,3% no índice de cárie para a dentição permanente aos 12 anos de idade (SALIBA et al., 1981) - após 21 anos de água fluoretada, redução de 55% (ARCIERI et al., 1998); - Decreto Federal 76.872: dispõe em seus Piracicaba (SP) - redução de cárie ao se comparar dados dos últimos 25 anos artigos 1º e 2º e respectivos parágrafos, da de fluoretação das águas de abastecimento (BASTING et al., 1997) obrigatoriedade da implantação de sistemas de fluoretação de águas. Kozlowski & Pereira, 2003 Fluoretação do sal Fluoretação do sal Substitutivo da fluoretação da água de VANTAGENS: DESVANTAGENS: Ø Facilidade de aplicação; ØConsumo de sal grosso (37% da Ø Custo reduzido; Ø abastecimento em locais onde não é possível essa condição população); Abrangência – urbana e rural ØHipertensão; (não necessita de rede de ØIdade; abastecimento); ØDifícil controle de ingestão; Ø Menor desperdício do flúor; Ø Escolha individual – sem perda Ø Falta de controle na distribuição de liberdade. Silva, 1991 Suplementos com flúor Fluoretação do sal Comprimidos, gotas, -Dose considerada ótima: 250 mg/F por Kg de sal -Países que o utilizam: Colômbia, Espanha, México, Alemanha e França. - Silva, 1991 pastilhas e tabletes mastigáveis Compostos mais utilizados: fluoreto de sódio, fluoreto de cálcio e fluoreto de potássio. Silva, 1991 Silva, 2000 15 02/09/2009 Suplementos com flúor Suplementos com flúor - Suplementação Pré-Natal Segundo a OMS (1994) - Não é mais recomendado. 1. Limitada aplicação como medida preventiva de saúde pública; - Suplementação Pós-Natal 2. Em regiões com baixa prevalência de cárie – 0,5 mg de flúor a partir de 3 anos; - Não viável em programas preventivo 3. Suplementos prescritos devem ser acondicionados em embalagens de saúde pública; protegidas das crianças; - Restringe-se a casos onde existe uma 4. Em áreas onde exista uma particular ocorrência de cárie, deve-se alta motivação individual e familiar. adaptar a dosagem, começando aos seis meses de idade, levando - mais indicados em pacientes de alto risco de cárie Silva, 2000 Suplementos dietéticos fluoretados Pode-se ressaltar que os suplementos dietéticos fornecem a possibilidade de uso do flúor em áreas deficientes ou com dificuldades de implantação do método sistêmico no sistema de abastecimento da água, além de permitirem a adequação da dosagem de acordo com as necessidades. em consideração o flúor na água de abastecimento público. Fluoretação da água nas escolas Técnica semelhante à utilizada nas estações de abastecimento; Concentração de 3 a 7 vezes acima do teor recomendado na rede local devido a pequena permanência das crianças na escola e, por isso, mesmo a concentração de flúor sendo alta o consumo pelas crianças é baixo. Vantagens: Desvantagens: • abrangente; • Idade escolar; • Independe dos pais • Exposição intermitente; para a aplicação. • Equipamentos e funcionários próprios. Unfer; Saliba, 1999 Silva, 2000 Fluoretação do leite Fluoretação do açúcar Vantagens: Vantagens: • O leite serviria de alimento, ao mesmo tempo que protegeria contra a cárie. • Observou-se a diminuição de cáries em consumidores de açúcar; Desvantagens: Desvantagens: • Ionização incompleta do flúor; • Processo dispendioso; • Não é igualmente acessível a todas as classes sociais; • Consumido basicamente por crianças de menor idade; • Difícil fiscalização devido ao grande número de laticínios no país; • Absorção de flúor mais lenta do que quando administrada com água; • Não proporciona efeito tópico. • Estímulo ao consumo de açúcar; • Implicações de saúde geral; • Questão econômica. Silva, 2000 Silva, 2000 16 02/09/2009 Fluoretação de goma de mascar Vantagens: • Alternativas para pacientes com elevado número de S. mutans ou xerostomia; Bochechos com flúor Uso Dentifrícios com flúor domiciliar Desvantagens: • Não pode ser consumido como guloseima; • Mastigação deve ser lenta; • Condicionado à capacidade de compra e compreensão da clientela. Vernizes com flúor Gel fluoretado Aplicação profissional Terapia múltipla à base de fluoretos Silva, 2000 Bochechos com flúor Bochechos com flúor VANTAGENS: DESVANTAGENS: Ø Fácil aprendizado; Ø Não deve ser aplicado em Ø Fácil realização; Ø Baixo custo; crianças menores de três anos; Ø Calendário escolar. Sais Utilizados Fluoreto de Sódio: 0,2% - uso semanal 0,05% - uso diário Ø Aplicação extra-clínica. Vantagem: - gosto aceitável; - não irrita gengiva. Silva, 1991 Fluoreto de sódio a 0,02% • [ ] de Flúor de 100 ppm • Bochechos diários (após refeições e antes de deitar-se) • Alto risco • Crianças pequenas (ingestão involuntária) Desvantagem:- 4 visitas por série de aplicação (tempo). SILVA, 2000 Fluoreto de sódio a 0,05% • [ ] de Flúor de 250 ppm • Bochechos diários (principalmente antes de deitar-se) • Alto risco • Crianças maiores de 6 anos 17 02/09/2009 Fluoreto de sódio a 0,2% • [ ] de Flúor de 1000 ppm • Bochechos diários (1x/dia antes de deitar-se ou 3 x/semana) • Alto risco • Adolescentes e adultos Bochechos com flúor • I – controle – água • II – fluoreto de sódio 0,2% - 3 vezes por semana • III – fluoreto de sódio 0,2% - 1 vezes por semana • IV – fluoreto de sódio 0,2% - a cada 15 dias. Fluoreto de sódio a 0,5% • • • • [ ] de Flúor > 2500 ppm Bochechos semanais (1 – 2x) Alto risco Adolescentes e adultos Bochechos com flúor A solução de fluoreto de sódio 0,2% mostrou-se eficiente na redução da incidência de cárie dentária em crianças que realizaram bochechos com esta solução, sendo mais eficiente nos bochechos realizados três vezes por semana. ARCIERI, et al, 1981 Dentifrícios com flúor Década de 70 – Implementação e a disseminação dos dentifrícios fluoretados com evidências da redução da cárie dental, independente da fluoretação da água de abastecimento público. Forma mais racional de utilização, pois sua ação, associada à escovação, engloba a desorganização periódica da placa e a manutenção do flúor na cavidade bucal. PETERSSON e BRATTHALL,1996 ARCIERI, et al, 1981 Dentifrícios com flúor Estudos realizados pela OMS (1994) concluíram: 1- Deve-se estimular o uso dos dentifrícios fluoretados nos países em desenvolvimento; 2- Novos estudos devem ser realizados para o aperfeiçoamento dos dentifrícios fluoretados; 3- Os rótulos dos dentifrícios fluoretados devem informar que as crianças menores de 6 anos devem ter a escovação supervisionada; 4- Os programas de escovação supervisionada para escolares devem ser encorajados; 5- Toda pessoa deve ser aconselhada a usar dentifrício com flúor durante a escovação. SILVA, 2000 18 02/09/2009 Dentifrícios com flúor Géis e soluções CUIDADOS Vantagem: - tempo de trabalho e custo diminuído. Desvantagens: - devem ser armazenados em recipientes plásticos; - uso de copo descartável para aplicação. SILVA, 2000 Kozlowski & Pereira, 2003 Flúor Fosfato Acidulado FFA 1,23% • • • • • • Associado a um ácido (pH 3,0 a 3,8) [ ] de Flúor de 12 300 ppm Solução ou gel ácido Alta formação de CaF2 ApF 1º minuto 80% do F é incorporado (1-4 min) Ácido – DES superficial com aumento de incorporação de F • Fosfato induz a RE Fluoreto de Sódio (NaF 2%) Neutro Flúor Fosfato Acidulado FFA 1,23% INDICAÇÃO • • • • Alto risco à cárie (fluorterapia) Manchas brancas ativas e inativas Controle da microflora Manter reservatórios do ión F Fluoreto Estanhoso (SnF2 8%) • [ ] de Flúor de 9000 ppm • Diluido na água (preparo e uso imediato) • Baixa formação de CaF2 • [ ] de Flúor de 10.000 ppm • Solução ou gel neutro (paciente com estomatite) • Ação anti placa • Tempo de contato (4 min) • Manchamento nas margens das restaurações • Tempo de contato 4min 19 02/09/2009 Vernizes com flúor Fluoreto Estanhoso (SnF2 8%) INDICAÇÃO • Auxilia no controle do biofilme • Aplicação em periodo espaçados (manchamento de resinas) Inicialmente utilizados na Alemanha são materiais aderentes aplicados pelo profissional sob a superfície dentária. VANTAGENS: DESVANTAGENS: Ø Exerce seus efeitos na presença Ø É necessária a limpeza prévia da saliva; dos dentes Ø Aplicação extra-clínica; • Alto risco à risco a periodontopatias Ø Funciona como agente remineralizante ; Ø Fácil aplicação. Verniz Fluoretado SILVA, 2000 Verniz Fluoretado • [ ] de Flúor de 20.000 ppm • Composição 5% NaF = 22,6 mgF/ml • Aderência ao esmalte e liberação lenta de flúor • Quanto maior tempo de contato com a superfície dental, maior a ação Verniz Fluoretado INDICAÇÃO • Tratamento e controle de manchas brancas (ativas e inativas) Ionômero de vidro (CIV) • Boa aderência a superfície dental • Liberação lenta de flúor • Controle de sulcos e fissuras manchadas • Grande tempo de contato com a superfície (ApF) • Alto risco (fluorterapia) • Tipo Químico libera mais flúor 20 02/09/2009 Ionômero de vidro (CIV) INDICAÇÃO • Alto risco (fluorterapia) • Cavidade de cárie ativa e inativa Ionômero de vidro (CIV) • Selamento definitivo ou provisório • Cáries incipientes (restaurações preventivas) • Selamento de fossúlas e fissuras Selantes • Baixa concentração de flúor • Embricamento mecânico com o esmalte e liberação de flúor por 72 hs Selantes • Intimo contato selante/esmalte com maior penetração (ApF, FAp) • Proteção fisica da resina (“capa”) Silva, 2000 Silva, 2000 Quando selar? Selantes Surgiram na década de 60; Mostraram-se efetivos clinicamente, reduzindo o risco de aparecimento de cárie nas superfícies seladas, com custo menor do que uma restauração. Pouca aplicabilidade em saúde pública no Brasil, diferentemente dos êxitos de tal programa introduzido em outros países. Silva, 2000 Sele, observando os seguintes fatores: •Morfologia do sulco (profundo); •Atividade de cárie (mancha branca); •Idade; •Higiene oral do paciente. Não sele se: O dente for decíduo e estiver preste a esfoliar As fóssulas e fissuras estiverem cariadas; O dente apresentar lesões proximais. THYLSTRUP, FEJERSKOW,1995; Silva, 2000 21 02/09/2009 AGUDO • Motivo: ingestão de altas doses do íon flúor decorrente de aplicações tópicas. Absorção pelas paredes do Estomago e intestino. • Sinais e sintomas: indisposição geral, nauseas, vômitos, dor de cabeça, diarréia, tontura, queda da PA, fraqueza generalizada, salivação acentuada, dores abdominais, convulsões, fibrilação cardíaca Efeito Agudo Efeito Crônico AGUDO • Tratamento: Provocar vômitos, ingerir bastante leite, hospital • Ex: Criança de 3 anos (+ 15 Kgs) – DPT- 75 mg F (6,0 ml de Gel FFA 1,23% F ou 8,0 ml de gel NaF 2%) • Dose Provavelmente Toxica (DPT): 5mgF/Kg • Ex: Verniz Aplicar apenas sobre manchas brancas • Quantidades Toxicas: NaF – 0,05% (200ml) Comprimido – 100cps Fatores que influenciam na intoxicação pelo Flúor CRÔNICO • Motivo: ingestão de altas doses do íon flúor decorrente de aplicações sistêmicas e tópicas • Sinais e sintomas: fluorose dental, hipertensão, osteoporose, deficiências cardiacas Silva, 2000 • • • • • • Forma e tipo de administração Concetração iônica de Flúor pH do composto fluoretado Tempo de aplicação Idade ossea pH gastrico e da uréia pH alcalino = elimina mais rápido F pH ácido = elimina de forma mais lenta F Silva, 2000 22 02/09/2009 Fatores que influenciam na intoxicação pelo Flúor • Massa coporal • Motricidade bucal (deglutição) • Alimentação pré-flúor • Técnica utilizada • Associação de medidas Silva, 2000 Florose • Associação de medidas fluoretadas ( sistêmicas e individuais) • Gestação - aumenta a [ ] de F e ultrapassa a placenta • Dose de Segurança (DS): 0,05 mgF/Kg DISTRIBUIÇÃO BILATERAL -SIMÉTRICA DEAN (1934) LARSEN et al (1986) THYLSTRUP & FEJERSKOV (1978) WENZEL & THYLSTRUP (1982) SUPERFÍCIE VESTIBULAR WENZEL & THYLSTRUP (1982) LINGUAIS DE MOLARES E PRÉS SUP. THYLSTRUP & FEJERSKOV(1982) Silva, 2000 DENTE CANINOS, PRÉS E 2O MOLAR NANDA et al (1974) INCISIVOS SUPERIORES POULSEN & MOLLER (1974) PRÉS, 2O MOLAR, INCISIVOS SUP. E CANINOS MOLLER (1982) SIMILAR HOROWITZ et al (1984) BURGER et al (1987) LESAN (1987) GASPAR, PEREIRA & MOREIRA(1993) 23 02/09/2009 Fatores G Fator Nutricional G Aspecto SócioSócio-econômico G Temperatura G Inalação de gases G Altitude G Flúor Métodos de prevenção Outros meios de ingestão Recomendações • Limitar o uso de dentifrícios em crianças menores de 6 anos • Evitar bochechos com soluções fluoretadas em crianças com menos de 6 anos • Não prescrever Flúor sistêmico em casos com água fluoretada Silva, 2000 24
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