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Regional São Paulo • Biênio 2006 - 2007
Boletim Informativo • No 71 • Setembro 2006
Indice
Editorial
IV Semana De Saúde V
ascular:
Vascular:
Doença Carotídea
pág. 02
Fique por Dentro
Na noite do dia 31 de agosto
tivemos uma reunião científica
da SBA
CV
SBAC
V-- SP com apresentação
de excelentes trabalhos.
pág. 06
XVII Fórum
28 de setembro, as 20 horas
Tema: "Cirurgia Endovascular na
Doença Obstrutiva Arterial
Pe r i f é r i c a " .
pág. 10
Página 02
Editorial
Diretoria Biênio 2006-2007
IV SEMANA DE SAÚDE VASCULAR: DOENÇA CAROTÍDEA
Dr
alter Castelli Jr
Dr.. V
Valter
Jr..
P residente da SBA
CV
SBACV
CV-- SP
Te m o s n ó s a n g i o l o g i s t a s e
cirurgiões vasculares, a preocupação
constante de bem atendermos nossos
pacientes em qualquer ambiente, quer
seja em nossos consultórios particulares,
bem como a nível institucional como
Hospitais - escolas, Hospitais com
Serviço de Residência Médica ou outros.
A imensa maioria de nossos pacientes nos
procuram porque estão em fase evolutiva
da doença vascular, apresentando sinais
e sintomas da mesma, ou porque são
encaminhados por outros especialistas
que diagnosticaram problemas inerentes
a nossa área de atuação. No entanto
ainda estamos muito aquém do ideal,
sobretudo quando se trata de atuação
na área preventiva, onde dependemos do
conhecimento da população em geral
acerca de certas doenças vasculares,
assim como dos médicos como um todo
que deveriam deter conhecimentos
específicos sobre as doenças obstrutivas
vasculares e dos chamados "grupos de
risco", sobretudo em relação a doença
aterosclerótica. Em razão do exposto é
que devemos e podemos expor na mídia
a área de atuação do angiologista e
cirurgião vascular.
Dentro deste preceito e
coordenado pela SBACV - Nacional é
que ocorrerá pelo 4ºano consecutivo, a
IV Semana Nacional de Saúde Vascular
tendo como foco central de atuação a
doença obstrutiva carotídea. Esta edição
ocorrerá entre os dias 16 e 20 de outubro
de 2006 e tem como proposta levar ao
conhecimento do público - alvo os riscos
inerentes à obstrução carotídea,
oferecendo informações e possibilitando
buscar o diagnóstico e tratamento.
Também tem como finalidade orientar os
médicos de outras especialidades que
atendam as pessoas pertencentes aos
grupos de riscos, no sentido de
encaminhar os pacientes cujas queixas
indiquem sintomas e sinais da doença.
Este evento deverá ser
propagado e divulgado pelas diversas
Regionais da SBACV.
Segundo a Nacional da SBACV,
haverá campanha publicitária na grande
mídia (TV, rádio e outdoor), além de
exposição de banners educativos, folders
e cartazes a serem fixados em diferentes
pontos como Hospitais, Postos de Saúde
e até mesmo consultórios médicos. Há a
intenção de produção de um "Comercial
para a televisão" chamando a atenção
para a necessidade de preservação do
fluxo carotídeo. Também deveremos
contar com a confecção de "jalecos" e
"bonés" alusivos à campanha com os
dizeres "Olha as carótidas". Esperamos
portanto que esta seja mais uma
oportunidade de divulgarmos a nível
nacional nossa especialidade médica.
A Regional de São Paulo em
reunião de Diretoria de Agosto de 2006,
resolveu empreender esforços extendendo
o benefício desta campanha para
promover no Estado um rastreamento
mais especifico dos doentes com
obstrução carotídea. A exemplo de um
"screening" bem conduzido em 2004 na
Santa Casa de São Paulo sobre obstrução
carotídea em pacientes pertencentes ao
"grupo de risco", queremos a participação
de outros centros de atendimento na
cidade de São Paulo e no interior e litoral
paulista. Devemos contar com um
protocolo de atendimento clínico
bastante prático e com exames de
ecografia Doppler para o diagnóstico e
quantificação das estenoses carotídeas.
Tal empreendimento deverá ocorrer no dia
21 de Outubro (sábado) simultaneamente nestes centros interessados.
Entraremos em contato em breve com a
coletividade vascular para maior
detalhamento do evento. Há a
necessidade de participação de maior
número possível de profissionais da área
vascular, incluindo aqui estudantes (ligas
de cirurgia vascular) e de médicos
residentes.
Há a perspectiva de que a
analise do conteúdo destes protocolos se
transforme num grande estudo clínico epidemiológico trazendo informações
relevantes a comunidade científica
médica.
Desde já agradeço a cooperação
de todos.
Um abraço!
Presidente - Valter Castelli Júnior
1° Vice-presidente - José Carlos Baptista Silva
2º Vice-presidente - Erasmo Simão da Silva
Secretário-geral - Álvaro Razuk Filho
1º Secretário - Adilson Ferraz Paschôa
2º Secretário - José Dalmo de Araújo Filho
Tesoureiro-geral - Candido Ferreira Fonseca
1º Tesoureiro - Carlos Eduardo Pereira
2º Tesoureiro - Marcelo Rodrigues Souza Moraes
Diretores científicos - Calógero Presti
Ivan Benaduce Casella
Diretores de publicações - Alexandre Fioranelli
Celso Ricardo B. Neves
Diretores de eventos - Regina de Faria B. Costa
Winston Bonetti Yoshida
Diretores de defesa profissional - Rubem Rino
João Antonio Corrêa
Diretor de informática - Alberto Kupcinskas Jr.
Diretores de patrimônio - Adnan Neser
Nilo Mitsuru Izukawa
DEPARTAMENTOS
Arteriologia - Nelson Wolosker
Flebologia - Rogério Abdo Neser
Linfologia - Henrique Jorge Guedes Neto
Angiorradiologia - Felipe Nasser
Cirurgia Experimental - Ana Terezinha Guillaumon
Cirurgia endovascular - André Echaime V. Estenssoro
Ultrassonografia vascular - Robson B. Miranda
Cateteres - Sérgio Kuzniec
Acessos vasculares - Fabio Linardi
Educação médica continuada - Vanessa Prado dos Santos
Walkíria Ciappina Hueb
SECCIONAIS
ABC - Sidnei José Galego
Campinas/Jundiaí - José Luiz Cataldo
Ribeirão Preto - Luiz Cláudio Fontes Mega
Santos/Guarujá - Rubens Palma Filho
Taubaté - Ricardo Augusto de Paula Pinto
Marília - Claudio Lança Fabron
São José do Rio Preto - Alexandre Maieira Anacleto
Sorocaba - Ovanil Furlani Jr.
Botucatu/Bauru - Constantino José Sahade
Presidente Prudente - Fernando José Fortunato
CONSELHO CONSULTIVO
Antonio Carlos Alves Simi
Bonno Van Bellen
Cid J. Sitrângulo Jr.
Emil Burihan
Fausto Miranda Júnior
Francisco Humberto A. Maffei
João Carlos Anacleto
José Mario Marcondes dos Reis
Pedro Puech Leão
Roberto Sacilotto
Wolfgang Zorn
Diretor de arte - Maurício Gioia
[email protected]
Jornalista Responsável - Adriano Vanzini - MTb 31.126
Encaminhe suas sugestões, dúvidas, trabalhos
científicos, eventos a serem divulgados para:
e-mail: [email protected]
Rua Estela, 515 - Bloco A - Cj.: 62 - Paraíso
São Paulo - Sp - Brasil - CEP 04011-904
Tel./Fax.: (5511) 5087-4888
Site da Regional São Paulo: www.sbacv.org.br
Dr. Alexandre Fioranelli
Rua Hilário Furlan, 107/111 - Brooklin Novo
CEP: 04571-180
Tel/Fax.: (5511) 5505-1915
e-mail: [email protected]
Dr. Celso Ricardo Bregalda Neves
Rua Barata Ribeiro, 490, cj. 113 - Cerqueira César
CEP: 01308-000
Tel/Fax.: (5511) 3123-5606 / 3237-0715
Permite-se a reprodução de textos desde que
citada a fonte.
Acesse: www.sbacvsp.org.br
Página 03
Diretoria de Defesa Profissional
VAMOS ATUALIZAR O CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA?
A palavra final está com o
Conselho Federal de Medicina e os
Conselhos Regionais de Medicina,
por serem as únicas Entidades com
autoridade para tal.
Da parte das Entidades de
Especialidades fica lançado o clamor
para atualização, na esperança de
que um dia se torne realidade esse
desejo, polindo arestas, defendendo,
ainda mais, a Moral da Medicina
brasileira.
É com freqüência que lemos
publicidades médicas de várias
especialidades, em revistas leigas, que
acabam "fazendo" a cabeça do e da
leitora leiga. Em relação à Angiologia
e Cirurgia Vascular até que arrefeceu
um pouco, mas, ainda deparamos
com o marketing pessoal. Com a
Medicina estética, que nem
reconhecida é pelo CFM e CRMs,
então, é assustador o número de
propaganda acintosa.
Diz o Código de Ética que
divulgar esclarecimento genérico sobre
uma patologia médica e os
procedimentos para sua solução,
mesmo em forma de entrevista de um
Médico especialista, exposto em
fotografia, com seu nome citado, não
constitui transgressão ao Código. A
exposição da foto e do nome do
Médico, principalmente sendo
repetitiva, numa e em várias revistas,
constitui uma propaganda, sem
dúvida alguma, em proveito próprio.
Poderia constar no Código de
Ética Médica que esse esclarecimento
só poderia ser feito, de forma
impessoal, pela Sociedade de
Especialidade
correspondente,
quando publicado em revista leiga ou
jornal. E quando fosse através do
R á d i o e d a Te l e v i s ã o , a m a t é r i a
esclarecedora, fornecida pela
Sociedade, fosse lida, pelo Reporte,
citando apenas o nome da Sociedade
de Especialidade. Desta maneira
evitar-se-ia a injustiça de poucos
privilegiados levarem vantagem sobre
a maioria dos especialistas, além do
que,
impediria
informações
distorcidas, ou inverídicas, sobre a
patologia e os métodos de sua cura,
que trazem grandes prejuízos às
pessoas leigas, aos Médicos, e a
Medicina acima de tudo. Um Código
de Ética Médica, mais rigoroso,
punitivo, abrandaria o trabalho dos
Conselhos.
Estamos
cientes
das
dificuldades dos colegas Conselheiros
dos CRMs das grandes cidades,
principalmente de São Paulo, que
ficam assoberbados de casos a julgar,
levando até anos para concluir. Não
foi levada em conta, na composição
da Constituição do Brasil, a
proporcionalidade do número de
Conselheiros em relação à população
de cada Estado da Federação. O
Estado do Acre, com seus menos de
um milhão de habitantes, tem o
mesmo número de Conselheiros que
o Estado de São Paulo. Isso é uma
aberração própria da cabeça de
políticos brasileiros, que aprovaram,
por ocasião do regime militar, a
despropor-cionalidade do número de
Deputados representantes de cada
Estado na Câmara Federal. Isso é
uma agressão, uma afronta, um
desrespeito, e sei lá mais o que, ao
conceito democrático.
A
Associação
Médica
Brasileira, a Associação Paulista de
Medicina, e demais Associações
Médicas dos Estados, têm feito algum
movimento para corrigir essa injustiça?
É óbvio, que havendo um número de
Conselheiros proporcional ao número
de Médicos de cada Estado, a
solução, os julgamentos, as resoluções
seriam agilizadas, em benefício de
todos.
As
Sociedades
de
Especialidades poderiam participar de
um movimento nesse sentido,
apoiando diretamente o CFM e os
CRMs, para abreviar essa conquista,
sem o que, continuaremos assistindo
os desmandos de alguns Médicos, de
intermediadores da assistência médica
suplementar, de governantes, que
agem livremente, até que mude esse
status quó.
Outra permissão
vergonhosa do Governo é a da
propaganda da venda de "remédios
no Rádio, televisão, out door, táxis,
etc ".
A expressiva maioria dos
Médicos, que exerce sua profissão
com dignidade, está cansada,
desiludida com a desfaçatez dos
descumprimentos e falhas do Código
de Ética Médica, e falta de Leis que
proíbam os abusos como esses.
Sabemos que uma reforma do Código
de Ética Médica, envolve Câmara dos
Deputados, Senado e Presidência da
República, num trabalho insano,
desgastante pela demora em
convencer esses setores, quanto a
grande importância da mesma. Nas
próximas eleições, votem em colegas
decentes, representando-nos no
Congresso Nacional.
Enquanto isso, o CREMESP
luta: "Fóruns debatem publicidade
médica", que são realizados em várias
cidades do Estado de São Paulo. "O
tema representa 10% do total de
processos éticos iniciados pela
CREMESP". Foi escrito um Manual de
"Ética em Publicidade Médica",
resultante de trabalho integrado de
conselheiros do CREMESP, Ordem dos
Advogados do Brasil, Instituto de
Defesa do Consumidor (IDEC), e
outros organismos. "CRMs do Sul e do
Sudeste debaterão estratégias para o
movimento médico".Esse Manual
pode ser adquirido através do e mail;
[email protected]. "Conselhos
iniciam campanha para retomada do
movimento médico". "Regulamentação
da profissão e formação médica
estão entre as prioridades". "Algumas
propostas para o Ensino Médico".
"Ações para o setor de Saúde
Suplementar". (Jornal do CREMESP:
No 226, 06/06, e No 227, 07/06)
Algum dia, essas propostas
serão
conquistadas.
Então,
preparemo-nos para iniciar esse
embate, o mais breve, com uma
estratégia, a mais inteligente possível,
e chegar à vitória rapidamente,
erradicando
ou
atenuando,
consideravelmente, erros que estão se
institucionalizando. A Classe Médica
está carente de PAZ, para trabalhar.
"Que Deus me dê:
serenidade para aceitar as
c o u s a s q u e n ã o p o s s o m u d a rr,,
coragem para mudar as que
posso e
sabedoria para
distinguir
uma
da
outras."
(Arnaldo Jabor)
Dr
ubem Rino
Dr.. R
Rubem
Membro do Departamento de
Defesa Profissional da SBACV-SP
Página 04
Artigo Comentado
PROTECTED CAROTID STENTING IN HIGH-SURGICAL-RISK PATIENTS: THE ARCHER RESULTS
William A. Gray, L. Nelson Hopkins, Sanjay Yadav, Thomas Davis, Mark Wholey, Richard Atkinson, Alberto Cremonesi, Ronald Fairman,
Gary Walker, Patrick Verta, Jeff Popma, Renu Virmani, and David J. Cohen. New York and Buffalo, NY; Cleveland, Ohio; Detroit, Mich;
Pittsburgh and Philadelphia, Penn; Sacramento, Calif; Ravenna, Italy; Boston, Mass; and Bethesda, Md
Introdução
Introdução: A endarterectomia de
carótida é o tratamento padrão para a
maioria dos pacientes com doença
aterosclerótica severa da bifurcação
carotídea. Entretanto não são claras sua
segurança e eficácia em pacientes com alto
risco cirúrgico. O Estudo ARCHeR
(ACCULINK for Revascularization of
Carotids in High-Risk patients) foi feito para
determinar se a angioplastia com stent na
carótida, com uso de filtro para prevenir
embolia, é uma alternativa segura e efetiva
em pacientes de alto risco cirúrgico.
Métodos
Métodos: O ARCHeR é uma série
de três estudos seqüenciais, multicêntricos,
não randomizados e prospectivos. Quarenta
e oito instituições arrolaram 581 pacientes
de alto risco cirúrgico entre maio de 2000 e
setembro de 2003. Pacientes com estenose
J V
asc Surg 2006;44:258-69
Va
carotídea severa definida angiograficamente
(sintomática maior que 50% ou
assintomática maior que 80%) receberam um
stent de nitinol ACCULINK. O filtro de
proteção embólica ACCUNET foi adicionado
ao procedimento nos dois últimos estudos
(422 pacientes). A definição de eficácia
primária foi baseada numa associação de
morte, AVC e infarto do miocárdio nos
primeiros 30 dias mais AVC ipsilateral entre
os dias 31 e 365.
Resultados
Resultados: A taxa de 30 dias de
morte, AVC e infarto do miocárdio foi 8,3%.
A taxa de AVC e morte foi 6,9%. A maioria
dos AVC (23/32) foi menor, sendo que
destes mais da metade retornaram ao estado
normal prévio dentro de 30 dias. A taxa de
30 dias de AVC maior ou fatal foi 1,5%. Não
foram observados AVC hemorrágicos no
estudo. AVC ipsilateral ocorreu em 1,3% dos
pacientes entre 30 dias e 1 ano, dando um
composto primário de eventos (morte, AVC
e infarto do miocárdio em 30 dias mais AVC
ipsilateral até 1 ano) de 9,6%, que é abaixo
de 14,4% do controle histórico de
comparação.
Conclusão: Os resultados do
estudo ARCHeR demonstraram que a
angioplastia com implante de stent na
carótida extracraniana, associada ao filtro
de proteção embólica, não é inferior aos
resultados históricos de endarterectomia e
sugerem que é um procedimento seguro,
durável e efetivo em pacientes de alto risco
cirúrgico.
Tradução do resumo:
resumo Dr. Celso
Ricardo Bregalda Neves
COMENTÁRIOS:
DR. NILO MITSURU IZUKAWA
A eficácia da endarterectomia da
artéria carótida foi bem demonstrada por
estudos multicêntricos, prospectivos e
randomizados, publicados na década de 90.
Entre eles, destaque para os estudos ACAS
e o N A S C E T. O s c r i t é r i o s c l í n i c o s e
anatômicos, de exclusão destes estudos,
ficaram conhecidos como critérios de
definição para pacientes com alto risco
cirúrgico. Algumas publicações contestam
essa definição, apresentando resultados
cirúrgicos não inferiores aos realizados em
pacientes não considerados de alto risco.
A angioplastia com stent está se
mostrando um método seguro e eficaz para
o tratamento da estenose carotídea. As
primeiras publicações apresentaram taxas de
AVC e complicações peri-operatórias altas,
o que inibiu a aceitação deste método. Mas
a comparação com os resultados em
pacientes com alto risco cirúrgico (critérios
de exclusão ACAS/NASCET), permitiu que
as agências reguladoras de saúde
permitissem o desenvolvimento de
protocolos para a utilização da angioplastia
no território carotídeo.
O desenvolvimento tecnológico de
todo o equipamento envolvido na
angioplastia carotídea (fios guias, cateteres,
stents, dispositivos de proteção cerebral),
aliados à maior experiência dos
profissionais que a utilizam, possibilitaram
a publicações de inúmeras séries
demonstrando baixos de complicações.
Para a aceitação das agências
reguladoras de saúde, um método deve
demonstrar sua não inferioridade ao método
anteriormente aprovado. Neste contexto,
desenvolvem-se os estudos multicêntricos
comparando a angioplastia com stent com a
endarterectomia carotídea.
Este artigo apresenta um estudo
multicêntrico, prospectivo e não
randomizado, comparando os resultados da
angioplastia carotídea com o stent
ACCULINK e o filtro de proteção cerebral
ACCUNET, ambos fabricados pela Guidant
Corporation,
com
resultados
da
endarterectomia carotídea em pacientes com
alto risco cirúrgicos. Os resultados da
cirurgia, utilizados na comparação, foram
compilados de uma série de artigos
selecionados pelos autores, após uma
extensa revisão de literatura.
O objetivo primário deste estudo
foi testar a hipótese da não inferioridade das
taxas de complicações (IAM, AVC e óbito)
em 30 dias associadas a taxa de AVC
ipsilateral entre 31 e 365 dias, quando
comparadas às mesmas taxas nos estudos
históricos da endarterectomia carotídea.
Esta publicação compreendeu a
somatória de três estudos realizados
separadamente (ARCHeR 1, ARCHeR 2 e
ARCHeR 3), sendo utilizados dispositivos de
proteção cerebral nos dois últimos. Foram
envolvidos 581 pacientes com alto risco
cirúrgicos (com critérios de inclusão e
exclusão bem definidos) sintomáticos com
estenose superior a 50% e assintomáticos
com estenose superior a 80%. Destes, 24%
eram sintomáticos.
No detalhamento técnico dos
resultados, descrevem a necessidade de pré
dilatação em 23% dos procedimentos, 2,6%
de hematomas significativos no local de
punção, 57% de captura de debris no filtro
de proteção cerebral e 5 complicações pela
colocação do filtro, com resgate sem
seqüela.
A taxa de complicação em um ano
conforme objetivo primário foi de 9,6%,
sendo 13,1% nos pacientes sintomáticos e
6,8% nos assintomáticos, sendo a taxa de
AVC, óbito e IAM peri-operatória de 8,3%.
Entre 1 e 3 anos, apenas três pacientes
apresentaram AVC ipsilateral. A taxa de reestenose > 70% em 1 ano foi de 5%.
Os autores demonstram a não
inferioridade do procedimento com os
dispositivos utilizados em relação à
endarterectomia, comparando a taxa de
9,6% com os 14,4% obtidos pelo
levantamento de estudos realizados pelos
autores.
Este é um estudo prospectivo,
multicêntrico, mas não randomizado, sendo
a comparação dos resultados realizados por
uma coletânea de resultados que podem
conter alguns vícios de coleta. Na literatura
encontramos muitos artigos que apresentam
resultados muito mais favoráveis que os
utilizados para a busca de uma taxa de
complicação significativa para a
endarterectomia da carótida. Também foram
utilizados
muitos
estudos
com
revascularização miocárdica realizada
conjuntamente com a endarterectomia, o que
certamente criou uma tendência a resultados
piores.
Este estudo apresenta resultados
que possibilitaram a aprovação destes
dispositivos pelo FDA e, trouxe uma
contribuição muito grande para demonstrar
a segurança e eficácia da angioplastia
carotídea com stent, mas não pode ser
interpretada como demonstrativo seguro
sobre a não inferioridade deste método
sobre a endarterectomia carotídea. Somente
um estudo prospectivo, multicêntrico e
randomizado poderá estabelecer o final desta
dúvida.
As altas taxas de complicações,
tanto cirúrgicas quanto através da
angioplastia, ultrapassaram as taxas
aceitáveis tradicionalmente recomendadas e
aceitas (<3% assintomáticos e <6% nos
sintomáticos). Isso traz certo questionamento
sobre a inferioridade dos resultados com o
tratamento clínico realizado de maneira
adequada ("Best Medical Therapy") em
pacientes com alto risco cirúrgico.
Página 05
Espaço Científico
METAS DO J VASCBRAS
O J o r n a l Va s c u l a r
Brasileiro vem se consolidando
progressivamente
como
principal meio de divulgação
cientifica vascular no Brasil. Ao
longo
do
tempo
foi
amadurecendo e foi sendo cada
vez mais respeitado no nosso
meio, a ponto de ter conseguido
no começo deste ano à
indexação no SciElo.
C o m e s t e i n d e x a d o r,
passou a ser creditada como
revista Qualis A nacional pela
CAPES, contando os seus artigos
uma pontuação expressiva para
os Cursos de Pós -graduação.
Além disso, a indexação SciElo
amplia o leque de leitores para
outros países ligados ao projeto,
como Cuba, Venezuela, Chile e
Espanha.
Evidentemente o acesso
não fica restrito aos mesmos,
pois o indexador SciElo vem
ganhando respeitabilidade
internacional, fazendo parte
obrigatória da pesquisa de
artigos de qualidade para
Revisões Sistemáticas. Portanto,
fazer parte da comunidade
SciElo é motivo de orgulho para
todos os associados da SBACV.
No site www.scielo.org é
possível acessar qualquer artigo
publicado no JVascBras ou nas
revistas indexadas e obter uma
cópia em arquivo PDF do
mesmo, em inglês ou na língua
original . Além disso, é possível
conhecer quantas vezes
determinado
artigo
foi
consultado na página da revista
através do SciElo. Basta acessar
a revista dentro do SciElo e
consultar estatísticas em http:/
/ w w w. s c i e l o . b r / s t a t _ b i b l i o /
index.php?lang=en&issn
=1677-5449
A indexação SciElo não é
necessariamente permanente. É
preciso manter a pontualidade,
qualidade e 70% de artigos
originais. No entanto, neste ano
as duas primeiras edições saíram
atrasadas. Os motivos do atraso
foram basicamente à falta de
artigos para análise, atraso nas
revisões dos revisores e demora
na resposta dos autores.
A secretaria editorial e este
editor tem trabalhado muito e
feito grande empenho no sentido
de manter a qualidade e
pontualidade da revista. Neste
momento estão apresentando
projeto de financiamento pelo
CNPq. Este órgão de fomento
exige igualmente pontualidade e
qualidade editorial, com 70 % de
artigos originais. O auxílio do
CNPq pode representar uma
ajuda importante para o
equilíbrio financeiro da revista,
com maior independência em
todos os sentidos.
Finalmente, a grande e
principal meta seria a indexação
Medline. Não é difícil de se
conseguir. Basta ter pontualidade,
qualidade, 70% de artigos
originais e apresentar um projeto
justificando e solicitando a
indexação.
Portanto, o sucesso de
todos os projetos futuros da
revista não depende do editor e
da secretaria editorial. Depende
dos colegas enviarem seus artigos
para a revista. Por conta de forte
campanha desencadeada por
este editor, houve um aumento
discreto em relação ao ano
anterior, mas ainda insuficiente
para proporcionar equilíbrio e
tranqüilidade. Em função
disso, os projetos todos ficam
de certa forma ameaçados de
insucesso.
Em
resumo,
a
participação dos colegas
enviando seus artigos é a
única forma de manter a
revista viva e atraente para
comunidade
local
e
internacional, além de
alicerçar e alavancar o
crescimento da mesma.
Infelizmente ainda falta uma
participação mais efetiva neste
sentido. Sabemos que todos
estão igualmente ocupados e
com pouco tempo, mas é
preciso buscar algum espaço
desse tempo para escrever e
enviar os artigos , para que
esta revista sobreviva e se
consolide.
Dr W
oshida
Wii n s t o n B o n e t t i Y
Yoshida
Editor-Chefe do J VASBRAS
Diretor de eventos da SBACV-SP
Página 06
Fique por Dentro
REUNIÃO CIENTÍFICA DE AGOSTO 2006
Na noite do dia 31 de agosto
tivemos uma reunião científica da
SBACV- SP com apresentação de
excelentes trabalhos, no anfiteatro
Prof. Dr. Emílio Athiê na Faculdade
de Ciências Médicas da Santa Casa
de São Paulo.
Dr. Celso Ricardo Bregalda Neves
comenta trabalho do Dr. Emerson Ciorlin
Dra. Ana Terezinha Guillaumon comenta
trabalho do Ac. Rodrigo Gibin Jaldin
A primeira apresentação
"Análise da morfologia e das
propriedades mecânicas da
aorta torácica e abdominal de
ratos expostos ao tabagismo" foi
feita pelo acadêmico do 6º ano
Rodrigo Gibin Jaldin, da Faculdade
d e M e d i c i n a d a U N E S P, q u e
constituía no seu projeto de
iniciação científica. Mostrou um
trabalho muito bem desenhado
utilizando ratos Wistar submetidos
a períodos de exposição de até 6
meses à fumaça de cigarros, na
taxa de até 40 cigarros/dia, ao fim
dos períodos sacrificando os
animais e submetendo segmentos
de aorta a provas mecânicas de
rigidez, limite de elasticidade e força
de rotura. Como resultado observou
processo degenerativo da camada
média com degradação das fibras
elásticas, atrofia da camada
muscular e aumento da deposição
de colágeno, proporcional em
intensidade ao período de exposição
tabágica. Observou também
redução do limite de elasticidade na
aorta torácica e do coeficiente de
rigidez e força de rotura na aorta
abdominal. A Dra. Ana Terezinha
Guillaumon comentou que o
trabalho mostrou um outro ponto de
vista na pesquisa das doenças da
aorta, apresentando informações
muito
importantes
para
o
conhecimento do cirurgião vascular,
sugerindo continuidade na linha de
pesquisa.
A segunda apresentação
"Lesão
de
artéria
ilíaca
secundária
a
litotripsia
extracorpórea - relato de caso"
foi feita pelo Dr. Emerson Ciorlin, do
Instituto
de
Moléstias
Cardiovasculares de São José do Rio
Preto, que mostrou um caso de
claudicação de membro inferior
direito por estenose de artérias
ilíacas comum, interna e externa
direitas após litotripsia de cálculo em
pelve renal direita. Realizou extensa
pesquisa da causa da lesão, com
análise
histopatológica
e
bioquímica, que direcionava para
uma lesão endotelial primária. O Dr.
Celso Ricardo Bregalda Neves
comentou citando trabalhos clínicos
e experimentais da literatura
internacional, que em sua maioria
mostram segurança neste tipo de
procedimento
inclusive
em
pacientes
com
doença
aneurismática aórtica e renal além
de, neste caso, haver uma distância
relativamente grande entre o local
alvo da litotripsia e a lesão arterial,
pois a área de atuação das ondas
de choque é pequena.
Dr. Walter Karakhanian comenta trabalho
da Ac. Grace Mulatti
A terceira apresentação
"Estudo de pacientes com
oclusão ou pseudo-oclusão
carotídea" foi feita pela acadêmica
do 6º ano Grace Mulatti, da
Faculdade de Medicina da USP.
Relatou a experiência inicial do
serviço na caracterização dos
pacientes com este tipo de doença
em relação a sexo, idade, raça,
índice de massa corpórea, tipo e
localização da oclusão, lado
preferencial afetado, forma de
apresentação clínica e novos
sintomas, prevalência de fatores de
risco, prevalência de doenças
associadas e formas de tratamento
utilizadas. Concluiu dizendo que
estes pacientes necessitam análise
minuciosa dos sintomas e
confirmação do tipo de oclusão
para tratamento adequado, com
necessidade de acompanhamento
clínico pois podem apresentar
eventos isquêmicos futuros. O Dr.
Wa l t e r Ka r a k h a n i a n c o m e n t o u
citando as várias vias anatômicas
possíveis para embolização distal a
partir da carótida ocluída ou subocluída, além de citar dados da
literatura internacional sobre este
tipo de patologia.
Platéia
Ao fim dos trabalhos o Dr.
Valter Castelli Jr., presidente da
SBACV-SP, fez questão de ressaltar
não só o nível de excelência das
apresentações mas também o fato
de duas das três terem sido feitas
por acadêmicos de medicina, o que
evidencia uma louvável iniciativa de
estímulo à pesquisa desde os bancos
das escolas, além de projetar uma
geração promissora de novos
cirurgiões vasculares.
D rr.. Celso Ricardo B
B.. Neves
Diretor de Publicações da
SBACV-SP
Página 07
Fique por Dentro
REUNIÃO CIENTÍFICA DA SECCIONAL DE BOTUCATU-BAURU
Dr. Marconi L. Sobrera
Como sempre fizemos a
reunião da nossa Seccional na
Primeira Quarta - Feira de cada
mes na Casa do Médico em
Bauru e o tema desse mes foi
ANTICOAGULAÇÃO
e
DROGAS ANTICOAGULANTES
apresentado pelo Dr MARCONI
L. SOBRERA da Faculdade de
Medicina de Botucatu estando
presentes os colegas vasculares
de Bauru , Botucatu , Avaré ,
Barra Bonita , Jaú , Lençois
Paulista , com um grande debate
após a palestra sobre novas
drogas,
dosagem
de
anticoagulantes em recén-
nascido tornando nossa reunião
das mais proveitosas para todos
pela complexidade do tema.
Também foram discutidos
dois casos trazidos pelos Drs
J o r g e d e Fr e i t a s d a B a r r a e
Reinaldo Brandão de Avaré.
Após a reunião como
sempre fomos jantar sempre com
o apoio da LIBBS que muito tem
ajudado nossa Seccional.
Abraço a todos!
Dr
Dr.. Constantino José Sahade
Pres. da Seccional BatucatuBauru
REUNIÃO CIENTÍFICA DA SECCIONAL DE SOROCABA
Dia 07/08/06 recebemos
em nossa reunião o professor
José Luiz Cataldo da UNICAMP,
que ministrou aula sobre
Linfedemas, abordando a
classificação, quadro clinico
diagnóstico e tratamento.
Dr. José Luiz Cataldo
Dr
urlani Júnior
Dr.. Ovanil FFurlani
Pres. da Seccional Sorocaba
Platéia
XVII FÓRUM NACIONAL DA SBACV
FCM DA SANTA CASA DE SÃO PAULO
Auditório Emilio Atiê
Santa Cecília
Rua Dr. Cesário Mota Júnior, 112
SETEMBRO
28/09/2006 às 20h00
Página 08
Informes da Diretoria
Informe I
Página 09
Informes da Diretoria
Informe II
Página 10
Informes da Diretoria
Informe III
XVII FÓRUM NACIONAL DA SBACV
No dia 28 de setembro
realizaremos o XVII Fórum
Nacional da SBACV com o tema
"Cirurgia Endovascular na
Doença Obstrutiva Arterial
Periférica" no tradicional local
das reuniões científicas, o
anfiteatro Prof. Dr. Emílio Athiê
n a Fa c u l d a d e d e C i ê n c i a s
Médicas da Santa Casa de São
Paulo, às 20h.
Os fóruns de debates da
SBACV integram o país de Norte
a Sul e têm sido uma grande
fonte de expressão do
Angiologista e Cirurgião
Vascular atuante.
O tema escolhido ganha
cada vez mais espaço na nossa
prática diária, com aumento de
cursos de formação e cada vez
mais profissionais habilitados
para a realização destes
procedimentos.
É um método em evolução, com
o domínio da técnica e o
desenvolvimento das próteses
em crescimento acelerado.
Representa um enorme avanço
pela redução de extensão dos
procedimentos e dos riscos
c i r ú r g i c o s . Va m o s d i s c u t i r
tópicos de interesse neste tema
e conhecer um retrato desta
atuação no momento em nosso
país.
Nos
fóruns
todos
participam colocando sua
experiência e debatendo as
questões em suas regionais. A
síntese final do fórum é um
artigo científico que busca o
consenso dos cirurgiões
vasculares da SBACV.
O III:
Abaixo a bibliografia
MÓDULO
MÓDUL
recomendada para discussão
Faglia E., Dalla Paola L.,
n a s r e u n i õ e s , q u e e s t ã o à Clerici G., Clerissi J, Graziani
disposição dos associados no L., Fusaro M., Gabrielli L., Losa
site da SBACV.
S., Stella A., Gargiulo M.,
Mantero M., Caminiti M.,
MÓDUL
O I:
MÓDULO
N i n k o v i c S. , C u r c i V. a n d
Kudo T, Chandra F, Ahn M o r a b i t o
A.
Pe r i p h e r a l
S. Long term outcomes and Angioplasty as the First choice
predictors of iliac angioplasty Revascularization Procedure in
with selective stenting. J Vasc Diabetic Patients with Critical
Surg 2005; 42:466 75
Limb Ischemia: Prospective Study
Leville C, Kashyap V, Clair of 993 Consecutive Patients
D, Bena J, Lyden S, Greenberg,a H o s p i t a l i z e d a n d Fo l l o w e d
O'Hara , Sarac T; Kenneth Between 1999 and 2003. Eur J
O u r i e l K . E n d o v a s c u l a r Vasc Endovasc Surg 2005;
management of iliac artery 29:620 27.
occlusions, extending treatment
Fe i r i n g
A.,
M D,
to TransAtlantic Inter Society Wesolowski A., Lade S.. Primary
class C and D patients. J Vasc Stent Supported Angioplasty for
Surg 2006;43:32 9.
Treatment of Below Knee Critical
Limb Ischemia and Severe
MÓDUL
O
lI:
MÓDULO
Claudication Early and One Year
Haider S, Kavanagh G, Outcomes. J Am Coll Cardiol
Forlee M, Colgan M, Madhavan 2004;44: 230714 © 2004 by
P, Moore D , and Shanik G. Two t h e A m e r i c a n C o l l e g e o f
year outcome with preferential Cardiology Foundation.
use of infrainguinal angioplasty
Kudo T., Chandra F., and
for critical ischemia. J Vasc Surg Ahn S..The effectiveness of
2006;43:504 12.
percutaneous transluminal
Aquarius A, Denollet J, angioplasty for the treatment of
Hamming J., Breek C., De Vries critical limb ischemia: A 10 year
J. Impaired health status and e x p e r i e n c e . J Va s c S u r g
invasive treatment in peripheral 2005;41:423 35.
arterial disease: A prospective 1year follow up study. J Vasc Surg
2005;41:436 42.
Black J, LaMuraglia G.,
Kwolek C., Brewster D.. Watkins
M.,Cambria R.. Contemporary
results of angioplasty based
Dr.. Celso Ricardo B
B.. Neves
i n f r a i n g u i n a l p e r c u t a n e o u s Dr
Diretor de Publicações da
i n t e r v e n t i o n s . J Va s c S u r g
SBACV-SP
2005;42:932 9.
Página 11
Informes da Diretoria
Informe IV
Informe V
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR - SP
R UA E STE LA, 5 1 5 - B LO C O A - C J . 6 2 - C E P 0 4 0 1 1 - 0 0 2 / S Ã O PAU LO - S P