A publicação oficial da Society for AIrway Management

Transcrição

A publicação oficial da Society for AIrway Management
Primaverade2016(Vol.21,no1)
ApublicaçãooficialdaSociety
forAIrwayManagement
ÍNDICE––VidePágina:
2 
ContatoseinformaçõesdepublicaçãodeSAM
3 
Funcionários,EquipeEditorial,Administração
4 
DeclaraçõesEditoriais
5 
NovosMembrosSAM
6 
InfomercialdaReuniãoSAM2016
8 MenorSignificaMaisInteligente!
10VencedoresdeCasoInternacionaldoWAMM2015
15  PrêmioSAMporServiçosDisRntos2015
16  Foto-memóriadosVencedoresDSAAnteriores
17  ManobrasdasViasRespiratóriasqueFiz
19FórumE-LightsSAM
22Atualizarpara[Dr.]
23“Spray-as-you-goModificada”–umaNovaMudança
Primaverade2016 (Vol. 21, n o 1)
ApublicaçãooficialdaSociety
forAIrwayManagement
AAirway Gazette é publicada trimestralmente
todo ano, da seguinte forma:
Primavera, Verão, Outono e Inverno.
Contatos:
5753 Tanager St., Schereville, IN 46375
Telefone 773-834-3171
O material publicado na Airway Gazette é
de propriedade da Society for Airway
Management, e não pode ser reproduzido
sem autorização por escrito.
Website SAM: samhq.com
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Editora-Chefe
Dra.KatherineGil
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EditoresAdjuntos
Dra.ValerieArmstead
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RichardCooper
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Mauricio do Amaral Neto, MD
ma�ri�i��amara���e����mai����m
EditoradeLayout
KathrynNicoleLudmer
ArKgosparaPublicação
IncenRvamosentusiasRcamenteosenvios.O
materialenviadoparapublicaçãodeverá
estaremconformidadecomasdiretrizes
publicadas(videediçõesanterioresdo
GazehenowebsitedaSAM).
DeverãoserentreguesaoEditorChefecomao
menosseissemanasdeantecedênciaaoúlRmo
diadoúlRmomêsdaediçãoalvopara
publicação.
OsautoresdevemconfirmaromaterialobRdode
outrasfontespublicadasantesdapublicação.
DiretoraAdministraKva:
Anne-MariePrince
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SocietyforAirwayManagement
Funcionárioseinformaçõesde
contato
Diretoria
Presidente
Dr.AshutoshWali
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Presidenteeleito
Dra.LorraineFoley,
[email protected]
Vice-Presidente
Dr.LaurenBerkow,
[email protected]
Secretário
Dr.FelipeUrdaneta
[email protected]
Tesoureiro
Dr.JosephQuinlan
[email protected]
Ex-PresidenteImediato
Dr.RichardCooper
[email protected]
DiretorExecuKvo
Dr.CarinHagberg
[email protected]
DiretoriaemGeral
Dr.RadhaArunkumar
[email protected]
Dr.MichaelAziz
[email protected]
Dr.PaulBaker
[email protected]
Dr.JamesDuCanto
[email protected]
Dr.SimJagannanthan
[email protected]
Dr.AdrianMaRoc
[email protected]
Dra.EllenO’Sullivan
[email protected]
3
DeclaraçõesEditoriais
CarosColegas:
Comoumaorganizaçãoglobal, aSociety for Airway Management estácientedas
questões mundiais relacionadas à saúde, e, entre elas, encontra-se a dependência. A
dependência tem sido associada a diversas enRdades, inclusive jogos eletrônicos,
comportamento de risco e, mais recentemente nos noRciários, as consequências da
prescrição excessiva de “analgésicos opioides”. Este resultou em uma recomendação da
ASAdeNÃOprescreveropioidescomo“terapiadeprimeiralinha”notratamentodedor
não cirúrgica e não decorrente de câncer. Estes são pareceres sérios, e não devem ser
tomadoslevianamente.
Consulte a página 15 para informações sobre o ganhador DSA 2015, apresentado no
WAMM 2015. Na página 16, encontra-se um lembrete de nossos ganhadores DSA
anteriores,muitoesRmados,quecontribuíramtantoparaestaorganização (listadosem
nossocírculodehonrariasdeSAM).
Porém...tenhoumaconfissãoafazer.Naverdade,apresenteisintomasdeabsRnênciaem
2015, embora tenha tentado um subsRtuto terrível. No entanto, uma descoberta
demonstrou que havia outros dentro de nossa Sociedade, em situação similar. E,
sinceramente, nenhum de nós pode ficar mais sem resolução. Felizmente, há alguns
membrosemnossaSociedadequeestãodispostosanosajudar(incluindo,talvez,muitos
devocêsaí,quepodemestaremumacondiçãoidênRca)e,alémdisso,tornam-senossos
fornecedores. Naturalmente estou falando do Dr. Felipe Urdaneta (Presidente do
Programa) e do Dr. Robert Naruse (Copresidente) para o próximo Congresso e
Workshop Anual da SAM em 2016. Aqueles de nós que compareceram ao Congresso
MundialdeGestãodasViasAéreas (WAMM2015)Rveramumagrandeexperiência,mas
precisamosdeumaposiçãosobrenossaReuniãoSAM!Nósperdemos!O19oeventoanual
estácheiodepromessaseinovaçõesintrigantes,comovocêpodemlernaspáginas6e7.
Novamente encontra-se uma variedade de trechos do FórumSAM, precedidos por uma
atualização recente da plataforma “for[MD]”, desRnada a esRmular seu interesse em
aderireaproveitarestegrandebene|cioparaosmembrosSAM.
Falando de novidades, apesar das distrações preliminares pré-eleição nos EUA, garanto
queoestudodoDr.MarceloRamosinRtulado“Menorsignificamaisinteligente”nãotem
nada a ver com os comentários descriRvos sobre o candidato presidencial mais popular
desteano.
Esta edição do Gazehe tem muitos pôsteres interessantes dos cincos ganhadores do
Simpósio Internacional de Casos no WAMM 2015. Os tópicos variam de “o que fazer
quando o cirurgião e o anestesista falham no manejo das vias aéreas”,“ferido por um
dardodebestasobamandíbula”a“umnãointubo,porémnãoquerovenRlar”,a“fluidez
naadaptaçãodemanuseioentreosplanosdesegurançadasviasaéreas”, eporfim, a
“umaabordagemdegestãomulRmodaldasviasaéreas”.
Logoemseguida,encontra-seumarRgodaDra.ValerieArmstead,nossaEditoraAdjuntae
PresidenteanteriordoProgramaSAM,quedetalhaumametodologianãorelatadapara
trocadiretadotuboendotraqueal(ETT)RAEnasalparaumnovoETTRAEnasal.
Profissionais que manejam as vias as vias aéreas raras vezes, e ocasionalmente,
frequentemente consentem no mesmo hábitos de sempre “escolher os mesmos velhos
caminhos” para manuseio das vias aéreas do paciente. Para finalizar esta edição do
Gazehe, encontra-se uma explicação de como não cair na roRna, pelo Dr. Guillermo
Navarro, que nos mostra uma nova mudança para a técnica “spray-as-you-go
modificada”.
Por úlRmo, queremos estender um convite caloroso e entusiasta a todos os membros
SAMparafavorecernossoscolegas,aoconsideraroenviodematerialparapublicaçãono
AirwayGazehe.Envieseumanuscritopreliminarparasetornarumdemuitosautoresda
Sociedade ([email protected]). Os tópicos podem incluir estudos sobre diversos
conceitos do manuseio das vias aéreas, apresentações de caso, Dicas e Truques,
experiências obRdas durante os pesquisas que envolvem “manejo das vias aéreas”,
resultadosdeestudo,CartasaoEditor,eassimpordiante.
Atenciosamente,
Editora-Chefe
Dra.KatherineS.L.Gil
ASocietyforAirwayManagementéumaorganizaçãosemfinslucraKvos,conforme501(c)(3)
4
BOAS-VINDASAOSMAISNOVOSMEMBROSDAS
A
A MA A M
!
Dr.ZulfiqarAhmed(SterlingHeights,MI)
Dr.PeterManning(Cingapura)
Dr.ErnestoBrauer(Hobart,WI)
Dr.MarceloMiranda(Brasil)
Dra.BrunaCabreira(Brasil)
Dr.AlistairMcNarry(Escócia)
Dr.SasankaDhara(Tasmânia)
Dr.ChristopherO’Connor(Hinsdale,IL)
Dra.RubaElmaoued(Pearland,TX)
Dr.FabioRegaKeri(Brasil)
Dr.aMary-AnnFox(Austrália)
Dr.WilliamSmith(Bristol,TN)
Dr.CullenJackson(Norwood,MA)
Dra.MaryTheroux(Newark,DE)
Dr.ThomasVerbeek,(Hummelstown,PA)
AtodososMEMBROSSAM
Aumentesuaexperiênciaeopçõesparaotratamentodopaciente!MantenhaSAMvivo!Esteéoseuconvite...
paraseuniratodososcomitês,enviarideiasparaencontroseparaAirwayGazede,econversarnoFórumSAMna
Internet.
5
SAM 15-18 DE SETEMBRO DE 2016
O TEMA É INOVAÇÃO E
SEGURANÇA EM UM
CRUZAMENTO
35%
19o SOCIETY
FOR AIRWAY
MANAGEMENT
ANUAL
15-18 DE SETEMBRO
2016
25%
40%
Oficina
Palestras
Pequeno grupo
Encorajamos especialmente estudantes de
medicina, residentes e colegas em treinamento
a enviarem seu trabalho científico. Um número
seleto de resumos de residentes será premiado
com uma bolsa-auxílio de US$ 500 para cobrir
os custos de viagem.
Os vencedores do prêmio também receberão
inscrição gratuita para o congresso. O estagiário
deve ser o autor principal e apresentador do
resumo aceito. Uma
carta do Diretor do
P rog r a m a c o n f i r m a n d o a c o n d i ç ã o d e
regularidade no programa de treinamento deve
acompanhar a apresentação
CONGRESSO E
W
JW Marriott Buckhead
3300 Lenox Road NE
Atlanta, Georgia 30326
(404) 262-3344
Programa
Completo para
Seguir
O Congresso e Oficina foram
desenvolvidos para destacar os
especialistas internacionais nas
diversas áreas da medicina envolvidas
na gestão de vias aéreas. Muitos
aspectos de dificuldade na gestão das
vias aéreas, em condições clínicas
variadas, serão destacados.
6
CONVITE PARA
RESUMOS :
ENVIE SEU RESUMO
PÚBLICO ALVO:
PROFISSIONAIS DA SAÚDE
ENVOLVIDOS NA GESTÃO
APRESENTAÇÃO DE PÔSTER@
DAS VIAS AÉREAS
[email protected]
Este curso consistirá em palestras,
fóruns de discussão, um seminário
prático, que inclui uma sessão de
simulação de paciente e rodadas
de pôsteres com o Professor.
O engajamento da plateia
será encorajado com
períodos de perguntas e um
sistema de resposta do
público. Há sessões de
Apresentação de Resumo
Científico, apresentações
orais dos resumos
selecionados e ocasiões
para interagir com
desenvolvedores,
fabricantes e distribuidores
de produtos.
TORNE-SE MEMBRO
SAM 5753 Tanager Street
Schererville, IN 46375
Website: www.samhq.com
Fone: 773-834-3171
Fax: 773-834-3166
Atlanta é a 9a
maior área
metropolitana nos
EUA. É
considerada o
centro e a capital
do Sul.
Esta atividade foi planejada e
implementada em
conformidade com as áreas
essenciais e políticas do
Conselho de Certificação para
Educação Médica Continuada
através de uma parceria entre
Escola de Medicina da
Universidade de
Massachusetts, o
ATLANTA
A 7a CIDADE
MAIS VISITADA
NOS EUA
O Aeroporto
Internacional
Hartsfield-Jackson é
considerado o mais
movimentado do
mundo, e é sede da
Delta airlines.
Escritório de Educação
Médica Continuada da
Escola de Medicina e a
Society for Airway
Management.
A Escola de Medicina
da Universidade de
Massachusetts
é
reconhecida pelo ACCME
para fornecer educação
médica continuada para
médicos.
Parceria entre a Society for
Airway Management e a
Escola de Medicina da
Universidade de
Massachusetts
7
Menorsignificamaisinteligente!Dosesdesuccinilcolina
Dr.MarceloSperandioRamos
CentrodeCâncerdoHospitalUniversitárioA.C.Camargo,UniversidadedeSão
Paulo,SãoPaulo,Brasil
Oquetornaumfármacoobsoleto?Arespostaóbviaéosurgimentodeum
novofármaco.Noentanto,estenovofármacodevevenceraanRgamedicaçãoem
uma,oupreferencialmente,todasastrêscaracterísRcas:farmacodinâmica,
farmacocinéRcaeefeitoscolaterais.Comoregrageral,fármacosmaisnovossão
sempremaiscarosemcomparaçãoaosmaisanRgos—atémesmo20xmaiscaros
—e,conformeevoluímosparaumasociedademaisexigente,elesvãocustarcada
vezmais,commaisestudosclínicosetestesexigidosparacadanovofármaco.
Emrelaçãoàgestãodasviasaéreas,encontra-seaquiumaquestãoimportante:
Asuccinilcolinaéobsoleta?Paraasuccinilcolinaserconsideradaobsoleta,onovo
fármacodeveabordarastrêscaracterísRcas.Quantoàfarmacodinâmica,mesmo
emdosesmaiores,orocurônionãoésubstancialmentemelhorquea
succinilcolinaemtermosderelaxamento,eprecisadeumagentedereversão
paraatenuarseusefeitoscolaterais.AsuccinilcolinaconRnuasendoumRpode
"padrãoouro"paraorelaxamento,umavezquenadapodesuperarseucurto
iníciodeação.
QuantoàfarmacocinéRca,nemsequerseaproxima.Porém,háacombinaçãode
rocurônioesugammadexquepodeseuRlizadacomalternaRvaparaa
succinilcolina—umaquefornecebloqueioneuromuscularreversívelimediato.
Estudosdemonstraramqueotempodesdeaadministraçãode1,2mg/kgde
rocurônioaté90%derecuperaçãodesequênciadequatroesÇmuloscomuma
combinaçãode16mg/kgdesugammadexfoide6,2minutosversus10,9minutos
após1,5mg/kgparaogrupodesuccinilcolina.1
Quantoaosefeitoscolaterais,podehaverumavantagemclaraparaacombinação
derocurônioesugammadexquantoacomplicaçõesmaissérias(exceto,talvez,
paraanafilaxia).Nãotem-sequeconsideraraumentostantonapressão
intraocularquantonosníveisdepotássioaouRlizaracombinação.Noentanto,
rocurônionãopodevenceraexcelentequalidadederelaxamentoda
succinilcolina,mesmocomdosesmaiores,emborasejaumadisputaacirrada.2
Porém—éexistemsempreum“PORÉM”—,oqueconsiderorealmenteobsoleto
não é a succinilcolina, mas sua dose “tradicional” de 1 mg/kg ou 1,5 mg/kg.
Frequentemente, durante minhas conferências, apresento o gráfico muito
conhecidodeBenumofetal,querepresentaalinhadotempo,comominutos
transcorridosdeapneia,dasquedasdesaturaçãodeoxigêniodevidoaosefeitos
de 1 mg/kg de succinilcolina em diversos Rpos de pacientes (normal, obeso,
clinicamentedoente,etc.).(Figura1)*
TempoparadessaturaçãodehemoglobinacomFAO2inicial=0,87
Criança
normal de
10 kg
Adulto
Moderadamente
doente de 70 kg
Adulto
Normal de
70 kg
Adulto
obeso de
127 kg
Tempo médio para recuperação de
contração máxima a partir de
1 mg/kg de succinilcolina i.v.
Tempo de VE = 0, minutos
*Figura1.Tempodeapneiavssat.deO2emdiversosRposdepacientes(1mg/kgde
succinilcolina).Campovermelho:Tempomédiovsrecuperaçãode10%,50%e90%dasequência
dequatroesÇmulos(1mg/kg).Triângulosazuis=90%depontosderecuperaçãodeTOFdadose
baixade0,6mg/kgdesuccinilcolina).3,4
Nestafigura,ospequenoscamposvermelhosdemonstramostemposmédiosde
recuperaçãoTOF,inclusiveotempode90%aos10,2minutosparaaqueladose.
KopmanetaleEl-Orbanyetalapresentamachadossimilarescom1mg/kgde
succinilcolina,inclusiveostemposderecuperaçãoTOFde90%(variaçãomédiade9,3a
10,5minutos).3,4Entretanto,essasdosesnãosãomaiseficazesqueasdosesmenoresde
0,6mg/kg,asquaispossuemumaduraçãomaiscurtadeapneia.Seusestudoscom0,6
mg/kgdesuccinilcolinarevelaramboascondiçõesderelaxamentoequivalentesem
oposiçãoaostemposderecuperaçãode90%comumavariaçãomédiade7,25a7,6
minutos,conformeindicadopelostriângulosazuissobrepostosnafigura1.
8
Umavezqueestadosemenore"maisinteligente"de0,6mg/kgdesuccinilcolinamuda
osresultadosderecuperaçãoparaumpontomaisseguroàesquerda,estapossibilitao
insucesso de intubação dos pacientes (indução em sequência rápida) ou que os
pacientesmaisdoentesserecuperemmaisrápidoepossamreiniciaravenRlaçãoantes
queasaturaçãocaiaparaníveisperigosos.3,4,5
Na verdade, o reinício mais precoce de venRlação com a dose de 0,6 mg/kg pode
permiRr facilmente melhora da oxigenação caso a via aérea não esteja obstruída. Os
estudos demonstraram uma média de 3,8 a 4,0 minutos de apneia (início de
recuperaçãododiafragma)nasdosesde0,6mg/kgdesuccinilcolinaemcomparaçãoa
5,2 a 5,3 minutos com a dose de 1 mg/kg.3, 4 Geralmente, o início da apneia é
rapidamenteseguidoderespiraçãoespontânearegular,noperíododeumminuto.Com
a dose de 0,6 mg/kg, se o objeRvo principal do fármaco — bom relaxamento — for
equivalente, apesar de a paralisia ser mais curta, por que manter a administração a
nossospacientescomdoses“tradicionais”excessivasmaiselevadas,porém,obsoletas?
Háummecanismodesegurança“interno”norápidoretornodapotênciamuscularde
succinilcolinadevidoaoseurápidometabolismo(excetoemsituaçõesdepacientescom
pseudocolinesterase aÇpica muito rara ou deficiente). A combinação de rocurônio e
sugammadexsóteráumacurtaaçãoapropriadamenteeficazquandoomanejadordas
viasaéreastomarumadecisãoaRva;quemdevemanifestaraincapacidadedeintubar,
eadecisãoderetornaropacienteàvenRlaçãoespontâneacomdespertarrápido(um
objeRvofrequente)casoadessaturaçãosejaumproblema.Algunspodemenxergaresta
decisãocomoumadeclaraçãodeincompetência,emboraestasejarealmenteadecisão
maissábia.SemtalcompromeRmentosériocomasegurançadopacienteemoposição
à oxigenação insuficiente, um perito em manuseio das vias aéreas menos seguro está
propensoafixar-senoerrodetentaraintubaçãoatétersucesso,ouatéopacientevira
óbito, o que ocorrer primeiro. A conclusão da intubação pode tornar-se mais uma
questão de honra ao cuidador obcecado, ao passo que o desejo de ajudar o paciente
pode se tornar secundário. A “autorreversão” de succinilcolina é um mecanismo de
segurançacontratalobsessão.
Em contraste, com a succinilcolina, caso o bloqueio neuromuscular desapareça
espontaneamente,oprofissionaldeintubaçãoémaisinsRgadoaassumirqueo“plano
A para o jogo de intubação acabou”, e é hora de tentar uma alternaRva. Em outras
palavras—aduraçãolimitadade succinilcolinapossuiumefeitoimportanteadicional
sobre o procedimento, uma vez que é possível decidir persisRr na mesma técnica de
intubaçãoeadministrarumasegundadosedesuccinilcolinasomenteapósatravessara
barreiradeumadecisãoaRvaparadesconsiderarmuitasrecomendaçõesediretrizes.É
menos provável que esta segunda dose seja administrada, ou seja acompanhada de
persistênciaemummodeloúnicodetentaRvasmalsucedidasnaintubaçãodevidoao
alerta de “recuperação muscular” que pode esRmular nossas mentes na tentaRva de
ummétodoalternaRvodemanipulaçãodasviasaéreas.
Para pacientes nos quais a margem entre o sucesso e o insucesso previsto de
intubação é de certa forma estreita, os efeitos relacionados ao comportamento que
acompanham a compreensão do cuidador sobre a necessidade de uma rápida
reversãoderocurônioouoperíododeaçãofixodesuccinilcolinaparaastentaRvasde
intubação é uma grande parte do núcleo desta mensagem. É a principal razão de a
succinilcolinaserúnicaenãodeverserconsideradaumasegundaescolhaouaescolha
deum“pobrehomem”.Pelocontrário,nestascircunstâncias,éooposto.Rocurônio
é a segunda escolha que deve ser empregada somente quando a succinilcolina é
contraindicada!
Conclusão:
Minhaconclusãoéadequesuccinilcolinanãoéobsoleta!Oqueéobsoletoéadose
maioredesnecessária,menospreferível,mascomumenteuRlizada,de1mg/kg,que
nãoproduzmaisrelaxamentoqueadosede0,6mg/kg.Ainclusãodacombinaçãode
rocurônio e sugammadex é uma conquista muito bem-vinda ao nosso arsenal, mas
não é suficiente para tornar a succinilcolina obsoleta — e não estou nem ao menos
considerando os custos nesta análise. Além disso, é importante lembrar que estes
pacientesiniciarãooprocessoderecuperaçãomuitomaiscedoe,portanto,podeser
necessáriaainsRtuiçãomaisprecocedemedidasdemanutençãodeanestesia.
Referências:
1 Vanacker BF et al. Reversal of rocuronium-induced neuromuscular block
with the novel drug sugammadex is equally effecRve under maintenance
anesthesiawithpropofolorsevoflurane.AnesthAnalg.2007;104:563-8.
2 PerryJJetal.CochraneDatabaseSystRev.Rocuroniumversussuccinylcholinefor
rapid sequence inducRon intubaRon. 2008;2. CD0027 88. DOI: 10.
1002/14651858.CD002788.pub2.
3 KopmanAetal.The“IntubaRngDose”ofSuccinylcholine:Theeffectofdecreas-
ingdosesonrecoveryRme.Anesthesiology.2003;99:1050-1054.
4  El-Orbany MI et al. The neuromuscular effects and tracheal intubaRon
condiRonsaàersmalldosesofsuccinylcholine.AnesthAnalg.2004;98:1680–5.
5 NaguibMetal.Op.maldoseofsuccinylcholinerevisited.Anesthesiology.
2003;99:1045-1049.
Figura:
*Fig.1BenumofJLetal.CriRcalhemoglobindesaturaRonwilloccurbeforereturn
to an unparalyzed state following 1 mg/kg intravenous succinylcholine.
Anesthesiology.1997;87(4):979-82.
OsdetalhessobrepostosemvermelhoeazulforameditadosnaFigura1.
9
SessãodePôsteresdeWAMM2015:VencedoresdoSimpósiodeCasosInternacionais
Preço 75 € uros — Pamela Farquharson
Ninewells Hospital, Dundee, Reino Unido
A Massa Supraglótica Obstrutiva
P. Farquharson (ST7 em Anestesia), B Ulyatt (Anestesista Consultor), B McGuire (Anestesista Consultor)
Departamento de Anestesia, Ninewells Hospital, Dundee, UK, DD1 9SY
Pontos de aprendizagem
Introdução
•  Lesões supraglóticas, que produzem obstrução intermitente das
vias aéreas, apresentam um desafio ao proteger as vias aéreas.
•  NAP4 destaca as complicações sérias que podem ocorrer com a
gestão das vias aéreas (1).
•  70% dos 72 casos relatados de incidentes adversos das vias
aéreas associados à doença da craniana, pescoço e traqueia
envolveram lesões obstrutivas das vias aéreas.
Caso
•  Um homem de 34 anos de idade, IMC 40, compareceu com
histórico de um dia de vômito, hemoptise e dispneia. Ele
descreveu histórico de oito meses de ronco, protuberância
na garganta, alteração de voz, disfagia e odinofagia
Glote visível
Imagem 2 - inspiração
•  Ele não conseguia se deitar devido a dificuldade respiratória,
Pulso 111, Sat. de O2 de 93% em ar. Uma nasoendoscopia
revelou uma massa supraglótica grande de 3x3 cm, a qual
obstruía intermitentemente a glote (imagens 1 e 2). Uma TC
confirmou uma alta probabilidade de massa vascular,
considerada uma AVM (imagem 3).
Imagem 1 - expiração
•  Discutiu-se uma estratégia de gestão das vias aéreas com o
cirurgião ORL consultor, anestesista e toda a equipe da sala.
Decidiu-se por uma abordagem para as vias aéreas com o
paciente acordado
•  O plano inicial foi intubação por fibra óptica com o paciente
acordado, o qual acreditava-se ser um processo reversível. O
plano secundário foi traqueostomia com o paciente acordado,
que acreditava-se ser provavelmente de extrema dificuldade
devido à incapacidade de se deitar e a uma grande veia
anterior.
•  Ele foi transferido para a sala com a presença de um
cirurgião consultor
•  Foi colocada uma cânula cricotireóidea, como uma possível
opção de resgate, e iniciou-se a sedação com 1 a 2 ng/ml de
remifentanil. Após preparação, 2 tentativas de intubação por
fibra óptica com paciente acordado (AFOI) foram mal
sucedidas devido à incapacidade de evitar a lesão.
•  Neste momento, a equipe fez um intervalo para mais
discussão, mas o paciente começou a deteriorar com
dispneia e angústia, as quais rapidamente levaram à
redução de consciência, obstrução das vias aéreas, apneia e
perda de débito cardíaco.
•  A cânula cricotireóidea foi deslocada, e a ventilação com
máscara foi mal sucedida. Propofol e rocurônio foram
administrados, e o cirurgião tentou uma laringocospia com
lâmina reta.
Imagem 3 - TC
Imagem 4 – sangramento intraoperatório
•  O anestesista pediu que o cirurgião fornecesse ‘acesso cervical
frontal’ enquanto tentava a laringoscopia com um
videolaringoscópio McGrath MAC. O cirurgião tentou uma
traqueostomia de emergência, mas esta resultou em
sangramento significativo, e foi abandonada.
•  O anestesista realizou uma intubação oral, com uma visão
indireta difícil utilizando um tubo reforçado de 5.5 em uma
sonda. Isso resultou em melhora rápida do débito cardíaco.
•  Após outra discussão entre a equipe, realizou-se uma
traqueostomia formal, e o cirurgião continuou, mas menos de
1/3 da lesão foi retirada devido a sua vascularidade (imagem 4).
•  Após a cirurgia, ele foi transferido para a unidade de terapia
intensiva, onde foi rapidamente retirado do tratamento sem
dano neurológico ou cardíaco.
•  Após uma angiografia e 2 outras cirurgias, a ressecção da
lesão não pôde ser realizada devido a sua vascularidade.
Buscou-se aconselhamento de diversos peritos cirúrgicos
nacionais; entretanto, sem consenso inicial, ele recebeu alta
para casa com uma traqueostomia e um tubo nasogástrico.
•  Ele retornou aproximadamente seis semanas após a alta
para redução de volume adicional da lesão. A maior parte da
massa foi retirada via intraoral sem incidentes, e a histologia
revelou que a massa era um angioma/malformação vascular
sem evidência de malignidade.
•  O paciente forneceu consentimento para uso do histórico e
das imagens
•  Lesões supraglóticas podem apresentam um desafio
importante para preservar as vias aéreas.
•  Este caso destaca que pode surgir uma dificuldade de risco à
vida, apesar do planejamento aparentemente bom e da gestão
das vias aéreas bem executada.
•  Toda as técnicas apresentam uma taxa de insucesso,
inclusive as técnicas com o paciente acordado, como a
AFOI ou traqueostomia.
•  A deterioração durante a AFOI para concluir a obstrução em vias
aéreas agudamente comprometidas como esta é bem
reconhecida, e está relacionada à perda de tônus muscular devido
à perda de resposta aferente das vias aéreas anestesiadas e
submetidas a analgesia(2).
•  A compreensão do acesso cervical frontal foi diferente para as
duas equipes. Em nossa visão, o acesso cirúrgico emergencial
deve ser por meio de abordagem cricotireóidea, em vez de
traqueostomia formal, e recomendaríamos que isso seja
declarado à equipe cirúrgica nesta condição. Também deve ser
parte do treinamento cirúrgico.
•  Discutivelmente, uma abordagem cirúrgica com o paciente
acordado poderia ter sido mais desejada aqui.
•  A cânula de diâmetro estreito, o insucesso em manter o paciente
acordado e a precariedade relativa desses dispositivos os tornam
inseguros.
•  Não tentou-se o resgate das vias aéreas supraglóticas, uma
vez que foi considerado provável de insucesso, mas poderia
ter sido tentado, como poderia a intubação convencional.
•  As técnicas alternativas para assegurar as vias aéreas incluiriam a
intubação por videolaringoscopia com paciente acordado ou
combinação de videolaringoscopia e intubação por fibra óptica.
Isso permitiria a visualização contínua da intubação e a passagem
do tubo endotraqueal da glote para a traqueia.
Referências
1.  National Audit Projects. National Institute of Anaesthesia. Available from
http://www.nationalauditprojects.org.uk/NAP4-Reports#pt (acesso em 27 de
julho de 2015)
2.  . Shaw IC, Welchew Ea, Harrison BJ, Michael S. Anaesthesia 1997; 52: 576-85
10
SessãodePôsteresdeWAMM2015:VencedoresdoSimpósiodeCasosInternacionais
Preço 75 € uros — Matthew Devine
Royal Victoria Hospital, Belfast, Irlanda do Norte
Trauma Penetrante das Vias Aéreas decorrente de um Dardo de Besta
Devine MJ, McBrien ME
Departamento de Anestesia, Royal Victoria Hospital, Belfast, Irlanda do Norte
Introdução
Caso
O trauma direto das vias aéreas é uma lesão rara que
Um homem de 39 anos de idade compareceu à 1h30 com uma
contabiliza menos de 2% das lesões traumáticas.1,2 Este
lesão autoinfligida decorrente de um dardo de besta que o
pode levar à obstrução das vias aéreas, aspiração e
adentrou submentalmente e continuou através da cavidade oral,
sangramento. A gestão bem sucedida das vias aéreas
palato mole e nasofaringe (Figuras 1 e 2). Havia sangramento do
exige planejamento e tomada de decisão em tempo
local de entrada e da cavidade oral. As vias aéreas estavam
hábil, confiança em técnicas avançadas de gestão das
patentes, respiração e oxigenação estavam normais e ele estava
vias aéreas com apoio da equipe cirúrgica, técnica e de
totalmente consciente.
Discussão
•  Discussão e implementação do plano de gestão por um
anestesista consultor e cirurgião ORL foram facilitadas devido
à condição estável do paciente.
•  Considerou-se AFOI nasal a melhor opção, uma vez que a
traqueostomia com paciente acordado era de difícil
realização pela posição do dardo de besta. Descartou-se
AFOI oral devido ao dardo de besta ter atravessado a
cavidade oral.
enfermeiros.
Apesar da falha na nasoendoscopia por cirurgiões ORL devido ao
Figura 3. Tomografia computadorizada do
pescoço
Figura 4. Dardo de besta
removido
Apresentamos o caso de um jovem que compareceu ao
sangue na cavidade nasal, tomou-se a decisão de tentar intubação por
Pronto-Socorro após ser atingido por um dardo de besta
fibra óptica nasal com paciente acordado (AFOI). Após borrifo de 10%
Induziu-se anestesia geral. Utilizou-se corta cavilhas para corta o
através da cavidade oral.
de lidocaína na orofaringe e 10% de cocaína na narina direita, sondas
dardo abaixo do ponto de entrada.
sequenciais nasofaríngeas das vias aéreas de tamanho 6 e 7,
lubrificadas com lidocaína em gel, foram inseridas com dificuldade
mínima. Após retirada, um tubo endotraqueal (ETT) de tamanho 6,5
lubrificado com lidocaína em gel foi inserido, encontrando pouca
resistência antes de passar pela nasofaringe. Realizou-se sucção oral.
Um broncoscópio de fibra óptica foi inserido através do ETT,
manobrado através das cordas vocais., e o ETT foi guiado até a
posição.
Após a tomografia computadorizada (Figura 3), o paciente foi
•  As habilidade de AFOI devem ser mantidas por anestesistas,
apesar do uso crescente de videolaringocospia, a qual não
pode ser utilizada em todos os cenários difíceis das vias
aéreas.3
•  Inserção de um ETT na nasofaringe, antes da inserção do
fibroscópio, é uma técnica útil, especialmente quando há uma
possível obstrução na cavidade nasal.
submetido à retirada cirúrgica do dardo por meio da via nasal. Este
procedimento envolveu septectomia, divisão do dardo, conversão do
ETT nasal para oral usando videolaringoscopia guiar a inserção de
uma sonda oral adjacente para uma sonda inserida via ETT nasal e
orientação de um ETT oral. Isso foi seguido de etmoidectomia e
esfenoidectomias para a retirada do dardo fixado. (Figura 4)
Referências
1. Kummer C, Netto FS, Rizoli S, Yee D. Injury 2007, 38:27–33.
2. Riley RD, Miller PR, Meredith JW: In Trauma. 5th edition. New York:
McGraw-Hill; 2004:539–552.
3.  Dawson SR, Taylor L and Farling P. Br J Anaesth 2015; 115: 134-5.
Contato
Figurea 1. Apresentação do paciente
Figura 2. Radiografiacervicaldeplanolateral
Dr. Matthew Devine
Estagiário da Especialidade, Medicina de Terapia Intensiva
Email: [email protected]
11
SessãodePôsteresdeWAMM2015:VencedoresdoSimpósiodeCasosInternacionais
Preço 75 € uros — Claire Phillips
Hospitais Universitários de Brighton Sussex, Brighton, UK
“NãoIntubo–NãoVenKlei”:RelatodeCaso
S
Ane te ia S
Introdução
C.Phillips1,LMIsquita2,S.Sudan3
S Ane te ia S
Ane te ia on
No exame:
o 
o 
o 
o 
o 
A oxigenação nasal de fluxo elevado foi estabelecida na
prática de terapia intensiva, e agora se mostra promissora
na pré-oxigenação daqueles submetidos à anestesia geral
com vias aéreas difíceis previstas por extensão significativa
do intervalo de segurança de apneia¹.
Caquético (~40kg), saturação de oxigênio de 92% em ar ambiente
Língua anterior totalmente dilatada e salivação
Vista Mallampati IV, mas abertura bocal razoável
Estruturas cervicais anteriores claramente palpáveis
Ele não cooperava com a maioria dos aspectos de tratamento
médico, e recusou AFOI ou traqueostomia acordado.
Nosso plano para gestão das vias aéreas :
o  Pré-oxigenação com oxigênio nasal de fluxo elevado
o  Intubação em paciente desacordado na sala com um C-MAC (lâmina D)
o  Cirurgião ORL se higienizou logo para realizar a traqueostomia
Demonstramos um caso onde utilizou-se oxigênio nasal de
fluxo elevado (pré-indução e durante tentativas de
intubação) em vias aéreas desafiadoras onde a intubação
não decorreu conforme o planejado.
Indução:
Relato de Caso
Um homem de 69 anos foi admitido para uma panendoscopia
semiurgente e traqueostomia.
Seu histórico médico anterior incluía abuso de álcool e problemas
comportamentais associados.
Ele havia desenvolvido dilatação da língua, a qual acreditava-se ser devido à
mordedura crônica da língua, e, duas semanas anteriores à apresentação, ele
havia sido admitido para uma limpeza dentária. Uma tentativa de AFOI nesse
momento foi mal tolerada, e o procedimento foi abandonado.
Um FNE complicado revelou uma massa nas
dobras ariepiglóticas, que se estendiam ao seio
piriforme.
Uma MRI revelou estreitamento das vias aéreas
supraglóticas com espessamento acentuado da
dobra aeripiglótica esquerda, com espessamento
associado da parede lateral e posterior do seio
piriforme esquerdo.
Ele compareceu ao hospital com hemoptise
(OptiflowTM)
o  Pré-oxigenação com circuito de optiflowTM a 60L/min por 4 mins
o  TCI de Remifentanil com propofol em bolus, e rocurônio
o  Pressão mandibular mantida
Tentativas de fixação das vias aéreas:
o  Laringoscopia → dorso da língua rígido com tumor friável
o  Anatomia irreconhecível
o  Duas tentativas mal sucedidas realizadas na intubação usando
sonda
o  Plano B → traqueostomia
o  Ele permanece cardiovascularmente estável com SpO2 de
99%
O oxigênio nasal de fluxo elevado foi continuado durante
todos os esforços de intubação, e não foram feitas tentativas
de ventilá-lo usando uma máscara e bolsa.
Nove minutos desde a indução de anestesia para
reiniciar a ventilação – a saturação mais baixa registrada
foi de 99%. Gasometria arterial no término do tempo de
Apneia revelou PaO2 de 40,8 kPa e PaCO2 de
8,9 kPa (com pH 7,26).
Após a panendoscopia, o paciente foi acordado sem intercorrências e liberado
novamente para a ala de ORL.
tor S
Discussão
Este caso destaca os méritos do fluxo nasal elevado como um método
confiável de oxigenação durante a indução anestésica. Foi rápido e fácil de
ajustar, além de extremamente bem tolerado pelo paciente.
Nem todas as vias aéreas hostis são acessíveis para intubação por fibra óptica
com o paciente acordado. Secreções sanguíneas, tecido friável e pacientes não
aderentes significam que temos que ter outras técnicas para fixar as vias
aéreas em tais situações. É onde a oxigenação nasal de fluxo elevado pode
revelar-se vantajosa.
A oxigenação nasal de fluxo elevado estende o intervalo seguro de apneia ao
aumentar primeiramente o tamanho do reservatório de oxigênio obtido antes
da indução de anestesia. Entretanto, é a ‘oxigenação apneica’ ou ‘fluxo de
massa sem ventilação’ que leva o fluxo nasal elevado a ser bem sucedido na
manutenção da oxigenação e diminuição do acúmulo de dióxido de carbono.
Possui o potencial de uso não apenas na gestão de vias aéreas difíceis, mas
também no procedimento de sedação e intubação por fibra óptica com o
paciente acordado.
Mais particularmente, a manutenção da saturação de oxigênio obtida ao utilizar oxigênio
nasal de fluxo elevado desperta uma atmosfera calma e sem pressa na sala, a qual seria
normalmente um cenário altamente pressionado de ‘impossibilidade de intubação’. Isso
não pode ser destacado o bastante. A maioria das complicações em vias aéreas na
intubação surge de uma combinação de característica estabelecida de anatomia difícil e
fisiologia desfavorável (instabilidade cardiorrespiratória e acidose) movendo-se em um
descendente espiralado de tentativas nas vias aéreas pressionadas e traumáticas. Ao
estender o intervalo de apneia e manter a fisiologia estável, evitamos que esta situação
específica evolua para uma que cause prejuízo ao paciente.
Referências
¹A Patel and S Nouraei (2015) Transnasal Humidified Rapid-Insufflation Ventilatory
Exchange (THRIVE): a physiological method of increasing apnoea time in patients with
difficult airways. Anaesthesia 70: 323–329
12
SessãodePôsteresdeWAMM2015:VencedoresdoSimpósiodeCasosInternacionais
Preço 75 € uros — Roseita Carroll
Hospital Universitário St Vincent’s, Dublin, Irlanda
Umdilemaem“viasaéreaspediátricas”emumambientecompoucosrecursos
RCarroll,HospitalUniversitárioStVincent,Dublin,Irlanda;PSeigne,HospitalUniversitáriodeCork,Cork,Irlanda;GHamlin,EastLancsHospitals,ReinoUnido(aposentado);PLee,HospitalUniversitáriodeCork,Cork,Irlanda
Introdução
Tumores faciais frequentemente afetam as vias aéreas e podem apresentar um
desafio significaRvo aos anestesistas. A prestação de cuidados para estes pacientes
em ambientes pobres em recursos pode agravar as dificuldades, especialmente
quandoapatologiaencontra-seavançada.
DescriçãodeCaso
Histórico
Umagarotade8anos,SB,apresentou-seaumaequipedemédicosquevisitavama
Etiópia para avaliação de uma grande massa facial. Um ano antes, ela desenvolveu
um edema nasal, o qual cresceu rapidamente. Ela visitou o hospital de referência
nacional,ondeaequipeagendouparaelaserexaminadapelaequipedainsRtuição
decaridadeFacingAfrica.
NoExame
SB apresentava uma extensa massa facial que envolvia seu nariz (figura 1). Sua
narina direita estava completamente obstruída pelo tecido anormal e sua narina
esquerda estava comprimida. Seus olhos apresentavam proptose e se deslocavam
lateralmenteaopontoondeavisãobinocularnãoeramaispossível.Suapontuação
MallampaR foi 4, e seu intervalo interincisivo era de 3,5 cm. Sua respiração era
estertorosa.
Figuras2ae2bImagensporTCdemonstrandocompromeRmentodasviasaéreas
Oquefazeraseguir?
Realizou-se uma reunião mulRdisciplinar para decidir o melhor curso de ação.
Acreditava-sequearessecçãocirúrgicaerapossívelepoderiasercuraRva.Apaciente
apresentavadesafiossignificaRvosdasviasaéreas.Adiscussãoincluiuconsideração
da‘melhorpráRca’nacondiçãodebonsrecursosemcomparaçãoaumacondiçãode
poucos recursos. Uma traqueostomia não era uma opção viável, uma vez que os
recursos apropriados não estavam disponíveis para a terapia pós-operatória. O
consensofoiodeprocedercomasdiversasestratégiasalternaRvasparaviasaéreas
previamentepreparadas,estandopendenteumadiscussãoabertacomseupai.
Oqueaconteceu
ARngiu-se venRlação saRsfatória com a LMA, e iniciou-se administração de
isoflurano. Foram administrados 25 mg de atracúrio, e a venRlação conRnuou por
três minutos. Neste momento, sugeriu-se que uRlizássemos o broncoscópio para
observar a inserção de LMA, uma vez que isso era importante para o sucesso do
plano C. Obteve-se uma excelente visão das cordas vocais, e concordamos em nos
desviardoplanoAinicial.NaausênciadeumcateterpediátricoAintree,umasonda
de goma elásRca foi inserida através da LMA ao lado do broncoscópio. Inseriu-se
uma angulação na extremidade da sonda para facilitar sua inserção através das
cordas.Infelizmente,estaseperdeuduranteapassagempelaLMA,enãopudemos
inseri-la corretamente. Em seguida, seguimos com nosso plano A inicial. Obteve-se
uma visão adequada com um Glidescope de lâmina tamanho 2, mas a inserção do
ETTfoidi|cil.Alâminafoialteradaparaumade2,5,eatraqueiafoiintubadacom
sucesso usando a sonda Glidescope. As saturações de oxigênio permaneceram
sempreacimade98%.
Havia uma cavidade residual significaRva após a excisão tumoral, e o palato mole
estava edemaciado (figura 4). A cavidade foi envolvida, e a paciente permaneceu
sedada e venRlada durante a noite. Ela foi extubada na sala no dia seguinte ao
fechamento da ferida. Não houve sinais subsequentes de angúsRa respiratória ou
obstruçãodasviasaéreas.Duranteosdiasseguintes,elaserecuperoubemeestava
se alimentando e bebendo normalmente na alta para a unidade semi-intensiva
(figura5).
Planodegestãodasviasaéreas
Figuras1ae1bMassafacial
Aequipeanestesistaformulouumplanodegestãodetalhado:
•  InduçãointravenosaeousodeumaLMAparapré-oxigenaçãototal
•  PlanoA:VideolaringocópioGlidescopecomotuboendotraqueal(ETT)précarregadonasondaGlidescope
•  PlanoB:GlidescopeemcombinaçãocomoETTpré-carregadoemum
broncoscópio
•  PlanoC:técnicadeintubaçãoretrógradausandoumfioguiainseridoatravésda
membranacricoRreóideaedaLMA
•  PlanoD:cricoRreoidostomia
Biópsia
Ela foi submeRda a uma biópsia da massa para auxiliar o diagnósRco. Realizamos
umainduçãointravenosacompropofoletentaRvabrevedevenRlaçãocommáscara
ebolsa(aqualfoimalsucedida).UmaLMAdetamanho2.5foiinserida,eobteve-se
venRlaçãosaRsfatória.AsestratégiasauxiliaresBaDtambémforampreparadas,mas
felizmente não foram necessárias. A biópsia seguiu sem intercorrências. Durante a
emergência, ela apresentou períodos prolongados de tosse e falta de ar, com
obstrução parcial de vias aéreas, apesar do uso de manobras e auxiliares. Ela
também apresentou dessaturações de oxigênio intermitentes. Ao colocá-la em
posição inclinada, houve melhora da desobstrução de vias aéreas, e ela despertou
gradualmente.
Estratégias
Aimportânciadeestratégiasreservasparaagestãodeviasaéreasdi|ceistemsido
recentemente destacada em diversas ocasiões, conforme descrito pelo relatório
NAP41 eadiretrizesdeintubaçãodassociedadesdesubespecialidade2.Nocasode
SB,Çnhamostrêsplanosespecíficosparaintubação,seguidospornossoplanopara
umcenáriode“nãopodeintubar,nãopodevenRlar”.Tornou-seevidenteparanós
que o cateter pediátrico Aintree teria sido úRl, mas infelizmente não poderíamos
conseguirumemtempohábil.Noentanto,acreditávamosque,pelomenosum,se
nãotodos,dosnossosplanosRnhagrandechancedesucesso.Emcasodeinsucesso,
conRnuaríamosaoxigenaratravésdaLMAeabandonaríamosacirurgia.
É interessante notar que, apesar de os planos anteriores à preparação serem
importantes, deve-se ser capaz de adaptar-se aos eventos conforme eles ocorrem.
Quando percebemos que havia uma alta probabilidade de que poderíamos passar
uma sonda via LMA e, portanto, intubar SB com mínima interrupção da venRlação,
desviamo-nos de nosso plano A original. Apesar de isto poder ser visto como um
erro,acreditamosquesejaumexemplodecomotodasassituaçõessãodinâmicase
deve-sepermanecerflexívelpararesponderdeformaapropriada.
Conclusão
Este foi um caso interessante e incomum, cujos desafios foram compostos pelo
ambientedetrabalho.Acreditamosqueeleexemplifiquecomolidarcomosdilemas
éRcos em uma condição mulRdisciplinar, e como o planejamento cuidadoso para
todososaspectosdotratamentodeumpacientelevaaumresultadobemsucedido.
Figura4Restantedacavidadeapósexcisão
Figura5Terceirodiapós-operatório
Discussão
DilemaéRco
Figura3Equipamentodasviasaéreaspreparadoantesdainduçãodeanestesia
Uma TC subsequente revelou que seu palato duro deslocou-se inferiormente pela
massa (figura 2). Seu palato mole estava em justaposição à base de sua língua,
ocluindo completamente suas vias aéreas em um ponto. O exame histológico da
amostradebiópsiasugeriufibromaossificante.
ApesardehaverumachancesignificaRvadeocorrênciademorteperioperatória,sem
aintervençãoelamorreriaembreveemdecorrênciadeasfixialenta,jáqueotumor
conRnuavaaseexpandir.Fomostodosmovidosporumdesejoprofundodeajudá-la,
mas conscientes de que nossa decisão deve ser baseada no raciocínio objeRvo e
correto.OconsensofoiprocedercomacirurgiacomoconsenRmentoesclarecidode
seu pai e com a concordância do hospital. Uma reunião mulRdisciplinar bem
conduzidadesempenhouumimportantepapelemseutratamento.
•
NãopoderíamosforneceràSBopadrãodetratamentoqueacreditávamosser
a‘melhorpráRca’nomundodesenvolvido
•
Noentanto,otumorestavacrescendorapidamente,suasviasaéreas
tornavam-seprogressivamentemaisprecárias,eelanãoteriaacessoa
nenhumoutrotratamentomédicoparasuacondição
Referências
1)CookTM,WoodallN,FrerkC.MajorcomplicaRonsofairwaymanagementintheUK:resultsofthe4th
NaRonal Audit Project of the Royal College of AnaestheRsts and the Difficult Airway Society. Part 1
Anaesthesia.BrJAnaesth2011;106:617-31
2)HendersonJJ,PopatMT,LahoIP,PearceAC;DifficultAirwaySociety.DifficultAirwaySociety
guidelinesformanagementoftheunanRcipateddifficultintubRRon.Anaesthesia.2004;59(7):675-94
Dadoqueacreditávamosquenãopoderíamosforneceromelhorpadrãode
tratamento,deveríamosterprosseguidocomseutratamento?
OpaidapacienteforneceuconsenRmentoporescritoparaousodeseusdetalhesclínicosefotografias.
13
SessãodePôsteresdeWAMM2015:VencedoresdoSimpósiodeCasosInternacionais
Preço 75 € uros — Lena Scotto
Centro Médico Stanford University, Stanford, EUA
Manejo complexo das vias aéreas de um paciente com obstrução avançada das vias
aéreas superiores e insuficiência respiratória aguda dependente de BiPAP
Dra. Lena Scotto; Dr. Vladimir Nekhendzy
Departamento de Anestesiologia, Medicina da Dor e Perioperatória , Centro Clínico Stanford University, Stanford, CA, EUA.
APRESENTAÇÃO DO CASO
A gestão de uma via aérea difícil na UTI é desafiadora, e está associada a altas
morbidade e mortalidade.1 Descrevemos a gestão de via aérea difícil de um
paciente com via aérea gravemente obstruída e insuficiência respiratória aguda
quando uma cirurgia da via aérea não pôde ser realizada.
Uma mulher de 53 anos com histórico remoto de traqueostomia e subsequente
reconstrução da laringe foi transferida à UTI de Stanford para tratamento de
pancreatite aguda. Logo após a internação na UTI, a paciente desenvolveu sepse e
insuficiência respiratória aguda, que exigiu intubação traqueal de emergência.
Uma avaliação revelou paciente enfraquecida com obesidade mórbida (OM; IMC
48,8), com estridor inspiratório grave, abertura bucal limitada (<3 cm), língua
dilatada e dentição ruim. O pescoço da paciente estava espesso e cicatrizado, sem
marcas anatômicas claramente identificáveis, tornando extremamente difícil o
acesso cirúrgico emergencial das vias aéreas. Os sinais vitais demonstraram: PA
105/55 mmHg, FC 164 batimentos, FR 38/min e SpO2 de 92% em máscara BiPAP
de face total (FiO2 1,0, IPAP 20 cm H2O, EPAP 5 cm H2O). Gasometria
revelou: pH 7,17, PaCO2 68 mmHg e PaO2 134 mmHg. A paciente apresentou
dessaturização quase imediatamente após a retirada da máscara BiPAP.
Dada a alta probabilidade de dificuldade ou impossibilidade de ventilação com
máscara e intubação traqueal, tomou-se a decisão de proceder com intubação por
fibra óptica (FOI) flexível com a paciente acordada. Como a sala de operação estava
indisponível, a intubação traqueal teve que ser realizada no leito. O pescoço da
paciente foi preparado e coberto, com a equipe cirúrgica de prontidão.
Disponibilizou-se o equipamento necessário do carrinho de via aérea difícil (Figura
1).
A “técnica de aplicação de pasta de dente”2 modificada para dispersão de pomada
de lidocaína a 5% via intraoral com a pá lingual foi utilizada para aplicar de forma
tópica nas vias aéreas superiores; isso foi facilitado com três doses adicionais de
Fentanil 5 mcg IV (15 mcg total).
A paciente tolerou a inserção da intubação Williams nas vias aéreas. A máscara BiPAP
foi substituída por máscara Patil-Syracuse (PSM) e conectada ao circuito BiPAP para
continuar a ventilação. Um FOB OD Olympus de 3,8 mm foi atravessado por um tubo
traqueal microlaríngeo (MLT) ID de 5,0 mm conectado a um adaptador giratório de
broncoscopia (BSA); essa montagem foi avançada através de PSM, e posicionada
dentro das vias aéreas Williams (Figura 2a,b). O suporte ventilatório contínuo foi
fornecido através de PSM durante a tentativa de intubação, com a porta lateral de
BSA fechada para evitar um vazamento de circuito. O exame por fibra óptica não
revelou estruturas identificáveis.
Para otimizar a visualização da glote, a ventilação contínua e a proteção de
aspiração, a LMA Fastrach no 4 foi inserida próxima, com a paciente respirando
espontaneamente. Um tubo MLT ID de 5,0 mm com um BSA anexo foi inserido
dentro da LMA Fastrach e conectado ao circuito BiPAP. O manguito do tubo MLT
foi inflado, criando uma vedação das vias aéreas e permitindo ventilação contínua
de BiPAP (Figura 2c,d). Usando a LMA Fastrach como conduíte, a paciente foi
intubada com fibra óptica de forma bem sucedida. A LMA Fastrach foi retirada
com a barra estabilizadora.
Os procedimentos subsequentes de laringoscopia, broncoscopia e traqueostomia
revelaram estenose das vias aéreas de 95%, inclusive estenose subglótica e
cicatrização acentuada da glote posterior e aritenoides.
DISCUSSÃO DO CASO
Este caso altamente desafiador ilustra como a intubação traqueal emergencial pode
ser realizada de forma segura em um paciente pouco cooperativo com vias aéreas
gravemente obstruídas, insuficiência respiratória aguda dependente de BiPAP,
diversos prognosticadores de videolaringoscopia direta difícil e ausência de acesso
cervical frontal.
A decisão de tratar as vias aéreas desta paciente foi abordada com o princípio
central de manter a respiração espontânea com suporte de ventilação por pressão
positiva não invasiva (NIPPV). A ventilação de máscara e bolsa convencional e
laringoscopia direta foram previstas como extremamente difíceis, se não
impossíveis, dada à extensa língua da paciente, abertura bucal limitada, cirurgia
cervical anterior e dentição ruim. A videolaringoscopia foi considerada impossível
devido a diversos prognosticadores de insucesso, como entrada oral reduzida,
espaço orofaríngeo provavelmente restrito e anatomia cervical anormal.3-6
Portanto, FOI com a paciente acordada foi o método mais seguro para gestão das
vias aéreas desta paciente.
Utilizamos de forma eficaz os dispositivos e técnicas de vias aéreas auxiliares para
continuar o NIPPV durante as tentativas de FOI. A máscara Patil-Syracuse
demonstrou ser eficaz ao fornecer volumes tidais apropriados durante a ventilação por
pressão positiva (PPV) e ao facilitar a intubação por fibra óptica.7 No entanto, em
pacientes com vias aéreas com cicatrizes e cirurgicamente alteradas, PPV
isoladamente pode não ser o bastante para abrir por stent as vias aéreas e permitir a
passagem do broncoscópio. Como alternativa, as SGAs podem ser utilizadas em um
paciente desperto como uma ponte para a intubação traqueal, enquanto evita a
aspiração e facilita o acesso à laringe. Em um paciente com anatomia gravemente
distorcida das vias aéreas superiores, a LMA Fastrach pode melhorar o acesso à glote
devido à sua curvatura anatômica, facili-
C)
A)
Figura 1. O equipamento utilizado para intubação traqueal durante ventilação
com BiPAP: pomada de lidocaína a 5% e pá lingual, o broncoscópio por fibra
óptica (FOB)* flexível, a máscara endoscópica Patil-Syracuse com tira de
cabeça, kit de intubação de vias aéreas Williams, o tubo traqueal microlaríngeo
(MLT) 5,0 mm ID, o adaptador giratório de broncoscopia com diafragma
autovedante e a LMA Fastrach no 4 com barra estabilizadora.
Figura 2a,b. A tentativa inicial de intubação usando uma montagem do broncoscópio por fibra
óptica (FOB) flexível, a máscara de endoscopia Patil-Syracuse (PSM), o kit de intubação
Williams, o tubo traqueal microlaríngeo (MLT) e o adaptador giratório de broncoscopia
(BSA). A vedação das vias aéreas foi fornecida ao fechar a porta lateral do BSA (seta branca),
permitindo ventilação concomitante de BiPAP através de PSM.
Figura 2c,d. Tentativa bem sucedida de intubação usando uma montagem de FOB,
LMA Fastrach e tubo MLT. A vedação das vias aéreas foi alcançada ao inflar o
manguito de MLT dentro da LMA Fastrach, permitindo a ventilação concomitante
de BiPAP através de MLT.
*Apesar de um pequeno videobroncoscópio OD Olympus de 3,8 mm ter sido usado no
nosso caso, a imagem representa o Olympus LF-GP FOB (OD 4,1 mm) para destacar a
abordagem alternativa, e provavelmente mais genérica, para intubação por fibra óptica
flexível.
tando de forma eficaz tanto a ventilação quanto a intubação traqueal.8,9 Em
comparação à LMA Fastrach, a LMA Proseal fornece pressões de vedação mais
elevadas10; no entanto, a LMA Fastrach pode ser superior na proteção contra
aspiração.11 Além disso, a troca da LMA Proseal pelo tubo endotraqueal (ETT)
teria exigido o uso do cateter de intubação Aintree (AIC) e ETT ID de pelo menos
7,0 mm. Dado o grau significativo de obstrução das vias aéreas superiores,
estimamos que seria necessário um ETT muito menor.
O fornecimento cuidadoso de anestesia tópica para facilitar a intubação traqueal foi
essencial. A anestesia regional das vias aéreas (laringe superior e bloqueios
recorrentes do nervo laríngeo)
não foi possível devido à anatomia cervical
grosseiramente anormal. A aplicação modificada da “técnica de pasta de dente”2 de
anestésico local (pomada de lidocaína a 5% no nosso caso) é uma alternativa viável
em uma paciente pouco cooperativa, mas que respira espontaneamente. Essa técnica
pode ser particularmente eficaz em pacientes com angústia respiratória, onde as
respirações rápidas provavelmente impulsionam a pomada de lidocaína para baixo das
vias aéreas superiores.
Apesar de a gestão de vias aéreas difíceis na UTI poder ser altamente
desafiador(a), nosso caso ilustra como a intubação traqueal fora da sala de cirurgia
pode ser realizada de forma bem sucedida com equipamento para vias aéreas
difíceis atual e prontamente disponível. A obstrução crítica das vias aéreas é um
dos desafios mais difíceis que o anestesista pode enfrentar, e exige uma abordagem
gradual e cuidadosamente planejada para intubação. Não há uma receita universal
para tratar as vias aéreas obstruídas, e o plano de intubação deve ser guiado pela
patologia subjacente das vias aéreas e pela apresentação clínica do paciente.
REFERÊNCIA
1.  Cook TM, Woodall N, Harper J, Benger J. Major complications of airway management in the UK: results of the
Fourth National Audit Project of the Royal College of Anaesthetists and the Difficult Airway Society. Part 2:
intensive care and emergency departments. Br J Anaesth 2011; 106: 632-42
2.  Drummond JC. Airway anesthesia: the toothpaste method. Can J Anaesth 2000; 47: 94
3.  Stroumpoulis K, Pagoulatou A, Violari M, et. al. Videolaryngoscopy in the management of the difficult
airway: a comparison with the Macintosh blade. Eur J Anaesthesiol 2009; 26: 218-22
4.  Asai T, Liu EH, Matsumoto S, et al. Use of the Pentax-AWS in 293 patients with difficult airways.
Anesthesiology 2009; 110: 898-904
5.  Aziz MF, Healy D, Kheterpal S, Fu RF, Dillman D, Brambrink AM. Routine clinical practice effectiveness of
the Glidescope in difficult airway management:
an analysis of 2,004 Glidescope intubations,
complications, and failures from two institutions. Anesthesiology 2011; 114: 34-41
6.  Savoldelli GL, Schiffer E, Abegg C, Baeriswyl V, Clergue F, Waeber JL. Comparison of the Glidescope, the
McGrath, the Airtraq and the Macintosh laryngoscopes in simulated difficult airways. Anaesthesia 2008;
63(12): 1358-64
7.  Aoyama K, Yasunaga E, Takenaka I, Kadoya T, Sata T, Shigematsu A. Positive pressure ventilation during
fibreoptic intubation: comparison of the laryngeal mask airway, intubating laryngeal mask and endoscopy mask
techniques. Br J Anaesth 2002; 88: 246-54
8.  Ferson DZ, Rosenblatt WH, Johansen MJ, Osborn I, Ovassapian A. Use of the intubating LMA-Fastrach in 254
patients with difficult-to-manage airways. Anesthesiology 2001; 95: 1175-81
9.  Chang CH, Bai SJ, Kim MK, Nam SB. The usefulness of the laryngeal mask airway Fastrach for laryngeal
surgery. Eur J Anaesthesiol 2010; 27: 20-3
10.  Cook TM, Lee G, Nolan JP. The ProSeal laryngeal mask airway: a review of the literature. Can J Anaesth
2005; 52: 739-60
11. Bercker S, Schmidbauer W, Volk T, et. al. A comparison of seal in seven supraglottic airway devices using a
cadaver model of elevated esophageal pressure. Anesth Analg 2008; 106: 445-8
14
PremiaçãoporServiçosDisKntosSAM—2015
Dra.KatherineS.L.Gil
EscoladeMedicinaFeinbergdeNorthwesternUniversity,
Chicago,Illinois
QueroexercitarminhaprerrogaEvacomoEditorAdjuntodoTheAirwayGazeKee
PresidentedoComitêdePremiaçõesSAMparaintroduzirasobservaçõesdoPresidente
WaliquantoàPremiaçãoporServiçosDisEntosSAM2015.SerianãocaracterísEcoe
impróprioparaaDra.KatherineGilexplicarporqueémerecedoradestahonra.Eé
privilégiodoDr.WalilistarascontribuiçõesdaDra.Gil.Noentanto,queroadicionar
umaobservaçãopessoal.
Como Editor Adjunto do The Airway GazeKe, tenho conhecimento em primeira mão
daseriedadecomqueelaassumesuaresponsabilidade,bemcomodaquanEdadede
esforçoqueelacolocaemcadaassuntodenossahumildepublicação.Desde2008,ela
temseesforçadoparatornarnossaGazeKeinteressante,
ADra.KatherineGilénaturaldeWinnipeg,Canadá.ElasegraduounaUniversidadede
ManitobacomBachareldeCiênciaeMedicina.
ADra.GilconcluiuResidênciaemanestesiologia,queincluiservircomoResidente
ChefenoMichaelReeseHospitalandMedicalCenter,Chicago.Katherineconcluiu
umaBolsaemneuropesquisasobreanestesiologia,eganhouoSegundoLugarna
ConferênciadeResidentesdeAnestesiadeMidwestporsuapesquisainRtulada
“Efeitosdaanestesianofluxocerebralregional”.
Elaseuniuaodepartamentodaquelafaculdadeapósabolsa,comumanomeação
comoProfessoraAssistentedeAnestesiologiaeCuidadosCríRcos,Universidade
deChicago.Elaevoluiu,esetornouDiretoradoProgramadeEstudantes
MédicosdeAnestesiologiaemseuprimeiroanocomoprofessora.Katherinese
tornouCo-DiretoradosServiçosrelacionadosàDor;DiretoradoSuporteBásico
atraente,instruEvaedignadeconfiança.
àVidaedosCursosdeSuporteAvançadoàVidaCardíaca;desenvolveu-seese
tornouCo-Diretoradaseçãodeneuroanestesiologia.Apósamudançana
Eestemarcaráo10oanoqueelareúneumelencointernacionaldeinstrutores
paraoCongressoCien_ficoAnualdaASAparaconduzirumaoficinasobrevias
aéreas.Estaéumatarefamonumentalqueenvolveotransportedepartesde
associaçãoàuniversidadedohospital,elaocupounomeaçõessimilaresno
CentroClínicodaUniversidadedeIllinois,Chicago.
equipamentosgrandesepequenos,coordenaçãocomosfornecedores,
acomodaçãodadisponibilidadeepreferênciasdosinstrutores,enquanto
durantetodootemporestantepermanecealegre,calmaeacessívelàqueles
queassistemeauxiliamaoficina.ASAMsebeneficiouconsideravelmentedas
Em1999,aDra.Giltornou-semembrodocorpodocentenaEscoladeMedicina
FeinbergdaNorthwesternUniversity,Chicago,erapidamentefoinomeada
contribuiçõesdaDra.Gil,comotambémosparEcipantesdesuaspalestras,
oficinaseleitoresdenossaGazeKe.Temsidoumahonraeumprivilégio
trabalharcomaDra.Gil,alémdetê-laentremeusamigos.(contagemde
palavras233,paragaranErqueelanãocortenada-RMC).
Dr.RichardM.Cooper
Ex-PresidenteImediato,Presidente
daSAM,ComitêdePrêmiosSAM
CoordenadoradeseuProgramaEstudanRldeMedicinaemAnestesiolgia,enquantoo
transformavatotalmente.Atualmente,KatherineéumaProfessoraAdjuntaem
AnestesiologiaeCirurgiaNeurológica.Elaémembrodediversascomissões
departamentais;evoluiutornando-sePresidentedaSubcomissãodeEquipamentos
dasViasAéreas.
ARvidadesAcadêmicasemGestãodasViasAéreas:
ADr.Gilébempublicadacomvárioscapítulosdelivros,eéumaoradoraprolíficaem
inglêseespanhol.ElapalestrouemdiversoscongressosemChicago,emcongressos
15
estaduaisemIllinois, congressosnacionaisnosEUA econferênciasinternacionais.
EstesincluemcongressosanuaisdeASA,IARSeSAM;o42oCongressoArgenRnode
Anestesia; conferências FIDIVA na Espanha e Colômbia e congressos no Canadá,
Índia,MéxicoePaquistão.NaASA,KatherinetemsidoaOrganizadoraPrincipaleCoModeradora de uma oficina de intubação por fibra ópRca flexível adulta básica e
avançadadesde2007.
ContribuiçõesparaSAM:
KatherinetemsidoummembromuitoaRvodaSAMdesde2006,etornou-seEditora
ChefedaSAMAirwayGazeheem2008.Elafoimentorademédicosprofessoresenão
professores, residentes e CRNAs na publicação de manuscritos para a the Airway
Gazehe. Katherine conRnua sendo membro do Comitê de Comunicação/Comitê de
MídiadaSAM,edaDiretoriadaSAM.
Comoprofessora,elapossuidiversoscargosnoscongressosanuaisdaSAM,inclusive
Oradora, Moderadora de Mesa Redonda, Moderadora de Rodadas de Pôsteres e
Instrutoradeoficinas.ElafoimembrodoComitêdeProjetosEspeciaisSAM.Também
foi consultora parRcipante da Força Tarefa da Sociedade Americana de
Anestesiologistas para atualizar as Diretrizes de Boas PráRcas para Gestão de Vias
AéreasDi|ceis.
Nafrenteexterna:
Katherinetemsidoumalíderparacadagrupoescoteirodemeninosemeninas,bem
comoComissáriadeUnidadeeComissáriaAssistentedeDistritoparaEscoteirosdos
EUA;elaaRngiuoGraudeIrmandadenaOrdemdaFlecha.AsaRvidadevoluntárias
da Dra. Gil incluíram oficina no Hospital Dr. Dario Contreras em Santo Domingo,
RepúblicaDominicana, aotratarderefugiadosdoHaiRcomlesãonacolunaapóso
terremoto. Também trabalhou em Porto Príncipe, HaiR, na tenda hospitalar da
OrganizaçãodeAssistênciadaUniversidadedeMiami,cuidandodepacientesapóso
terremoto.
KatherineconRnuaocupadacomsuafamília,eécasadacomseumuitopacientee
esRmadomarido,FulvioGil.Elestêmtrêscriançasexcelentes,Roberto,AlexeNicole,
APremiaçãoporServiçosDisKntosda
SocietyforAirwayManagement:
OPrêmioporServiçosDisRntosSAMreconhece
oindivíduoquerealizoucontribuições
excepcionaisesustentadasparaaSociedade,
promovendonossosobjeRvosdeprover
educaçãoe/oupesquisarelacionadaàsvias
aéreaseaumentarasegurançadopaciente.O
prêmioéconcedidoquandoumcandidato
merecedorénomeadoeeleitopeloComitêde
PremiaçõesSAMesancionadopelaDiretoria
daSAM.
AnKgosganhadoresdoprêmioDSASAM:
Dra.LorraineFoley(2006)
Dr.AntonioSanches(2007)
Dr.RichardAghababian(2008)
Dr.D.JohnDoyle(2009)
Dr.WilliamRosenblad(2010)
Dr.CarinHagberg(2012)
Dra.ElizabethBehringer(2013)
Dr.AllanKlock(2014)
ecinco‘Grandes’netos,quenãoamantêmjovem.Naverdade,elesaestão
desgastandocomtodososjogosqueaobrigamjogar.Mas,emsuaspróprias
palavras,“édiverRdodequalquerjeito”.
Dr.AshutoshWali,
Presidente,SAM
16
ManobrasdeViasAéreasquerealizeiemCamden
Dra.ValerieArmstead
EscolaMédicaCooperdeRowanUniversity
Camden,NJ
Anecessidadeémãedainvenção.
Introdução:ApósfácilvenRlaçãocommáscarafacialealgumaslaringoscopiasdiretasmal
sucedidas,umaenfermeiraanestesistaintuboucomsucessoumpacientecomlaringe
anterioruRlizandoumGlideScopeefórcepsMcGill.Opacientenuncaapresentou
deterioraçãodesinaisousaturaçãodeoxigênio.
infelizmente,logoapósotuboendotraqueal(ETT)nasalRAEde7,5tersidoinseridono
local,tornou-seevidentequehaviaumafendamuitograndeaoseuredor,mais
certamentedevidoaodanoaomanguitodecorrentedofórcepsnosdentesdopaciente.
Encontra-seaquiumenganoqueacrediteieconomizartempoenquantoaguardavaque
umbroncoscópioflexívelfossetrazidoparaasala.Tomeiadecisãodesimplesmente
Aextremidadecoudeanguladadasondaatravessouaaberturadoconectordo
broncoscópioabaixodoRAEnasal(Fig.3).
Apóspassarasonda, suaposiçãodentrodoRAE nasalfoi
confirmada com o GlideScope. As marcações de
profundidade em cenÇmetros na sonda foram observadas
dedentrodoRAEnasaldemodoareassegurarqueasonda
não estava muito profunda no tronco brônquiotraqueal. O
RAE nasal anRgo foi removido, deixando a sonda presa
sozinhanavianasotraqueal(Fig.4).
Fig.3Passagemdesonda
UmRAEnasalrecémlubrificadoetestadodemesma
dimensãofoiguiadosobreasonda(Fig5e6),conformea
realizarumatrocadeRAEnasaluRlizandoumasondapadrãode70cm,Introdutorde
TuboEndotraqueal10FrenchSunMed(ExtremidadeCoudeAzul—SunMed,Grand
sondaeracuidadosamentereRradamanualmente
Rapids,Michigan).ManRvemosoGlideScopeemmãosparagaranRralocalização
anatômicacorretadoequipamento.
Técnica:Parafinsexploratóriosdestadica,reordenamosasetapasenvolvidascomaajuda
deummanequimdetamanhocompletoeKenStaymen,RN,MSN,nossocoordenador
desimulaçãoemlaboratório.
Antesdetentaratroca,uRlizou-seumConectorGiratórioDuplodebroncoscópio
MallinckrodtcomTubodeExtensãoExpansível15Fx22mmx15mmparamantera
venRlaçãoentea
máquinadeanestesia
eRAEnasalmalvedado
Fig.4Sondanolocal
noníveldanarina(atésua
extremida-deproximalaRngir
(Fig.1e2).
aaberturaproximaldo
conectordoRAEnasalde15
mm—Fig.7).
Fig.1ConectorGiratórioe
TubodeExtensãoExpansível
Fig.2ETTRAENasal
Fig.5NovoERAnasal
Fig.6Sondapresaànarina
Fig.7Asondaé
reRradaaté
sua
extremidade
proximalestar
alinhadaao
ETT.
17
Nestemomento,umpardefórcepsKellyfoiuRlizadoparasegurareestabilizara
sondaegaranRrquenãodesceriamuitoprofundamentenonovoRAEnasalRAE.(Fig.
8).
OnovoRAEnasalfoiinseridonanarinaatéaRngira
profundidadecorreta
natraqueia.Depois,a
sondafoireRradacom
auxíliodofórcepsKelly
(Fig.9).
Fig.8Fórcepspresoàsonda
Após inspeção com GlideScope e o dióxido de carbono
RdalfinalconfirmarqueatrocadeETTfoibemsucedida,o
novoETTRAEnasalfoipreso.
Fig.9ETTnolugar;sonda
sendoreRrada
15-18desetembro
de2016
Discussão:Diversosrelatosdousodeumasondacomoguiadeintubaçãonasaltêmsido
descritosnaliteratura.1Hátambémrelatossobreousodecateterdetrocadasviasaéreas
(AEC)paraconverteraviadeintubaçãodostubosendotraqueaisnasaisexistentespara
tubosendotraqueaisorais,maisnotavelmenteporummembrodaSAM,Dr.Richard
Cooper.2Esterelatodecasorevelouquefoipossívelumatrocabemsucedidaparatubos
endotraqueaisoraismaiscurtos,comobônusadicionaldacapacidadedeinsuflaroxigênio
atravésAECintermediárioatéatroca.Nonossocaso,nãopoderíamoscortarotubo
nasotraqueal,umavezquedificultariaasseguraroprocedimentodecirurgiaoral.A
implantaçãodofórcepsKellytornouatrocamaissegura.Nãoencontreirelatosusando
especial-menteotuboRAEnasalmaislongoenãocortado.Nestecaso,foram
disponibilizadasdiversasopçõesparaatrocadeRAEnasal.Noentanto,o“planoseguro”
maisrápidopareceuconcordarcomométodoescolhido.
Referências:
1 ArisakaHetal.ApplicaRonofgumelasRcbougietonasalintubaRon.AnesthProg.
2010;57:112–113.
2 CooperRM.ConversionofanasaltoanorotrachealintubaRonusinganendo-tracheal
tubeexchanger.Anesthesiology.1997;87:717–718
Vejovocê@
15-18desetembro
de2016
ATLANTA,GA
Visitewww.samhq.comparaasdiretrizesdepublicaçãodaAirwayGazede
18
FórumE-LightsSAMdaplataforma
para[Dr.]
Tópico: CursodeviasaéreasexcelentesemSãoPaulo,Brasil27-28defevereirode
2016(FórumdediscussãosobreocursodegestãodeviasaéreasdaSessãoSAM
Brasil)
∆∆Nessefimdesemana,RveaoportunidadedeassisRr(comoobservador–
convidaram-meparaavaliarocurso)aumcursodeviasaéreasdi|ceisorganizado
pelogrupoCTVA.OgrupoCTVAéaquela"equipebrasileira"naSAM(Drs.Daniel
Perin,MauricioMalito,MauricioAmaral,etc.).Oqueestaspessoastêmemcomum:
nívelmuitoelevadodecompetênciaeperícia.Euoscumprimentoporrealizaro
MELHORDETODOSOSCURSOSDEVIASAÉREASDIFÍCEIS.Naverdade,acreditoque
souautorizadoadizeristo,umavezqueparRcipeidediversoscursosdeviasaéreas
di|ceis(ESA,ASA,SAM,SBA,SAESP...etc.).Acredite,estefoiomelhor.Elesnão
apenasselecionarampessoasaltamentequalificadasparapalestrar,comotambém
uRlizaramatecnologiamaisatualparaensinar(inclusivedoissimuladoresRSIM).
Aplateiadestecursoincluíaanestesistasdediversascidadesbrasileiras,de
diferentesestados,inclusivepessoasqueviajarammaisde1000milhaspara
compareceraestecurso(totalde60pessoas).Nestecursoosinstrutores(pessoas
doCTVA)recomendaramàplateiaquesejuntasseàSAMe,entreosmoRvos,eles
anunciaramofórumdaSAMcomoumaformafácilemagníficadecomparRlhar
opiniõescomosmelhoresperitosemviasaéreasnomundo.Defato,aprincipal
razãoparaumanestesistabrasileiro,quenãoestápropensoaviajarparao
congressodaSAMparaunir-seàSAM,éaoportunidadedeacessarofórumdaSAM
esebeneficiardoparecerprontamentedisponíveldosperitos.Elestambém
recomendaramaSAMGazehecomoumaformadeobterconhecimentoemdiversos
aspectosdegestãodasviasaéreas.
TenhocertezaquequalquermembroSAMficariaorgulhosoemverumcursodevias
aéreascomoeste.MeussincerosparabénsàequipeCTVA.
Dr.MarceloRamos
ΩΩParabénsaosorganizadores.Umarevisãomuitoimpressionante.Muitobem.
Dr.RichardCooper
ΩΩAssisRaestecursotambém!Comoresidenteemanestesiologia,poderiadizer
queseriaessencialquetodososestudantesdeanestesiaparRcipassemdeum
cursocomoeste,comsimulaçõesdesituaçõesdeviasaéreasdi|ceiseinstruções
práRcasdecomolidarcomamaioriadosdisposiRvosdeviasaéreasdisponíveis
aquinoBrasileemtodoomundo.
Dr.RicardoZanlorenzi
ΩΩPrezados,especialmenteoDr.MarceloRamos,
ObrigadoporsuaspalavrasgenRs.EstamosmuitoorgulhososdecomparRlharo
conheci-mentocomnossoscolegasetrazernovatecnologiaaonossopaís.Oscursos
daCTVAsãorealizadoscombasenoscongressosdaSAM,eaprendemosaparRrde
pessoascomooDr.Cooper,Dr.Suresh,Dr.Wali,Dra.Giletodososmembrose
corpodocentedaSAM.ÉumahonraparaaCTVArepresentarocapítulobrasileiro,e
estamostentandomuitomelhoraronúmerodemembrosdasociedade.Éissoque
tornaasoci-edadeforte:seusmembros.
Atenciosamente,DanielPerin
Dr.DanielPerin
ΩΩTrabalhoemumaequipedeanestesiade28médicosnosuldoBrasil.Háalguns
anosdecidi"nortear"minhaequipe,eumadasdecisõestomadasfoiademelhoraro
conhecimentoemcasosdeviasaéreasdi|ceis.Selecionamos7médicosparairaSão
PauloparaassisRraocongressosemestraldaCTVA,eeuestavaentreestemesmo
grupo.Desdeentão,nossaabordagemparacasosdeviasaéreasdi|ceismudou
dramaRcamente,eagradecemosàequipedaCTVAporisso.Emsetembropróximo,
tereioprazerdecompareceraocongressoSAMemAtlanta,paraoqualestou
bastanteansioso.Passagensaéreasjáemmãos! Dr.OtavioSantos
ΩΩGostariadeapoiarapublicaçãodoDr.Perineagradecermuitosuaspalavras
genRssobrenossotrabalho.Trabalhamosduroecompaixãoparaofereceromelhor
quepodemos,eacreditoqueacoisamaisimportanteéinspirarosoutrosafazerem
omesmo,aestudarediscuRrsobreagestãodeviasaéreas,amelhoraras
habilidadesetécnicasecomparRlharasexperiências.DevoagradeceraFelipe
Urdaneta,AllanKlock,IreneOsborneatodososcolegasdaSAMpornoster
inspiradoeapoiadoafazê-lo.
Dr.MauricioMalito
ΩΩMuitofelizemouvirisso.Qualquercursoqueébemensinadoeencorajaos
praRcantesaficarementreosmelhoresnateoriaetecnologiadeviasaéreasé
benéficoparatodosnós.ObrigadoporinvesRrtempoparaorganizarumcursodevias
aéreastãobemconduzido!Mantenhaotrabalhofirme!
Dr.CarinHagberg
19
Tópico(curto,masgenKl):
Solicitaçãodefórumparainformaçõesdeequipamentodeviasaéreas
∆∆ AlguémconheceumvaporizadorparausoemUTI?Haviaumaempresano
WAMMqueRnhaum,masnãoconsigoencontrá-loagora.Obrigada,
Dra.BethAnnTraylor
ΩΩ PoderiatersidooAnaConDa.Segueolink:
hhp://www.medgadget.com/2010/11/the_anaconda_brings_volaRle_
anestheRcs_to_the_icu_1.htm
Dr.RichardCooper
Cirurgia:Laringoscopiadireta+Esofagoscopia+Excisãodeferragemcervical(toda
abordagemanterior)+abaSCMparareconstruçãodoesôfago.Necessidadede
monitoramentodonervovagodurantetodooprocedimento.
Inseriumtuboreforçado5,0através
daaberturatraquealapósinduçãode
anestesiasemproblemascoma
venRlação.Paraomonitoramentodo
nervo,Rvequeintubarviaoralcom
umtuboendotraquealde
monitoramentodacordavocal(Tubo
NIMTriVantageEMG).Essetubo
estavaaRngindootuboendotraqueal
inseridoatravésdatraqueia.Após
reRrarotuboreforçadoinserido
atravésdatraqueostomia,otubo
endotraquealEMGinseridoviaoral
apresentava
grandefendaatravésdatraqueostomia,eempurrarmaisdistalmentecausariauma
intubaçãoendobrônquica.
Tópico(apresentaçãodecaso):
Ferragensdacolunacervicalquecorróioesôfago
∆∆ Oi,gostariadesabersuaopiniãosobreotratamentoanestésicodopaciente
aseguir.
Caso:Jovemdosexomasculinocomhistóricodeacidente,quecausou
tetraplegiaC4.ElefoisubmeRdoafixaçãocervicalpréviaanterioreposterior
comferragem(gaiola).EleétraqueostomizadocomShileytamanho4.Após
pneumoniarepeRda,descobriu-sequesuagaioladacolunacervicalcausa
corrosãonoesôfago.UmtuboPEGfoiinseridoparaalimentação.
Solução:Inseriotuboreforçado5,0novamentenolocaldetraqueostomia,entãocortei
aextremidadedistaldotuboendotraquealEMGacimadomanguitoeoinseriviaoral
parateroseletrodosnascordas.Gostariadesabersealguémtemumaideiamelhora
respeitodoplanodegestão?Obrigado,
Dr.RafiAvitsian
ΩΩ Saudações,parecequevocêapresentouumaboasolução!
PareceuqueoproblemafoiadistânciadomanguitoatéaextremidadedoETT.Como
todossabemos,nemtodomundotemomesmotamanhoeacarinapodeseencontrar
emprofundidadesvariadas.
NIMpossuiumpaddemonitoramentodeEMGde3cm,cujospontosintermediários
encontram-se10cmdaextremidadedoETT.DeacordocomaMedtronic.....
..."Otuboéequipadocomquatroeletrodosguiadeaçoinoxidável(doispares),que
estãofixadosnosiliconedoeixoprincipaldotuboendotraquealexpostoapenasauma
curtadistância,aproximadamente30,0mm,
ligeiramenteaomanguito,para
Tubode
contatocomascordasvocais.
traqueostomia
Oseletrodosestãolocalizadonaporção
ETTreforçado
anterolateraldotubocomumponto
intermediáriodeaproximadamente10cm
ETTNIM
acimadaextremidadecaudaldotubo".
Portanto,aparRrde1,5cmdoponto
ETTNIM
Intermediáriodopad,issosignificaquea
Trivantage
partedistaldoETTestá???a7a8cm
20
dedistância.
Comparadosaostubosdetraqueostomiaetubosreforçados(dependendodo
fabricante),podeserqueoETTNIMpossuísseumadistânciamaislongadaextremidade
atéomanguito...resultandoemintubaçãoendobrônquicasemuitodistantepara
dentro,efendasemuitodistanteparafora(videimagemobRdadaInternet).Paraos
tubosnãoNIM,umavezqueasdistânciasdaextremidadeatéomanguitopodemser
maiscurtas,issonãoocorreria.
Qualaalturadopaciente,eaoqueseassemelhavaocomprimentodoseupescoço?
QualotamanhodoNIM,evocêusouinicialmenteumavideolaringoscopiapara
inserçãodotuboNIM?VocêpodiavisualizaroNIMconformeeleatravessavaa
aberturadolocaldetraqueostomia?Atenciosamente,Katherine
Dra.KatherineGil
ΩΩ Soluçãointeressanteparaoproblema,Rafi!Estestubosendotraqueaissãode
fatoespeciaisegeralmentedesafiadoresparanivelar,nãoimportandooposicionamentocorreto.Elelevantaopontodepossívelbene|cionousodeumatécnicade
combinaçãoqueuRlizaVLouDLcomumescopoflexívelparaobservarexatamente
ondeaextremidadedoETTestárealmentelocalizadaemrelaçãoàcarina.Katherine
fezalgumasperguntasboas.
Dr.CarinHagberg
ΩΩAalturamédiadopacienteeradeaproximadamente175cm.URlizamosum
NIMdetamanho7,0,eoinserimoscomlaringoscopiadireta,apesardeacharmos
queoVLeraumaalternaRvamuitoboa(senãomelhor).
ONIMnãoatravessoudesdeolocaldatraqueostomia,mas,comohaviaumagrande
fenda,removemosoNIMinseridoporviaoralesubsRtuímosporumtuboreforçado
nolocaldetraqueostomia.Emseguida,inserimosoNIMporviaoralapóscortarsua
extremidade.
Dr.RafiAvitsian
—SIC
hL p s://youtu.be/YAk_pA7Xq1g
hL p s://youtu.be/_uVPpPZ7f_4
Teveumproblema?Conte-nossobreseucasofascinante!
Precisadeslidesoufotografiasparasuaconferência?
Quercontatosoufontesparaajudá-lo?
Todosestãodispostoaajudar—vejaasrespostaacimados
presidentesdaSAM,ex-presidentesenossoDiretorExecuKvo.
—Trata-sedeser“próximo”epessoal!
—Então,inscreva-seejunte-seaoFórumSAMemforMD.com
Retratação:
ManuscritospublicadosnãonecessariamenterefletemasopiniõesdaSAM.
21
ATUALIZAÇÃO
´
Atualização sobre o Fórum da SAM
Por Felipe Urdaneta
Há quatro meses, nosso Fórum da SAM mudou para uma
plataforma privada denominada “for[MD]. Esta plataforma
móvel foi realizada com organizações como a nossa mente; a
ideia por trás é construir e envolver as comunidades privadas,
melhorar o envolvimento dos membros e promover trocas em
uma rede segura compatível com HIPAA de seus pares.
ativaram suas contas e, portanto, estão perdendo as
oportunidades de engajamento com os demais membros SAM
por meio desta plataforma de qualidade. Gostaríamos de
aumentar estes números e melhorar nossa interação. Estamos
chegando a todos os membros por meio da Gazette. Caso não
tenha ativado sua conta ou caso esteja apresentando problemas técnicos, avise-nos. Ficaremos mais do que felizes em lhe
prestar suporte individual. Envie uma mensagem para
[email protected], conte-nos o que pensa e nos dê
uma opinião sobre como podemos melhorar nosso serviço.
O principal motivo de termos decidido mudar o sistema de email tradicional foi por motivos de segurança e privacidade e
para proporcionar aos membros a liberdade de controlar a
frequência com a qual desejam se engajar com seus pares.
for[MD] permite que cada usuário selecione como gostariam
de ser notificado sobre a atividade no site ou opte por receber
as notificações em conjunto. Naturalmente, a mudança não
OFÓRUMSAM
MUDOU
paraaplataforma
for(MD).
ocorre facilmente, especialmente quando estamos tentando
substituir um sistema que está em vigor há muito tempo. Os
números mais recentes indicam que 40% dos membros SAM
ativaram suas contas, com cerca de 10% de crescimento por
mês. Também significa que 60% dos membros ainda não
22
“Spray-As-You-GoModificada”—umaMudançaparaIntubação
Dr.GuillermoNavarro.
HospitaldeEmergenciasClementeAlvarez
Rosario,ArgenKna
Introdução:
Umapacientede69anoscompareceuaopronto-socorrocomangúsRarespiratóriaprogressiva.ElaapresentavahistóricodemassacervicalassintomáRcaenquantoaguardavaumdiagnósRcohistológicodefiniRvoetratamento.Elanegou
qualqueroutrohistóricopessoaloufamiliar.Apacienterelatousensaçãodefalta
entradadeumtuboendotraqueal(ETT).Haviaumcolapsoproximaldoesôfago,
cuja estrutura retornou ao seu calibre normal no nível da segunda vértebra
torácica. Após a administração de corante de contraste intravenoso, a massa
pareciahomogeneamentesólida,comcertoaumentodedensidadeheterogêneo
(Figura1).
dearprogressiva,quepiorounasúlRmashoras.
Nenhumindicadordedificuldadefoiprevistoparaastécnicasqueenvolvemuma
máscarafacialsimples,viasaéreassupraglóRcas(SGA),laringoscopiadiretaou
videolaringoscopia.Noentanto,aangúsRarespiratóriaprogressivadapaciente,
comaimagemdaTC,levou-nosadecidirquantoàabordagemconservadoraantes
dacirurgiaproposta(umatraqueostomiadefiniRva).
Exame|sico:
Altura160cm,Peso65kg,PA120/80mmHg,frequênciacardíaca95baRmen-tos/
minuto,frequênciarespiratória18respirações/minutoesaturaçãodeoxigênio
(O2)94%emarambiente.Oexame|sico(inclusivedasviasáreasemovimento
cervical)foicompletamentenormal,excetoporpodersenRrumapequenamassa
noladodireitodopescoço,eporobservarretraçãoinspiratóriadiscretanasáreas
supraclaviculares.Auscultaçãonãorevelounenhumaanorma-lidadeepresença
debominfluxodearemambososcampospulmonares.
Estudoslaboratoriais:
Estudoslaboratoriaisiniciais,inclusiveECG,foramnormais,excetopeloseguinte:
Umatomografiacomputadorizada(TC)revelouumamassade7,5x5,0cmde
ocupaçãodeespaçoaolongodaáreasupraclaviculardireita,estendendo-seàsaí-
datorácica,emrelaçãoínRmacomo
lobodireitodaRreoide.Pareciadecaráterheterogêneo,próximaàparede
lateraleposteriordatraqueia,que
estavacortada.Atraqueiaestava
estreitadaobastanteparaindicarque
eranecessáriatraqueostomia,porém
suficientementeamplaparapermiRr
Fig.1EstreitamentodiscretodatraqueianaTC
Estratégiaparagestãodeviasaéreas:
Nosso plano selecionado foi uRlizar um videolaringoscópio GlideScope® (GVL—
Verathon, Seahle, WA) com uma lâmina tamanho 3 para intubação traqueal,
apesardeapacienteestardespertaevenRlandoespontaneamente.
OPlanoBfoimanteraoxigenaçãoeusarumaSGAdesegundageração.
O Plano C foi manter a oxigenação pela máscara facial simples, com dois
operadores, para oRmização de vias aéreas abertas em anestesia geral e
relaxamento neuromuscular, ou para o uso de SGA alternaRva, conforme o
necessário.
OPlanoD incluíagestãocomdisposiRvoinfraglóRcocirúrgicocomanestesialocal
+/–sedação,senecessário.
O Plano E foi o uso complementar opcional de um broncoscópio flexível, para
qualquer dos planos A, B ou C, para realizar intubação através de SGA, ou em
combinaçãocomoVL,conformenecessário,ouaserusadocomodisposiRvosolo.
Evoluçãoclínica:
ApacienteassinouoconsenRmentoe,apósumperíododejejumdeseishoras
(previstoparasermuitotolerávelparasuacondição,)elafoilevadaparaasala
23
decirurgia.Elafoimonitoradacomoximetriadepulso,ECG,pressãoarterial
nãoinvasiva.Elarecebeu50µgmde
fentanilintravenosoe50%deO2via
máscarafacial.Anebulizaçãoincluiu5
Subsequentemente,a
pacientefoiintubadacom
sucessocomoVLnaprimeiratentaRva(Figura5).
Oprocedimentocirúrgico
mLde2%delidocaínapelamáscarapor
20minutos(Fi-gura2).Suassaturaçõesde
O2foramde98a100%.
foirealizadosuavemente,
eapacientefoitransferidaparaasalade
recuperação(Figura6).
Remifentanilfoiiniciadoa0,5µgm/kg/min Fig.2Nebulizaçãocom2%delidocaína
viaintravenosa,comdosescrescentes
admi-nistradasporumabombavolumétricaparaaRngirumestadodesedaçãode
3naescalaRamsay.ComumoperadorusandooVLpararealizarlentamentea
larin-goscopia,umsegundooperadoraplicouanestesialocal(LA)sobmonitora-
mentoVL,comaajudadeum
atomizadorMADgic(TeleflexMedical
Research,TrianglePark,NC).Menosde5mg/kgde2%delidocaína—
bemabaixodomáximorecomendado
—foramadministradosviaoralem
Fig.5Inícioeconclusãodeintubação
Discussão:Estratégiasparalidarcomagestãodevias
aéreasempacientedespertosãoalternaRvasquando
aanestesiageraleaboliçãodevenRlaçãosão
consideradasperigosas.2Frequentemente,asopções
deVLtêmsedemonstradoeficazesnesteRpode
abordagem.3Emboraoexamedestapacientenão
tenhademonstradoníveispreocupantesde
dificuldadeprevistadasviasaéreas,documentou-se
periodicamentequeaqualidadedeinformaçãocom
baseapenasnosprognosRcadorespodeterumataxa
sériadeinsucesso.4
Noentanto,acoisamaisimportantequefezpenderabalançaparaanossaabor-
dagemempacientedespertofoiodesenvolvimentoprogressivodesuapresente
doençaemassociaçãocomasimagensdeTC.Deve-seobservarqueaavaliação
complementardadificuldadedegestãodeviasaéreasbaseadaemimagens
estáRcas(TC,radiografiaseressonânciamagnéRca[MRI]);ouaquelasdinâmicas
(ultrassonografiaeendoscopianasalflexível)aRngeumamaiorrelevâncianataxa
Fig.3Técnica“spray-as-you-go
modificada”emdireçãoàbaseda
língua
método“spray-as-you-gomodificado",
inicialmentenaporçãofaríngeada
língua,depoisnavalécula(Figura3),e
finalmentenaaberturaglóRca(Figura
4),ondefoidirecionadoparadentroem
direçãoàtraqueia.1
Fig.6Traqueostomiainsitu
nasaladerecuperação
dedetecçãoeplanejamentoparaestratégiasdesucesso
Fig.4Técnica“spray-as-you-go
modificada”naentradaglóRca
Outroaspectointeressantedenossaabordageméqueseguimosasdiretrizesda
24
DifficultAirwaySociety(DAS),queconsisteemdiversosplanosalternaRvosno
casodeinsucessosignificaRvodeumoumaisdeles.5Ésemprevitalmanteropções
alternaRvase,especialmente,teremmenteaintençãoconÇnuaconstantepara
suportedaoxigenaçãoadequadaaopaciente.
Finalmente,empregamosumatécnica“spray-as-you-gomodificada”comuso
simultâneodeVL,paraaplicarLAdeformatópicaconformemargeamosoVLpróximo
àlaringe.Historicamente,spray-as-you-goparaaadministraçãodeLAdurante
intubaçõescompacienteacordadotemsidocomumenterealizadacomendoscópios
porfibraópRcaounãoflexíveis.Estatécnicaéexecutadaaoanexarumaseringacom
2a4%delidocaínanaporta(sucção)detrabalhoendoscópio,ouaumcateterepiduralrosqueadoabaixodocanaldetrabalhopararealizarumborrifomaissimilaraum
jato.
Paraa“técnicaspray-as-you-gomodificada,”oatomizadorMADgicéexclusivamenteapropriado,umavezquesuasondamaleávelpermiteaformatação,
conformedesejado,paraajustar-seàanatomia.Alémdisso,possuiexcelente
açãodeatomização.EmcombinaçãocomoVL,aaplicaçãode“spray-as-you-go
modificada”érealizadaduranteaobservaçãodiretadoatomizadornateladoVL.
IstopermiteatemaRzaçãomaisprecisaemenosprovávelderesultaremdoses
maiselevadas.
Conclusão: o VL é um disposiRvo úRl não apenas para realizar a intubação bem
sucedida em pacientes despertos, mas também em conexão com o atomizador
MADgic para auxiliar uma técnica “spray-as-you-go modificada” para a
administraçãodeLAàsviasaéreas.
Referências:
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laryngoscope and fiber-opRc bronchoscope in difficult airway paRents.
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Visitewww.samhq.comparaseunirànossa
Sociedade!
3 RosenstockCVetal.AwakefiberopRcorawakevideolaryngoscopictrachealin-
tubaRoninpaRentswithanRcipateddifficultairwaymanagement:arandomized
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4 NørskovAKetal.DiagnosRcaccuracyofanaesthesiologists’predicRonofdiffi-
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5 FrerkCetal.DASintubaRonguidelinesworkinggroup.DifficultAirwaySociety
2015guidelinesformanagementofunanRcipateddifficultintubaRoninadults.Br
JAnaesth.2015;115(6):827–48.
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premiadacomumafitaSAMemreconhecimentoporsua
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aéreas.Enconrajamosespecialmenteoscolegasresidentesemtreinamento
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