׃ בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤

Transcrição

׃ בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤
BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Parashá Pin’hhas - 14 de Tamuz de 5771 (16/07/2011)
Ano-5 N-214
‫תי‬
ִ ֖ ְ ‫ע ֣ל ְ נֵֽי־י ִ ְ ָראֵ֔ ל ְקַ נְא ֥ אֶ ת־קִ נ‬
ַ ‫מ‬
ֵ ֙‫ר֣ן הַ ֹ֗הֵ ן הֵ ִ ֤יב אֶ ת־חֲ מָתִ י‬
ֹ ֲ‫עזָ ֜ר ֶן־ ֽה‬
ָ ‫ל‬
ְ ֶ‫ֽ ִ ינ ְ֨חָ ס ֶן־א‬
‫תי׃‬
ִֽ ְ ‫אל ְקִ נ‬
ֵ֖ ‫כ ִ ֥יתִ י אֶ ת־ ְ נֵֽי־י ִ ְ ָר‬
ִ ‫כ ֑ם ְולֹֽא־‬
ָ ‫ְת‬
“Pin’hhas filho de Elazar, filho de Aharon haCohen, desviou Minha ira de sobre os B’nei Israel, ao levar Minha
vingança entre eles, e assim não consumi os B’nei Israel com Minha ira.” (Bamidbar 25:11)
A Parashá desta semana conclui a história bombástica de Pin’hhas (sobrinho-neto de Moshê), que vê um ato de
imoralidade entre Zimri, príncipe da tribo de Shimon, e Kozbi, uma princesa midianita, reagindo rapidamente e executando
ambos, em uma ação que, subseqüentemente, deteve a praga que D-us havia enviado como punição e salvou inúmeras vidas
judias. O Talmud (Sanhedrin 82a) descreve o que ocorreu antes de Zimri unir-se com Kozbi em público... Zimri desafiou Moshê:
“Filho de Amram! Esta mulher midianita é proibida ou permitida para mim? Se disseres que é proibida, quem te permitiu casarse com sua esposa midianita, Tsiporah?” [Moshê casou-se com Tsiporah antes da outorga da Torah, quando ainda não havia a
proibição de se casar com mulheres midianitas, enquanto que o ato de Zimri se deu após a outorga da Torah, quando a proibição
já era efetiva. Além disso, Moshê converteu Tsiporah ao “Judaísmo pré-Torah”, enquanto que Zimri não tinha esta intenção.
Contudo, estas questões não foram consideradas por Zimri... às vezes, as pessoas simplesmente não estão interessadas nas
respostas.] De acordo com o Talmud, no momento em que Zimri apresentou este desafio, Moshê esqueceu a Lei que ele tinha
recebido de D-us no Sinai: nomeadamente, que um judeu zeloso deve tomar uma atitude para eliminar o perpetrador de um ato
tão imoral como este. O esquecimento momentâneo de Moshê causou que se irrompesse um pranto por toda a Nação (ibid.
25:6). Esta história apresenta várias dificuldades... Primeiro, por que o fato de Moshê esquecer uma lei eliciou tantas lágrimas?
Há outras tragédias maiores pelas quais se chorar! Além disso, a situação não era irreversível; levaria apenas um momento para
Moshê perguntar a D-us qual era a lei! Outra questão intrigante refere-se ao comentário do Talmud (Sanhedrin 82a) de que foi
Pin’hhas quem lembrou Moshê a lei esquecida, e que, mesmo após Moshê ter sido lembrado, foi Pin’hhas e não Moshê quem
executou a punição de Zimri. Isto parece estranho... Uma vez que a memória de Moshê já havia sido clareada, ele mesmo
deveria executar o comando! E por dois motivos. Primeiro, porque sempre é melhor desempenhar uma Mitsvá por si próprio do
que apontar outrem para fazê-la (Kidushin 41a). Segundo, Pin’hhas vinha de uma linhagem “não-ideal”, e sua ação poderia ser
criticada: “Como pode um ‘descendente de idólatras’ ter a audácia de executar um príncipe de Israel?”, enquanto que, se Moshê
tivesse sido quem eliminou Zimri, ninguém proferiria qualquer comentário. Uma pista pode ser obtida do Talmud (Baba Batra
116a), que estabelece que qualquer pessoa com um familiar doente deve procurar um Tsadik para que este possa rezar em favor
da pessoa doente. Este é um comentário inquietante... Por que precisamos de pessoas santas para rezarem por nós? Não
podemos rezar nós mesmos? O Me’iri (em Beit haBechirá) explica que fomos instruídos a procurar por uma pessoa virtuosa
para observar como os justos rezam. Observá-los rezar nos ensina a rezar por nós mesmos. Daqui, Rabbi Zev Leff aponta que o
papel de um líder é ensinar as pessoas a agirem por si mesmas, e não agir no lugar das pessoas. O mestre deve produzir novos
líderes, e não apenas seguidores. Esta idéia nos permitirá resolver as duas dificuldades que aparecerem anteriormente. O motivo
de as pessoas chorarem não foi o fato de Moshê esquecer a lei, mas sim que este esquecimento lhes fez reconhecer sua própria
falta de iniciativa. Toda a Nação estava ciente da morte iminente de Moshê, e eles ficaram apavorados com seu destino. Quem
seria o próximo a liderar o povo? Estaria o povo entregue à própria sorte depois que Moshê partisse? Por alguns momentos,
todos ficaram perplexos, sem saber o que fazer. Este cenário era certamente algo por que se chorar, pois Moshê teria falhado
como um líder se ele não tivesse formado alguém que pudesse liderar em sua ausência. Que tenhamos a bênção de entender que
um líder Judeu não age no lugar das pessoas, mas sim representa um modelo a ser seguido, e, com isto em mente, possamos
aprender dos grandes à nossa volta e inculcar em nossos filhos a confiança e a habilidade para serem os líderes da próxima
geração. Esta idéia também nos ajuda a entender por que Pin’hhas teve que ser aquele a tomar a atitude, e não Moshê. Mesmo
após este ter lembrado a lei, ele abdicou intencionalmente de agir, de modo a avaliar se ele tinha tido sucesso em ser um líder,
i.e. se ele tinha conseguido formar outras pessoas capazes de liderar. (Rabbi Aba Wagensberg – www.aish.com)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Pin’hhas /Livro Bamidbar (Números) 25:10–30:1
O neto de Aharon, Pin’hhas, é recompensado por seu ato de extrema dedicação ao matar Zimri ben Salú, príncipe da tribo
de Shimon, e a princesa midianita Kozbi bat Tsur: Hashem lhe concede um pacto de paz e o sacerdócio (até então, só os filhos
de Aharon que foram ungidos eram Cohanim). Um censo conta 601.730 homens entre 20 e 60 anos de idade (Hashem conta o
povo após a praga que matou 24 mil pessoas e que encerrou após o ato de Pin’hhas – mostrando seu amor pelo povo). Os
Leviim somam 23 mil com idade de um mês em diante. Eles não foram contados com o resto do povo, pois não receberiam
terras na divisão. Moshê é instruído a dividir a terra por sorteio entre as tribos (mais para as maiores e menos para as menores –
baseado no censo feito). Nenhum dos contados agora haviam sido contados no Sinai. As 5 filhas de Tselofhhad pedem a Moshê
que lhes seja concedida a porção da terra pertencente ao seu pai, que faleceu sem filhos homens; D-us aceita o pedido e o
incorpora nas leis de herança da Torah. Hashem manda Moshê subir o monte Arabim para ver a terra de Israel, uma vez que ele
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BS “D
não entraria nela. Moshê pede, então, um sucessor para guiar o povo, e Yehoshua é indicado. A Parashá conclui com uma
detalhada lista de sacrifícios diários e adicionais (trazidos no Shabat, Rosh Hhodesh – primeiro dia do mês – e as festas de
Pessahh, Shabuot, Rosh Hashaná, Kipur, Sucot e Shemini Atseret).
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Não Dê Ouvidos aos Desmotivadores
Quando D-us anunciou a Moshê a recompensa de kehuná (sacerdócio) destinada a Pin’hhas por seu ato de extremo zelo
pelo Nome de D-us, a Torah se refere a Pin’hhas como “Pin’hhas filho de Elazar, filho de Aharon haCohen [...]” (Bamidbar
25:11). Rashi aponta que esta referência, aparentemente supérflua uma vez que ele já havia sido chamado assim poucos psukim
antes (ibid. 25:7), significa que D-us estava dando uma resposta aos murmúrios do povo, “pelo fato de que as tribos o
desprezavam, dizendo: ‘Vocês viram este filho de Puti [Petuel, ou Yitro, que era seu avô materno], o pai de cuja mãe recheava
os bezerros para idolatria, e ele matou o líder de uma tribo de Israel?’. Por isso, vem a Escritura e traça a sua genealogia até
Aharon”. O povo considerava Pin’hhas indigno de tal ato de zelo sagrado, tal como querendo dizer: “Ora, ele veio de uma raiz
pagã e, agora, vem se fazer de Sr. Correto?”. D-us, portanto, lembrou o povo que Pin’hhas também era neto de Aharon, sendo
sim digno de tal ato! Quando refletimos sobre a reação do povo, chegamos à conclusão de que ela era absurda! Nada menos que
24.000 pessoas pereceram durante a praga, a qual apenas cessou com a intervenção de Pin’hhas! Logicamente, o povo deveria
ovacioná-lo com congratulações... Como, porém, se poderia explicar tal crítica? Uma grande lição que depreendemos deste
episódio é que as pessoas têm, por natureza, uma dificuldade de aceitar o sucesso dos outros em situações em que elas mesmas
se sentem inseguras ou incapazes. Quando alguém logra alcançar algo que outro não foi capaz de atingir, é comum que este
diminua os méritos daquele, colocando falhas em sua empreitada e afirmando que poderia ter feito melhor... O ato de heroísmo
de Pin’hhas despertou em algumas pessoas um grande sentimento de insegurança sobre si mesmas, o que as fez desmerecer
Pin’hhas como um violento hipócrita, em vez de reconhecerem que ele agiu pela Honra de D-us. Portanto, quando formos
empreitar grandes obras, devemos fortalecer-nos e permanecer firmes em nossas convicções, pois sempre haverá quem nos dirá
que não somos capazes de ter sucesso. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
O Mussaf de Shabat
Além dos sacrifícios de Tamid, mais dois carneiros eram oferecidos como sacrifício de Mussaf de Shabat. O Shabat
reclamou a D-us: “Por que minhas oferendas de Mussaf consistem em apenas dois carneiros, um número menor de animais do
que os que são oferecidos em todas as outras Festas?!” D-us respondeu: “O número dois te é apropriado, pois todos os assuntos
relacionados a ti têm duplo significado:
• teu cântico tem nome duplo, pois é denominado mizmor e shir (Tehilim 92:1);
• teu prazer é dobrado, como está escrito: “E chamarás o Shabat um deleite, um dia sagrado...” (Yeshayáhu 58:13);
• em Shabat, recita-se uma bênção sobre dois pães inteiros.
Por isso, o sacrifício de Mussaf que te é mais apropriado consiste em dois carneiros.”
Todos os assuntos concernentes ao Shabat são duplos, como indicação de seu duplo caráter. Apesar de o Shabat ser um
dia de descanso físico e deleites culinários, este aspecto representa apenas metade de seu significado. O feriado físico deve ser
conjugado e conectado à outra metade, seus conteúdos espirituais – descansar e deleitar-se em honra a D-us, e estudar Torah.
Mencionamos o caráter duplo do Shabat quando rezamos na Amidá de Min’hhá: “Um dia de descanso e santidade deste a Teu
povo”. (Chabad.org.br)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Pin’hhas impediu uma exibição pública de imoralidade. Cessou, com isso, a praga que estava matando milhares de
pessoas. Ele é recompensado, tornando-se Cohen (a tribo dos Sacerdotes) por decreto Divino. O Todo-Poderoso ordena Moshê a
atacar os Midianitas como retaliação ao plano imoral perpetrado contra o Povo Judeu. Um novo censo é realizado entre os
Israelitas, revelando que há 601.730 homens em idade de servir o exército. D-us orienta a divisão da Terra de Israel entre as 12
tribos. A Torah declara: “Estes são os descendentes de Dan de acordo com suas famílias... 64.400” (Bamidbar 26:42-43). A
Torah também declara que “Estes são os descendentes de Benjamin, 45.400” (Bamidbar 26:41). Que lição para nossas vidas
podemos tirar da comparação entre estes dois números? O Hhafêts Hhaim nos indica algo muito interessante: Benjamim tinha
10 filhos; Dan tinha somente um, chamado Hhushím [vide também nossa edição no. 160]. Mesmo assim, Dan teve muito mais
descendentes do que Benjamim! Daqui aprendemos, disse o Hhafêts Hhaim, que, quando D-us quer que alguém tenha sucesso
na vida, ele terá sucesso mesmo que, aparentemente, à primeira vista, tenha menos chances do que qualquer outro. Precisamos
nos esforçar para atingir nossas metas, mas devemos perceber que o sucesso final não está em nossas mãos, mas depende
completamente de D-us. A conseqüência disto é que devemos apreciar o que temos, pois, além de tudo, isto também foi uma
dádiva do Todo-Poderoso. Um homem sábio certa vez perguntou: “Se não aprecias aquilo que tens, como irás apreciar qualquer
outra coisa que venhas a receber?” (Baseado nos ensinamentos do Hhumash)
Por Hazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Rav Pinchas ben Rivka, Hhaim David Cagy ben Messodi e Sh’muel ben Nehhama Dinah.
Em memória e elevação das almas de Ibrahim Mourad Belaciano Ben Faride, Isaac Salomão Levy Ben Bathia, Rabenu Beniste Ben
Jamile, Salim Haim Zeitune Ben Hacibe, Salomão Juda Nigri Ben Bida, Carlos Haim Zeitune Ben Hacibe, Frida Salomão Bat Leá, José
Salim Balassiano Ben Polin, Zahie Dallale Bat Julia, Haim Simão Nigri Ben Nazle, Linda Hadid Bat Adelia, Esther Chehade Kalili Bat
Roquetta, Moises Aron Kessel Ben Rachel, Alberto Mograbi Ben Azuze, Calef Zavaro Ben Alegria.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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