4C AnnualReport2010 web pt

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4C AnnualReport2010 web pt
SEMEANDO
MUDANÇAS
2010
RELATÓRIO
A N UA L
A Associação 4C é uma organização com vários grupos de interesse que une as
entidades que estão realmente comprometida com as questões de sustentabilidade
do setor cafeeiro, de uma forma pré-competitiva.
Os membros da Associação 4C incluem cafeicultores (grandes e pequenos), negociadores
e operadores (importadores e exportadores), pessoas e empresas do setor (torrefadores e
varejistas), e a sociedade civil (organizações não governamentais, iniciativas para o
estabelecimento de padrões e sindicatos).
Os membros também incluem pessoas comprometidas com os objetivos da Associação.
Essa comunidade global trabalha em conjunto para melhorar as condições econômicas,
sociais e ambientais daqueles que dependem do café para sobreviver.
MENSAGEM DA
DIRETORIA EXECUTIVA
Semeando mudanças
O ano de 2010 viu grandes mudanças no setor cafeeiro em geral
e na Associação 4C em especial. Os principais acontecimentos
para a Associação e seus parceiros incluem esforços para ajudar
os cafeicultores a alcançarem outros padrões, a fim de tornar a
sustentabilidade mais acessível para a vasta maioria deles; diálogo
com vários grupos de interesse sobre gênero, utilização de agrotóxicos e mudanças climáticas, bem como o ponto de partida para
projetos inéditos, tais como a Biblioteca de Ferramentas da 4C.
Além disso, a Associação realizou um grande processo de revisão
01
estratégica para definir seu novo modelo de negócios.
Quando o projeto 4C foi iniciado, o setor cafeeiro estava no meio
de uma crise devido ao excesso de oferta de café no mercado
e, consequentemente, com a grande queda dos seus preços.
Assim sendo, diferentes grupos de interesse, tais como produtores, negociadores, torrefadores e ONGs uniram-se para tratar
dos desafios da sustentabilidade enfrentados pelo setor. Juntos,
disseminaram as sementes para o desenvolvimento do Código de
Conduta da 4C e o sistema 4C.
Quase uma década depois, os desafios enfrentados pelo setor
cafeeiro mudaram consideravelmente. Em 2010, três questões-chaves caracterizaram o cenário internacional do café: notícias
de uma oferta menor e alta demanda no mercado, causando um
aumento significativo nos preços do café; aumento da demanda
interna em vários países produtores de café, bem como os efeitos
contínuos das mudanças climáticas na previsibilidade, qualidade e
sazonalidade das ofertas de café.
Em vista das novas circunstâncias, a Associação 4C teve de adaptar o seu modus operandi. A abordagem da Associação ainda
era grandemente determinada pelo contexto de sua fase inicial.
Naquela época, muito esforço foi despendido para desenvolver
uma oferta de cafés que seguissem os parâmetros da 4C – os 4C
Compliant Coffees (Café que cumpre com a norma 4C) – treinar
produtores na aplicação dos do padrão paramétrico de sustentabilidade da 4C e ampliando a rede de parceiros e membros.
Para alinhar-se ao contexto atual do mercado de café, a Associação 4C começou a desenvolver um novo foco e uma nova
direção em 2010. Ela embarcou na definição do novo modelo
de negócio, que foi aprovado pelo Conselho da 4C durante sua
8ª reunião, em fevereiro de 2011. Com esse novo modelo de
negócio, a Associação agora passará a uma abordagem impulsionada pela demanda. Ela focará nas atividades que atendem aos
interesses comuns dos membros e criam uma estrutura favorável
para os compradores e vendedores para melhor se conectarem ao
longo da cadeia de suprimentos da 4C. A decisão de adotar um
novo modelo de negócios exigiu um bom tempo de reflexão e o
compromisso dos membros ativamente envolvidos no desenvolvimento da Associação. Os principais torrefadores também expres-
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saram seu compromisso para com o novo modelo. Essa corajosa
decisão só foi possível com o forte apoio e reforço dos membros.
Mesmo quando foi constituída, a Associação 4C reconheceu que
somente os esforços conjuntos de todos os grupos interessados
ao longo da cadeia de suprimentos possibilitaria enfrentar os
desafios da sustentabilidade no setor. Agora, mais do que nunca,
a Associação, como plataforma de diálogo de vários grupos
interessados, pode desempenhar um papel-chave no desenvolvimento de um mundo cafeeiro sustentável.
A Associação 4C hoje lança as sementes da mudança que
viabilizará o crescimento do café sustentável no futuro. Damos
parabéns a todos os Membros e Unidades da 4C, ao Conselho,
ao Comitê Técnico e à Secretaria por se manterem na rota desse
objetivo. É com grande entusiasmo que aguardamos esta nova
fase e incentivamos a todos que continuem unindo esforços
para melhorar as práticas de sustentabilidade no setor do café
commodity.
Diego Pizano Salazar
Roel Vaessen
Patrick Leheup
Albrecht Schwarzkopf
Hein Jan van Hilten
Diego Pizano Salazar, Presidente da Associação 4C e Presidente da Diretoria Executiva Albrecht Schwarzkopf, Vice Presidente da Associação 4C
Roel Vaessen, Tesoureiro da Associação 4C Patrick Leheup, Presidente do Comitê Técnico
Hein Jan van Hilten, Presidente da Junta de Mediação
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Associação 4C | Relatório Anual 2010 – Índice
SEMEANDO MUDANÇAS
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Mensagem da Diretoria Executiva
Índice
02-03
Mensagem da Diretora Executiva
Abordagem impulsionada pela demanda
04-07
Abordagem impulsionada pela demanda
Intensificando nossas atividades
08-15
Intensificando nossas atividades
Plataforma de Colaboração Pré-competitiva
16-19
Plataforma de Colaboração Pré-competitiva
Trabalhando juntos para encontrar soluções
20-24
Trabalhando juntos para encontrar soluções
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Demonstração dos Resultados 2010
26-27
Demonstração dos Resultados 2010
Lista dos Membros da Associação 4C
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Lista dos Membros da Associação 4C
Nossos agradecimentos!
30-31
Nossos agradecimentos!
Diretoria e Impressão
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Verificação
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Associação 4C | Relatório Anual 2010 – MENSAGEM DA DIRETORA EXECUTIVA
MENSAGEM DA
DIRETORA EXECUTIVA
Unindo esforços para um futuro sustentável
Na última década, foram desenvolvidos diversos padrões voluntários
em resposta a crescente necessidade de soluções para os desafios da
sustentabilidade. Os exemplos são
encontrados em todas as áreas –
seja cacau, óleo de palma, algodão,
chá seja em muitos outros produtos
agrícolas, de horticultura, florestais e
têxteis. Esses casos comprovam que
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as soluções são mais bem tratadas
em plataformas com vários grupos interessados e pré-competitivos engajando todos os que são afetados pelas questões em
jogo. Cerca de dez anos atrás, o projeto 4C teve início para ser a
plataforma para a sustentabilidade do café tradicional no setor
cafeeiro. Quase uma década mais tarde, a Associação 4C também
teve de se adaptar às novas circunstâncias no mundo cafeeiro
para atender às demandas de seus grupos de interesse.
Participantes do setor cafeeiro atualmente são confrontados por
muitos problemas que os pressionam, tais como mudanças climáticas, falta de atratividade da produção do café entre os jovens,
árvores velhas de café e concorrência para acesso a financiamentos, para citar somente alguns. Não há respostas fáceis para esses
desafios. O que está claro é que quando muitas cabeças têm
vontade de cooperar, encontrar soluções realistas, torna-se mais
fácil. Nessa função, em 2010, a Associação 4C organizou Fóruns
de Sustentabilidade no Brasil, na Colômbia e na Guatemala para
promover o diálogo e troca de conhecimentos nessas regiões.
A Associação 4C, por meio de sua abordagem pré-competitiva,
também continuou a reconhecer os esforços de outros padrões de
sustentabilidade para melhorar as condições para os cafeicultores.
Um dos principais indicadores dessa colaboração foi um evento
conjunto no Brasil organizado pela Associação 4C, IMAFLORA,
Rainforest Alliance, Fairtrade International e IAC, em novembro
de 2010.
No contexto do novo mercado de café, de maneira semelhante, o
ano de 2010 provou que era a hora de a Associação 4C adaptar
seus processos de trabalho para alcançar seus objetivos de sustentabilidade de longo prazo. Assim sendo, em sua 7ª reunião, em
junho de 2010, o Conselho da 4C decidiu estabelecer um grupo
de trabalho para revisar o modelo de negócio da Associação. O
grupo de trabalho apresentou seus resultados na 8ª reunião do
Conselho, que aprovou o novo modelo de negócio. Ao escrever
esta mensagem, a Associação 4C está nesse momento decisivo.
Ela recém lançou o processo de implantação do novo modelo,
que será concluído até o final de 2011.
Enquanto isso, o número de afiliados à 4C cresceu em 2010, com
18 novos membros, chegando a um total de 148, em dezembro
de 2010. A oferta dos cafés que cumprem os parâmetros da 4C
alcançou 8 milhões de sacas de 60 kg cada, no final de 2010.
Um dos grandes desafios de 2010 foi que a oferta disponível
desses cafés não igualasse a demanda existente, causando uma
compreensível frustração entre os membros. Essa questão continua sendo de alta prioridade para a Associação 4C com cenários
de melhoria já trabalhados no novo modelo de negócio.
É a diversidade dos grupos de interesse, membros e parceiros, e
também o compromisso que tornam a abordagem da Associação 4C diferenciada. Seus esforços conjuntos possibilitaram
definir um novo modelo de negócio e passar para uma fase nova
e empolgante. Agradeço a todos os Membros da 4C e parceiros
por sua cooperação e apoio, em especial àqueles que contribuíram com tempo, conhecimentos e, em muitas circunstâncias,
com apoio financeiro para tornar a mudança possível. Esperamos
contar com a cooperação contínua de todos nos próximos anos.
Melanie Rutten-Sülz
01 Melanie Rutten-Sülz, Diretora Executiva da Associação 4C
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Associação 4C | Relatório Anual 2010 – ABORDAGEM IMPULSIONADA PELA DEMANDA
ABORDAGEM IMPULSIONADA
PELA DEMANDA
Passando para uma abordagem
impulsionada pela demanda
que os números de 2010 poderão ser significativamente maiores
devido à crescente demanda e os compromissos recentes das
grandes empresas. Por exemplo, a Kraft Foods anunciou em maio
de 2011 que passará a 100% de grãos de fontes sustentáveis
para todas as suas marcas europeias até 2015. Para alcançar esta
meta ambiciosa, a Kraft aumentará consideravelmente as compra
de cafés que cumprem os parâmetros da 4C e também de cafés
certificados de outros padrões reconhecidos de sustentabilidade.
Este compromisso desenvolve-se a partir da já antiga colaboração
da empresa com a Rainforest Alliance.
O ano de 2010 será lembrado no setor cafeeiro como de escassez, o ano em que muitas empresas lutaram para encontrar volumes suficientes das qualidades e origens certas para fazer seus
blends. Porém 2010 também será lembrado como o ano em que
grandes empresas adotaram totalmente o conceito de sustentabilidade e tomaram medidas concretas para fazer a diferença.
Em agosto de 2010, a Nestlé anunciou o lançamento do Plano
NESCAFÉ, em parceria com a Associação 4C e a Rainforest AllianHá apenas uma década, teria sido difícil imaginar esse cenário. Nace. Poucos meses depois, a Sara Lee comprometeu-se a triplicar as
quela ocasião, um excesso de oferta de café fez com que os preços
compras do café UTZ CERTIFIED Good Inside dentro dos próximos
internacionais do café
cinco anos. A Starbucks
despencassem, levando
começou a servir so“O caminho para um futuro sustentável tem muitas etapas e requer reavamilhões de cafeicultores à
mente cafés certificados
liação contínua para manter-se na rota. Os padrões que formam o Código
pobreza.
pela Fairtrade e todas
de Conduta da 4C representam um próximo passo positivo para todo o
as suas bebidas para
setor cafeeiro adotar práticas sustentáveis. Assim sendo, a Kraft Foods estaO projeto da 4C foi
espresso na Europa, em
rá aumentará de maneira considerável suas compras de cafés sustentáveis
iniciado precisamente
março de 2010.
que atendem a pelo menos os padrões do Código de Conduta da 4C”.
em resposta a essa crise.
— Huber Weber, Presidente, Café, Kraft Food Europa —
Seu objetivo era trazer
Esses compromissos
a sustentabilidade para
fazem eco no Relatório
o mercado principal dos cafés – o café tradicional (mainstream),
do Café Sustentável do Centro Internacional de Comércio 2010,
também conhecido como café commodity – e possibilitar que o
que declara que em 2009 mais de 8% de todo o café verde
maior número possível de cafeicultores implantasse práticas de
exportado no mundo aderia a alegação comprovada de sustentaprodução sustentável.
bilidade por verificação ou certificação. Há motivos para acreditar
Assim sendo, a Associação 4C adotou uma abordagem impulsionada pela demanda durante sua fase inicial. A jovem Associação
expandiu constantemente a oferta de cafés que cumprem os
parâmetros da 4C, treinou os cafeicultores na aplicação do padrão
de referência em sustentabilidade da 4C e ampliou a rede de parceiros e membros. A abordagem foi bem-sucedida, resultando em
grande disponibilidade dos cafés que cumprem os parâmetros da
4C no mercado hoje. e 67 Unidades 4C licenciadas em 17 países.
No entanto, esse sucesso enfrentou alguns desafios tanto para os
01
Mantendo os registros dos cafés que cumprem os parâmetros da 4C na 01
unidade da FNC, na Colômbia: a Associação 4C passa agora da abordagem
impulsionada pela oferta para a impulsionada pela demanda
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Associação 4C | Relatório Anual 2010 – ABORDAGEM IMPULSIONADA PELA DEMANDA
produtores quanto para os compradores. De um lado, os produtores investiram um considerável volume de tempo e esforço para
cumprir o Código, passar pela Verificação da 4C e produzir cafés
que cumprem os parâmetros da Associação. Ainda assim, esse
café nem sempre preencheu as exigências específicas de compra
dos operadores e compradores no sistema. Por exemplo, no ano
cafeeiro de 2009/2010, as compras de cafés que cumprem os parâmetros da 4C chegaram a 386 mil sacas, enquanto o potencial
de produção das Unidades 4C atingiu mais de 8 milhões de sacas.
Naturalmente, essa lacuna criou uma situação em que todos os
envolvidos foram prejudicados. Assim, a Associação 4C começou
a discutir uma nova abordagem de trabalho. Conforme decisão
do 7º Conselho em junho, a Associação formou um grupo de
trabalho com representantes dos membros para definir uma nova
direção estratégica. O grupo de trabalho começou a trabalhar em
novembro de 2010 e os resultados foram aprovados durante a 8ª
Reunião do Conselho, na Tanzânia, em fevereiro de 2011. O foco
da Associação, mediante um novo modelo de negócio, agora será
impulsionado pela demanda. A ênfase agora será nas atividades
que atendam aos interesses comuns dos membros e crie uma estrutura favorável para os compradores e vendedores para melhor
se relacionarem ao longo da cadeia de suprimentos da 4C.
Os compromissos de compra dos membros compradores da 4C,
sendo que alguns já os anunciaram publicamente, como o Plano
NESCAFÉ, e as iniciativas de compra da Kraft Foods ou Coop’s e
Tchibo, ajudam a impulsionar esses esforços.
Para criar um mundo cafeeiro em que a sustentabilidade seja a
norma, é imperioso que todos os atores envolvidos cooperem, especialmente as iniciativas e padrões de sustentabilidade. Dessa forma,
a Associação 4C fortalecerá o seu papel como iniciativa pré-competitiva e promoverá ativamente todos os padrões de sustentabilidade.
Além disso, ela incentivará seus membros a melhorar continuamente
seu desempenho e assim elevarem-se dos valores de referência da
4C para outros mais exigentes. Essa abordagem propicia uma forma
eficiente de gerir as cadeias de suprimento. Também permite que os
compradores tenham mais flexibilidade para atingir seus objetivos
específicos de sustentabilidade, combinando cafés que atendem aos
requisitos de diferentes padrões em sua faixa de produtos.
Para reduzir o ônus de várias auditorias e maximizar os benefícios
para os cafeicultores, os padrões e sistemas da Associação 4C e
da Rainforest Alliance foram referenciados em 2008. Desde então,
ambas as organizações aumentaram sua cooperação para ajudar os
cafeicultores elevarem-se dos valores de referência da 4C para o padrão SAN e obter a certificação da Rainforest Alliance. Em setembro
de 2010, as duas iniciativas iniciaram uma parceria com a Nestlé no
Plano NESCAFÉ. Também em 2010, a Associação 4C fortaleceu sua
colaboração com outros padrões. Em novembro, ela organizou em
conjunto com a Imaflora/Rainforest Alliance, Fairtrade International
e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) um Simpósio sobre
Produção de Cafés Sustentáveis, em Poços de Caldas, Brasil. Outras
colaborações ocorreram com o Certifica Minas e UTZ CERTIFIED.
Caminhando para um mundo de cafés sustentáveis
ao promover todos os padrões de sustentabilidade
Em 2009, aproximadamente 8%1 de todos os cafés verdes
exportados no mundo tinham sido produzidos de forma
sustentável. Embora esse número seja promissor, o setor ainda
está longe de atingir essa massa crítica.
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Fonte: Relatório sobre Café Sustentável 2010 do Centro de Comércio Internacional
No setor de cafés mainstream, os consumidores podem escolher produtos
de várias marcas, origens e com diferentes atributos de sustentabilidade.
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Associação 4C | Relatório Anual 2010 – ABORDAGEM IMPULSIONADA PELA DEMANDA
O Plano NESCAFÉ – um grande passo para
ampliar o impacto da sustentabilidade fazendo
a diferença no setor do café mainstream.
No final de agosto e 2010, o CEO da Nestlé, Paul Bulcke,
Nos últimos dez anos, a Nestlé já distribuiu 16 milhões
anunciou no México o Plano NESCAFÉ, uma ambiciosa
dessas mudas de pés de café a cafeicultores, em diversos
iniciativa internacional de café criando valor compartipaíses, inclusive no México, na Tailândia, nas Filipinas e
lhado em toda a cadeia de suprimentos, desde cafeiculna Indonésia.
tores até consumidores. O Plano
Um dos principais
“Nestlé é um membro fundador da Associação 4C e nós acreditamos
NESCAFÉ fornecerá
problemas atualmente
que a 4C é um passo muito necessário rumo à sustentabilidade no
assistência técnica e
enfrentados pelo setor
longo prazo. Focando o grande mercado de café, a Associação 4C faz
serviços agronômicafeeiro é o envelhecide seus princípios e de seu acesso o primeiro passo nessa jornada.”
cos, levará assessomento dos pés de café.
— Nicolas Huillet, Líder de Projeto NESCAFE PLAN —
ria de especialistas
Além disso, as gerasobre práticas de
ções mais novas estão
plantio sustentável,
migrando predominane técnicas de tratamento após a colheita, para mais de
temente para as áreas urbanas buscando emprego na
10 mil cafeicultores por ano. Eles também receberão
cidade, uma vez que veem falta de incentivos econôaté 2020 220 milhões de mudas de pés de café de alta
micos para plantar café. O Plano NESCAFÉ visa a tratar
produtividade, mais resistentes às doenças e à seca,
dessas questões ao incentivar ainda mais a renovação
para ajudá-los a rejuvenecer suas plantações, aumentar
das plantações de café e fornecer acesso adequado
a produtividade e melhorar seus meios de subsistência.
ao treinamento para os cafeicultores. Além disso, será
fundamental para a Nestlé tornar a produção do café um
incentivo atraente para as futuras gerações.
Com esse Plano, a Nestlé está assegurando o cumprimento dos parâmetros da 4C para todos os cafés adquiridos por meio de sua rede de Suprimentos Diretos até
o mais tardar 2015, por meio de sua rede Conexão com
o Cafeicultor / Suprimentos Diretos, e que representa um
volume de 180.000 toneladas de café verde por ano, beneficiando mais de 170 mil cafeicultores e suas famílias.
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Distribuição de mudas de alta produtividade em Puebla, no México 01
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – ABORDAGEM IMPULSIONADA PELA DEMANDA
Nos próximos meses e anos, um número cada vez maior
de fornecedores da Nestlé continuarão a criar Unidades
4C, trabalhando de acordo com os princípios do Código
de Conduta da 4C. Como parte desse longo percurso
e acompanhando esses fornecedores na expedição, os
agrônomos da Nestlé já começaram a treinar os cafeicultores em práticas agrícolas que cumprem o Código.
O Plano NESCAFÉ causará impacto positivo no setor
cafeeiro ao reafirmar o Código 4C como o padrão de
referência em sustentabilidade e tornar o mainstream da
sustentabilidade, dos cafeicultores aos consumidores. De
fato, os cafeicultores no projeto podem usar o Código
como um instrumento para chegar ao padrão de certificação da Rainforest Alliance (Padrões SAN). Além disso,
a Nestlé adquirirá
90 mil toneladas
“A Nestlé apoia totalmente a Associação 4C. É importante que, como um
setor, o café tenha um fórum que permita produtores, negociantes/operado- de café, de acordo
com os padrões de
res, torrefadores e a sociedade civil expressar suas necessidades e vontades
em relação à sustentabilidade. O Código de Conduta da 4C é um importante sustentabilidade
resultado, pois demonstra ao mundo externo que esses são os padrões que o internacionalmente reconhecidos da
mundo cafeeiro trabalha para atingir. A Nestlé é um dos membros fundadores da Associação 4C e uma empresa que tem compromisso com o desenvol- Rainforest Alliance
da Rede de Agrivimento agrícola sustentável e que apoia integralmente o novo modelo de
cultura Sustentánegócio para assegurar a viabilidade da Associação 4C no longo prazo”.
vel, até 2020.
— Equipe do Plano NESCAFÉ —
Com foco especial na montagem
e gestão das
Unidades 4C, a
Associação 4C
forneceu informações a respeito de
seu sistema para a
equipe da Nestlé e
os parceiros envolvidos na implantação do Plano. A
primeira sessão de treinamento foi realizada no México,
em novembro de 2010, com um total de 26 participantes, incluindo os representantes da Nestlé, diversos beneficiadores de café e ONGs. No início de dezembro, 15
pessoas participaram do segundo treinamento, realizado
no Vietnã, inclusive representantes dos mercados de
Conexão com Cafeicultores/Suprimento Direto da China,
Vietnã, Indonésia, Tailândia, Costa do marfim, Filipinas e
Índia, bem como representantes da Rainforest Alliance.
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Treinamento a respeito do sistema da 4C. Dezembro de 2010, no Vietnã.
Entre os participantes representantes dos países de suprimento da Nestlé
e da Rainforest Alliance
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Associação 4C | Relatório Anual 2010 – Crescendo
Crescendo
Viabilizando o avanço dos produtores
em sua caminhada para a sustentabilidade
Nos últimos vinte anos, foram desenvolvidas uma variedade
de padrões voluntários sociais e ambientais. Os governos têm
estado ou envolveram-se em alguns deles, mais obviamente
em agricultura orgânica e rotulagem relacionada. No entanto,
a maioria dos padrões sociais e ambientais que foram desenvolvidos por organizações não governamentais, tais como
Fairtrade International, Social Accountability International
(Norma SA-8000) ou Padrões da SAN/Rainforest Alliance.
Para o setor cafeeiro, a Associação 4C, fundada em 2006, é a
iniciativa mais recente em estabelecimento de padrões.
4C, os cafeicultores estão em melhor posição para melhorar ainda mais o desempenho para atender aos critérios de
conformidade de padrões mais exigentes. A Associação 4C já
está trabalhando com a Rainforest Alliance nessa abordagem.
A praticidade do Código de Conduta da 4C nesse aspecto foi
demonstrada por meio do exercício piloto de 2010, em El Salvador. Com esse piloto, em cooperação com a Fundação SalvaNATURA, 132 cafeicultores avançaram dos parâmetros do Código
de Conduta da 4C para os padrões da SAN. Como o exercício
foi bem sucedido, no momento estão em andamento discussões para executar projetos similares com outros projetos de
sustentabilidade. O novo modelo de negócio reafirma a ambição
da Associação 4C em colaborar e promover ativamente outros
padrões e alcançar um impacto maior para os cafeicultores.
Com frequência, os padrões de sustentabilidade oferecem
aos produtores oportunidades para maior acesso ao mercado ou até ágios no preço em algumas circunstâncias. Sua
aplicação também ajuda a proteger o ambiente natural e
criar impacto positivo, tanto econômico quanto social, nas
comunidades locais envolvidas. No entanto, muitas vezes os
cafeicultores não têm acesso às informações, know-how e
treinamento sobre a aplicação das práticas agrícolas sustentáveis. Além disso, a conformidade com os padrões, em geral,
acarretam implicações econômicas para os produtores, pois
necessitam de investir para cumprir os requisitos. Também
pode consumir tempo porque necessita de mudanças na forma de eles trabalharem. O Código de Conduta da 4C, como
padrão de referência, fornece aos cafeicultores um primeiro
passo em sua caminhada para a sustentabilidade e permite
melhorias progressivas, facilitando os esforços de conformidade dos cafeicultores. Ademais, os cafeicultores recebem
apoio de membros da Associação 4C ao longo da cadeia de
suprimentos. Após estar em conformidade com o Código da
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01
Exercício de treinamento em campo. Vietnã, junho de 2010. A aplicação 01
do Código 4C pode possibilitar aos cafeicultores, no decorrer do tempo,
avançarem para padrões mas exigentes
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – Crescendo
“O Código de Conduta da 4C nos propiciou uma sólida base para avançarmos do valor de
referência padrão da 4C para os Padrões da SAN. Tínhamos já uma conscientização avançada da importância e valor de implantar práticas ambientais e sociais mais fáceis. Por
exemplo, o aumento da conscientização a respeito da necessidade de proteger os recursos
naturais, fornecer tratamento melhor aos trabalhadores, bem como salários iguais e mais”.
— Engenheiro Próspero Trejo, cafeicultor e Diretor da Cooperativa Ciudad Barrios,
Membro da 4C em El Salvador —
MELHORIAS CONTÍNUAS NA DIREÇÃO DA SUSTENTABILIDADE
CRESCENDO COM A ASSOCIAÇÃO 4C
DESEMPENHO AVANÇADO
Conformidade com padrões mais
exigentes de sustentabilidade 1
Verificação 4C como
preparação para a certificação
DESEMPENHO CONFORME
PARÂMETROS DA 4C
Média Amarela
Implantação do Código
de Conduta da 4C
NENHUMA CONFORMIDADE COM
OS PADRÕES DE SUSTENTABILIDADE
Entrada no
sistema da 4C
Erradicação das
Práticas Inaceitáveis
PRÁTICAS NÃO ACEITÁVEIS
1
Qualquer outro plano de sustentabilidade (também com escopo nacional ou regional) cujos padrões são comprovadamente
mais exigentes do que aqueles da Associação 4C e que reconheça o Código de Conduta da 4C como parâmetro
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Associação 4C | Relatório Anual 2010 – CRESCENDO
Projeto piloto em El Salvador: 132 cafeicultores crescem
do padrão de referência da 4C para os Padrões SAN
Foi durante um seminário organizado pela Iniciativa Cristã
Romero (CIR), em Munster, na Alemanha, em setembro de
2007, que o Engenheiro Próspero Trejo tomou conhecimento
pela primeira vez do Código de Conduta da 4C. O Sr. Trejo é
cafeicultor e diretor da Cooperativa Ciudad Barrios, em El Salvador. Quando ele voltou para seu país, resolveu apresentar
aos seus colegas da cooperativa a abordagem sustentável do
sistema 4C. Em setembro de 2009, sua cooperativa começou
o processo de formar uma Unidade 4C e a implantar o Código de Conduta da 4C.
Em fevereiro de 2010, Ciudad Barrios recebeu a licença para
vender cafés que cumprem o parâmetro da 4C com uma
Unidade 4C constituída de 256 parceiros de negócio.
“Conformidade com o Código 4C nos dá mais credibilidade, maior aceitação do nosso produto e capacidade de
fazer mais negócios no futuro, pois os compradores têm a
garantia que estamos em conformidade com os critérios
paramétricos da 4C”, explica o Sr. Trejo.
01
10
Após passarem com sucesso pela Verificação 4C, 132
cafeicultores na Unidade 4C estavam preparados para arcar
co os esforços adicionais de conformar com os Padrões SAN
da Rainforest Alliance. De setembro a dezembro de 2010,
esses cafeicultores receberam apoio técnico da SalvaNATURA para subirem do padrão paramétrico da 4C e atingir o
Padrão SAN. A SalvaNATURA realizou diversos diagnósticos
no nível das propriedades de café antes de iniciar o processo
de subida. As análises demonstraram que já haviam conseguido grandes progressos nas práticas de sustentabilidade
em decorrência da implantação do Código da 4C. Melhorias
significativas podiam ser vistas em termos de, por exemplo,
melhor qualidade da água potável, condições de trabalho
mais seguras e saúde dos trabalhadores, bem como mais
igualdade entre os gêneros no pagamento dos salários.
Depois de quatro meses de árduo trabalho, os esforços dos
cafeicultores se pagaram quando passaram pela auditoria de
certificação da Rainforest Alliance. Graças ao certificado que
obtiveram, eles agora podem vender seus cafés como certificados pela Rainforest Alliance, abrindo novas oportunidades
de mercado para seu produto.
02
Membros da Cooperativa Ciudad Barrios seguram placas 01
sobre proteção ambiental a serem colocadas nas fazendas
O engenheiro Próspero Trejo, da Cooperativa Ciudad Barrios, em El Salvador. 02
A Cooperativa subiu com sucesso para a certificação da RA após
estar em conformidade com a 4C
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – CRESCENDO
Unidades 4C proporcionaram mais
de 1.500 treinamentos em 2010
No final de 2010, existiam 67 Unidades 4C em 17 países.
treinadores sobre a implantação do Código em 2010. As
Isso representa um total de mais de 280 mil cafeicultores
sessões de treinamento foram organizadas no Brasil, Coe trabalhadores que estão trabalhando de acordo com o
lômbia, Guatemala, Quênia, México, Uganda e Vietnã. Os
Código de Conduta da 4C. Mas cafeicultores e trabalhatreinadores que participaram nessas sessões podem dissedores não estão sozinhos em seus esforços. As Entidades
minar ainda mais seus conhecimentos do conceito 4C para
Gestoras das Unidades 4C lhes fornecem treinamentos e
os cafeicultores e trabalhadores em suas respectivas Unidaassessoria durante todo o ano. Em 2010, mais de 1.500
des 4C. Para melhorar a eficiência e atender a necessidatreinamentos foram executados pelas Unidades 4C (ver
des específicas dos que estão no sistema 4C, doravante a
mapa na próxima
Associação
página), que cobriram
fornecerá
“No início, não tínhamos ideia do trabalho envolvido no café, basicamente
uma grande variedade
serviços de
colhíamos o café conforme amadurecia e não dávamos ênfase à qualidade e
de assuntos, tais como
treinamento
a todos os benefícios. Participar das sessões de treinamento possibilitou aos
boas práticas agrícolas,
conforme
cafeicultores nessa Unidade 4C concretizar seu potencial de produção e como
proteção ambiental,
solicitagerir recursos de maneira eficiente. As mulheres também estão se envolvendo
segurança no trabalho
dos pelos
mais. No começo, somente os homens participavam dos treinamentos, agora
e utilização segura de
cafeicultoras têm suas próprias propriedades e podem trabalhar nelas de forma membros
agrotóxicos. Alguns
individualindependente, pois aprenderam como tomar conta das propriedades”.
também têm com o
mente, o
— Minerva Pérez Gonzalez, cafeicultora, Unidade 4C Agroindustrias Unidas de Mexico S.A. de C.V. —
objetivo específico famique está de
liarizar os cafeicultores
acordo com
com o sistema e Código de Conduta da 4C Para apoiar as
a abordagem impulsionada pela demanda do recém-aproUnidades 4C em seus esforços de treinamento, a Assovado novo modelo de negócio da 4C.
ciação 4C organizou oito workshops de treinamento de
“Desde que comecei a trabalhar na estrutura do projeto 4C, recebi assistência técnica da CISA Exportadora
para melhorar a qualidade da minha produção, bem coo
assessoria nos sistemas de processamento pela via úmida.
Durante a colheita de 2009-2010, pudemos tratar as águas
servidas do processo de fermentação e processamento
dos grãos de café. As águas servidas foram armazenadas
em tanques separados desenvolvidos com o apoio técnico
da CISA. Em safras anteriores, as águas servidas eram
despejadas diretamente no córrego que passa dentro da
fazenda”.
— Amulfo Chavarría González, cafeicultor na Unidade 4C
CISA Exportadora, Nicarágua —
03
Técnicos do CATI recebem treinamento sobre o Código de Conduta da 4C,
em julho de 2010, para disseminar conhecimentos entre os cafeicultores
de São Paulo
03
11
TREINAMENTOS E
POR UNIDAD
Nome da País
Unidade
4C
Número de
workshop/
treinamentos
Número de
cafeicultores e
trabalhadores
treinados
Cocatrel
2
1.240
Brasil
Cocapec
Brasil
6
Est. 1.300
Cooparaíso
Brasil
202
5.500
Stockler
Brasil
6
141
Federación
Nacional de
Cafeteros de
Colombia
(FNC)
Colômbia
668
20. 045
Beneficios
Volcafe CR
Costa Rica
26
1.639
Borgonovo
Pohl
El Salvador
4
75
Coex
El Salvador
2
Est. 90
Exportadora
El Volcan. S.A.
de C.V.
El Salvador
16
378
Sertinsa NKG
Guatemala
3
417 WaeltiShoenfeld
Exportadores
de Café
Guatemala
18
359
Agapeco
Honduras
7
Est. 400
Exportadora
California
NKG
México
3
15
PROMIZAP
México
4
50
CISA
Nicarágua
5
126
Exp. Atlantic
1 and Exp.
Atlantic 2
(parte do
Grupo ECOM)
Nicarágua
4
331
Pueblos
en Acción
Communitaria
(PAC)
Nicarágua
50
766
12
Esses treinamentos se referem a sessões organizadas pelas próprias Unidades 4C
em comparação com os workshops de Treinamento dos Treinadores (TOTs) organizados diretamente pela Associação 4C (ver página 17). Esses treinamentos têm
como finalidade fornecer aos cafeicultores informações e habilidades em relação à
produção de cafés sustentáveis. Eles cobrem uma variedade de questões, tais como
boas práticas agrícolas e de colheita, proteção ambiental, segurança no trabalho, e
utilização segura dos agrotóxicos, bem como gerenciamento da qualidade e orien-
tação sobre o mercado. Alguns também têm o objetivo específico de familiarizar os
cafeicultores com o sistema 4C e seu Código de Conduta.
Obs.: Esta não é uma lista abrangente de todas as Unidades 4C. Ela inclui somente as
Unidades 4C que compartilharam suas informações a respeito de treinamentos. Os países
apresentados na cor laranja são aqueles nos quais as unidades 4C estão localizadas. A Associação 4C gostaria de agradecer às Unidades 4C que forneceram as informações acima.
WORKSHOPS
DES 4C
Nome da País
Unidade
4C
Número de
workshop/
treinamentos
Número de
cafeicultores e
trabalhadores
treinados
Tropical Farm
Management
(Rothfos)
Quênia
4
120
Ibero (Uganda) Bigasa
Uganda
92
1.647
Kyagalani
Coffee Ltd.
(Volcafé)
Uganda
24
2.200
Coffee
Management
Sercices Ltd.
(Volcafé)
Quênia
20
2.000
Kofinaf
Quênia
3
250
Rwacof
Exports SARL
(Sucafina SA)
Rwanda
43
1.200
Nome da País
Unidade
4C
Número de
workshop/
treinamentos
Número de
cafeicultores e
trabalhadores
treinados
Atlantic
Commodities
(ECOM Group)
Vietnã
10
1.050
Ea Kmat
Vietnã
4
240
Vinacafe BMT
(Vinacafe
BMT)
Vietnã
12
700
Thai Hoa
Lam Dong
(Thai Hoa
Company)
Vietnã
11
740
Olam Lam
Dong
Vietnã
8
680
Dakman BMT
(Volcafé)
Vietnã
15
775
Mercafe Co.
Ltd.
Vietnã
2
194
Nedcoffee
Vietnam
Vietnã
98
800
Neumann
Gruppe Vietnam Ltd.
Vietnã
9
270
Nestlé
Thailand
Tailândia
23
1.350
Nestlé VN
(Nestlé Group)
Vietnã
16
1.279
13
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – CRESCENDO
Biblioteca de Ferramentas: acesso fácil
a um crescente número de recursos
Um dos maiores desafios enfrentados pelos cafeicultores na
mudança para as práticas sustentáveis é a falta de informações para orientá-los durante o processo. Para superar esse
desafio, a Associação 4C lançou a Biblioteca de Ferramentas,
em junho de 2010.
A biblioteca atualmente é uma coleção online de 262 documentos relacionados às 10 Praticas Inaceitáveis e aos 28 Princípios do Código de Conduta da 4C. As ferramentas incluem
documentos de treinamento em boas práticas agrícolas e
de gestão, bem como de sustentabilidade social, ecológica
e econômica. O material de treinamento consiste principalmente de manuais, guias, folhetos e livretos úteis, material
como pôsteres e prospectos, bem como os principais recursos
disponíveis na internet. Os membros da 4C, cafeicultores nas
Unidades 4C e outros parceiros de negócio têm acesso rápido
e fácil à Biblioteca de Ferramentas por meio de um sistema
pessoal de login.
A Biblioteca de Ferramentas é um esforço de colaboração
entre a Secretaria da 4C, os Membros da 4C e as organizações parceiras. Todos disponibilizaram seus recursos para
beneficiar os cafeicultores, trabalhadores e outros parceiros
de negócio nas Unidades 4C. Os membros são fortemente
incentivados a continuar a compartilhar seus materiais de
treinamento com a Associação. Suas contribuições possibilitarão expandir continuamente essa importante fonte de
informações em benefício de todos os membros.
“O ICCRI muito aprecia os esforços da Associação 4C em tornar o setor do café mainstream sustentável e anseia por uma parceria continua nessa área, também em termos de atividades de treinamento e implantação de projetos. A nova Biblioteca de Ferramentas é um elemento valioso para
esse objetivo e o ICCRI apoiará seu desenvolvimento com ferramentas adequadas em indonésio”.
— Dr. Teguh Wahyudi, Instituto de Pesquisa do Café e Cacau da Indonésia (ICCRI) —
01
14
02
A Biblioteca de Ferramentas 4C atualmente ‘uma coleção online de 262 01
documentos sobre café e práticas sustentáveis de produção e processamento
Um extensionista agrícola realiza uma sessão de treinamento com a ajuda 02
do manual desenvolvido pela FNC, da Colômbia, que está na
Biblioteca de Ferramentas
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – CRESCENDO
Um guia ilustrado para explicar
o Código de Conduta da 4C
O Código de Conduta da 4C é uma ferramenta-chave da
ou têm pouco domínio do idioma, o Comitê Técnico da
Associação 4C para ajudar os produtores a tomarem as pri4C desenvolveu um Guia Ilustrado em 2010, que inclui
meiras medidas na implantação das práticas de sustentabiilustrações em cores, mostrando cada uma das 10 Práticas
lidade econômica, social e ambiental. É fundamental que
Inaceitáveis e os 28 Princípios do Código. O Guia foi
os cafeicultores e aqueles que com eles trabalham entenproduzido em inglês e traduzido para português, espanhol
dam corretamente o
e vietnamita. Foi amque os princípios do
plamente distribuído
“O Guia Ilustrado combina as duas principais características que são
Código defendem.
necessárias para efetivamente disseminar conhecimento sobre boas prá- entre os Membros da
Isso nem sempre é
4C e suas unidades
ticas. Sendo, dessa forma, dinâmico e didático ao mesmo tempo trata-se
fácil, especialmente
nas diferentes regiões
definitivamente de uma excelente ferramenta.”
para os cafeicultores
produtoras de café.
— Humberto Chacur, Unidade 4C EISA/ECOM, Brasil —
que não têm experiO Guia Ilustrado bem
ência prévia com os
como outros mateconceitos de sustentabilidade, como frequentemente é o
riais informativos da 4C podem ser traduzidos para outros
caso co a maioria dos cafeicultores que estão ingressando
idiomas se houver demanda da parte dos membros.
no sistema 4C. Em um esforço para tornar o Código de
Conduta da 4C mais acessível para os que são analfabetos
03
03
04
03
O Guia Ilustrado é uma nova ferramenta de informações sobre o Código 4C,
com ilustrações em cores, com texto simples e acessível
Cafeicultor em workshop sobre mudanças climáticas organizado pela GIZ no Quênia, examina o novo Guia Ilustrado
15
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – PLATAFORMA PARA A COLABORAÇÃO PRÉ-COMPETITIVA
PLATAFORMA PARA A
COLABORAÇÃO
PRÉ-COMPETITIVA
Fortalecendo a plataforma para
colaboração pré-competitiva
discutir a produção de cafés sustentáveis e trocar lições sobre as
experiências aprendidas e as melhores práticas.
Em 2010, o mercado de café foi caracterizado por um
aumento da escassez de oferta de cafés.
Mais de 40 grupos de interesse distintos participaram dos fóruns
na Guatemala e no Brasil, e mais de 30, na Colômbia. O Fórum
de Sustentabilidade na Colômbia foi organizado em cooperação
com a Federação Nacional de cafeicultores da Colômbia (Federación Nacional de Cafeteros de Colombia – FNC). Esse fórum foi
inovador no sentido de juntar os principais grupos de interesse
de diferentes países produtores, inclusive Brasil, Colômbia,
Honduras, Quênia, México e Peru. Os participantes apresentaram
perspectivas para suas próprias comunidades trazendo novas
ideias para a mesa.
Essa situação de escassez tornou-se ainda pior pelos
desafios tais como um população de árvores envelhecidas,
falta de interesse na cafeicultura pela geração mais jovem,
mudanças climáticas, concorrência de outras commodities
pelo uso da terra e acesso a financiamento, entre outros.
Desafios como esses torna mais importante encontrar
soluções duradouras para os problemas enfrentados pelo
setor cafeeiro. É necessária agora mais do que nunca uma
plataforma pré-competitiva para tratar desses desafios
comuns. De acordo co o novo modelo de negócio, a
Associação 4C expandirá o escopo de suas atividades para
continuar a preencher essa função essencial.
Em seguida aos fóruns de 2010, a Associação 4C organizou
o Primeiro Fórum Africano sobre Sustentabilidade do Café,
em Arusha, na Tanzânia, em fevereiro de 2011. O evento foi
organizado em colaboração com a Eastern African Fine Coffees
Association (Associação de Cafés Finos da África Oriental) (EAF-
Fóruns de sustentabilidade: desenvolvendo sinergias nas regiões cafeeiras
Durante o ano de 2010, a Associação 4C organizou Fóruns de
Sustentabilidade no Brasil, na Colômbia e na Guatemala. Os
fóruns aproximaram os representantes dos principais grupos interessados das organizações de produtores, comércio e indústria,
ONGs, sindicatos de classe, governo e iniciativas de sustentabilidade nessas regiões.
Assim sendo, os fóruns representaram oportunidades únicas para
01
16
Participantes do Fórum de Sustentabilidade na Guatemala, 01
em fevereiro de 2011
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – PLATAFORMA PARA A COLABORAÇÃO PRÉ-COMPETITIVA
CA) tendo como pano de fundo o Congresso e Exposição Anual
de Cafés Finos da África. Com mais de 120 participantes, esse foi
o maior fórum da 4C até esta data.
“O fórum ofereceu uma oportunidade única para juntar
cafeicultores, exportadores e a indústria, falando com outros
atores do setor cafeeiro, aprendendo com eles e compartilhando experiências. É a primeira vez que temos essa
plataforma de intercâmbio no Brasil. A atmosfera muito
aberta e construtiva foi inspiradora e aguardo ansiosamente
a continuação desse intercâmbio. A Associação 4C pode
desempenhar um papel chave em nos mobilizar para fazer
progredir a sustentabilidade no setor brasileiro do café”.
— Milene Pereira da Três Corações, Membro do Comércio e Indústria do
Brasil, na ocasião do Primeiro Fórum Brasileiro de Sustentabilidade —
Esses fóruns dão o embasamento para alcançar uma das maiores ambições da Associação 4C, de acordo com seu novo modelo de negócio: tornar-se A plataforma para cuidar dos desafios
no setor do café commodity de maneira pré-competitiva.
Os workshops foram realizados nas regiões cafeeiras das
províncias de Dak Lak, Gia Lai, Dak Nong e Lam Dong. Nesses
treinamentos, o Coordenador Técnico da 4C, Sr. Ngoc Sy Do,
explicou como o Código de Conduta da 4C é implantado na
prática. Por meio dessa cooperação e com o apoio do MARD,
mais cafeicultores podem aprender a correta aplicação dos
fertilizantes e as melhores práticas, tais como manejo da água,
equilíbrio na aplicação de insumos e melhora da fertilidade do
solo. O objetivo principal é ajudar os cafeicultores a aumentarem
sua renda melhorando a eficiência, e assim aumentar a produtividade do café e sua qualidade.
Com base na iniciativa proposta no Fórum Econômico Mundial,
foi iniciada uma Parceria Público-Privada no Vietnã. A “PPP
Projeto Café” para o desenvolvimento sustentável do café
é copresidida pelo MARD e a Nestlé, membro da 4C. A PPP
congrega empresas nacionais e internacionais no setor privado
vietnamita, organizações internacionais como a Associação 4C
e a Rainforest Alliance, associações de cafeicultores e café, ne-
Cooperando com o governo para melhorar
a sustentabilidade no setor cafeeiro do Vietnã
Durante todo o ano de 2010, a Associação 4C continuou sua
frutífera cooperação com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MARD) do Vietnã e com a Associação de Café
e Cacau do Vietnã (VICOFA). Juntos, organizaram uma série
de workshops informativos para cafeicultores sobre produção
sustentável de café.
02
Sr. Do Ngoc Sy, Coordenador Técnico no Vietnã, é o facilitador em um
workshop organizado em colaboração com o Ministério da Agricultura e
Desenvolvimento Rural (MARD), Vietnã, julho de 2010
02
17
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – Platform for pre-competitive collaboration
gociantes e beneficiadores, bem como órgãos governamentais
locais (MARD, ISARD, WASI).
Rainforest Alliance, Fairtrade International e Instituto
Agronômico de Campinas (IAC). O evento também contou
com a colaboração da Certifica Minas e UTZ CERTIFIED
Foundation bem como outros importantes atores no setor
brasileiro de café.
Foi realizada uma série de reuniões com os vários grupos interessados na qual os participantes buscaram identificar os principais
desafios ao desenvolvimento sustentável do setor cafeeiro no
Vietnã. Eles também trabalharam em uma abordagem estratégica para o desenvolvimento sustentável com base no Código
4C e ascensão para o padrão Rainforest Alliance ao longo do
tempo. Os membros de um grupo de trabalho constituído para
impulsionar a PPP agora concordaram com a implantação de
dois projetos pilotos em 2011, nas províncias de Dak Lak e Lam
Dong. Os parceiros objetivam expandir esses pilotos bem-sucedidos para o âmbito nacional e internacional.
Os participantes do simpósio discutiram os desafios
comuns às boas práticas cafeeiras e gestão de fazendas e
como aumentar a cooperação entre os diferentes padrões.
A organização do simpósio conjunto foi o resultado de
um diálogo cada vez maior entre as diferentes iniciativas
de estabelecimento de padrões. Com seu novo modelo
de negócio, a Associação 4C visa a fortalecer ainda mais
sua cooperação. A Associação promoverá cada vez mais
todos os padrões de sustentabilidade entre os compradores e produtores de café igualmente.
“A Associação 4C pode facilitar a melhoria ao ajudar os
cafeicultores a melhorar sua cadeia de valor. Os cafeicultores precisam de apoio para se organizar em grupos de cafeicultores nos quais eles podem aprender a compartilhar
experiências sobre a produção de café sustentável, trocar
recursos entre eles, bem como adquirir acesso a informações sobre crédito e mercado”
Com seu Código de Conduta como parâmetro de referência, a Associação 4C proporciona o primeiro passo para
a sustentabilidade para os cafeicultores que não têm experiência prévia com nenhum padrão ou certificação. Isso
é especialmente importante, porque esses cafeicultores
ainda foram a grande maioria dos produtores de café no
— Sr. Huynh Quoc Thich, chefe da Seção de Safras, departamento de
Agricultura e Desenvolvimento Rural, Dak Lak, Vietnã —
Fortalecendo os laços com outros
padrões de sustentabilidade
Todas as iniciativas de sustentabilidade reconhecem que
uma colaboração mais estreita é necessária para fazer
com que uma parte consideravelmente maior da produção
de café siga o caminho da sustentabilidade.
Um indicador da valorização da cooperação foi a organização do Simpósio sobre Produção de Café Sustentável,
em novembro de 2010, em Poços de Caldas, no Brasil.
O evento foi organizado pela Associação 4C, Imaflora/
18
01
Workshop da Sociedade Civil Internacional, em Hamburgo, maio de 2010. 01
A Associação 4C promoverá ativamente outros padrões para alcançar
a conformidade do setor a pelo menos uma sustentabilidade
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – Platform for pre-competitive collaboration
mundo. O Código de Conduta age como uma ferramenta
para eles se elevarem a padrões mais exigentes, como os
Padrões SAN. A usabilidade dessa abordagem foi confirmada pelos resultados positivos do projeto piloto “Crescendo do parâmetro padrão da 4C para os Padrões SAN”
que foi realizado com cafeicultores de pequeno porte em
El Salvador entre agosto e dezembro de 2010 (ver página
10). A Associação está atualmente em diálogo com outras
iniciativas de padronização para realizar outros exercícios
de “crescimento” em outras regiões produtoras de café.
Lançando o trabalho preparatório para um
setor cafeeiro sustentável na Indonésia
Em 2010, a Associação 4C continuou a fortalecer sua
cooperação de longa data com o Instituto de Pesquisa
do Café e do Cacau da Indonésia (ICCRI). Nesse sentido,
a Associação 4C participou e realizou uma apresentação
no Simpósio do Café (Kopi Symposium) organizado pelo
ICCRI em outubro de 2010. A Associação também participou no Congresso Internacional das Ciências do Café,
organizado pela Associação para a Ciência e Informações
02
02
03
sobre Café (ASIC), em Bali, em outubro de 2010. Ambos os eventos propiciaram a Associação uma excelente
oportunidade de apresentar a abordagem de sustentabilidade da 4C e desenvolver novos contatos com os grupos
interessados relevantes no setor cafeeiro da Indonésia.
Da mesma forma, o ano de 2011 será decisivo para lançar
o trabalho preparatório da Associação 4C no país asiático.
Em decorrência das atividades preparativas realizadas
em 2010, a Kraft Foods e o Grupo ECOM recentemente
iniciaram projeto em parceria com a Associação 4C em
Lampung Oriental, Sumatra do Sul. O projeto que durará
13 meses, visa a melhorar a produção de cafés sustentáveis na região. Como parte do plano, cerca de 300
cafeicultores serão organizados em uma Unidade 4C sob a
PT IndoCafCo (ECOM). Os cafeicultores receberão treinamento para ajudá-los a melhorar as práticas sustentáveis
e uma vez que estejam prontos a Unidade 4C poderá
solicitar a Verificação da 4C. Em uma segunda etapa, os
planos do projeto para levar os cafeicultores do parâmetro
padrão para o nível dos Padrões SAN. Para assegurar a organização das atividades como um todo, a Associação 4C
contratou uma coordenadora para a Indonésia, Melanie
Landthaler, que estará sediada no país.
03
Visitantes do Congresso Internacional sobre Ciências do Café,
na Indonésia, em outubro de 2010, no estande da 4C
Produtor em Lampung, Indonésia movimenta uma faca de trabalho.
Por meio de um novo projeto de parceria, a produção sustentável
da província será melhorada
19
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – TRABALHANDO JUNTOS PARA ENCONTRAR SOLUÇÕES
TRABALHANDO JUNTOS PARA
ENCONTRAR SOLUÇÕES
Cooperando para enfrentar os desafios da
sustentabilidade no setor cafeeiro
Em 2010, a Associação 4C buscou com afinco as sinergias com
outras organizações para cuidar de várias questões que afetam
o setor cafeeiro, tais como mudanças climáticas, otimização
de benefícios baseadas no gênero na produção e comércio, e
lidando com os desafios da utilização de agrotóxicos.
Esforço colaborativo para combater os
efeitos das mudanças climáticas
Os efeitos negativos das mudanças climáticas incluem chuvas
imprevisíveis e erráticas, e mudanças nos padrões das pragas e
doenças. Esses afetam a produtividade e a qualidade das safras.
Infelizmente, são as pessoas menos preparadas para arcar com as
mudanças climáticas que são as mais afetadas. Elas são os pequenos cafeicultores que produzem grande parte do café mundial, mas
que com frequência não têm os recursos necessários /ou conhecimentos para enfrentar os desafios das mudanças climáticas globais.
Em 2008, a Agência de Cooperação Técnica da Alemanha (GTZ),
que agora faz parte do Deutsche Gesellschaft für Internationale
Zusammenarbeit (GIZ) e Sangana Commodities (Grupo Ecom)
Iniciaram uma Parceria Público Privada (PPP) em Quênia. O
objetivo desse projeto piloto foi investigar novas maneiras de
apoiar os cafeicultores no combate e na adaptação às mudanças
climáticas. A Associação 4C e o Banco Mundial foram os parceiros do projeto inicial e, mais tarde, a eles se juntaram Rainforest
Alliance, Efico e Tchibo GmbH.
das mudanças climáticas. Após o encerramento do projeto
em setembro de 2011, o módulo orientará os produtores em
relação à adaptação necessária e às etapas de atenuação com
base em um conjunto de princípios e práticas de acordo com o
conceito de melhorias contínuas do Código 4C.
n Em parceria com o Sustainable Food Lab, a Sustainable Agriculture Initiative e a Unilever, parceiras no projeto, desenvolvem uma
calculadora de Gases-Estufa (GHG) específico para o café. Os primeiros testes foram realizados com a Cooperativa Baragwi, o grupo piloto
da PPP Sangana. A calculadora de GHG finalizada tornará possível
medir as emissões de gás do solo ou no processamento úmido. Essa
ferramenta proporciona uma forma de os produtores de café comprovarem seus esforços na atenuação do GHG com credibilidade.
n Foram desenvolvidos módulos de treinamento para cafeicultores com base na experiência do projeto AdappCC (Adaptação
às Mudanças Climáticas), realizado na América Latina. Um dos
módulos é o manual de monitoramento de carbono na fazenda,
a ser disponibilizado na Biblioteca de Ferramentas da 4C ao
ser concluído (favor ver também página 14). GIZ, Sangana
Commodities Limited e Cafédirect UK desenvolveram um manual
de treinamento para as organizações cafeeiras e serviços de
Resultados até esta data
n FA primeira versão do módulo adicional proposto ao Código
de Conduta da 4C desenvolvido, levando em conta as questões
20
01
Kerstin Linne, Gerente de Projeto da PPP Sangana, é a facilitadora em um 01
workshop sobre mudanças climáticas em Ruiru, Quênia, novembro de 2010
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – TRABALHANDO JUNTOS PARA ENCONTRAR SOLUÇÕES
extensão, denominado Mudanças Climáticas e o Café, que contém informações sobre estratégias de adaptação para pequenos
cafeicultores, oportunidades de mitigação e muito mais.
Embora o projeto piloto Sangana termine em setembro de
2011, os seus benefícios são duradouros. As descobertas e
ferramentas que foram desenvolvidos na estrutura podem ser
aplicadas em outras regiões produtoras de café e ajudar outros
cafeicultores que estão igualmente lutando para lidar com as
mudanças climáticas.
Grupo de Trabalho da 4C sobre Mudanças Climáticas
Em sua 7ª reunião, em Hamburgo, o Conselho da 4C aprovou a
recomendação do Comitê Técnico para tratar das mudanças climáticas em nível estratégico e pôr o assunto na pauta da Associação. Além disso, ficou combinado que seria formado um grupo
de trabalho sobre o tópico como subgrupo do Comitê Técnico.
O grupo de trabalho sobre mudanças climáticas é constituído de
representantes dos cafeicultores, torrefadores e negociadores,
a sociedade civil, bem como os principais institutos de pesquisa
e implantadores de projetos no campo. O grupo, que se reuniu
pela primeira vez em dezembro de 2010, estabeleceu como
objetivo direcionar o compromisso da Associação 4C em relação
às mudanças climáticas e acompanhar os projetos, tais como
Sangana PPP, fornecendo subsídios e orientação. O grupo de
trabalho também estará envolvido no processo de desenvolvimento de uma metodologia para todo o setor para o cálculo das
emissões de gases-estufa para o café verde. Também orientará
os planos para um possível benchmarking do módulo clima
da SAN com a adição do módulo clima da 4C atualmente em
desenvolvimento.
“Desmatamento, erosão, práticas sofríveis no cafezal, pragas e doenças - a Baragwi Farmers’ Cooperative Society
Ltd. (BFCS) identificou esses itens como vulnerabilidades
climáticas e mudança nos padrões meteorológicos como
riscos climáticos. A BFCS está agora se equipando contra
tais riscos e implantando o Código Climático voluntário.
Por exemplo, o grupo montou uma equipe para monitorar
as previsões do tempo e mudanças no uso da terra e para
manter contato com as instituições regionais de pesquisa
sobre variedades de café mais adequadas”.
— Kerstin Linne, Gerente do Projeto PPP Sangana (GIZ) —
02
03
02
Participante do treinamento em campo observa a medição do uso da água utilizando um tambor.
Os cafeicultores da Eakmat Co. Ltd., do Vietnã precisam adaptar o atual comportamento agrícola
para enfrentar os desafios climáticos de amanhã
03 As mudanças climáticas afetam a previsibilidade, qualidade e sazonalidade da oferta de café:
todos os atores ao longo da cadeia de valor precisam, portanto, prepararem-se para tais mudanças
21
Associação 4C | Relatório Anual 2010 –TRABALHANDO JUNTOS PARA ENCONTRAR SOLUÇÕES
Grupo de Trabalho da 4C sobre Pesticidas
Os consumidores de café se preocupam com o fato de os
agrotóxicos utilizados durante a produção acarretarem efeitos nocivos para eles. Pelo contrário, o uso de agrotóxicos
apresenta um risco de saúde para os humanos e a pecuária
nas comunidades dos países produtores, bem como para os
recursos naturais nesses países. Ainda assim, com frequência, falta aos próprios produtores conhecimentos sobrepossíveis recursos de substituição e eles não têm incentivos
para parar de usar esses produtos químicos perigosos.
Como primeiro passo, o grupo de trabalho desenvolveu
uma tabela comparativa para a Lista Vermelha da 4C e outros
padrões relevantes para a sustentabilidade do café. A Lista Vermelha é uma compilação de todos os agrotóxicos que precisam
ser retirados para que se alcance o nível recomendado das pelos
práticas de acordo com o Código de Conduta da 4C. A tabela
fornece uma visão geral de quais os agrotóxicos que são proibidos
de acordo com qual padrão e é uma ferramenta útil para os esforços de melhoria das Unidades 4C. A ferramenta finalizada será
publicada em junho de 2011.
“A retirada do uso de agrotóxicos perigosos na produção de
Em estreita cooperação com
café
é um assunto complicado. Os cafeicultores nem sempre Há um debate em andao Membro da 4C Pesticide
estão
adequadamente informados sobre os efeitos do uso dos mento nos últimos anos sobre
Action Network (PAN UK),
agrotóxicos
ou sobre alternativas à sua utilização. O Grupo
foi constituído um grupo
o uso do inseticida endosulde
Trabalho
sobre
Agrotóxicos, gostaria de fechar essa lacuna fan. Somente agora em 2011
de trabalho sobre agrotóxidas informações para que as Unidades 4C possam orientar os as partes da Convenção de
cos dentro da estrutura do
cafeicultores a reduzir a utilização de agrotóxicos o máximo Estocolmo sobre PoluidoComitê Técnico da 4C. O
possível, e de qualquer forma, respeitando o Código 4C”.
grupo coleta informações e
res Orgânicos Persistentes
fornece aos produtores de
concordaram em classificá-lo
— Patrick Leheup, Presidente do Comitê Técnico —
café ferramentas e orientacomo agrotóxico proibido.
ção em como lidar com os desafios do uso de agrotóxicos
com eficiência. Os membros do grupo de trabalho incluem
O Grupo de Trabalho preparou um documento sobre o
representantes das principais organizações de torrefação,
assunto que orientará o preparo do cronograma de retirada
negociadores, institutos de pesquisa e sociedade civil.
do produto para o uso do endosulfan pelas Unidades 4C.
01
22
Separando os tambores usados com agrotóxicos na Unidade 4C Expocaccer, 01
Brasil: garantir o manejo adequado dos resíduos é fundamental para
melhorar as práticas de sustentabilidade do setor cafeeiro.
Associação 4C | Relatório Anual 2010 – TRABALHANDO JUNTOS PARA ENCONTRAR SOLUÇÕES
Uma xícara de café da mulher:
Mais delegação de poderes para as mulheres na
cadeia de suprimentos
Uma xícara de café da mulher geralmente é ganha com sacrifício, pois as mulheres empregadas no setor cafeeiro, e seu
importante papel, permanece não reconhecido, em muitos
casos. De fato, o International Trade Centre (ITC) observou
que praticamente não há dados disponíveis sobre a função
das mulheres no setor cafeeiro.
Organizações como a ITC, a Global Standards Initiative
(formada por Solidaridad, Hivos, Oxfam Novib, e o Royal
Tropical Institute – KIT) ou a Alicança Internacional Cafeeira
das Mulheres [International Women’s Coffee Alliance] (IWCA)
fizeram importantes contribuições para levantar o manto de
silêncio sobre a função das mulheres no setor cafeeiro. Eles
se empenham para possibilitar as mulheres conseguirem mais
benefícios do café. A Associação 4C, como plataforma de
vários grupos interessados do setor, pode desempenharum
importante papel para manter o assunto de maior delegação
de poderes para as mulheres na pauta da sustentabilidade
mediante colaboração contínua com os atores-chaves, como
os mencionados acima.
Realmente em 2010, a Associação 4C se associou à Global Standards Initiative para avaliar a função da mulher
no café e discutir maneiras pelas quais os padrões possam
incorporar o gênero em seu trabalho. As informações estão
sendo coletadas por meio de estudos de caso, pesquisa e
workshops participativos. A Associação 4C está apoiando o
desenvolvimento de um desses estudos, “Gênero nas Cadeias
Certificadas de Café”, cuja versão final deverá ser publicada
mais tarde em 2011. Além disso, em novembro de 2010, a
Associação apoiou a organização de um workshop em Nairóbi, Quênia, sobre “Gênero e Certificação na África Oriental”.
Nos próximos passos, os diferentes parceiros desenvolverão
indicadores de desempenho por gênero e também fornecerão aos auditores ferramentas para avaliar a igualdade entre
os gêneros nos grupos de produtores.
“Atualmente, enfrentamos desafio significativo com a disseminação de conhecimentos. É comum
que os homens sejam vistos como produtores de café, mas quem trabalha nos cafezais? As mulheres.
Quando você convoca reuniões, quem aparece? Os homens. Ma no final da reunião eles vão a um
shopping Center e não voltam para casa para transmitir os seus conhecimentos”.
— Dr. Joseph Kimemia, Coffee Research Foundation, Quênia —
02
03
02
Espalhando os frutos colhidos para secar na província de Lampung Barat,
Sul de Sumatra, Indonésia
03 Jerida Sinange, Autoridade de Meio Ambiente e Certificação na Neumann Kaffee
Gruppe, no Quênia, falando no 1º Fórum de Sustentabilidade do Café na África, em
Tanzânia, fevereiro de 2011
23
Associação 4C | Relatório Anual 2010 — TRABALHANDO JUNTOS PARA ENCONTRAR SOLUÇÕES
Reprojetando novas sacolas de colheita do café
para Melhorar a saúde dos trabalhadores
A Associação Internacional de Ergonomia (IEA), em colaboraUniversidade de Washington e UNAN-León visitou diferentes
ção com a Universidade Nacional da Nicarágua (UNAN-León)
fazendas na região produtora de café ao redor de Jalapa,
iniciou o projeto “Reprojetando as Cestas para Colheita do
Nicarágua, de 13 a 18 de dezembro. O PAC organizou o conCafé para Reduzir o Risco de Lesões”. Os parceiros do projeto
tato com os cafeicultores e tratou da logística dessa fase.
visam a criar um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo, reduzindo o risco de
A equipe do projeto
lesões nas costas e ombros
“Quando a secretaria da 4C nos contatou para participarmos comparou a sacola recémdos apanhadores de café. A nesse projeto, não sabíamos realmente o que esperar. Agora que -projetada com a amostra
Associação 4C apoiou o detestemunhamos a fase de testes, verificamos que esse projeto existente (cestos de bambu)
senvolvimento de uma nova
pode ser um marco na melhoria das condições de trabalho nos para determinar as modisacola para os apanhadores,
ficações adequadas. Eles
cafezais do mundo inteiro!”
fácil de usar, criando uma
entrevistaram 20 trabalha— Jorge Armando Rivera, Pueblos en Accion Comunitaria (PAC) —
estrutura de colaboração
dores durante esse tempo e
com seu escritório regional
realizaram testes com eles
na Nicarágua e seus membros na região, bem como fazendo
usando o método antigo e a nova sacola para a colheita.
uma contribuição financeira para a primeira fase do projeto.
Na segunda fase, os parceiros do projeto avaliarão as sacolas
Para a primeira fase, as fazendas afiliadas ao Membro da 4C
aperfeiçoadas e as melhorias na produtividade durante a
Pueblos en Accion Comunitaria (PAC) na Nicarágua foram
temporada de colheita de 2011/2012. A produção em maior
envolvidas no piloto do protótipo e nos testes em campo das
escala poderá começar uma vez que os testes finais do protósacolas para café reprojetadas. Uma equipe profissional da
tipo tenham sido realizados.
01
24
Primeira fase de testes no campo. Projeto de Sacola para Colheita de Café, Nicarágua 01
O velho cesto (à esquerda) foi comparado com a nova sacola ergonomicamente
aperfeiçoada (à direita)
Associação 4C | Relatório Anual 2010 — VERIFICAÇÃO
VERIFICAÇÃO
O ano de 2010 foi um marco para a Associação 4C, assinalando o período de três anos da implantação e a primeira leva de
reverificações. Três Unidades da 4C no Vietnã passaram por
reverificação e suas licenças foram renovadas. Muitas melhorias
foram observadas nessas Unidades 4C. Por outro lado, as Unidades 4C enfrentaram o problema de os cafeicultores deixando
suas unidades , pois não havia muita demanda para o café que
produziram.
Ligado ao marco dos três anos, a Diretoria executiva endossou
a medida para analisar o sistema de verificação da 4C. A análise
do sistema está sendo realizada por uma empresa de credenciamento independente, a Accreditation Services International
(ASI). A análise irá:
(2) Diagnosticar o nível de conformidade do sistema de verificação da 4C ante os requisitos da ISEAL Alliance. Isso traria a
Associação 4C para mais próximo de associação plena na ISEAL,
a associação global de padrões sociais e ambientais.
O exercício de Análise do sistema teve início em outubro de
2010 com a avaliação na Secretaria da 4C em Bonn. A avaliação
foi seguida por auditorias de testemunhos em vários países para
observar como a Verificação 4C é realizada de fato. Os Verificadores da 4C também foram avaliados em dois níveis – em
termos de seu desempenho no escritório, bem como no campo.
A análise do sistema será concluída em 2011. Um relatório
resumido da análise da verificação será compartilhado com os
Membros da 4C e também estará acessível ao público.
(1) Identificar as oportunidades de melhoria para o sistema de
verificação da 4C;
VISÃO GERAL DAS UNIDADES 4C VERIFICADAS (posição em dezembro de 2010)
REGIÃO
PAÍSES Brasil
Africa
Asia
América
Central +
México
Total
Nº DE
UNIDADES
Nº de
TRABALHADORES
POTENCIAL de Nº de PARCEIROS
PRODUÇÃO
DE NEGÓCIO
(SACAS DE 60 KG)
(CAFEICULTORES E OUTROS)
(PERMANENTES + TEMPORÁRIOS; FAZENDA+FÁBRICA)
Nº de ha
(COM CULTIVO
DE CAFÉ)
8
1.971.000
2.610
25.655
126.000
Colômbia
12
3.232.000
38.480
63.533
142.000
Vietnã
13
1.494.000
16.251
6.205
28.000
7
121.000
7.287
41.180
11.000
5
83.000
3.111
2.213
7.000
El Salvador
10
63.000
347
20.165
6.000
Costa Rica, Honduras, Nicarágua,
Guatemala,
México
12
1.145.000
4.688
55.805
36.000
67
8.109.000
72.774
214.756
356.000
Uganda,
Quênia, Etiópia,
Ruanda,
Tanzânia
Papua Nova
Guiné, Indonésia,
Tailândia
25
Associação 4C | Relatório Anual 2010 — DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2010
DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS 2010
O ano financeiro de 2010 fechou com um prejuízo líquido de EUR
344.052. Este valor foi equilibrado com as reservas conseguidas
nos anos anteriores, de acordo com o orçamento aprovado na 6ª
Reunião do Conselho.
Financiamento público, especialmente o apoio orçamentário da GIZ
(Deutsche Gesellschaft fûr Internationale Zusammenarbeit) terminou
em junho de 2010. Mais tarde, GIZ em nome do BMZ (Bundesministerium fûr Wirtschaftliche Zusammenarbeit und Entwicklung)
forneceu EUR 50.000 para a Associação contratar uma empresa de
consultoria para apoiar o Grupo de Trabalho do Modelo de Negócio.
Tanto o balanço patrimonial quanto a demonstração de resultados
revelam contribuições de filiação não recebidas: o ano de 2010 trouxe um aumento das faturas em aberto da ordem de EUR 205.000,
enquanto recebíveis mais antigos tiveram de ser baixados como incobráveis no valor de EUR 114.000 (assim sendo, o aumento líquido no
balanço patrimonial foi de EUR 91.000).
Nova política de conformidade em
relação às taxas de filiação
Consequentemente, a Governança da 4C decidiu elaborar uma
nova política de conformidade para os pagamentos de taxas de
filiação e introduziu novas restrições. A Associação já está fazendo
valer a nova política, e por meio dela, visa a assegurar uma sólida
base financeira para a Secretaria da 4C. De maneira semelhante,
as medidas destinam-se a estabelecer condições operacionais jus-
01
26
tas, especialmente para os membros atuantes que assumem suas
responsabilidades e pagam suas taxas com regularidade.
Despesas
Abaixo segue um desdobramento das despesas da 4C em 2010 em
relação a 2009
As despesas de Administração diminuíram EUR 190.000. Despesas com salários,viagens e reuniões da Diretora Executiva foram
redesignadas para “Governança”. As despesas com TI e escritório
foram designadas aos respectivos departamentos para melhorar os
controles.
Assim sendo, os custos com Governança e Filiação aumentaram, o
que também foi causado pelo fato de ter sido dada baixa nas taxas
incobráveis de filiação da ordem de EUR 114.000 que foram incluídas
nas despesas desse departamento.
As despesas com Verificação aumentaram EUR 50.000 para custos
adicionais de serviços e despesas de viagem como resultado das
primeiras reverificações e verificação do sistema.
Os Serviços de Apoio, de acordo com as decisões do Conselho da
4C, aumentaram aproximadamente EUR 190.000.
Rumo ao orçamento 2011
A Associação 4C embarcou na definição de um novo modelo de
negócio que foi aprovado pelo Conselho da 4C durante sua 8ª
reunião, em fevereiro de 2011. A Associação tem de garantir os
fundos necessários para mudar para o novo modelo. Durante esse
processo, um grande número de Membros da 4C forneceram
contribuição financeira extra, reafirmando seu compromisso com os
objetivos da Associação e permitindo uma fase de transição tranquila durante 2011.
As principais mudanças estão previstas no orçamento de 2011,
devido a abordagem impulsionada pela demanda do novo modelo
de negócio. As contribuições de filiação não mais podem ser feitas
em espécie e, portanto, não aparecerão nos cálculos da receita do
orçamento de 2011. Em termos de despesas, as reverificações em
andamento aparecerão com destaque nos cálculos de 2011.
Equipe de verificação da Café Control entrevistando um cafeicultor durante a 01
reverificação na Unidade 4C Neumann Kaffe Gruppe, no Vietnã.
Os custos da reverificação aparecerão com destaque nos cálculos do
orçamento de 2011 da Associação 4C.
Associação 4C | Relatório Anual 2010 — DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2010
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2010
RECEITAS
2010
2009
€
€
DESPESAS
2010
2009
€
€
1.
Taxas de filiação
821.697
841.046
1.
Administração
392.140
583.787
2.
Contribuições dos membros
para os serviços de apoio
380.183
399.039
2.
Governança
324.567
107.305
3.
Contribuições dos membros em
espécie para os Serviços de Apoio
201.666
273.300
3.
Comunicação
193.481
179.024
4.
Fundos públicos e outros
109.842
119.097
4.
Verificação
168.057
118.359
5.
Juros e outras receitas
34.904
32.272
5.
Apoio
814.099
625.475
Serviços relacionados para cumprimento das contribuições em espécie
120.913
144.150
6.
Prejuízo no ano
Receita total
344.052
1.892.344
6.
1.664.754
receita líquida no ano
Total das despesas
50.804
1.892.344
1.664.754
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
2010
2009
€
€
Passivo
A.
Ativo fixo
232.521
221.423
A.
I.
Ativo Intangível
141.341
144.076
I.
Patrimônio líquido em 1º de janeiro
II.
Ativo Tangível
91.180
77.347
II.
Resultado operacional
B.
B.
Ativo corrente
414.302
780.966
I.
A receber e outros ativos
309.386
198.183
II.
Caixa
104.916
582.783
Total - ativo
646.823
1.002.390
Propriedade da Associação
2010
2009
€
€
537.037
881.089
881.089
830.285
-344.052
50.804
Acumulado
38.644
51.744
C.
Exigível
71.142
69.556
I.
Exigível – Bancos
0
0
II.
Contas a Pagar
59.950
41.232
III.
Outros exigíveis
11.192
28.324
Total - passivo
646.823
1.002.390
27
Associação 4C | Relatório Anual 2010 — LISTA DE MEMBROS
Produtores
C.A. Wille Handels- und Verwaltungsgesellschaft mbH, Alemanha
KOFINAF Company Ltd., Quênia
Bali Exotic Beans, Indonésia
La Esperanza Coffee Farm, Colômbia
Busànyi Farm, Uganda
Mukasa Estates Ltd., Uganda
Coex Coffee International, Estados Unidos
da América
Mzuzu Coffee Planters Cooperative,
Malawi
Comexim Ltda., Brasil
Conaprocam, República de Camarões
Nsangi Coffee Farmers Association,
Uganda
DEK GmbH, Alemanha
Cooperativa Agrícola Industrial
Victoria R.L., Costa Rica
Pueblos en Acción Comunitaria,
Nicarágua
Cooperativa Cuzcachapa
de R.L., El Salvador
Rumah Tani, Indonésia
Bukonzo Joint Cooperative, Uganda
Capebe, Brasil
Cocaes Ltda., Brasil
Cooperativa de Cafeicultores e
Agropecuaristas (COCAPEC), Brasil
Cooperativa dos Cafeicultores da Zona
de Três Pontas (Cocatrel), Brasil
Satemwa Tea Estates Ltd., Malawi
Sociedad Cooperativa de Cafetaleros de
Ciudad Barrios de R.L. (CAFECIBA),
El Salvador
Cafeco, México
Coop, Suíça
Ecom Agroindustrial Corp Ltd,
Suíça
EFICO S.A., Bélgica
EKAF Industria Nazionale del Caffe, Itália
Elias International, Holanda
Exportadora de Café Guaxupé, Brasil
Fichaux Industries, França
SOPROCPCAM, República de Camarões
Finlays Beverages, Reino Unido
Tade GG Highland Forest Coffee
Producer PLC, Etiópia
HACO AG, Suíça
Cooperativa Regional de Cafeicultores
de Guaxupé (Cooxupé), Brasil
Union Régionale Victoire (UIREVI),
Costa do Marfim
Icona Café, Espanha
Cooperativa Regional dos
Cafeicultores de São Sebastião do Paraiso Ltda. (COOPARAISO), Brasil
Zâmbia Coffee Growers’ Association,
Zâmbia
J. Th. Douqué’s Koffie BV, Holanda
Cooperativa dos Cafeiculturos do Sul
do Estado do Espírito Santo (CAFESUL),
Brasil
Hornig Kaffee, Áustria
Instantina, Áustria
Julius Meinl, Áustria
Kraft Foods Global Inc., Estados Unidos da
América
Eakmat Limited Company for
Consulting Investment in Agriculture
and Forestry Development
(Eakmat CO., Ltd), Vietnã
Comércio e Indústria
El Saitillal S.A de CV, El Salvador
ALDI SÜD, Alemanha
Cooperativa dos Cafeicultores
do Cerrado Ltda., Brasil
Aliments Messidor inc. FASRS Aux Milles
Grains, Canadá
Lidl Stiftung & Co. KG, Alemanha
Exportadora El Volcán, El Salvador
Alois Dallmayr Kaffee OHG (incluindo
Azul Kaffee GmbH & Co. KG, Heimbs
­Kaffee GmbH & Co. KG), Alemanha
Louis Dreyfus Commodities, Suíça
Fairview Estate Limited, Quênia
Federación de Cooperativas
Agrícolas de Productores de Café de
Guatemala (Fedecocagua), Guatemala
28
Kagera Cooperative Union Ltd, Tanzânia
Associação de Cafés Especiais do Norte
do Pioneiro do Paraná (ACENPP), Brasil
ALDI NORD, Alemanha
Armajaro Trading Limited, Reino Unido
Federación Nacional de Cafeteros de
Colômbia (FNC), Colômbia
Bernhard Rothfos GmbH por e em
nome do Neumann Kaffee Gruppe,
Alemanha
Finca el Platanillo, Guatemala
Beyers Koffie, Bélgica
Krüger GmbH & Co.KG, Alemanha
Lanço - Comércio de Matérias
Primas, Portugal
Löfbergs Lila AB, Suécia
Melitta, Alemanha
Mercon Coffee Corp., Reino Unido
Nedcoffee B.V., Holanda
Nestlé SA, Suíça
Olam International Limited, Cingapura
R.J. Baiardi Café, Brasil
Associação 4C | Relatório Anual 2010 — LISTA DE MEMBROS
Röstfein Kaffee GmbH, Alemanha
Appukuttan Nair Damodaran, Índia
Rombouts N.V., Bélgica
Heidi Feldt, Alemanha
SAS Koffie N.V., Bélgica
Markus Fischer, Costa Rica
Saza Coffee Co. Ltd., Japão
Ada Hartmann, Suíça
European Coffee Federation,
Holanda
Federal German Ministry for Economic
Cooperation and Development (BMZ),
Alemanha
Stoiköff Coffee Company, Canadá
Hein Jan van Hilten, África do Sul
Strauss Commodities AG, Suíça
Andrew Hetzel, África do Sul
Flanders International Cooperation
Agency (FICA), Bélgica
SUCAFINA SA, Suíça
Patrick Leheup, Suíça
German Coffee Association, Alemanha
Tchibo GmbH, Alemanha
Diego Pizano-Salazar, Colômbia
Norwegian Coffee Association, Noruega
The Roastery, Estados Unidos da América
Erwin R. Roetert Steenbruggen,
Holanda
NUCAFE National Union of Coffee
Agribusinesses and Farm Enterprises,
Uganda
Touton S.A., França
Tres Corações, Brasil
United Coffee, Holanda
VOLCAFE, Suíça
Morten Scholer, Suíça
Bernardo van Raij, Brasil
Sri Saroso, Indonésia
Carsten Schmitz-Hoffmann, Alemanha
Albrecht Schwarzkopf, Alemanha
Sociedade Civil
Roel Vaessen, Holanda
Christliche Initiative
Romero e.V. (CIR), Alemanha
Joppe Vanhorick, Holanda
IUF, Suíça
Robert Waggwa Nsibirwa, Uganda
Réseau Ivorien Agriculture Durable
(RIAD), Costa do Marfim
Swiss Coffee Trade Association,
Suíça
Unión de Cooperativas de Cafetaleros
de R.L. (UCAFES), El Salvador
Vietnamese Coffee and Cocoa
­Association (VICOFA), Vietnã
Annemieke Wijn, Alemanha
Fairtrade Organisation Quênia, Quênia
Fundación Nacional para el Desarrollo
(FUNDE), El Salvador
North Sumatra Coffee Forum, Indonésia
Membros Associados
Oxfam International, representada pela
by Oxfam Novib, Holanda
Asociación Nacional de Café (Anacafe),
Guatemala
Pesticide Action Network UK, Reino
Unido
Associação Brasileira da Industria de
Café, Brasil
Rainforest Alliance, Estados Unidos da
América
Asociación Mexicana de la Cadena
Productiva del Café A.C. (AMECAFÉ),
México
British Coffee Association, Reino Unido
Membros Individuais
Jacques Aboule, Costa do Marfim
Louis Ban-Koffi, Costa do Marfim
David Eugenio Cantú Cantú, México
Café Africa, Suíça
Consejo Salvadoreño de Café, El Salvador
Conselho Nacional do Café, Brasil
Eastern African Fine Coffees Association
(EAFCA), Uganda
Membros da 4C em 01 de junho de 2011
Número total de membros: 134
Nota: Os Membros Fundadores são
destacadas na cor laranja
Observe que o número de Membros
da 4C diminuiu ligeiramente quando
comparado ao ano anterior. Devido à
aplicação da recém-aprovada Política da
4C sobre Cumprimento de Pagamento
da Taxa de Associação, os membros
que estavam com taxas de associação
pendentes foram excluídos do quadro
de associados da 4C em maio de 2011.
29
Associação 4C | Relatório Anual 2010 — AGRADECEMOS!
AGRADECEMOS!
A Associação 4C agradece aos seus generosos parceiros
e doadores pelo apoio aos seus esforços destinados à
aumentar a sustentabilidade do setor de produção, processamento pós-colheita e comercialização de café verde
comum ou tradicional (mainstream):
to Rural (MARD) do Vietnã pelos esforços direcionados à
estruturação da estratégia do Ministério da Agricultura e
Desenvolvimento Rural (MARD) para a sustentabilidade.
Juntamente com Departamentos de Agricultura e Desenvolvimento Rural regionais nas províncias de DakLak, Dak
Nong, Gia Lai e Lam Dong, a Associação 4C pode organizar vários workshops sobre produção sustentável de café
no Vietnã, no ano de 2010.
A Associação 4C expressa a sua gratidão aos parceiros
da Sangana PPP e Baragwi Cooperative Society como
grupo-piloto do projeto, por sua colaboração no combate às mudanças climáticas. Agradece também à Global
Standards Initiative (Hivos, Oxfam Novib, Solidaridad e KIT)
pelos esforços conjuntos para abordar o assunto gênero ao
longo da cadeia produtiva do café.
A Associação agradece à Cooperativa Ciudad Barrios, à
Rainforest Alliance e à SalvaNATURA pela colaboração em
um primeiro exercício de stepping up, ou seja ascensão a
novas certificações, em El Salvador. No escopo do projeto,
os cafeicultores participantes avançaram do nível de conformidade da 4C para o da Rede de Agricultura Sustentável (SAN), e o Certificado da Rainforest Alliance.
A Associação 4C também agradece ao GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) pelo apoio
ininterrupto prestado durante 2010. Em nome do BMZ
(Bundesministerium für wirtschaftliche Zusammenarbeit
und Entwicklung), o GIZ ofereceu apoio financeiro para
que a Associação 4C desenvolvesse o seu novo modelo de
negócio.
Em nome da equipe de avaliação ASI, a Secretaria da 4C
agradece às Unidades da 4C na Colômbia (FNC), Vietnã
(Neumann Gruppe Vietnam) e Uganda (Mt. Elgon Washed
Arabica Project of Kyagalanyi), e também a diferentes Verificadores da 4C (Bio Latina, CafeControl e Ceres/Ugocert)
pelo grande apoio oferecido à equipe durante as auditorias
de verificação.
A Associação 4C agradece ao Departamento de Produção
das Safras do Ministério da Agricultura e Desenvolvimen-
01
30
02
Familiarização com o Código 4C durante workshop para 01
treinamento de verificadores em Patrocínio, Brasil.
Participantes de workshop sobre mudanças climáticas organizado 02
pelo GIZ em Ruiru, Quênia, em 02 de novembro de 2010.
Associação 4C | Relatório Anual 2010 — AGRADECEMOS!
A Associação 4C também agradece aos parceiros abaixo
pela colaboração prestada aos Serviços de Apoio da 4C,
na organização de atividades de treinamento e Fóruns de
Sustentabilidade, além da assistência prestada em assuntos
logísticos em várias ocasiões, em 2009 e 2010:
•
•
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Asociación Nacional del Café (ANACAFE), Guatemala
Africa Coffee Academy, Uganda
Coffee Board of Kenya, Quênia
Coffee development Fund (CODF), Quênia
Centre National de Recherche Agronomique (CNRA),
Costa do Marfim
Coffee Association of Malawi (CAMAL), Malawi
Coffee Research Foundation (CRF), Quênia
Eastern African Coffee Association (EAFCA), Uganda
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado do Paraná (EMATER-PR), Brasil
Federación Nacional de Cafeteros de Colômbia
(FNC), Colômbia
German Coffee Association (Deutscher Kaffeeverband – DKV), Alemanha
The Global Standards Initiative
Indonesian Coffee and Cocoa Research Institute
(ICCRI), Indonésia
Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Brasil
Instituto Totum, Brasil
International Trade Center (ITC), Genebra
International Women in Coffee Alliance (IWCA),
Seção Africana
Jimma Agricultural Research Center (EIAR), Etiópia
Kenya Coffee Producers and Traders Association
(KCPTA), Quênia
National Union of Coffee and Agribusinesses (NUCAFE), Uganda
Ramacafe, Nicarágua
Root Capital (África)
SalvaNATURA Fundación Ecológica, El Salvador
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (SEBRAE-PR), Brasil
Serviço Nacional de Aprendizagem, Senar-PR, Brasil
Tanzania Coffee Association (TCA), Tanzânia
Tanzania Coffee Research Institute (TACRI), Tanzânia
Tanzania Coffee Board (TCB), Tanzânia
Uganda Coffee Development Authority (UCDA),
Uganda
Uganda Coffee Trade Federation (UCTF), Uganda
USAID-ATEP, Etiópia
USAID LEAD, Uganda
Agradecemos a todos os parceiros colaboradores da
Associação 4C, anteriores e atuais, e aos muitos desconhecidos ao redor do mundo que, generosamente,
apóiam a Associação em seus esforços!
Agradecimentos por
serviços prestados
A Associação 4C agradece imensamente à Marion Baak,
anterior Gerente do Escritório.
Devido à reestruturação em curso na Secretaria da 4C em consequência da mudança para o novo modelo de negócio, foi necessário que a equipe dissesse adeus à estimada colega Marion Baak.
Marion Baak juntou-se à Secretaria logo após a fundação da
Associação 4C e dedicou-se pessoalmente ao seu estabelecimento. A Associação 4C agradece à Marion Baak por sua
contribuição e comprometimento durante os quatro anos
dedicados à Secretaria, e deseja-lhe muito sucesso em suas
novas atividades. A Sra. Baak será sempre lembrada como
colega de trabalho e como pessoa.
31
Diretoria
Conselho Executivo
Secretaria da 4C (em 01 de junho de 2011)
PresidentE Diego Pizano Salazar,
Federación Nacional de Cafeteros de Colombia (FNC),
Colômbia
Diretora Executiva Melanie Rutten-Sülz
Diretora de Serviços de Apoio Annette Pensel
Diretor de Operações Christian Osterhaus
Vice PresidentE Albrecht Schwarzkopf,
Christliche Initiative Romero (CIR),
Alemanha
Gerente de Apoio - Cofinanciamento Lars Kahnert
Tesoureiro Roel Vaessen,
European Coffee Federation (ECF),
Holanda
COORDENADOR BRASIL Luis Flavio Nascimento de Andrade
Gerente de Comunicações Verónica Pérez Sueiro
Executiva de Comunicações Linda Besigiroha
COORDENADORA América Central Alina Amador
COORDENADOR África Oriental George Watene
COORDENADORA Indonésia Melanie Landthaler
Assistente de Administração Angela Stölzle
Presidente do Conselho de Mediação
Executivo FinanceirO Thomas Müller-Bardey
PresidentE Hein Jan van Hilten, África do Sul
Gerente de TI & Operações Vasilios Kotitsas
COORDENADORA DE PARCERIAS Andrea Brüstle
COORDENADORA DE APOIO Gabriele Schmidt
Presidente da Comissão Técnica
COORDENADOR TÉCNICO Do Ngoc Sy
PresidentE Patrick Leheup, Suíça
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Comunicações 4C
A Associação 4C é legalmente registrada
no Registro de Comércio em
Genebra, CH-660-2928006-4.
Associação 4C
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