Cocatrel mobiliza parceiros e constrói praça para comunidade

Transcrição

Cocatrel mobiliza parceiros e constrói praça para comunidade
Quando todos
participam
tudo se realiza
Impresso
Especial
9912246476/2009-DR/MG
Cocatrel
CORREIOS
Órgão de divulgação da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas Ltda.
ANO XXVII
Nº 306
Agosto/2011
TRÊS PONTAS-MG
Cocatrel mobiliza parceiros e
constrói praça para comunidade
No dia 3 de setembro as cooperativas
mineiras realizaram, pelo
terceiro ano consecutivo,
o Dia de Cooperar, com
ações de voluntariado em
benefício das comunidades onde atuam. A
Cocatrel se mobilizou
com vários parceiros para
dar continuidade no
projeto do ano anterior e
transformar uma área
ociosa do bairro Jardim
Boa Vista, em uma praça
para diversão dos moradores desta comunidade.
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Cocatrel em destaque
Gente da Terra
Comandando a boiada
A edição especial da Revista Exame “Maiores e Melhores 2011” traz a relação das
1.000 maiores empresas do Brasil. A Cocatrel foi uma das organizações que se destacaram
no setor Agronegócios, colocando-se entre as 181 maiores, no ano passado, a posição da
cooperativa era a de 218. No setor Café, seu desempenho foi considerado o terceiro melhor
entre todas as empresas do país.
Aos 84 anos de idade, José Azarias Filho é um carreiro aposentado,
porém apaixonado pelos carros de bois. Nesta sua longa jornada, guarda
muitas histórias de vida e fé que o tornam referência para aqueles que ainda
seguem esta tradição.
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INFORMATIVO COCATREL
Opinião
AGOSTO/2011
CAFÉ: OIC vê alto preço do arábica
em 2012; robusta recua
Os preços do café robusta
poderão cair no próximo ano por conta
de seus amplos estoques, mesmo diante
da expectativa de que as cotações do
café arábica permaneçam firmes por sua
oferta ajustada, disse o diretor executivo
da Organização Internacional do Café
(OIC), José Sette.
De modo geral, a oferta de café
atenderá a demanda, mas a produção da
nova safra pode variar muito entre os
tipos de café, uma vez que o Brasil, líder
na exportação, está em um ano de baixa
do ciclo bianual, disse Sette à Reuters.
"Eu acredito que nós estamos em um
estado de aproximação no balanço entre
oferta e demanda. Algumas variedades
podem ficar ajustadas, mas eu estou
falando de um cenário geral", disse Sette.
A OIC estima a produção global
de café em 130 milhões de sacas de 60
kg em 2011/12, abaixo da última colheita
estimada em 133,31 milhões de sacas.
Falando antes da conferência de café na
capital da Nicarágua, Manágua, Sette
disse: "Este é um movimento natural de
alta e baixa, porque o Brasil tem um ciclo
de alta e de baixa. (O ciclo) 2011/12 é
um ano de baixa, então é natural que a
safra seja menor".
A produção menor que o normal
na Colômbia, um líder mundial no
segmento de arábica lavado, empurrou
os preços para a máxima de 34 anos
no início de maio. Mas a melhora da
Colômbia está pressionando por um
recuo. "Ainda é cedo para dizer o quanto,
mas a Colômbia definitivamente está
mostrando uma recuperação dos severos
problemas que enfrentou nos últimos
anos", disse ele.
Os preços do contrato referência
do café arábica em Nova York mais que
dobraram ante o nível de dois anos atrás,
mas ainda estão voláteis, caindo cerca
de 20% desde o pico testado em maio.
Apesar dos altos preços, a demanda
por café é "saudável" na maior parte
das nações consumidoras, incluindo a
América do Norte, os países asiáticos e
o norte da Europa.
O consumo é mais lento em
países como Espanha, Portugal e Grécia,
onde os "problemas macroeconômicos"
locais limitam os gastos de consumidores,
disse Sette. Mesmo nos Estados Unidos,
onde os consumidores estão optando por
marcas mais baratas em meio à incerteza
da economia, a demanda é prevista para
permanecer estável no próximo ano,
disse ele.
Arábica firme; robusta tem ampla
oferta
A agência estatal do governo
brasileiro, a Conab, estima a produção
do País em 43,54 milhões de sacas,
bem abaixo das 48,1 milhões de sacas
de 2010/11. O diretor da OIC disse que
vê sinais que sugerem uma fraca safra
brasileira.
"Alguns relatórios indicam que
os grãos de café (do Brasil) não serão
tão grandes como o normal, então a
colheita é um pouco menor do que você
poderia esperar", disse ele, sem dar uma
estimativa para a safra brasileira. "Nos
próximos meses - no próximo ano ou
depois - os preços do arábica devem
continuar firmes; o robusta não deve ficar
tão firme porque há ampla oferta", disse
Sette, acrescentando que os preços do
robusta dependerão da próximas safras
da Indonésia e do Vietnã.
A América Central, cuja
produção de arábica foi usada como
opção para alguns compradores em
meio às perdas do café colombiano,
reagiu positivamente na última colheita
diante dos altos preços, disse Sette,
ressaltando que os produtores reforçaram
os cuidados com os cafezais, ajudando a
melhorar a qualidade e as exportações.
"Nós tivemos exportações muito fortes
da América Central nos últimos nove
meses", disse Sette. "Eu não prevejo que
isso possa ter o mesmo tipo de aumento
no próximo ano."
Fonte: Reuters
Caminhões à venda
A Cocatrel está disponibilizando para venda um caminhão Ford 4000,
ano 93, com baú, sem refrigeração. Mais informações nos telefones (35) 32662177 ou 3266-2277.
O "Informativo Cocatrel" é uma publicação mensal da Assessoria de
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Paulo: (11) 3326-9868 - Filial Santos: (13) 3219-1272 / (13) 219-2736.
Quadro Social (em 31/08/2011)
4.420 associados ativos
Quadro de Pessoal (em 31/08/2011)
418 funcionários
Cursos SENAR
O Sindicato dos Produtores Rurais de Três Pontas e o Senar/Minas
comunicam aos produtores e trabalhadores rurais que os cursos de colheitadora
de café, derriçadora costal e o curso de qualidade de café (lavador, secador,
despolpador e máquina de beneficiar / terrereiro) já estão sendo agendados.
Para mais informações, procurar o Sindicato ou ligar para (35) 3265-1664/ 35
9939-3935. Falar com Antônio.
Senar/Minas, formando e qualificando o homem do campo.
Cafés personalizados
Por sugestão aprovada pelo Conselho de Administração, a partir deste
ano será cobrado um adicional de 0,4% sobre o valor de comercialização dos
cafés especiais que forem depositados nos armazéns da Cocatrel.
A medida visa cobrir as despesas de remoção desses cafés, que exigem
uma operação diferenciada e mais trabalhosa.
Venha conhecer as vantagens de se
associar a uma cooperativa de crédito
Home Page: www.cocatrel.com.br
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Cooperativa de Crédito da Região de Três Pontas Ltda.
Trës Pontas: Rua Américo Miari, 36 - Centro - Telefax: (35) 3265-1225
Nepomuceno: Rua Carolino Soares, 52 - Centro - Fone: (35) 3861-2360
Coqueiral: Rua Humberto de Campos, 83 - Centro - Fone: (35) 3855-1435
Santana da Vargem: Rua Padre João Maciel Neiva, 31 - Centro - Fone: (35) 3858-1696
AGOSTO/2011
INFORMATIVO COCATREL
3
Cocatrel realiza obras no armazém
35-3222-3727
O armazém
número 5 da
Cocatrel, em
Três Pontas, foi
construído com a
estrutura adequada
para receber
equipamentos de
rebenefício para
cafés especiais.
Por isso,
este armazém está
passando por obras
para a instalação de
um maquinário
compacto, onde é
possível rebeneficiar
pequenos e grandes
lotes de café. O
equipamento já
existente conseguia
trabalhar apenas
lotes maiores que
mil sacos.
Além disso, nas duas
extremidades deste
novo maquinário
foram instalados
equipamentos para
o recebimento de
cafés a granel, em
bags ou sacarias.
ciano 35-3222-3727-Antonildes/Leandro
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Contato:
35-9989-5734 -35-9989-0517 -fibrasfkl.com
CENTRO ADMINISTRATIVO: AV. RIO DAS VELHAS, 205 BAIRRO BEATRIZ - PABX: (34) 3242.3717 . www.tdimaquinas.com.br e-mail: [email protected] - ARAGUARÍ/MG
FILIAL: ESTRADA MUNICIPAL CTP 050, 391 BAIRRO QUATIS - TEL: (35) 3265-2176 . www.tdimaquinas.com.br e-mail: [email protected] - TRÊS PONTAS/MG
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INFORMATIVO COCATREL
AGOSTO/2011
Gerais
CNC define seu novo conselho diretor
Primeiro trabalho foi a escolha de Maurício Miarelli,
ex-presidente do CNC, para a função de coordenador;
o nome do novo presidente executivo será apreciado
e apresentado nos próximos 15 dias
No último dia 15 de agosto, o
Conselho Nacional do Café (CNC)
realizou Assembleia Geral Extraordinária,
na qual foram aprovadas as contas da
gestão que encerra seu mandato neste mês,
a reformulação do estatuto social da
entidade e a definição das instituições que
integrarão o conselho diretor.
Ficou definido que este novo
conselho será composto por: Cooxupé,
Cooparaiso, Cocatrel, Minasul, Federação
dos Cafeicultores do Cerrado e Coccamig,
representando Minas Gerais; Cooabriel,
pelo Estado do Espírito Santo; Cocapec,
por São Paulo; Assocafé, pela Bahia; e
Bancoob, representando os interesses dos
agentes financeiros que trabalham com
café. Há, ainda, duas vagas em aberto, uma
das quais pertencerá ao Estado do Paraná.
Produção de café é reduzida em
algumas regiões de Minas Gerais
Em fase final de colheita, produtores sentem a redução
da safra devido a problemas climáticos
A primeira ação dos novos
conselheiros diretores ocorreu nesta terçafeira, 23 de agosto, em reunião realizada na
cidade de Ribeirão Preto (SP). Conforme o
novo modelo do estatuto social aprovado, o
CNC passará a contar com um coordenador, cargo para o qual foi aprovado, por
unanimidade, o nome do ex-presidente do
Conselho Nacional do Café, Maurício
Miarelli.
O próximo trabalho do conselho
diretor será a definição de quem assumirá a
presidência executiva do CNC. Dentro de
15 dias, após análise da coordenação e dos
conselheiros, será apresentado o nome do
novo presidente, que, junto a eles, definirá
as diretrizes de trabalho do Conselho
Nacional do Café para o próximo biênio.
Fonte: P1 Agência/ Asscom CNC/
Paulo André Colucci Kawasaki
Projeto de Lei prevê regulamentação
das condições de trabalho no campo
Proposta obriga empregador rural a fornecer equipamento
individual para proteger a integridade física do
trabalhador e evitar acidentes
A Câmara dos Deputados
analisa o Projeto de Lei 1216/11, do
Senado, que prevê a adoção de medidas
para garantir a segurança dos trabalhadores rurais. O projeto obriga o
empregador rural a fornecer, gratuitamente e em perfeitas condições,
equipamento individual para proteger a
integridade física do trabalhador e evitar
acidentes de trabalho.
O equipamento obrigatório
dependerá das peculiaridades de cada
atividade. Poderá incluir, por exemplo,
chapéu para proteção contra sol, óculos de
segurança, luvas, calçados impermeáveis
ou botas especiais.
Caberá ao empregador rural
instruir o trabalhador quanto ao uso
adequado do equipamento e substituir
imediatamente o equipamento danificado
ou extraviado. O trabalhador rural será
responsabilizado, no entanto, por dano
causado pelo uso inadequado do
equipamento ou por seu extravio.
O empregador rural também
será responsável por expedir e divulgar
ordens de serviço sobre segurança e
higiene do trabalho rural, levando em
conta os riscos de cada atividade.
Também deverá orientar os trabalhadores
sobre técnicas de prevenção a acidentes
do trabalho e doenças profissionais.
A proposta altera a Lei 5.889/73,
que estabelece normas regulamentadoras
do trabalho rural. Essa lei atribuiu ao
Ministério do Trabalho a adoção de regras
sobre segurança dos trabalhadores rurais.
Comissões de prevenção
Segundo o projeto, as propriedades
com mais de 20 trabalhadores rurais devem
formar uma comissão interna de prevenção de
acidentes do trabalho rural, a ser integrada por
representantes dos empregadores e empregados. Os representantes dos trabalhadores na
comissão não poderão sofrer "despedida
arbitrária" (aquela que não tiver motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro).
Nas propriedades com mais de cem
trabalhadores, o projeto exige o funcionamento de um serviço especializado em
prevenção de acidentes do trabalho rural. Esse
serviço deverá ter a participação de médicos
do trabalho e de engenheiros de segurança do
trabalho, entre outros profissionais.
A autora do projeto, senadora Lúcia
Vânia (PSDB-GO), afirma que o objetivo é
assegurar tratamento isonômico aos trabalhadores, sejam eles urbanos ou rurais. “A
Constituição garante igualdade de direitos
entre trabalhadores urbanos e rurais, mas a
prática, em geral, revela um tratamento muito
mais severo para os campesinos” – disse a
senadora.
Tramitação
A proposta tramita em caráter
conclusivo e será analisada pelas comissões de
Seguridade Social e Família, de Agricultura,
Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural, de Trabalho, de Administração e
Serviço Público e de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Canal Rural
A última previsão da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a
produção de café, o Brasil vai chegar a 43,5
milhões de sacas nesta safra. Mas as
cooperativas e os produtores dizem que os
números são outros, que não deve passar de
36 milhões. A safra 2010/2011 está no final,
termina no dia 15 de setembro. Em algumas
regiões de Minas Gerais, a produção foi
menor por problemas climáticos, o que
rendeu menos café pra ser ensacado depois.
Na fase final da colheita de café da
safra, é hora de peneirar os grãos que ficaram
pelo chão. Neste momento, os números
previstos são confrontados com a produção
real. Na região de Araxá que pertence ao
cerrado mineiro, a maior parte das lavouras é
de sequeiro. Dentro da bi-anualidade, este
ano a previsão era de safra 40% menor do que
no ano passado. Mas a surpresa veio na hora
de comercializar, os produtores estão
fechando os cálculos e registram mais 20% de
quebra por motivos climáticos.
Dois fatores contribuíram para as
perdas na produção esperada para este ano
principalmente na região de Araxá. Primeiro,
o retorno das chuvas no ano passado
aconteceu somente no dia 16 de outubro
atrasando a florada em 30 dias. Depois em
janeiro deste ano um veranico que durou 33
dias em pleno enchimento dos grãos. O
prejuízo está no rendimento na hora de
beneficiar o café.
O cafeicultor Romero de Melo
Rezende tem 20 hectares e já fechou a
produção deste ano contabilizando a queda na
produtividade. “Aqui tem uma bi-anualidade
acentuada. Este ano nós esperávamos uma
produção entre 18 e 20 sacas por hectare.
Estamos colhendo e fechando com apenas 15
sacas”, relata.
Na fazenda do produtor Lazaro
Tomé de Rezende, que acompanhou o
momento da florada no ano passado, que veio
única e intensa, o visual enganou as previsões
e desequilibrou o orçamento do cafeicultor.
“Quando nós tivemos a florada, com a
assessoria dos agrônomos, nós estimamos
uma safra muito boa. Com a colheita nós
ficamos decepcionados. Houve uma queda
acentuada. Nós vamos custar para honrar
nossos compromissos com esta quebra na
nossa safra, mesmo com os preços excelentes
e satisfatórios”, lamenta.
Os grãos estão cascudos, como
dizem os produtores. Estão miúdos.
Normalmente oito sacas de café que chegam
para o beneficiamento rendem uma saca
limpa. Desta vez o cafeicultor precisa de 10,5
sacas pra fazer uma. O resultado pode mexer
com o mercado. “Nós já estávamos com os
estoques baixos, estoques mundiais baixos.
Esperávamos uma produção que não vai se
concretizar. Lei da oferta e da procura. Vai ter
uma falta mais acentuada do que se esperava.
Não estou dizendo que o preço vai subir, não
sei. Mas os estoques estão baixos”, relata o
gerente da Cooperativa Agropecuária de
Araxá-MG, Marcelo Marques Ribeiro.
Usando da experiência de 18 anos
na produção de café o produtor Lázaro
Rezende já está preocupado com a próxima
safra. “Eu tenho notado que a temperatura
está acima da média e as lavouras estão
murchando. Eu não tenho dúvidas, mesmo
não sendo agrônomo, que a próxima safra já
está comprometida”, relata o cafeicultor.
Fonte: Canal Rural
AGOSTO/2011
INFORMATIVO COCATREL
Entrevista:
Berenice Pieve Brito
Para cumprir a exigência da emissão
de Nota Fiscal Eletrônica foi necessário
implantar na Cocatrel um complexo sistema,
com reflexos em todos os procedimentos
contábeis e fiscais da cooperativa. Com o
objetivo de trazer esclarecimentos sobre este
assunto, o Informativo Cocatrel entrevista a
coordenadora de Informática, Berenice Pieve
Brito.
1. Quando e por que foi implantado o
Sistema de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)?
- O processo de implantação da NF-e na
Cocatrel foi gradativo, iniciando-se em
01/09/2009 para atender às exigências legais e
fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda. As
primeiras unidades da Cocatrel a emitirem NFe foram os armazéns, a comercialização de café,
o Depto. de Laticínios e a filial de distribuição
de laticínios em São Paulo. Em setembro de
2010 todas as unidades já estavam emitindo
NF-e.
2. O que foi necessário para implantar o
sistema?
- Conscientização, treinamento e colaboração
dos funcionários envolvidos no processo;
atualização dos dados cadastrais; troca e
aquisição de equipamentos com configuração
adequada para atender às necessidades;
melhoria na comunicação de internet das filiais
com a Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ-
MG); contratação de sistema específico para
emissão de NF-e; aquisição de certificados
digitais compatíveis com a empresa para
comunicação e envio das NF-e à SEFAZ-MG.
3. Que vantagens ele traz?
- A vantagem maior que percebemos foi para o
Fisco, que pode ter um controle melhor de
todas as cargas tributárias geradas pela
emissão da NF-e de cada contribuinte,
provendo aumento da arrecadação de tributos
e combatendo a sonegação. Na verdade,
encontramos poucas vantagens para a
empresa e muito menos para nossos
associados, clientes e fornecedores.
Poderíamos citar a diminuição no volume de
papel, uma vez que agora a NF é eletrônica e a
emissão impressa é apenas do DANFE
(Documento Auxiliar de Nota Fiscal
Eletrônica) que é obrigatório no acompanhamento da mercadoria. E também o fato
de o cooperado poder receber em sua casa a
NF-e via e-mail.
4. Quais as principais dificuldades
encontradas?
- Conscientização de fornecedores e clientes
em entender que o processo de emissão de NFe não depende exclusivamente dos recursos da
Cocatrel, mas depende principalmente da
disponibilidade e agilidade da SEFAZ-MG
em aprovar a emissão da NF-e. Ainda hoje,
após todo este tempo de implantação da NF-e, a
SEFAZ-MG também tem problemas em seus
sistemas e isto prejudica a emissão de NF-e de
todos os contribuintes, não apenas da Cocatrel.
Muitas informações são validadas na emissão
da NF-e junto à SEFAZ-MG e se essas
informações cadastrais não estiverem corretas
a nota fiscal eletrônica não é liberada.
5. Que problemas têm sido verificados após
a implantação?
- A SEFAZ-MG realiza algumas manutenções
e nem sempre os serviços de contingência estão
a contento para atendimento ao nosso
cooperado. Notamos que quando o serviço da
SEFAZ-MG está respondendo adequadamente, o processo de NF-e transcorre
normalmente.
6. Que outros esclarecimentos você gostaria
de trazer aos cooperados?
- Antes as notas fiscais da Cocatrel já exigiam
muitas informações, como dados dos todos os
5
cooperados, IE da fazenda atualizada,
condições de pagamento, financiamentos,
produtos agrotóxicos que exigem receituário agronômico, etc. Entretanto, estas
informações eram apenas verificadas e
gravadas nos nossos servidores, atualizando todas ás áreas de informações
contidas na nota (fiscal/contábil/financeiro/
estoque/agronômico, etc.). Com a NF-e
além de continuar verificando todos os itens
já mencionados, estes mesmos dados são
enviados à SEFAZ-MG que vai analisar e
validar as informações devolvendo uma
chave de acesso para então ser gravado a
NF-e e impresso o DANFE (Documento
Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica). Isso
tornou, sem dúvida, o processo ainda mais
complexo e lento.
Quero esclarecer aos cooperados e
clientes que a Cocatrel tem feito todos os
esforços necessários para tornar o processo
de emissão de NF-e o mais rápido e tranquilo
possível. No entanto, é necessário salientar
que infelizmente este processo não depende
apenas dos esforços da Cocatrel, pois se o
serviço da SEFAZ-MG estiver indisponível,
o processo passa a ser operado em modo
contingência que pode causar algum
transtorno temporário. As mudanças estão
sempre acontecendo e as adaptações são
necessárias. Muitas vezes não nos agradam,
mas temos que cumprir as exigências legais
dos processos num todo. Para maiores
esclarecimentos, recomendo que acessem
também os sites da SEFAZ-MG onde
podem encontrar maiores detalhes sobre o
assunto, que é bastante abrangente.
http://portalnfe.fazenda.mg.gov.br
http://portalnfe.fazenda.mg.gov.br/
perguntas.html
6
INFORMATIVO COCATREL
AGOSTO/2011
Dia Nacional do Campo Limpo é comemorado em Três Pontas
Pelo sétimo ano consecutivo o
Dia Nacional do Campo Limpo é
comemorado na Central de Recebimento de Embalagens Vazias de
Agrotóxicos de Três Pontas, gerenciada
pela Associação de Revendedores de
Insumos Agropecuários do Sul de
Minas (ADRISUL) e pela Associação
Regional dos Engenheiros Agrônomos
(AREA).
O dia oficial do Campo Limpo
é comemorado em todo o Brasil no dia
18 de agosto e entrou para o calendário
oficial brasileiro em 2008 e já pode ser
considerado como a principal ação do
sistema de destinação de embalagens
vazias em prol da conscientização pela
preservação do meio ambiente e pelo
desenvolvimento sustentável da agricultura.
A iniciativa une escolas, agricultores, distribuidores, indústrias e
autoridades para levar as comunidades
do entorno das unidades de recebimento
de embalagens à reflexão, conscientização e participação em atividades
relacionadas à preservação do meio
ambiente. Hoje 104 municípios de 21
Estados do país também comemoram o
Dia Nacional do Campo Limpo com
atividades educativas dirigidas à população em geral e a mais de 1.000 escolas.
O Dia Nacional do Campo
Limpo já pode ser considerado a data
mais significativa para as ações educativas do sistema Campo Limpo como se chama o programa de logística
reversa das embalagens vazias de
agrotóxicos – e também celebra os
resultados do modelo de gestão de
resíduos sólidos em prática há 10 anos e
que é referência no Brasil e exemplo
para o mundo. Graças ao trabalho
realizado por todos os integrantes da
cadeia produtiva agrícola, 94% das
embalagens plásticas de defensivos
agrícolas comercializadas anualmente
são destinadas corretamente.
Fonte: AREA
Dr. Fábio, cafeicultor cooperado
da Cocatrel, recebe homenagem
Durante a cerimônia em comemoração ao Dia do Campo Limpo, a Central de
Recebimento de Embalagens Vazias e a AREA prestaram homenagem ao Dr. Fábio Araújo
Reis, produtor de café de Três Pontas, que recebeu das mão do diretor da Cocatrel, Nivaldo
Mello Tavares, o cartão de prata em reconhecimento pelo seu comprometimento para o
desenvolvimento sustentável da produção de café, através da devolução correta das
embalagens vazias de agrotóxico
AGOSTO/2011
INFORMATIVO COCATREL
7
No Dia de Cooperar, Cocatrel mobiliza
comunidade para criar praça
No dia 3 de setembro as cooperativas mineiras realizaram, nos municípios
onde atuam, as mais diversas ações de
voluntariado, praticando a essência do
cooperativismo em benefício da coletividade. Foi o Dia de Cooperar 2011.
Em Três Pontas, a Cocatrel desenvolveu um projeto que está transformando uma área ociosa do bairro Jardim
Boa Vista numa bela praça. Para isso,
contou com apoio da prefeitura municipal,
da comunidade local e vários parceiros e
fornecedores da cooperativa. A idéia
começou a ser colocada em prática no ano
passado, no Dia de Cooperar 2010, quando
foi realizada a limpeza do terreno, contorno
dos canteiros, preparação da terra, plantio
de grama e mudas de palmeiras. Também foi
construída a base de um parquinho, utilizando eucalipto roliço.
Agora, com ativo envolvimento da
prefeitura, através da Secretaria de Meio
Ambiente, foi finalizada a construção dos
passeios e piso do interior da pracinha,
plantio de novas mudas de árvores,
colocação de lixeiras, bancos e finalização
do play-ground. A atuação da Cocatrel se
concentrou numa área de 600 metros
quadrados do terreno original.
O Dia de Cooperar 2011 reuniu, na
manhã de sábado, diretores, gerentes e
funcionários da Cocatrel, representantes de
entidades locais, secretários municipais,
vereadores e a prefeita Luciana Mendonça.
Uma programação especial foi preparada
para as crianças, que puderam se divertir nos
brinquedos instalados na pracinha. Houve
distribuição de pipoca e algodão doce,
música, grupo de teatro monitorando
atividades, tatuagem com hena e cama
elástica.
Na ocasião, o presidente da
Cocatrel, Francisco Miranda, explicou aos
participantes o objetivo daquela ação e o
significado do Dia de Cooperar, que é
justamente o de mostrar o poder de
realização quando todos se unem em
benefício da coletividade. Agradeceu os
colaboradores e parceiros e ressaltou a
importância do comprometimento dos
moradores vizinhos à praça, para cuidarem
com carinho daquele espaço que a
comunidade estava recebendo.
A prefeita Luciana Mendonça
elogiou a iniciativa da Cocatrel e se
comprometeu em dar prosseguimento à
obra em toda a área, complementando a
iluminação, os jardins e um galpão para
atividades comunitárias.
A Cocatrel agradece a todos que
colaboraram para realizar o projeto:
Prefeitura Municipal de Três Pontas,
Secretaria do Meio Ambiente e Secretaria
de Obras, Clube da Casa Miari e Nova Era,
Mundial, Tresmacol, Mosaico, Farmácia
Brasil, Metal Lagos, WR, Belô Gráfica,
Assotrel, SAAE, José de Arimatéia Rezende
(Pantera), Mil Tatoo, Associação de
Moradores do Bairro Boa Vista, Unimed,
Melo Machado Construtora, todos os
funcionários da Cocatrel e voluntários que
fizeram com que este projeto pudesse
tornar-se realidade.
8
INFORMATIVO COCATREL
AGOSTO/2011
Nobel de Medicina diz que resistência aos transgênicos é política
Suíço Werner Arber esteve no Brasil para o Congresso Brasileiro de Genética.
Para ele, engenharia genética será arma contra fome e desnutrição
O uso da engenharia genética para
criar culturas agrícolas mais eficientes é um
dos temas mais polêmicos da ciência
contemporânea. Mas para Werner Arber,
microbiólogo suíço que levou o prêmio Nobel
de Medicina de 1978, um dos nomes mais
respeitados da genética mundial, não há nada
a temer nos transgênicos.
“Eu acho que é uma informação
com motivação política, sem nenhum bom
embasamento científico”, disse o cientista,
que veio ao Brasil para participar do 57º
Congresso Brasileiro de Genética, em Águas
de Lindoia (SP).
Para ele, o medo que muitos têm da
novidade é gerado e explorado de forma
oportunista. “Políticos sempre propagam
coisas esperando conseguir eleitores, e eles
escolheram a engenharia genética como
alvo”, completou.
“Onde moro, na Suíça, uma
professora de biologia foi uma opositora
ferrenha da engenharia genética por 10 ou 20
anos. Ela é inteligente, às vezes eu converso
com ela. Um dia, ela me pediu alguns artigos
sobre a evolução biológica, ela sabia que eu
trabalho com isso, que publico. Desde que dei
os artigos para ela ler, ela ficou quieta, não
propagou mais ideias contra a engenharia
genética, compreendeu que estava errada.
Não me disse que estava errada, mas fiquei
orgulhoso por ensiná-la”, contou Arber,
rindo.
“É só transferir um gene”
Para o cientista, o ser humano não
comete nenhum exagero quando, por
exemplo, coloca no milho material genético
de uma determinada bactéria para torná-lo
mais resistente às pragas. “Isso é só transferir
um gene, o que talvez pudesse acontecer na
natureza. A chance é muito pequena, mas isso
pode acontecer”, lembrou.
“De acordo com a seleção natural
darwiniana, se o híbrido ou o resultado dessa
troca, seja ela natural ou fruto da engenharia
genética, não for viável, não se propagará. Se
for uma vantagem, vai se manter com o
tempo. É assim que eu vejo a evolução”,
opinou Arber.
Prioridades
Na visão do cientista, é preciso fazer
com que as lavouras fiquem mais fortes, pois
expandir as áreas plantadas não é uma opção.
Isso implicaria desmatamento, que afetaria
ainda mais a biodiversidade.
Para ele, a principal contribuição
que a engenharia genética pode trazer à
humanidade diz respeito às lavouras
geneticamente modificadas, para melhorar a
alimentação. Ele dá o exemplo do arroz
enriquecido com vitamina A, que já foi feito
com sucesso por cientistas. A técnica poderia
se tornar corriqueira para combater a cegueira
noturna, assim como o acréscimo de iodo ao
sal reduziu os casos de bócio no passado.
“Na Europa, ninguém precisa disso,
mas há lugares com grandes populações e
pouca variedade de alimentos”, destacou.
Além disso, a ciência pode deixar as
plantações mais resistentes, tanto antes da
colheita quanto no armazenamento.
“Na minha opinião, dentro de duas ou três
gerações humanas será possível usar a
engenharia genética nas lavouras mais
importantes”, acrescentou.
“Processo contínuo”
Mesmo sendo protestante, Arber
ocupa o cargo de presidente da Pontifícia
Academia das Ciências, que assessora o
Vaticano cientificamente. Ele conta de que já
conseguiu convencer vários bispos,
principalmente os africanos, de que a
engenharia genética pode ser decisiva na luta
contra a fome.
“A criação não é um evento único, é
um processo contínuo”, argumentou o
microbiólogo. “A esperança é que, por meio
da Igreja, consigamos atingir um público
maior”, disse o cientista, ressaltando a
importância do trabalho nessa frente.
Na lista de prioridades elaborada
por Arber, a aplicação médica aparece em
seguida, como uma função importante da
engenharia genética. O combate à poluição –
bactérias modificadas podem eliminar
toxinas do meio ambiente, por exemplo –
também é classificado como prioridade alta.
Werner Arber ganhou o Nobel de Medicina
pela descoberta das enzimas de restrição
(Foto: Tadeu Meniconi / G1)
Como baixa prioridade, o cientista
cita o uso em plantações que não servem
para nossa alimentação: produção de rações
para animais, de commodities, como o
algodão, e de biocombustíveis.
Fonte: G1 (Globo)
AGOSTO/2011
Artigo Técnico
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INFORMATIVO COCATREL
Podas no Cafeeiro
Com o passar dos anos, o cafeeiro tende a diminuir sua produtividade, seja
por envelhecimento, adubação desequilibrada, produções muito elevadas,
espaçamentos reduzidos ou ataque de pragas e doenças. Uma prática utilizada para
reduzir esse efeito é a poda, que consiste na eliminação total ou parcial da parte aérea
da planta, que tem como objetivo:
*Renovar pela indução de ramos produtivos plantas depauperadas pela idade ou
manejo;
*Recuperar cafeeiros que sofreram lesões na copa causadas por fenômenos
climáticos;
*Promover maior luminosidade e arejamento dos cafeeiros em lavouras com
fechamento;
*Melhorar a arquitetura das plantas renovando e ajustando a estrutura de sua copa;
*Reduzir a altura e partes laterais das plantas para facilitar os tratos culturais e a
colheita;
*Inibir a incidência de pragas e doenças no cafezal, bem como facilitar seu controle;
*Programar a condução e produção de cafeeiros em sistema de lavouras adensadas;
*Aumentar a vida útil de produção do cafeeiro com melhor vigor e maior
rendimento;
Dentre os tipos de podas os principais são:
Decote: Consiste na retirada da parte superior da planta (1,2 a 2 metros), reforçando
os ramos da parte inferior, mantendo a planta com altura para a próxima colheita. Este
tipo de poda causa menos dano na planta, sendo esta apta a produzir no próximo ano.
Decote: Consiste na retirada da parte superior da planta (1,2 a 2 metros), reforçando
os ramos da parte inferior, mantendo a planta com altura para a próxima colheita. Este
tipo de poda causa menos dano na planta, sendo esta apta a produzir no próximo ano.
Recepa: É o tipo de poda mais drástica, consiste na retirada de quase toda parte aérea
da planta, deixando em torno de 50 cm do solo, renovando toda a planta, podendo ser
feita com pulmão (deixando alguns ramos laterais com folhas) resultando em
brotações mais rápidas, ou sem pulmão. A planta entra em produção em 2 ou 3 anos.
Esqueletamento: Consiste na retirada de parte dos ramos laterais ( 20 a 30 cm) do tronco e
também é feito o decote junto com o esqueletamento, este tipo de poda renova os ramos
plagiotrópicos (laterais) da planta, que entra em produção no segundo ano após a poda.
É sabido que quando é feita uma poda na parte aérea, o sistema radicular da planta
fica comprometido, podendo perder mais de 80% de seu peso (ver tabela 1).
Tabela 1 % de raízes vivas (em peso)
Época de podar
A época mais adequada para execução das podas deve ser logo após a colheita,
iniciando no período de agosto indo até novembro no começo das chuvas, quando as plantas
já tem suas reservas acumuladas de fotoassimilados recompostas e começam aumentar seu
ritmo de crescimento.
Após anos de alta produção, estando as plantas bastante esgotadas e sem reservas,
seria bom podar em fins de novembro e início de dezembro, esperando uma elevação destas
reservas e mesmo propiciando previamente o aumento destas, pela adubações e
pulverizações, para se fazerem as podas a seguir.
Alguns fatores vão influenciar na tomada de decisão sobre podar, são eles:
fechamento na entrelinha, geadas ou chuvas de granizo, depauperamento, idade, altura das
plantas e plantios adensados
A poda realizada no café deve ser feita apenas quando for constatada a necessidade
desta prática, devendo o produtor procurar um técnico da Cocatrel para fazer uma avaliação
da lavoura e auxiliar na tomada de decisão.
Fica aqui uma mensagem do professor Rubens:
“ SÓ RESPONDE À PODA A LAVOURA QUE PRECISA DELA”.
Gabriel José Mesquita Vieira - Tecnólogo em Cafeicultura
Técnico Agrícola Cocatrel Filial Santana da Vargem
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INFORMATIVO COCATREL
AGOSTO/2011
Maior produtor de café dos Estados Unidos visita fazendas do Sul de Minas
O estado do Havaí, nos Estados Unidos da
América, é o único do país a produzir café. Como o
Havaí é uma ilha, portanto um território pequeno,
em 700 alqueires são produzidos os grãos. Desse
total, 450 pertencem a John Parry, presidente da
Gold Coffee Company, torrefação de café sediada
na Flórida. Como a sua produção não atende a
demanda da torrefação, Parry passou a comprar
café do Brasil, principalmente do sul de Minas
Gerais. Detalhe: ele produz apenas café especial e
só compra a produção da mesma linha.
Para conhecer de perto as fazendas do sul de
Minas e fechar mais negócios, John Parry esteve no
Brasil no final de agosto e visitou fazendas em
Poços de Caldas e Boa Esperança.
Parry gostou muito do que viu. “O Brasil
está entre os mais sofisticados produtores de café do
mundo. Fiquei impressionado com o nível de
tecnologia, de trabalho para a melhoria de
qualidade e o envolvimento e compromisso com as
questões sociais e ambientais”, comentou. O
produtor norte-americano enfatizou que a compra
por mais café do Brasil é um fato. “Ainda existe um
conceito de que a qualidade do café do Brasil é de
média a inferior, ou seja, massificada. Mas as
melhorias agronômica, social e ambiental, as
certificações e as novas práticas cafeeiras irão levar
ao mundo a mensagem de que o Brasil produz um
café de qualidade e isso irá atrair mais compradores,
inclusive eu”, diz Parry.
Para ele, o nível de inteligência da indústria
do café no Brasil, a tecnologia de ponta, o
envolvimento do produtor com as questões social e
ambiental e a forma como o produtor encara o
presente e o futuro, irão levar o Brasil, nos próximos
10 anos, a ser o melhor produtor de café do mundo.
Jack Robson da Silva, Juan Gimenes, Eduardo Chaves, Christian Wolthers, Jhon Perry e Luiz Fernando
Entenda o que é o Georreferenciamento
de Propriedades Rurais
A partir de 2011 toda propriedade rural, independente do tamanho, precisará ter um
certificado de georreferenciamento emitido pelo Incra, ou seja, uma medição realizada de
acordo com técnicas mais modernas. A exigência está prevista na lei federal 10.267, de 2001,
regulamentada pelos decretos 4.449, de 2003, e 5.570, de 2005. Essa lei já impede que os
cartórios façam a documentação de áreas desmembradas, por exemplo, sem que tenha sido
providenciado o georrefereciamento, um trabalho que utiliza técnicas de precisão, como o GPS,
e é feito por empresas autorizadas pelo Incra.
Antecipação – O engenheiro cartógrafo do Incra, José Antonio Teixeira Oliveira
Filho, explica que o proprietário deve antecipar-se à lei e georreferenciar suas terras, “medida
que irá até mesmo valorizar a propriedade”. O engenheiro assinalou que os documentos da
grande maioria dos imóveis levam em conta, ainda, medições realizadas há décadas com
técnicas ultrapassadas e imprecisas, como teodolito e uso de corda. “É comum haver
sobreposições de áreas e extensões que não correspondem à realidade.” Ele informa que os
custos vão depender do tamanho de cada propriedade e das dificuldades para a sua elaboração,
obedecendo a critérios das empresas.
O georreferenciamento consiste na descrição do imóvel rural em suas características,
limites e confrontações, realizando o levantamento das coordenadas dos vértices definidores
dos imóveis rurais, georreferenciados ao sistema geodésico brasileiro, com precisão posicional
fixada pelo INCRA.
O trabalho de georreferenciamento envolve, além do levantamento de dados,
cálculos, análises documentais, projetos e desenhos, em consonância com o disposto na
legislação federal e na norma técnica do INCRA. O trabalho possui estreita relação com o
processo gerencial da propriedade, pois é através deste que o proprietário atualiza a situação
cartorial e cadastral da propriedade. Além disso, é com base nestes dados que o proprietário irá
unificar e gerenciar de forma mais eficiente às informações da propriedade no que diz respeito
INCRA, Receita Federal e cartório.
Quem deve fazer o georreferenciamento rural?
Os proprietários que detem o domínio direto e útil dos imóveis rurais, que desejarem
realizar alterações cartoriais como desmembramento, parcelamento, remembramento,
qualquer tipo de transferência ou em caso de utilização da propriedade para fins de
financiamento e hipoteca.
Em que implica a não realização do Georreferenciamento?
Após o vencimento dos prazos ocorre o impedimento da efetivação, de qualquer
transcrição na matricula.
Os proprietários de imóveis rurais que não fizerem o Georreferenciamento, poderão,
ter seus imóveis incluídos na lista de imóveis passiveis de incorporação para ações de reforma
agrária.(Instrução Normativa do INCRA n°9 de 13/11/02, artigo 2°item1.)
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INFORMATIVO COCATREL
Magenta
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AGOSTO/2011
INFORMATIVO COCATREL
Para refletir
O café e o produtor
A parábola da vaquinha
Era uma vez, um sábio chinês e seu
discípulo. Em suas andanças, avistaram
um casebre de extrema pobreza onde
vivia um homem, uma mulher, 3 filhos
pequenos e uma vaquinha magra e
cansada. Com fome e sede, o sábio e o
discípulo, pediram abrigo e foram
recebidos. O sábio perguntou como
conseguiam sobreviver na pobreza e
longe de tudo.
- O senhor vê aquela vaca ? - disse o
homem.
Dela tiramos todo o sustento. Ela
nos dá leite que bebemos e transformamos em queijo e coalhada.
Quando sobra, vamos à cidade e
trocamos por outros alimentos. É assim
que vivemos. O sábio agradeceu e
partiu com o discípulo. Nem bem
fizeram a primeira curva, disse ao
discípulo:
- Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a
ao precipício ali em frente e atire-a lá
em baixo. O discípulo não acreditou.
- Não posso fazer isso, mestre!
Como pode ser tão ingrato? A vaquinha
é tudo o que eles têm. Se a vaca morrer,
eles morrem! O sábio, como convém
aos sábios chineses, apenas respirou
fundo e repetiu a ordem:
- Vá lá e empurre a vaquinha.
Indignado porém resignado, o discípulo assim fez. A vaca, previsivelmente, estatelou-se lá embaixo.
Alguns anos se passaram e o
discípulo sempre com remorso. Num
certo dia, moído pela culpa, abandonou
o sábio e decidiu voltar àquele lugar.
Queria ajudar a família, pedir
desculpas. Ao fazer a curva da estrada,
não acreditou no que seus olhos viram.
No lugar do casebre desmazelado havia
um sítio maravilhoso, com árvores,
piscina, carro importando, antena
parabólica. Perto da churrasqueira,
adolescentes, lindos, robustos
comemorando com os pais a conquista
do primeiro milhão. O coração do
discípulo gelou. Decerto, vencidos pela
fome, foram obrigados a vender o
terreno e ir embora. Devem estar
mendigando na rua, pensou o discípulo.
Aproximou-se do caseiro e
perguntou se ele sabia o paradeiro da
família que havia morado lá. Claro que
sei. Você está olhando para ela.
Incrédulo, o discípulo afastou o portão,
deu alguns passos e reconheceu o
mesmo homem de antes, só que
mais forte, altivo, a mulher mais feliz e
as crianças, jovens saudáveis.
Espantado, dirigiu-se ao homem e disse
:
- Mas o que aconteceu? Estive aqui
com meu mestre alguns anos atrás e era
um lugar miserável, não havia nada. O
que o senhor fez para melhorar de vida
em tão pouco tempo? O homem olhou
para o discípulo, sorriu e respondeu:
- Nós tínhamos uma vaquinha, de
onde tirávamos o nosso sustento. Era
tudo o que possuíamos, mas um dia ela
caiu no precipício e morreu. Para
sobreviver, tivemos que fazer outras
coisas, desenvolver habilidades que
nem sabíamos que tínhamos. E foi
assim, buscando novas soluções, que
hoje estamos muito melhor que antes.
Moral da história: às vezes é preciso
perder para ganhar mais adiante. É com
a adversidade que exercitamos nossa
criatividade e criamos soluções para os
problemas da vida. Muitas vezes é
preciso sair da acomodação, criar novas
idéias e trabalhar com amor e
determinação.
Em terras planas
O café vamos plantar
Mas primeiro bem devemos
O terreno preparar
Se já está bem preparado
É só o buraco abrir
Colocar nele a mudinha
E com terra cobrir
Cinco anos se passaram
O cafeeiro já cresceu
Vieram lindas flores
E bons frutos lhe rendeu
O fazendeiro prontamente à Cocatrel compareceu
Atendido pelo Manoel bons conselhos ele deu
Aguardou valorização
E por um bom preço vendeu
Agora bem contente é somente esperar
Que no ano que vem
Boa safra possa dar
Manoel Rabelo Piedade
Colaboração: Berenice Pieve
O combate sonoro às cigarras
Biologia da Cigarra
O período de emergência da cigarra inicia nos meados de setembro prolongando-se até meados
de outubro, sendo que o pico de saída de machos ocorre cerca de 10 dias antes das fêmeas. Após o
acasalamento, as fêmeas colocam os ovos nos ramos secos, localizados preferencialmente no terço
superior das plantas. Dos 300 ovos que cada fêmea possui, ela distribui em cada local, média de 12
ovos. Iniciadas as chuvas de verão os ramos secos caem ao solo. Uma vez os ramos imersos na água
por minutos, as ninfas nascem e procuram por uma raiz para se alimentarem e vão se aprofundando
no solo. O cafeeiro oferece condições ótimas para a sobrevivência dessas ninfas por apresentarem
raízes abundantes e superficiais necessárias para as primeiras horas da vida dessas ninfas.
Armadilha sonora para cigarras
Por meio do estudo do som da espécie Quesada gigas foi possível desenvolver uma “isca sonora”
que atrai uma grande quantidade dessas cigarras, tanto fêmea como macho. Como o canto do
acasalamento é própria para cada espécie, a armadilha atrai somente as cigarras da espécie Quesada
gigas não interferindo com nenhuma outra espécie de insetos. A armadilha emite o som que atrai
centenas da cigarra, que ao irem em direção à fonte emissora do som (alto-falantes) recebem a
pulverização de uma calda inseticida, que é coletada e redirecionada aos bicos de pulverização. Uma
das grandes vantagens da armadilha está no aspecto ambiental, pois ela atua apenas sobre a espéciealvo e o inseticida não é aplicado no ambiente.
A armadilha é deslocada em baixa velocidade, em uma carreta Como o som atrai as cigarras de
até 80 metros, a passagem consecutiva da armadilha poderá estar distanciada em até 160 metros
tratando mais de 100 hectares por dia. Essa operação deverá ser repetida todos os dias durante o
período de emergência das ninfas. O uso da armadilha deve ser iniciado nos meados de setembro,
quando a população é predominantemente de machos e ainda não se ouvem o canto das cigarras.
Nessa época um grande número de machos já emergiu e estão à espera da emergência das fêmeas e
ainda não há “cantoria” das cigarras, mas o som da armadilha é capaz de atrair essas cigarras, poucas
fêmeas e muitos machos. O uso sistemático da armadilha nessa época faz com que em torno do dia 20
de outubro já não encontre mais cigarras no cafezal, enquanto em outras lavouras é possível ver esses
insetos até por volta de 10 de novembro ou até mais tarde.
Em geral, os produtores que estão utilizando a armadilha se mostram muito satisfeitos. Há
relatos de produtores que em apenas meia hora conseguiram coletar mais que 4.000 cigarras que
caíram dentro da armadilha. Imaginando 50% de fêmeas, e que cada fêmea produz cerca de 300
ovos, seriam 600.000 ovos a menos, considerando somente as cigarras que morreram dentro da
armadilha. Deve-se acrescentar ainda, as cigarras que morreram fora da armadilha, espalhados pelo
cafezal, que são em quantidade ainda maior. Isso em meia hora!
Em propriedades que utilizaram a armadilha por três anos consecutivos, o nível de infestação
caiu bastante, a ponto de dispensar os tratamentos químicos convencionais.
Comparado ao custo do método convencional de se utilizar inseticidas no solo, o uso da
armadilha tem custo incomparavelmente mais baixo. Basta comparar o custo dos inseticidas em 100
hectares durante cinco anos (vida útil da armadilha sonora) contra o custo de aquisição de uma
armadilha. O total de horas de serviço do trator para a operação da armadilha é muito próximo ao da
aplicação do inseticida convencional, que deve ser aplicado “rua por rua”, ao passo que a armadilha
passa a cada 160 metros.
As vantagens associadas ao uso da armadilha sonora, quais sejam a incomparável economia, a
seletividade absoluta, e a preservação do ambiente, credenciam esse método como um instrumento
indispensável para a sustentabilidade da cafeicultura moderna.
AGOSTO/2011
INFORMATIVO COCATREL
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conservação. Tratar 35 9858 1302
- Caminhonete Rural F 75. Tratar com João Isidoro
Zacaroni 35 9815 1577 ou 3861 2022
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1577 ou 3861 2022
- Ford Pampa 91/92 em bom estado de conservação,
único dono. Tratar com José Aristides 35 3265 2146
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Tratar 35 9165 8492- Vende-se um imóvel residencial
à R. Barão da Boa Esperança, 136, com 1462 m² de
terreno, sendo 460 m² de área construída. Tratar: 35
3265 4368 ou 35 9829 1413
- Máquina de beneficiar café marca Blasi, produção da
máquina 50 scs/dia, em bom estado de conservação.
Tratar com Gilmar 35 3221 2322 em Varginha ou
35 9934 2228
- Carreta para 2,5 Ton.; Arruador Borrachão; Roçadeira
Kamak Lazeral; Tanque d'agua 2.000 Lts; Misturador
de Trato p/ criação suíno; Estrutura completa baias,
pocilgas, maternidades p/ criação suínos. Tratar 35
9914 2183
- 20 alqueires na Barra do Pinhal município de
Coqueiral. Tratar 35 9845 8146
- Tanque de expansão Alfa Laval 700 Lts., semi-novo.
Tratar 35 9836 7064
- Passat - LS, ano 1980. Todo original, único dono.
Tratar: 35 3265 2252
- Uma fazenda de 100 alqueires, cerca de 200 mil pés
de café. Para este ano, 1.800 sacas de café, em Carmo
da Cachoeira, a 500 m da Fernão Dias. Pagamento em
3 anos. Tratar: 35 9958-4437 ou 9924 5250
- Sítio de 20 alqueires cheio de café. Troca-se em
imóveis, a 1 km da Fernão Dias, em Carmo da
Cachoeira. Tratar: 35 9958 4437 ou 9924 5250
-Uma fazenda em Carmo da Cachoeira com 42
alqueires. Pagamento em até 3 anos. Tratar: 35 9958
4437 ou 9924 5250
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R$ 24.000,00. Tratar: 35 9828 4548
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conservação. Tratar 9165 8492, à noite
- Engenho de cana, capacidade 900 lts./h.; alambique
para 750 lts. de garapa e 3 dornas para 10.000 lts. de
cachaça. Tratar 35 9974 3461 com Geraldo Magela
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com Danilo
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a água ou a eletricidade. Com armação de madeira e
revestido de chapa em excelente estado de conservação.
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dupla, direção hidráulica totalmente revisado. Tratar
35 9836 7064
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Tratar 35 9836 7064
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construção. Rua Profa. Leocádia Piedade 23, bairro
Santana, em três Pontas. Tratar 9818 7257
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de Martinho Campos (Quilombo), em Três Pontas,
ao lado da estrada municipal e a 4 Km do Pontalete.
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Cruz 2777 com 550m. de terreno e 140m de construção.
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pelo fone 35 8818 6050
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á 2 Km da cidade de Três Pontas. Tratar 35 9916 9848
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Panasonic KXPF 85 LA; Livros Jurídicos. Tratar
35 3266 6046
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Cachoeira , 11 Km de asfalto e 2 Km de estrada de
terra, Km 733 da Br 381 - CC? TC. Mais informações
35 881 9955
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- 2 terrenos 466 m² - Rua Antônio Baptista Castro 28 e
29 Bairro Santa Marta, em Três Pontas. Tratar 35 9900
3948 ou 9199 2924
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Bucha 9971 6827
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cimentado, máquina de limpar café, picadeira, curral e
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elétrica 15 KWA. Tel 9927 4275 com Célio
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gradagem, subsolagem, etc; com Fernando Silva Filho
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Os anúncios não confirmados serão retirados.
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basculante, Pá carregadeira e retro-escavadeira.
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Castro, pelo fone: 9988 7530
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pequeno produtor". Dario Corrêa, Rua 15 de Novembro
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e um cão vira lata também castrado, procurar Fone 35
9922 9298 (Catarina)
Índice de Chuvas
Dados comparativos (em mm³)
Ano Jan Fev
2009 386 262,5
2010 252,5 96,5
2011 326 146
Dados pluviométricos de Três Pontas
Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
237,5 109,5 32,5 58,5 35 35 177 143,5 75 517,5
108 20 20,5 12
15
0
67,5 68 255 173,5
273 49,5 2,5 41
12
Ano
2009
2010
2011
Dados pluviométricos de Nepomuceno
Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
331 262,5 163,5 138,5 44 31 22,5 31 119 129,5 136 394
100,5 102 112 33,5 8,5 6,5 13
0
54 56
297 234
446 65 281 102,5 17 35
21
Ano
2009
2010
2011
Dados pluviométricos de Santana da Vargem
Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
366 229 160 245 29 29
21
64 231 150 163,5 393,5
185 119 101,5 37,5 2,5 10
10,5 0
62 76,5 269,5 210
362 105 289,5 27,5 17,5 35
7,5
Ano
2009
2010
2011
Dados pluviométricos de Coqueiral
Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
365 270 217,5 227,5 40 17,5 32,5 20 170 97,5 122,5 365
115 167,5 172,5 62,5 7,5 3,5
35
0 57,5 82,5 202,5 272,5
522,5 65 320 115 30
46
15
Ano
2009
2010
2011
Jan
272
291,5
500,5
Dados pluviométricos de Carmo da Cachoeira
Fev Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
272 335,5 99 23,5 37,5 21
45 178,5 135,5 142,5 364
183 197 41 12,5 21,5 11,5 0
74,5 184,5 298 336,5
53 263 133 13 25
12
Fonte: Depto. de Assistência Técnica Cocatrel
14
Gente da Terra
Ana Luísa Leite
AGOSTO/2011
INFORMATIVO COCATREL
Carreando através do tempo
“Carro Velho esquecido no ranchão
emudecido não tem voz no seu cocão.
Quando o vejo, me aperta o coração,
jamais vou rir, enquanto não ouvir
seu cantar no estradão.
No passado você teve aceitação.
Tinha sucesso e valor para o seu patrão,
mas no futuro apareceu a evolução.
Com soberbia, tirou sua melodia
que alegrava o meu sertão.
Carro velho, você não fica triste não.
Vou te contar o quanto sofre um cidadão,
ganha o salário e só dá para comer o pão.
É uma labuta e por mais que o pobre
luta, não faz para a manutenção.
Carro velho, quem te fez a ingratidão,
por vaidade, abandonou a tradição.
Envergonhado, quer voltar para o
sertão,
pois lá na praça, a cada dia que passa,
aumenta a poluição”.
Os versos acima, do trespontano
Sérgio Moraes da Silva, refletem a paixão
pelo carro de bois que viu abandonado na
fazenda Missunga e ilustram a história de
José Azarias Filho, um homem de 84
anos, que hoje aposentado, sente
saudades do tempo em que carreava por
estas longas estradas da vida.
Vindo de uma família de nove
irmãos, Zé Lázaro, como é conhecido,
decidiu seguir a profissão de carreiro do
pai. Carreiro é aquele que conduz e
comanda os bois que puxam os carros.
Quando criança, já seguia as boiadas na
função de candeeiro, ajudante que vai à
frente dos bois, fazendo com que eles
trilhem o caminho certo. É ele o
encarregado de abrir as porteiras por onde
o carro deve passar. Ali, já sonhava com o
dia em que finalmente se tornaria o
mestre daqueles bois. Fato que se deu
bem cedo em sua vida, aos treze anos,
quando seu patrão, na época, o Sr. Diano
Vilela, pediu que substituísse um carreiro
que ficou doente e não podia trabalhar.
“Dei conta do trabalho e fiquei na função
por três meses. Só uma única vez que eu
No ofício de sua profissão, Zé Lázaro comanda a boiada
virei a boiada num rio”, conta.
Com seu pai também aprendeu a
construir o canzil, parte do carro que fica
entre a cabeça dos bois. Aliás, o
vocabulário do carreiro tem palavras
interessantes para os acessórios da boiada
e partes do carro: canga, tamoeiro,
tiradeira, broxa, rabada, cocão, chumaço,
fueiro, entre outras.
Pouco depois desta experiência
que teve, seu pai deixou a fazenda e foi
trabalhar na Usina Boa Vista. Lá, Zé
conseguiu emprego como carreiro
também. Aos 15 anos, quando esteve pela
primeira vez na escola, foi obrigado a
abandonar os estudos poucas semanas
depois, para trabalhar. “Um inspetor
entrou na sala e disse para a professora
que ele estava lá para fazer uma limpeza
na classe. Ele disse que todos os alunos
homens, com mais de 15 anos, deveriam
deixar a escola para trabalhar na roça e as
meninas, caso não conseguissem
emprego tinham que ajudar as mães com
os serviços de casa. Dezesseis pessoas
tiveram que abandonar os estudos”. Zé
não conseguiu aprender a ler e a escrever
Junto ao grupo de Folia de Reis do qual participa até hoje
cantando as cantigas folclóricas
muito bem.
Alguns anos se passaram e Zé
Lázaro se casou com Lurdes. Eles
receberam uma proposta de trabalho em
uma fazenda de café no interior de São
Paulo e decidiram se mudar com os três
filhos, que já possuíam nesta época, para
lá. “Casei e me mudei para o estado de
São Paulo, só que lá trabalhava
capinando café, porque naquela fazenda
eles não possuíam boiada, mexiam só
com carroção, e com burro eu não lido
não. Eu tenho uma raiva de burro...”
expressa.
Depois de alguns anos decidiu
voltar para Três Pontas com a família.
Retomou a vida, alugou uma casinha e
conseguiu emprego na Usina Boa Vista,
onde ficou, ao todo, por 36 anos.
Carreando durante todo esse tempo, Zé
aprendeu a entender e a lidar cada vez
mais com os bois.
Um boi chega a valer até dois mil
reais a mais que o seu preço para abate. As
boiadas são compostas pelas juntas, ou
pares de bois. A quantidade de juntas
varia de acordo com o gosto do carreiro e
No cantinho do quintal de sua casa, mostra o pequeno carro de
boi que mantém guardado
com o peso da mercadoria que está sendo
transportada. Alguns carreiros, como o
Zé Lázaro, dizem que o ideal são 12 bois,
ou seis juntas. Outros preferem trabalhar
com 5: a junta de guia, que determina a
direção e obedece os comandos de andar
e parar; a junta de coice, que fica atrás de
todas e que segura o carro na descida; a
junta do meio, que ajuda nas manobras; a
junta de pé de coice, que ajuda a escorar o
carro; e a junta de pé de guia, que faz
menos força e é o lugar ideal para iniciar
os garrotes. Estas juntas bem treinadas
alcançam locais que nem o trator é capaz
de chegar.
Alguns acidentes também
marcaram a vida de Zé. Em um deles
quase perdeu o braço quando a roda do
carro que estava guiando passou por cima
de um cupim e fez com que a boiada
perdesse o controle. Ele estava na parte de
trás e tentou instintivamente segurar o
carro, o que fez com que deslocasse seu
braço direito. Muito católico e devoto de
Nossa Senhora D'Aparecida ele garante
que, antes de desmaiar, viu Nossa
Senhora ao lado dele e, por isso, foi salvo.
Em outro episódio, estava com
um amigo levando uma carga pesada,
com cerca de duas toneladas, quando a
roda do carro quebrou. Seu amigo tentou
consertar, mas o carro prensou dois de
seus dedos. Quando estava prestes a
cortar os dedos com um facão, Zé Lázaro
pediu ajuda ao Padre Vitor. Segundo ele,
nessa hora, e com muita facilidade,
conseguiu levantar o carro e seu amigo
conseguiu tirar seus dedos dali.
Segundo Zé, para ser um bom
carreiro, “primeiramente o homem
precisa ter fé em Deus e saber conhecer a
personalidade de cada boi da boiada que
vai guiar”. O carro de bois merece o nosso
respeito, pelo seu papel no
desenvolvimento de nossas cidades,
embora hoje ele tenha se tornado quase
uma figura lendária, só retratada em
canções dos profissionais da música
popular brasileira ou utilizada como
objeto de decoração. Sem trabalhar há
apenas 3 anos, se emociona ao contar os
casos ocorridos durante toda a sua vida e
sente muita falta de não poder mais
carrear. Ele explica que estava ficando
muito cansado e por isso decidiu parar,
aos 81 anos de idade.
Outra grande paixão que possui
é a Folia de Reis. Desde pequeno ele
segue esta tradição folclórica.
Antigamente gostava de vestir a “farda”
de marungo, mas agora diz não ter mais
energia e prefere apenas cantar com o
grupo dos instrumentistas.
Casado há 55 anos, pai de 11
filhos e avô de 29 netos e bisnetos, é
freqüentador assíduo e apaixonado do
Centro dos Idosos. As mãos calejadas e a
feição cansada são marcas de uma vida de
muito trabalho e entrega a esta profissão
que, com muito orgulho o fez referência
para todos aqueles que são carreiros ou
simplesmente apaixonados pelos carros
de bois.

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