Curiosidades gastronómicas Curiosidades gastronómicas

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Curiosidades gastronómicas Curiosidades gastronómicas
Curiosidades gastronómicas
Durante os banquetes romanos, os convidados comiam tanto que
ficavam indispostos; por isso era preparada uma sala especial a
que chamavam vomitório. Depois de esvaziado o estômago,
voltavam para a sala de jantar e continuavam a comer!
Na cozinha, os ricos tinham um recipiente especial usado para a
engorda dos arganazes (ratos!). Eram alimentados com a melhor
comida – avelãs, bolotas e castanhas – antes de serem mortos,
recheados e servidos como grande iguaria. O recheio podia ser
preparado com salsicha de porco (ou mesmo salsicha feita de
outros arganazes) e aromatizado com pimenta e frutos secos.
Os caracóis engordados com leite eram muito populares.
Os Romanos adoravam tordos recheados. Recheavam-nos pela
garganta, sem lhes tirar as tripas!
Comiam úberes de porcas, mioleira de avestruz, pulmões de
cabras e carneiros, salsichas de carne de cavalo
Um romano chamado Trimalquião deu uma festa onde serviu
vinho com 100 anos! Da ementa constava também um javali de
cuja barriga saíram tordos a voar!
O garfo só é utilizado para comer a partir do séc. XVI.
Anteriormente era utilizado (então com um só dente) para
escrever missivas romanas, em tabuinhas de cera. Era o
“graphium” com que se grafava ou escrevia, o que vem a dar
origem às palavras gráfica, grafismo, etc.
O imperador Maximiano comia 20 kg de carne e bebia 34 litros de
vinho por dia!
Os Romanos apreciavam gaivotas prateadas, gralhas, corvos,
milhafres, cisnes, galeirões, pavões, cegonhas…
Uma das bebidas mais apreciadas era feita com tripas de peixe.
Salgavam-nas e deixavam-nas apodrecer ao sol. Alguns dias
depois, o líquido era escoado e bebido ou usado como molho.
Também apreciavam verduras: comiam salada de folhas de
dente-de-leão, creme de ovos com urtigas, algas estufadas…
Nalguns banquetes, os convidados deitavam pétalas de rosa no
vinho.
A uma refeição, Heliogábalo serviu aos seus 600 convidados
ervilhas misturadas com grãos de ouro e lentilhas misturadas
com pedras preciosas!
Os Romanos gostavam de disfarçar a comida para que parecesse
o que não era. Numa festa, os leitões assados eram feitos de
massa de pastelaria.
Nos banquetes romanos, assistia-se a espectáculos com
dançarinos e acrobatas, malabaristas e palhaços ou mesmo dois
gladiadores a tentarem matar-se…
O Monte Testaccio (de testu: vaso antigo) é uma colina artificial,
inteiramente feita com ânforas que levavam o azeite da Bética
para Roma ao longo de três séculos (I-III). Uma equipa de
arqueólogos e historiadores tem procedido, desde 1989, a
escavações no local do Monte Testaccio e chegou a interessantes
conclusões sobre a exportação de azeite na Bética. Estudos feitos
permitem calcular em cerca de 25 milhões o número de ânforas
chegadas a Roma, transportando cerca de 1.732.500.000 quilos de
azeite andaluz. As ânforas eram depois depositadas numa
espécie de lixeira que, ao longo dos tempos, formou um monte,
de forma triangular, com cerca de 50 metros de altura e um
perímetro de 1,5 Km. Ao mesmo tempo, os arqueólogos
encontraram aqui um verdadeiro arquivo fiscal, pois as inscrições
permitem conhecer o peso da ânfora (vazia e cheia), o nome do
comerciante, o nome do proprietário que produziu o azeite, o
fabricante das ânforas, a época em que foi feita a venda, o
controle fiscal e o nome do funcionário imperial que fez a
fiscalização.