Ocupação do espaço marítimo - WavEC
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Ocupação do espaço marítimo - WavEC
Formação ç dos dirigentes g e quadros q superiores da Administração Pública para as energias renováveis oceânicas MÓDULO I I I 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann Factores importantes da energia dos oceanos ¾ Potencial notável para contribuir para o “mix” de electricidade em Portugal e no mundo (globalmente níveis semelhantes às outras ER e energia nuclear) ¾ Desenvolvimento técnico significativamente ‘atrasado’ comparado com as ambições o Exigências técnicas de base semelhantes como no petróleo/gás offshore o Geometria e modo de funcionamento invulgares: “onde é mais perigoso” o “Densidade Densidade de capital” capital numa outra ordem de grandeza, grandeza não permitindo transfer de know-how e tecnológico directo (de petróleo/gás) ¾ Meios financeiros normalmente muito aquém das necessidades; compreensão insuficiente da realidade técnica (Å Eventualidades do meio marítimo não esperadas) ¾ Investimentos privados não costumam ser vistos a longo prazo (frequentemente capital de risco) ¾ Apoios públicos da CE (e nacionais) muito limitados, instáveis e com tendência negativa (não fazendo justiça ao nível de empenho necessário para superar problemas) ¾ Tradicionalmente não tem lobby significativo (comparação: Eólico, Fotovoltáico) 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann Planeamento/Ordenamento do Espaço Marítimo “Marine spatial p planning p gp provides an opportunity pp y to take a strategic g p plan for regulating, g g managing g g and protecting the marine environment that addresses the multiple, cumulative and potentially conflicting uses of the sea”. Defra (UK), 2002... Æ Marine and Coastal Access Act, 2009 Policy Research (NL, 2009…): Study for DG MARE.E.1 ¾ Uma disciplina relativamente nova, com fortes atenções internacionais ¾ Necessidade de tomar posição cedo e iniciar debate 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann Paradigma “CONVIVER” Tidal & other marine RE Navigation Fishery Wave Energy gy Oil & Gas ...priorities? ...safety distances safety distances ...co‐existence? ...common aspects, shared infrastructures h di f t t & equipment?... Offshore wind Military 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann Rivalidade? – ou (também) sinergias? ¾ Análise da necessidade do espaço também pode ser influenciado pelas potenciais sinergias com outros usos Æ mais-valia para uns, menos –valia para outros usos. ¾ Tradicionalmente,, todos os sectores limitam-se à visão estreita das suas p próprias p necessidades; iniciativas juntas são raras e até à data não obtiveram apoios. ¾ Sinergias g podem surgir g sobretudo nas seguintes g áreas: ¾ Necessidades técnicas semelhantes de componentes específicas; ¾ Uso conjunto de amarrações, fundações, etc.; ¾ Benefícios mútuos em estudos no contexto de licenciamento; ¾ Planeamento e uso misto do espaço (fornecimento de energia, instalação, manutenção, vigilância,…); ¾ Conversão de competências e equipamentos de usos tradicionais; ¾ Utilização de espaço complementar (por ex.: áreas ‘no-go’ como santuários) ¾ Formação de foco político e mecanismos de lobbying conjunto 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann Usos tradicionais ¾ Áreas ‘no-go’ no-go locais (tipicamente devido às infra-estruturas): extensão limitada (por ex ex.:: cabos de potência ou de comunicação, pipelines, áreas designadas de protecção de biodiversidade ou de investigação, inclusivamente interesses arqueológicos, zonas de extracção de areias e zonas de segurança, etc.) ¾ Navegação e segurança marítima ¾ Transporte marítimo/carga (qualquer uso adicional aumenta riscos) ¾ Barcos de lazer/yachting (necessidade acrescida de marcação, avisos, aprendizagem) ¾ Pesca (uso mais estabelecido; actividade ‘essencial’ com nível mais alto de influência) ¾ Pesca industrial/Trawler (criação de áreas ‘no-go’ Æ Santuários) ¾ Pesca local (tolerância pode ser alcançada; Requalificação pode criar empregos) ¾ Vigilância costeira e militar (uso prioritário e essencial) ¾ Prospecção e exploração de petróleo e gás (prioridade devido à escala económica) ¾ Oceanografia e outras actividades I&D (Dados, campanhas, equipamento,... ) 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann Usos futuros: Biomassa marinha/macroalgae ¾ Algas; Bio-Etanol ¾ Corantes, Corantes Prod. Prod Farmaceut Farmaceut. ¾ Produtos dietéticos ¾ Adubo, rações ¾ Sequestração de CO2 via instalações de grande escala Projecto Sunrise – Parque de Etanol em zona costeira ((esq.) q ) e offshore ((dir.); ); Fonte: Aizawa et al. Æ Podia ser colocado fora da ZEE Æ Existe potencial de sinergia quando uso simultâneo com outros usos novos (amarrações conjuntas; controlo; operação e manutenção) Æ Possível utilização secundária de parques de ondas/eólicos offshore para criação de algas Zona de navegação multifuncional; Fonte: AWI (Buck et. al.) Æ Meeresenergie als Energieversorgung für Farmkulturen (z.B.: C-Questor Group) 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann Usos futuros: Aquicultura offshore ¾ Aquicultura offshore em grande escala começa a ter grande atenção (Necessidade >>, devido à pesca industrial aproximar-se dos limites fisicos; aquicultura onshore complexa) ¾ Circulação e qualidade de água melhorada, problemas de saúde e ambientais drasticamente reduzidos ¾ Visão desde há décadas, êxitos desde há pouco HOARP Demo Projekt Quelle: NOAA Æ Abordagens credíveis para jaulas offshore comerciais (por ex.: OceanGlobe /Byks; Aquapod/ Oceanfarmtech; SeaStation/ OceanSpar;…) Æ “Porque Não”: Jaula com propulsão p p própria p p (p (por ex.: Ocean Drifter) poderia ser movido por energia das ondas OceanGlobe Konzept; Quelle: Byks 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann A questão das prioridades Regulamento de uso do espaço marítimo sensível sensível:: aspectos importantes ¾ Quanto mais cedo houver um debate sereno, menos risco existe de adaptar medidas/ posições meramente ‘ditadas’ pelo lobbying (raramente o melhor para o país). ¾ Todos os usos implicam benefícios, mas também danos até um certo nível; o balanço entre eles é um processo difícil e demorado. ¾ O significado i ifi d (sócio)económico ( ó i ) ó i deve d ser um ítem ít i importante t t no debate d b t Exemplo Pesca Ù Energia das ondas em Portugal: uma possível abordagem ao valor económico Value Annual Resource Average Fish Price Total Annual Revenues Area Revenue per Area Unit Revenue per Area Unit 155 2 255 92088 2769 2769 Unit Tons €/kg M€ km2 €/km2 Prog. Operacional Pesca 2007-2013. DGPA Practical Power Potential National Practical Resource Potential Electricity Price Potential Revenues Potential Revenues Extension Usable Coast Width Wave Farm Usable Area Revenue per Area Unit Revenue per Area Unit 5.0 GW 10000 GWh 0.075 €/kWh 750 M€ 250 km 1 km 250 km2 3 000 000 3 000 000 €/km2 NEEDS;Carbon Trust; WavEC (2004); Cruz et a. (2005) 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann Conclusões ¾ Além da definição das prioridades para usos separados, também seria importante de manter uma visão global equilibrada, tal como as compatibilidades com outros usos; ¾ Potenciais sinergias entre usos diferentes deveriam ser investigados em pormenor, melhorando a economia do espaço marítimo; ¾ Em particular novas actividades podem ser implementadas mais eficientemente quando potenciais sinergias são consideradas desde o início (turbinas eólicas flutuantes e dispositivos de energia das ondas, utilização da ER para aquicultura, sistemas de amarração e processos de instalação conjuntas; operação e manutenção, zonas de segurança e vigilância, dados e comunicação, estudos ambientais, licenças, recursos humanos,...); ¾ Necessidade de investigação concreta em como realizar sinergias técnicas; ¾ Visão é apenas abordagem para o futuro, para já novos usos terão de ser implementados “isoladamente”, comprovando viabilidade; ¾ Sector de energias renováveis marinhas deve tomar iniciativa. 08 Fevereiro 2011, Lisboa, Frank Neumann