Boletim13 - AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia
Transcrição
BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DA GOUVEIA - N° 05 - SETEMBRO - OUTUBRO DE 2009 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO EM 31.12.2008 ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DA GOUVEIA-AFAGO MENSALIDADES RECEITA TOTAL (-) DESPESAS OPERACIONAIS MATERIAL ESCRITORIO FESTA CONFRATERNIZAÇÃO TELEMAR CEMIG IMPOSTOS GASTOS C/ INSTALAÇÃO CORREIOS ALIMENTAÇÃO IPTU DESPESAS FINACEIRAS DESPESAS BANCARIAS SUPERAVIT DO EXERCICIO Belo Horizonte, 31 de dezembro de 2008. WALDIR DE ALMEIDA RIBAS Presidente RAIMUNDO NONATO DE MIRANDA CHAVES Tesoureiro CLEUBER ALVES MONTEIRO CRCMNG 33.050 R$9.090,00 R$9.090,00 R$4.748,73 R$ 569,90 R$ 200,00 R$2.064,74 R$ 189,00 R$ 100,00 R$ 240,00 R$ 488,50 R$ 452,50 R$ 444,09 R$ 348,22 R$ 348,22 R$3.993,05 MANOEL LUIZ F. DE MIRANDA Conselheiro Fiscal Efetivo MILTON M. FERREIRA DE MIRANDA Conselheiro Fiscal Efetivo HAROLDO ANTONIO RIBAS Conselheiro Fiscal Efetivo Acesse www.afagouveia.org.br AFAGO – ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA **BALANCO PATRIMONIAL ANALITICO ** CNPJ: 08.905.090/0001-71 - Posição em 31/12/2008 Processado por CONTAC Contabilidade Comercial Industrial Ltda. Conta Denominação 1 1.1 1.1.01 1.1.01.001 1.1.01.001.0001 1.1.01.002 1.1.01.002.0001 1.1.01.005 1.1.01.005.0001 1.3 1.3.02 1.3.02.003 1.3.02.003.0001 1.3.02.003.0002 1.3.02.003.0003 1.3.02.003.0004 1.3.02.003.0005 2 2.1 2.1.00.001 ATIVO ATIVO CIRCULANTE DISPONIVEL CAIXA CAIXA BANCOS C/MOVIMENTO BANCO RURAL S.A APLICACOES FINANCEIRAS BANCO RURAL ATIVO PERMANENTE IMOBILIZADO TECNICO INSTALACOES APARELHO TELEFONICO IMPRESSORA COMPUTADOR CADEIRAS MESA REUNIAO E ARQUIVO PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE EMPRESTIMOS FINANCIAMENTOS RAIMUNDO NONATO M. 0,00 CR CHAVES PATRIMONIO SOCIAL 0,00 CR SUPERAVIT ACUMULADOS 0,00 CR SUPERAVITS 2007 0,00 CR SUPERAVIT EM 2008 0,00 CR 2.1.00.001.0001 2.3 2.3.00.004 2.3.00.004.0001 2.3.00.004.0002 Saldo anterior 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR 0,00 CR Saldo atual 7.114,29 DV 4.570,29 DV 4.570,29 DV 151,85 DV 151,85 DV 18,44 DV 18,44 DV 4.400,00 DV 4.400,00 DV 2.544,00 DV 2.544,00 DV 2.544,00 DV 50,00 DV 500,00 DV 800,00 DV 580,00 DV 614,00 DV 7.114,29 CR 60,62 CR 60,62 CR 60,62 CR 7.053,67 7.053,67 3.160,69 3.892,98 CR CR CR CR As tabelas anteriores: Demonstração de Resultados e Balanço Patrimonial foram organizadas por Cleuber Alves Monteiro – Diretor Proprietário da CONTAC Contabilidade Comercial e Industrial Ltda. e Diretor Jurídico da AFAGO. Os comentários a seguir são do Tesoureiro da AFAGO; Raimundo Nonato de Miranda Chaves. BOLETIM DA AFAGO Página 02 Comentários do Balanço O demonstrativo é um retrato sintético da situação no final 3. Confrontando receita x despesa observa-se que de 2008. A análise, mais detalhada, no final de 0utubro de a AFAGO está no limite para usar sua reserva 2009 mostra o seguinte: financeira, ($6.148,42 em 30/09/2009), e, com 1. A receita da AFAGO provem da contribuição do tendência de piorar a situação, porque a receita corpo de associados: mensalidade de R$10,00 não é atualizada desde 2007 e a despesa está para o associado e de $30,00 para membros dos sendo constantemente atualizada. Despesas Conselhos de Administração e Fiscal. Esta bancarias, por exemplo, eram cobradas quando receita, no valor de $2.900,00/trimestre no ultimo do pagamento do boleto, então, só os boletos trimestre de 2007 – primeira contribuição, foi quitados eram taxados. Agora, todos são caindo ao longo do tempo e se estabilizando, com taxados, quando entram no sistema de cobrança. pequena variação, no valor de $2100,00 por Alem disso, não havia taxa de permanência. trimestre. Portanto, a AFAGO tem hoje receita Agora, paga-se $1,00/boleto/mês ou o mesmo mensal de aproximadamente $700,00. valor para elimina-lo do arquivo. 2. As despesas mensais, com pequenas variações: 4. Sugestão de um caminho para reverter este telefone e internet ($180,00); energia elétrica quadro, é agir, com agressividade, usando as ($15,00); correios – postagem de 200 copias do reservas para contratar um atendente para o boletim informativo bimestral $200,00, postagem escritório da AFAGO, com três funções básicas: de 63 boletos por trimestre $63,00. Portanto, o Incrementar a arrecadação através de correios despesa mensal ($121,00); taxa de cobrança efetiva dos boletos devidos; condomínio ($195,00); IPTU ($40,00); Despesas o Incrementar o quadro de associados; bancárias - $2,30 para cobrança de um boleto e o Prestar serviços efetivos de escritório ao mais $1,00/boleto para eliminar, do arquivo, quadro de associados, criando ambiente aqueles que não foram pagos. Quando não agradável e atraente e prestando o eliminadas, vence $1,00 por boleto por mês para serviço e a informação solicitados. manutenção do código de barras. Portanto, despesa bancária mensal gira em torno de ($60,00); material de escritório: etiqueta gomada, envelope e papel, gira em torno de ($30,00); manutenção do “web site” Afagouveia.org.br, ($7,90), mais o registro anual que custa ($30,00). Assim total das despesas mensais gira em torno de $650,00. BOLETIM DA AFAGO Página 03 RAIMUNDO NONATO DE MIRANDA CHAVES Tesoureiro POESIAS A magia da noite! No firmamento, Uma estrela cadente Rasga a escuridão! Outras estrelas, brincando De esconde-esconde Afastam, dela, a solidão! A lua passeia majestosa E... Ao longe, uma serenata. Faz-se ouvir. Tudo é quietude, Até para o cão, Na rua deserta, A latir! Calam-se os soluços d’alma. Afasta-se a ansiedade. Reina só a emoção! A noite se faz cenário À paz e à saudade Que lhe afloram O coração! Madrugada! Insônia! Agasalha-se! Sente frio? Ou lhe falta Humano calor? Por onde andará O seu amor? As horas passam... Só não passa, dela, A solidão! De repente... Ruídos na calçada! Transeuntes rumo ao trabalho, Crianças, a caminho da Escola! A cidade acorda... Novo dia amanhece! Ela, a solidão esquece! Com o amanhecer, Nova promessa de vida Acontece! Perdão, Senhor! Homens-bomba jovens, Fortes, saudáveis, A se auto-destruírem. Em nome de Deus Que é perdão, Matam-se, pra matar O próprio irmão! Entretanto, Aqui e alhures, Milhares a querer Nova vida começar, A saúde obter, E mais tempo Pra viver, Como se pudessem, enfim, Adiar o próprio fim! Perdoa dos homens-bomba, Senhor, a ousadia, o jeito, De tua vontade contestar, Têm por seu deus, Amor, fé, respeito! Fazem-no por Alá. É o modo de a ele Bendizer e adorar! Nós, cristãos autênticos, Sabemos da tua Onipotência! És Pai, Amigo, Irmão, És bondade e paciência, És amor, és compreensão! TEMPESTADE! Está só. Tem medo Do clarão do raio, Da escuridão da noite, Do roncar do trovão, Do assobiar do vento. Porém, ora e pensa... -São fenômenos atmosféricos, Deus me protegerá! Já não teme mais! No silêncio, reflete: -Qual a maior tempestade? Esta da Natureza Ou a tempestade d’alma, Quando, nos conflitos da vida, Descrente ou ateu, Não se tem a quem confiar, Não se tem Deus por guarida, Não se tem Deus Para amar? Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro Gouveia, lugar pra gente morar... Lugar que mora na gente! Alunos da 5ª série de 2008. da És o verdadeiro Deus, Perdoa, deles, a crueldade. Considera, apenas, ingenuidade, Burlarem os planos Teus! Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro BOLETIM DA AFAGO Página 04 professora Sueli Vieira Ferreira – Escola Joviano Aguiar. Gouveia, cidade hospitaleira Lucas Ávila – 5ª B1 Gouveia Ana Luiza Gonçalves – 5ª B1 Gouveia, terra hospitaleira De Santo Antônio e Maria Gouveia A cidade de Gouveia Da capelinha e das serras Já foi uma aldeia. Da kobufest e de lindas cachoeiras. Com suas deslumbrantes serras Que linda terra! Para alegria de todos É destaque na educação A cachoeira de São Roberto Aqui todos os moradores Têm muita fé no coração. É uma linda paisagem Os nossos visitantes Acreditam que é miragem. Pra falar da natureza Não preciso me esforçar Aqui a natureza é mais bela A Avenida JK Do que em qualquer outro lugar! É o centro da cidade, Na pracinha uma fonte E ao redor, belos horizontes! Gouveia Jhosefer de Souza – 5ª B2 Gouveia, terra de muitas belezas Os alunos gouveianos Pássaros, árvores e lindas cachoeiras! Tem uma boa educação. Aqui temos boas escolas Gouveia, nunca te esquecerei E professores de bom coração. Pois eu sempre te adorei! O povo gouveiano Gouveia, quem deu origem ao seu nome? É bastante hospitaleiro - Uma senhora chamada Maria Gouveia! Afinal temos a graça Do grande povo mineiro. Gouveia, nunca te esquecerei Porque outra cidade nunca amarei! A beleza da natureza Faz a gente se encantar Gouveia, lugar maravilhoso Vamos juntos preservar Com muitas serras e cachoeiras O que Deus pôde nos dar! Gouveia, te quero sempre Bonita, feliz e hospitaleira. BOLETIM DA AFAGO Página 05 UTILIDADES E INUTILIDADES Receita: como cozinhar um ovo Uma amiga me contou maravilhada sua grande descoberta: após dois anos de casada, finalmente, aprendeu a preparar um ovo cozido. Eis a receita para a Neuza colocar em seu caderno. Primeiro você vai à geladeira e escolhe um ovo. Para ter garantia de que está em condição, encha uma vasilha com água e mergulhe o ovo. Se ele flutuar, jogue-o a na lixeira. Esse não presta. Retorne à geladeira e teste outro ovo. Flutuou novamente? Então está estragado. Repita o exercício até encontrar um ovo que não flutue. Todos estavam estragados? Que pena! Vá à mercearia e seja mais cuidadoso dessa vez. Diga para o balconista que os ovos que comprou não prestavam e que agora quer ovos perfeitos. O balconista informa que ovos têm data de validade. Ah! Então foi por isso. Agora não precisa de nenhum teste. Escolhida a vasilha, pode ser uma caçarola, adicione água suficiente para cobrir o ovo. Coloque a vasilha no fogo, acenda a trempe e aguarde a água mornar levemente. Está morna? É hora de levar o ovo à panela, ou caçarola. - Não pode deixar a água ferver para colocar o ovo na panela – ensinou minha amiga – com água fervendo ele estoura. Levado ao fogo, deixe a água ferver por três minutos. Agora pode retirar. Para servir, é preciso quebrar a casca do ovo, colocá-lo no prato e, ao lado, o saleiro. O ovo fica durinho e, com um pouco de sal, muito saboroso. Prezado leitor, se você já sabia de tudo isso, está habilitado a encarar outros desafios da arte culinária. De posse desse saber, minha amiga jamais decepcionou seu marido quanto ao domínio da cozinha. Sua descoberta mais recente - recebeu inúmeros elogios - foi a de ferver água para servir chá. Esta, porém, eu não conto. Quero deixar você encucado. A infusão do chá é segredo de minha amiga que ela só revela aos íntimos. Ceia de Natal só para amigo Aguardem na próxima edição receitas especiais de jovens gouveianos subsetenta: Antecipamos o nome dos pratos: Feijoão; Osmarcarrão; Arrozmeu; e Raulmelete. São pratos de elevada elaboração para serem apreciados uma única vez, de autoria de quatro irmãos da família Tameirão Martins de Oliveira. Você vai se deliciar! O telefone do doutor Raimundo Eu estava precisando telefonar para o nosso diretor – professor doutor Raimundo Nonato Miranda Chaves. Chamo-o sempre de Magnífico Doutor. De fato, ele é muito mais do que isto. Para tal, BOLETIM DA AFAGO Página 06 contei com os préstimos de nosso Presidente, o doutor Waldir Ribas. Liguei. Doutor Waldir atendeu do outro lado: - Alô! - Oi, doutor, tudo bem? - Conversa pra lá.... - Conversa pra cá ... Finalmente o motivo da ligação: - O senhor tem o telefone do doutor Raimundo? - O telefone eu não tenho. Fica na casa dele. Aqui eu só tenho o número que serve para você discar ou digitar. Popô vai ser negociado. O Cleuber comunicou-nos e pediu que este Boletim informasse em primeira mão que o Popô, também conhecido como José Raimundo Monteiro – dados de sua carteira de identidade – está prestes a ser transferido para um grande time do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Faltam alguns detalhes, mas segundo Cleuber, o mais importante já está resolvido. Eles calculam que o passe do Popô vale tanto quanto o de Tostão, quando o Cruzeiro o negociou com o Vasco. O valor do passe está garantido pelo descolamento de retina. A condição de craque não é posta em dúvida. Falta apenas um laudo seguro dos médicos de Belo Horizonte. José Moreira de Souza AS COLHERES DE CABO COMPRIDO – Geraldo Augusto Silva Conta uma lenda que Deus convidou um homem para conhecer o céu e o inferno. Foram primeiro ao inferno. Ao abrirem uma porta, o homem viu uma sala em cujo centro havia um caldeirão com uma substanciosa sopa. À sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo muito comprido, que lhes possibilitava alcançar o caldeirão, mas não permitia que colocassem a sopa na própria boca. O sofrimento era grande. Em seguida, Deus levou o homem para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta, com as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados. Não havia fome, nem sofrimento. ‘Eu não compreendo’, disse o homem a Deus, ‘por que aqui as pessoas estão felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual?’ Deus sorriu e respondeu: ‘Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros.”’ Moral: Temos três situações que merecem profunda reflexão: 1. Egoísmo: as pessoas no ‘inferno’ estavam altamente preocupadas com a sua própria fome, impedindo que se pensasse em alternativas para equacionar a situação; 2. Criatividade: como todos estavam querendo se safar da situação caótica em que se encontravam, não tiveram a iniciativa de buscar alternativas que pudessem resolver o problema; 3. Equipe: se tivesse havido o espírito solidário e ajuda mútua, a situação teria sido rapidamente resolvida. Conclusão: Dificilmente o individualismo consegue transpor barreiras; o espírito de equipe é essencial para se alcançar o sucesso; uma equipe solidária e participativa vale mais do que um batalhão de pessoas com posicionamentos isolados. Vale para qualquer área de sua vida, especialmente a profissional. E, lembre-se sempre: A alegria faz bem à saúde; estar sempre triste é morrer aos poucos. Andréa Gama Chaves escreveu de São Paulo, no dia 12 de setembro: Meu Querido Pai Raimundo Nonato, Mais uma vez ficamos orgulhosas por ver que sua personalidade empreendedora e inovadora consegue semear valores por todos os caminhos onde passa. A iniciativa do “portal de mensagens” tem grande potencial de agregar valor à administração publica do Municio de Gouveia sendo um facilitador para alcançar o objetivo maior de um governante: governar para o povo. Ficamos aqui nesta cidade enorme torcendo para que compreendam o valor de uma simples iniciativa como a sua, pois acreditamos no ensinamento que nos deu e que carregaremos sempre que é muito bem traduzido através da “Fabula do Leão e do Beija-flor” ... (fica aqui a dica para publicá-la!) José Moreira de Souza comentou: . Magnífico professor doutor Raimundo. Estou feliz ao ler a mensagem de sua filha, vindo da megalópole, São Paulo. Dessa dimensão ela pode contemplar sua grandeza de espírito. Vamos publicar a fábula “O Leão e o Beija Flor”. Estou mais feliz ainda ao ver que sua iniciativa semeia adeptos na posteridade. Nossa AFAGO não é apenas reunião de saudosistas, mas especialmente dos gouveianos e amigos de Gouveia que acreditam no Desenvolvimento Humano como o propõe o PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Entendendo Desenvolvimento como ampliação das opções oferecidas a um povo. Sei que é nisso que você acredita e é por isso que você luta. Do Camilinho para o Mundo! BOLETIM DA AFAGO Página 07 O Leão e o Beija Flor Fábula é um conto erudito com profundas raízes populares. Nosso folclore não registra a presença do Leão no imaginário brasileiro. Sem a mesma pompa, comparece a onça. Vale notar, onça e não o macho da onça. O conto o Veado e a Onça é nosso velho conhecido. Já no folclore português, o Leão comparece com a pompa de Rei dos animais. Em um deles, disputa com o grilo e descobre a existência de três reinos: o dos bichos, comandado pelo grilo, o dos animais, chefiado pelo Leão e de Cupido como Rei dos amantes. A elevação do leão como Rei absoluto é questionada pela fábula lembrada pela Andréa. Outras fábulas são total elogio à sabedoria do leão-rei como a conhecida de La Fontaine cujo título, segundo tradução do Barão de Paranapiacaba é “O Leão em preparativos de Guerra”, tradução do francês de “Le Lion s’en allant en guerre” é elogio total ao rei de saber absoluto. Já a fábula aludida é a de um rei tolo. Vamos a ela – a fábula. O Leão é o rei de todos os animais, mas impotente diante das intempéries da natureza. Todos vivem contentes debaixo de seu poder até que a savana torna-se cenário de um grande incêndio. Vive-se o momento do “salve-se quem puder”. Correria geral, pânico. Apenas um pequeno beija-flor se dá conta de que do fogo se defende com água. Incontinenti, o pequeno beija-flor corre à fonte, enche o papo de água e retorna à savana em chamas. Vai e volta, vai e volta! Mais uma vez, vai e... na volta se depara com o Leão apavorado. O pomposo Rei pára um instante a correria e, espantado, interpela o Beija-flor. - Que é que está fazendo? - Levando água para apagar o incêndio da savana. - Bem se vê que seu miolo é muito pequeno. Eu que sou o Rei só estou cuidando de salvar minha pele e manter intacta minha juba e lá vem você com esse ar de salvador do mundo. - Ih! Essa conversa já me fez perder uma viagem. A água toda que levava escorreu pelo meu bico. Seu Leão, não sei se vou acabar com o fogo, mas sei que fogo tem medo de água, com água se apaga fogo. É isto que estou fazendo. Quer ajudar ou quer correr? Essa proposta da Andréa é um bom desafio para todos nós. Como na AFAGO não há nenhum leão, falta acrescentar à fábula mais um mitema: Nisso os demais beija-flores seguiram o exemplo, e num vai-e-volta incessante se puseram a colher água e conseguiram apagar o incêndio. Logo, em seguida, uma chuva torrencial lavou as cinzas, as árvores floriram e os beija flores festejaram a natureza. Nunca viram tanta flor. Ao criar mais essa versão da fábula, veio-me à mente o belíssimo poema de Castro Alves: “A queimada”. Convido o leitor a se deliciar com ele, ali não há leão. Nos Gerais o poeta encontra, porém, a corsa e o tigre irmanados no medo, pela visão do fim. José Moreira de Souza Artigos O PASSAR DOS TEMPOS Adilson do Nascimento Engraçado, como a vida muda com o passar dos tempos! Engraçado? Seria mesmo? Melhor, talvez, Interessante, como a vida muda com o passar dos tempos! Interessante? Talvez não. Então, vamos lá: Assombroso, como a vida muda com o passar dos tempos! E olha que não é tanto tempo assim. Dia desses assisti a um advogado amigo meu, chefe do serviço de cobrança contenciosa de uma empresa de crédito, apresentar para um devedor uma cédula de crédito (antiga nota promissória) assinada, inclusive por avalistas, no valor de R$ 10.000,00, vencida há mais de quarenta e cinco dias. Vi, estarrecido, o devedor, um empresário de posses, bem sucedido, dizer o seguinte: - você pode mandar me executar (cobrança judicial), pois eu não tenho condições de lhe pagar. Não tem condições? Perguntei eu, cá com o meu paletó. Como não tem? Afinal ele não pediu o empréstimo? Não pegou e usou o dinheiro? Aceita ser executado? Sofrer um processo judicial por falta de pagamento? Sofrer restrições de crédito no cartório, na SERASA, no Banco Central? Ficar com o nome sujo? Aí, fiquei relembrando o meu tempo de “criança pequena lá em São Roberto”. Hoje, já dá para pensar até no cavalo. Ele ficava ali, apenas amarrado, com sela, rédeas, cabresto e dois alforjes (sacolas de couro que ficavam presas ao encosto da sela e serviam para carregar pequenos objetos). Ninguém tocava no animal, nem nos seus arreios. Roubálo? Nem pensar! Eu entrava na loja, por opção procurava Juca ou Tonico, e entregava a lista e a caderneta. Eles davam uma conferida e as guardavam avisando que depois levariam os mantimentos lá em casa, na fábrica. Realmente, mais tarde, ou Tonico, ou Geraldo (Juca, jamais), batia na nossa porta com um burrinho carregando dois balaios feitos de tiras de bambus entrelaçados, que conduziam a nossa compra. Deixava tudo na cozinha, devolvia a lista e a caderneta que agora estava anotada com a relação das compras e os seus valores, uma a uma. Santa confiança! Aquela caderneta era a única prova de que teria havido uma compra e uma entrega. O seu sumiço, acidental ou proposital, impossibilitaria aos donos da loja reivindicar qualquer pagamento do material fornecido. E olha que esse procedimento se repetia com quase todos os empregados da fábrica que moravam na vila residencial de São Roberto, com quase toda a população da Gouveia e, ainda, com alguns moradores de vilas próximas, a exemplo de Barão, Cuiabá, Pedro Pereira etc. Era o tempo em que se “amarrava cachorro com lingüiça” e ele não se soltava. Meu pai, no início de cada mês, saía cedo para a fábrica, onde era carpinteiro da melhor qualidade, e deixava sobre a mesa da sala uma lista dos mantimentos que eu deveria ir até a Gouveia para comprar, e junto havia uma caderneta de anotações das compras. Quando a fábrica efetuava o pagamento dos salários do mês o meu pai somava a caderneta, separava o dinheiro e, de novo, lá ia eu para a Gouveia, a pé, levando o dinheiro nos bolsos da calça curta, ou a cavalo, com o dinheiro dentro dos alforjes. Eu selava um cavalo pampa que ele tinha e que ficava no pasto da fábrica atrás da igreja e trotava para a cidade a fim de cumprir a determinação. Qualquer pessoa que encontrasse comigo, então com dez anos (1957) na estrada de terra (três quilômetros) que ligava a fábrica à cidade saberia que eu estava conduzindo uma boa quantidade de dinheiro, sem qualquer proteção. Lá chegando, amarrava o cavalo a um poste de madeira existente no Beco (não lembro o nome), em frente às portas laterais da “Venda de Mário”. No entanto, nunca fui molestado por quem quer que seja. Nunca tive problema para conduzir aquele dinheiro. BOLETIM DA AFAGO Página 08 Quando chegava à loja eu, propositadamente, procurava por Juca de Mário (que viria a ser futuramente um dos meus melhores amigos, meu conselheiro e padrinho político) para que ele recebesse o pagamento. Ele, então, conferia a soma da caderneta, contava o dinheiro, me passava o troco, quando havia e ainda me entregava uma lata retangular de goiabada ou marmelada Colombo, como prêmio pela assiduidade do pagamento. O doce, além de ser muito gostoso, proporcionava a oportunidade de usar a lata, vazia, como marmita, para que eu e meu irmão Irany levássemos alguma comida para o “Mato dos Bois”, quase na divisa dos terrenos da fábrica, com Datas, onde nós dois tirávamos lenha, que alimentava o fogão da nossa casa. Tempos bons! Já tive oportunidade de dizer que nós da São Roberto daqueles tempos éramos felizes e não sabíamos. Se tudo era feito na base da confiança, sem qualquer amarração jurídica, sem qualquer documento, sem qualquer testemunha, com as negociações sendo intermediadas por uma criança que cursava o quarto ano primário da sala de Dona Ritinha, no Grupo Escolar “Aurélio Pires”, como pode hoje, alguém dizer que não paga, mesmo estando a dívida documentada e esse alguém reconhecendo ser o devedor? Por que será que mudou? Ou melhor, o que será que mudou? Mudou o mundo ou as pessoas? Seria Rui Barbosa um profeta ao prenunciar que o homem haveria de ter vergonha de ser honesto? O fato é que hoje a honestidade que nunca deveria ser uma virtude e sim uma obrigação, passou a ser a exceção. A esperteza, a desonestidade é que se configura como regra, numa inversão de valores que eu gostaria de nunca ter vivido. Seria culpa da evolução dos costumes? Seria culpa do progresso? Da televisão? Da globalização? Quem souber que me escreva. GOUVEIA NO TERRITORIEDADE CONTEXTO DA Roberto Alves Nunes No ano de 2004, iniciei minha participação profissional, juntamente com a sociedade civil, dos 11 (onze) municípios que compõem a Bacia do Rio Corrente, no Estado da Bahia, buscando empoderar a sociedade, sua “CIDADANIA”. BOLETIM DA AFAGO Página 09 Neste espaço democrático, oportunizado pela AFAGO, gostaria de compartilhar com os senhores, esta discussão, fazendo assim uma chamada à sociedade Gouveiana, para esta discussão. Em razão da dinâmica que gostaríamos de implementála, dividimos em CAPÍTULOS, oportunizando a todos a interatividade através do site da AFAGO (MENSAGENS), onde procuraríamos interagir com todos, respondendo os questionamentos que por ventura os leitores os tenham. CAPÍTULO 01 A necessidade em implementar ações que busquem o desenvolvimento econômico, e a redução das desigualdades sociais, passa pelo desafio de levar cidadania, melhoria da renda e qualidade de vida de todo o povo brasileiro. Nesta perspectiva, o Programa “TERRITÓRIOS DA CIDADANIA”, desenvolvido pela sociedade civil, em parceria com os poderes públicos, (federal, estadual e municipal), é uma estratégia de desenvolvimento regional sustentável, objetivando atender os anseios da sociedade Os Territórios foram definidos com base em conjuntos de municípios com características econômicas e ambientais comuns, e com identidade e coesão social, cultural e geográfica, pois estes têm os seus pontos fracos, pontos fortes e visão de futuro, semelhantes, facilitando assim a união de forças, para o planejamento de ações, e por conseguinte o seu desenvolvimento regional. Neste contesto a nossa querida Gouveia, esta inserida no “TERRITÓRIO DA CIDADANIA DO ALTO JEQUITINHONHA”, conjuntamente com os seguintes municípios: Angelândia, Aricanduva, Capelinha, Carbonita, Coluna, Couto de Magalhães de Minas, Datas, Diamantina, Felício dos Santos, Gouveia, Itamarandiba, Leme do Prado, Minas Novas, Presidente Kubitschek, Rio Vermelho, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves, Serra Azul de Minas, Serro, Turmalina e Veredinha. Os Territórios apresentam um tipo de organização denominada COLEGIADO TERRITORIAL, o qual reúne, em sua composição, organizações da sociedade civil, e governamentais, cujo objetivo é realizar a gestão social do Território, formulando, articulando, implementando e exercendo o controle social de políticas • Adotar a abordagem territorial como referência conceitual nos processos de desenvolvimento sustentável. • Estimular a construção de alianças dentre os atores sociais que favoreçam o compartilhamento de responsabilidades, a formação de parcerias, a atuação solidária, a coesão social e territorial. • Estimular a articulação entre as demandas sociais e as ofertas das políticas públicas. Seus objetivos são: • Colaborar para a ampliação das capacidades humanas, institucionais e de gestão participativa dos Territórios, • Promover e apoiar o processo de construção e implementação de planos territoriais de desenvolvimento sustentável, • Apoiar a articulação dos Arranjos Institucionais em torno dos programas e projetos dos Territórios, • Promover o desenvolvimento harmônico de regiões onde predominem agricultores familiares e beneficiários da reforma e do reordenamento agrário. • Representação e exercício da cidadania; • Participação para a gestão de bens públicos; • Expressão de visões, demandas projetos diversos; • Partilha de poder decisório; • Apoio a mecanismos de governança; • Aprendizado coletivo e expressão de experiências; • Manifestação de interesses e demandas; • Negociação e expressão de conflitos. CAPÍTULO 02 (¹) “O Governo Federal, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial – SDT, criada em 2003, subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, nesse mesmo ano, iniciou a implementação do Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais – PRONAT, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento com sustentabilidade de Territórios Rurais através do apoio a organização e ao fortalecimento institucional dos atores sociais locais na gestão participativa do desenvolvimento e da implementação de políticas públicas. A partir daí, desencadeou-se uma grande mobilização, partindo das organizações governamentais, não governamentais, além de lideranças dos movimentos dos (as) agricultores (as) atuantes no segmento da agricultura familiar do Território Alto Jequitinhonha, para que o referido Território pudesse se credenciar a participar da construção desse novo modelo de política pública, tendo sido um dos cinco primeiros do Estado de Minas Gerais a ser selecionado, segundo os critérios do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável, com destaque para a presença significativa de agricultores (as) familiares; presença de assentados (as) e reassentados (as) da reforma agrária, quilombolas e a quantidade e diversidade de organizações representativas dos (as) agricultores (as) familiares no território. O referido Território se identificou com o conceito adotado pela SDT, como sendo: “Um espaço físico, geograficamente, definido, geralmente contínuo, compreendendo cidades e campos, caracterizados por critérios multidimensionais, tais como o ambiente, a economia, a sociedade, a cultura, a política e as instituições, e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que se relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e territorial” (SDT/MDA, 2004). Como participar: Passo agora citar parte do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável – PTDR, desenvolvido pelo Grupo Gestor Territorial, CIAT, e o Conselho para Implementação de Ações Territoriais; novembro de 2006 BOLETIM DA AFAGO Página 10 Buscando a consolidação do Programa, necessário foi à elaboração do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável – PTDRS, que é um documento construído pelos atores sociais do Território Alto Jequitinhonha, com o objetivo de nortear as ações territoriais, adotando como princípios: o planejamento participativo, a gestão coletiva, o desenvolvimento e empoderamento de pessoas participantes do processo. Contempla a trajetória da instalação do programa, bem como a metodologia utilizada, informações sobre a realidade sócio-econômica do Território e sobre os eixos definidos como prioritários, para adoção de estratégias de ação, visando potencializar o desenvolvimento sustentável territorial. Através de oficinas realizadas com a participação expressiva dos representantes dos (as) agricultores (as) familiares, foram priorizados no primeiro encontro em 2003, os seguintes eixos para investimentos em infra-estrutura: Apicultura, Fruticultura e derivados da Cana-de-açúcar, além de um eixo de Qualificação de Conselheiros do CMDRS. Em 2004 houve a inclusão do eixo Derivados do Leite e também reforço no Fortalecimento da Organização dos Grupos de Agricultores (as) Familiares. Em 2005 foram acrescidos os eixos de Meio Ambiente e Educação. ASPECTOS METODOLÓGICOS PLANEJAMENTO DO O processo de elaboração do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Alto Jequitinhonha – PTDRS contemplou as seguintes fases: 1- Mobilização das lideranças representativas dos (as) agricultores (as) familiares do território, através do I Fórum Territorial realizado em 2003, na cidade de Carbonita, para socialização da proposta de instalação do Território Alto Jequitinhonha. Houve a participação de mais de 300 pessoas representando as Organizações e Instituições Governamentais e Não Governamentais ligadas á agricultura familiar. Nessa oportunidade foi criada a Comissão Gestora Provisória do Território – CIAT; 2- Realização de reuniões nos 21 municípios em 2003, para socialização da instalação do Território em nível de município e fazer a proposta de adesão e comprometimento dos atores sociais ao Programa de Desenvolvimento Territorial; 3- Realização de 21 oficinas nos municípios em 2003, com a participação de 15 Conselheiros (as) em média por oficina, para aprofundar os conceitos de Território, elaborar um diagnóstico sobre a situação atual e seleção das prioridades de projetos a serem implementados na área de abrangência do Território. Foram indicados dois representantes de cada município para fazerem parte da Comissão Territorial. Na ocasião foram utilizadas técnicas de Diagnóstico Rápido e Participativo – DRP; BOLETIM DA AFAGO Página 11 4- Realização da I Oficina Territorial, em outubro 2003, em Itamarandiba, com aproximadamente 100 pessoas, representantes dos diversos segmentos ligados à agricultura familiar, para definição dos eixos a serem priorizados com projetos de infraestrutura. Foram definidos 3 eixos para investimentos: Apicultura, Derivados da Cana de Açúcar e Fruticultura, • Qualificação de Lideranças de Agricultores (as) Familiares; • • 5- Definição de uma equipe e estratégias para elaboração de Projetos Territoriais (versão 2003). Esse processo incluiu o levantamento e organização das informações já existentes no Território; a sistematização das informações geradas nas oficinas municipais; a elaboração de projetos técnicos que contemplam as prioridades definidas pelos(as) agricultores(as) familiares e suas representatividades (Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável -CMDRS, Sindicatos de Trabalhadores Rurais –STR e Associações Comunitárias Rurais); 6- Para elaboração dos Projetos Territoriais (versão 2004), houve uma II Oficina Territorial, oportunidade de avaliação dos projetos que estavam sendo implementada, discussão sobre as dificuldades surgidas e sugestões e encaminhamentos diversos. Optou-se pela manutenção dos eixos priorizados em 2003, além da inclusão de projetos nos eixos de Derivados do Leite, com destaque para o Queijo Artesanal. Decidiu-se por uma atuação mais específica no fortalecimento e organização dos CMDRS, além da qualificação para elaboração e ou atualização dos Planos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável – PMDRS-. Novamente foi constituída uma equipe para elaborar os projetos, contemplando maiores informações sobre a realidade sócio-econômica e ambiental do Território. Nesse planejamento, priorizou-se a necessidade de se elaborar um Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável – PTDRS, que contivesse um diagnóstico sistematizado, com registros da metodologia utilizada e o detalhamento dos programas definidos para intervenção dentro do Território. O documento deverá ser socializado em um Fórum a ser realizado com a participação dos diversos segmentos da sociedade, principalmente instituições representativas dos (as) agricultores (as) familiares; 7- Em setembro de 2005 foi elaborado o Estudo Propositivo para Dinamização Econômica do Território Alto Jequitinhonha. Esse documento contém dados secundários consolidados; análise de estudos e planos realizados para o Território em questão; análise de projetos apoiados pelo Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, infra-esturura (2003 e 2004); a sistematização sobre os principais sistemas produtivos em interface com os dados secundários; 8- No período de outubro a dezembro de 2005 foram realizadas duas oficinas municipais em cada um dos 21 municípios componentes do Território conforme descrito no item 6, sendo que ambas geraram relatórios com informações úteis á elaboração do PTDRS. 9- Em março de 2006 foi constituído um grupo de representantes de várias instituições e de agricultores familiares componentes do Território para elaborar o PTDRS, utilizando informações do Estudo Propositivo (item 7) , relatórios de Oficinas Municipais para elaboração de PMDRS, dados secundários disponibilizados por instituições e pesquisa em diversas fontes na rede mundial de computadores (Internet). O PTDRS seguiu as orientações da SDT. Os membros desse grupo foram divididos em subgrupos temáticos, a saber: Agropecuária, Educação, Saúde, Meio Ambiente e Cultura; 10- De maio a outubro de 2006 foram realizadas várias reuniões dos subgrupos acima descritos para trabalhar na construção do documento e fazer uma análise preliminar do conteúdo já elaborado. 11- No período de 17 a 18/10/06 foi realizada uma Oficina Territorial para fazer uma abordagem do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável, também sobre Gestão Social e fazer uma apresentação da primeira versão do Plano Territorial do Alto Jequitinhonha. O evento contou com a participação de representantes de 16 municípios do Território. 12- No período de 28 a 29/11/2006, foi realizado um Fórum Territorial em Diamantina, para socialização do PTDRS, com a participação de agricultores (as) familiares, lideranças rurais e representantes de instituições dos municípios membros do Território. “ (¹) TERRITORIAL, Grupo Gestor CIAT. “Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Alto Jequitinhonha – PTDRSL”, Conselho para Implementação de Ações Territoriais; MDA Brasília, 2006 BOLETIM DA AFAGO Página 12 VULTOS DA HISTÓRIA E CULTURA DE GOUVEIA. Data: 19-08-09 Ao homenagearmos, como vultos, pessoas que contribuíram para a construção da história e cultura de Gouveia, não podemos esquecer alguém que ao longo de sua vida dedicou-se à música e se destacou ensinando, compondo e tocando, atuando nas Bandas de Música de Gouveia – em suas várias formações. Atuou, também, em Bandas das Cidades vizinhas de Datas e Diamantina; participou de grupos de música popular, tocando em eventos carnavalescos e de “chorinhos”. Aqui, uma homenagem a José Francisco Chagas, o Chico de “Sá Bernardina”, um vulto de nossa história e nossa cultura. Alvanir Lima A Deus, José Francisco Por São Chagas.* Filho de Ourives O mineiro José Francisco Foi um garimpeiro de diamantes E lapidador Lapidador da sua própria vida Das idéias, das pessoas. Sua voz pausada e mansa Desconsertava e consertava pessoas Foi feliz em casar-se com a encantadora Carmelita Saraiva Que dele teve nove filhos e vieram doze netos. Contador de histórias, contava-nos história do mundo, Que sempre resultavam em lições. Músico, emocionava a todos com seus acordes musicais Professor de música, professor da vida, Ensinou a muitos, mas acima de tudo, foi um grande aprendiz Um autodidata sem igual, que fez de sua vida Uma oração. * São Chagas, Maria da Conceição Chagas Souza, filha, compositora, é a autora de “A Deus, José Francisco” homenagem escrita em 18 de novembro de 2004. A Internet pode ser muito útil Raimundo Chaves Para efeito deste artigo, Internet, grande rede mundial, “world Wide Web” ou, simplesmente, Web são termos e palavras equivalentes. Você que navega ou surfa na web, certamente, já fez “download”, isto é, já baixou arquivos da web. Baixam-se arquivos de som, de texto, de imagem ou de vídeo; sem dúvida, uma ação importante, mas muito mais estimulante é a ação inversa, conhecida como “upload” que consiste em colocar arquivos na Internet. A primeira é uma ação passiva, de consumidor; enquanto, a segunda é uma ação ativa, de produtor; ao exercê-la o agente interfere no sistema, ele cria, ele põe algo de seu. A ação de “uploading”, descrita por Thomas L. Friedman em O Mundo é Plano , como “O Poder das Comunidades” é considerada por ele uma das forças que tornaram o mundo plano. A interferência no sistema por agentes das comunidades tem se verificado em, pelo menos, três dimensões. A primeira dimensão é a criação do “software” aberto, isto é, de uso gratuito, por exemplo, o “Apache” criado por uma comunidade auto-estabelecida de fissurados em computadores, liderados por Brian Behlendorf, estudante de física de Berkley USA. A importância do Apache é indiscutível; lembre-se, por exemplo, o caso dos e-mails. Alguém lhe envia um e-mail e desliga o computador, o seu PC também está desligado; onde você imagina que o e-mail fica armazenado até você acessa-lo? Onde está armazenado o sitio Afagouveia.org.br, ou o Portalgouveia.com.br? Muito bem, isto funciona, com os PC’s desligados, porque existe um programa, denominado Servidor, que armazena estes arquivos e, quando solicitado, os entrega a browsers como o Internet Explorer, o Firefox ou o Netscape. Um destes programas é exatamente o Apache que está instalado em dois de cada três computadores (nó da grande rede, não PC) no mundo. O Apache criado por uma comunidade de jovens que simplesmente queria mostrar ao mundo que podiam fazer coisa melhor do que as grandes empresas do ramo e, de graça. Uma vez criado e testado o Apache foi encampado pela IBM, gigante dos computadores, que cuida da sua manutenção. Dois outros exemplos de “software” livre, isto é, de uso gratuito: o sistema operacional Linux, criado sobre a proposta original de Linus Torvalds, estudante de Helsinki - Finlandia, concorrente do Windows da Microsoft. O browser Firefox criado por Blake Ross estudante de Stanford - USA e o neo-zelandês. Ben Goodger. O propósito é mostrar que jovens geniais lideraram o desenvolvimento de programas de computador, nas mais diversas áreas, tais como sistema operacional, servidor, e browser, todos com uma aceitação fantástica no mundo. Observa-se, também, que tais jovens não residem, necessariamente, nos paises centrais e desenvolvidos. A segunda dimensão é a criação da “Wikipedia”, denominada a enciclopédia do povo. Resultou de projeto criado por Jimmy Wales. Ao acessar o sitio www.wikipedia.org, você verá um globo terrestre construído como um quebra-cabeça inacabado; ao redor desta imagem, lê-se o número de artigos: em inglês – 3033000; em alemão – 955000, em francês – 850000; em português – 507000. e mais de 200 outras línguas. Considerando, por exemplo, cerca de 3 milhões de artigos em inglês; se cada artigo for igual, aproximadamente, a uma página de livro, então, ter-seá 3000 livros de 1000 páginas cada um. Se a espessura de tal livro for de 4 cm. Então, serão necessários 120 metros de prateleiras para colocar a enciclopédia. Tudo isto construído pelas comunidades que acessam a internet, abrem o sitio e colocam ali seus artigos. Você pode fazer isto, se quiser dar sua colaboração. Importante ressaltar a incrível aceitação da idéia original e a disposição das pessoas em contribuir. A terceira dimensão é o Blog. Blog é um neologismo que se originou da expressão Web log, alguém ligou o b ao log ficando: We blog. Daí foi só dar sumiço no pronome We. Blog significa “upload” de notícias e comentários, e transformou-se numa força tremenda. Imagina alguém com um gravador, um celular com câmara e um sitio na web, no mundo plano pode ter sua voz ouvida, coletivamente, por conexão tão longe e tão amplamente quanto qualquer rede de TV ou de Jornais. A próxima geração está crescendo “on line” ao invés de se adaptar quando adulta. O sitio RateMyTeacher.com foi criado por estudantes secundaristas, nos Estados Unidos, para avaliar seus professores. Atingiram, no segundo ano a incrível marca de seis milhões de avaliações de novecentos mil professores de quarenta mil escolas nos Estados Unidos e Canadá. A previsão do futuro, em relação à situação atual, considerando o uso da Internet, já foi expressa como sendo apenas pingos do que será, no futuro, um aguaceiro. O secundarista do Joviano de Aguiar pode fazer o blog para avaliação de seus professores. Se o fizer estará apenas invertendo a ordem estabelecida: professor avalia aluno. Contudo inversão da ordem nada tem a ver com subversão ou com anarquismo. Resultado? Ninguém sabe, ninguém experimentou. Volto à minha tese inicial: o poder da Internet. Em Gouveia, o recém lançado Portalgouveia.com.br conta com expressivo número de mensagens da mocidade gouveiana, além dos artigos da equipe de colunistas; é só esperar para ver como tudo isto irá influenciar na comunidade. Escrevi, até agora, mostrando a amplitude e poder da Internet. Agora, quero mostrar como ela pode ser útil para a comunidade. Minha proposta é construir um blog para acabar ou, pelo menos, diminuir as mazelas do município. Mazela significa desleixo, falta de zelo, desmazelo, são ocorrências tais como: lote vago, aberto e cheio de mato; rede de esgoto quebrada; rede de água vazando; boca de lobo entupida; buracos no calçamento da pista ou do passeio; lixo ou entulho na rua ou no lote vago; estradas vicinais mal cuidadas; pontes caídas ou inexistentes; filas nos postos de saúde; ônibus escolar parado por falta de “estepe”; alunos dispensados das aulas por falta de transporte; trator parado por falta de combustível; fila de aposentados na agência bancária e outras. Muitas outras. O blog seria o instrumento de informação para a administração do município. Tem-se, diariamente, cidadãos presentes na zona urbana, desde a periferia de São Roberto, a leste, até quase margens do Rio de Chiqueiro, a oeste; desde os caminhos para o Arraial Velho, ao sul até a periferia da Bela Vista, ao norte. Na zona rural desde o córrego da Caatinga, a oeste, até Ponte Izabel, a leste; desde Feijoal, ao sul, até Barão de Guaicuy, ao norte. São mais de onze mil pessoas identificando, se possível, fotografando as mazelas e colocando sua mensagem no blog. Ups! exclama o leitor atento. — Como o pessoal da periferia e da zona rural, a maioria semi-analfabeta, coloca a mensagem na Internet? — Envolvendo o filho, o irmão o vizinho, enfim o secundarista que vem, também, da periferia e dos mais longínquos rincões da zona rural, para os colégios: Joviano de Aguiar e Deputado Renato Azeredo (este em Presidente Juscelino) onde têm acesso à Internet. Sem contar o grande numero de estudantes que têm seus próprios PCs. Identificar e eliminar as mazelas é interesse da comunidade e é responsabilidade da administração municipal, e esta responsabilidade deve começar com a criação do Blog das Mazelas. Proponho, para encerrar, a divisão do trabalho: A comunidade identifica a mazela e a Administração publica municipal a elimina BOLETIM DA AFAGO Página 14 No Roseiral da Esperança Aniversariantes Aniversariante Cleuber Alves Monteiro Júnior Dia/mês Maria Terezinha Santos Neuber Rodrigo Pereira Clemilson Alves Monteiro Audrey Regina P. Carvalho Oliveira Raul Martins de Oliveira Laenne Oliveira Santos Terezinha Rosa Ferreira Geraldo Fabiano Chaves Serafim Antônio de Souza Rita Alves Ferreira (Dona Ritinha) Carolina Albuquerque Oliveira Claudinei Almeida Oliveira Ivone de Lourdes de Oliveira Maria Claudia Ribas Juanna Carvalho Oliveira Dalva Ribas Neuza Ribas Neuza de Miranda Ribas Alvanir Alves de Lima Rosely Não se esqueça do abraçoço 5/out 7/out 10/out 15/out 17/out 22/out 28/out 29/out 31/out 1/nov 1/nov 3/nov 4/nov 7/nov 9/nov 14/nov 17/nov 20/nov 20/nov 22/nov 28/nov Fotos para recordação e desafio à memória Arranjo de Afrânio Gomes BOLETIM DA AFAGO Página 15 NORMAS PARA PUBLICAÇÃO Avisos Afago se reúne a cada 15 dias, anote o endereço: Avenida Amazonas 115, edifício Caxias, sala 1709. Acesse e promova http// www.afagouveia.com.br. Você estará em dia com a Gouveia. Atualize seu endereço eletrônico para receber outras informações. Se você tem alguma idéia importante para o desenvolvimento de Gouveia, apresente-a à AFAGO Você recebeu o boleto da AFAGO? Lembrese de que pode quitá-lo em qualquer agência Nosso Boletim aceita artigos, notas, comentários, informes em geral de interesse dos filhos e amigos da Gouveia, desde que encaminhados em meio digital. Formato em Word, fonte arial ou times new roman, corpo 12, espaço 1,5. Identificação do autor. As fotos devem ser encaminhadas já escaneadas em formato jpg. Artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. Boletim da AFAGO Órgão Informativo da Associação do Filhos e Amigos da Gouveia Ano II– N 05 - setembro- outubro 2009. Diretor Responsável – Waldir de Almeida Ribas Editoração Gráfica: José Moreira de Souza Fotos: Afrânio Gomes Expedição; Guido de Oliveira Araújo e Raimundo Nonato Chaves bancária, inclusive nas casas lotéricas filiadas à Caixa Econômica Federal. Informe seu CPF para ser incluido no boleto. Diretoria da AFAGO Presidente: Waldir de Almeida Ribas Vice-presidente: José Mário Gomes Pereira Comunique por e-mail ou por carta para o endereço da AFAGO Comunique datas de aniversário de seus parentes e amigos. Eles gostariam de receber um abraço nesse dia especial. Ao navegar pelo site afagouveia.org.br, deixe sua mensagem de apreciaçâo e sugestões. Geraldo Augusto Silva está implantando em Gouveia o projeto n 6 da AFAGO. Curso “Educação e Valores Humanos” em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Frequente a página “Colunistas” no www.portalgouveia.com.br. Endereço para Correspondência Avenida Amazonas 115 - sala 1709 CEP: 30.180-000 - Belo Horizonte - MG E-mail: [email protected]
Documentos relacionados
Boletim48 - AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia
Uma das grandes preocupações da era moderna, deste século XXI ou, pelo menos, uma das exigências, é pelo conhecimento. Não o conhecimento em si, como diz Zé de Flora, o saber, mas a informação. Com...
Leia maisBoletim09 - AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia
Uma agonia... Não ter, também, mãe, Pra com ela, Tanto amor dividir
Leia maisBoletim44 - AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia
podem contar em caso de apoio. Até o momento, apenas 5 se apresentaram. Adilson do Nascimento, Zayde de Oliveira Gomes Pereira, Milton M. Ferreira de Miranda, Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro e R...
Leia maisEditorial - AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia
contudo, financiar o seu custo que deverá ser repassado entre os ocupantes. Oportunamente poderemos retornar ao assunto. Para os dois próximos encontros já temos oferta de dois outros diretores que...
Leia maisEditorial - AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia
BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA ANO VI N° 04 - JULHO - AGOSTO 2013
Leia mais