N353-Tsav 5774

Transcrição

N353-Tsav 5774
BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
“Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(Ensino).” – Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Zachor Shalom! Parashá Tsav – 13 de Adar II de 5774 (15/03/2014)
Ano-7 N-353
Le'ilui Nishmat haRab haGaon Rishon leTsion Rabbi Hhaim Obad'ya Yossef Ben Gurg'ya ZTK"L ZLH"H
‫דה‬% ָ ‫ְק‬
‫ֽמ‬
‫העֹ לָ ה עַ ל‬
ֽ ָ ‫העֹ ָלה ִהוא‬
ֽ ָ ‫מר ז ֹאת תּ ַרת‬
ֹ ‫הרֹן וְ אֶ ת־בָּ נָ יו לֵ א‬
ֲ ַ‫ו ֶ ֽאת־א‬#‫ַצ‬
‫בּקֶ ר וְ ֵאשׁ הַ ִמּזְ ֵבּחַ תּוּקַ ד ֽבּ ׃‬
ֹ ַ‫לּיְ לָ ה עַ ד־ה‬
ַ % ַ‫חַ כָּ ל־ה‬#‫עַ ל־הַ ִמּזְ ֵבּ‬
“Ordena a Aharon e a seus filhos, dizendo: ‘Esta é a lei da oferta de elevação: a oferta de
elevação ficará queimando sobre o altar toda a noite, até pela manhã, e o fogo do altar estará
aceso nela’.” (Vaicrá 6:2)
Rabenu Hhida, A"h, escreve que há uma sugestão aqui de que o líder da geração, bem como o chefe da
família, ou um rabino ou professor, deve agir com autoridade. Há uma ressalva, no entanto. Isso só é permitido
se o fizerem externamente [explicitamente] pela honra da Torah, mas com seu coração partido por dentro. Se,
por outro lado, eles são arrogantes por dentro, eles serão punidos por isso. Onde é que vemos essa dica nas
palavras do passuk? “Zot Torat ha'Olah” pode ser entendido como dando honra à Torah, elevando-a. Isso
também é algo que é permitido a um estudioso da Torah em honra dela, visto que, ao parecer grande, as pessoas
vão respeitá-lo e seguirão o caminho da Torah. A palavra hebraica “hi – ela”, neste versículo, é lida na forma
feminina mas é escrita na forma masculina (“hu – ele”). “Hi ha'Olah” pode ser entendido no sentido de que a
Torah (que é uma palavra feminina em hebraico) é que deve ser elevada. Mas, quando o líder/rabino/professor
é que quer promover-se, ela se torna “Hu ha'Olah” (no masculino), que poderia ser entendido como
significando que a própria pessoa se torna elevada ou arrogante. Nesse caso, o versículo acrescenta as palavras
“al mokdah – nas chamas”, D-us nos livre. A humildade pode ser difícil de se encontrar, mas é uma
característica extremamente importante para cada judeu. Vemos com isso que, mesmo que uma determinada
posição dite que a pessoa se comporte de forma diferente por fora, por dentro, ela deve ser muito humilde.
(adaptado de www.ATorahminute.com – Parashat Tsav – Rabino Ya'aqob Menashe.)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Tsav (Livro de Vaicrá – Levítico 6:1 – 8:36)
D-us instrui Moshê a ordenar Aharon e seus filhos quanto aos seus deveres e direitos como Cohanim
(sacerdotes), que oferecem os sacrifícios de animais e alimentos no Santuário. Entretanto, enquanto a porção da
semana passada descreveu os Corbanot (sacrifícios) da perspectiva do doador, nesta semana, a Torah
concentra-se mais diretamente nos Cohanim, fornecendo mais detalhes sobre seu serviço. O fogo sobre o Altar
deve ser mantido aceso sempre. Nele, são queimadas por inteiro as Oferendas de Elevação (Olah); porções de
gordura das Oferendas de Paz (Shelamim), Pecado (Hhatat) e Culpa (Asham); e a “mão cheia” separada das
Oferendas de Alimentos (Min’hhá). Os Cohanim comem a carne das Oferendas de Pecado e Culpa e o restante
da Oferenda de Alimentos. A Oferenda de Paz é comida por aquele que a trouxe, exceto porções específicas
dadas ao Cohen. As oferendas deveriam ser trazidas com as intenções apropriadas, e comidas em um estado de
pureza espiritual. Aharon e seus filhos permanecem dentro do Santuário por sete dias, durante os quais Moshê
os inicia em seu sacerdócio. (Adaptado do “Parashá em uma Casca de Noz”)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Parashá Zachor – Derrotando Amalek
No Shabat Zachor, vamos à sinagoga para cumprir a obrigação de lembrar o ataque de Amalek contra os
B’nei Israel, e lembrar nossa obrigação de travar uma batalha incansável contra a nação perversa dos amalekim. Nos
tempos do Mashiahh, nos será revelado quem é o povo de Amalek, e nós, então, seremos obrigados a travar uma
guerra contra eles... Mas o que esta Mitsvá significa em nossa época?? A história do ataque de Amalek é precedida
por uma passagem diferente, o incidente de Massah u'Meribah. Os B’nei Israel reclamaram da falta de água no
deserto, e questionaram se D-us estava realmente acompanhando-os em suas viagens: “Está o Eter-no entre nós ou
não?” (Shemot 17:7). E, no versículo seguinte, a Torah escreve: “E veio Amalek, e lutou com Israel em Refidim”.
Rashi comenta que D-us enviou Amalek contra os B’nei Israel em resposta ao seu questionamento sobre Sua
Providência, para que o povo, então, não tivesse outra escolha a não ser pedir a Ele por ajuda. De fato, a guerra
contra os amalekim foi um milagre, sendo que, enquanto Moshê (que estava no topo de uma montanha com vista
para o campo de batalha) mantinha os braços erguidos e os B’nei Israel olhavam para os céus, reconhecendo a
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BS “D
presença de D-us e Sua providência, foi-lhes concedida a vitória... Na verdade, a guerra contra os amalekim é a
guerra contra as dúvidas e questionamentos que cercam a nossa crença em D-us. Sugestivamente, o valor numérico
da palavra Amalek, 240, é o mesmo da palavra “safek – dúvida”. O objetivo de Amalek era abalar nossa emuná (fé)
em D-us. E esta é uma meta que ele continua a perseguir mesmo após aquele ataque no deserto. Lemos, na
Meguilah, que, quando Mordechai viu Haman – um descendente de Amalek – ele não se curvou; ele manteve-se
completamente imóvel em sua fé. E isso despertou a ira de Haman, e levou-o a procurar destruir o Povo Judeu.
Como descendente dos amalekim, Haman comprometeu-se a fazer a guerra contra a fé dos judeus. E esta guerra é
travada hoje também. Mesmo os considerados “crentes” entre nós são passíveis de sentir dúvidas... Se realmente
acreditamos que D-us está diante de nós quando rezamos, nossas orações teriam uma qualidade muito diferente!
Nossas orações são, muitas vezes, mecânicas, “automáticas”, precisamente por haver alguma lacuna em nossa
emuná. O que podemos fazer para reforçar a nossa fé e resistir aos ataques contra as nossas crenças? A Mishná nos
ensina: “Assê lechá Rab vehistalek min hasafek – Faze para ti um Mestre, e livra-te da dúvida” (Abot 1:16). A
maneira de se evitar safek e frustrarmos as tentativas de Amalek para sacudir a nossa fé, é termos um rabino a quem
recorrer para orientação e inspiração, especialmente em tempos de crise e incerteza. Tal é a verdadeira função do
rabino: ajudar o povo e guiá-lo de modo a permanecer seguro em sua fé, especialmente quando sua fé é ameaçada
pelos desafios da vida. De fato, em resposta ao ataque de Amalek, Moshê nomeou Yehoshua, seu discípulo mais
próximo, para liderar a batalha. O guerreiro mais qualificado para lutar contra os amalekim é o aluno fiel, aquele que
está perto de seu rabino, que se consulta com ele e lealmente segue a sua orientação. Hoje em dia, a luta contra
Amalek deve ser travada com, talvez, ainda maior vigor do que em gerações anteriores. É a batalha da fé contra a
dúvida, da crença contra o ceticismo. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.) Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
O Que Aconteceu Durante os Dias de Dedicação do Mishcán
D-us ordenou: “Antes que o serviço de D-us possa ter início no recém-construído Mishcán, ele deve
ser dedicado por oito dias”. Durante estes oito dias, Moshê ofereceu corbanot especiais para dedicar o Mishcán
e, a cada dia, ele preparava os cohanim para a abodah. D-us disse a Moshê: “Reúne todos os homens no pátio
do Mishcán. Quero que eles vejam como os cohanim se estão dedicando à sua abodah (serviço)”. Havia duas
razões pelas quais D-us queria que todos os judeus vissem como Moshê preparava os cohanim para suas
funções sagradas: (i) D-us queria que todo o povo percebesse que os cohanim são especiais; o povo, então,
honraria os cohanim; (ii) D-us queria que cada judeu soubesse claramente que fora D-us Quem escolhera
Aharon e seus filhos para servir no Mishcán; desta forma, ninguém jamais pensaria que Moshê tinha, por sua
própria vontade, escolhido seu irmão Aharon e seus filhos para esta elevada posição (assim mesmo, Korahh
argumentou, mais tarde, que Aharon não tinha sido escolhido por D-us). D-us realizou um milagre especial,
para que cada judeu pudesse ver com seus próprios olhos o que era feito a Aharon e aos outros cohanim: D-us
fez com que o pátio do Mishcán acomodasse 600.000 homens. Obviamente, o pátio era pequeno demais para
que um número tão grande de pessoas coubessem nele. Entretanto, seu tamanho milagrosamente abrigou a
todos. (www.chabad.org.)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Nós realmente temos livre escolha? A maioria das pessoas tende a ver esta como uma pergunta do tipo
sim-ou-não, mas a resposta correta é, na realidade, sim e não: (a) A essência da alma está totalmente unida a
D-us. Neste nível subconsciente, a alma de todo judeu deseja observar as Mitsvot e evitar transgredir qualquer
proibição. Não há qualquer desejo para o mal aqui; simplesmente, não há opção senão fazer o bem. (b) No
plano consciente, porém, no qual nós interagimos com as esferas mais superficiais da complexa psique da alma,
há lugar tanto para o bem quanto para o mal. Aqui, o desejo interno da alma de observar todas as Mitsvot só é
sentido como um “sinal” mais fraco, suscetível à “interferência” das mensagens opostas de nossos instintos
animais. Assim, no plano consciente, nós realmente possuímos livre escolha. Nossa Parashá usa o termo mais
direto e imperativo “ordene” para aludir a um tipo de Mitsvá que se dirige à essência da alma, que não possui
verdadeira livre escolha, e é simplesmente ordenada a obedecer a D-us. Estas Mitsvot especiais inclusas em
nossa Parashá têm por objetivo ajudar nossa identidade interior a vir à tona em nossa vida cotidiana. (Baseado em
Likutei Sichot, vol. 7, p.30.)
Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Mordehai Grassiano ben Miriam, Yehudá Hefez ben Simhhá, Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana
Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah e Guila bat Amar.
Em memória e elevação das almas de Aharon Nigri ben Raina, Meir ben Sim'hha, Elias Salomão Balassiano Ben Faride, Amalya Khalili Boukai Bat Ora, Carlos
David Zeitune Ben Saada, Salomão Chabetai Levy Ben Zaquie, Jacob Mayr Mizrahi Ben Simhá, Jamile Balassiano Bat Rene, Zebulum Cohen Ben Regina, Nazle
Haim Nigri Bat Ribcá, Amalie Cohen Pacanowiski Bat Luna, Tofic Nigri Ben Malaque, Esther Simão Nigri Bat Nazle e Toufic Efraim.
Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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