Mau Hálito

Transcrição

Mau Hálito
1. Odontologia Preventiva
2. Gastroenterologia
3. Clínica Geral
57 Milhões de Brasileiros Têm
Mau Hálito
A Halitose é Sintoma de que Algo Não Vai
Bem no Organismo
Fonte: Folha de São Paulo.
índice
02 57 Milhões de Brasileiros Têm Mau Hálito - A
Halitose é sintoma de que algo não vai bem no
organismo
03 Halitose - Overview, Tipos de Halitose,
Diagnóstico, Cuidados com a Halitose
04 Indicações Terapêuticas Baseadas em
Evidências - Prevenção e Tratamento da
Halitose
05 Indicações Terapêuticas Baseadas em
Evidências - Outras Terapias para Prevenção e
Tratamento da Halitose
06 Indicações Terapêuticas Baseadas em
Evidências - Uso de Nutracêuticos no
Tratamento dos Distúrbios Bucais e Redução da
Halitose
06 Referências Bibliográficas
57 Milhões de Brasileiros Têm Mau Hálito
A Halitose é Sintoma de que Algo Não Vai Bem no Organismo
Segundo a Associação Brasileira de Halitose, estima-se que 57 milhões de brasileiros tenham halitose crônica,
popularmente chamada de mau hálito.
O problema aparece com mais frequência entre os idosos, que respondem por 70% dos casos. Jovens e
crianças não estão imunes.
Os mais velhos são os mais afetados porque tomam remédios nessa fase da vida, como antidepressivos, que
diminuem a produção de saliva. A boca seca é uma das principais causas do mau hálito, conforme o
presidente da associação.
Mau Hálito Sinal de Alguma Doença
O mau hálito não é uma doença, mas sintoma de que algo não vai bem no organismo. Pode ser um sinal de
que a pessoa está doente, com diabetes ou hipertensão. Existem mais de 50 causas para o mau hálito.
Diferentemente do que a maioria pensa, cerca de 90% delas têm origem na boca, como o sangramento da
gengiva. "Somente 1% dos casos é do estômago", explicou o presidente da Associação Brasileira de Halitose.
O presidente da associação também derrubou um mito: o de que tem mau hálito quem não escova os dentes
corretamente. A halitose pode ser provocada por pouca salivação, alterações nas amígdalas e outros
problemas bucais. "Nem sempre uma boa escovação resolve o problema. Às vezes, a pessoa higieniza a boca
mais de cinco vezes ao dia e não adianta", explicou o dentista.
Mau Hálito: Difícil Diagnóstico
Apesar de quase 30% da população terem o problema, a maioria não sabe da existência dele. Depois de um
tempo, o indivíduo se habitua ao odor constante, o que os especialistas chamam de fadiga olfatória, e não
sente o próprio hálito. "Com a proximidade da boca com o nariz, você fica acostumado ao cheiro", disse.
Diante da situação desagradável, a associação criou um serviço na internet em que a pessoa indica alguém
que sofre de mau hálito, sem ter o nome revelado. Apelidado de SOS Mau Hálito, a pessoa informa o nome e
os dados do conhecido que tem mau hálito no site da associação, e como deseja que saiba do problema, por
meio de carta ou e-mail.
A associação envia um texto esclarecendo sobre a halitose, suas causas e tratamento. Quem indicou fica no
anonimato. São encaminhadas, em média, 30 cartas por mês.
Descoberto o mau hálito, a recomendação é procurar um dentista e, se necessário, outros profissionais de
saúde. Conforme Moura, o tratamento dura de três a seis meses, dependendo da causa.
Fonte: Folha de São Paulo
>> 02
Halitose
Overview, Tipos de Halitose, Diagnóstico,
Cuidados com a Halitose
Overview
A halitose não é necessariamente uma doença, mas um sinal indicativo
de que algo não vai bem no organismo, seja do ponto de vista
patológico, fisiológico ou até mesmo uma questão de má higiene
bucal.
Tipos de Halitose
A halitose pode ser fisiológica ou patológica. A primeira condição é
causada, principalmente, por saburra lingual e pobre higiene bucal.
Ela está significativamente relacionada a sintomas de depressão.
A halitose patológica é causada, basicamente, pela doença
periodontal inflamatória crônica. Seu tratamento consiste no
tratamento periodontal básico, tratamentos dentários e instrução de
higiene bucal.
Se não há halitose, mas os pacientes acreditam ser portadores dela, o
diagnóstico é de pseudo-halitose. Nesses casos, é necessário explicar
para os pacientes que a intensidade do odor não está além dos níveis
aceitáveis socialmente. Geralmente, eles consentem com a explicação
e respondem favoravelmente a ela. A halitose pode ser negativa para a
autoimagem do indivíduo, impactando na confiança e causando fobia
social.
Diagnóstico
A mensuração da halitose é complicada pela complexidade gasosa
dos compostos volatizados, dificuldades de amostragem, variações
temporais e falta de acordo com relação aos padrões de referência.
Dentre os testes de halitose, o mais frequentemente empregado é o
organoléptico.
Cuidados para evitar a halitose, indicados pela Associação
Brasileira de Halitose
Ÿ Comer a cada três horas para estimular a salivação e evitar a boca
seca (alimentos cítricos é uma boa opção);
Ÿ Escovar os dentes, usar o fio dental e o raspador lingual após cada
refeição;
Ÿ Tomar, pelo menos, dois litros de água por dia;
Ÿ Mascar chiclete depois das refeições ajuda a limpar a cavidade
bucal e a salivação (marcas sem açúcar são ideais);
Ÿ Prefira antisséptico bucal sem álcool, pois resseca menos a mucosa
da boca.
Jorge Faber. Halitose Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.14 no.3 Maringá Jan./June 2009.
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Indicações Terapêuticas Baseadas em Evidências
Prevenção e Tratamento da Halitose
Redução da Halitose
Zinco .......................................0,3%
Gel base menta para zinco ......qsp 50 g
Após as escovações, aplicar o gel nas cerdas da
escova ou do raspador de língua.
O zinco é o maior responsável por inibir os compostos sulfurados
voláteis responsáveis pela halitose. O zinco pode ser utilizado
isolado ou em combinação com outros agentes como
antimicrobianos podendo ocorrer um sinergismo contra os
compostos sulfurados voláteis.
Young A, Jonski G, Rölla G. Combined effect of zinc ions and cationic antibacterial agents on intraoral
volatile sulphur compounds (VSC). Int Dent J. 2003 Aug;53(4):237-42.
Redução da Halitose
Clorexidina ..............................0,025%
Zinco .......................................0,3%
Enxaguatório bucal base
menta......................................qsp100 ml
Bochechos 2 vezes ao dia, durante 30 segundos .
Este estudo demonstrou a eficácia de uma formulação contendo 0,3%
de zinco e 0,025% de clorexidina foi efetivo na redução dos
compostos sulfurados voláteis que são os principais
responsáveis pela halitose. Estes dois componentes agem de
maneira sinérgica no tratamento desse distúrbio
Thrane PS, Young A, Jonski G, Rölla G. A new mouthrinse combining zinc and chlorhexidine in low
concentrations provides superior efficacy against halitosis compared to existing formulations:
a double-blind clinical study. J Clin Dent. 2007;18(3):82-6.
Redução da Halitose
Clorexidina ..............................0,05%
Cloreto de cetilpiridínio............0,05%
Enxaguatório bucal
base menta .............................qsp 250ml
Bochechos 2 vezes ao dia,durante 30 segundos.
Nesse estudo os pacientes utilizaram diariamente durante 6 meses, um
dos produtos: 0,2% de clorexidina + álcool ou 0,05% de clorexidina
+ 0,05% de cloreto de cetilpiridínio sem álcool (nova formulação), ou
placebo. Os pacientes que utilizaram a nova formulação
apresentou maior efeito na redução microbiana e nos níveis dos
compostos sulfurados.
Quirynen M, Zhao H, Soers C, Dekeyser C, Pauwels M, Coucke W, Steenberghe D. The impact of periodontal
therapy and the adjunctive effect of antiseptics on breath odor-related outcome variables:
a double-blind randomized study. J Periodontol. 2005 May;76(5):705-12.
>> 04
Indicações Terapêuticas Baseadas em Evidências
Outros Terapias para Prevenção e Tratamento da Halitose
Redução da Halitose (1)
Sulfato de zinco................0,2%
Dentifrício base
fluoretado ..................qsp 50 g
Escovar os dentes 2 vezes ao dia, manhã
e noite (as outras escovações podem ser
realizadas com outros cremes dentais
tradicionais), ou conforme critério
do dentista.
Este estudo clínico demonstrou a eficácia da pasta de dentes com
sulfato de zinco a 0,2%, 2 vezes ao dia, na minimização da
halitose oral após uma única escovação e após quatro semanas
escovando os dentes a cada 12 horas com o produto, em
comparação a uma pasta de dentes sem íons de zinco.
Snavada R, Kumari H, Le S, Zhang J. Oral malodor reduction from a zinc-containing toothpaste.
J Clin Dent. 2008;19(2):69-73.
Melhora dos Sinais e Sintomas Associados aos Distúrbios Bucais (2)
Extrato Glicólico de Chá verde
(Camellia sinensis) ...............1%
Enxaguatório bucal
base menta .............qsp100 ml
Bochechar 2 vezes ao dia, durante 1
minuto, ou a critério do dentista.
Os polifenóis do chá verde são responsáveis pela ação antioxidante,
pois ‘sequestram’ as espécies reativas de oxigênio e nitrogênio e
apresentam a capacidade de quelar íons metálicos. O chá verde a 1%,
2 vezes ao dia, promove a redução da halitose associada com a
doença periodontal.
Venkateswara B, Sirisha K, Chava VK. Green tea extract for periodontal health.
J Indian Soc Periodontol. 2011 Jan;15(1):18-22.
Agente Antimicrobiano e Com Ação Anti-Inflamatória (3)
Óleo de melaleuca (Melaleuca
alternifolia).......................0,2%
Enxaguatório bucal base
menta......................qsp100 ml
Aplicar na cavidade oral, bochechar, 2
vezes ao dia, ou a critério do dentista.
Este estudo demonstrou que óleo de melaleuca eficaz na redução do
Streptococcus mutans e promove melhora da saúde bucal sendo
uma alternativa efetiva a clorexidina.
Groppo FC, Ramacciato JC, Simões RP, Flório FM, Sartoratto A. Antimicrobial activity of garlic, tea tree oil,
and chlorhexidine against oral microorganisms. Int Dent J. 2002 Dec;52(6):433-7.
In Therapy® é elaborado por Consulfarma Serviços de Assessoria Ltda.
Direitos Autorais Protegidos pela Lei 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos,
farmacêuticos, dentistas e outros profissionais autorizados a prescrever. É proibida a veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a
prescrever. É proibida a alteração parcial ou total deste material. A Consulfarma não autoriza e não se responsabiliza por qualquer alteração efetuada neste material.
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Indicações Terapêuticas Baseadas em Evidências
Uso de Nutracêuticos no Tratamento
dos Distúrbios Bucais e Redução da Halitose
Prevenção da Periodontite Associada à Halitose
Os resultados deste estudo sugerem que uma suplementação
nutricional de magnésio pode melhorar a saúde periodontal.
Meisel P, Schwahn C, Luedemann J, John U, Kroemer HK, Kocher T. Magnesium deficiency is
associated with periodontal disease. J Dent Res. 2005 Oct;84(10):937-41.
Magnésio ...................260 mg*
Dose diária.
*ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria
Colegiada. RDC Nº. 269, de 22 de setembro de 2005, que dispõe sobre o
Regulamento técnico sobre a ingestão diária recomendada (IDR) de proteína,
vitaminas e minerais. Disponível em: www.anvisa.gov.br
Periodontite em Pacientes Diabéticos e Prevenção
da Halitose
Os resultados deste estudo demonstraram que os níveis séricos de
vitamina C e zinco estão reduzidos em pacientes diabéticos com
periodontite quando comparados com o grupo saudável com
periodontite.
Thomas B, Kumari S, Ramitha K, Ashwini Kumari MB. Comparative evaluation of micronutrient status
in the serum of diabetes mellitus patients and healthy individuals with periodontitis.
J Indian Soc Periodontol. 2010 Jan;14(1):46-9.
Vitamina C ...................45 mg*
Zinco..............................7 mg*
Dose diária.
*ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria
Colegiada. RDC Nº. 269, de 22 de setembro de 2005, que dispõe sobre o
Regulamento técnico sobre a ingestão diária recomendada (IDR) de proteína,
vitaminas e minerais. Disponível em: www.anvisa.gov.br
Referências Bibliográficas
1. Navada R, Kumari H, Le S, Zhang J. Oral malodor reduction from a zinc-containing toothpaste. J Clin Dent. 2008;19(2):69-73.
2. Venkateswara B, Sirisha K, Chava VK. Green tea extract for periodontal health. J Indian Soc Periodontol. 2011 Jan;15(1):18-22.
3. Groppo FC, Ramacciato JC, Simões RP, Flório FM, Sartoratto A. Antimicrobial activity of garlic, tea tree oil, and chlorhexidine against oral
microorganisms. Int Dent J. 2002 Dec;52(6):433-7.
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