Boletim48 - AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia

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Boletim48 - AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia
BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA ANO VIII N° 01- JANEIRO- FEVEREIRO 2015
EDITORIAL
Adilson do Nascimento
Uma das grandes preocupações da era moderna, deste
século XXI ou, pelo menos, uma das exigências, é pelo
conhecimento. Não o conhecimento em si, como diz Zé de
Flora, o saber, mas a informação. Com a globalização os fatos,
ainda que ocorridos do outro lado do mundo, nos chegam em
tempo real. – Isso é bom? Todos dirão que sim! Porém, pode
ser perverso. Sabe-se, por exemplo, que se a seleção brasileira
de futebol esteja jogando na China e você aqui, seja em
Gouveia, Belo Horizonte, Brasília, assiste ao jogo no exato
momento da sua ocorrência. Santo milagre da tecnologia que
nos permite estarmos conectados com o mundo, sem sairmos
de nossa casa, vinte e quatro horas por dia, sete dias por
semana. Em um passado pouco distante o resultado somente
seria do nosso conhecimento depois de transcorridos algumas
horas ou alguns dias. Isso é bom, muito bom! Porém, uma
tragédia como a que ocorreu no último dia 17 de março, quando
um avião A320-211 da Companhia Aérea Germanwings,
subsidiária da alemã Lufthansa, com capacidade para 180
passageiros, decolou de Barcelona, com destino a Dusseldorf,
na Alemanha, para cumprir uma rota que sobrevoaria um braço
do Mediterrâneo, passando pelo leste da Itália e da Suíça,
atravessando toda a França, levando 144 passageiros,
originários de 18 países diferentes, a maioria da Alemanha e
Espanha, mais 6 tripulantes, explodiu nos alpes franceses, no
sudeste da França, somente seria conhecida aqui, do outro lado
do Atlântico, alguns dias passados, quando o impacto da notícia
já estaria, de certa forma, diluída pelo tempo. Atualmente, além
de se conhecer o fato em si, sabe-se, imediatamente, de
detalhes impressionantes como o de que o copiloto mergulhou
a aeronave em direção às montanhas, de propósito, talvez para
se tornar famoso, uma vez que vinha alardeando que “um dia
faria algo que mudaria todo o sistema e que todo mundo
conheceria o seu nome”. – Seria ele um psicopata? Seria um
suicida em potencial? É possível! Psicopata é um indivíduo
portador de uma desordem de personalidade. Suicida é aquele
que comete ato intencional de matar a si próprio, tendo como
causa um transtorno mental e/ou psicológico que pode incluir
depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso
de drogas. Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a
cada ano tornando-se esta a décima causa de morte no mundo.
Evidentemente que ele – não vou mencionar seu nome, como
seria a sua vontade – poderia ter escolhido saltar do avião, em
queda livre, sem paraquedas e se perpetuar na história da
aviação, mas o suicida – ou seria assassino? –, esquizofrênico,
irresponsável, decidiu levar consigo mais 149 pobres
inocentes, incluindo 16 estudantes, adolescentes, de 15 e 16
anos, de uma escola alemã e, mais, dois bebês, sendo um de
apenas sete meses de idade. Diante do que se sabe até
agora, fico imaginando o pavor dos passageiros ao
perceberem o comandante tentando retornar à cabine de
comando, trancada por dentro e o avião nitidamente
apontando para o solo a uma velocidade impressionante, de
700 km por hora, durante cerca de 10 minutos, até explodir
naquelas montanhas tão lindas de serem vistas de baixo ou
de cima, mas que ficarão, para sempre na memória das
pessoas pelo estilhamento do avião e pela dilaceração dos
corpos dos 150 passageiros que um alucinado resolveu levar
consigo em sua viagem macabra, sem medir as
consequências do seu ato. Não tenho medo de avião! E
olhe que já fiz algumas centenas de voos e nunca passei
perrengues maiores que algumas turbulências. Sempre o
considerei um meio de transporte bastante seguro, mas
passarei a me preocupar com a saúde mental dos
responsáveis por conduzir esses “pássaros de ferro” pelos
ares do mundo e aí é possível que ao adentrar as aeronaves
e cumprimentar a tripulação postada à porta de cada uma
tenha certo receio por não conhecer o histórico da
personalidade daqueles profissionais elegantemente trajados
e corteses.
Notícias & comentários
¾www.afagouveia.org.br
Visitem diariamente e
registrem informações.
Semana Literária e V Prêmio Afago de Literatura
Este Boletim tem publicado algumas conversas
registradas na página “Mensagens” do sítio
WWW.afagouveia.or.br A partir desta edição,
solicitamos ao leitor consultar diretamente o
endereço informado. Pedimos também que quando
quiserem publicar notícias, textos ou mensagens
neste boletim, os mesmos sejam encaminhados
para o endereço [email protected] ou
[email protected].
Aconteceu, acontecendo
vai acontecer...
Existem pessoas que deixam Gouveia para
sempre. Nem querem se lembrar mais dela.
Mas há pessoas que levam a memória de
viver em Gouveia por onde andarem.
É para estas pessoas que nosso Doutor Waldir sonhou a fundação da AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia. Nós,
seus seguidores, honramos a mensagem do
Doutor Waldir.
Vejam nestas páginas a presença de
Gouveia.
Convocamos também os jovens residentes
em Belo Horizonte e adjacências a se associarem a nós. Todos temos muito a oferecer
e compartilhar com nossa amizade. Apoio
ao estudo, ao trabalho e à alegria
Visitem a Exposição de Assis
Horta no Palácio das Artes e
descubram os operários de
Gouveia dos anos 40
Com empenho da Secretaria Municipal de Educação
acontece em Gouveia a IV Semana Literária em
Gouveia com início no dia 25 e término do dia 29.
A Afago agradece o cuidado das famílias, dos alunos,
dos professores e dos diretores das escolas que incentivaram o desenvolvimento da comunicaçao em
nossa cidade.
Registramos aqui o nome dos diretores das escolas
participantes do V Prêmio Afago
Lúcio Antônio Rodrigues - Escola Municipal Professora Zezé Ribas
Adriana das Dores Oliveira - Escola Municipal João
Baiano
Escola Estadual Aurélio Pires - Lourdes Hipólito da
Silveira Silva
Douglas Geraldo Costa - Escola Estaual Joviano de
Aguiar
Mariléia Fernandes Brandão - Escola Estadual Augusto
Aires da Mata Machado
Eliane Maria Trindade Santos - Escola Estadual Ciro
Ribas
Nas páginas 14 e 15 se encontram os nomes dos alunos concorrentes e dos professores orientadores.
Boletim Informativo da AFAGO página 2
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V Prêmio AFAGO - Anfitrião
A cerimônia de recepção dos participantes do V Prêmio Afago,
edição 2015, está a cargo do Centro Municipal de Educação
Infantil Recreio – CMEIR.
Participam da Comissão de Avaliação, os professores Adélia
Anis Raies de Souza – Diretora da Escola Estadual Aarão Reis,
em Belo Horizonte. Audrey Regina de Carvalho Oliveira –
Diretora da Magistra da Secretaria de Estado da Educação de
Minas Gerais, e Diva Maria de Miranda, professora e ativa
participante de movimentos de educação no bairro Carlos Prates
em Belo Horizonte. A esta comissão compete selecionar até
três textos concorrentes para apresentação pública na cerimônia
de premiação.
A Comissão local de avaliação é composta por Maria
Auxiliadora de Paula Ribeiro – Dora de Dona Antônia – escritora
premiada internacionalmente e membro da Academia
Curvelana de Letras, Nilson Pereira Machado, membro
da Academia Setelagoana de Letras e Ivonete de Lima
Ávila, escritora e destacada poetisa de Gouveia. A essa
comissão compete avaliar a apresentação pública dos
selecionados.
A soma das avaliações de ambas comissões resultará na
premiação da melhor redação juntamente com a melhor
apresentação, de um trabalho em cada escola. Caberá
também um prêmio para o texto que, no julgamento de
ambas comissões, se sobressair sobre os demais.
Coral Crescere – 25 anos como movimento
O Coral Crescere é a reunião de jovens que estudaram nos seminários de Diamantina, Mariana e Caraça. Anualmente, o
Coral celebra a alegria nas dependências do mais importante centro de formação da elite mineira, o Colégio do Caraça.
Presidido pelo Diretor Social da AFAGO, o educador Geraldo Augusto Silva – Dingo de Vavá de Madalena de Osório e
Dodô de Augusto de Filomena – o coral celebrou 25 anos de persistência. Como associação voluntária se mostra presente
nas principais cidades histórias de Minas. Já esteve em Gouveia na Festa de Santo Antônio, cantou na celebração dos 300
anos de fundação do Recolhimento de Macaúbas em Santa Luzia, oportunidade em que a AFAGO também esteve
presente, apresenta-se todos os anos na Semana Santa de Sabará. Neste ano de celebração do Jubileu de Prata, o Coral
Crescere gravou e lançou um CD com seu principal repertório de música sacra e profana.
Coral Crescere em Gouveia na Festa de Santo Antônio de 2008. Ginásio Dom Serafim
Boletim Informativo da AFAGO página 3
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Um Bispo do Ribeirão da Areia
de
Gouveia celebrará a festa de Santo Antônio de 2015.
Dom Adejair – é atualmente Bispo da Diocese de
Franca, SP.
Uma Nova Gouveia empreendedora?
Nosso companheiro, Gil Martins de Oliveira, apresentou
para a AFAGO a proposta de formação de criação de uma
rede de empreendedores de energia solar.
“Gostaria de propor, como iniciativa da AFAGO, um sistema
de aquecedor solar a baixo custo e que propicia 4 a 6 banhos
diários e uma economia de 30 a 40% na conta mensal de
energia. (...) Eu levo um engenheiro da Gerasol, de BH num
sábado. Cada participante recebe um certificado e já sai
apto para montar seu próprio aquecedor solar e, se quiser,
já pode ganhar alguns trocados com essa nova profissão.
(...) Em tempo de tanta fala sobre sustentabilidade, aí está
uma boa dica, afinal, o modelo europeu tradicional de
aquecedor não cabe nas posses da enorme maioria da
população.”
É pegar ou largar uma boa ideia. Seria ideal o apoio da
prefeitura na acolhida dessa proposta pensando no
desenvolvimento de Gouveia.
Reunião de Congraçamento
Como se tornou costume a Afago tem convocado
associados e não associados que tenham algum apreço por
se encontrarem para uma ou duas reuniões anuais. A mais
solene de todas aconteceu no mês de dezembro de 2006
no salão de eventos de nosso companheiro Geraldo Fabiano
Chaves – Bibi de Hermano. Figuras emblemáticas de
Gouveia compareceram: nosso Cardeal Dom Serafim, a
senhora Neida Mascarenhas Franchini, e mais 100 pessoas.
Daí para frente, perambulamos por inúmeros locais,
restaurantes, sítios, residências e estreitamos nossos vínculos
e confirmamos nossa amizade. A última delas aconteceu nas
dependência do palacete de Geraldo da Consolação
Miranda e Dona Diva Miranda. Ficou a pergunta, os Filhos
e Amigos de Gouveia desistiram de se encontrar?
Vejam as fotos.
Bom Exemplo:
Atividades realizadas Em 2014 A Escola Municipal João
Baiano – E.M.J.B., sucessora da Escola Rural Mista de
Camilinho criada em 06 de dezembro de 1913,
completou, então, cem anos de funcionamento sem
interrupção.
Com a experiência de 100 anos, a dedicação e a
competência de seus professores, a dinâmica da diretora
Adriana, o apoio da administração municipal, a graça e a
juventude de seus estudantes, terminou, com brilhantismo,
o primeiro ano do segundo século de sua criação.
Neste ano realizaram-se diversas atividades culturais,
artísticas, cívicas, esportivas e recreativas, além das
atividades formais nas salas de aulas. Há extenso acervo
fotográfico documentando tais atividades que organizei
em grupos, para facilitar a apresentação.
1.
As Turmas
As Visitas
2.
3.
Palestras e Seminários
4.
As Comemoraçoes
5.
Desfile Garoto e Garota JB
Teatro e Recreação
6.
7.
Participação Externa
Vejam no sítio da AFAGO
Raimundo Nonato de Miranda Chaves.
Boletim Informativo da AFAGO página 4
Notícias & comentários
Padre Franciane anima a Gouveia
Gouveia recebeu um novo pároco em outubro de 2015.
É o jovem Franciane Bretas, um menino criado no
Bairro das Indústrias em Belo Horizonte. Participou
de sua ordenação sacerdotal como padrinho nosso
sempre lembrado Dom Paulo Lopes de Faria. Sua
primeira missa realizada na igreja Nossa Senhora da
Piedade no Bairro das Indústrias constituiu-se em uma
apoteose. Essa energia sacerdotal alcança agora nossa
Gouveia.
Fotos de Rudson Fagundes Oliveira
Ordenação sacerdotal do padre Franciane no dia 6 de
dezembro de 2008 na Catedral de Diamantina. Foto José
Moreira de Souza
Gouveia e Datas no Campus da UFMG
O mês de maio se iniciou com a já costumeira Feira de
Artes no Campus da Cidade Universitária da Pampulha.
Gouveia compareceu graças ao heroísmo de dois artesãos
da Mandaçaia, mas Datas levou os louros com homenagem
a um de seus artesãos, Walmir Paulino, como Mestre
celebrado para encanto dos professores e alunos da Escola
de Belas Artes.
Boletim Informativo da AFAGO página 5
Artigos
As Nascentes de água de Camilinho
Raimundo Nonato de Miranda Chaves
Muitas vezes, evito escrever sobre Camilinho, porque dizem:
“coruja gavando o toco”. Mas, eu tenho que escrever. Nós
temos, na Afago, o Boletim de Notícias e assumimos o
compromisso de informar nossos leitores. Além disso, eu gosto
da tarefa de escrever sobre o Camilinho. Não tenho culpa,
alias a culpa é das águas de lá!,
No Camilinho é assim: Chegou, bebeu dois três copos de água,
no máximo, e já se transforma em admirador do lugar e do
seu povo. Imaginem que eu bebi na caneca e no copo, na
bica e na mangueira do jardim, na guampa, na folha de cará e
na copa do chapéu; ainda, nadei no Córrego da Raiz e me
diverti nas corredeiras e nas cascatas do açude. Portanto,
não tenho como fugir. E nem quero. As águas de Camilinho
transmitem saúde, força, determinação e, consequentemente,
conduzem ao sucesso. Haja vista alunos da E.M. João Baiano
premiados nas três edições do Premio Afago de Literatura.
Alunos que já venceram, na primeira fase, olimpíadas de
matemática e olimpíadas de língua portuguesa. Agora, se
superaram e venceram a segunda fase das olimpíadas de
matemática (OBMEP) 2014.
Os vencedores, as feras, alunos do 8º. ano fundamental: Aline
Pereira dos Santos e Marcone Almeida.
As águas de Camilinho são muitas nascentes, fiozinhos de
águas límpidas escorrendo, juntando-se umas com as outras
e formando os regatos, que se juntam e formam os córregos,
depois, os rios.
- Eu argumentei: Tudo que existe neste mundo de meu Deus
pertence a três reinos: Mineral, Vegetal e Animal. Desde
criança li isto em algum livro de ciências. Então, se as águas
de Camilinho não são minerais, elas são o que mesmo??
Neste ano de 2015 fez-se “importante descoberta” – povo
genial este nosso povo –, descobriram que a quantidade de
água doce, circulando no planeta, é finita. Isto é, quantificável,
e se a usarmos de forma indiscriminada a água doce acaba.
Bem! a agua doce não acaba no sentido literal do termo. A
água se transforma, no sentido físico: evapora, condensa, cai
na forma de chuva, infiltra na terra forma o lençol freático e
alimenta as nascentes, corre pelos rios, ou se mantém nos
lagos, artificiais ou não. Evapora pura, não importa quanta
poluição tenha encontrado no caminho. A dificuldade é que a
população humana cresce continuamente e aumenta a
necessidade de água para consumo humano, para a indústria,
para irrigação de lavouras e para movimentar usinas
hidroelétricas. Além disso, a mesma população interfere no
processo de transformação da água de tal forma que a
quantidade disponível nas torneiras; disponível nos
barramentos, para produção de energia elétrica; disponível
nos pivô, para irrigação de culturas torna-se insuficiente, em
quantidade e em qualidade, para atender à demanda da
população.
Quando descobriram, povo e governo, que a quantidade de
água é finita; as reservas, nas represas, já estavam,
perigosamente, aquém dos limites críticos. Como resultado:
povo alarmado, água racionada, autoridades com soluções
paliativas ou sem soluções viáveis. Falta água nas grandes e
nas pequenas cidades, falta água para geração de energia e
para irrigação.
A mídia comenta, diariamente: a represa tal contém, apenas,
tantos por cento de sua capacidade; a outra já está no segundo
volume morto; o rio tal está assoreado, matas ciliares foram
derrubadas, mortandade de peixes aqui, aguas negras por
revolvimento do fundo do rio acolá, desperdício de agua tratada
nos vazamentos da tubulação, racionamento de agua, bônus
pela economia, ônus pelo excesso de consumo.
Todas nascentes de águas
O alerta chegou à zona rural de Gouveia. As escolas
municipais de Gouveia: “Profa. Zezé Ribas” de Pedro Pereira,
“João Baiano” de Camilinho e “Osório Roseno Araújo” do
Espinho organizaram um projeto, sob a coordenação da
Supervisora Escolar Professora Rejiane Daiany, com o titulo:
minerais!
PROJETO ÁGUA – O BEM MAIS PRECIOSO
Dia destes, usei a expressão: águas minerais. Meu interlocutor
me contestou:
- Águas de Camilinho não são minerais! Você está blefando,
ele me disse.
O projeto foi desenvolvido com atores e cronogramas
diferentes em cada uma das escolas. A programação de
Camilinho, desenvolvida de 20 de março a 8 de abril, constou
de sessão de cinema, palestra sobre água, coral com música
referente ao tema, concurso de fotografia, teatro – tema:
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Artigos
conversa entre rios – e culminou com limpeza e cerca ao
redor de uma nascente, com a presença de toda a escola. A
programação envolveu toda a escola: professores e alunos.
A nascente visitada, limpa e cercada se localiza na Lapa,
cabeceira do córrego de Tãozinho Almeida.
A diretora Adriana, atenta à segurança de seus alunos visitou
a nascente, acompanhada da supervisora Rejiane, professora
dos Anjos, motorista Dedé, estudante morador na localidade
e conhecedor da nascente, guia Joaquim Moreira e este
articulista, convidado para fazer a reportagem. A celebração,
depois de cercar a nascente, terminou com alegre piquenique.
E as nascentes de águas de Camilinho?
Justamente aí está o interessante da história. As Escolas Rurais
de Gouveia fizeram sua parte, deram sua contribuição. Há
muitas nascentes para serem protegidas, esperamos que
Informática na UFV: o inicio
Raimundo Nonato de Miranda Chaves
Teresa Maria da Cruz, da equipe responsável por organizar a
celebração do cinquentenário do CPD1, gentilmente me enviou algum material de que dispunha para publicar a história
desta entidade.
Prendeu minha atenção relatório de Marcio Lívio, ex-diretor
do CPD, onde ele mostra a situação atual de rede Intranet,
com os nós e terminais, e sua conecção com a Internet. Impressiona pela quantidade de equipamentos e suas
interconecções, satisfaz o orgulho da UFV – massagem no
ego é reconfortante –, mas é informação de um ponto no
espaço e no tempo. É evidente que a caminhada até atingir o
status atual foi conseguida à custa de muito esforço e dedicação de muitas pessoas da UFV, cada uma delas contribuindo com seu quinhão. Também é evidente que causas externas à UFV influenciaram nesta caminhada; influenciaram
positivamente e influenciaram negativamente, haja vista o
longo período que o país atravessou com a economia fecha-
outros sigam o exemplo. Isto é só o começo. As nascentes
protegidas vão formar os regatos, estes, os córregos e depois
os rios. Mas, se a população e a indústria continuar poluindo,
desmatando as margens dos rios, desperdiçando a agua
tratada, o esforço das nossas escolas será de pouco valor.
Contudo, lembrando a lenda do beija-flor, que voando de cá
para lá e lançando pingos de água sobre o fogo que consumia
a floresta, foi contestada pelo elefante:
- Você não vai conseguir controlar o fogo!
- Não, respondeu o beija-flor. Não consigo debelar o fogo,
mas estou fazendo minha parte.
O elefante compreendeu e com sua imensa tromba lançava
água, como uma mangueira de bombeiro, sobre o fogo. Todos
os demais elefantes o seguiram e todos os animais depois
deles. O fogo foi controlado! À noite todos reunidos sobre a
relva, apreciaram o luar. Nunca o viram tão belo.
da e sem possibilidade de assimilar as novas tecnologias desenvolvidas nos centros mais avançados. Influência positiva
eu credito, a maior percentagem, ao notável desenvolvimento mundial da tecnologia, que cresce de forma acelerada.
Esta causa interfere na UFV e interfere, claro, nas instituições similares. Daí a questão: Qual a situação da UFV, considerando informática, no conjunto das Universidades mais
conceituadas do país?
A UFV é uma delas!
Eu estou aposentado, há mais de duas décadas, e não tenho
informações para comparar diferentes pontos no espaço, no
mesmo tempo, isto é, Viçosa e outras Universidades, com U
maiúsculo, no momento atual. No entanto, posso ajudar na
comparação considerando o espaço fixo e variando o tempo,
isto é, a Viçosa de hoje e a Viçosa de outrora, repito, considerando informática.
Cenário e personalidades de cinquenta anos atrás:
Fábio Ribeiro Gomes, professor de Estatística; eu, de Matemática, ano de 1965, meu primeiro ano como docente substituindo o Professor Antônio Gonçalves que aposentara, no ano
anterior. Matemática e Estatística eram duas cadeiras do
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Artigos
departamento de Engenharia Rural sob a chefia do professor
Avelino Mantovani Barbosa. Engenharia Rural era um dos
departamentos da ESA, dirigida pelo professor Geraldo
Martins Chaves.
Como representante de cadeira tínhamos assento na Egrégia
Congregação da ESA, colegiado tradicional, conservador, rigoroso e respeitado. O ensino de matemática se resumia a
um ano de cálculo infinitesimal lecionado para estudantes do
primeiro ano da ESA e da ESF. Nas aulas práticas eu ensinava, também, fundamentos e manejo de Régua de Cálculo.
Isto mesmo: régua de cálculo. Instrumento útil para diversas
operações e, inclusive, substituía a tábua de logaritmo; hoje
peça de museu, da mesma forma, só para lembrar, que japoneses usavam o Soroban – ábaco no sistema de base cinco –
, japoneses, usando o soroban, competiam e ganhavam de
calculadoras de mesa, executando operações de soma.
2. Do mesmo modo, Guy Capdeville chama atenção para
o “surto de desenvolvimento” vivido pela instituição no final da década de 1950, graças aos
recursos advindos não só do estado de Minas
Gerais, mas também graças ao aporte da Purdue
University. Segundo o autor, os recursos proporcionados pelo envolvimento da instituição com a
USAID garantiram-lhe, posteriormente, um intenso processo de modernização. Capdeville aponta a criação do Instituto de Economia Rural como
marco deste processo, no bojo do qual se estabeleceram as condições para a criação, em 1961,
dos cursos de pós-graduação stricto sensu “nos
moldes do ‘Master of Science’ norte americano”
na UREMG.
Agora, minha convivência pessoal:
No CPD, máquinas convencionais: perfuradoras de cartão,
modelo IBM 29; classificadora de cartão, modelo IBM 59 e
a tabuladora, modelo IBM 407. O cartão tem nada a ver com
cartão magnético usado como arquivo removível em PC,
notebook e câmera digital. Trata-se de uma peça de papel
especial, padronizado, com 80 colunas e 13 linhas, nas linhas
de 0 a 9 a perfuração indica o digito decimal correspondente;
nas três linhas restantes, chamadas de zonas A, B e C o
padrão: perfuração na zona A e em uma linha de 0 a 9 representa os caracteres do alfabeto: A, B,... J e assim alterando a
zona obtêm-se todos os caracteres do alfabeto e mais alguns
caracteres especiais.
A tabuladora IBM 407 era uma máquina de contabilidade
capaz de ler cartão perfurado, totalizar campos do cartão,
fazer decisões simples, imprimir resultados, e ainda perfurar
cartões com dados resultantes de processamento, servindo
de entrada para nova fase do processamento. Para operar a
407 utilizava-se um painel de controle removível.
O CPD de então era usado para processamento administrativo: folha de pagamento, na época que contracheque era
conhecido como Holerite; registros do patrimônio; estoque
de materiais e alguma coisa da diretoria financeira. Na área
acadêmica, apenas, relação de estudantes nas folhas de chamada para cada disciplina.
O site eletrônico: http://intermeio.ufms.br/revistas/25/
25%20Artigo_04. reproduz artigo de Maria das Graças M.
Ribeiro e mostra que Viçosa vivia uma fase de mudanças,
dali transcrevo:
1. Inquestionavelmente, uma das fases mais
auspiciosas da história da UREMG foi a da inestimável colaboração da Universidade Purdue,
intermediária entre a Agência para o Desenvolvimento Internacional do Governo Norte-Americano – USAID, e a Universidade Rural do Estado de Minas Gerais – UREMG, que se estendeu
de 1952 a 1973. Afirmação de Edson Potsch de
Magalhães.
Iniciei o mestrado em Economia Rural, no ano de 1964, como
estudante da terceira turma. Duas turmas anteriores, respectivamente, 1962 e 1963. Encontrei uma Viçosa em
efervescência, começaram os cursos de pós-graduação em
diversas áreas. Muita gente voltando à universidade para os
cursos recém-criados, muitos americanos nos seus reluzentes Impalas – modelo luxuoso da Chevrolet/GM conhecido
como rabo-de-peixe.
Todas estas transformações eram formas de pressão sobre
a necessidade de se criar o sistema de processamento de
dados que atendesse às exigências da área acadêmica. Mas
naquele ano havia, apenas, no Instituto de Economia Rural,
uma sala/laboratório com máquinas, muitas delas, modelos
dos fabricantes Facit e Frieden. Máquinas de calcular de
mesa, eletromecânicas, sem dispositivo para impressão e com
capacidade para as quatro operações. Eram equipamentos
novos, eficientes para executar as tarefas para que foram
construídos, mas não atendiam às necessidades de
processamento, conforme exigiam os trabalhos de pesquisa.
Devo me estender um pouco para facilitar o entendimento.
O agricultor, principalmente, das regiões mais afastadas dos
centros, trabalhavam num ponto de “custo mínimo”, isto é,
derrubavam a mata, queimavam, e plantavam durante um ou
dois anos e, então, passavam à frente e derrubavam a mata
da gleba vizinha. O que resultasse, mesmo com falta de chuvas ou com ataque de pragas, era lucro porque os custos
eram mínimos. Os americanos, liderados pelo professor
Edward Schuch, conceituado economista, com a característica praticidade americana, defendiam a ideia de “pesquisa
para solução de problemas, pesquisa para solucionar o problema sentido”. Seja trabalhar com dados reais, coletados
nas propriedades e obter resultados que pudessem ter utilidade para o agricultor. O modelo mais usado era aquele que,
representando matematicamente o problema sentido, permitia calcular o ponto de “lucro máximo”. Não se tem que produzir o pé-de-alface mais bonito, tem-se que produzir aquele
que lhe proporciona o maior lucro, o maior resultado finan-
Boletim Informativo da AFAGO página 8
Artigos
ceiro; lembrava sempre o ilustre professor Schuch. O modelo consistia em estimar uma forma algébrica que expressasse a quantidade do produto como função dos insumos ou
fatores de produção. Esta função de produção era obtida
usando a técnica estatística conhecida como análise de regressão. Conhecida a relação: produto vs insumos de produção, construía-se a função de lucro: preço do produto x quantidade produzida (variável) menos a soma de preços dos
insumos x quantidades de insumos usados (variáveis).
Ao dispor da função de lucro, a coisa ficava fácil, já se podia
ver a luz no final do túnel.
Agora era usar a técnica de calculo diferencial, calcular as
derivadas parciais, igualar à zero – ponto máximo relativo da
função de lucro – e resolver o sistema de equações linear
resultante. Surpresa! O que era mais simples – resolver um
sistema de equações – tornava-se o mais complicado. Tinha-se que calcular a inversa da matriz de coeficientes do
sistema de equações. Isto era como estar próximo do castelo, ver a princesa à janela e ter que atravessar o canal de
proteção, sem usar a ponte levadiça. Para conhecer a dificuldade de vencer esta travessia, só tentando. A dificuldade
para calcular a inversa da matriz, também. Por isso sugiro
que, para relaxar, com lápis e papel para anotar cada operação, com uma máquina de calcular, faça a tentativa. Sugiro
uma matriz de dez linhas e dez colunas. Recomendo não
usar o método dos determinantes porque vai ser mais cansativo. Para o pessoal do processamento de dados, uma analogia: inverter a matriz é tão cansativo quanto o trabalho de
convencer o analista (desenvolvedor) de sistemas a elaborar
a documentação dele. Tarefa imprescindível para que o
desenvolvedor não se torne o dono do sistema.
Detalhei um exemplo para mostrar a necessidade sentida de
equipamentos de cálculo mais avançados do que as máquinas eletromecânicas. É apenas um exemplo.
Cursos de pós-graduação instalados em outros departamentos: Fitotecnia e Zootecnia, com exigência de trabalhos de
experimentação envolvendo analises estatísticas, exigia operações extenuantes de cálculos.
Na Economia, seminários eram organizados e o tema Programação Linear já era comentado, mas a continuidade de
estudos na área ficou prejudicada pela dificuldade de cálculo
na solução do Simplex. A primeira tese (dissertação) na área,
requisito para o mestrado em Economia Rural2, de minha
autoria, só foi defendida em 1969.
A universidade, desde o tempo da antiga ESAV, Escola Superior de Agricultura e Veterinária, matinha, como principio,
desenvolver Ensino, Pesquisa e Extensão, certamente se
beneficiaria com a modernização do sistema computacional.
O dinamismo da universidade exigia mais das áreas de matemática e estatística. O curso de Agronomia sofreu alterações com a introdução da Diversificação, isto é, os estudantes no último ano do curso adquiriam o direito de frequentar
grupos diversificados de disciplinas, daí surgiu a necessidade de criar novas disciplinas; Oferecemos, então, para estudantes de Engenharia Rural disciplinas de Cálculo Avançado e Álgebra Linear.
A pesquisa em Ciências Agrárias, envolvida com desenhos
experimentais, exigia suporte de estatística, principalmente,
análise de variância. Com a pós-graduação, principalmente, em Economia Rural tornou-se necessário desenvolver,
também, análise de regressão. Organizamos e ministramos
cursos nesta área.
A necessidade de adequação do processo computacional,
seja a substituição de calculadoras eletromecânicas por
equipamentos mais avançados, era unanimidade. A universidade, pode-se dizer, estava motivada e receptiva à instalação de computador.
Agora, era agir. Isto é o que se fez.
Professor Fábio, muito bem relacionado com os americanos da Universidade de Purdue, presentes em Viçosa e,
com visão e competência para assumir a liderança do
processo, viajou aos EE.UU. e ao retornar trouxe um prélivro, em uso em Purdue para curso de Introdução à
Ciência de Computação (ICC). Nós, às vezes ele, às
vezes eu, traduzíamos capítulos deste pré-livro, e os
reproduzia em mimeografo da Cooperativa Estudantil. Eu
apresentava e discutia a matéria desta apostila, substituindo uma aula de cálculo, a cada semana. Despertamos o
interesse de muitos estudantes que passaram a frequentar
o CPD. Vale citar Julião Braga, Augusto, Heleno, Moisés
e alguns outros. Um grupo de professores novos, recémcontratados, interessados e colaborando em cursos de
matemática e estatística; Paulo Afonso, Martinho, Hercio
Ladeira, mais os professores de estatística: Laede e
Condé. formou comigo e o professor Fábio um grupo de
estudos. Tínhamos à nossa disposição o pré-livro, já
citado; tínhamos publicações na forma de instrução
programada editadas e distribuídas pela IBM; tínhamos
manuais de linguagem de computador; alguma orientação
de técnicos da IBM. Completamos tudo isto com coragem
e dedicação. Alguns membros do grupo desistiram pelo
meio do caminho e foram saltando do barco, à medida que
navegávamos na bruma. O grupo estudava, cada um no
seu ritmo e conforme seu interesse, lógica de programação e FORTRAN3. Estávamos nos preparando, mas
ainda não tínhamos o computador. A noiva sempre atrasada. Já sabíamos que seria um modelo IBM 1130, considerado computador de segunda geração, transistorizado, –
de primeira geração eram os computadores de válvula –,
com dezesseis K de memória, fornecido pela IBM em
regime de arrendamento mercantil, com financiamento do
BNDE.
Além da burocracia para o processo de financiamento,
burocracia para o processo de importação do equipamento dever-se-ia considerar obras civis, para adequação do
espaço. Metade do pavimento térreo do prédio da Química, hoje prédio Fabio Ribeiro Gomes, foi destinada ao
Boletim Informativo da AFAGO página 9
Artigos
CPD e iniciaram os trabalhos, parecia a preparação de um
vestido de noiva. Piso falso, emborrachado, para passagem
do cabeamento; teto rebaixado para passagem dos dutos
de ar condicionado; paredes revestidas de lambris, instalação de luz branca. Aquilo era um luxo!
Nesta altura da história, professor Fábio acordou com o professor Harry Farrer, da Escola de Engenharia da UFMG a
disponibilização de computador, ali instalado, para uso do nosso
grupo de trabalho. O acordo fixava uma hora por semana, às
sextas feiras, entre 12 e 13 horas. O grupo encarava a viagem numa Kombi, às vezes dirigida pelo próprio professor,
saindo muito cedo de Viçosa. Asfalto? Depois de Ouro Preto. Cada um com seu pacote de cartões perfurados e a esperança de ver o programa rodando.
Até que, em um dia como qualquer outro, lá estava professor
Fábio desembalando os equipamentos. O aviso: apenas funcionários da IBM podem abrir! Não foi respeitado. A ansiedade era muito grande. E nós fomos vendo sair das caixas: a
C.P.U. – unidade central de processamento; a leitora/perfuradora de cartões; a impressora; a unidade leitora/gravadora
de fitas magnéticas e um plotter. A CPU fabricada na Holanda
e a leitora de cartões fabricada na Bolívia4. Logo chegaram
os técnicos da IBM e instalaram todo o equipamento, o
aterramento, atrás do prédio, com barras de cobre, pela quantidade e tamanho, era uma medida do cuidado com a segurança. O computador era muito precioso e tratado como tal.
O luxo das instalações e a movimentação de gente provocaram um frisson na universidade e as visitas intensificaram. A
parede da sala do computador, a da frente, com a metade
inferior de alvenaria e vidro na superior, permitia a visão sem
interferir no processamento. Muitos visitantes se frustravam,
afinal via-se algo como quatro ou cinco caixas, cor cinza chumbo, uma delas com um painel com luzes que piscavam insistentemente; a outra parecia trepidar com o processo mecânico de ler cartões; uma terceira imóvel, mas às vezes imprimia, em formulário continuo, com grande velocidade. Lá no
fundo à esquerda uma caixa mais alta, parecia uma geladeira, mas com a parte superior de vidro transparente, permitia
a visão de dois carreteis interligados com uma fita magnética
que giravam, um no sentido do relógio, outro no sentido oposto. Depois se invertia o sentido do movimento. Os carreteis
pareciam disputando cabo-de-guerra o da direita puxava,
depois cedia para o da esquerda. Quando alguém explicava
que o carretel girando para a direita, então o computador
procurava localizar o inicio de um arquivo; encontrando-o iniciava a leitura o sentido de caminhamento da fita magnética
se invertia. Mas, o que é arquivo? Perguntavam novamente.
Haja paciência! Para completar o visitante via, também, em
cada canto da sala, um desumidificador. O tratamento era
vip, temperatura e humidade controladas.
Tudo parecia perfeito.
Como? Parecia?
É verdade, lá no cantinho da sala, sem prestigio, estava um
painel que informava os parâmetros da energia elétrica que
chegava à sala. No mostrador do voltímetro, o ponteiro marcava 70 volts5 , quando deveria marcar 110 volts. Ninguém
quer correr risco de pane no equipamento. Ninguém que correr risco de mau funcionamento de qualquer unidade. Solução: desligar o computador, durante o dia e religar à noite
quando outros setores da universidade estão fechados e, por
isso, aumenta a disponibilidade de energia no CPD.
Fizemos isso! Trabalhávamos durante o dia e durante a
noite, também. Nas salas de aulas durante o dia e no CPD
à noite.
Do ponto de vista do inicio da computação na antiga
UREMG, minha contribuição termina aqui. Mas, computação é meio, é instrumento para a universidade atingir seu
fim último, o ensino. Portanto, me permito alongar, uma
página ou pouco mais, para considerações sobre o ensino.
Vencido a inercia, iniciado o movimento, passado o sufoco
inicial, computador disponível, tinha-se que formalizar o
conhecimento nas áreas de matemática e de informática,
novos cursos, novos departamentos deveriam ser criados,
afinal universidade está associado à universalidade, ao
universal, ao todo. Não havia professores com pós-graduação nestas áreas, além do professor Fábio Ribeiro Gomes,
PhD em Estatística. Era fundamental que se cuidasse,
inicialmente, da formação de professores. Esta nova etapa
iniciou durante as férias de verão de 1970, quando acompanhei o professor Fábio em um Seminário na PUC/RJ6,
durante uma semana nos foi dada a oportunidade de traçar
os rumos para o futuro próximo. Neste mesmo ano, durante
as férias de julho, voltei à PUC/RJ, agora com o professor
Mansur Nacif e ali permanecemos durante um mês, participando de cursos de extensão. Meu desempenho neste
curso garantiu a aceitação no curso de mestrado em
informática7, que iniciei em fevereiro de 1971.
O mestrado na PUC/RJ abrangia duas áreas: Pesquisa
Operacional (P.O.) e Análise Numérica de um lado, Teoria
da Computação e Desenvolvimento de Software do outro.
Optei pela primeira linha. Naturalmente que havia disciplinas em comum que me possibilitariam a continuidade do
processo de computação em Viçosa e, ao mesmo tempo
estaria me preparando para novas áreas: O estudo de P.O,
envolvendo Métodos de Otimização e Simulação, abriria
um grande leque de novos modelos matemáticos que
poderiam ser de grande utilidade à pesquisa em Viçosa.
Análise Numérica é fundamental para métodos interativos
e estudos de convergência, sem o que não é possível a
solução de problemas de modelos não linear.
Os cursos de pós-graduação em informática foram instalados, no Brasil, antes dos cursos de graduação. Os professores eram brasileiros que frequentaram cursos no exterior
e professores visitantes, vindo de centros mais avançados.
Os estudantes eram diplomados em matemática, física e
engenharia, além de poucos; muito poucos vindos de outras
áreas de estudo como o meu caso, diplomado em agronomia. Por isso, ao iniciar o curso de mestrado, me senti
como um “estranho no ninho”, ali reunidos, estavam
diplomados em centros de ensino de ponta. Meus colegas,
Boletim Informativo da AFAGO página 10
Artigos
engenheiros, na maioria, alguns, coisa de dois ou três
bacharéis em matemática, eram proveniente do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA), do Instituto Militar de
Engenharia (IME), da UFRJ, da UFRMG, da UFRGS e da
própria PUC/RJ. Eu me sentia o “Minerim” vindo de uma
escola de agricultura do interior de Minas Gerais. Todavia,
antes de completar dois anos, precisamente em novembro
de 1972, apresentei minha tese (dissertação), sob a orientação do professor visitante Klaus Galda, de nacionalidade
alemã, professor de Teoria de Jogos. Abordei ideia bastante avançada, naquela época: um processo adaptativo que
levava o computador a identificar a estratégia de um
oponente, numa sequencia de jogos soma zero. No ano
seguinte, com incentivo do professor Fábio, já frequentava
disciplinas visando o doutoramento.
Este relato é para me vangloriar? Pode ser! Talvez seja!
Escrevi no inicio deste relato que uma massagem no ego é
estimulante. Mas, serve, também, para demonstrar o
exemplo que permitiu a outros seguiram na mesma linha.
Mansur, Heleno, Manoel Vieira e Aurélio Raggi, todos
agrônomos e pioneiros alcançaram sucesso nos cursos de
mestrado8, Mansur na PUC/RJ, os demais na UFMG.
Também, serve para demonstrar que o agrônomo de
Viçosa, seja da ESAV, da UREMG ou da UFV, têm sido
preparado para enfrentar problemas não só na área de
ciências agrarias.
O grupo citado, repito, engenheiros agrônomos, acrescido
dos professores da Estatística: Laede, Condé e Tiebauth,
todos engenheiros agrônomos de Viçosa, que frequentaram
cursos de mestrado em Piracicaba, na ESALQ – Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e. sob a orientação
do professor Fábio, também engenheiro agrônomo de
Viçosa; este grupo criou o Departamento de Matemática.
Bacharéis graduados pelo Departamento de Matemática:
Leacir, Luizinho, Maria José, Braz, e outros, além de
professores vindos de outros centros, foram incorporados à
equipe da matemática, sangue novo que revigorou a equipe
e fez crescer o interesse pela computação como tal. O
grupo de P.O. e o grupo de computação, formamos juntos o
Departamento de Informática. Enquanto os grupos de
matemática pura e estatística continuaram com o Departamento de Matemática.
(Footnotes)
1
Centros de Ciências e não mais Escolas: Centro de Ciências
Agrarias, Centro de Ciências Biológicas, Centro de Ciências
Exatas e Centro de Ciências humanas.
2
Quase tudo era americano: professores, computadores,
métodos, mas o diploma de mestre em latim, homenagem
às origens, Magister Scientiae em Economia Rural.
3
Naquela época eram duas as linguagens de programação,
conhecidas como linguagens de alto nível: COBOL dirigida
para aplicações comerciais. Em Viçosa foi usada mais tarde
quando foram contratados analistas e programadores para
atender a área administrativa. FORTRAN de FORmula
TRANslation dirigida para área cientifica. Nosso grupo era
formado por professores e que estavam voltados para as atividades acadêmicas
. PL1, linguagem mais poderosa do que o FORTRAN, veio
depois.
4
Na América Latina, não raras vezes, o governante desapropriava unidades fabris. Então, as corporações internacionais
se protegiam produzindo unidades em países diferentes. Foi
assim que nossa leitora de cartões veio da Bolívia.
5
A energia elétrica usada era produzida na pequena central
hidroelétrica da própria universidade, conhecida como Usina
da Casquinha. Esta PCH projetada para a universidade da
década de 30 não tinha potencia suficiente para a de 60. A
energia elétrica da cidade, produzida na Usina da Brecha,
Rio Piranga, não era suficiente para si e, muito menos, para
socorrer a universidade.
6
PUC/RJ, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro era centro de excelência em informática para a América
Latina, na área de software; associada à USP, Universidade
de São Paulo, na área de hardware.
7
Ciência da Computação e Informática têm o mesmo significado. Se o grupo original esteve mais associado a entidades
ou professores americanos usam a expressão: Ciência da
Computação, tradução de Computer Science. Quando, a influencia foi europeia usam Informática, tradução de
Informatique.
8
Interessante observar que Mansur continuou com estudos
na linha de Análise Numérica; Heleno, Manoel e Raggi formaram , com Galdino, e comigo uma forte equipe de P.O.,
acredito das mais fortes da universidade brasileira.
O
bservem que estou me referindo ao Centro de Processamento
de Dados, masculino, como foi criado para servir às unidades
acadêmicas da Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, UREMG: Escola Superior de Agricultura, ESA; Escola
Superior de Ciências Domésticas, ESCD; Escola Superior
de Florestas, ESF e a Escola de Pós-Graduação. Nos anos
setenta, com a reestruturação da então Universidade Federal de Viçosa, UFV, mudou-se o sexo da entidade. Centro
passou a Central, neste caso Central de Processamento de
Da
dos, para diferenciar das novas unidade
s acadêmicas, agora denominados
Boletim Informativo da AFAGO página 11
Artigos
Eu, também, participei de evento histórico, dia 24 p.p., na Universidade Federal de Viçosa – UFV. Celebrava-se o
cinquentenário de criação do Centro de Processamento de Dados – CPD, hoje, Diretoria de Tecnologia da Informação
– DTI.
Rica exposição de equipamentos de computação antigos e coleção de fotos dos ex-diretores organizadas no hall da
Biblioteca Central, onde foi servido, também, o coquetel.
A seção solene, com a presença da administração superior da instituição, aconteceu no auditório da Biblioteca Central,
quando diversos oradores se expressaram e foram entregues, aos ex-diretores, ”Diploma de Reconhecimento por Serviços
Prestados”.
Mesa que presidiu os trabalho:
a partir da esquerda, Michelini,
diretora da DTI; Demetrius,
vice-reitor; Nilda, reitora;
Sebastião, pro-reitor de
planejamento e orçamento;
Raimundo Nonato,
representante dos ex-diretores.
Raimundo Nonato recebendo o certificado de
reconhecimento por serviços prestados.
Vista geral da plateia.
Boletim Informativo da AFAGO página 12
Artigos
Equipe atual da DTI (115 funcionários, rede que permite quatro mil usuários acessarem simultaneamente em conexão sem fio e a sete mil computadores se conectarem em rede cabeada.)
Raimundo Nonato com alguns de seus colaboradores (1978/
1982)
Esta homenagem ao nosso Doutor Raimundo em Viçosa, na Universidade Federal, dá a dimensão da contribuição de Gouveia - Camilinho,
diga-se também - para o desenvolvimento do Brasil.
Boletim Informativo da AFAGO página 13
Trabalhos do Prêmio Afago
Escola Estadual Aurélio Pires
Escola Estadual Ciro Ribas
Professora KÁTIA CRUZ
Professora Deysiane Maria Assis Zille
Helen Júlia de Oliveira - Turma: 7º ano 02 – A Confusão
Vanessa Aparecida Pereira - Turma: 8º ano 02 – Mulher
Elaine Batista Santos - Turma: 8º ano 01 – Água
Romenique Ottone Camelo - Turma: 8º ano 01 – Assalto da
Gangue do Cabelo Verde
Ana Clara Antunes - Turma: 7º ano 02 – Meu encontro
com um gnomo
Igor Lima Souza - Turma: 7º ano 02 – Meu encontro com
um gnomo
Henrique Antônio Duque de Lima - turma: 8º ano 02 – A
importância da água
Helen Júlia de Oliveira - Turma: 7º ano 02 – O gnomo
Ana Paula Batista Pereira - 3º Ano do Ensino Médio –
Água
Adriele Thais Pereira dos Santos - 2º ano do Ensino Médio
– Drogas
Sara Lívia Coura Silva - 1º ano do Ensino Médio - O
Encontro da Despedida
Maria Lauriene de Jesus - 1º ano do Ensino Médio - Um
grande amor
Jéssica Estéfane de Souza Alves - 2º ano do Ensino Médio
– Lembranças Eternas
Professora Mislaia Fernandes da Silva
Eduarda Tamires de Almeida - turma: 7º ano 01 – O futuro
da Humanidade em sua mão
Rafaela Maria Trindade dos Santos - 8º ano do Ensino
Fundamental - Uma lição de vida
Priscila dos Santos Pinto - 9º ano do Ensino Fundamental –
Cabelos ao vento
Professora Sumara Kênia Leão de oliveira Marques
Escola Estadual Joviano De Aguiar
Professora Andreia Aparecida de Almeida Nascimento
Lariene Pires de Souza Rocha Santos - turma: 9º ano 01 –
Ainda sinto sua falta
Lariene Pires de Souza Rocha Santos - turma: 9º ano 01 –
Amor: um sentimento avassalador
Lariene Pires de Souza Rocha Santos - turma: 9º ano 01 –
A grande novidade
Kleicy Cristina Joana Ribeiro - turma: 9º ano 01 – Amizade
Igor Alberdan dos Santos Silva - turma: 9º ano 02 – Onde
estás?
Caroliny Estela Guedes Cardoso - turma: 9º ano 01 – Amor
Angelina Daisy Araujo Rodrigues - turma: 9º ano 01 –
Amor?
Ana Paula de Oliveira - turma: 9º ano 02 – Amigos dizem
“Te amo”
Deivison dos Santos - turma: 9º ano 02 – Saudades
Ulisses Alves Barbosa - turma: 9º ANO 02 – A menina
impaciente
Professora Andreia Aparecida de Almeida Nascimento
Anne Caroline Pereira - turma: 7 ano 01 - Economizar
água é esbanjar inteligência
Adriana de Souza Brandão - Turma: 6 ano 01 – Nossa joia
rara pedindo socorro
Tamara Júlia da Silva - Turma: 6 ano 01 – Sem água, sem
vida
Rayane Aparecida Mendes de Almeida - Turma: 6 ano 01
– Água: um presente de Deus
Carolina Aparecida E. R. - Turma: 7 ano 01 – Sonhos
Anne Caroline Pereira - Turma: 7 ano 01 – Água
Milena Paulino de Melo - Turma: 7 ano 01 – Minha
Heroína é Minha Vida m super
Carolina Aparecida Elias Rodrigues - Turma: 7 ano 01 –
Minha heroína
Professora Não consta
Natália Cristina - Ano/Turma: 3º ano 06 - Redução da
Maioridade Penal
Rayssa Assis - Ano/Turma: 3º ano 06 - Educar para
prevenir
Larissa Estefany Vieira dos Santos - ano/turma : 2º Ano 09
- Anjos da noite
Larissa Estefany Vieira dos Santos - segundo ano 09 - O
que vem depois do amor
Larissa Estefany Vieira dos Santos - segundo ano 09 - Á
procura da felicidade
Larissa Estefany Vieira dos Santos - segundo ano 09 Perdida na solidão
Professora Desirê Adrienne de Oliveira
Erick Victor Ribas Paulino (6º ano) - Coisas que deixam a
gente feliz
Helen K. R. Paulino (6º ano) - Coisas que me deixam feliz
Ana Laura Monteiro Morais (6º ano) - Coisas que me
deixam feliz
Larissa Fagundes de Oliveira (6º ano) - Coisas que me
deixam feliz
Escola Municipal João Baiano
Professora Geralda Eunice Moreira e Rocha
Marcone Almeida 8º ano - Preciosidade
Danieli Wanessa Rodrigues 7º ano A Água Sem
Desperdício
Darlisson Geraldo Mendes 7º ano A Água
Aline Pereira dos Santos 8º ano – Água
Anete Aparecida Sobrinho 8º ANO - A Escassez da Água
Érica Guedes Pereira de Oliveira 9º ano - Bem Precioso
Boletim Informativo da AFAGO página 14
Trabalhos do Prêmio Afago
Helcinária Cristina Santos Almeida 9º ano - Sofrimento de
Todos
Evelyn Fernanda dos Santos 6º ano - A Beleza da Natureza
Gresieli Caroline da Silva Mendes 6º ano - A Natureza
Emiliane Guedes de Oliveira 8º ano - Uma Família
Destruída
Escola Estadual Augusto Aires Da Mata
Machado.
Professora Marcélia Alves Ranulfo
Victor Maykon Oliveira Silva - turma: 6º ano - A Água
Professor Luciano dos Santos.
Ana Laura Miranda. - turma: 9º ano safira. - O Fim
Ana Laura Miranda - turma: 9º ano safira. Pense...
Elisabete Santana - turma: 9º ano safira - Namoro na
Adolescência
Escola Municipal Professora Zezé Ribas
Professora Marcileia de Jesus Oliveira Silva
Camila Aparecida Pinto - Serie: 7º ano - A política brasileira
Camila Aparecida Pinto - Serie: 7º ano - Água
Erica Miliane da Silva - Serie: 8º ano - A escassez da água
Erica Miliane da Silva - Serie: 8º ano - Depoimento do
Cerrado
Erica Miliane da Silva - Serie: 8º ano - O Planeta Pede
Socorro
Carlos Henrique Leão - Serie: 7º ano - Volta ao passado
Ana Julia da silva - Serie: 8º ano - Devemos fazer
mudanças
Cassiana Aparecida Ferreira - Serie: 9º ano - Relato de
Tristeza
Eliane Maria da Silva - Serie: 6º ano - O sonho pode se
realizar
Professora Marcélia Alves Ranulfo
Daniel Pablo Ávila Neves. - turma: 7º ano âmbar. - Eu Não
Sei
Camilly Luiza Carvalho Brandão. - turma: 7º ano âmbar. O Herói Que Eu Quero Ser...
Na mão de Deus
25 de março Antônio Augusto Ribas do Pombal –
Antônio Augusto tem a marca registrada de toda a família,
saber acolher com perfeita gentileza.
25 de março - Sirlei de Elza de Cruzelina – Sirlei era
gêmea com Sirlene e neta de Cruzelina Soares e José
Caetano, residentes na rua Laurindo Ferreira.
10 de abril - faleceu em Gouveia aos 90 anos o Sr Miguel
Eugênio de Oliveira, conhecido como Sr Miguelzinho
dos arreios
Abril - NATALINO DE LIMA, um dos precursores
das oficinas de automóveis, de Gouveia, quando na cidade
havia pouquíssimos veículos automotores. Natalino tinha
para com os seus clientes uma atenção toda especial.
No meu caso, por exemplo, eu - Adilson - lhe entregava
o carro, pela manhã, ele retornava comigo até a fábrica e
à tarde voltava lá, para me entregar o carro consertado.
1 de maio – faleceu a senhora Maria Geralda dos
Santos Felix. Geralda da Vó Raimunda [Raimunda
Ferreira Mascarenhas, conhecida em Gouveia como
Raimunda de João Mané], residia no bairro Inconfidentes
em Contagem e havia completado 80 anos no dia 28 de
abril. Vó Raimunda deixou Gouveia no ano de 1944 com
filhos e netos à procura de emprego e perambulou pelas
cidades em que havia indústrias têxteis, Pirapora, Curvelo
e, finalmente, Contagem. A história de Sá Raimunda
desvenda muitos segredos de Gouveia e explica a razão
de muitas famílias somente se lembrarem de nossa terra
com sofrimento e rejeição. Apenas uma curiosidade, Raimunda
Ferreira Mascarenhas teve ancestrais na família de Bernardo
Fonseca Lobo, o descobridor oficial dos diamantes. Casou-se com
João Manuel dos Santos que a deixou em busca de trabalho em
São Paulo, sem dar mais notícias. A situação de carência em
Gouveia era tão grande que de duas filhas a que teve maior
sobrevida foi a senhora Sebastiana dos Santos, falecida aos 28
anos de idade. Providencialmente, Sebastiana se casou com
Raimundo Moreira de Souza cujo filho caçula se chama José
Moreira de Souza. Os filhos do sexo masculino, excetuado o
caçula, Antônio, todos faleceram precocemente. Apesar disso,
todos os filhos deixaram em Gouveia a marca de serem bons
jogadores de futebol. Efigênio como duplamente goleiro, no gol e
no gole. João Pafúncio era admirado como sineiro. Uma semana
após seu falecimento, no ano de 1955, o sino menor da matriz
trincou e precisou ser refundido com o da Igreja do Rosário, já
demolida.
3 de maio - Faleceu no dia 3 de maio último, em Gouveia, onde foi
sepultado, o senhor Pedro Augusto Sobrinho, mais conhecido
como Pedro Saraiva.
Pedro Saraiva residente em Camilinho até poucos anos passados,
quando transferiu sua residência para a fazenda da Contagem do
Galheiro, propriedade de seu filho Cleuber. Homem trabalhador,
com idade avançada, continuava na lida da propriedade rural. Pai
de nove filhos, faleceu com 91 anos de idade.”
Boletim Informativo da AFAGO página 15
Proezas de Afrânio Gomes
Vale a pena acompanhar o empenho de nosso companheiro Afrânio Gomes em Gouveia. O moço registra e publica
nossa pouca atenção para com o meio ambiente, constrói uma bela pousada para visitantes especiais, cuida de registrar
o desempenho da Câmara Municipal, realiza um belo trabalho jornalístico destacando os empreendedores rurais e
ainda pensa em criar um museu especial no novo espaço. Tudo isto sem intenção partidária.
Novembro
Rita Alves Ferreira Dona Ritinha - 1
Carolina
Albuquerque
Oliveira - 3
Irene Vieira
Policarpo - 4
Claudinei Almeida
Oliveira – 4
Marcus Vinícius de
Miranda - 5
Boletim da AFAGO
Órgão Informativo da Associação do Filhos e Amigos
de Gouveia
Ano VIII – N ° 1 - Janeiro- Fevereiro 2015.
www.afagouveia.org.br
Diretor Responsável – Adilson do Nascimento
Editoração Gráfica: José Moreira de Souza
Crédito das Fotos: Afrânio Gomes, José Moreira de
Souza, Raimundo Nonato de Miranda Chaves,
Rudson Fagundes Oliveira
Diretoria da AFAGO
Presidente de Honra: Waldir de Almeida Ribas in
Memoriam
Presidente: Adilson Nascimento
Secretário: Guido de Oliveira Araújo
Tesoureiro: Raimundo Nonato de Miranda Chaves
Patrocinadores:
Diretores da AFAGO
Comissão Editorial
Guido de Oliveira Araújo.
José Moreira de Souza
Raimundo Nonato de Miranda Chaves
IMPRESSO
REMETENTE
AFAGO - Associação dos Filhos
e Amigos de Gouveia
Avenida Amazonas 115 - sala
1709
CEP: 30180 - 000 - BELO HORIZONTE - MG

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