Norma ISO 16602:2007

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Norma ISO 16602:2007
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Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção
Av. Wilson Bego, 300 – Distrito Industrial – CEP 14406-091 – Franca – SP
Tel/fax 16-3720-1033 email: [email protected]
Norma ISO 16602:2007 – CLASSIFICAÇÃO, ETIQUETAGEM E DESEMPENHO DE
VESTIMENTAS CONTRA RISCOS QUÍMICOS
A Portaria 121 do MTE estabelece a partir de 1/10/2009, que vestimentas contra riscos
químicos devem ser fabricadsa, verificadas e ensaiadas conforme a norma
internacional ISO 16602:2007.
Apesar de ser introduzida somente em 2007, essa norma já é reconhecida e aceita
internacionalmente, e está se tornando a linguagem comum para expressar o
desempenho de vestimentas contra riscos químicos (CPC – Chemical Protection
Clothing).
Esta norma está se tornando também uma ferramenta para ajudar os profissionais de
segurança e saúde ocupacional na escolha da vestimenta adequada de proteção
química, em cada situação de trabalho.
Até então no Brasil não havia nenhuma norma para avaliação do desempenho das roupas de proteção química, para
trabalhadores expostos a riscos químicos em situações industriais. Esta norma também balizará, com algumas
modificações a execução de ensaios em vestimentas para a área rural, envolvendo agrotóxicos e pesticidas, pelo
menos por enquanto é desenvolvida a nível mundial, a futura norma para esta utilização (atualmente em fase de projeto
de norma ISO/DIS 27065).
A norma prevê que o fabricante passe ao usuário a classificação da vestimenta em função do tipo de risco e várias
informações técnicas sobre o seu produto, ajudando assim os profissionais de segurança, que tem a responsabilidade
pela seleção de roupas de proteção química (CPC) adequada a cada situação de trabalho.
A ISO 16602 estabelece também meios para medir o desempenho das vestimentas, estabelecendo uma forma comum
de descrever isso de maneira fácil e entendível por todos, através de níveis de performance do conjunto global e de
componentes ou materiais da vestimenta. Isso facilitará a comparação de um produto com outro, ao invés de confiar
somente em créditos do fornecedor. Facilitará também o processo comparativo de parâmetros importantes para uma
determinada função. Onde houver, por exemplo, um risco do material ser perfurado, e vários produtos oferecem
proteção a mesma proteção química, então deverá ser escolhido uma vestimenta com alta resistência à perfuração,
sendo que isso ficará demonstrado através dos níveis de performance, em função do resultados alcançados em ensaios
laboratoriais.
As vestimentas de proteção química devem estar disponíveis em uma ampla variedade de materiais e desenhos. As
opções devem ser destinadas a fornecer proteção, desde vapores químicos e gases, líquidos, liquídos pulverizados,
spray ou névoa, e de partículas e aerossóis. A decisão para quem vai escolher a vestimenta pode ser potencialmente
confusa e complexa, sendo que a ISO 16602 vem procurar suprir esta deficiência atualmente existente. A norma prevê
que antes de ser comercializada, a vestimenta esteja adequadamente classificada quanto aos tipos de uso e ter
demonstrado os níveis de performance de resistência, assim como informações sobre lavagem, produtos químicos aos
quais a vestimenta protege, entre outras informações importantes para o usuário.
Os requisitos de desempenho
definidos pela norma ISO 16602 são baseados em resultados obtidos com métodos de ensaio normalizados, permitindo
uma gama de níveis de desempenho em uma série de propriedades-chave, mas também estabelece um nível mínimo de
desempenho para cada tipo principal de perigo. Com o tempo as empresas consumidoras estabelecerão, para cada
atividade profissional, os níveis de desempenho mínimos de cada parâmetro (permeação química, penetração de líquido
sob pressão, repelência, resistência à penetração química, tração, rasgamento perfuração, abrasão, etc) em cada
situação de trabalho. Isso, aliado ao tipo de vestimenta (Tipo 1 e 2 gases, 3 liquidos, 4 spray, 5 particulas e 6 proteção
limitada, sendo que uma vestimenta poderá cobrir mais de um tipo), facilitará muito a especificação do produto adequado
ou de um produto que tenha parâmetros superiores. Com isso os trabalhadores certamente estarão protegidos.
A seleção de uma vestimenta de proteção química:
A seleção da vestimenta adequada depende logicamente de um precisa avaliação de risco. A natureza dos riscos
químicos, a atividade e o ambiente de trabalho, são fatores essenciais para essa determinação. Se o trabalhador não é
adequadamente protegido contra os perigos que enfrentará, ele poderá ser prejudicado ou ferido. Por outro lado, sua
vestimenta não deve impor desconforto, tais como o calor, falta de visão, mobilidade restrita, e aumento do esforço
físico, bem como os custos elevados de aquisição para o empregador.
A avaliação do risco deverá levar em consideração aspectos tais como: duração prevista do trabalho, estado da
substância química (gases, vapores, liquidos, liquidos sob pressão, aerossóis, etc), tempo de exposição ao risco de
substâncias químicas, perigos de riscos mecânicos (a vestimenta pode ser rasgada, perfurada, sofrer abrasão, etc.), a
natureza, concentração e toxicidade do produto químico (ácidos, bases, solventes, etc).
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É importante lembrar que a ISO 16602 define os requisitos mínimos para vestuário de proteção química. Cada
situação de trabalho é único, e a ISO 16602 não considera outros perigos que podem estar presentes no ambiente de
trabalho. Os profissionais de segurança e saúde ocupacional também deverão considerar os riscos específicos para as
suas condições de trabalho, incluindo: condições extremas de calor e frio, radiação ionizante, atmosferas
potencialmente inflamáveis ou explosivas, liquídos ou superfícies muito quente ou fria, visibilidade, entre outros. Então
a ISO 16602 prevê somente os perigos químicos. Caso outros riscos estejam presentes, uma vestimenta deverá
logicamente também atender aos requisitos de outras normas específicas, ou então devem ser utilizados outros EPIs
para proteger contra tais riscos.
Tipos
A norma ISO 16602 é baseada em um sistema de tipos e classes. As vestimentas de proteção são classificadas
inicialmente em um dos tipos, cuja designação é baseado no estado físico do perigo, conforme abaixo:
Tipo 1 – Conjunto de proteção resistente a gases/vapores químicos, cobrindo o corpo todo incluindo mãos, pés e
cabeças, classificados conforme abaixo:
Tipo 1a – este tipo prevê fornecimento de ar respirável através de uma mangueira vinda de uma fonte de ar (por
exemplo um auto-reservatório de ar), independente da atmosfera ambiente, que fica dentro da própria vestimenta.
Tipo 1b – este tipo prevê fornecimento de ar respirável através de uma mangueira vinda de uma fonte de ar (por exemplo
um reservatório de ar), independente da atmosfera ambiente, que fica do lado de fora da vestimenta.
Tipo 1c – este tipo prevê fornecimento de ar respirável através de ar canalizado provendo pressão positiva dentro da
vestimenta.
Tipo 2 – Conjunto de proteção não estanque a gases, possuindo ar respirável proveniente de pressão positiva dentro do
conjunto vindo de uma fonte externa. São resistentes a liquidos, liquidos pulverizados e partículas sólidas aéreas.
Para os tipos 1 e 2 testam-se sempre a vestimenta toda e o(s) material(is) e componentes da mesma.
Tipo 3 – Vestimenta de proteção resistente a liquídos.
Podem cobrir totalmente o corpo com conexões entre diferentes partes da vestimenta, e luvas e botas, para proteção do
usuário contra liquidos químicos. Testa-se a vestimenta (vazamento do liquido) toda, incluindo fechamentos e conexões,
e realizam-se ensaios de performance no material (tecido ou outro).
Pode ser também vestimenta do tipo PB (partial body, proteção parcial), onde é protegida somente uma parte do corpo.
Nesse caso não se aplica ensaios de vedação (vazamento do liquido) na própria vestimenta, testando-se somente o
material.
Tipo 4 – Vestimenta de proteção resistente a liquídos pulverizados (spray).
Podem cobrir totalmente o corpo com conexões entre diferentes partes da vestimenta, e luvas e botas, para proteção do
usuário contra liquidos pulverizados químicos. Testa-se a vestimenta (vazamento do liquido pulverizado) toda, incluindo
fechamentos e conexões, e realizam-se ensaios de performance no material (tecido ou outro, incluindo ensaio de
penetração por líquido sob alta pressão).
Pode ser também vestimenta do tipo PB (partial body, proteção parcial), onde é protegida somente uma parte do corpo.
Nesse caso não se aplica ensaios de vedação (vazamento do liquido) na própria vestimenta, testando-se somente o
material.
Tipo 5 – Vestimenta de proteção resistente a partículas sólidas químicas transportadas pelo ar.
Devem cobrir totalmente o corpo, com uma ou duas peças, com ou sem luvas e botas para proteger o usuário contra
partículas sólidas químicas, com ou sem capuz, com ou sem visores, com ou sem meias ou sobrebotas. Não podem ser
do tipo PB (proteção parcial).
Este tipo de vestimenta não é destinado a outros tipos de sólidos químicos (somente aerossóis, partículas sólidas
transportadas pelo ar). Não aborda proteção a pós e poeiras através de materiais e vestimentas por esfregamento ou
flexão ou por simples contato direto de pós poeiras na superfície da vestimenta.
Tipo 6 – Vestimentas de proteção química com proteção limitada contra líquidos químicos.
Podem cobrir totalmente o corpo com proteção limitada contra liquidos pulverizados (spray) nas conexões entre entre as
diferentes partes da vestimenta, e luvas e botas.
Pode ser também vestimenta do tipo PB (partial body, proteção parcial), onde é protegida somente uma parte do corpo.
Nesse caso não se aplica ensaios de vedação (vazamento do liquido) na própria vestimenta, testando-se somente o
material.
Vestimenta de proteção parcial (PB – Partial body) – estas vestimentas poderão se enquadrar como tipos 3,4 ou 6, e
deverão ser representadas com a abreviação “PB” antes do número que designa o tipo, que deve ficar entre parêntesis.
Ex. : Tipo PB(3), PB(4), PB(6).
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Pode-se citar como exemplo aventais, coberturas calçados e botas, capuzes, jaquetas, jalecos de laboratório, mangotes
e batas.
Para estes tipos de vestimentas não se aplicam todos os requisitos, como, por exemplo, os ensaios de vazamento
realizados em conjuntos completos que cobrem o corpo todo.
Requisitos de desempenho para cada tipo de vestimenta:
Os requisitos para cada tipo de vestimenta consideram:
a) requisitos da vestimenta inteira;
b) requisitos do material e componentes individuais;
Os requisitos na vestimenta toda variam de acordo com o risco definidas para esse tipo, e podem envolver ensaios de
vazamento de fora para dentro ou de dentro para fora do conjunto.
Nestes ensaios testa-se a vestimenta toda, sendo
que a mesma é vestida em seres humanos que usam a vestimenta a ser ensaiada e componentes da mesma tais como
botas, luvas e mascaras. Debaixo da vestimenta é utilizado um absorvente ou roupa branca. O usuário fica em cima de
uma plataforma rotatória exposta a um conjunto de bicos que injetam o liquido ou spray. O usuário realiza uma série de
movimentos enquanto enquanto fica exposto ao jato liquido ou spray. Após a exposição, são analisados a área da
vestimenta borrifada durante o ensaio e a área da roupa absorvente que fica em cima da vestimenta. Não são utilizados
produtos químicos perigosos nesse ensaio.
Também são realizados ensaios nos materiais da vestimenta, para determinar seus níveis de performance de cada um
dos requisitos testados, tais como permeação de produtos químicos específicos e de resistência mecânica das
vestimentas.
Na tabela 1 é possível ver os principais requisitos verificados em função do tipo da vestimenta. Deve-se esclarecer
contempla os principais requisitos, mas existem outros relacionados aos componentes das vestimentas tais como
dispositivos de respirabilidade, proteção facial, costuras, luvas e botas, principalmente aplicados às vestimentas do tipo 1
e 2.
Classes
Para os ensaios nos materiais, é atribuído a cada resultado obtido no ensaio um nível de performance ou classe do
material para aquele requisito ensaiado.
A Tabela 2 mostra como são classificados (de 1 a 6, sendo que alguns requisitos vão até 3) os materiais em função do
resultado obtido nos ensaios. São ensaiados requisitos de proteção química, mecânica e facilidade de ignição dos
materiais. Uma classe superior denota um alto nível de desempenho.
O ensaio de inflamabilidade especificado na norma ISO 16602 não se destina a qualificar um conjunto como adequados
para proteção contra o calor e os riscos de chama. O requisito de inflamabilidade da ISO 16602 estabelece somente um
nível mínimo de desempenho da propagação da chama assim que o material é incinerado, e destina-se a orientar o
usuário quanto à menor ou maior resistência à inflamabilidade. Caso haja situação de risco de calor e chama, a
vestimenta deverá também ser avaliada por norma especifica para estes tipos de risco, que não são contemplados na
ISO 16602.
Tabela 1 – Requisitos
Ensaio
Vestimenta
inteira
Químico
Ergonômico
Quimico
Material
Mecânico
Térmico
Requisito
Resistência ao vazamento para dentro
Penetração de líquido (Jet test)
Pen. de líquido pulverizado(Spraytest)
Penetração de partículas sólidas aéreas
Pen.liquido limitada(Spray-test modificado)
Desempenho prático (ergonômico)
Permeação química
Penetração liquido sob pressão
Penetração de partículas sólidas aéreas
Penetração de liquido
Repelência a liquido
Resistência à tração
Resistência rasgamento trapezoidal
Resistência à perfuração
Resistência ao estouro
Resistência à abrasão
Resistência à quebra por flexão
Resistência à chama
1a
x
1b
x
x
1c
x
x
Tipo da vestimenta
2
3
4
x
5
6
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
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Tabela 2 – Níveis de performance de materiais
Requisito
Parâmetro ensaiado
Nível de performance
1
Permeação química
Pen. de liquido sob pressão
Res. à penetração de líquido
Res. à repelência de líquido
Resistência à tração
Resistência ao rasgamento
Resistência à perfuração
Resistência ao estouro
Resistência à abrasão
Resistência à quebra por flexão
0
Quebra por flexão a -30 C
Resistência à chama
Tempo de permeação (min)
Pressão de penetração (kPa)
Índice de penetração (%)
Índice de repelência (%)
Força de tração (N)
Força de rasgamento (N)
Força de perfuração (N)
Pressão de estouro (kPa)
Número de ciclos para danos
Número de ciclos para danos
Número de ciclos para danos
Tempo (s)
≥ 10
≥ 3,5
<1
> 95
> 30
> 10
>5
> 40
> 10
> 1000
> 100
-
2
3
4
≥ 30
≥7
<5
≥ 60
≥ 14
< 10
-
-
-
> 90
> 60
> 20
> 10
> 80
> 100
> 2500
> 200
1
> 80
> 100
> 40
> 50
> 160
> 500
> 5000
> 500
5
> 250
> 60
> 100
> 320
> 1000
> 15000
> 1000
-
> 500
> 100
> 150
> 640
> 1500
> 40000
> 2000
-
> 1000
> 150
> 250
> 850
> 2000
>100000
> 4000
-
≥ 120
≥ 21
5
≥ 240
≥ 28
6
≥ 480
≥ 35
Os requisitos de performance são comunicados ao consumidor. Para permeação química deverá ser comunicado o
nível de performance para cada produto químico representante de um grupo de produtos, conforme especificado na
norma ISO 6529.
O fabricante poderá especificar que a vestimenta protege somente contra um ou mais produtos
químicos, devendo realizar o ensaio e passar o nível de performance para todos os produtos produtos especificados, que
são:
Metanol (classe de álcool primário)
Acetona (classe de cetonas)
Acetonitrila (classe de compostos nitrílicos)
Diclorometano (classe de pafinas clorinadas)
Dissulfeto de carbono (classe de sulfetos contendo compostos orgânicos)
Tolueno (classe de hidrocarbonetos aromáticos)
Dietilamina (classe de aminas)
Tetra-hidrofurano (classe de heterociclícos e éter composto)
Acetato de etila (classe de éster)
n-Heptano (classe de hidrocarbonetos saturados)
Hidróxido de sódio 40% (classe de bases inorgânicas)
Ácido sulfúrico 96% (classe de ácidos minerais)
Etiquetagem ou marcação na própria vestimenta
A ISO 16602 estabelece que a vestimenta deverá ter em sua etiqueta ou marcação na própria vestimenta, as seguintes
informações:
a) Nome, marca ou outro meio de identificar o fabricante;
b) o número de identificação do fabricante, ou referência, modelo ou código que identifique a vestimenta ou o conjunto;
c) o tipo de proteção química proporcionado pela vestimenta. Ex.: Tipo 1a, Tipo PB(3), etc.;
d) referência a esta norma internacional: ISO 16602;
e) o ano de fabricação, e se a expectativa de vida útil for menor que 24 meses deve constar também o mês de
fabricação. Esta informação deverã er marcada em todos os pacotes ou embalagens comerciais (unitárias ou não) e em
todas as peças do conjunto (se for um conjunto com mais de uma peça);
f) o tamanho conforme definido na ISO 13688 (deverá informar intervalo de medidas do corpo humano) para pelo menos
2 dimensões do corpo;
g) os pictogramas mostrados na abaixo informando que a vestimenta é para risco químico e que as instruções do
fabricante devem ser lidas;
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Pictogramas
h) pictogramas de conservação e cuidados conforme ISO 3758
Instruções de uso:
O fabricante deverá providenciar instruções de uso que acompanhem o conjunto de proteção ou item de vestimenta, ou
alternativamente fazer constar tais instruções em pelo menos na embalagem individual do produto.
Estas instruções deverão conter as informações dadas na etiqueta (ver item anterior) e as seguintes informações,
quando aplicáveis:
a) Informações de pré-uso
- considerações de segurança;
- limitações de uso;
- métodos para marcação da vestimenta para identificação ou visibilidade;
- tipo de proteção respiratória que devem ser utilizadas com a vestimenta, se aplicável;
- para tipos de vestimenta 1c e 2, o fabricante deverá especificar como deve ser o fornecimento de ar (pressão e
fluxo necessário para manter a proteção adequada);
- se aplicável, uma orientação para especificar equipamentos de proteção individual adicionais com os quais a
vestimenta deve ser utilizada, e como unir ou conectá-los, para atingir a classificação de desempenho
anunciada.
- lubrificantes de fechamento, se aplicável;
- agentes anti-embaçantes de viseira/peça facial ou procedimentos;
- roupas de baixo recomendadas;
- vida de prateleira esperada se envelhecimento puder acontecer;
- informação de garantia;
b) Preparação para uso:
- classificação segundo o tamanho e procedimentos de ajuste;
- testes a serem realizados pelo usuário antes do uso (se aplicável);
- práticas de armazenamento recomendadas;
c) freqüência de inspeção e detalhes;
d) procedimentos para vestir/desvestir;
e) manutenção e limpeza:
- instruções de limpeza (lavagem) e precauções com uma declaração aconselhando os usuários a não usarem
vestimentas ou conjuntos que não estão completamente limpos e secos;
- critérios de manutenção e métodos de consertos, onde aplicável;
- procedimentos de descontaminação, onde prático e se aplicável;
- todas outras informações adicionais relevantes sobre limpeza e desinfecção (p.e. agentes desinfectantes a
serem utilizados, número máximo de ciclos de lavagem, reaplicação de tratamentos);
f)
critérios de inutilização/descarte e considerações:
- condições ou fatores que reduzem significativamente as qualidades de proteção da vestimenta de proteção
química.
- se aplicável, forma de descarte (vestimentas de proteção para risco químico contaminadas podem ser
prejudiciais e devem ser descartadas como lixo perigoso de acordo com regulamentações nacionais)
O fabricante deve fornecer ilustrações, número de partes, informação técnica e outros detalhes quando necessário.
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O fabricante deve fornecer advertências, se apropriadas, para fornecer informações contra possíveis problemas com o
uso da vestimenta ou por uso abusivo em ambientes inadequados.
Informação técnica do produto (deverá ser disponibilizada de alguma forma)
Informações a serem disponibilizadas
A pedido do comprador, o fabricante deve disponibilizar todos resultados dos ensaios e classificações exigidas por esta
Norma. Esta informação pode ser combinada com as instruções para uso (seção anterior).
Informação geral do produto
Uma descrição completa do produto deve ser dada tais como materiais, partes componentes e montagens.
Informação de resistência química
Todos dados do ensaio de resistência química devem ser fornecidos em uma tabela para cada material ou costura
ensaiada. Esses dados devem incluir uma lista de substâncias e produtos químicos (especificando as substâncias
químicas e suas concentrações) com que a vestimenta de proteção tenha sido ensaiada ou uma referência onde essa
informação possa ser obtida (por exemplo, número de telefone/fax do fabricante). Convém que na informação sobre as
substâncias químicas seja incluida a identificação daqueles químicos que sabe-se serem rapidamente absorvidos através
da pele.
Dados de resistência a permeação deve incluir o tempo médio para permeação acumulativa de 150 µg/cm² e o nível de
desempenho para cada substância química ensaiada. Informação da taxa de permeação média, máxima ou condiçãosegura ou tempo de ruptura normalizado devem ser opcionais.
Dados de penetração de líquido sob pressão devem incluir a pressão de penetração média e o nível de desempenho
para cada substância química.
Dados de resistência a penetração devem incluir o índice de penetração média e o nível de desempenho para cada
substância química.
Dados de repelência devem incluir o índice de repelência média e o nível de desempenho para cada substância química.
Em princípio, o uso de vestimentas deve ser restrito aos produtos químicos listados, mas se a lista representa somente
uma seleção das informações disponíveis, então isso deve ser claramente especificado e a referência de onde
informações adicionais podem ser obtidas deve ser mencionada (p.e. separata, o número do telefone ou fax do
fabricante, página na internet).
Outras informações de ensaio
Todos os outros dados de ensaio exigidos por esta Norma devem ser fornecidos em uma tabela de desempenho,
demonstrando o(s) resultado(s) do ensaio usados para classificação e o respectivo nível de desempenho.

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