N363-Bamidbar 5774 - lekachtob.xpg.com.br

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BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
“Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(Ensino).” – Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Mebarechim Shalom! Parashá Bamidbar – 24 de Yiar de 5774 (24/05/2014) Ano-7 N-363
Le'ilui Nishmat haRab haGaon Rishon leTsion Rabbi Hhaim Obad'ya Yossef Ben Gurg'ya ZTK"L ZLH"H
‫[׃‬...] ‫אבֹתָ ם יַ ֽחֲנוּ ְבּנֵ י יִ ְשׂ ָר ֵאל‬
ֲ ‫ל־דּגְ ל ְב ֹאתֹת ְל ֵבית‬
ִ ַ‫ִאישׁ ע‬
“Cada um sob seu estandarte, com as insígnias da tribo de seus pais, assim os
Filhos de Israel acamparão [...].” (Bamidbar 2:2)
Quando o Povo Judeu saiu do Egito, D-us instruiu Moshê Rabenu para que cada homem acampasse sob sua
bandeira. Moshê Rabenu estava preocupado com o arranjo das bandeiras e estava aflito com a possibilidade de haver
controvérsia entre as tribos sobre quem ficaria no Oriente, no Ocidente, e assim por diante. D-us lhe disse para não
ficar preocupado com isso, porque eles já tinham uma tradição em suas mãos em relação a este assunto. Antes de
Yaakob Abinu falecer, ele deu instruções específicas sobre a forma como o seu caixão devia ser carregado. Yehudah,
Issachar e Zebulun o carregariam pelo lado oriental. Reuben, Shim'on e Gad, pelo lado sul. Efraim, Menashê e
Bin’yamin, pelo lado ocidental, e, finalmente, Dan, Asher e Naftali o carregariam pelo lado norte. Yossef haTsadik,
que era um rei, não iria carregá-lo. Levi também não iria carregá-lo porque foi designado para levar o Aron (Arca
Sagrada). Yaakob Abinu disse a seus filhos que, se eles o carregassem de acordo com suas instruções, no futuro,
D-us iria fornecer a cada um deles uma bandeira no deserto. Quando ele faleceu, eles o levaram da maneira como
foram instruídos. Assim, quando chegou o momento de fazer as bandeiras para as tribos e Moshê Rabenu achou que
poderia haver algum conflito, D-us explicou-lhe que cada tribo sabia exatamente onde acampar, porque seu pai os
tinha distribuído tal como deveria ser feito. (Adaptado de www.ATorahminute.com – Parashat Bamidbar – Rabino Ya'aqob Menashe Shlit"a.)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Bamidbar (Início do Livro Bamidbar – Números 1:1 – 4:20)
No deserto do Sinai, D-us ordena um censo das tribos de Israel. Moshê conta 603.550 homens com idade
de servir o exército (20 a 60 anos); a tribo de Levi, com total de 22.300 homens de um mês de idade em diante, é
contada separadamente. Os Leviim serviriam no Santuário substituindo os primogênitos, que foram desqualificados
por terem participado no pecado do Bezerro de Ouro. Os 273 primogênitos que não tinham um Levi que os
substituísse pagaram um “resgate” de cinco shekalim para se libertarem. Quando o povo levantava acampamento, os
três clãs levitas desmontavam e transportavam o Santuário e o remontavam no próximo local. Eles armavam suas
tendas em volta dele: os Kehatitas, que carregavam os utensílios do Santuário (Arca, Menorah, etc.), acampavam ao
sul; os Gershonitas, encarregados das tapeçarias e coberturas dos tetos, a oeste; e as famílias de Merari, que
transportavam os painéis e os pilares das paredes, ao norte. Ao leste, ficava a tenda de Moshê, de Aharon e dos
filhos de Aharon. Em volta dos Leviim, as tribos acampavam em quatro grupos de três. Ao leste, ficava Yehudah
(população de 74.600), Issachar (54.400) e Zebulun (57.400); ao sul, Reuben (46.500), Shim’on (59.300) e Gad
(45.650); a oeste, Efraim (40.500), Menashê (32.200) e Bin’yamin (35.400); e, ao norte, Dan (62.700), Asher
(41.500) e Naftali (53.400). Esta formação era mantida durante as viagens. Cada tribo tinha seu próprio Nassi
(príncipe/líder) e sua própria bandeira com cor e emblemas. (Do e-mail “No Jardim da Torah”)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana: Aperfeiçoando Nossas Midot Através da (M)Paternidade
A Torah, na Parashá Bamidbar, narra brevemente a morte de Nadab e Abihu, os dois filhos mais velhos de
Aharon: “Nadab e Abihu morreram diante de D-us ... e não tiveram filhos ...” (Bamidbar 3:4). A Guemará, em
Massechet Yebamot, interpreta este versículo dizendo que Nadab e Abihu morreram porque não geraram filhos...
Neste sentido, a Guemará estabelece que aquele que não se envolve em periyá ve'ribyá – a Mitsvá de gerar filhos – é
passível de morte, assim como Nadab e Abihu morreram por causa de sua recusa em ter filhos. Os comentaristas
levantam a questão de como a Guemará pode atribuir a morte de Nadab e Abihu à sua decisão de não terem filhos.
Afinal de contas, a Torah, neste mesmo passuk, afirma explicitamente que eles morreram por trazerem uma
oferenda não autorizada ao Mishkán. E o Midrash dá outras razões para a sua morte prematura: beberem vinho antes
de entrarem no Tabernáculo, e agirem de forma desrespeitosa para com Moshê e Aharon. Como, então, devemos
entender este comentário da Guemará? O Hhatam Sofer (Rabi Moshê Sofer de Pressburg, 1762-1839) explicou que
a recusa de Nadab e Abihu em terem filhos é a raiz de seus outros pecados, e que todos têm a ver com uma falta de
respeito. A irreverência que eles mostraram para Moshê e Aharon e para o Tabernáculo foi o resultado de sua
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BS “D
incapacidade de cultivar Midot (traços de caráter) adequadas – uma falha que poderia ter sido evitada se tivessem
gerado filhos. A paternidade, diz o Hhatam Sofer, é o meio mais eficaz de aperfeiçoar o caráter. As crianças olham
para os pais como exemplos a seguir, e, assim, os pais não têm escolha a não ser terem cuidado com o modo como
falam e agem. E, assim, diz o Hhatam Sofer, o fato de Nadab e Abihu não terem filhos negou-lhes a oportunidade de
desenvolver suas personalidades e seu senso de humildade e respeito, o que causou indiretamente a sua morte
prematura. Em Shabuot, lemos as Asseret Hadiberot – os Dez Mandamentos (Pronunciamentos) – que os B’nei
Israel ouviram no Sinai. O Midrash comenta que os Dez Mandamentos são divididos em dois grupos de cinco, e
cada mandamento num grupo corresponde ao seu paralelo no outro conjunto. Assim, por exemplo, o primeiro
mandamento (“Eu sou o Eter-no vosso D-us”) corresponde ao sexto mandamento (proibição do assassinato) porque
este constitui a destruição do conceito de Divindade. Curiosamente, de acordo com esta estrutura, o quinto
mandamento (honrar os pais) corresponde a “lo tahmod”, a proibição contra a inveja. O Midrash explica que alguém
que tem inveja de outras pessoas terá filhos que o desrespeitam, e isso explica a ligação implícita entre estas
Mitsvot... Se os filhos crescem em torno de pais invejosos, eles se tornarão, naturalmente, pessoas invejosas. E é,
então, provável que eles venham a ficar com inveja de seus amigos, de modo que mostrarão um maior respeito aos
pais de seus amigos do que aos seus próprios pais! A (m)paternidade é um privilégio e uma oportunidade preciosa
por muitas razões, entre as quais o fato de ela poder nos ajudar a tornarmo-nos pessoas melhores. Mas, para isso,
devemos lembrar-nos o quanto nosso comportamento afeta o desenvolvimento de nossos filhos. Ao sermos
cuidadosos com o modo como agimos e falamos em torno de nossos filhos, não só os ajudamos a se desenvolver e
cultivar Midot adequadas, mas também nos ajudamos a aperfeiçoar nossas próprios caracteres. (Baseado no “Daily Halacha”
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
do Rabbi Eli Mansour.)
Como Foi Organizado o Acampamento dos Israelitas
No mesmo dia em que D-us ordenou a Moshê que contasse o Povo Judeu, disse-lhe também: “Quero que
organizes o acampamento exterior. Divide as tribos em quatro grupos conforme Minhas instruções. Cada grupo
acampará num lado diferente do Tabernáculo, sob sua própria bandeira. Uma tribo de cada grupo será a líder”. Eis
como D-us disse a Moshê para dividir os quatro grupos:
1. o primeiro grupo, denominado “Dêguel Mahhanê Yehudah”, acampou no lado leste; a tribo de Yehudah seria
a tribo líder desta porção, e, neste grupo, também estariam Issachar e Zebulun;
2. o segundo grupo, denominado “Dêguel Mahhanê Reuben”, acampou no lado sul; a tribo Reuben seria a tribo
líder daquele lado, e, neste grupo, também estariam Shim’on e Gad;
3. o terceiro grupo, chamado de “Dêguel Mahhanê Efraim”, acampou no lado oeste; a tribo Efraim seria a tribo
líder, e, neste grupo, também estariam Menashê e Bin’yamin;
4. o quarto grupo, nomeado “Dêguel Mahhanê Dan”, acampou do lado norte; a tribo Dan seria a tribo a liderar
aquele lado, e, neste grupo, também estariam Asher e Naftali. (Baseado no www.chabad.org.)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Bamidbar, nome desta Parashá, significa “no deserto”. O que podemos aprender ao enfatizar que os judeus
estavam “no deserto”? A resposta para esta pergunta pode ser encontrada no fato de que “sempre lemos a Parashá
Bamidbar antes de Shabuot” (Shulhhan Aruch, Orach Hhaim 428:4). Antes de vivenciarmos novamente a Outorga
do Torah – pois, espiritualmente, a Torah nos é entregue novamente a cada Shabuot – é necessário lembrar e prestar
atenção ao fato de que a Torah não foi dada em um local civilizado, mas em um deserto, por dois motivos: (1) O
deserto é um local desolado, onde “nenhum homem pode viver” (Jeremias 2:6). Assim, a Torah foi outorgada neste
local ermo como uma indicação de que ela deve ser aceita sem qualquer preconceito ou intenções ulteriores. Quando
uma pessoa vive em um lugar civilizado e se depara com uma nova idéia ou sugestão, ela, primeiro, avalia este
conceito para ver se ele é aceitável de acordo com as normas sociais. Com a Torah, porém, isso seria um erro; o
modo correto de aceitar a Torah é: “Faremos e (mais tarde) entenderemos (Shemot 24:7). Sendo assim, a Torah foi
dada em um deserto, onde não há habitante, para mostrar que, realmente, temos que ter a “mente aberta” – não nos
deixarmos influenciar pelo ambiente – para apreciar o seu valor. (2) A Torah foi outorgada no deserto para ensinar
que dividir a Torah com aqueles que, presentemente, se encontram em um deserto espiritual é fundamental no
Judaísmo. A Torah pode alcançar aqueles que se encontram em um lugar espiritualmente estéril. Assim, este é o
tema principal da outorga da Torah: transformar todo deserto espiritual em um “ambiente civilizado”. (Baseado em Sichat
Shabat Parashat Bamidbar 5732 e 5734.)
Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Yehudá Hefez ben Simhhá, Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah
e Guila bat Amar.
Em memória e elevação das almas de Aharon Nigri ben Raina, Meir ben Sim'hha, Mair Simão Nigri ben Nazle, Benjamine Balassiano Ben Paulin, Leon
Grassiano Ben Simhá, Nissin Haim Barzelai Ben Rebeca, Isaac Mansur Ben Henriqueta, Yehuda Chehoah, Michel Barzilai Ben Rosa, Rebeca Nigri Bat Simbol e
Salim Joseph Nigri Ben Sara.
Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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