Guia é para guiar! O CEG e a Montcamp estarão sorteando vários
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www.guanabara.org.br Montanhismo - RJ Edição de Abril de 2002 - 300 exemplares Rua Washington Luiz, 9 cobertura - Centro - Rio de Janeiro RJ - CEP 22230-020 Tel.: (21) 2232-0569 www.guanabara.org.br O CEG e a Montcamp estarão sorteando vários brindes para os Guias do Guanabara. Para participar, é só guiar! Brindes: Mochila Costuras Freio Oito Barraca Lafuma Neblina (2 lugares) Apoio: Elisa, Beto e Passalogo no Jacuba (foto de Francisco Saraiva) Guia é para guiar! Artigos Tipos Inesquecíveis Francisco Saraiva Divagações João Molica Primeiros Resultados do Seminário de Mínimo Impacto em Montanha FEMERJ Notícias Novidades na Sede Carne fresca no corpo de Guias Prova de Monitoria CBM 2002 Abertura da Temporada de Montanhismo 2002 Abril de 2002 ANIVERSARIANTES DO MÊS PROGRAMAÇÃO DE ABRIL 1234 123 123 123 1-3 1-3 213 562728389 34 4567389 5693 53383593 8"5$33%6&'8!(8)3 .6 79933/93 (9386&60 63 5 '3383493 215263 . 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Procure o guia responsável nas reuniões sociais, ou ligue para o clube quinta-feira à noite - Tel.: 2232-0569. 2 www.guanabara.org.br 12 2 2 &2 '2 .2 02 32 152 112 12 1;2 1'2 1.2 102 132 52 12 2 2 ;2 &2 '2 .2 32 34567897 254 9286 292 828549252852 579254562 22545 2!5 92 "#7852548522$54652542 %4654 257 5 257872 34656 2" 484 268 42 (54 2) 22354852 9*2$9 2 9256 925 92 +4892 92 ,478522-884525575682 9*254 92" 484 25782 9*2986 25782 2 54/78 2! 525575682 $6 68 254 92692" 1 2 2652484522 4592 548 22-8845242 9256 92 6452(9786 8522594 2852 ,852%57542 (65254852$82 (98992442 $649 62%545529+8 2 *48 2692 952 "88562 54924:2 $6<68 254 92484522$852 "85652=4649157 286 2 5 2547 92)>522-88452 3448?2 45662@56962 6A68522%544 924592 65*48522%544 924592 5 2! 14 22545 2 ! 95622$852 $8754252852$92854B92 58 25662 782 547 2$4*8 24486 252852 $5926597 67 92 44C52 2 (8254 98752 $6 68 2(542565 2 42547 923 697522545 2 $85642 2$545255 B92 386 2 6D592!8922$45#> 2 $:8452 492E9425852 $6525485223485923456D52 %8652E6 2 E52)92! 4 2 $66269248452 54 92$14 2 922$45#> 2 :542 46962 54852) 4:52 448526597 67 92 8125485225 92 92 ,8 25685 26589562 F25485268592% 592 E142!5 62!5 92 F95124898652% 49248452 (9 622-88452:52 54 92 9*2"891 522 :52 58 6254522$6452 ! 14 25? 2F7 86 92 Diretoria do CEG Presidente Vice Presidente Tesoureira 1º Secretário 2º Secretário Dir. Técnico Dir. de Divulgação Dir. Social Dir. de Meio Ambiente Bibliotecário Altair Trindade Francino Bomtempo Samara Regina André Stellmann Luiz Bandeira Frederico Noritomi Rodolfo Campos Ingrid Carvalho Manuel Rosário Jr. Elisa Goldman Colaboraram nesta edição Textos: João Molica, Francisco Saraiva, Frederico Noritomi e Elisa Fotografia: Francisco Saraiva Revisão: Fernanda Reis Arte: Carla Vieira Reuniões Sociais do CEG Todas as quintas-feiras, a partir das 19:00. Caso queira contribuir com esse boletim, envie seus artigos, notícias, comentários e sugestões para Rua Washington Luiz, 9 - cobertura Rio de Janeiro - RJ - Cep 20230-020 ou por e-mail: [email protected] As matérias aqui publicadas não representam necessariamente a posição oficial do Centro Excursionista Guanabara. Ressaltamos que o boletim é um espaço aberto àqueles que queiram contribuir. Tabela de Preços Mensalidade: Matrícula ou Descongelamento: Curso Básico de Montanhismo: Curso Avançado de Escalada: R$ 10,00 R$ 30,00 R$ 300,00 R$ 120,00 11 Abril de 2002 www.guanabara.org.br FIQUE POR DENTRO! Corrida Maluca Depois que foi anunciado que os guias do CEG serão premiados por produtividade, coisas estranhas vêm acontecendo no clube... Um conhecido guia foi flagrado riscando o nome do outro guia da folha de excursão de uma caminhada, que seria guiada por ambos... Se cuida Dick Vigarista!!!! Cãozinho mal informado Em recente churrasco na casa da Malena, o Beto levou seu poodle (disfarçado de schnawser). Lá pelas tantas o Altair viu um gato se esgueirando pelos cantos, e disse: Pega Joca!!! No mesmo instante, o Beto deu um salto e segurou o Joquinha a tempo, dizendo: Não! Não! Não! Ele não sabe que gato é inimigo... Parte delicada Durante a caminhada no Jacuba, Beto colocava pilha no Waldecy por causa da excursão de bicicleta do CERJ: - Soube que vocês andaram cicloviando... - Pois é, mas saiba que o único que apareceu com bermudinha de lycra foi o Mário Senna. E a bermudinha dele ainda tinha almofadinha no bumbum! Tuti-fruti Ainda na excursão do Jacuba, Mário Senna parecia um pouco abatido. Logo ele, que sempre demonstra vigor e disposição em excursões, parava de vez em quando e queixava-se de dores. Quando lhe perguntaram o motivo da indisposição, ele disse que fora uma banana que não lhe fizera muito bem... Pelo menos não foi um abacaxi! Carne fresca no corpo de guias CBM 2002 A partir do dia 28 de março de 2002, o CEG está contando com mais um guia de caminhadas no seu corpo de guias. Trata-se do João Molica. O CEG lhe dá as boas vindas, deseja sucesso e boas excursões. Estão abertas as inscrições para o 1º Curso Básico de Montanhismo de 2002, que terá início em 18 de maio. Os interessados devem procurar a secretaria do clube. Faça a sua inscrição! Vagas limitadas! Prova da Monitoria Novidades na Sede Nos dias 08, 11 e 12 de maio deste ano serão realizados exames de ingresso na Monitoria do CEG. Os candidatos serão avaliados em prova oral de conhecimentos, em prova prática em campo escola e em escalada supervisionada. As inscrições para as provas estão abertas para todos os sócios do CEG que estejam em dia com a mensalidade e que tenham sido aprovados no CAE. Os monitores do CEG serão os auxiliares do Corpo Técnico nas excursões oficiais e nas aulas dos Cursos Básicos de Montanhismo e terão acesso a Cursos de Aperfeiçoamento Técnico marcados ainda para este ano. Lembramos por fim que a Monitoria é um passo importante na formação dos guias do CEG. Dando continuidade às obras realizadas em 2001, a partir do mês de maio teremos um toldo fixo, cobrindo parte da área externa do nosso clube, e um novo guarda corpo nos muros. Esse investimento oferecerá um maior conforto aos sócios em dias de chuva, e dará melhores condições para a realização de demais atividades no CEG. Novos Títulos na Biblioteca do CEG Alto Risco, uma paixão pelo Everest e por lugares radicais (David Breashers) e Sete anos no Tibet (Heinrich Harrer) A Biblioteca do CEG está aberta a doações. Livros, revistas, documentários e etc... sobre montanhismo e assuntos afins são bem vindos Abertura da Temporada de Montanhismo de 2002 Não perca a tradicional confraternização entre os clubes de montanhismo! Atividades: mutirão de limpeza e recuperação de mata nativa, campeonato de escalada esportiva, tradicional gincana entre os clubes de montanhismo com premiação para os participantes vencedores e sorteio de brindes. Para se inscrever, traga 1 kg de alimento não perecível a ser destinado a instituições de caridade. 10 Dias 27 e 28 de abril - das 08 às 17 horas Praça General Tibúrcio - Praia Vermelha - Urca 3 Abril de 2002 TIPOS INESQUECÍVEIS Estava levando alguns amigos para subir o Costão do Pão de Açúcar, eram dois casais e dois participantes que já conheciam a subida. Quando estava no pé da escaladinha de 1º grau, orientando e preparando os meus amigos, vi, de longe, que teríamos companhia: era um tipo de aparência nordestina (vale lembrar que a minha família é nordestina, portanto, nenhum preconceito com a descrição do tipo), com a barriga um pouco proeminente e uma camiseta atravessada no pescoço. Não dei maior importância, apenas pensei: O cara deve pedir para usar a corda. Enquanto estava no meio da subida, usando as melhores agarras, me assustei com o nordestino que subia ao meu lado usando os piores trechos, escorregando, subindo e não se intimidando. Fiquei ainda mais surpreso quando vi que ele calçava um sapato tipo dockside, que justificava as escorregadas. Após chegar no alto da escaladinha não vi mais o cara, que me passou a jato. Fixei a corda e ajudei os meus amigos a subirem. Quando todos estavam em segurança falamos sobre o sujeito de dockside, cuja maior preocupação 4 enquanto subia era equilibrar a camisa nos ombros. Quando estávamos para sair, surgiu um grupo que era liderado por dois homens que estavam completamente aparamentados para uma escalada, com direito a sapatilha e saquinho de magnésio. Comentamos como era engraçado ter visto os dois tipos de caminhantes: um destemido e com vestimenta bem inadequada e os outros com uma preocupação exagerada para a empreitada. Ao chegar na estação do bondinho já tínhamos guardado todo o nosso equipamento, e a não ser pela sujeira das roupas poderíamos nos confundir com os turistas que subiram de bondinho. No entanto, os dois caras que tinham subido a escaladinha completamente equipados, continuavam vestindo todos os apetrechos, atraindo a curiosidade, e por vezes a admiração, dos turistas que raramente sabem como é a caminhada. Enquanto isso, o tipo nordestino passava completamente anônimo no meio deles. Francisco Saraiva www.guanabara.org.br nas era quebrado pelo cair da leve chuva, pelo vento nas árvores e o ruído dos nossos passos seguindo através da bruma, caminhando para o sonho da mais linda realidade. Quantas caminhadas com chuva fiz com o meu amigo Robertinho Groba! Quantas histórias e lembranças temos por termos saído de nossas casas em dias chuvosos e aproveitado nossos dias na Montanha. Adriana Calcanhoto canta que ...cariocas não gostam de dias nublados..., eu gosto (apesar de, lamentavelmente, não ser carioca...), e entendo que a Montanha está aí para ser vivida. Ora, após tantas, e como muitos dirão, desnecessárias considerações, volto para a tal caminhada na Serrilha do Papagaio (PNT). A combinação foi meio de repente, era num dezoito de novembro! Cidade vazia, Floresta vazia, porém repleta de encanto. Fomos para o Papagaio via Serrilha. Caminhada agradável, num ritmo que todos puderam acompanhar com tranqüilidade, e pintou um clima muito grande de confraternização entre nós, bem como o ato da cooperação ent re a graça da Divina Natureza e a Atividade Humana (ação sinérgica). Caminhar sob a chuva tem os seus mistérios e nos faz desvendar mistérios, venham eles don- de vierem. O caminhante deve ficar alerta, cauteloso, saber voltar, saber ceder, ser paciente, controlar suas emoções, respeitar limites, manter a calma, não querer superar o insuperável, enfim, tudo aquilo necessário para viver aqui embaixo, no asfalto (o asfalto também tem os seus encantos, mas a Montanha, bem, é a Montanha...). Recomendo para todos saírem, um dia, numa excursão sob a chuva. Vale a pena. Pode ser o encontro com o tão almejado equilíbrio do Ser Humano com a Natureza, princípio e fim de todas as coisas. Aquela caminhada do feriadão me marcou muito. Fez-me aproximar de pessoas que encontrava sempre lá no CEG, porém sem ter uma ligação maior. Depois desse dia rolou algo que nos uniu. Pode ser a chuva, o vento, a neblina, ou a predisposição de nos conhecermos melhor, a nós mesmos e ao outro. Encerro alertando que se o leitor quiser viver a experiência de Caminhar com Chuva, procure acompanhar-se de um guia (lembrando sempre que Guia não é aquele que conhece os caminhos, mas aquele que acha os caminhos), bem como usar o equipamento adequado, respeitando os seus limites e os dos seus companheiros. João Molica 9 Abril de 2002 DIVAGAÇÕES... Tempos atrás, no Clube, o Tatá me pediu que escrevesse um artigo sobre qualquer assunto. Como a tônica de nossas vidas é, em princípio, o Montanhismo, vou tentar transmitir algo dentro desse Universo. Um dia desses, encravado num feriadão, fui com a Marie, a Martha Romeiro, o Alexandre Souza (Passa duma vez) e com o Luiz, fazer uma coisa que já faz parte da minha lista de excursões favoritas: caminhar na Floresta da Tijuca com chuva. Atividade altamente prazerosa. Portanto, quero tecer algumas considerações sobre o Caminhar com Chuva. Logo que iniciei no Montanhismo, fiz a minha segunda escalada o paredão XV de novembro debaixo de um toró daqueles de provocar enchente na ladeira! Foi no então chamado Curso de Adestramento do CERJ, dirigido pelo Prata. Dali em diante, seguindo os conselhos do Félix Cabeça de Lata que dizia: ...não sou de sal nem de açúcar, então ando na chuva, continuei. Lembro-me dele falando isso no antigo Abrigo Dois, no PARNASO. Estávamos indo para o Abrigo Três, e a idéia era fazer um bivaque por lá e depois o Paraguaio. A chuva melou a escalada, porém caminhamos por lá. Estávamos eu, o Alexandre, o Félix, o Maurício Motta, a Hilara e o Tavinho. Lembro também que no Abrigo prendemos uma corda entre duas árvores e, presos por um mosquetão, fazíamos as mais vertiginosas descidas. Uma delícia! Uma Loucura!!! Posteriormente, junto com o Doca e o Sérgio Bruno fizemos um Paredão Azul (coloridos), debaixo de uma chuva torrencial. Excursão gostosa! Depois adquiri o hábito de caminhar sozinho, muitas vezes em dias chuvosos. A Floresta fica mais bonita, é necessário redobrar a atenção, daí que aqueles que conseguem ver, observam muitas coisas que passariam despercebidas num dia ensolarado. Com a chuva, a Montanha cresce em seu esplendor. A vida prospera, cresce em sua magnitude. O verde é realçado, você depende mais de você e a bruma da Montanha faz o caminhante parecer que está entrando em um sonho. Lembrei agora de uma descida do Sino que fiz e entre outros estava o Severino Silva na volta de uma Travessia. Após a Represa, já em Teresópolis, pegamos forte neblina naquela estrada que vai até o ponto em que se sai do Parque pelo muro. A noite estava mágica. O silêncio ape- www.guanabara.org.br PRIMEIROS RESULTADOS DO SEMINÁRIO DE MÍNIMO IMPACTO EM MONTANHA, REALIZADO PELA FEMERJ Introdução O presente documento é um dos resultados dos trabalhos desenvolvidos pelo GT Mínimo Impacto em Paredes, realizado por montanhistas via FEMERJ e traz a proposta apresentada na parte da tarde do Seminário ocorrido no dia 23/02/02, no Centro de Visitantes do Parque Nacional da Tijuca. Esta versão inclui modificações resultantes das discussões e sugestões ocorridas pela apresentação da proposta. Compreende recomendações de caráter geral para toda a área e outras específicas para setores das montanhas que compõe o complexo da Urca. Cabe destacar, que a adoção da pratica de mínimo impacto se configura como um processo, e que este documento é apenas um dos primeiros passos neste sentido. Dentro do modelo proposto, e que se inicia pela Urca, irá complementar a documentação um texto referente às estratégias e ações de implementação das recomendações de mínimo impacto que serão em breve divulgadas. Nessas estratégias de implementação serão tratadas, além de medidas globais, as ações localizadas visando à implementação da proposta, bem como alternativas de solução de problemas e/ou divergências existentes em relação as atuais recomendações. Um resumo das palestras realizadas na parte da manhã estará em breve disponível no site da FEMERJ. As dúvidas em relação ao texto devem ser encaminhadas para a apreciação da Diretoria da FEMERJ e do GT de Mínimo Impacto em Paredes através do e-mail: [email protected] Recomendações Gerais: 1. Durante a escalada ou o rapel faça o possível para reduzir os danos sobre a vegetação. Quando existir a opção, escolha sempre a descida pela caminhada, pois o rapel é bastante impactante. Se após uma ascensão, o rapel for inevitável, procure não realiza-lo emendando duas cordas, caso exista esta opção. 2. Lembre-se, a Urca é um tradicional centro de escalada, evite a prática exclusiva de rapel. Uma prática bastante danosa à vegetação de parede. Além disto tem se mostrado historicamente 8 3. 4. 5. 6. 7. conflitante com escaladas, gerando sérios atritos entre escaladores e praticantes de rapel. Desta forma, cuidados devem ser tomados em vias de escalada que possam ter o seu final acessado por caminhadas, com objetivo de evitar a proliferação da prática exclusiva de rapel (ver recomendações específicas). Não conquiste com furadeira. A facilidade que esta possibilita tem levado à abusiva colocação de grampos e a uma precipitada abertura de vias que, não raramente, conduz a que se cometam alguns equívocos. Uma situação crítica para áreas com elevada densidade de vias, como a Urca. O maior esforço exigido pela colocação de proteção fixa de forma tradicional (talhadeira e marreta), em geral, leva a uma maior reflexão da validade e da qualidade da rota escolhida. Pelos mesmos motivos, não conquiste com corda de cima, especialmente em vias não esportivas. Na base, evite se arrumar ou se aglomerar para a escalada em platôs de vegetação. Da mesma forma, não utilize a vegetação como apoio, proteção natural ou ancoragem. Utilize as trilhas existentes, não abra ou utilize atalhos. Contribua para a manutenção das trilhas existentes. Destaca-se que o compromisso com o baixo impacto de um via conquistada não se refere somente ao ato da conquista, que deve ser feita em linhas sem vegetação. Neste sentido, as conseqüências das repetições e das descidas futuras devem também ser pensadas. Por exemplo: se numa parede com vegetação, deixarmos uma via bem equipada, com possibilidade de rapel, e ainda juntarmos a facilidade de acesso, temos que pensar que as repetições serão muitas, bem como as descidas pela via. Assim, pouco vai sobrar daquele cuidado inicial de não remover a vegetação durante a conquista. Ao pensar em realizar uma conquista explore bem o potencial oferecido pelas vias já existentes no setor (escale!). Conheça um pouco da história destas vias (informe-se nos guias já publicados para área ou com os escaladores locais mais experientes). Isto pode evitar que se cometa alguns equívocos como: abertura de variantes de variantes me5 Abril de 2002 díocres, rotas muito próximas ou atravessando (e por vezes intermediando) vias clássicas, etc... 8. Não promova e nem participe de escaladas com um grande grupo de pessoas (um grupo de oito pessoas já é suficientemente grande para uma escalada). Estas excursões causam grande impacto nas trilhas e nas vias. Aprecie o aspecto reflexivo e contemplativo da escalada, que só são possíveis longe da multidão. A parede não é o melhor lugar para festas, deixe as comemorações para locais mais apropriados que vias de escalada. 9. Lembre-se que se o objetivo é o mínimo impacto, restrinja ao estritamente essencial sua passagem na parede. Não coloque grampos exageradamente (estes são a última opção de proteção, não os transforme na única opção), privilegie as proteções móveis. Não bata grampo ou chapeletas em boulders. Não coloque agarras artificiais, bem como não quebre ou cave agarras na rocha. Não faça pinturas, pichações ou outras marcações na parede. E, leve todo o seu lixo de volta. 10. Certas paredes apresentam indícios de que não comportam mais vias, sem que ocorra um dos seguintes casos: vias coladas uma nas outras (como já ocorre) ou muita vegetação destruída. Estas duas situações não acrescentam nada de positivo para a história da escalada da Urca. Verifique nas recomendações específicas quais são estas paredes. Recomendações Específicas: A. Morro da Babilônia a) Setor Entropia - Diedro Phoenix 1. Sem novas conquistas. 2. Recomenda-se a remoção dos grampos batidos a esquerda da via M2, colocados na semana ante- 6 rior à realização do Seminário de Mínimo Impacto no dia 23/02/2002. b) Setor à direita do Diedro Phoenix (Chamado Selvagem...) 1. Novas conquistas devem seguir o item seis das recomendações gerais. c) Ácidos 1. Em áreas sem vegetação, as novas conquistas devem seguir o item seis das recomendações gerais. B. Morro da Urca a) Face Norte - Setor Singra 1. Para o trecho após o castelinho (à esquerda, subindo a S. Sebastião) as novas conquistas devem seguir o item seis das recomendações gerais. Sem conquistas adicionais para os demais trechos. b) Face Norte - Setor Falésias (Ervé Muniz...) 1. Sem novas conquistas. 2. Privilegie o acesso pela caminhada 3. Treinamento em técnicas de descidas devem ser realizadas à esquerda da via Mesmo com Chuva, um trecho desprovido de vegetação e pouco freqüentado por escaladores. c) Face Sul - Setor início da pista (antes do cano de esgoto) 1. Sem novas conquistas. d) Face Sul - Setor Coloridos 1. Sem novas conquistas. www.guanabara.org.br 2. Fechar o acesso ao Arco-Íris pela trilha. Utilizar a rampa, com colocação de apoio de cimento para os pés na diagonal final. e) Face Sudoeste 1. Possui acesso restrito por militares e particulares. Sem novas conquistas. C. Pão de Açúcar a) Face Sul - Setor Coringa 1. Sem novas conquistas. 2. Evitar rapel, privilegiar a descida pelo Costão (exceção p/ a via Alfredo Maciel) 3. Reposicionar os grampos finais do Coringa e do Às de Espada, para desestimular a descida de rapel. 4. Ressalta-se a necessidade de remoção dos grampos do Ursinho de Pelúcia, por força de decisão judicial. 5. Recomenda-se a remoção dos grampos utilizados para descida a partir da via Tarcísio Resende devido ao forte impacto na vegetação abundante existente na parede. b) Face Sul - Setor Tetos 1. Novas conquistas devem seguir o item seis das recomendações gerais e privilegiar as conquistas em móvel. c) Face Sul - Setor Entre o Alfredo e Gallotti 1. Sem novas conquistas. 2. Remover grampos do projeto antes da Gallotti. d) Face Sul - Setor Totem face leste 1. Novas conquistas devem seguir o item seis das recomendações gerais. e) Face Sul - Setor Totem face frontal e oeste 1. Sem novas conquistas. f) Face Sul - Setor Lagartinho 1. Sem novas conquistas. g) Face Oeste (Esgotão até o Secundo) 1. Sem novas conquistas. h) Face Norte 1. Novas conquistas devem seguir o item seis das recomendações gerais. i) Face Leste 1. Sem novas conquistas. j) Face Leste - Setor Mirante do Costão 1. Para o trecho à esquerda da via 49, novas conquistas devem seguir o item seis das recomendações gerais. 2. Sem novas conquistas para o restante da parede. k) Face Leste - Setor do Costão e Escadinha do Jacó 1. Recomenda-se a elaboração e execução de um projeto de recuperação do Costão e da Escadinha de Jacó, tendo como base as seguintes ações: a. levantamento da freqüência para definir o perfil e o número de pessoas que utilizam a via, para nortear medidas de reduzir os impactos destas na mesma, como por exemplo:Bloquear descida de bondinho; b. preparar um caminho único até o mirante (estilo caminho de pescador) para eliminar atalhos e alargamento da trilha; c. fechar atalhos e clareiras através de plantio e sinalização; d. eliminação de plantas invasoras (capim colonião e gordura), e recomposição com vegetação nativa. 7
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