gastronomia, negócio de minas
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gastronomia, negócio de minas
WWW.MINASMARCA.COM JORNAL MINAS MARCA • ANO IV • Nº41 • AGO/14 GASTRONOMIA, NEGÓCIO DE MINAS NOVOS EMPREENDIMENTOS, INCENTIVOS E CURSOS DE PROFISSIONALIZAÇÃO ESTÃO SURGINDO NO MERCADO PARA APROVEITAR O POTENCIAL DA NOSSA COZINHA 1 IPSOS MEDIACT: UM OLHAR ORIGINALMENTE NOVO. ESTUDOS MARPLAN EGM: AGORA COM MAIOR COBERTURA DO MERCADO NACIONAL. MAIS DE 75 MILHÕES DE PESSOAS MAIS DE 90% DOS INVESTIMENTOS PUBLICITÁRIOS MAIOR REPRESENTATIVIDADE DO PIB WWW.MINASMARCA.COM EXPEDIENTE EXPEDIENTE Diretor Geral: Guilherme Guerra [email protected] Diretora Executiva: Ana Laura Guimarães [email protected] Gerência Comercial: Marco Aurélio Vianini [email protected] Edição: Larissa Borges Redação: Renata Vaz e Larissa Borges [email protected] PAPAI, QUANDO CRESCER QUERO SER PUBLICITÁRIO APP MINAS MARCA Vocês se lembram que, quando crianças, sonhamos em ser bombeiros, astronautas, jogadores de futebol, bailarinas e até mesmo publicitários? Como já é sabido por todos, o Minas Marca é uma empresa multiplataforma especializada em informação sobre o mercado de comunicação e marketing de Minas Gerais, com foco nos eixos da economia criativa. O problema é que, conforme o tempo vai passando, novas experiências são adquiridas, novos conceitos são assimilados e, por incrível que pareça, aqueles que estavam do nosso lado acabam inibindo nossos sonhos. Nossos pais, tentando nos proteger, apontam caminhos mais “seguros”, sugerindo profissões mais “rentáveis”. E as escolas? As escolas matam nossa criatividade. De acordo com Ken Robinson, especialista em educação e professor emérito da Universidade de Warwick na Inglaterra, as escolas dedicam muito tempo à matemática, por exemplo, mas muito pouco à arte, que é fundamental em nossas vidas. As artes visuais e a dança são expressões dos sentimentos humanos, da nossa cultura, mas nas escolas são deixadas de lado, ou pior, até ignoradas. As escolas são obcecadas com um tipo específico de talento e acabam ignorando os outros. Ainda segundo Robinson, se quisermos encorajar as pessoas a serem criativas, temos que encorajá-las a serem aventureiras e a não terem medo de cometer erros. Ao longo da vida, os indivíduos vão se tornando mais conscientes, constrangidos e ficam até com medo porque passam por situações em que dão respostas erradas. Assim, se sentem estúpidos e não gostam deste sentimento. É preciso criar uma atmosfera, tanto na escola, quanto no trabalho, em que não há problema em estar errado. Assim, depois de vários “estímulos” e com medo de errar, trocamos a profissão dos nossos sonhos por aquela que supostamente nos dará mais dinheiro. Mas você já se perguntou porque existe um ditado que diz que dinheiro não traz felicidade? Simplesmente porque ter dinheiro não é sonho de criança. Fotografia: Mateus Baranowski Impressão: Pampulha Editora Gráfica www.pampulhaeditora.com.br Minas Marca Ltda - ME CNPJ: 14.0184.88/0001-99 Rua Grão Mogol, 1255 - Sion Belo Horizonte - MG Cep: 30315-600 Tel: 31 3224-2723 Os meios que utilizamos para entregar nosso conteúdo e serviços podem ser o impresso, o digital ou qualquer outro que venha a ser criado no futuro. Nos propomos a estar sempre atentos às necessidades do nosso público, utilizando os canais que possibilitem fácil acesso e comodidade. Em um cenário no qual o segmento de smartphones e tablets cresce exponencialmente (em 2014 já se contabiliza 47 milhões de smartphones e cerca de 18 milhões de tablets no Brasil) e tendo em vista que, 71% dos que possuem tablets e smartphones lêem publicações digitais (Fontes: IDC, IVC, IBOPE); nos vimos obrigados, por nossos próprios princípios, a disponibilizar o Jornal Minas Marca para esses dispositivos móveis. Acesse: www.minasmarca.com Facebook: minasmarca Twitter: @minasmarca Publicação Mensal Agosto de 2014 Edição 41 Tiragem: 10 mil exemplares O Minas Marca não se responsabiliza pelos conceitos, ideias e opiniões emitidos nos artigos assinados. A partir desse mês de agosto, você poderá baixar o app Jornal Minas Marca para leitura em dispositivos IOS e Android, além da versão para computador, disponível há mais de dois anos em nosso portal (minasmarca.com), que será mantida. Faça o download agora mesmo e desfrute. Ana Laura Guimarães DREAMSTIME Nos primeiros anos de nossas infâncias, somos até estimulados pela família e pela escola e, sem medo de errar, começamos a delinear o nosso projeto de vida, imaginando como seremos quando crescermos. Diagramação: Gustavo Carneiro De Fato Comunicação e Eventos Guilherme Guerra 3 AGOSTO 2014 FUTURO DA ENTREVISTA MODA Texto: Renata Vaz | Fotos: Mateus Baranowski Gilson Amaral Brito Júnior possui mais de trinta anos de carreira na área empresarial, tendo iniciado no segmento de indústrias alimentícias, distribuição e logística. O empresário vem atuando fortemente na inteligência de mercado do segmento de moda nos últimos 12 anos. Além disso, dedica-se à presidência do Fashion City Brasil, um empreendimento inovador, localizado a 4 km do aeroporto internacional de Confins, que ajudará o país a se reposicionar como um player de destaque no cenário internacional da moda. Qual a proposta do Fashion City Brasil? Qual o diferencial em relação a outros polos de moda do Brasil? O Fashion City Brasil nasce com a proposta de se firmar como o maior complexo de moda de toda América Latina, oferecendo um mix de produtos e soluções eficientes aos lojistas varejistas de todo o país. Todo o projeto foi concebido para proporcionar a integração do setor da moda nacionalmente e inaugurar uma nova lógica de distribuição de produtos e informação de moda. Os diferenciais são vários, mas, principalmente, o conceito one-stop-shop, modelo em que o cliente que viaja para efetuar suas compras desembarca praticamente dentro do mall. O Fashion City Brasil está sendo instalado a apenas cinco minutos do aeroporto internacional de Confins, o que garante maior rapidez, segurança, conforto e eficiência em todos os processos. 4 Quais são as empresas e entidades parceiras que estão contribuindo para a viabilização do complexo? São vários os apoiadores e parceiros e, cada vez mais, o Fashion City Brasil conquista a confiança e aliança com outras organizações. Destacamos, porém, o Governo de Minas, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S. A. (BDMG), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Minas Gerais (Sindivest-MG) e Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (INDI). Como a localização pode contribuir com o sucesso do negócio? Estar instalado no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, próximo ao aeroporto, permite ao Fashion City Brasil ser um empreendimento one-stop-shop, pois teremos uma infraestrutura que permite o deslocamento pelo comprador com o máximo de conforto. Na região está sendo consolidada uma Aerotrópole, modelo de cidade construída ao redor de um aeroporto, e a iniciativa pública está apostando nesse projeto. O Fashion City Brasil é uma realidade da iniciativa privada que também acredita nesse conceito e desponta como pioneira. Quem são os idealizadores do projeto? Quais os arquitetos responsáveis pelo Fashion City Brasil? Quais os principais méritos do projeto arquitetônico? O projeto inicial foi idealizado por um grupo de empresários do setor liderados por Omar Hamdam e tomou forma ao ser viabilizado por um grupo com larga experiência em negócios, composto por Milton e Bruno Dias, da MVD Empreendimentos; os sócios do Grupo Mega Polo Moda, líder nacional nesse segmento; e eu, que há muitos anos atuo na área de inteligência de distribuição para o setor da moda por meio da Atitude Inteligência e Gestão Estratégica. Um dos grandes méritos do projeto arquitetônico do Fashion City Brasil, assinado por Gustavo Penna e André Sá, é ter em suas áreas comuns sistemas de iluminação e ventilação naturais, reduzindo a utilização de luz artificial e eliminando a necessidade de circulação mecânica de ar em quase todo o centro de compras. Os arquitetos optaram por construção totalmente horizontal, sem a necessidade de utilização de elevadores e escadas rolantes, permitindo, assim, uma maior economia de recursos, colocando o empreendimento como o primeiro ecofashion do país. O conceito open mall é outro ponto chave, uma vez que o boulevard central, com 16 metros de largura, permite a reprodução do microclima regional, possibilitando o plantio de espécies nativas no interior da edificação. O mix de lojas será composto por quantas lojas? Além do mix de lojas, quais serão os atrativos e serviços oferecidos pelo polo? Serão cerca de 550 lojas. Ainda não divulgamos as marcas para manter a tranquilidade nos trâmites, mas podemos afirmar que contaremos com marcas que são referência em suas regiões ofertando aos varejistas que frequentarão o empreendimento um mix bem diferenciado e qualificado, que contemple a moda nacional. Vamos contar ainda com centro de eventos, praças de alimentação, hotel com 150 apartamentos, jardins e outros atrativos. O empreendimento tem foco no atacado. Haverá também algum atrativo para o consumidor final? Só efetuarão compras no Fashion City Brasil lojistas varejistas, com CNPJ e devidamente cadastrados, ou seja, somos um equipamento exclusivamente desenhado no conceito B2B fazendo a ligação entre os fabricantes e os varejistas de moda. O consumidor final pode usufruir de áreas do empreendimento, como centro de eventos, por exemplo, porém não consegue efetuar compras, exceto nas praças de alimentação. Essa postura é importante para mantermos a coerência do nosso negócio, que é fortalecer o mercado de moda nacional em toda sua cadeia. Quando um local comercializa atacado e varejo ao mesmo tempo há danos, pois a grade de produtos é quebrada e o varejo acaba prejudicando o atacado. Qual o diferencial da experiência de compra no Fashion City Brasil? Teremos várias maneiras de garantir o conforto e bem-estar do comprador, começando pelo DIVULGAÇÃO WWW.MINASMARCA.COM GILSON AMARAL BRITO JÚNIOR, PRESIDENTE DO FASHION CITY BRASIL 5 ENTREVISTA AGOSTO 2014 receptivo em uma área vip do aeroporto de Confins. A curta distância, a possibilidade de se hospedar onde está fazendo as compras, usufruir de informação de moda e estar conectado às tendências por meio da vitrine virtual também serão diferenciais. Tudo será tranquilo e bem planejado, eficiente, com segurança e sem dor de cabeça para o comprador. Assim, temos utilizado nosso site como uma grande fonte de divulgação, apoiado pelas mídias nas redes sociais, nas quais marcamos presença com regularidade. Ocasionalmente, temos anunciado em publicações anuais, sempre alinhados com eventos específicos, como o Minas Trend Preview, no qual instalamos um estande com a exposição da maquete física do empreendimento. Como a inovação está presente no complexo? Quais são as empresas parceiras na prestação de serviços de comunicação e marketing? Em tudo e, principalmente, na própria concepção do complexo de moda. Pensar nesse setor com o grau de planejamento que estamos fazendo é algo muito inovador. É um projeto que percorreu um trajeto de nove anos de amadurecimento e, agora, está redondo e, acima de tudo, estratégico. Mas, com absoluta certeza, nosso maior trunfo é estarmos criando o primeiro complexo de moda realmente integrado de todo o país, ligando importantes elos desta importante cadeia: estilistas e criadores, indústrias, varejistas, estudantes, vitrinistas, especialistas em marketing, logística, gestão, enfim, tudo o que ajudará o setor a buscar mais eficiência em detrimento apenas da eficácia. Quais serviços serão prestados pela Central de Comunicação? Contaremos com uma das maiores verbas de promoção do país, o que naturalmente nos tornará um comunicador de peso, transformando-nos num grande difusor. O departamento de marketing e comunicação do Fashion City Brasil se dedicará ao que chamamos de macro-marketing, voltado para a comunicação do complexo como um todo, o posicionando sempre como uma das melhores referências e opções de compra. Além disso, todos os nossos lojistas fabricantes contarão com um apoio de uma empresa totalmente dedicada ao que chamamos micro-marketing, ou seja, os interesses específicos de cada marca, alinhando suas estratégias com a do complexo, otimizando assim o capital investido. Isso manterá o empreendimento sempre fortalecido na mente dos empresários de moda de todo o país. Quais as principais estratégias de comunicação e marketing adotadas para o relacionamento com os stakeholders? Temos como principal canal de comunicação o ambiente online, considerando sua agilidade e fluidez. Atualmente, a comunicação do Fashion City Brasil é gerida pela 2 Pontos Wide Business e a assessoria de imprensa fica a cargo da Benedita Comunicação. A 2 Clicks é nossa agência de inteligência digital, que cuida de nossas estratégias na web. Qual a previsão de investimento anual em comunicação e marketing do estabelecimento após o lançamento? A verba de nosso fundo de promoção anual será superior a 15 milhões de reais, verba esta que será distribuída nos mais diversos tipos de ações sempre direcionadas a geração e manutenção de fluxo de clientes compradores, tais como desfiles, promoções pontuais em datas comemorativas, campanhas internas com viagens, programa de fidelidade, anúncio em meios de comunicação especializados, enfim, todo o necessário para manter o empreendimento bem comunicado e oxigenado. Qual a data prevista para o lançamento? Qual a expectativa de faturamento anual do Fashion City Brasil? Quantos empregos serão gerados? A previsão é de que o Fashion City Brasil comece a funcionar no segundo semestre de 2015. Esperamos que o faturamento anual supere a casa de R$ 1 bilhão e estimamos a geração de 1.500 empregos diretos e cerca de 5 mil indiretos. Como você avalia o mercado da moda em Minas Gerais? Minas Gerais ocupa uma posição de grande destaque junto ao empresário comprador de moda no que se refere à imagem, pois é uma região desenvolvedora de bons produtos. Porém, não é reconhecida como uma região de bons negócios, o que acaba gerando uma baixa frequência de visitação. No entanto, se considerarmos que já 6EM OBRA: FASHION CITY TEM PREVISÃO DE LANÇAMENTO PARA O SEGUNDO SEMESTRE DE 2015 somos uma referência em bons produtos, que somos o segundo maior mercado consumidor de confecções, que contamos com um bom parque fabril, operando em um Estado imenso com mais de 850 municípios, o que resta a fazer é realmente implantarmos aqui, no entorno do aeroporto internacional de Confins, o que será o maior “hub” distribuidor de moda do Brasil, colocando assim Minas Gerais no mapa físico de negócios do segmento varejista nacional. Qual a importância para o Estado de sediar o novo polo distribuidor de moda nacional? Principalmente, a possibilidade de reposicionar o Estado como referência, tanto no desenvolvimento de produtos diferenciados e de qualidade, quanto na geração efetiva e constante de negócios, o que fará com que toda a região experimente uma nova fase de prosperidade. Você acredita que o Fashion City Brasil poderá contribuir para maior internacionalização da moda mineira? Por quê? Com certeza, pois estamos posicionados no centro do único projeto consistente de construção de uma Aerotrópole na América Latina, o que, inevitavelmente, nos transformará em um foco de atenção para compradores e fornecedores internacionais. Como o Fashion City Brasil contribui com o crescimento econômico, desenvolvimento socioambiental e cultural do Estado? Como um forte polo difusor de informação, um eficiente gerador de negócios polarizando interesses, seja do turismo de negócios e serviços, ou mesmo no turismo de lazer, já que o empreendimento trará com regularidade mensal mais de 15 mil empresários formadores de opinião de todo Brasil. O Fashion City Brasil ainda apoia ações sociais junto à comunidade local e vive efetivamente o cotidiano da região, acompanhando de perto tudo o que ocorre ao seu redor. Temos um programa de capacitação acontecendo, em parceria com a Fundação Pedro Leopoldo, para qualificar a mão de obra local para atividades comerciais na região. Pretendemos capacitar cerca de 2.500 pessoas ao total. É desta maneira que queremos dar à população local o sentimento de posse, apropriando-se de todos os benefícios que serão gerados pelo nosso empreendimento. PROJETO SERÁ PRIMEIRA AEROTRÓPOLE DA AMÉRICA LATINA DIVULGAÇÃO/SINAPRO - MG PIDI- NHAS RA- RAPIDINHAS Texto: Cefas Alves Meira PRÊMIO OCTO 2014 O Prêmio Octo voltou e as inscrições já estão abertas. As empresas interessadas devem enviar o seu case até o dia 15 de setembro por meio do site premioocto.com. br. As inscrições são gratuitas para todas as categorias. O prêmio é uma iniciativa do Grupo Minas Marca e tem como objetivo valorizar as ações estratégicas desenvolvidas por empresas mineiras que atuam no segmento da Indústria, do Comércio, de Serviços (público e privado), e ainda prestigiar as estratégias das micro e pequenas empresas e ONGs/associações que compõem o mercado. A entrega dos troféus e certificados aos ganhadores será em novembro de 2014 durante uma cerimônia de premiação. Para saber mais informações, consultar o regulamento e se inscrever, acesse: premioocto.com.br. E-BOOK Empreender é tarefa que exige coragem e conhecimento. Para facilitar a vida dos empreendedores, a Endeavor vem produzindo uma série de e-Books gratuitos, que mesclam suporte técnico e visão prática. O lançamento mais recente é o título: “Branding - Qual a alma da sua empresa?” e tem como objetivo apresentar as tendências e ensinar como definir uma estratégia de marca capaz de reforçar a reputação, aumentar o valor da marca e criar proposta de valor. Para fazer o download gratuito do e-Book sobre o tema, acesse: info.endeavor.org.br/ebook-branding. POLÍTICA Todos os candidatos à Presidência da República visitando BH e outras capitais. Até o do Partido Verde, Eduardo Jorge, que fez, inclusive, uma caminhada pela região central da capital mineira. Só que nenhum deles toca no assunto, e nem mesmo coloca em seu programa de governo, defender a indústria da comunicação mineira. Minas já atendeu contas importantes na área federal, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, ministérios da Saúde, 8 Educação, Trabalho. Correios etc. Hoje, nosso Estado está à míngua de contas federais e, até mesmo, de contas privadas de relevância. Não seria o caso desses presidenciáveis saírem em defesa da comunicação mineira? Ou há outros interesses em jogo? RENATINHO Muito sentido pelo mercado mineiro o falecimento do publicitário Renato Neves (foto), diretor presidente da Esplêndida Comunicação. Antes de fundar sua própria empresa, teve passagens pelos principais veículos e agências do nosso mercado. Foi sepultado no último dia 5 de agosto. CRESCENDO A casasanto, agência mineira com apenas três anos de mercado, foi a 2ª agência com mais peças selecionadas no Prêmio Minas de Comunicação 2013, e neste ano, conquistou um Grand Prix e diversas medalhas na mesma premiação. A empresa já ostenta um portfólio diversificado e de marcas fortes. Estão na carteira de clientes da casasanto, entre outros, a Gerdau, Instituto Mário Penna, Cia Athletica, Nike Store, Diamond Mall, Prefeitura de Montes Claros, CEI (Companhia Energética Integrada), PróCriar Medicina Reprodutiva, entre outras. SEM ROSTOS Para divulgar a tradicional liquidação do Minas Shopping - a Liquidays—, foi desenvolvida uma campanha especial, com o tema “A liquidação que é a sua cara”. As peças destacam splashs de preços e produtos em substituição aos rostos das pessoas. “A ideia foi criar uma campanha inusitada e bem humorada. Buscamos representar nos anúncios todos os públicos, desde a criança que quer um brinquedo, um homem que pretende comprar um relógio, até a mulher que deseja uma bolsa. Também utilizamos cores vivas, aquecendo as peças e deixando a comunicação alegre, assim como a Liquidays”, explica Frederico Bandeira, diretor de criação da Jbis, agência que criou a campanha. PRÊMIO ABAP DE SUSTENTABILIDADE A Associação Brasileira de Agências de Publicidade, estadual Minas Gerais (Abap-MG) realiza, pelo sexto ano consecutivo, o Prêmio Abap de Sustentabilidade, criado em 2009 com o objetivo de ampliar a visibilidade das organizações e dos profissionais que melhor têm conseguido comunicar práticas corporativas sustentáveis. As inscrições para a edição 2014 do Prêmio Abap já estão abertas e podem ser feitas até o dia 5 de setembro pelo site da Abap-MG (abap-mg.com.br). VISITA AO GOOGLE A analista de mídia da agência de Comunicação Plan B, Fabiana Amaral, 22 anos, faz parte do grupo de cinco profissionais do Brasil que venceram um concurso do Google de ativação de cupons Google Adwords. O grupo embarca no final desse mês para o encontro global de agências do Google Partners, na sede do Google em Mountain View, na Califórnia (EUA), onde ficarão durante cinco dias. Eles vão fazer um tour pela empresa e participar de palestras com todas as despesas pagas pelo Google. MINAS GERAIS BUSINESS GUIDE 2014 Desde o julho desse ano, já está disponível para o mercado mineiro o Minas Gerais Business Guide 2014. Elaborado pela ACMinas, o guia é destinado a empresários que atuam no mercado internacional e que tenham interesse em investir em Minas Gerais. Publicado anualmente, o guia traz inúmeros dados sobre o Estado, desde o seu ambiente de negócios, extremamente propício, até as condições de infraestrutura e a diversidade econômica existentes. Com tiragem de 3.500 exemplares, o Minas Gerais Business Guide 2014, publicado em inglês e espanhol, circulará em embaixadas e consulados estrangeiros, bancos e demais instituições que trabalham com comércio exterior. Sua versão online está disponível em arquivo PDF no Portal ACMinas (acminas.com.br). WWW.MINASMARCA.COM Quando começamos a pensar nos desafios para a gestão da marca e em seus impactos para a reputação e para os negócios de uma organização, é impossível deixar de mencionar Majken Shultz, da Copenhagen Business School, autora de um dos clássicos da área, Taking Brand Initiative (2008). Ela ensina que o maior desafio das empresas é conseguir colocar a marca por trás de todas as práticas existentes, o que significa utilizar os valores e os atributos que sustentam a marca para conferir à empresa credibilidade, justificando as decisões tomadas pela organização. DIVULGAÇÃO A coerência entre discurso e prática, portanto, é um ponto fundamental que volta sempre à pauta e um aspecto sobre o qual ninguém discorda. No entanto, são frequentes os exemplos em que uma empresa negligencia a forma como dá visibilidade às suas promessas – traduzidas em mensagens diversas e que nem sempre podem ser comprovadas na realidade. A exigência social para que as empresas se declarem sustentáveis tem provocado uma abordagem muito parecida pelas organizações, mesmo em setores bem distintos. Basta fazer uma pesquisa rápida em sites de empresas – do setor financeiro ao de cosméticos, passando pela indústria automobilística ou o varejo: todos os portais têm uma aba sobre sustentabilidade que explora praticamente os mesmos temas e da mesma forma. O esperado é que as empresas baseassem seu discurso sobre o tema em reflexões internas, em valores e crenças comungados pelos dirigentes e que todas as palavras se provassem por meio de projetos e programas reais. As promessas das empresas, nesses casos, não têm contribuição relevante para a construção de sua marca, não colaboram sequer para reforçar ARTIGO SUSTENTABILIDADE E A JORNADA DA REPUTAÇÃO CORPORATIVA uma imagem positiva, não são capazes de se transformar em pontos de prova para explicar a sua reputação. Há aqui um aprendizado importante: algumas características e competências são cruciais para que uma empresa faça uma boa gestão da sua marca e, consistentemente, possa garantir a diferenciação e os comportamentos necessários para ter uma boa reputação. A primeira delas é saber “quem é” a empresa, mantendo o foco na ideia central por trás de todas as ações e na comunicação. Outro aspecto é a capacidade de “ouvir” os públicos, pois as expectativas e as opiniões expressas são a fonte principal de informação para a orientação estratégica. Sem abrir mão da essência, mas sendo permeável às mudanças de mercado e da sociedade, uma empresa têm uma base bastante sólida para enfrentar todos os demais desafios e particularidades dos negócios. Essa “Jornada da Reputação” é longa e inclui uma série de passos planejados, desde a criação de processos estruturados de diagnóstico sobre diversos stakeholders, até a total integração do tema à estratégia de longo prazo de uma organização. Nesse mundo novo, da Reputation Economy, em que todas as vozes se levantam e em que as empresas estão expostas ao máximo, é preciso que cada organização diga a que veio, mas sempre assumindo responsabilidade e sendo capaz de garantir a verdade por trás das suas próprias palavras. Ana Luisa Almeida, diretora executiva do Reputation Institute Brasil e professora dos programas de pós-graduação e mestrado da PUC-Minas e da Fundação Dom Cabral. UM LUGAR PARA QUEM ACREDITA NO VALOR DAS IDEIAS. PROGRAMAÇÃO AGOSTO 2014 AGOSTO A Casa da Economia Criativa promove a geração de novas ideias entre profissionais e empresários da indústria criativa, oferecendo cursos, palestras e outras atividades. Faça sua inscrição pelo: 31 3285 2622. CURSO: MARKETING CULTURAL DIAS: 7 E 8 - DAS 9H ÀS 18H CURSO: PATROCÍNIO, MARCA E REPUTAÇÃO DIAS: 13 E 14 - DAS 9H ÀS 18H CURSO: CAPTAÇÃO DE RECURSOS DIAS: 21 E 22 - DAS 9H ÀS 18H CURSO: PRESTAÇÃO DE CONTAS DIAS: 28 E 29 - DAS 9H ÀS 18H Rua Santa Rita Durão, 1.275 - Funcionários - Belo Horizonte MG | Funcionamento: das 9h às 18h fb.com/sebraemg twitter.com/sebrae_mg sebraemgcomvoce.com.br 0800 570 0800 | www.sebrae.com.br/minasgerais 9 AGOSTO 2014 ARTIGO OS DESAFIOS DO MARKETING DIGITAL PARA AS EMPRESAS Mates Baranowski O Google vem revolucionando a nossa vida, isso não é novidade para ninguém. O que muita gente não sabe é como todas essas mudanças repercutirão em empresas e setores aparentemente não relacionados com o comércio eletrônico. Alguns profissionais, por atuarem em serviços que fazem pouco uso da web, não compreendem com clareza o impacto do marketing digital. A integração entre os serviços prestados pelo Google fará com que empresas, que não possuem estratégias de marketing digital, sejam afetadas em suas atividades, mesmo que de forma indireta. A integração de serviços como Google Mapas, Google Places e Google Plus gera possibilidades de interação entre usuários e empresas, mesmo que elas não possuam página na web. Atualmente, qualquer instituição que tenha um perfil no Google Plus pode anunciar pelo serviço de anúncios do Adwords e, com isso, pode ser encontrada nos serviços de mapas. A partir daí, o processo de interatividade está aberto, pois qualquer um pode comentar sobre os serviços prestados pela empresa. As pessoas conseguem, apenas fazendo login no Gmail, avaliar os serviços em uma escala de 1 a 5 pontos e deixar seus comentários. Até aqui não é possível imaginar como isso poderia impactar de forma tão relevante uma empresa, afinal, é necessário fazer login e buscar a empresa para que se possa comentar e avaliar. Muitos dirão: “Eu não teria este trabalho”. Pois é, mas muitos terão e, além disso, o retorno das buscas poderá estar baseado nas notas dadas pelos usuários. Acrescente a isso o potencial dos assistentes de voz como o Google Now, a Siri e a Cortana (da Microsoft) e imagine que, de agora em diante, as pessoas poderão pedir para o Waze levá-las a uma pizzaria que recebeu nota acima de 4 estrelas, em um raio de até 10 quilômetros. Aí as coisas começam a mudar, não é? Considere que as ferramentas de buscas ainda estão no seu estágio inicial e que a busca, assim como a interação do usuário com a informação disponível, aumentará consideravelmente nos próximos anos. Aliado a isso, os serviços de georreferenciamento sofrerão significativa melhoria na medida em que a interação usuário-dispositivos será aprimorada com a chegada das televisões inteligentes, dispositivos vestíveis, carros com sistema operacional, dentre outras tecnologias que inauguram uma nova fase de algo que poderia ser chamado de i-life. A transparência e o acesso às informações estão alterando drasticamente o relacionamento entre empresas e clientes e esse caminho não tem volta. As empresas, cada vez mais, deverão garantir a consistência dos seus produtos ou serviços, sob pena de verem suas dificuldades expostas em uma grande e inconveniente vitrine chamada web. Aquelas que menosprezarem isso podem não ter tempo para se arrepender. Alexandre Aquino, coordenador de projetos da Inteligência de Mercado Consultoria. A corrida já começou! Prepare sua inscrição ou faça sua indicação até 05 de setembro de 2014 *Outras categorias, acesse o regulamento no site do Prêmio. Quanto vale a sombra de um buriti? www.premiohugowerneck.com.br WWW.MINASMARCA.COM O termo globalização pode ser considerado lugar-comum. Seus efeitos não. Na Idade Média, os turcos fecharam o caminho marítimo para as Índias às potências navais europeias. Dessa forma, novas rotas marítimas tiveram que ser descobertas, visando o comércio com o oriente. Por isso, as grandes potências navais da época, que detinham a tecnologia de navegação entre continentes, aumentaram sua presença física no mundo através de uma onda globalizante. JAQUELINE SOARES Sob a perspectiva atual, um dos principais efeitos da onda de globalização digital, foi a criação de grandes fluxos de bens, serviços e informações ao redor do planeta, fazendo surgir questionamentos do tipo: “Como uma empresa precisa aparecer no cenário mundial? Como aproveita as oportunidades ao redor do mundo? Como se mantém competitiva?”. E, a exemplo das navegações, o que separa globalizadores de globalizados é o domínio das tecnologias que formam a onda de globalização. Por isso, a aproximação de empresas brasileiras com os principais centros de TI no mundo é urgente e imperativo. Essa aproximação deve ser realizada por modelos que realmente podem fazer diferença, pois requerem a captação do conhecimento original das tecnologias dominantes, ou seja, beber nas mesmas fontes de inspiração das grandes empresas globais de tecnologia. Nesse contexto, o Silicon Valley (Estados Unidos) é o ícone do setor. Todavia, não se trata de simplesmente copiar o ARTIGO GLOBALIZAÇÃO: DAS NAVEGAÇÕES MARÍTIMAS ÀS NAVEGAÇÕES DIGITAIS que fazem por lá, até porque não é possível reproduzir o seu ecossistema em nenhum outro lugar do mundo, mas trata-se de entender e aplicar o que faz suas engrenagens se moverem de forma tão primorosa. Sob essa perspectiva, um dos principais propulsores dessa “máquina de TI” no Vale do Silício é o conhecimento. E aí, estamos falando da Universidade de Stanford, que consegue traduzir conhecimento acadêmico e práticas de mercado em empresas de tecnologia mundial, como Google, HP, Intel e outras. Por isso, que o MGTI e seus parceiros estão empenhando todos os esforços para trazer para o Brasil (pela primeira vez) um modelo de aquisição de conhecimento, com essa universidade. Serão mais de 25 empresas beneficiadas apenas na primeira turma. Todavia, para obter sucesso, é fundamental entender que esse movimento não é simplesmente buscar lá fora algo difícil, caro e parecido com o que temos aqui, mas é utilizar a maior base de conhecimento mundial em empresas de tecnologia em nosso favor. É algo que não temos similar por aqui, como não havia similar, na época das grandes navegações, para a escola de Sagres. Wilson Caldeira, sócio-diretor na Caldeira Marketing, diretor da Fumsoft e vice-presidente da Assespro-MG. APOIO: Realização: PATROCínio: APOIO: AUDITORIA INDEPENDENTE: 11 MATÉRIA DE CAPA AGOSTO 2014 O ESTADO DA GASTRONOMIA MERCADO ESTÁ EM EXPANSÃO E GERANDO NEGÓCIOS DIFERENCIADOS, SENDO RESPONSÁVEL POR 20% DO PIB MINEIRO Texto: Larissa Borges e Renata Vaz A gastronomia mineira vai muito além do pão de queijo, feijão tropeiro, café, frango com quiabo e outras delícias. Segundo dados do Governo de Minas, 20% de tudo que o Estado produz está ligado à cadeia produtiva da gastronomia, que envolve desde o pequeno produtor até a indústria, passando pelo setor de alimentação fora do lar. “Especificamente sobre o PIB do turismo, o setor de alimentação fora do lar corresponde a cerca de 40%, até mesmo pelo grande número de bares, restaurantes e similares, única atividade presente em 100% dos 856 municípios de Minas Gerais”, analisa Lucas Pêgo, diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG). Ainda de acordo com dados do governo mineiro, 22% dos gastos dos turistas que visitam o Estado são para o consumo de itens da alimentação e 30% deles têm como referência de imagem do Estado, a gastronomia. Diante desses números, não há dúvidas. A gastronomia é um dos principais negócios de Minas Gerais e, atualmente, está pujante. Portanto, novos empreendimentos, incentivos e cursos de profissionalização estão surgindo para aproveitar o potencial da nossa cozinha. GASTRONOMIA Para entender todo o movimento e destaque da gastronomia mineira, primeiro é importante saber o seu conceito. Edson Puiati, chef e coordenador do curso de gastronomia da Una, explica que a gastronomia envolve toda a cadeia relacionada à alimentação. “A gastronomia não se resume a bares, restaurantes, quitandas, padarias, mercados e supermercados, ela começa na agricultura, pecuária, passa pelos produtores, atravessadores, transportadores, beneficiamentos, distribuição até chegar ao consumidor final ainda levando-se em conta o turismo, onde ela se destaca como âncora”, frisa. E, embora muito usado os termos alta e baixa gastronomia, o segmento é muito mais complexo do que a simples divisão entre comida popular e sofisticada. Hans Eberhard Aichinger, especialista educacional em gastronomia do Senac, acredita que esses conceitos são pejorativos e fruto do próprio mercado de trabalho. “Gastronomia é uma área de trabalho relativamente nova para o Brasil. A França, por exemplo, já trabalha 12 com o conceito desde o século XVII e nós começamos a entender de gastronomia na década de 80 do século passado. O brasileiro ainda está engatinhando no setor. Mas, se você observar melhor, comida de boteco e cachorro quente fazem parte da gastronomia. Tudo que é relacionado à alimentação, que teve um cuidado na produção e transformação do alimento, é gastronomia”, esclarece. IMAGEM DE MINAS Cada região tem um elemento que a resume. Quando falamos em carnaval, a primeira cidade que nos vem em mente é o Rio de Janeiro. Já em Minas Gerais, um dos elementos que compõem a nossa imagem é a gastronomia. Mas, nem sempre foi assim. Márcia Nunes, sócia-proprietária do restaurante Dona Lucinha, que existe há 24 anos e é um dos mais tradicionais de Belo Horizonte, conta que antigamente as pessoas tinham vergonha da comida típica mineira. “Quando minha mãe, a Dona Lucinha, saiu para participar dos primeiros festivais de gastronomia, há aproximadamente 20 anos, as pessoas desacreditavam no seu projeto de valorizar a comida típica mineira. Elas achavam que angu, canjiquinha, mandioca cozida, não eram alimentos para mostrar aos outros. A cozinha mineira passou por um período em que todo mundo se envergonhava. A cachaça, por exemplo, era uma bebida rejeitada”, lembra. Hoje, o desprezo pelos alimentos típicos de Minas Gerais não existe mais, tanto que a culinária mineira será tema do samba-enredo da escola carioca Salgueiro, em 2015, graças ao livro “História da Arte da Cozinha Mineira por Dona Lucinha”, escrito por Márcia Nunes junto com sua mãe. Um dos fatores que ajudou a valorizar a nossa culinária, segundo o chef Edson Puiati, foi a qualidade nos alimentos produzidos no Estado. “Estamos vivendo um momento de valorização de nossa culinária e do nosso jeito de ser. Os produtores estão melhorando os processos de fabricação, como já é notório no café, no queijo, entre outros. Eles estão buscando uma certificação, se organizando em associações garantindo, assim, um maior valor agregado aos produtos, melhorando o poder MATÉRIA DE CAPA WWW.MINASMARCA.COM de negociação. Observamos também que os restaurantes e bares estão buscando maior qualidade e melhor atendimento, os pratos representam hoje muito mais a cultura mineira, sua autenticidade e originalidade”, diz. A participação de chefs mineiros em eventos internacionais também contribuiu para colocar a comida mineira em destaque. O Estado foi tema, em 2013, de um dos mais importantes eventos da área da gastronomia, o Madrid Fusión. “Fomos muito bem vindos no cenário internacional pela nossa diversidade de sabores, por nossa riqueza artesanal preservada, por nossa relação com as cozinhas e pelo potencial criativo apresentado pelos nossos jovens chefs”, conta Eduardo Avelar, chef, pesquisador e um dos participantes do evento. Embora com todo esse reconhecimento, a gastronomia mineira pode ser mais explorada, principalmente no interior, que tem uma diversidade de produtos e processos que podem ser resgatados e usados no segmento. “Minas Gerais tem uma riqueza muito grande e é possível hoje você criar roteiros ligados a vivência gastronômica, a pessoa pode estar lado a lado com esses insumos e processos”, afirma Hans Eberhard, do Senac Para Edson Puiati, o mercado da alimentação é tão sazonal quanto seus próprios insumos. Por isso, para fortalecer mais o setor é preciso ser criativo, saber aproveitar as oportunidades que sempre serão demandadas. “Falta para impulsionar mais o setor se organizar, os restaurantes devem buscar suas características próprias e não uma concorrência predatória. Com a profissionalização, a tendência é realmente conquistar um sucesso maior no mercado gastronômico”, salienta. PROFISSIONALIZAÇÃO O mercado gastronômico mineiro já está se movimentando para ser mais qualificado e se consolidar como negócio. A profissionalização das pessoas que atuam no setor é um desses indícios. “A gastronomia esta passando por um momento de muita visibilidade e profissionalização, as pessoas tem buscado uma formação acadêmica para se alinhar as exigências de mercado. Não há mais espaço para o amadorismo nesta profissão.”, frisa a professora e diretora da Unatec- Instituto Tecnológico do Centro Universitário Una, Maria Alice Hosken. A Una começou a oferecer o curso em gastronomia esse ano e, no total, fechou quatro turmas. Hans Eberhard, do Senac, afirma que vários motivos levam as pessoas a procurarem o curso de gastronomia, como a vontade de mudar de carreira e, com isso, começar a empreender um negócio no segmento; reciclagem de profissionais que atuam na área ou apenas por hobby. E não falta opção para quem quer se especializar em gastronomia. O Senac, por exemplo, oferece três cursos para o segmento: o curso de cozinheiro, que é mais rápido, existe há 30 anos no mercado e é voltado para o preparo dos alimentos; o curso de tecnologia em gastronomia, que começou em 2013, dura um ano e é voltado para formar gestores em gastronomia que conhecem a operação de uma cozinha, mas também todo o sistema de um restaurante, passando por marketing, gestão de pessoas, administração, economia, elaboração de layout e o curso de garçom. Roseane Silva, coordenadora administrativa do Instituto IGA em Belo Horizonte, conta que há dois tipos de cursos oferecidos pela empresa: os gourmets, que são mais práticos e os cursos profissionalizantes que abrangem a parte administrativa e operacional na cozinha. “A demanda é favorável porque no cenário atual a gastronomia passou a ser algo alcançável. No IGA, a procura aumentou nos últimos dois anos, em 2013 foi de 8% e em 2014 foi de 14%”, enfatiza. A formação acadêmica também é um dos aspectos que diferencia um chef de um cozinheiro. ”O chef de cozinha é o profissional que delega, coordena e administra a cozinha. Ele precisa ser capacitado tanto na parte administrativa, quanto operacional. Já o cozinheiro é responsável pela execução e produção, tem que ser capacitado e ter habilidades com todas as técnicas gastronômicas, ter entendimento suficiente sobre a demanda que a cozinha necessita e bom senso em relação ao estoque de matéria-prima e desperdício. A denominação 13 MATÉRIA DE CAPA DIVULGAÇÃO/UNA AGOSTO 2014 MARCOS LEÃO MARIA ALICE HOSKEN, DIRETORA DA UNATEC FERNANDO MACHADO FELIPE RAMEH E THIAGO GUERRA, SÓCIOS DO ALMA CHEF EDSON PUIATI, CHEF E COORDENADOR DO CURSO DE GASTRONOMIA DA UNA chef de cozinha é um título hierárquico que se tem no mercado gastronômico, o cozinheiro para se transformar em um chef precisa não somente ter habilidade técnicas, mas também conhecer sobre montagem e equilíbrio de pratos, gastronomia internacional e todo o fluxograma da cozinha”, explica Roseane. INCENTIVOS PARA O SEGMENTO Além do setor acadêmico, entidades e associações estão investindo mais no mercado gastronômico mineiro. A Abrasel, por exemplo, representa e defende os interesses do setor de alimentação fora do lar, juntos aos poderes executivo e legislativo e principalmente junto à sociedade. “Apoiamos todas as ações estruturadas de valorização da gastronomia, como os eventos gastronômicos do Estado e realizamos os festivais Brasil Sabor, no primeiro semestre e Bar em Bar no segundo semestre, ambos com abrangência nacional e expressivo número de estabelecimentos participantes”, ressalta Lucas Pêgo, diretor da associação. O diretor ainda destaca que a associação está presente nos fóruns de debate do turismo, da cultura e da gastronomia garantindo que esta seja cada vez mais propagada e estimada. “Um recente exemplo é a participação da Abrasel na ‘Frente em Defesa da Gastronomia Mineira’, que atua na Advocacy junto aos poderes constituídos e ao mercado em prol da gastronomia mineira e na integração em rede de todas as iniciativas da gastronomia realizadas por seus membros, de forma a potencializar os resultados almejados e dar visibilidade para as ações”. Outro projeto que contribui para o segmento é o Origem Minas. Danielle Fantini, gestora do projeto explica que a iniciativa tem como propósito fomentar o desenvolvimento, a competitividade e diferenciação de produtores e de empresas de micro e pequeno porte do agronegócio de Minas Gerais, através da participação em feiras, capacitações em gestão e tecnologia, boas práticas de fabricação, design de embalagens, rótulos, logomarcas, dentre outras ações. “Consumidores vivem hoje uma busca e valorização da autenticidade e querem cada vez mais saber o que está por trás dos produtos que estão comprando. Querem saber com veracidade e transparência, como e onde estes produtos foram produzidos, quem é o produtor, a sua história e a do produto. A gastronomia mineira está conectada com essa tendência e tem valorizado, cada vez mais, as origens produtoras, razão de ser do Projeto Origem Minas”, destaca. BIANCA AUN O projeto Aproxima, idealizado por Eduardo Maya, também segue a vertente de valorizar a cadeia produtiva mineira. “Ele tem como objetivo aproximar todo o setor utilizando a própria cozinha como fio condutor. Nós queremos ter orgulho da nossa mineiridade, dos nossos produtos e poder divulgar isso para Minas”, explica. MATEUS BARANOWSKI AGENOR LEMOS JR E ARMANDO DE ANGELIS, ORGANIZADORES DO FESTIVAL INTENACIONAL DE CULTURA E GASTRONOMIA DE ARAXÁ O circuito Aproxima, uma das ações do projeto, aconteceu entre os dias 6 de junho e 10 de julho, com a participação de 80 estabelecimentos, que foram divididos em quatro regiões que representam Minas (Cerrado, Rios, Espinhaço e Mantiqueira) e tiveram que criar um prato, bem como, adotar o produtor mineiro que forneceu a matéria-prima para esse prato, divulgando seus contatos. Todos esses contatos entraram para um livreto do projeto, que foi distribuído na cidade. Além disso, desde o primeiro sábado de julho está sendo realizada, no Mercado Distrital do Cruzeiro, a Feirinha Aproxima, que reúne produtores, chefs, proprietários de restaurantes e empresários para fazer negócios. A Feirinha do Aproxima será realizada todo o primeiro sábado de cada mês. Já em julho de 2015, será feita a Estação Aproxima, que vai ocupar 7 mil metros da Praça da Estação e trazer profissionais do exterior para conhecer a gastronomia mineira. Além desses projetos, existe ainda o Dia da Gastronomia Mineira, comemorado em 05 de julho e instituído pelo artigo segundo da Lei 20.577/12. Lucas Pêgo, diretor da Abrasel, avalia que esse dia passa a ser uma oportunida- EDUARDO MAYA, GASTRÔNOMO E IDEALIZADOR 14 DO PROJETO APROXIMA de para a concentração de esforços e realização de ações e eventos de diversos portes e características. “A ocasião também deve ser aproveitada para reafirmar a identidade de Minas Gerais como o ‘Estado da Gastronomia’. A data comemorativa tem grande importância na medida em que as atenções são voltadas para a gastronomia mineira, peculiar e singular manifestação da cultura do nosso povo. De igual maneira, no contexto escolar/pedagógico, a data reforça com os alunos a relevância desta temática”, destaca. VISIBILIDADE PARA A GASTRONOMIA Os festivais de gastronomia mineiros são grandes fomentadores do mercado e acompanham a evolução do segmento. A organização do Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Araxá tem assinatura de Agenor Lemos Jr., diretor de produção e gastronomia e Armando de Angelis, diretor artístico, de marketing e comunicação. Agenor Lemos Jr. observa que desde 2007, quando foi realizada a primeira edição do festival, é notável a percepção de crescimento, tanto do evento, quanto da gastronomia mineira. “De lá para cá pelo menos cinco novos festivais de cidades diferentes foram realizados. Neste ano, só no Festival de Araxá, recebemos visitas técnicas e propostas para realizarmos consultoria gastronômica e planejamento de eventos em oito cidades de Minas Gerais, São Paulo e Goiás”, revela. O Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Araxá aconteceu entre os dias 24 e 27 de julho e a grande novidade deste ano foi a homenagem feita aos 90 anos do Copacabana Palace e os 70 anos do Grande Hotel de Araxá, dois ícones da hotelaria, que tanto contribuíram com o desenvolvimento da cultura, especialmente a musical e a gastronomia brasileira. “Por meio do Festival de Araxá, a gastronomia das Gerais, tão rica em sabores provenientes de ingredientes e temperos diferenciados, tão bem elaborada por mãos talentosas, mais saborosa e criativa, tem conquistado espaços nunca antes alcançados e ganhado alta visibilidade, contribuindo assim para fomentar e divulgar ainda mais a gastronomia mineira”, destaca Armando de Angelis. Além dos já tradicionais eventos de gastronomia, este ano Belo Horizonte terá a primeira edição do Festival Fartura em setembro. O evento é realizado pela mesma equipe do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, que levará para a capital mineira toda a sua experiência gastronômica de 17 anos. Rafael Mantesso, coordenador de comunicação dos dois festivais, explica que o Fartura BH nasceu a partir do Festival de Tiradentes. “Já vínhamos amadurecendo essa ideia há algum tempo, pois sempre tivemos pedidos para fazer um festival semelhante em Belo Horizonte. Além disso, o evento tem ficado cada vez mais democrático. Então, juntamos as duas coisas para levar conhecimento a um número maior de pessoas”. O coordenador de comunicação diz que a expectativa é que tenha a maior quantidade de pessoas possível participando do evento, interagindo e descobrindo novos produtos. “O Fartura BH será realizado na Praça José Mendes Júnior, no Circuito Cultural Praça da Liberdade. Como o próprio nome diz, haverá uma grande fartura de atrações, dentre cursos, degustações e programação artística. Serão vários espaços com chefs e produtores de Norte a Sul do país, além de 17 opções de aulas. Também haverá mercearia, biblioteca e espaço kids”, destaca Rafael Mantesso. Sobre o Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, Rafael Mantesso, observa uma grande evolução em termos de público. “Antes as pessoas iam para a festa por causa da comida e hoje, já percebe um interesse real pela origem, qualidade e histórias”, frisa. Este ano, o Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes acontece entre os dias 22 a 31 de agosto. O coordenador de comunicação do evento diz que a média Com tantos festivais, ganha o público mineiro, mas também as marcas que se associam aos eventos. “Identificamos no Gastronomia na Praça uma oportunidade de levar nossas marcas ao público participante do evento, realizando assim uma ligação entre a nossa marca e a alta gastronomia mineira”, destaca Luciano Sá, gerente de publicidade, promoções e eventos da Coca-Cola FEMSA Brasil. Outra empresa que sempre apoia festivais e concursos gastronômicos é a Cemig. Luiz Henrique Michalick, diretor de relações institucionais e comunicação da empresa, diz que Minas está consolidada como um dos principais polos gastronômicos do Brasil e é importante manter essa posição. “Para isso, precisamos de eventos que mostram a inovação da nossa culinária. O Festival de Tiradentes sempre esteve focado em buscar a experiência de renomados chefes da gastronomia brasileira com o objetivo de trabalhar com os ingredientes da gastronomia mineira”. Outro empreendimento novo no mercado mineiro e com proposta diferenciada é o Alma Chef, casa especializada em conveniência e convergência gastronômica. Criada por Felipe Rameh e Thiago Guerra, o espaço oferece cursos, eventos e ainda é um empório e um restaurante. “Foram mais de dois anos de projeto desde pesquisa até análises de viabilidade econômica complexas para validar a coexistência de quatro unidades de negócios em um espaço único. A Alma Chef é um local onde se pode vir fazer uma refeição e descobrir um conteúdo de aula que te interesse, no caminho adquirir um ingrediente gourmet recém descoberto nas aulas ou no salão e levar um pão artesanal para o lanche da tarde”, explica o cozinheiro e sócio do empreendimento, Thiago Guerra. Além da convergência e conveniência, o Alma Chef aposta na tendência de chef-service na hora do almoço, no qual o cliente é servido diretamente pelos cozinheiros a um preço único. “No jantar, o conceito de bistronomia toma conta do salão com cardápio enxuto para um sistema descomplicado de cozinha, mantendo o máximo de frescor do nosso estoque podendo explorar toda a nossa criatividade”, afirma Guerra. Com o mercado aquecido, se profissionalizando e aberto para novidades, muitos empreendedores começaram a ousar mais no ramo da gastronomia. Apostando na vontade das pessoas em aprender a cozinhar e nas dificuldades para sair de casa e reunir os ingredientes de qualidade para um bom prato, Felipe Salgado, publicitário e especialista em marketing, juntamente com Vinícius Viana, bacharel em redes e especialista em TI, tiveram a ideia de criar algo para facilitar a vida da população e, em abril desse ano, entrou no ar o site Agora Eu Cozinho. A proposta do site é oferecer um serviço diferenciado, no qual o cliente escolhe a receita e recebe em sua casa um “Cook Kit” com todos os ingredientes necessários, nas quantidades corretas para o número de pessoas escolhido, separados, numerados, frescos e condicionados de maneira adequada, além de uma receita impressa com o passo-a-passo. Os pratos são variados, desde massas, Novidades, incentivos, democratização. Vivemos um momento em que a gastronomia ultrapassa sabores e cheiros. Ela é tradição e inovação ao mesmo tempo. É improviso e técnica. É hobby e negócio. É o cartão-postal para o crescimento de Minas Gerais em termos turísticos, econômicos e culturais, tanto no Brasil, quando no mundo. MATÉRIA DE CAPA MATÉRIA DE CAPA LUCAS OGASAWARA Há dois anos no mercado, os mineiros encontram na Salumeria Central, estabelecimento do cozinheiro italiano Massimo Battaglini, produtos diferenciados, como salames, queijos artesanais, massas e risotos, que foram selecionados durante viagens que ele fez pelo Brasil, principalmente, no interior de Minas Gerais. O espaço que contempla arte, gastronomia e diversão, foi feito em parceria com os videoartistas Eder Santos e André Hallak, e com o arquiteto Guilherme Resende. Para abrir o espaço, Massimo revela que foram investidos R$ 500 mil. Apesar de ter uma proposta mais ousada, Massimo Battaglini, conta que nunca foi de seguir tendências do mercado e que sempre gostou da comida mais tradicional, ou seja, com bons ingredientes, mas feita com simplicidade. “No entanto, quando as tendências se aproximam dos nossos valores é muito bom. Um exemplo é a valorização de novos ingredientes brasileiros de cada região, que é algo muito legal porque está mapeando um novo universo de ingredientes, e isso também é de importância para o lado do desenvolvimento geográfico, econômico e sustentável. Na Salumeria Central, podemos ter mais flexibilidade para aderir a essa tendência de valorizar ingredientes de Minas”, frisa o empreendedor, que também é sócio na capital dos restaurantes Osteria Casa Mattiazzi e Pecatore Banca de Peixe. NOVOS NEGÓCIOS MÁRCIA NUNES, SÓCIA-PROPRIETÁRIA DO RESTAURANTE DONA LUCINHA CHRISTOPHER REHER A sofisticação da gastronomia também não foi esquecida pelo mercado mineiro e, desde 2013, acontece em Belo Horizonte, o Gastronomia na Praça, idealizado pelos amigos e empreendedores Christiano Rocco, Jordane Macedo e Marcelo Wanderley. Com o objetivo de levar a alta gastronomia para o alcance de todos, em especial às pessoas que não têm acesso a restaurantes mais sofisticados, o evento foi realizado entre os dias 14 e 15 de junho, na Praça do Papa, atraindo cerca de 30 mil pessoas nos dois dias. “O Gastronomia na Praça chegou para ficar, acreditamos que a segunda edição foi fundamental para a solidificação da marca, quando já recebemos inúmeros convites para realizar o evento no Brasil e internacionalmente, e assim levamos em conjunto conosco a cultura mineira”, destaca o empresário Marcelo Wanderley. O investimento inicial do Agora Eu Cozinho foi cerca de R$ 10 mil, contando que os dois sócios atuam ativamente em suas áreas, ainda não foi necessário grande investimentos em mão-de-obra. “O fato de ser um negócio online, também diminui bem os custos operacionais. Para o final do ano, a nossa expectativa de faturamento é de R$ 50 mil. Nossa ideia para o começo de 2015 é abrir franquias e expandir o negócio. Já existem interessados”, revela Felipe Salgado. EDUARDO AVELAR, CHEF E PESQUISADOR LUCAS PÊGO, DIRETOR EXECUTIVO DA ABRASEL - MG DIVULGAÇÃO Conhecido por valorizar os botecos mineiros, o Concurso Comida di Buteco, realizado há 15 anos em 16 cidades brasileiras, é outro exemplo de como o mercado gastronômico se desenvolveu. De acordo com Maria Eulália Araújo, organizadora do concurso, desde a sua estreia, já foram 20 milhões de pessoas impactadas, mais de mil novas receitas criadas, gerados R$ 350 milhões em cadeia de valor e R$ 100 milhões em mídia espontânea. “Quando se olha para um panorama como esse, temos um indicador da força propulsora do concurso para a gastronomia nas cidades onde ele acontece, contribuindo para inserir o boteco em um lugar de destaque no cenário da gastronomia nacional. E o mais importante: cada cidade, cada região, mostrando seu sotaque e suas influências por meio da cozinha de raiz, que se apresenta nesses estabelecimentos”, salienta. risotos, carnes diferenciadas, peixes até pratos especiais para vegetarianos. Também é possível escolher entradas e bebidas que harmonizam com os pratos principais, que são enviadas junto com os outros ingredientes no “Cook Kit”. “Enviamos um passo-a-passo didático e temos um vídeo de cada receita no site. Seguindo um desses meios, qualquer pessoa leiga na arte da cozinha, consegue fazer pratos de alta gastronomia em minutos. Esse é o nosso negócio: mostrar que você pode facilmente ser um chef, mesmo que por um dia”, explica Vinícius Viana. VINICIUS VIANA E FELIPE SALGADO, SÓCIOS DO SITE AGORA EU COZINHO GUSTAVO LOVALHO de público é de 40 mil pessoas por fim de semana. “Uma das novidades desse ano é que os tradicionais jantares, passam a ser realizados em restaurantes do centro histórico, aumentando o número de opções para o público e permitindo um intercâmbio maior com chefs de todo o Brasil e do exterior”, revela Rafael Mantesso. ANDRE BRANT WWW.MINASMARCA.COM 15 MASSIMO BATTAGLINI, COZINHEIRO15 E SÓCIO DO SALUMERIA CENTRAL AGOSTO 2014 TENDÊNCIA NEGÓCIO ITINERANTE MICROEMPREENDEDORES INVESTEM EM MARCAS SOBRE RODAS E CONQUISTAM PÚBLICOS DIVERSOS Texto: Renata Vaz | Fotos: Mateus Baranowski Em um cenário no qual, cada vez mais, aumenta o número de compras pela internet, devido à comodidade, qual seria o local ideal para abrir um negócio fora do mundo digital? Encontrar o lugar perfeito é um desafio. Então, alguns empresários decidiram por vários locais, ou seja, um negócio sobre rodas, que pode levar os produtos e serviços para consumidores de diversas regiões. franquia para a proposta de ter uma opção mais acessível para seu franqueado. “Temos como cliente a rede de telefonia Claro (loja móvel), Porto Seguro (oficina móvel), Temakeria Navan, restaurante mexicano La Buena Station, Hamburgueria Jameson Food Truck, Arace embelezamento animal, pet shop móvel, Sadia, Odebrecht e outros”. Essa nova forma de vender foi detectada pelo boletim de tendências trendwatching. com, como uma tendência de varejo das América do Sul e Central denominada “Marcas sobre rodas”. Segundo o estudo, os consumidores irão aderir a marcas que estiverem à frente, criando combinações inesperadas entre transporte e varejo que os ajudem a colocar fim em qualquer “tempo morto” do seu dia. O especialista em trade marketing, Christian Manduca, acrescenta que, geralmente, os investimentos em um negócio sobre rodas são feitos por empreendedores com maior nível de formação, capital e algum conhecimento sobre negócio e que já foram empregados e hoje estão em busca do próprio negócio. O especialista em trade marketing, Christian Manduca, avalia que, quando é usado um canal de vendas sobre rodas e que este tem a característica de ir ou estar próximo do consumidor, existe a chance de capturar as compras por impulso. “Esse tipo de compra não é programado, nem planejado, mas é estimulado quando os produtos e marcas estão ao alcance da visão e tato”. Manduca acrescenta que essa tendência ainda desperta o comportamento chamado on-the-go, o qual o consumidor, sem tempo, apressado, compra e consome andando nas ruas. O MICROEMPREENDEDOR SOBRE RODAS Ao comparar o empreendedor de um negócio sobre rodas e um autônomo, o consultor especialista em varejo, Fred Rocha, diz que o primeiro é menos acomodado e acredita mais na sua força de trabalho porque vislumbra e investe em oportunidades que o empreendedor comum não vê. Esse microempreendedor sobre rodas é formalizado, possui um CNPJ e, por isso, têm benefícios que podem impulsionar o negócio, como financiamento em banco, oferecer a opção de compra pelo cartão de crédito e preços mais competitivos com grandes fornecedores do atacado. Além de investir com a regularização para colocar o negócio itinerante nas ruas, é necessário transformar os veículos utilitários em veículos especializados em gastronomia móvel, pet shop móvel, entre outros. A Fag Brasil Veículos Especiais é uma empresa de São Paulo especializada em fazer esse tipo de adaptação. O valor desse serviço pode variar entre R$ 12 mil e R$ 150 mil. Gislene Gonçalves, diretora da Fag Brasil, diz que os clientes são empreendedores iniciantes que querem abrir um novo negócio; empresários que já possuem um negócio fixo e querem ampliar para uma versão inovadora e, até mesmo, grandes redes de 16 NOVOS NEGÓCIOS Em Minas, o negócio sobre rodas ainda é uma novidade. Mas já temos algumas iniciativas espalhadas em Belo Horizonte. Rodrigo Ayres Lanna criou há três anos e meio a Boate Itinerante. A boate funciona dentro de um ônibus equipado com estrutura de luz, som e bar. “Realizo cerca de seis festas por mês. O valor cobrado é por hora e inclui DJ, geladeira com gelo e um garçom para servir a bebida. O trajeto é feito em ruas largas e avenidas, depende do local de embarque e do tempo de aluguel contratado”, explica. Há dois anos, Janaína Hanashiro comanda um pet shop móvel, o VipPets - Estética e Boutique. A empresária revela que a ideia surgiu pela necessidade identificada em um público carente de mobilidade, praticidade e atendimento diferenciado. Antes de abrir o seu negócio, a sua aptidão com os pets era devido aos seus seis cachorros e duas araras. A motivação pelo negócio sobre rodas foi a sua vontade por trabalhar com algo que realmente gostasse, em um mercado em crescimento e com bom retorno financeiro. A microempreendedora é cliente da Fag Brasil Veículos Especiais e revela que investiu R$ 120 mil no projeto do pet shop móvel. Após dois anos, ela afirma que está passando por um momento de recuperação do investimento inicial. Outro segmento que está sendo muito atraído pelas marcas sobre rodas é a gastronomia. Populares em grandes metrópoles, como Nova York, Miami, Los Angeles, Cidade do México, São Paulo e agora Belo Horizonte, os food trucks vendem comida pelas ruas da cidade. FOOD TRUCKS A tendência, já consolidada no exterior, está fazendo sucesso em São Paulo e o movimento está se expandindo pelo país. Esse cenário motivou as publicitárias LUCIANO NERY CRIOU O CREPIOCA, FOOD TRUCK ESPECIALIZADO EM CREPES E TAPIOCAS WWW.MINASMARCA.COM O site “Food Truck nas Ruas” (foodtrucknasruas.com.br) já dispõe de diversos endereços, espalhados pelas capitais brasileiras, onde apreciadores da gastronomia de rua podem encontrar veículos que comercializam as mais diversas culinárias, desde o tradicional cachorro quente ao hambúrguer gourmet ou, até mesmo, points que servem comida japonesa, mexicana, massas, entre outros. Em menos de um mês do lançamento do guia, a empresa conseguiu alcançar mais de 200 cadastros de pessoas interessadas em saber mais sobre o Food Truck nas Ruas. O guia também está disponível para acesso mobile, em smartphones e tablets, basta baixar o aplicativo. Um mapa ajuda na localização dos carros de comidas, que estão espalhados nas capitais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em breve, a ferramenta também atingirá Bahia, Minas Gerais e Brasília. “A tendência dos food trucks está conectada à nova cultura gastronômica, que veio para dar um upgrade geral na visão de comida de rua que são servidas em várias cidades brasileiras. Os trucks que temos hoje oferecem mais sabor, mais sofisticação e estilo próprio, conectado a um cardápio mais gourmet”, destaca Carla Somose, uma das idealizadoras do guia online de Food Truck pelo Brasil. Em São Paulo, as empresas de food truck já são uma realidade, com vários eventos espalhados pela cidade. O sucesso é tão grande que tem gerado parcerias com diversos estabelecimentos. Um deles é o bar Tio da Cerveja, que oferece mais de 150 rótulos da bebida. O sócio do bar, Leandro Mani, revela que a ideia da parceria surgiu pelo fato de ser uma loja especializada em cervejas especiais e não ter cozinha. “A parceria com os food trucks é perfeita já que eles não podem comercializar bebidas alcoólicas. Assim que os primeiros trucks surgiram, entramos em contato para organizar eventos e tem sido um sucesso. Já estacionaram aqui o Temaki Navan, Escondido na Kombi, Fichips, Massa na Caveira, La Buena Station, Thatha Burger, 4Brothers e o Ned Crepes. Pode-se dizer que os trucks aumentam o movimento em pelo menos 30%”. Já em Minas, ainda existem poucos food trucks. Um exemplo é o Tácomtudo!, que está nas ruas de Belo Horizonte desde julho de 2012. O negócio de comida mexicana é da empresária mineira Letícia Alvim Guimarães, casada com um mexicano. Letícia conta que eles começaram servindo tacos para os amigos, depois em uma barraca de feira, em seguida no trailer e, por último, abriram uma taquería em um ponto fixo. A empreendedora afirma que a taquería no ponto fixo e no trailer possuem mercados diferentes. “O cliente do trailer, na maioria das vezes, quer comer algo rápido e seguir o caminho. Já na taquería as pessoas vão ao encontro de um contato maior com a cultura mexicana, buscam outras coisas como, por exemplo, bebida alcoólica. Seguramente, uma complementa a outra”, afirma Letícia. Outro food truck que vem fazendo sucesso na capital mineira é o Crepioca, que tem como objetivo levar o crepe francês artesanal e a tapioca para as ruas de BH. O dono do negócio, Luciano Nery, conta que queria trabalhar com o que realmente gosta, a gastronomia. Ele assume o operacional junto com um estudante de gastronomia e a sua esposa, Débora Amaral, responsável pela gestão financeira. TENDÊNCIA paulistas, Carla Somose e Kelly Ferreira, a desenvolverem o primeiro guia de localização de food trucks do país. O empreendedor e também cozinheiro conta que a ideia inicial era o crepe, mas após a realização de alguns estudos, verificou que cada cultura possui o seu crepe, sendo a tapioca, o crepe brasileiro. Por isso, o food truck oferece as duas opções no cardápio. O seu investimento inicial foi de R$ 80 mil e a sua expectativa é de um retorno em até 18 meses. “O lucro vem mais rápido do que em uma lanchonete fixa, pois meu custo fixo é mais baixo e tenho a facilidade de buscar novos públicos em diversos pontos que vou descobrindo”, destaca Luciano Nery. Além de estar pelas ruas da cidade, o Crepioca oferece outros diferenciais para atrair o cliente, como ingredientes selecionados (queijo canastra, chocolate belga, cebola confitada), pagamento com cartão, embalagem ecológica para viagem e wi-fi. “O wi-fi é um conforto para os clientes e ainda contribui para a interação com as nossas redes sociais, já que trabalhamos todo nosso marketing por lá. Postamos diariamente nosso local e horário de trabalho, além de ter o roteiro da semana e nosso cardápio”. Letícia Guimarães, do Tácomtudo!, diz que os benefícios são muitos, dentre eles a possibilidade de ir até o cliente, trocar os pontos de venda, não pagar aluguel e não ter custos tão altos como em um ponto fixo. Já em relação aos desafios, Luciano Nery, do Crepioca, destaca o espaço físico, pois existe um limite de estocagem; a exposição ao clima, já que a chuva e o frio dificultam a operação e também a dificuldade de quebrar as barreiras dos conceitos de comida de rua. O Crepioca e o Tácomtudo! tem feito parcerias entre si e, em alguns dias da semana, os dois food trucks atendem no mesmo local e horário. “Existe um mercado que espera inovações e valoriza um produto de qualidade, ainda que sobre rodas. Juntos, atraímos esse público com mais força e, com isso, a visibilidade de ambos aumenta”, avalia Letícia Guimarães, do Tácomtudo!. Os food trucks são formalizados. É necessário o alvará da prefeitura, que é anual e liberado somente após a inspeção da vigilância sanitária, também regulamentações da BHTrans, Inmetro e Detran. “Em Belo Horizonte, temos tramitando na Câmara uma lei de regulamentação da atividade, similar a que está vigente atualmente em São Paulo”, acrescenta Luciano Nery, dono da Crepioca. Fred Rocha acredita que a tendência das marcas sobre rodas tem tudo para ser sucesso em Minas, como já é em grandes metrópoles. “Qualquer negócio se bem estruturado e atrativo sempre terá boas chances de dar certo em qualquer lugar do mundo. O que todo cliente espera é satisfação em relação ao produto que está comprando, além de bom atendimento. E isso em qualquer plataforma ou setor”, conclui o consultor especialista em varejo. LETÍCIA ALVIM GUIMARÃES, DONA DO TÁCOMTUDO!, CIRCULA PELAS RUAS DE BH DESDE 2012 17 AGOSTO 2014 DESIGN EXPLORANDO OS SENTIDOS DESIGN É UTILIZADO NA GASTRONOMIA PARA TORNAR OS RESTAURANTES UMA OPÇÃO DE NEGÓCIO MAIS EFICIENTE E DESPERTAR EXPERIÊNCIAS POSITIVAS NO CONSUMIDOR Texto: Larissa Borges ESTÍMULO PARA OS NEGÓCIOS Pode parecer estranho, mas design e gastronomia geram uma mistura homogênea. “Tanto o design, quanto a gastronomia buscam soluções e traduzem conceitos através das formas, cores e composições. As duas áreas têm o poder de trabalhar todos os cinco sentidos dentro de um projeto”, explica Luciano Ferreira, sócio-diretor do Estúdio Triciclo. Gustavo Greco, diretor de criação da Greco Design, define marca como tudo aquilo que se forma na mente de cada consumidor a respeito de um produto, empresa ou serviço. Como a base da marca é a confiança, o design é a ferramenta ideal para dar apoio, expressão e comunicação às marcas. “É por meio de um projeto de design que a percepção é engatilhada e associações a respeito da marca se desencadeiam. Tudo isso se aplica a um projeto de gastronomia, mas de forma única, pois cada cliente terá a sua história para ser contada”, analisa. A aplicação do design na gastronomia denomina-se food design. Juliana Lopes, sócia-diretora da Voglio Design, empresa mineira especializada nesse tipo de serviço, afirma que o food design tem como proposta agregar valor a produtos alimentícios, existindo diversas formas de aplicação, seja para grandes indústrias ou micro produtores locais. CRIANDO EXPERIÊNCIAS A gastronomia utiliza o design para levar experiências para as pessoas. Daniel Guimarães, sócio-diretor da 2DA Branding & Design, acredita que a disciplina tem um olhar que vem para gerar coerência e traduzir, por todos os sentidos, os diversos segmentos que envolvem a experiência em um estabelecimento gastronômico. Sendo assim, a experiência de consumo gastronômico vai além do prato entregue ao cliente final. Um exemplo que reúne design, ambiente diferenciado e proposta inovadora é o restaurante Casa Amora. Leandro Ferreira, do Triciclo Estúdio, conta que desenvolveu, junto com seu sócio Italo Bacci, o sistema de identidade visual completo do empreendimento. “A casa tem uma proposta nova na cidade e o entendimento dela foi primordial para o resultado final. O preço do prato é definido pelo número de acompanhamentos e o tipo de carne escolhida. Sendo assim, buscamos trabalhar esse conceito de seleção e a partir daí, brincamos com um ‘X’ que representasse isso, mas construído a partir das iniciais do nome (CA) e nas variações de elementos da cozinha saudável”, explica. Patrícia Davis, sócia da Casa Amora, afirma que o trabalho realizado com a empresa de design foi fundamental para dar corpo ao projeto e definir o rumo do estabelecimento. “A proposta do restaurante era trazer um conceito novo de serviço para o mercado, em um ambiente onde o cliente se sentisse acolhido. Para atingir esse objetivo, sabíamos que teríamos que investir em um bom projeto de design”, enfatiza. É o caso do Orizontino Bar. Bruno Lins, empresário e ex-sócio do estabelecimento, que na época acompanhou o projeto desenvolvido pela 2DA, conta que o trabalho de um designer faz toda a diferença no negócio. “Da mesma maneira que um grande chef sabe combinar os sabores para deixar uma simples receita com personalidade e qualidade, assim é com o profissional de design. A priori é fácil pensar que trata-se de um trabalho simples e que basta ter bom gosto para realizá-lo. Contudo, o bom profissional identificará e relacionará aspectos e elementos que facilmente passariam alheios às pessoas de outras áreas”, destaca. Outro exemplo no mercado mineiro que ressalta como a inserção do design impacta positivamente na gestão da empresa é o restaurante Provincia di Salerno. Juliana Lopes, da Voglio Design, conta que, a partir de uma demanda de criação de embalagens foi estruturado todo o posicionamento da empresa no mercado, sendo projetada desde a identidade visual até produtos próprios do estabelecimento. O chef do restaurante, Remo Peluso, afirma que o trabalho da Voglio agregou valor ao negócio. “Tivemos bons resultados financeiros em consequência do aumento do número de clientes que vieram por indicações de pessoas que ficaram encantados com o enorme salto de qualidade e sofisticação do nosso produto”, diz. Mas, ainda é preciso trabalhar a convergência entre design e gastronomia. Calebe Bezerra, diretor de criação da Calebe Design, acredita que a maior parte do setor de gastronomia ainda está na fase de descobrir o design como ferramenta de diferenciação, seja para sua marca, seu material interno ou seu ambiente. “O design pode oferecer muito mais. Ele traz uma vantagem competitiva nova e interfere positivamente na lembrança gerada a cada contato. Isso passa pelo produto entregue, mas vai muito além, exige atenção em cada detalhe”, conclui. 18 CONCEITO DE SELEÇÃO FOI TRABALHADO NA IDENTIDADE DA CASA AMORA DIVULGAÇÃO * Esta matéria contou com a colaboração da Abedesign-MG. DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO Outro exemplo da aplicação do design na gastronomia envolve os livros. O chef Renato Quintino, autor da obra “A invasão dos incas venuzianos”, conta que, boa parte da autoria de um livro de gastronomia está no projeto gráfico. “Um livro de receitas deve ter, além do texto, ilustrações e uma concepção detalhada e minuciosa de cada página, seja da fonte escolhida ao encadeamento das fotos. O design colocou a minha letra com destaque configurando um toque pessoal e foi fundamental na contextualização dos pratos em cenários diversos”, analisa. O projeto gráfico do livro foi assinado pela Greco Design. Para Mariana Hardy, sócia e diretora de criação da Hardy Design, o design se torna mais eficiente para as empresas quando trabalhado desde a concepção do negócio e não apenas no final do processo. “O design é muito mais do que uma disciplina que concebe soluções visuais, ele é uma ferramenta de negócios. No caso de um restaurante, é preciso ter um alinhamento conceitual e de soluções para que a experiência gastronômica seja completa”, salienta. PROJETO GRÁFICO VALORIZOU LIVRO DO CHEF RENATO QUINTINO DESIGN É USADO EM TODOS OS ELEMENTOS DO PROVÍNCIA DI SALERNO WWW.MINASMARCA.COM 19 AGOSTO 2014 MERCADO COMUNICAÇÃO EFICIENTE POR MEIO DA COMERCIALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS, REVISTAS DE ENTIDADES FORTALECEM SUA MARCA NO MERCADO E INCREMENTAM A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AOS ASSOCIADOS Texto: Larissa Borges DU TROPIA Comodidade, conteúdo direcionado, de qualidade e a certeza de que o seu anúncio irá chegar às mãos do público que está relacionado com a sua empresa. Com essas características e apostando na segmentação, a revista impressa sobrevive ao mercado, sendo uma opção interessante para as entidades que querem fortalecer sua marca e incrementar a prestação de serviços aos associados. CANAL DE COMUNICAÇÃO CARLOS GUIMARÃES JR., PRESIDENTE DO MINASPETRO Muitas entidades e associações mineiras tem a revista impressa como canal principal de comunicação com seus associados e outros grupos que compõem o mercado no qual estão inseridas. Um exemplo é o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro). “Compartilhamos da ideia de que, se temos conhecimento do mercado que estamos inseridos e dos outros mercados, temos argumentos para buscar melhorias para o nosso segmento”, afirma o presidente do sindicato, Carlos Guimarães Jr. A Revista Minaspetro, lançada em 2008, é uma evolução do Jornal Arrancada, o primeiro veículo de comunicação do sindicato. A publicação atual, cujo conteúdo é produzido pela Prefácio Comunicação, possui, em média, 28 páginas. “Temos uma tiragem mensal de 4.400 exemplares. A publicação é composta por conteúdos informativos, interpretativos e opinativos. O nosso objetivo é que ela seja uma referência para o revendedor quando ele precisar esclarecer dúvidas sobre a sua atividade, procurar serviços, fornecedores e informações sobre o segmento e sobre as atividades do Minaspetro”, explica Carlos Guimarães Jr. A revista é distribuída gratuitamente aos mais de 4.100 donos de postos de combustíveis do Estado, empresas fornecedoras de produtos e serviços destinados ao segmento, órgãos reguladores e fiscalizadores do setor de combustíveis, órgãos públicos, autoridades, demais sindicatos do segmento em outros Estados e imprensa. Carlos Guimarães Jr. revela que o meio revista foi escolhido como canal de comunicação por oferecer facilidade na difusão das informações. “O público do sindicato ainda não é muito engajado no meio digital, sendo assim, a publicação impressa é a que melhor gera resultados. Recentemente realizamos uma pesquisa de satisfação do veículo. Foram entrevistados 198 associados, número que representa 5% dos leitores da revista. Desse universo, quase 93% relatou que recebe e lê a revista, ou seja, os dados mostram a relevância do veículo para o público e a eficiência dele para o sindicato”, salienta. RELEVÂNCIA A demanda pelo veículo impresso ainda continua alta. Giovanni Peres, Gerente de Comunicação da Associação Mineira de Supermercados (AMIS) e editor da Revista Gôndola, publicação da entidade que completa 20 anos em setembro deste ano, revela que há um volume constante de pedidos de inclusão na lista de destinatários da publicação. “Estuda-se inclusive a ampliação da tiragem em pelo 20 menos mais 2.000 exemplares nas edições ordinárias. Pesquisa realizada em 2012 entre os associados da entidade mostrou índice de leitura de 94% e credibilidade altíssima, na faixa de 98%”, enfatiza. Já para Eduardo Mineiro, assessor de comunicação do Minas Tênis Clube, que possui a publicação Revista do Minas, o veículo é a primeira porta que se abre para potenciais patrocinadores do portfólio de produtos e projetos do clube. “A comercialização de espaços da revista também é muito importante para tornar a publicação superavitária, possibilitando ao clube direcionar os recursos previstos em sua produção para outras áreas que possibilitem mais serviços de qualidade ao associado”, acrescenta. Entretanto, captar anúncios para as revistas de entidades ainda é um desafio. “A revista segmentada não tem uma audiência grande, mas qualificada e focada. O desafio é conseguir mostrar valor com uma pequena tiragem”, afirma Leonardo Bortoletto, vice-presidente executivo da Sucesu Minas, que possui a Revista Inforuso. RETORNO PARA AS ENTIDADES O fato de oferecer espaços publicitários nas revistas geram retornos positivos não só para as entidades, mas também para os anunciantes. Carlos Guimarães Jr. conta que um dos benefícios da comercialização de anúncios na revista é que a presença de empresas relevantes do setor de combustíveis fortalece o trabalho do sindicato. “Vivemos uma época dos nichos de mercado, está tudo cada vez mais segmentado, sejam os serviços, os produtos ou as informações. O consumidor está mais exigente e sem tempo, ou seja, ele procura aquilo que foi feito especificamente para ele. Com a revista Minaspetro, os fornecedores conseguem isso. O veículo é totalmente direcionado para o público que realmente se interessa pelo que eles oferecem”, frisa. O presidente ainda acrescenta que, 60% do custo de produção da revista é coberto pelos anúncios nela veiculados. A LBC Sistemas é uma das empresas que enxergam valor em anunciar na revista Minaspetro. Anunciante da publicação há mais de 10 anos, a empresa também é expositora nos congressos organizados pelo Minaspetro. Cláudio Mariani, gerente geral da empresa, destaca entre os fatores que tornaram interessante o anúncio na revista, a divulgação de novos serviços e a prospecção de novos clientes. “Além disso, temos como benefícios a visibilidade e o direcionamento ao público-alvo”, ressalta. Outra empresa que sempre está presente na revista é a distribuidora Shell/ Raízen. “Os revendedores são nossos principais parceiros comerciais e acreditamos que os sindicatos da revenda representam um importante canal de comunicação com a classe. Por esse motivo, anunciamos na Revista do Minaspetro desde sua primeira edição, em 2008. Quanto ao retorno, ele se dá por meio do reconhecimento da marca e, principalmente, proximidade com revendedores”, finaliza Fábio Americano, relações setoriais da Raízen. CONHEÇA A ESPECIALISTA EM DESENVOLVIMENTO PARA INTERNET! [email protected] blog.izap.com.br izap.com.br facebook.com/izapbrasil 4020-3000 ANA SLIKA WWW.MINASMARCA.COM AGOSTO 2014 INDICADORES INDICADORES GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE O mercado de alimentação fora do lar, também chamado de food service e seus principais segmentos como restaurantes, padarias, refeições coletivas e fast foods, representam, no Brasil, gasto obrigatório de boa parte das famílias brasileiras. E a tendência é o setor crescer cada vez mais, já que a busca pela conveniência e praticidade tem se tornado fator determinante nas decisões de consumo, sobretudo no que diz respeito à alimentação. Para 2020, conforme a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), a previsão é que 40% dos gastos de uma família sejam referentes à alimentação fora do lar. O cenário, portanto, é totalmente favorável. Pensando nisso, os Estudos Marplan EGM, que fornecem informações sobre hábitos de mídia, consumo de produtos e serviços, comportamento e estilo de vida, posse de bens, cestas de gastos e dados sociodemográficos, analisou o perfil dos consumidores mineiros, na Grande Belo Horizonte, entre abril 2013 e março de 2014 e descobriu coisas interessantes sobre os hábitos de consumo da população relacionados ao mercado gastronômico. Isso acontece porque vivemos de forma cada vez mais acelerada. As 24 horas do dia parecem não ser mais suficientes. Nas capitais e grandes cidades brasileiras, como Belo Horizonte, o tempo destinado às atividades rotineiras do lar, como cozinhar e fazer as refeições em casa, é significativamente mais curto. Além disso, a mobilidade urbana obriga muitos brasileiros a realizarem atividades, como refeições, fora do lar. Nesse cenário, a tendência do mercado de food service é aumentar progressivamente, sem falar do crescente número de opções para refeição. Só na capital mineira, considerada a Capital Mundial dos Botecos, são milhares de restaurantes, bares, padarias e, obviamente, botecos que oferecem desde comida regional (feijão tropeiro, tutu à mineira, frango com quiabo e o tradicional pão de queijo), passando pelos globalizados fast foods até a alimentação saudável para a população que opta ou precisa fazer as refeições fora do lar. Fonte Ipsos: Estudos Marplan EGM – Abril 13 a Mar 14 – Grande Belo Horizonte- Filtro: Donas de Casa - responsáveis pela compra do lar (universo: 1.501.000). 22 Fonte Ipsos: Estudos Marplan EGM – Abril 13 a Mar 14 – Grande Belo Horizonte- Filtro: 10+ ANOS (universo: 3.982.000). WWW.MINASMARCA.COM 23