N458-Pekudei 5776 - lekachtob.xpg.com.br

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BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
“Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(Ensino).” – Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Zachor Shalom! Parashá Vaicrá - 9 de Adar 2 de 5776 (19/03/2016)
Ano-8 N-458
‫מֽר׃‬
ֹ ‫א ֥הֶ ל מ ֵ֖עד לֵא‬
ֹ ‫מ‬
ֵ ‫מ ֶ ֑ה ַוי ְַד ֵ ֤ר ה֙ ' אֵ ָ֔ליו‬
ֹ ‫ַו ִקְ ָ֖רא אֶ ל־‬
“E chamou a Moshê; e disse D-us para ele, da tenda do testemunho, para dizer” (Vaicrá 1:1)
Nós experimentamos a Torah em pequenos pedaços. Há 5 livros, 54 porções semanais com cada porção
dividida em capítulos e versículos. Mas, em outro nível, a Torah é uma entidade unificada, ensinando-nos sem
qualquer relação com as diferentes divisões que usamos. O Rebbe de Lubavitch dá um exemplo ligando o final da
porção passada, Pekudei – que é a última parte do segundo livro, Shemot – com o início da porção desta semana, a
primeira do terceiro livro da Torah, Vaicrá. Pekudei encerra-se falando sobre a nuvem Divina enchendo a tenda do
testemunho. Os versículos dizem que Moshê não podia vir à tenda, dado que a nuvem Divina a encheu. O verso diz
(Shemot 40:35) ‘E Moshê não podia vir à tenda’. Temos uma dicotomia aqui. A nuvem era um sinal visual da
Presença de D-us. Ainda assim, negava acesso a Moshê... Em essência, a nuvem foi um exemplo de ocultação,
impedindo Moshê de se comunicar com D-us. O início desta seção começa com as palavras ‘e chamou a Moshê’.
Chamar alguém é um exemplo de revelação. Vemos que esta revelação seguiu a ocultação dos versos anteriores. E,
como num jogo de esconde-esconde, a revelação que segue à ocultação é, substancialmente, uma experiência mais
poderosa que uma revelação isolada e independente. A idéia de uma revelação que segue uma ocultação na matriz
judeu / D-us é chamada de Teshubah – retorno. Teshubah acontece após uma pessoa se permitir ‘ficar distante’ de
D-us [através de um pecado]. Essa é a ocultação. E Teshubah significa que ela voltou para o seu devido lugar no
relacionamento com D-us; esta é a revelação. E, tal como a imensa diferença entre a escuridão da ocultação e o
brilho da revelação, assim também a luz da Teshubah é algo muito além da escuridão que a precedeu, a tal ponto que
as ações negativas, mesmo propositadamente feitas, podem ser transformadas em algo positivo, méritos! Escuridão é
transformada em luz. Esta é a verdade da chamada que veio depois da ocultação. Não devemos apenas afastar ou
remover a escuridão, mas fazer a própria escuridão brilhar. Fazer brilhar a noite como o dia! Este é o ensinamento
para cada um de nós. Não importa qual a dificuldade em que nos encontramos, nunca devemos desistir. Entendamos
que esta é uma oportunidade. Através da escuridão, temos a oportunidade de alcançar uma revelação ainda maior.
Isso também responde outra pergunta. As gerações anteriores tinham muito mais luz, eram mais meritosas e sábias.
E elas não trouxeram a redenção! Como possivelmente podemos, nesta geração obscura e confusa, trazer a redenção
completa? E a resposta está na pergunta. O sono é mais forte pouco antes do amanhecer. Em seguida, é o momento
mais crucial para nos fortalecer, para não cochilar um instante sequer. Em vez disso, devemos acordar e receber a
nova manhã brilhante até que o mundo inteiro vire a noite em dia. (Extraído do livro Torat Menahhem vol. 19, página 126 – artigo no site
ascentofsafed.com)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Vaicrá (Início do Livro de Vaicrá [Levítico] 1:1-5:26)
Neste Shabat, iniciamos o terceiro livro da Torah, Vaicrá, que trata principalmente dos serviços e
responsabilidades dos Cohanim (sacerdotes). Esta Parashá concentra-se em muitas das oferendas que eram levadas
ao Mishcán (Tabernáculo). Ela começa com D-us chamando Moshê para o Mishcán, onde ele receberá as Mitsvot a
serem passadas ao Povo Judeu. A primeira metade da porção descreve os vários corbanot (sacrifícios) trazidos pelos
indivíduos. Eles são classificados em três categorias gerais: o Corban Olah (oferenda de elevação), que é
completamente queimado sobre o altar; o Corban Min’hhá (oferenda de alimentos – oblações – preparada com
farinha fina, azeite de oliva e olíbano), o qual, dado seu conteúdo, era trazido por pessoas de poucos recursos; e o
Corban Shelamim (paz), parcialmente queimado sobre o altar, com o restante dividido entre os donos e os Cohanim.
Ela termina discutindo as oferendas obrigatórias de Hhatat (pecado) e Ashám (culpa), a serem levadas como
Por Jaime Boukai
expiação por transgressões cometidas. (Chabad.org.br)
Curiosidades da Semana:
O Alef Pequeno
O Livro de Vaicrá recebe seu nome da primeira palavra no Sefer – “Vaicrá” (“Ele chamou”). O Sefer
começa com D-us chamando Moshê e convocando-o para o Mishcán recém-construído, para transmitir-lhe os
comandos relevantes sobre os Corbanot (sacrifícios). Qualquer um que olha para a forma como esta palavra está
escrita na Torah notará, imediatamente, algo peculiar: a letra final, Alef, é escrita consideravelmente menor do que
as outras letras da Torah. Isto em si requer uma explicação, mas o significado dessa letra pequena pode ser ainda
mais abrangente do que parece à primeira vista. Embora o valor numérico da letra Alef seja 1, se soletrarmos a
palavra “Alef” (Alef, Lamed, Peh) e combinarmos os valores de suas letras, chegamos a 111 – o número de
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BS “D
versículos na Parashá Vaicrá. Isto pode aludir ao fato de que a mensagem deste pequeno Alef é a mensagem
essencial desta Parashá. Se entendermos o pequeno Alef, então, poderemos entender o conceito fundamental
subjacente a toda a Parashá Vaicrá. A construção do Tabernáculo serviu para corrigir o pecado do bezerro de ouro.
Sempre que um judeu comete um pecado, ele afasta a Presença Divina de sua alma; ele expulsa a centelha da
Kedushá de dentro dele, e a envia para o exílio. A Teshubah (arrependimento, retorno) significa nos tornarmos
dignos de receber mais uma vez essa centelha, e sermos um repositório para a Shechinah. E, portanto, após o pecado
do bezerro de ouro, a Presença de D-us deixou B'nei Israel, e eles precisavam construir o Tabernáculo a fim de
trazê-la de volta. Mas este processo devia desenvolver-se gradualmente, passo a passo. Os B'nei Israel não podiam
receber a Presença Divina de uma só vez. Depois de caírem tão baixo, após o pecado do bezerro de ouro, o processo
de retorno da Shechinah tinha que ser devagar. Uma pessoa que sai de uma sala escura precisa de tempo para se
acostumar à luz; seus olhos são, simplesmente, incapazes de lidar com uma transição drástica. O Tasher Rebe de
Montreal, na sua Abodat Abodah, explicou que este é o simbolismo subjacente ao pequeno Alef no início do livro
Vaicrá. Moshê Rabenu estava no qüinquagésimo nível de Kedushá, a maior estatura espiritual atingível por um ser
humano. D-us instruiu Moshê que, a fim de trazer os B'nei Israel de volta aonde eles precisavam estar, ele teria que
‘rebaixar-se’, para que a luz espiritual que ele irradiava fosse menor. Após a escuridão do bezerro de ouro, B'nei
Israel não poderiam receber imediatamente uma luz espiritual tão brilhante. Portanto, D-us apareceu a Moshê em um
nível inferior de profecia, simbolizado pelo pequeno Alef. Isso explica os comentários de Rashi para o primeiro
versículo do livro Vaicrá, em que ele escreve que a palavra “Vaicrá” é um “Lashon Hiba” – um termo que denota
amor e carinho. O Tasher Rebe explicou que todo o conceito desta Parashá, a disposição de D-us para restaurar Sua
Shechinah entre os B'nei Israel no Mishcán, é um grande ato de amor. B'nei Israel cometeram uma grande traição,
adorando um deus estrangeiro apenas algumas semanas depois de receberem a Torah, e, ainda assim, D-us estava
disposto a voltar para eles. Ele sempre nos dá a oportunidade de voltar e reparar nosso relacionamento com Ele. E
Ele ainda garante que o processo vai se desenrolar no ritmo certo, passo a passo, de modo a ser eficaz. É por isso que
o pequeno Alef representa a essência da Parashá Vaicrá. O conceito subjacente aos corbanot é que temos a
capacidade de restaurar o nosso relacionamento com Hashem, mesmo depois de cairmos. Este livro inteiro é um
“Lashon Hiba”, uma expressão do grande amor de D-us, Que está sempre preparado para nos receber de volta em
Teshubah, e está sempre preparado para nos ajudar ao longo deste processo. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy
Qualidade Versus Quantidade
De todos os sacrifícios introduzidos na Porção desta semana da Torah, o único que não requer o sacrifício
de um animal é o Corban Min'hhá, uma oferenda de farinha misturada com óleo e incenso trazida como uma
alternativa de menor custo que as demais, entre as quais as oferendas de novilho ou ave. Mesmo assim, quando a
Torah descreve as pessoas que levam cada uma das várias oferendas ao Templo, a única que é destacada e
identificada como sendo uma ‘Nefesh – alma’ é a pessoa que traz o simples Corban Min'hhá. O Talmud (Tratado
Menahhot 104b) desenvolve: ‘Por que o Corban Min'hhá recebe destaque e seu portador é chamado de Nefesh,
alma? D-us declara: “Quem, geralmente, oferece Corban Min'hhá? O pobre. Considero seu ato como se ele
sacrificasse sua alma por inteiro”’. Pode-se deduzir que, para alguém que está empobrecido, o ato de separar-se de
boa farinha, que, de outra forma, poderia alimentá-lo e aplacar sua fome, é um ato de sacrifício ainda maior que
aquele do homem rico doando um animal de alto preço. Para o pobre, a farinha é mais que uma grande parte de suas
posses: é sua própria vida. A Torah está nos ensinando que não é o tamanho do presente que determina a
importância do sacrifício; pelo contrário, a importância está nas intenções do doador e nas circunstâncias. Quando
Yaakob despachou seus filhos para encontrar o misterioso governante do Egito, enviou com eles um presente. Este
tributo era de fato pequeno – ‘um pouco de bálsamo, mel, cera, lótus, pistache e amêndoas’ – mas a importância não
estava no tamanho. Estes itens haviam sido cuidadosamente considerados e especialmente selecionados. Eram
iguarias não disponíveis no Egito àquela época. Sua mensagem era de cuidadoso esmero e consciencioso interesse. E
de forma bem apropriada, Yossef chamou o presente de ‘um Min'hhá’. Min'hhá é o único serviço de prece que nos
pede para desligar de nossa inclinação mundana e nos retirar para um súbito e total encontro com o Divino. Pode
levar apenas quinze minutos, mas é um Min'hhá. Lembra-nos da motivação necessária para doações de todos os
tipos, e que não é o tamanho que importa; o significado e as intenções são igualmente importantes. (por Rabino Hhaim
Goldberger – Extraído de chabad.org.br.)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah, Guila bat Amar, Mordechai
Grassiano ben Miriam.
Em memória e elevação das almas de Leibish ben Hhaika (Israel Icek), Rahhel bat Hhana, Mazal Zeitune bat Sarah, Yossef Zaiat ben Sarah, Mordechai ben
Rahhel Salem, Jacob Saad Nigri ben Sarina, Marcos Adissi ben Raquel, Marcos Joseph Belaciano ben Esther, Nazle Fuerte ('Im David), Alberto Chelomô Cohen
ben Shoshana, Esther Dana Nigri bat Farida, Antoniette Esquenazi bat Sarah, Faride Beniste Zeitoune bat Habibe, Zaquie Levy bat Jamile, Bida Balassiano bat
Miriam, Haia Rachel Nigri Varsano bat Foreta, Elias Salomão Balassiano ben Faride, Amalya Guershon Khalili Boukai bat Ora, Carlos David Zeitune ben
Saada, Salomão Chabetai Levy ben Zaquie, Jacob Mayr Mizrahi ben Simhá, Jamile Balassiano bat Rene e Zebulum Cohen ben Regina.
Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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