Colchagua - Sociedade da Mesa

Transcrição

Colchagua - Sociedade da Mesa
Seleção Mensal: De Gras Gran Reserva
Carmenère 2015 e Cabernet Sauvignon
+ Garnacha + Syrah 2015 Chile
c l u b e
d e
v i n h o s
sociedade
da mesa
do livre exercício dos prazeres
Junho/2016
R$ 16,00
Seleção Grandes Vinhos: Las Perdices Ala Colorada
Ancellotta 2013 e Cabernet Franc 2013
ingredientes: alho poró
Almanaque: críticos gastronômicos
159
1
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3
DIREÇÃO GERAL
Dario Taibo
[email protected]
DIREÇÃO TÉCNICA
capa final
Dario Taibo
[email protected]
DIREÇÃO DA REVISTA
Paula Taibo Morales
[email protected]
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
JUN.16
Agência Criadoria
[email protected]
REDAÇÃO
Joan Miró, Estrela da Manhã, 1940
bra-prima.
m.
[email protected]
ATENDIMENTO AO CLIENTE
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REVISÃO
Paulo Samá
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Rua Branco de Moraes, 248/11
Chácara Santo Antônio - São Paulo - SP - Brasil - CEP 04718-010
tel.: 55 11 5180 6000 • 0800 774 0303
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IMPRESSÃO
15.000 exemplares
Comércio, importação e exportação Ltda
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Responsabilidade Social: www.criancaracevix.com.br
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5
Vinhos únicos , de alto prestígio e produtores consagrados.
Apresentados por valores excepcionais.
s e l e ç ã o
o b r a s - p r i m a s
Conheça
www.sociedadedamesa.com.br/obrasprimas
6
159
sociedade
da mesa
í n d i c e
Comida é Arte
Miniaturas
Seleção Mensal
De Gras
Gran Reserva 2015, Chile
Seleção Grandes Vinhos
Las Perdices
Ala Colorada 2013, Argentina
comidinhas juninas
Agenda
Números na Mesa:
Quilômetros de Comida
Na Ponta da Língua:
Que Língua é Essa?
Ingredientes
Alho Poró
Química dos Alimentos
Coco
Na Cozinha Tem História
Chaleira
Almanaque
Críticos Gastronômicos
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Em Alta
Comfort Food
Dica de Quem Sabe
Cheiro de Tempero
Alimento Surpresa
Mão de Buda
Drinks Exóticos
Objetos de Desejo
Fashioneira e
Cooktop Gaggenau
Nem Mais Nem Menos:
Ceviche de Polvo
e Saint Peter
Receita 1, 2, 3
Bruschetta de Brie,
Mel e Amêndoas
Um Prato no Tempo:
Cleópatra
Programa
Saca-Rolha
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Saca Só
Ragu de Linguiça
Coisa Nossa
Tacacá
Gostinho de
Curiosidade
Bolos Agridoces
Nosso Estoque
Toque Tech
Menu for Tourist
Além da Garrafa
Meu Momento
Próxima
Seleção Mensal
Las Perdices Signature
Cabernet Sauvignon e Petit
Verdot 2015, Argentina
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7
s e l e ç ã o
T e x t o :
m e n s a l
A l b e r t o
P e d r a j o
De Gras
Gran
Reserva
Carmenère 2015
D.O. Valle de Colchagua | Chile
De Gras
Gran
Reserva
Cabernet Sauvignon
+ Garnacha + Syrah 2015
D.O. Valle de Colchagua | Chile
O vinho no Chile
Superfície de vinhedo: 208.000 hectares
Ranking mundial de superfície de vinhedo: 9º
Volume de vinho produzido: 12.800.000 hl
Ranking mundial por produção de vinho: 6º
Dados OIV 2015
8
Colchagua, o vale vitivinícola mais reconhecido do Chile
O Valle de Colchagua, no centro do Chile, é uma
se expandido em direção à costa, ampliando o
das regiões vinícolas mais promissoras da América
repertório de vinhos para incluir as variedades de
do Sul. Trata-se de uma região de primeira linha.
clima fresco.
Ao pé de suas infinitas colinas estão
plantados vinhedos, a partir dos
quais bodegas modernas elaboram
alguns dos melhores vinhos
tintos do Chile, em sua maioria
com as uvas Cabernet Sauvignon,
Carmenère e Syrah, como os que
estamos apresentando neste mês.
Este vale é, sem dúvida, uma das
regiões vitivinícolas mais conhecidas
do Chile. Situado a 130 quilômetros
ao sudoeste de Santiago, tem seus
vinhedos protegidos naturalmente
pela Cordilheira dos Andes ao
Leste e a Cordilheira da
Costa ao Oeste, onde
fluem os rios Cachapoal
e Tinguiririca
(Colchagua).
A maioria dos
vinhedos estão
plantados no
centro do vale,
mesmo que também
haja plantações
nas encostas e,
recentemente, tenham
Colchagua, na língua indígena mapuche,
significa vale de pequenas lagoas.
A riqueza agrícola deste vale é conhecida
desde a época pré-colombiana. O clima
mediterrâneo, a terra fértil e suas reservas
de água permitiram à indústria vitivinícola
um impressionante desenvolvimento, com
uma produção de vinhos que alcançou os
melhores standards mundiais.
Predomina o clima temperado mediterrâneo,
com as quatro estações marcadas.
As temperaturas médias no verão ficam
entre a máxima de 28ºC e a mínima
de 12,5ºC. No inverno, variam entre
12 e os 4ºC. Este tipo de clima,
que se caracteriza por verões
cálidos e secos, e invernos frios
e chuvosos, gera a oscilação
térmica necessária para o
crescimento dos vinhedos.
Isso, junto às características
geográficas, cria microclimas
únicos e ideais para a produção
de diferentes variedades, o que
hoje em dia se vê refletido na
alta qualidade de seus vinhos,
agraciados com importantes
prêmios internacionais e
reconhecidos por publicações
de prestígio especializadas na
indústria dos vinhos.
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Colchagua
Os primeros vinhedos MontGras foram plantados
em 1993 em San José. Começando com 50 hectares
MontGras
Em 1993, os irmãos Hernán e Eduardo Gras, junto
com o sócio Cristián Hartwig, uniram-se para dar
vida à MontGras. A inspiração de Hernán, com uma
longa trajetória vitivinícola no Canadá, junto com a
e hoje, depois da aquisição de terras adicionais
com características especiais, soma-se um total de
mais de 900 hectares, plantados principalmente
com Cabernet Sauvignon, Carmenère, Merlot,
Syrah, Malbec, Zinfandel, Chardonnay, Viognier e
Sauvignon Blanc.
visão empresarial de Eduardo e Cristián, criaram a
No ano de 2007, iniciaram uma plantação em
combinação perfeita, que faz da MontGras um dos
Pumanque, situada a somente 65 quilômetros
grupos mais importantes do Chile, com presença em
do mar, recebendo toda a sua influência fria
algumas das regiões vitivinícolas mais importantes do
diretamente. Seu solo pobre e pouco profundo
país, marcada por uma incessante busca para elaborar
de granito permite ter plantas equilibradas e
vinhos da mais alta qualidade. Para isso localizaram
de baixo vigor. Nesta zona, o Merlot e as cepas
seus vinhedos nos principais vales vitivinícolas do
mediterrâneas como a Garnacha e a Tempranillo
Chile, como o Colchagua, Maipo e Leyda.
desenvolvem-se particularmente bem.
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Maipo
Os vinhedos de Maipo, Vale da Cuenca de
Santiago, são famosos por seus vinhos tintos bem
equilibrados, e se estendem para o Leste em direção
à Cordilheira dos Andes, e para o Oeste em direção
à costa, formando três setores bem diferenciados.
As principais cepas plantadas são Cabernet
Sauvignon, com mais de 70% dos hectares, Merlot,
Carmenère, Syrah, Cabernet Franc e Malbec.
São vinhos com alma. Assim é a MontGras e
assim forjou-se desde o princípio, com o objetivo
de elaborar vinhos para o mundo, a partir dos
Leyda
melhores “terroirs” do Chile. E assim são os dois
Em Leyda, a região vitivinícola mais nova e
Um varietal da uva chilena por excelência, a
com um clima radicalmente frio, começa-se a
Carmenère, e outro multivarietal, de Cabernet
elaborar grandes vinhos brancos e tintos de clima
Sauvignon, Garnacha e Syrah, pouco habitual e
frio do país. Nesta região, os vinhedos parecem
surpreendente pela sua deliciosa fruta. Vinhos
estar imunes ao clima frio do Oceano Pacífico,
tintos saborosos, suaves e sedutores, criados
aproximando-se cada vez mais em direção à costa,
durante 6 meses em barris de carvalho francês e
com os brancos finos de acidez pungente e grande
americano, para dar a eles mais complexidade e
frescor mineral, e com os tintos, que ressaltam
estrutura, e definir mais ainda o estilo particular da
especiarias que chamam cada vez mais a atenção.
bodega MontGras.
vinhos que apresentamos nesta Seleção Mensal.
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Desfrutem destes dois excepcionais de Gras – Gran Reserva com uma inigualável
relação de qualidade preço, onde a madeira aportada pela sua crianza equilibra
perfeitamente com a fruta que é a verdadeira protagonista de ambos os vinhos.
f i c h a
t é c n i c a
De Gras - Gran Reserva
Carmenère 2015
Este Gran Reserva Carmenére 2015 é um excelente
exemplo do quão podem ser saborosos, suaves e
sedutores os vinhos elaborados com esta varietal
clássica do Chile.
País: Chile
Região: Valle de Colchagua
Indicação Geográfica: D.O. Valle de Colchagua
Uvas: 100% Carmenère
Crianza: 70% do vinho com 6 meses de crianza em
barris de carvalho francês e americano
Álcool: 13,5% vol.
Produtor: MontGras
Bem armado, com final de boca longo.
Harmonização: um prato de coelho cozido ou um
escabeche de ave serão excelentes combinações.
O coelho, sem ser gorduroso, porém com uma
O vinho: as uvas são vindimadas ao longo do
contundência de cozido, equilibrará com o toque
mês de abril, respeitando o ponto de maturidade
de crianza e de fruta madura. Por outro lado, a
desejada de cada varietal. Toda a vindima realizou-
combinação com um leve escabeche de ave nos
se de maneira manual em áreas especialmente
permitirá alongar na boca este vinho tão saboroso.
selecionadas dentro dos diferentes vinhedos da
bodega em Colchagua. Maceração pré-fermentativa
a frio durante 24 horas. A duração total da
fermentação alcoólica e posterior maceração é de
17 dias, com temperatura controlada entre 28 e
30ºC, com três remontados diários. Crianza de 70%
do vinho durante 6 meses em barris de carvalho
francês e americano. Terminada a crianza, o vinho
Serviço: a temperatura de consumo deve estar entre
os 15 e 17ºC. Não é necessária a decantação nem
abrir a garrafa antes do consumo, pelo menos não
nos próximos meses. Se optarmos pela guarda, será
recomendável abrir a garrafa com 30 minutos de
antecedência do momento de consumo, ou oxigená-lo
em um decanter.
é ensamblado com 30% de vinho jovem, procurando
Guarda: para ser consumido agora, mesmo que
a harmonia entre a fruta e a crianza suave.
ainda se espere um desenvolvimento positivo na
Cata: de cor vermelho-cereja, limpo e brilhante.
Apresenta um nariz doce com claras lembranças de
ameixa madura, moka e chocolate. Boca saborosa
com um amplo e redondo centro, onde aparecem
as notas de crianza e novamente a ameixa madura.
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garrafa pelos próximos meses. Por essa razão é
interessante ter um pouco de paciência para logo
poder desfrutar plenamente dos matizes deste
vinho. Estima-se um consumo ótimo dentro dos
próximos quatro anos.
selecionado
p o r
De Gras - Gran Reserva
Cabernet Sauvignon +
Garnacha + Syrah 2015
D a r i o
T a i b o
País: Chile
Região: Valle Colchagua
Indicação Geográfica: D.O. Valle de Colchagua
Uvas: 70% Cabernet Sauvignon, 15% Garnacha e
15% Syrah
Crianza: 70% do vinho com 6 meses de crianza em
barris de carvalho francês e americano.
Álcool: 13 % vol.
Produtor: MontGras
Este interessante “emsamblage” de Cabernet
com taninos maduros que aportam longitude na
Sauvignon, Garnacha e Syrah, potente e ao
passagem pela boca.
mesmo tempo elegante, é um delicioso exemplo da
polivalência vitivinícola do vale de Colchagua, onde
a diversidade de variedades encontrou o seu lugar.
Harmonização: um prato de porco com molho
suave, acompanhado com cogumelos salteados e
magret de pato, ou um rosbife acompanhado de
O vinho: as uvas são vindimadas manualmente
uma deliciosa salada, serão perfeitos para desfrutar
no início de maio, em áreas selecionadas dentro
deste vinho.
dos diferentes vinhedos que a bodega possui em
Colchagua. Maceração pré-fermentativa a frio
durante 24 horas. A fermentação alcoólica é
realizada com temperatura controlada entre 28 e
30 ºC, com 3 remontados diários. Breve crianza de
70% do vinho por 6 meses em barris de carvalho
francês e americano. Terminada a crianza,
ensambla-se com 30% de vinho jovem, buscando a
harmonia entre fruta e a suave crianza.
Cata: de intensa capa vermelho-cereja, limpo e
brilhante. Nariz rico em aromas elegantes e de
especiarias, com ligeiros balsâmicos que vão se
abrindo em notas de fruta vermelha madura. Sua
entrada na boca é redonda, aparecendo notas de
café, balsâmicos e mentolados. Bem estruturado,
Serviço: a temperatura de consumo deve estar entre
15 e 17 ºC. Não é necessária a decantação ou abrir
a garrafa antes do consumo – ao menos durante
os próximos meses. Mas se optamos por guardar
o vinho, é recomendável abrir a garrafa com 30
minutos de antecedência ao momento de consumo,
ou oxigenar ligeiramente em decanter antes
do consumo.
Guarda: para consumir já. Espera-se um
desenvolvimento positivo na garrafa nos próximos
meses, razão pela qual recomendamos um pouco
de paciência para desfrutar plenamente de seus
matizes. Estima-se um consumo ótimo dentro dos
próximos 4 anos (2016 – 2020).
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S e l e ç ã o
T e x t o :
g r a n d e s
A l b e r t o
v i n h o s
P e d r a j o
Las Perdices
Ala Colorada
Ancellotta
2013
Lujan de Cuyo | Argentina
Las Perdices
Ala Colorada
Cabernet
Franc
2013
Lujan de Cuyo | Argentina
O Vinho na Argentina
Superfície de vinhedo: 224.000 hectares
Ranking mundial superfície de vinhedo: 8º
Volume de vinho produzido: 15.000.000 hl
Ranking mundial por produção de vinho: 5º
Dados OIV 2015
14
Mendoza além da Malbec
Mendoza parece viver uma nova juventude, onde
os novos varietais e os vinhos de coupage começam
a se destacar sobre o tradicional monovarietal
Malbec - dono e senhor dos vinhos de Mendoza
até então. Muitos produtores e organizações da
UVAS TINTAS
HECTARES
Malbec 34,27%
38.485,56
Bonarda 17,11%
19.214,31
Cabernet Sauvignon 14,12%
15.858,83
uma ação louvável e compreensível a de defender
Syrah 11,60%
13.028,78
o Malbec como o varietal argentino, mas não
Merlot 5,35%
6.011,52
Tempranillo 5,66%
6.357,34
país andino, mas sim a velha Europa. Certamente
Pinot Noir 1,76%
1.975,41
que sua adaptação ao clima do país faz com que
Tannat 0,73%
814,49
Cabernet Franc 0,67%
749,51
Petit Verdot 0,52%
588,05
Outras 8,19%
9.201,59
região continuam potencializando o Malbec como
o vinho distinto e emblemático da Argentina,
procurando a melhora contínua nos vinhos
monovarietais e avançando no desenvolvimento
da expressão “terroir” com o Malbec. Sem dúvida é
podemos esquecer que, como todos os varietais
do novo mundo, sua origem, infelizmente, não é o
apresente características muito concretas e que o
Malbec argentino tenha tipicidade e singularidade
frente aos outros países produtores, mas o mesmo
ocorre e poderia continuar acontecendo com
outros varietais. Segundo o Instituto Nacional de
Vitivinicultura da Argentina, no ano de 2014 o
Malbec representava 34,27% da uva tinta plantada
no país.
Então, por que não continuar explorando outras
possibilidades? Sem dúvida essa frase é ouvida há
anos em Mendoza. Existe vida depois da Malbec
e, com os vinhos que estamos apresentando neste
mês, queremos precisamente reivindicar o potencial
que outras uvas, não tão cultivadas na Argentina,
podem ter. E têm.
A riqueza varietal da Argentina é grande,
graças a seus imigrantes franceses, espanhóis e
principalmente italianos, que colocaram o seu
grãozinho de areia ao trazer lembranças de sua
terra de origem em forma de videiras. Hoje em
dia, o motor que move as novas plantações, a
experimentação e a busca de novas fronteiras
enológicas, não tem esse ponto de nostalgia que
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outrora teve: agora se baseia no conhecimento do
comportamento das variedades de uva em climas
e condições similares, que nos permite avançar, em
certa medida, por experiências próximas, sejam
quais forem os resultados do cultivo. É nisso que a
indústria vitivinícola argentina trabalha há anos,
na busca por novos vinhos, que hoje podem ser
considerados modernos, mas que não demoraram
para ser considerados clássicos do país. Porque
a Argentina é, sem dúvida nenhuma, mais que
o Malbec.
Itália geralmente é para o coupage com outras
Dessa maneira, e como é habitual no nosso clube
uvas, sendo pouco habitual elaborá-la como
- já fizemos isso em outras ocasiões, apresentando
monovarietal. É conhecida por vários nomes como:
vinhos argentinos e de outras regiões que fogem do
Ancellota, Ancelotta di Massenzatico, Balsamina
convencional, porém, sem descuidar da qualidade
Nera, Lancellotta, Uino ou uvino.
- nesta ocasião temos o prazer de lhes apresentar
dois monovarietais soberbos, dois Monovarietais
com letra maiúscula, elaborados a partir das uvas
Ancellota e Cabernet Franc.
As uvas Ancellotta e Cabernet
Franc
ANCELLOTA
CABERNET FRANC
Variedade de origem francesa, da região de
Bordeaux, onde é muito popular, assim como na
região do Loire. Durante os séculos XVIII e XIX
esta variedade teve seu máximo esplendor e seu
cultivo popularizou-se na França. Junto com outras
variedades, como por exemplo a uva Cabernet
Sauvignon, a Cabernet Franc converteu-se em
Esta variedade, originária da região de Emilia-
matéria-prima apreciada para elaborar vinhos de
Romagna, ao norte da Itália, é cultivada em
alta qualidade.
menor medida em outras regiões daquele país,
como Piemonte, Véneto, Friuli-Venecia Julia
e na Toscana.
Do seu cruzamento com a Sauvignon Blanc surge
a Cabernet Sauvignon. Por essa razão geralmente
a Cabernet Franc tem muitas semelhanças com a
Não teve grande difusão internacional, porém
Cabernet Sauvignon. As uvas são muito pequenas,
recentemente despertou o interesse de alguns
têm cor azul escuro e pele muito fina, o que aporta
produtores, principalmente argentinos. De
ao vinho uma coloração intensa. Seus aromas
grande intensidade colorante, potentes aromas
marcados de frutas vermelhas aparecem quando
de fruta vermelha madura, sua utilização na
a uva está madura, contrastando com notas de
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ervas e vegetais quando não está. No seu momento
vendendo a uva diretamente para outras bodegas,
máximo de maturidade pode confundir-se com o
durante os primeiros 20 anos. No ano de 1977,
Cabernet Sauvignon.
construíram a primeira bodega, que comercializou
Os vinhos da variedade Cabernet Franc costumam
ser utilizados em misturas com variedades como a
Cabernet Sauvignon e a Merlot, colaborando nos
coupages com a aptidão para o barril e posterior
crianza na garrafa.
seus vinhos a granel também para outras bodegas,
até que finalmente, no ano de 2004, Don Juan
Muñoz López, sua esposa Rosario e seus filhos
Nicolas, Estela e Carlos começaram a construção de
sua bodega Viña Las Perdices, na finca de Agrelo,
comercializando seu primeiro vinho em meados de
Conhecida principalmente como Cabernet Franc,
2006. Dez anos depois, esta jovem marca continua
existe um grande número de sinônimos, graças
crescendo, destacando-se por ser uma bodega
à sua antiguidade: Bouchet, Veronais, Veron,
diferente e criativa, que não deixa de surpreender,
Plant Breton, Kaberne Frank, Capbreton Rouge,
ano após ano, com seus vinhos.
Cabernet Bresciano, Breton, Cabernet Franco,
Kaberne Fran, Gros Vidur, Gros, Cabernet,
Carmenet, Carbonet, Franc.
Seu enólogo inquieto e rebelde, Juan Carlos
Muñoz, tem a capacidade de surpreender com
apostas originais e até arriscadas. Esta bodega,
Viña Las Perdices
que se manteve em constante desenvolvimento de
Viña Las Perdices é um projeto familiar, que se
como a que estamos apresentando este mês, leva
destaca por estar sempre na vanguarda dos vinhos
a inovação no seu DNA. E como nos identificamos
argentinos com propostas sugestivas, atrevidas
com esse estilo, essa maneira de elaborar vinhos
e elegantes, como as que vocês poderão degustar
onde a imaginação, o sonho e a capacidade de
nesta seleção. Esta família de imigrantes procedente
surpreender estão sempre presentes -, escolhemos,
da Espanha chegou a Mendoza em 1952, e anos
para esta Seleção Grandes Vinhos, dois vinhos
depois começou sua plantação de vinhedos,
únicos, originais e, é claro, deliciosos.
variedades originais e minoritárias na Argentina,
17
Descubram os vinhos que Juan Carlos Muñoz elabora
e comecem a se apaixonar por eles. Será inevitável.
f i c h a
t é c n i c a
Las Perdices
Ala Colorada
Ancellotta 2013
País: Argentina
Região: Mendoza
Indicação Geográfica: Lujan de Cuyo
Uvas: 100% Ancellotta
Crianza: 15 meses de crianza em barris novos
de carvalho, 50% francês e 50% americano
Álcool: 14,5 % vol.
Produtor: Viña Las Perdices
Las Perdices – Ala Colorada Ancellotta 2013, esta
de cortiça e fruta seca. Na boca, destacam-se os
uva originária do norte da Itália, era uma grande
taninos notáveis e uma perfeita integração entre a
desconhecida da enologia argentina, ainda que,
fruta e a madeira, que definem uma boca elegante e
nos últimos anos, venha sendo apresentada como
de passagem envolvente.
novidade. São poucas as bodegas que elaboram
com essa cepa, e menos ainda as que a apresentam
como monovarietal. Uma boa oportunidade para
descobrir um vinho que poucas vezes terão a
oportunidade de degustar como monovarietal.
O vinho: vindima no final de março em caixas.
Maceração pré-fermentativa a frio durante 10 dias,
entre 6 e 8ºC. Leveduras selecionadas. Fermentação
alcoólica durante 10 a 12 dias, com temperatura
controlada entre 24 e 26ºC, protegendo o caráter
varietal da uva com suaves remontados diários, com
delestage no início da fermentação. Maceração pósfermentativa durante 7 dias. A crianza prolonga-se
Harmonização: trata-se de um vinho para carnes,
para o qual necessitamos de um prato contundente
como acompanhamento, como um assado de carnes
vermelhas na brasa. Um queijo curado de pasta
dura pode ser ideal para finalizar o vinho, antes
da sobremesa.
Serviço: sua temperatura de consumo deve estar
em torno dos 16 a 18ºC. Não é necessária sua
decantação nem abertura prévia ao momento de
consumo, ao menos durante os próximos meses.
Mas se a guarda for a opção, então será necessária a
decantação a partir do próximo ano.
durante 15 meses em barris novos, 50% franceses e
Guarda: para consumir já, mesmo que se espere
50% americanos.
um desenvolvimento positivo na garrafa pelos
Cata: cor profunda - vermelho-cereja. No nariz,
apresenta uma destacada carga de fruta com uma
marcante e integrada madeira. Necessita que se
abra, para respirar e podermos apreciar as notas
18
próximos meses. Por isso, recomendamos um pouco
de paciência para desfrutar plenamente dos seus
matizes. Estima-se um consumo ótimo dentro dos
próximos sete anos (2016 – 2023).
selecionado
p o r
Las Perdices
Ala Colorada
Cabernet Franc 2013
D a r i o
T a i b o
País: Argentina
Região: Mendoza
Indicação Geográfica: Lujan de Cuyo
Uvas: 100% Cabernet Franc
Crianza: 12 meses de crianza em barris
novos de carvalho francês
Álcool: 14,5 % vol.
Produtor: Viña Las Perdices
Las Perdices - Ala Colorada Cabernet Franc 2013
destaca a cor impressionante de cereja, opaca e com
é o tipo de vinho que, quando tomamos, temos a
lágrima densa. No nariz inicialmente apresenta-
necessidade de ler novamente o rótulo para saber
se tímido, mas logo o vinho vai se abrindo na taça
realmente o que estamos bebendo. Acontece que
e aparecem as notas de ervas, frutas vermelhas,
esta varietal de origem francesa e minoritária em
cacau e especiarias. Boca agradável, densa mas
Mendoza é capaz de surpreender quando alcança
ao mesmo tempo fluida, onde se mantém um leve
a maturidade plena nessas latitudes – graças a
domínio de sua madeira fina sobre a fruta, junto
seu nariz perfumado e, principalmente à sua fina
com um tanino redondo e maduro. Final longo, com
estrutura. Habitual em muitos dos grandes vinhos
bom retrogosto, onde aparecem as notas de fruta
de Bordeaux, sua presença nos vinhos de Mendoza
antes notadas no nariz.
começa a ser cada vez mais comum, graças às
suas qualidades para a integração em vinhos
multivarietais e, principalmente, sua excelente
integração nos coupages com Malbec.
O vinho: vindima em caixas com a seleção dos
melhores cachos. Maceração pré-fermentativa
a frio durante 7 dias entre 6 e 8ºC. Leveduras
selecionadas. Fermentação alcoólica durante 12
dias, com temperatura controlada entre 24 e 26 ºC,
protegendo o caráter varietal da uva com suaves
remontados diários, com delestage no início da
Harmonização: champignons salteados junto a
uma carne na brasa ou um prato de legumes como
acompanhamento para a carne serão perfeitos para
desfrutar deste vinho.
Serviço: a temperatura ideal para o consumo deste
vinho fica entre 16 e 18ºC. É recomendável oxigenálo ao menos uns minutos antes do consumo, para
desfrutar de sua fruta. Se optarmos pela guarda,
cada vez mais será necessária a decantação ao
menos meia hora antes do consumo.
fermentação. Maceração pós-fermentativa durante
Guarda: para consumir já, porém este vinho tem aptidão
12 meses em barris novos de carvalho francês.
para envelhecer, por isso recomendamos que guardem
A Cata: ao servir-se o vinho, imediatamente se
ao menos uma garrafa. Estima-se um consumo ótimo
dentro dos próximos sete anos (2016 – 2023).
19
comidinhas
juninas
no Brasil
20
C o m i d i n h a s
T e x t o :
J u n i n a s
P r i s c i l a
U r b a n o
A festa junina é a segunda maior comemoração
triângulo. A mandioca, o milho e seus derivados são
no Brasil, ficando atrás apenas do Carnaval.
os dois ingredientes mais presentes na festa junina
É considerada uma mescla multicultural entre
dos aracajuanos.
tradições europeias e indígenas. Durante a
Idade Média, na Europa, a festa junina surge no
calendário cristão para celebrar os três santos
padroeiros: Santo Antonio, São João Batista e São
Pedro, que inspiram muitas rezas e simpatias,
principalmente Santo Antonio, conhecido
• Bahia – A festa junina tem duração de cinco
dias, similar às demais festas do Nordeste, com
barraquinhas de comidinhas rurais, artefatos
artesanais, muito forró e danças tradicionais.
Vale a pena conferir!
popularmente como o “Santo Casamenteiro”.
• Campina Grande (PA) – Conhecida como “O Maior
Há quem acredite que as festas juninas surgiram
São João do Mundo”, Campina Grande atrai turistas
para celebrar e agradecer a colheita. Por esse
de todo o Brasil e são 30 dias de muita festa.
motivo, muitas das comidas típicas no Brasil são
O evento conta com caminhadas, corrida de jegue,
à base de grãos e raízes sazonais cultivadas pelos
corrida dos namorados, corrida de carroças, passeio
índios, como o milho, amendoim, batata doce e
ciclístico, pau-de-sebo, cavalgada e casamento
mandioca. Nesse sentido, encontramos pratos como
coletivo. Acompanham comidinhas típicas como
curau, pamonha, bolo de mandioca ou de milho,
baião de dois, bode guisado, macaxeira e galinha
paçoca, pipoca, cuscuz, canjica e outros derivados.
caipira, que é de dar água na boca!
No Brasil, a região Nordeste destaca-se nas
• São Luiz (MA) – É o tradicional Bumba Meu Boi,
comemorações típicas das festas juninas, com festas
em um festival marcado por danças e ritmos.
que tradicionalmente se estendem por muitos
Não dá para deixar de provar os tradicionais peixes
dias, atraindo muitos turistas. Veja algumas das
fritos, a patinha de caranguejo, o arroz de cuxá e a
principais festas juninas do nordeste brasileiro:
torta de camarão.
• Caruaru (PE) – É a maior festa junina do Nordeste,
• Caboclada (AM) – São festas de arraial que
com atrações como literatura de cordel, quadrilhas,
começam no décimo dia depois das novenas e nas
desfiles e muita música. Um prato que gera bastante
quais estão presentes as fogueiras, o foguetório, o
confusão é o pé de moleque. Diferente daquele
mastro, os banhos, muita comida como bolo podre
conhecido no Sudeste (por paulistas e cariocas), no
(farinha de mandioca), mingau de mungunzá (milho
Nordeste é uma espécie de bolo que reúne massa
branco ou canjica), mingau de banana e tacacá
de mandioca, açúcar mascavo, café, leite de coco,
(caldo nutritivo geralmente servido com camarão
manteiga, cravo, erva-doce e castanha de caju
seco e folhas de jambu – erva amazônica que causa
(ralada e inteira, para decorar). Imperdível!
formigamento nos lábios).
• Aracaju (SE) – O forró é predominante, deixando
Agora você já pode escolher seu próximo destino,
ao vento o som da sanfona, da zabumba e do
para provar uma dessas delícias.
21
Por aí
Agenda
Canteiro
A g e n d a
T e x t o :
Saca só - Saca Rolha
A m a n d a
agenda
Dica
Saca só - Saca Rolha
I v a n o v
14 a 16 | julho
California Wine Festival
Evento de vinhos mais aguardado
da Califórnia acontece à beira mar
Realizado em Santa Barbara, o California Wine
Química
Instagram
Entrevista
Ingredientes
14 a 17 | julho
Victoria’s Festival
of Food and Wine
Gastronomia e vinho são destaques
do festival que acontece no Canadá
Festival acontece de 14 a 16 de julho e é considerado
Em Victoria, capital da Colúmbia Britânica localizada
um dos maiores festivais ao ar livre da Califórnia,
no sul de Vancouver, acontece o Victoria’s Festival
regado a muito vinho, comida, música e diversão à
of Food and Wine, que de 14 a 17 de julho mostra aos
beira mar.
participantes as novidades relacionadas ao universo dos
O evento atrai visitantes de diversas regiões
vinhos e da gastronomia em pleno verão canadense.
do mundo, que passam alguns dias na praia
O festival foca em produções artesanais, locais, sazonais
degustando vinhos ilustres produzidos na
e sustentáveis, destacando os produtos regionais, com a
Califórnia, o que torna o festival um dos mais
participação de vinícolas, chefs e restaurantes, apoiando
procurados do ano.
o crescimento do comércio local.
Mais de 40 vinícolas participam do evento.
Cerca de 30 vinícolas participam do evento e
Destacam-se a Martin Ray, Kendall-Jackson e a
prometem apresentar vinhos impressionantes para
Ahnfeldt Wines, entre outras. A gastronomia ficará
o público conhecer mais sobre as particularidades
por conta de renomados restaurantes locais, que
do terroir da região. E no primeiro dia de atividades,
apresentarão comidas típicas da região e outras
acontece a Trade Tasting, degustação de vinhos das
iguarias, como quitutes italianos e argentinos.
marcas participantes, sendo uma das atrações mais
Serviço:
California Wine Festival
Período: de 14 a 16 de julho
Mais informações: www.californiawinefestival.com
aguardadas do festival.
O destaque fica também para as criações dos
chefs, que vão preparar pratos com ingredientes
cultivados em pequenas produções, ressaltando
o sabor dos alimentos e possibilitando mais
conhecimento gastronômico ao público.
Serviço:
Victoria’s Festival of Food and Wine
Período: de 14 a 17 de julho
Local: Hotel Grand Pacific
Endereço: 463 Belleville Street - Victoria
Mais informações: www.victoriataste.com
22
N ú m e r o s
T e x t o :
n a
F á b i o
m e s a
A n g e l i n i
23 a 24 | julho
Salon des Vins d’Aniane –
Languedoc
Quilômetros
de comida
Salão de Vinhos reúne rótulos
produzidos na histórica região de Aniane,
na França
Sabe aquelas mesas de família
Nos dias 23 e 24 de julho acontece o Salon des
Vins d’Aniane, na cidade localizada em Languedoc,
conhecida mundialmente pela produção de vinhos
na França.
No evento, os participantes podem conhecer um
pouco mais dos terroirs da região, com as produções
de vinhos expostas pelas vinícolas participantes,
além de provar especialidades da gastronomia local.
Exposições de arte, degustações, palestras e
workshops também fazem parte do evento.
A programação inclui ainda visitas aos vinhedos
de Aniane, introdução à degustação de vinhos e um
jantar ao som de jazz, que promete animar o público
com muita música.
italiana, que a gente mal enxerga
a outra ponta, onde cabem até 4
gerações? Não passam de mesinhas de
canto, comparadas à mesa de jantar
encomendada pela Rainha Vitória, hoje
no Palácio de Buckingham: 55 metros de
comprimento, 9 de largura, capacidade
para 160 pessoas.
Um rival de peso está em outro palácio,
no hotel indiano Taj Falaknuma Palace,
que acomoda 101 convivas. Agora,
em matéria de instalações, ninguém
ainda superou a inauguração da Ponte
Vasco da Gama, em Lisboa, no dia 22 de
março de 1998: sobre ela, prepararam
uma mesa de 5.050 metros de extensão
para 15.000 pessoas. Diferente do
evento de integração multinacional
e cultural realizado na Alemanha:
Serviço:
fecharam 60 km de estrada, reunindo
Salon des Vins d’Aniane – Languedoc
cerca de 20.000 mesas e 2.000.000 de
Período: de 23 a 24 de julho
participantes, entre ciclistas, cidadãos,
Mais informações: www.salondesvinsdaniane.com
curiosos e mortos de fome. Também
em prol da interação, um shopping de
Curitiba postou nas redes sociais que iria
criar a maior mesa de alimentação do
mundo, no ano passado. Deu o que falar:
era pegadinha de 1º de abril.
23
Que língua
é essa?
RECENTEMENTE, LÍNGUAS DE FOGO
PUSERAM ABAIXO O MUSEU DA LÍNGUA
PORTUGUESA, EM SÃO PAULO. PARA O
CONSOLO DE TODOS, A NOSSA LÍNGUA
PERMANECE FIRME E FORTE. OU MELHOR,
AS NOSSAS LÍNGUAS.
24
samirP sarbO oãçeleS
sohniV sednarG oãçeleS
osomaF od otarP
airótsiH meT ahnizoC aN
lasneM oãçeleS
atieceR
ojeseD ed sotejbO
N a
p o n t a
T e x t o :
d a
F á b i o
an arvalaP A
L gní íLnadgatnuoPa
au
A n g e l i n i
Graças a esse potente músculo e órgão sensorial
da boca, os vertebrados podem degustar, deglutir e
mastigar. Na sua ausência, o paladar humano seria
reduzido praticamente a zero, e a sola do sapato
acteria
imíuQ o mesmo gosto deacum
iD vitel tonné. As papilas
orietnaC
presentes na língua estão conectadas a terminações
nervosas que captam os estímulos de sabor.
e gema. Assim batizado pelo mesmo motivo que o
ía roP
sknirD
brinquedo de papel que se assopra: é comprido como
“língua de sogra”.
A informação chega ao cérebro, que a decodifica em
Por falar em massa, vamos falar do linguine. O que
cinco sensações gustatórias: doce, azedo, amargo,
significa? Pequenas línguas. É um tipo de macarrão
salgado e umami. Dessas sensações combinadas,
oriundo de Gênova, apresentado em tiras finas e
nascem infinitos sabores.
amassadas, de extensão semelhante ao espaguete.
atsivertnE
ahloR acaS - ós acaS
ahloR acaS - ós acaS
A língua também entra na articulação dos
sons. Sem ela, não haveria mandarim, tupi-
adnegA
saicítoN
Bastante tradicional por lá, é a receita de linguine
alle vongole.
guarani, hindi e nenhum dos outros 7000
Dos mares, pescam um ser da família dos
idiomas conhecidos. Não haveria a fala e nem a
pleuronectídeos, popularmente cozido, frito,
comunicação via voz, tal como as conhecemos.
servido e denominado linguado. Possivelmente,
Não se falaria sequer a língua do pê. A escrita,
por causa do seu corpo delgado. O apelido bem que
existindo, teria outra base. E, muito provavelmente,
poderia ser mais criativo, pois trata-se de um peixe
a língua dos sinais seria mais desenvolvida e
fora da curva: corpo assimétrico, nadadeira dorsal
comandaria a maioria das conversas.
única e ambos os olhos de um lado só da cabeça.
“Língua” vem do latim lingua. E dela vêm outras
tantas expressões e palavras – muitas delas
habitando o mundo das comidas. Há várias receitas
Não que isso importe no prato. Carne branca, macia
e nobre. À la meunière. Ou com banana e compota
de tomate.
nacionais e internacionais de língua de boi ou
O lingueirão fala a mesma língua dos peixes
de vitela, em geral utilizando algum vinho como
exóticos. Peixe navalha entre nós, razorfish em
ingrediente. A língua suína, por sua vez, é mais
inglês, navalheira em Portugal. É um molusco
apreciada nos caldeirões fumegantes de feijoada
bivalve com mais ou menos 10cm, que mora em
brasileira. Não são unanimidade, mas é bom morder
uma concha castanha, alongada e estreita. Lembra
a língua antes de criticar ou provar um desses
uma navalha fechada. Arroz e sopa de lingueirão
pratos, bem feitinho.
são típicos da culinária portuguesa.
Opostamente, há iguarias que até deixam a língua
E linguiça, seu prefixo também viria de língua?
formigando, quase não têm rejeição. Como a língua
Quem tem a língua solta pode dizer de pronto que
de gato, chocolatinho achatado e espichado que
sim, mas vai queimá-la: mais provável que tenha
aumenta a produção de saliva das crianças e de
nascido do latim lucanica (do original longus), cuja
muitos crescidinhos. Ou a língua de sogra (mesmo
tradução é salsichão; ou mesmo de “luganega”,
aquela exibida em vitrine de padaria), um rolinho
em referência ao antigo povo da Lucânia, atual
de massa coberto com açúcar, coco ralado fresco
Basilicata italiana. No mapa, o tornozelo da bota.
25
I n g r e d i e n t e s
T e x t o :
F á b i o
A n g e l i n i
alho
poró
26
For I am Welsh,
you know,
my good
countryman”.
al dente, diga-se de passagem, para não perder a
textura e o sabor delicados.
“Porque sou galês, bem sabes, meu caro
Uma das virtudes dele é não mascarar o sabor de
compatriota”. Esta frase é da peça Henrique V, de
outros alimentos, e sim apurá-lo. Os talos brancos
Shakespeare, dita pelo rei ao capitão Fluellen, logo
e compridos, levemente adocicados, é que são
após os ingleses vencerem os franceses na Batalha
comestíveis e bastante explorados em receitas
de Azincourt. A passagem é alusiva à tradição
sem fim. Como recheio de tortas, carnes, cremes,
galesa de envergar o alho-poró em suas armas.
empadinhas, massas e suflês. Em risotos, saladas,
Ele é, realmente, o símbolo e orgulho nacional do
vinagretes e farofas. Acompanhando entradas,
País de Gales. Segundo a lenda, isso vem desde
lanches e refeições. Vai muito bem em sopas,
quando seu povo bateu os invasores saxões num
porque a sua consistência ajuda a encorpar os
campo de alhos-porós, por volta do século VII.
caldos. Como a famosa vichyssoice, sopa americana
O vegetal ganhou citação até na Bíblia, onde
é mencionada a falta que fez aos judeus que
com batatas servida fria, e a escocesa cock-a-leekie,
com frango.
atravessavam o deserto. Mas as raízes históricas do
Seja numa providencial quiche, ou num sofisticado
alho-poró são bem mais antigas. Ele já era cultivado
farfalle com alho-poró, vodca e presunto cru, o
no Oriente Médio há 5 mil anos. Foi utilizado por
prazer da degustação está garantido. Porém, na
egípcios, gregos e romanos, que o disseminaram em
hora de escolher, é essencial que a sua parte branca
diversas áreas da Europa. No Velho Continente, é
esteja lisa, firme e sem manchas escuras. Na hora
mais conhecido como alho-francês, nome nascido
de armazenar, até duas semanas na geladeira,
possivelmente por causa da sua forte ascendência
no máximo, ou três meses de freezer. Congelado,
na culinária francesa.
perde-se algo do gosto e da qualidade nutricional,
O Allium porrum é da mesma família das cebolas
e dos alhos, só que mais suave e nobre. Um tipo
de “cebola gourmet”, apreciado pelos amantes da
nouvelle cuisine. Foi durante muito tempo um
ingrediente quase que exclusivo dos chefs, nada
mas mesmo assim, ela não deve ser desprezada:
além das baixas calorias, o alho-poró é rico em
vitaminas B e C, fibras, cálcio e potássio. Funciona
como bom diurético, abre o apetite e melhora a
atividade do fígado.
barato e difícil de achar. Hoje, você dá de cara
Alguns acreditam, ainda, que o alho-poró faz bem
com ele em feiras livres, supermercados e até
à garganta. O próprio Nero era um consumidor
no canteiro do vizinho. A popularização deve-
assíduo. Dizem que comia religiosamente o vegetal,
se principalmente à sua simplicidade de uso e
todos os dias, para que a sua voz ficasse mais
versatilidade: pode ser preparado inteiro ou fatiado,
possante. Por isso, o imperador romano foi apelidado
cru, refogado, cozido ao vapor ou assado. Sempre
de “Porrophagus”. O “comedor de alho-poró”.
27
a
Rolha
Almanaque
Na Cozinha Tem História
Nesta coluna você encontrará fatos e curiosidades sobre a química e composição de
alimentos, além de algumas de suas contribuições para o organismo, sempre de forma
leve e gostosa, no espírito de enaltecer o viver bem, com prazer e alegria.
Química
q u í m i c a
T e x t o :
Entrevista
F á b i o
Instagram
d o s
a l i m e n t o s
A n g e l i n i
Ingredientes
Coco
Em sânscrito, o nome do coqueiro significa “árvore que fornece todas as
necessidades da vida”. Realmente, o fruto da Cocos nucifera é muito bem
aproveitado. Polpa. Água. Óleo. Leite. Também conhecido como coco da
bahia, palma de coco, coco da praia e palma indiana, é um dos alimentos
mais saudáveis que se conhece, em suas diversas formas e composições.
De provável origem indiana, do sudeste asiático ou das ilhas do Pacífico,
o coco chegou na Bahia em 1553. Hoje, além de serpentear pela costa
nordestina e por mais de 80 países, compõe uma infinidade de delícias doces
e salgadas: cocadas, vatapás, moquecas, baba-de-moça, canjica, cuzcuz de
tapioca, bolos, mingaus, xinxim de galinha. Se bem que já basta a sua polpa
branquinha para seduzir o paladar; a sua água, para refrescar e hidratar;
o seu leite, para marcar uma receita; e o seu óleo, a sua farinha, as suas
qualidades nutricionais invejáveis.
28
UM SUPERALIMENTO
DE VÁRIOS ELEMENTOS
Pela sua natureza saudável e seu alto rendimento
existentes e vira energia rapidamente.
(até 250 frutos anuais por árvore), o coco é
Também regula a tireoide e é dotado de
importante economicamente. Existem até países
propriedades antivirais. E por fim, o leite de
que usam macacos treinados para colhê-lo. A altura
coco, vedete de inúmeros pratos afro-brasileiros,
da planta varia entre 12 e 35 metros de altura,
asiáticos, caribenhos, uma alternativa livre de
e é geralmente cultivada em terras arenosas e
lactose. É obtido processando-se pedaços de polpa
profundas sob sol pleno. Morfologia: ovalado, com
(ou coco ralado) com água quente, possui cerca de
aquela casca verde e fibrosa, dentro da qual há
17% de gordura e fortalece a imunidade.
um “caroço”, o endocarpo lenhoso. Aquele mesmo,
arredondado e cheio de fiapos, que exibe três
Coco é bom como sobremesa infantil ou repositor
marquinhas escuras, os poros de germinação.
de eletrólitos de atletas, para convalescentes
É através de um deles que emerge a pequena raiz,
e pessoas de todas as idades. Mas consuma
o embrião.
ocasionalmente e sem abusos... se você puder.
Outras frutas precisam
ralar bastante para
• Fibras: atuam no bom funcionamento
intestinal e na redução de gordura,
promovendo a saciedade.
igualar os prazeres e a
• Potássio: propriedades
polivalência do coco, e
diuréticas que ajudam
não é pra menos. Além
de gostosa, a água de coco
a reduzir a pressão
assemelha-se a um soro,
arterial e controlar a
mais rico com o fruto
frequência cardíaca.
• Ferro: formação da
ainda verde. Possui
hemoglobina do sangue
vitaminas e minerais,
e transporte de oxigênio.
ação antioxidante, e
Bom para a saúde muscular
ajuda a regular o intestino.
e cerebral.
Muito indicada para gestantes. Geralmente
adocicada, mas pende para o salgado se a palmeira
• Acido láurico: ação anti-inflamatória, antibiótica
estiver mais próxima do mar. Por sua vez, a polpa
e imunológica.
branca e carnuda é repleta de flavonoides. Diminui
• Cálcio: fundamental para a formação óssea
o colesterol ruim, mantém a pressão arterial e tem
e prevenção da osteoporose.
ação cicatrizante e anti-inflamatória. Dessa polpa
• Vitamina A: crescimento infantil e combate aos
é extraído o óleo de coco, que apesar de calórico,
radicais livres.
é termogênico: acelera a queima das gorduras já
• Vitamina B3 (niacina): essencial para o
metabolismo, transforma os alimentos em energia.
• Vitamina C: ação imunológica, desintoxicante
e antioxidante. Boa para a pele.
29
eção Obras Primas
olha
Almanaque
Na Cozinha Tem História
n a
c o z i n h a
T e x t o :
F á b i o
t e m
h i s t ó r i a
A n g e l i n i
chaleira
Química
Instagram
Entrevista
Ingredientes
O pai do futebol brasileiro, Charles Miller, criou um
Concebeu-se o modelo convencional (arredondado,
lance no qual o jogador trança as pernas e acerta a
bojo mais largo, tampa no topo e bico lateral) para
bola de pé trocado. A jogada foi batizada de “charles”;
aquecer a água sem evaporá-la e ser depositado
com o tempo, transformou-se em “chaleira”.
sobre o fogo direto. Os primeiros desenhos,
Muitos, em algum momento da manhã, já foram
despertados por aquele apito agudo peculiar,
precedido do aroma de café tirado na hora. A
alguns, o silvo da chaleira irrita; outros decodificam
o som como familiar e apetitoso. Durante décadas,
ninguém soube explicar tecnicamente como
se produzia o ruído estridente. Até que dois
japoneses, datam de 1517. Também eles
inauguraram as chaleiras termorresistentes
de porcelana. Os russos, de seu lado,
bolaram um tipo de samovar com
caldeira central embutida, que
esquentava a água sem precisar
de fogão.
pesquisadores de Cambridge descobriram que
Assim que o chá chegou à
pequenos vórtices de vapor, formados no bico
corte francesa do século XVII,
do aparelho, é que disparam o assovio a certas
a chaleira pegou carona e
frequências. Mas, e antes dele ser inventado?
ganhou impulso. Quase
A chaleira não nasceu do chá, foi mais o oposto.
Seu conceito surgiu com antigos viajantes e
soldados chineses, que ferviam a água para purificála. A infusão veio depois, quando se passou a
adicionar folhas de chá verde à água quente, para
sentir qualquer gosto que fosse. Outro registro
arqueológico – um vaso de bronze de forma quase
idêntica às chaleiras atuais – vem da Mesopotâmia
de 5.500 anos atrás, provavelmente usado como
recipiente de filtragem.
30
todas fabricadas em ferro fundido ou cobre, pois
acreditava-se que os metais incrementavam
o sabor da bebida. Já entre os ingleses, nem é
preciso dizer: o casamento entre os chás e as
chaleiras (de ferro, esmaltadas ou pintadas)
Entraves da chaleira da época: o difícil manuseio
parecia coisa do destino.
do ferro, a suscetibilidade do cobre às manchas, a
Vem o século XVIII, e a prata vira a matéria-
demora da fervura. Aos poucos, as matérias-primas
prima queridinha da nobreza. Muitas das
adquirem mais leveza, durabilidade, segurança. E o
chaleiras antigas, inclusive, eram assinadas por
utensílio passa a não depender só do aquecimento
artesãos. Entre eles, a ourivesaria de “Revere”,
externo: em 1891, a Compton&Co trouxe a chaleira
chancela cobiçada e duplamente valiosa: o
elétrica, símbolo de sofisticação e praticidade. Muito
fundador, Paul Revere, é figurinha carimbada na
cara e ainda lenta, no entanto. Pelo menos até 1922,
Guerra de Independência dos Estados Unidos.
ano em que a The Swan Company introduz sua
Ficou famosa a sua viagem frenética de Boston a
variante elétrica dotada de um aquecedor interno.
Lexington em 1775, para comunicar o avanço das
Mais rápida, conquistou logo.
tropas britânicas aos compatriotas.
Com a escassez de ferro provocada pela Segunda
Avanços mais significativos
borbulharam mesmo
no século XIX.
Guerra Mundial, as chaleiras de cerâmica tiveram
seu momento. A próxima inovação ocorre em 1956,
com o lançamento da K1 da Russel Hobbs (“K” de
kettel, chaleira em inglês): a primeira totalmente
automática, desligava no ponto de ebulição da
água. Nos anos 1980, o produto ganhou design do
arquiteto pós-modernista Michael Graves. A classe
média americana disputou a novidade a tapas.
Seja para fazer chá, café ou chimarrão, a chaleira
tornou-se essencial no ambiente doméstico, das
feitas de barro até as mais arrojadas. Com design
colonial, retrô ou futurista, com ou sem tampa
e apito. De inox, vidro, teflon, alumínio, microondas. Existe a iKettle, que ferve a água e regula
a temperatura remotamente. A KettleCharge, que
converte o calor em energia e recarrega baterias de
celulares, tablets e outros dispositivos USB. Todas
bem diferentes da maior versão do mundo, que está
em Santa Catarina, tem 12 metros de altura, e serve
de portaria da ervateira Mazutti.
A família frequenta o interior da sua chaleira nos
fins de semana.
31
a l m a n a q u e
T e x t o :
P a u l o
C R Í T I C O S
GASTRONÔMICOS
S a m á
ONDE SE GANHA O PÃO,
SE
COME
A
CARNE.
E O PEIXE, E A PASTA, E OS LEGUMES...
Ego entrando no Restaurante Gusteau’s, na
...E TUDO COMEÇOU
COM UM ADVOGADO
animação Ratatouille? A presença dele provoca
Existem registros antigos de escritos sobre
calafrios no jovem Linguini e até mesmo no “piloto”
alimentação, como o De Honesta Voluptate, do
escondido sob seu chapéu, o ratinho Remy.
italiano Bartolomeu Sacchi (1475), e A Arte da
Quem não se lembra da cena (já clássica) de Anton
Anton Ego faz parte do seleto grupo dos críticos
gastronômicos, profissionais especializados no
prazer de comer. Prazer este que os torna rigorosos
Cozinha, de Domingos Rodrigues (Portugal, 1680).
Entre uma e outra, há publicações esparsas na
Alemanha, França, Espanha e Inglaterra.
e, por vezes, sisudos. Suas palavras incitam sonhos
O marco inicial da crítica, no entanto, é creditado
e pesadelos, libertam ou condenam, como os antigos
ao advogado francês Grimod de la Reynière,
imperadores romanos, cujo simples gesto com o
que publicou o Almanach des Gourmands em
polegar para cima ou para baixo livrava ou não o
1803. O guia de restaurantes lançou a moda de
infeliz de seu algoz na arena.
analisar pratos e serviços com tanto sucesso, que
32
se tornou anual. E o emérito jurista, obviamente,
pagamento? Outro detalhe: ninguém paga para
passou a colecionar admiradores e desafetos. Suas
trabalhar, e o trabalho do crítico é justamente esse:
recomendações elevavam alguns cozinheiros e
comer. Portanto, a lógica e o bom senso eximem
restaurantes às alturas com a mesma velocidade
qualquer sentimento de culpa ou dúvida.
que seu sarcasmo e falta de papas na língua
destruíam a imagem de outros. Tudo isso lhe trouxe
pechas como a de glutão, vulgar e outros adjetivos
menos pomposos, segundo a historiadora Rebecca
L. Spang. Mas também fez com que seu nome
ficasse famoso. “Falem mal, mas falem de mim”?
UM OFÍCIO DE DAR ÁGUA
NA BOCA. SERÁ?
Costumam dizer que o trabalho do crítico
gastronômico é “suave”. O ofício dos sonhos, onde
se viaja com tudo pago, come-se bem, dorme-se
nos melhores hotéis, toma-se os melhores vinhos
e ainda se recebe por isso. Na cidade de origem,
então, a coisa fica ainda mais deliciosa e divertida,
afinal o crítico pode levar os amigos e a família para
almoçar e jantar “na faixa”. Uma festa, não?
Nem sempre: o pagamento pode ser feito pelo
próprio crítico, quando este tem salário fixo, ou
pode ser reembolsado posteriormente. Há críticos
também que fazem questão de pagar a conta e
recusar cortesias do restaurante, para não ficarem
presos a favores e se sentirem livres para canonizar
Quanto à vida boa, a coisa não é bem assim.
Não se trata apenas de levantar, decidir onde vai
comer e fazer cara de mau para o espelho. Para
o crítico, refeição é ganha-pão. Um ofício onde
o bom profissional visita várias vezes o mesmo
estabelecimento, antes de emitir uma opinião ou
escrever uma linha. A responsabilidade, afinal, é
grande: a partir de suas impressões, percebe-se o
que é necessário mudar na operação; da simples
troca de pratos ou de cardápio, até modificações mais
substanciais, como troca de pessoal, decoração, fachada
e, muitas vezes, até o endereço do restaurante.
Além disso, não é qualquer um que pode ser crítico.
Pense nas pérolas sobre comida que lemos todos
os dias na Internet. Você confia em tudo que lê?
Nem eu. A profissão exige sensibilidade, erudição e
estudos, entre eles história e geografia da culinária.
Tudo isso para analisar, interpretar e comparar com
propriedade, sem falar ou escrever bobagens. Só
assim é possível emitir julgamentos legítimos.
Existe ainda uma faceta romântica na profissão.
Segundo Gilles Pudlowski, crítico do Le Point, no
ou esmagar uma reputação, se assim acharem
necessário. Para completar, as cortesias são
oferecidas apenas quando o crítico é reconhecido, e
boa parte deles prefere manter-se incógnito. E neste
caso, ir acompanhado da família ou dos amigos até
ajuda e contribui com o trabalho, no sentido de
experimentar mais pratos, trocar ideias e interagir
com os outros comensais. A reserva, quando
necessária, é feita no nome de outra pessoa.
Deu água na boca, bateu uma pontinha de inveja?
Talvez sim, talvez não. Pense com a gente: não é
absolutamente a mesma coisa nas empresas que
oferecem vale-refeição sem desconto em folha de
33
JAMES BOND E MATA HARI
NO RESTAURANTE
O modus operandi dos críticos gastronômicos varia
bastante, e tem nuances de filmes policiais.
Temos os discretos, que nunca reservam mesa no
próprio nome, chegam sem estardalhaço, sentam
no canto mais escondido do restaurante e fazem
seu trabalho. E do outro lado, os críticos-desfilede-escola-de-samba, que preferem a ribalta,
os holofotes da avenida que se abre até a mesa
reservada. Deleitam-se com a fama e com o esmero
livro “Para que serve um crítico gastronômico”, a
função deste profissional “não é só a de apontar
a boa cozinha, mas de entreter o leitor, fazêlo sonhar, dar água na boca.”. E para chegar ao
paladar deste leitor, valem artifícios como contar
curiosidades sobre o restaurante, história do
estabelecimento, formação dos chefs e muito mais.
dos chefs em agradá-los.
Entre os primeiros, podemos incluir o português
José Quitério, um crítico avesso a simplesmente
tudo. Não dá entrevistas, não aceita convites
para eventos e faz questão de aparecer o mínimo
possível - pouca gente conhece seu rosto.
Além disso, só resenha estabelecimentos que
Tudo isso envolve, sem dúvida, a arte da escrita.
oferecem a tradicional culinária portuguesa, e usa
Para chegar ao estômago do leitor, é bom não
um jargão particular, onde mistura conhecimento
esquecer que o caminho se inicia nos olhos. Ou o
de causa e doses cavalares de sarcasmo: o termo
crítico domina plenamente as letras, ou sua crítica
científico “gadídeo” refere-se ao bacalhau;
fica sem sal. E a concorrência, impiedosa, devora-o
“palmípede” é pato; “galináceo” é frango. Já “setor
como prato principal.
carnário” é usado para pratos com carne, e “posta
Como vimos, nem tudo é saboroso na vida do
tunídea” para atum. “Manducantes” são os clientes
crítico gastronômico. Nem todos têm a felicidade
dos restaurantes e por aí vai.
de trabalhar para jornais, revistas e guias famosos
Ruth Reichl, do New York Times, por sua vez, tem
como o Michelin. Muitas vezes as viagens são
um lado Mata Hari: faz coleção de disfarces: aparece
cansativas e demoradas, e o trabalho de “garimpeiro
como executiva, hippie, esportista... E quem a
do sabor” nem sempre dá bons frutos - aliás, alguns
acompanha é obrigado a se vestir no mesmo estilo,
estabelecimentos visitados nessas andanças são de
para não gerar suspeitas. Comer de graça tem seu
tirar o apetite do maior entusiasta dos prazeres da
preço, pelo jeito.
boa mesa. É por isso que o crítico não escreve sobre
todos os lugares por onde passa. Em geral, quando
a experiência é muito ruim, não dedica sequer uma
linha ao restaurante. Vale a pena pensar nisso
antes de dizer que esse trabalho é moleza. Aqui, cai
como uma luva o ditado que diz: “Todo mundo vê as
Por último, e também na categoria “Top Secret”, temos
os especialistas do Guia Michelin: ninguém sabe
quem são, de onde vêm e nem quando vão aparecer.
Se você está lendo este artigo no restaurante, pode ter
um aí na mesa do seu lado, inclusive.
cachaças que eu tomo, mas ninguém vê os tombos
E este, aliás será nosso assunto dentro de dois meses:
que eu levo”.
prepare-se para degustar a história do Guia Michelin.
34
Miniaturas que
saltam aos olhos
c o m i d a
T e x t o :
F á b i o
é
a r t e
A n g e l i n i
Anel de wafer. Pingente de nachos. Brincos de cornetos.
As cores, texturas e formatos atraentes dos alimentos são, de
fato, um prato cheio como fonte de inspiração artística.
No campo da Food Art, a criatividade parece não ter limites.
Nem tamanho. Uma das últimas invenções é criar joias e bijus
com modelos miniaturizados e incrivelmente realistas de
comida. Nada de pendurar a melancia no pesçoco para aparecer,
nem usar o macacão de pizza da Kate Perry. Há uma infinidade
de acessórios belos e discretos, que já caíram até nas graças
das passarelas. Como o colar de frutas frescas de Norihito
Nakata, o colar de cupcake de Sofia Molnar, ou os petitplates de
Stéphanie Kilgast (veja em www.petitplat.fr). As peças, feitas
artesanalmente com o auxílio de bisturis, polímeros, tinta acrílica
e lupa, podem ser encomendadas de acordo com o gosto do
cliente. Muitas vão para colecionadores. Outras são para desfilar
pelas ruas mesmo, deixar a vida mais fashion, leve e divertida.
Ainda que seja com uma incrível tiara de macarronada.
e m
a l t a
T e x t o :
F á b i o
A n g e l i n i
Comfort Food
Ingrediente:
sensibilidade.
Quando estamos pra baixo, é meio instintivo buscar
alguma coisa que nos faça sentir bem. Muitas vezes, tal
coisa é uma guloseima, que vem nos socorrer, animar
e alegrar. Esse pensamento deu origem à gastronomia
conhecida como Comfort Food. A união da poderosa
memória palatável com a simplicidade da alimentação
mais saudável. O cardápio não precisa necessariamente
apresentar receitas sofisticadas. A ideia é resgatar o
prazer da comida caseira e gostosa, temperada com
valores sentimentais. Um bolinho de chuva da vó.
Um picadinho de infância. Um aroma qualquer que
evoque lembranças agradáveis. A Comfort Food
coloca-se praticamente como uma terapia culinária e
contraponto do fast food. Tudo preparado com delicadeza
para remeter ao aconchego do sabor familiar. É a viagem
no tempo que sacia o corpo e o coração, o brigadeiro
de colher dos dias sem compromisso ou preocupação,
a saudade que acaricia a língua e se desvanece em
sensações gustativas, particulares a cada um.
35
Prato do Famoso
Na Cozinha Tem História
Dica
d i c a
T e x t o :
d e
A m a n d a
Saca só - Saca Rolha
Química
q u e m
s a b e
Almanaque
Instagram
I v a n o v
Entrevista
Ingredientes
tempero
Sem cheiro de
Listamos alguns truques
para deixar que o aroma
das especiarias fique
apenas nas comidas
das mãos
Apreciadores de boa comida, na maioria das vezes, também gostam de colocar a mão na
massa e mostrar os dotes culinários, preparando um prato especial para as pessoas que
gostam. Mas, constantemente, surgem dúvidas sobre como inibir o cheiro dos temperos
das mãos, que mesmo após um tempo de ter ido à cozinha, persistem em ficar na pele.
A chef Alessandra Belliny, que há dez anos comanda a cozinha do Lorenzo Bistrô, no Rio
de Janeiro, conta algumas dicas para inibir o odor de tempero das mãos após cozinhar.
Para a chef, um truque infalível é passar as mãos em um objeto de inox embaixo d’água,
como uma colher, após lavá-las com água e sabão.
Optar por utensílios que descascam e picam os temperos sem utilizar as mãos também
é uma boa pedida, já que os ingredientes vão deixando mais cheiro na pele por causa
quantidade do tempo em que ficam em contato com as mãos.
Vinagre e limão também podem ser passados nas mãos para inibir o cheiro dos temperos.
O alho é uma das especiarias que tem o cheiro que demora mais tempo para sair.
Outra dica é aquecê-lo no micro-ondas e descascá-lo quente.
36
A L I M E N T O
T e x t o :
S U R P R E S A
F á b i o
A n g e l i n i
MÃO
DE BUDA
A CÍTRICA
MÍSTICA
Quem acredita já ter visto e provado de
tudo vai se surpreender com a Citrus medica
var. Sarcodactylis, estranha fruta asiática
milenarmente conhecida como Mão de Buda.
A variedade cítrica, que lembra uma mão estendida
de dedos longos (ou cachos de bananas mutantes),
acompanhar pratos com peixe. Embora não forneça
tem aroma forte e agradável, similar ao do limão.
suco nem semente, a casca grossa fica muito boa
Por isso, é bastante explorada por chineses e
cristalizada, e as indicações terapêuticas incluem
japoneses para perfumar ambientes e objetos
alívio da dor e inflamação, reforço imunológico
pessoais. Em mãos orientais, tornou-se também
e redução da pressão arterial. É possível que a
oferenda budista e presente de Ano Novo, por
Mão de Buda tenha sido a primeira fruta cítrica
simbolizar felicidade e longevidade. Sua diminuta
apresentada ao paladar europeu, onde não é tão
polpa agridoce converte-se em doce ou licor, mas
difícil encontrá-la. Por aqui, só importada e olhe lá.
os ousados usam-na crua, para temperar saladas ou
Mais garantido na China, Índia ou Califórnia.
37
d r i n k s
T e x t o :
P a u l o
S a m á
e.xó.ti.co
adj (gr exotikós) 1 Diz-se do animal
ou da planta que não é natural do
país onde vive. 2 Procedente de
país estranho. 3 De mau gosto.
4 Desajeitado. 5 Esquisito,
extravagante.
Já parou para pensar como o significado do
dicionário é diferente do que a maioria das pessoas
pensa sobre o conceito de exótico? O mais próximo
que se vê por aí é “extravagante”. De resto, tem os
que ligam o exótico ao chique ou ao brega com a
mesma intensidade (ou ironia); os que vão para
o lado do fora do comum; aqueles que entendem
como “esquisito” e os que simplesmente acham que
exótico é “diferente”.
38
açúcar a um espanhol. É provável que a reação não
seja das melhores. É que, para ele, abacate se come.
Com cebola, azeite, sal etc.
O que se come é o que se bebe
No fundo, ninguém está errado. Semanticamente
as palavras agregam significados com o passar dos
anos, e vão além de seu significado literal.
Aliás, a questão “é de comer ou de beber”, ao que
parece, também está com os dias contados.
A fronteira entre uma coisa e outra já não é tão
Quando falamos de drinques, no entanto, tudo
bem delimitada. Que o digam os simpatizantes de
depende do ponto de vista. Já falamos disso em
drinques que foram invadidos por ingredientes
um Almanaque lá em outubro de 2014, quando
que, até pouco tempo, a gente só encontrava em
abordamos pratos exóticos do mundo todo, e agora
pratos. A vodka com bacon é uma das preferidas
dizemos o mesmo em relação às bebidas. Não é
para drinques mais fortes e gordurosos. Quem
porque não estamos acostumados a tomar, digamos,
já experimentou, diz que o sabor fica levemente
vinho de cobra, que os habitantes de algumas
defumado. E o que dizer da caipirinha de limão e
regiões da Ásia são malucos ou algo assim. Esta
mel que vem com um simpático alho assado com
bebida, que talvez nenhum de nós tomasse nem
casca e tudo flutuando na bebida? O mixologista
sob tortura, é originária do Vietnã, e o pessoal
Marco De La Roche ensina que ela pode ser tomada
de lá atribui a ela propriedades de uma espécie
de duas formas: com o alho inteiro só pra dar um
de remédio contra queda de cabelo, fadiga e até
gostinho ou, para os mais ousados, esmagando-o
impotência. A cobra - venenosa - é colocada dentro
para intensificar sabores e aromas. De qualquer
da garrafa, para o veneno ser dissolvido na bebida.
jeito, fica a dica: se for beijar, é bom que seu partner
Este, por sua vez, perde o efeito em contato com o
in crime também aprecie a bebida.
álcool. Assim como o vinho de cobra, encontra-se
na China e na Coréia o vinho de arroz fermentado
com ratinhos recém-nascidos durante dois anos, e
também um licor que leva nada menos que três sim, três - lagartos na garrafa. Acredita-se, por lá,
que um lagarto tem muita energia. Imagine três.
Estranho? Talvez. Mas o que será que um chinês
“O exótico
está no
imaginário”
ou vietnamita acharia de um brasileiro pedindo
a um barman a conhecida “farmácia”, que junta
Como essa, há muitas misturas inusitadas, mais
simplesmente tudo o que há de alcóolico no bar, em
leves ou nem tanto.
apenas um drinque? Coragem ou insanidade?
Começando por um mais ingênuo, porém com um
O pessoal da Indonésia gosta de tomar água quente.
toque interessante, temos o Bellini: criado com base
E que se atreva a colocar a primeira pedra de gelo
nas técnicas da gastronomia molecular, o curioso
no copo quem discorda. Falando em discordar,
drink é feito de espumante com pérolas de suco de
experimente oferecer abacate batido com leite e
pêssego e cálcio. Um detalhe interessante: as tais
pérolas “explodem” na boca.
39
E que tal um licor de cenoura com espumante?
Ou o Martini de pimentão e limão do bartender
Renan Tarantino, do Estônia? O limite para a
criatividade, nesse sentido, não existe. O drinque
americano batizado de Dirty Nap leva vermute
seco infundido com cogumelos Porcini, que
também decoram o copo, e o Koreatown, criado
em um hotel de Los Angeles, leva nada menos
que um ouriço do mar e algas mergulhados em
Quem te batiza
te bebe?
Brasileiro é criativo, você sabe. Confira alguns
nomes de drinques inventados por aqui:
tequila. Também há drinques com couve, como
• Os Sobreviventes: inspirado no filme de
a Marguerita Verde; com grãos de tremoço e
mesmo nome, é cremoso e cítrico ao mesmo
um toque de vinagre adicionado ao Martini;
tempo. Feito à base de pisco, traz na mistura
com manjericão, ervilha e até foie gras, como
nada menos que... claras de ovos. O que
no Martini servido no Ox, em Portland, que
também faz sentido em relação ao nome,
leva raspas congeladas da iguaria. E para fechar
pensando bem.
a sessão “prato no copo” com chave de ouro, já
• Prostituta Maia*: tequila e licor de Kahlua
existem cervejas de pizza e até de donut
com suco de abacaxi e soda limonada compõem
de chocolate.
esta cortesã das taças criada no CB Bar, da
Como vimos, o exótico está no imaginário.
Zona Oeste de SP.
Os exemplos são infindáveis e vão dos mais
• Alligator Sperm*: também do CB, este leva
simples aos mais esdrúxulos, dependendo, é
o sêmen só no nome (ufa!). É feito de licor de
claro, de quem você é, de qual é a sua cultura
melão, suco de abacaxi, creme de leite e vodka.
e de onde você está. Pense no quanto nossa
• Sex in the Toilet*: do pub O’Malley’s, o nome
corriqueira caipirinha é amada pelos turistas
é quente e o drink promete: licor de maracujá,
de todo o mundo. Da mesma forma, há quem
aguardente de pêssego e soda limonada.
aprecie o Apple Horse Sperm, servido num pub
neozelandês - a singela bebida é uma mistura de
sêmen de cavalo com suco de maçã. Só para os
fortes. Cheers!
• Cérebro de Rato: Saint Remy, Baileys,
Contreau, Absinto e Grenadine. Servido em
chamas. Criação do Bar Exquisito.
• Viagra Assalariado*: clássico do Favela Bar, é
feito de pinga, paçoquinha e leite condensado.
Deu vontade? Vá na fé. E na coragem.
* FONTE: DIA A DIA (DANIEL BORK)
40
compre online www.gregory.com.br
41
Seleção Mensal
Seleção Grandes Vinhos
Seleção Obras Primas
Utensílios modernos e inusitados, gadgets interessantes, um vinho raro, ingredientes exóticos...
Sim, existem objetos de desejo também na cozinha, dos mais simples aos mais sofisticados,
capazes de fazer gastrônomos, chefs, simpatizantes e até curiosos da arte de cozinhar sonharem
acordados. Aqui nesta coluna, nossos associados terão a oportunidade de conhecer alguns
objetos assim todos os meses. Bem-vindo à wish list da Sociedade da Mesa.
a na
íngua
Objetos de Desejo
o b j e t o
T e x t o :
&
rinks
R e n a t o
R a f a e l
Por aí
Notícias
d e
Agenda
Receita
d e s e j o
Prato do Famoso
Almanaque
Na Cozinha Tem História
S o a r e s
S o u z a
Pano de
prato
fashion.
é da
Canteiro
Saca só - Saca Rolha
Dica
Saca só - Saca Rolha
Química
Instagram
Entrevista
Ingredientes
fashioneira
A Fashioneira
nasceu pra levantar
a bandeira da
liberdade nas
cozinhas brasileiras.
Seguindo o raciocínio (as vovós que os perdoem) de que aqueles
panos de prato do tempo da vovó estão... digamos... datados,
e portanto não combinam com o criativo design das cozinhas
atuais, alguns publicitários tiveram a ideia de criar a empresa, que
faz panos de prato com design e conceito, além de comercializar
outras peças inusitadas para cozinhas.
Os panos esbanjam criatividade e bom-humor, variando de
estampas com piadas inteligentes, trocadilhos com fatos do
cotidiano, celebridades e bordões famosos, placas de ruas e uma
porção de outras estampas. As referências são as mais diversas
e trazem, quando olhamos para qualquer um dos panos, aquele
sorrisinho de canto de boca que significa: “Boa! Curti.”
Uma ótima opção pra sua cozinha virar vitrine, com panos de
prato que, como diz a empresa em sua página do Facebook, têm
Panos de prato Fashioneira
Preço médio: R$ 25,00
Venda só pelo Facebook:
www.fashioneira.com.br
42
talento pra outdoor.
Claro que você não precisa aposentar o pano de prato do tempo da
vovó, mas vai gostar de ter este sucesso pendurado no fogão.
Seleção Me
mesa?
A Palavra na
Ponta da Língua
Objetos de Desejo
Drinks
Não, é um
cooktop
muito top
Notícias
Por aí
Agenda
Elegante é pouco para falar do Cooktop CX 491, da
aquecem em 17 níveis e ainda contam com a função
alemã Gaggenau. Ele é muito mais do que isso e,
Booster, que aumenta em 50% a potência de cada
aliás, faz muito mais do que esquentar ou cozinhar
uma delas.
alimentos. Ele facilita sua vida.
Como se não bastasse tudo isso, o produto ainda
Completamente preto, você nota na imagem que
tem indicador de calor residual, trava de segurança
ele não tem os habituais círculos dos cooktops de
e o completíssimo display TFT: um poliglota de 18
indução. Por quê? Simplesmente porque ele tem
idiomas, completamente touch. É top.
indutores por toda a superfície vitrocerâmica. Isso
quer dizer que você pode colocar qualquer tamanho
Cooktop de indução CX 491 Gaddenau
de panela, que os indutores reconhecem e aquecem.
Onde achar: lojas de artigos de luxo
E por falar em aquecer, as zonas de aquecimento do
Preço médio de R$ 12 mil
CX 491 são um show à parte. Todas têm timer, se
43
Sa
É melhor sobrar do que faltar? Claro que não. Menos é mais? Nada
feito. Bom mesmo é não sobrar nem faltar. O chef Eugenio Lorainev
tem as medidas certas para você, que ama cozinhar, receber e servir
os amigos e a família, mas não aceita desperdícios. Delicie-se!
n e m
T e x t o :
m a i s
P a u l o
n e m
m e n o s
S a m á
Ceviche
de Polvo e Saint Peter
By chef Eugenio Lorainev
Antenadíssimo no que é tendência, neste mês o
chef Eugenio traz uma receita de ceviche para você.
Aprenda a preparar um ceviche único, de polvo e
Saint Peter, e arrase ao receber e surpreender 20
amigos com esta iguaria. Sem desperdícios, como
sempre. Deu água na boca? Arregace as mangas e
mãos à obra, que vai ser sucesso.
Ingredientes para 20 convivas:
600g de filé Saint Peter; 1,2Kg de polvo; 180g de
cebola roxa em meia-lua; 5g de alho muito bem
espremido; 300ml de suco de limão siciliano;
200ml de suco de laranja-lima; 100ml de vinho
branco; 30g de coentro picado; pimentas preta, rosa
e branca em grãos - 5g de cada ou 10g de pimentavermelha (opcional); 5g de sal e 200ml de azeite
extra virgem.
Preparado para preparar?
Comece cortando o polvo e o Saint Peter em
pequenos pedaços (lascas ou cubos) e coloque
numa travessa. Acrescente a cebola em meia lua, o
coentro picado, os grãos de pimenta, o alho, os sucos
de limão e laranja, o vinho e o azeite. Mexa tudo
delicadamente de baixo para cima e acrescente o sal.
Se achar necessário, acrescente-o a gosto.
I l u s t r a t i v a
Deixe marinando por duas horas na geladeira,
mexendo de baixo para cima de 30 em 30 minutos.
Pronto, agora é só servir em porções individuais
I m a g e m
de 200g.
Eugenio Lorainev é Head chef no Buffet Nectar
Gastronomia. Como cozinha para grupos de pessoas,
tem sempre os números na ponta da língua.
44
r e c e i t a
T e x t o :
1 ,
J o ã o
2 ,
3
B e l e z i a
w w w. jo ao b e l ez i a .c om .br
BRUSCHETTA
DE BRIE,
MEL E
AMÊNDOAS
RENDIMENTO: 12 porções
DIFICULDADE: fácil
INGREDIENTES:
12 fatias de pão italiano
360g de queijo brie fatiado
75g de amêndoas picadas
30ml de mel
50g de manteiga sem sal
PREPARO:
Passe a manteiga num dos
lados do pão, doure em uma
grelha e reserve.
Em uma frigideira, doure as
amêndoas com um pouquinho
de manteiga e reserve.
Espalhe o queijo em um dos
lados do pão e leve ao forno
para derreter.
Retire, distribua as amêndoas
e o mel.
Sirva em seguida.
45
u m
p r a t o
T e x t o :
F á b i o
n o
t e m p o
A n g e l i n i
Ave,
Cleópatra
Um dos banquetes
mais caros da história
aconteceu em uma
barcaça, às margens da
cidade de Tarso, atual
Turquia. Ali, a então
refugiada Cleópatra
recebeu pela primeira
vez Marco Antônio e
com todas as pompas
e regalias, o pano de
fundo perfeito para
o charme e para a
inteligência superiores
da rainha das rainhas.
Para convencer Roma de que o Egito tinha tradição e riqueza
imbatíveis em conquistas militares, e ganhar a aposta do
triúnviro romano, Cleópatra utilizou um estratagema pra lá de
dispendioso: dissolveu um de seus brincos de pérola na taça de
vinagre e bebeu. Segundo o historiador Plínio, a enorme pérola
teria valor equivalente a 800 quilos de ouro, ou dezenas de
milhões de sestércios, a moeda da época.
A bordo, o menu ainda listava a sopa de fava ou cevada,
prato nacional obrigatório. Um contraste total com o padrão
refinado da última rainha da Dinastia ptolomaica e sua corte.
E, de certa forma, com a própria vivacidade da cozinha
faraônica: além de inventarem o foie gras e o escargot, os
egípcios foram os precursores da culinária mediterrânea.
Usavam óleo de oliva, queijos leves, legumes, ervas, grãos,
peixes e carnes. Embora algumas carnes fossem, digamos, um
pouco além do extravagante para nós: línguas de flamingos
46
do Nilo, miolos de pavão, tromba de elefante e pés
de porco. Este último, apreciado pela soberana
que, segundo dizem, não dispensava uma boa
porção de alcachofras (e suas pretensas qualidades
afrodisíacas). Mais vinhos gregos e cerveja, bolos de
nozes e figos.
Muitos ingredientes, porém, Cleópatra preferia para
alimentar a beleza, ela que foi uma das primeiras
mulheres a empregar produtos com fins cosméticos.
O mel, “lágrima do deus Rá”, era usado tanto no
banho quanto como cera para depilação. A rainha
Pombos com
legumes ao vinho
fazia imersão em leite de cabra azedo, para hidratar,
INGREDIENTES
clarear e rejuvenescer a pele. Hoje, sabemos que o
• 2 pombos (ou 1 frango de leite em substituição)
ácido lático faz exatamente isso.
• Sal a gosto
E também sabemos que a senhora não era nenhuma
• 6 colheres (sopa) de manteiga
• 1 cebola média, 1 cenoura e 1 talo de salsão (picados)
miss universo: antigas moedas de bronze revelaram
• 300g de carne de vitela
nariz adunco, cabelos encaracolados (possivelmete
• 100g de cogumelos em conserva, escorridos e lavados
ruivos, não negros) e queixo marcante. Seu poder
• 1/4 de xícara de creme de leite fresco
de atração provinha da cultura, espirituosidade
• 1/2 xícara de vinho branco seco
e determinação que exalava, e dos hábitos
sofisticados, incluindo festins fartos e ecléticos.
• 1/2 xícara de água
Para decorar, folhas de agrião
Neles, uma comida jamais poderia faltar: pombo
MODO DE PREPARO
recheado com vegetais da estação, o xodó da rainha.
1. Limpe e tempere os pombos (frango) com sal e
Até hoje, a ave é bastante apreciada especialmente
em comunidades italianas, com muitas variações de
preenchimento: pão, cebola, cebolinha, salsa, alecrim,
reserve.
2. Numa panela, coloque 2 colheres (sopa) de manteiga,
a cebola, a cenoura, o salsão e a carne de vitela.
3. Refogue bem por uns 15 minutos, até dourar,
alho, queijo parmesão, ovos, carne moída, pimenta.
mexendo de vez em quando.
Parece que pombo com nozes, língua, fígado e
4. Retire do fogo, junte os cogumelos e passe aos
pistaches era a iguaria predileta de outra famosa
poucos pelo liquidificador, acrescentando o creme
liderança: Adolf Hitler.
de leite.
Cativar convidados e imperadores com cenografias
costure.
luxuosas e modos envolventes, conhecimentos
6. Aqueça a manteiga restante numa panela e junte o
astronômicos e rituais gastronômicos não era
frango recheado.
segredo para a rainha. O que permanece um
7. Frite de todos os lados.
mistério até hoje, é de que forma Cleópatra
cometeu suicídio, aos 39 anos de idade, imitando
seu amado Marco Antônio no mesmo dia. Não há
5. Recheie os pombos (frango) com essa mistura e
8. Quando começar a dourar, junte aos poucos o vinho
e deixe evaporar.
9. Junte a água, tampe a panela, abaixe o fogo e
cozinhe até a carne ficar macia.
relatos categóricos de qualquer víbora presente
10. Retire do fogo e coloque numa travessa.
nos aposentos reais, só conjecturas. Foi encontrada
Sirva com os legumes cozidos ao ponto e decore com
apenas uma vasilha com figos. Pela metade.
o agrião.
47
Química
Instagram
esejo
Dica
Aqui nesta coluna, publicamos bares e restaurantes onde você, associado da
Sociedade da Mesa, poderá desfrutar de bons ambientes e boa gastronomia,
com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha! *
Saca só - Saca Rolha
Entrevista
Ingredientes
Prato do Famoso
Dica
ARGENTINA
Sociedade da Mesa
é muito bem-vinda
e não paga rolha
Canteiro
São Paulo - Capital
Saca só - Saca Rolha
saca
rolha
Receita
s a c a - r o l h a
Saca só - Saca Rolha
ha
Por aí
da
eiro
São Paulo
Rua Dr. Sodré, 241A, Vila Olímpia (11) 3845-7743
CHE BÁRBARO São Paulo Rua Harmonia, 277, Vila Madalena (11) 2691-7628
ESTAÇÃO LEOPOLDINA SBC Avenida Imperatriz Leopoldina, 420
(11) 2564-7445
011 GASTRONOMIA São Paulo Rua Artur de Azevedo, 613, Pinheiros (11) 3459-4282
CASUAL MIL São Paulo Rua Hungria, 1.000, Jardim Europa (11) 2579-1029
CENA SBC SBC Rua Doutor Fláquer, 571, Centro
(11) 4123-2799
TÊTE À TÊTE São Paulo Rua Melo Alves, 216, Jardins (11) 3796-0090
VIA CASTELLI
São Paulo
Rua Martinico Prado, 341, Higienópolis
(11) 3662-2999
CONTEMPORÂNEA
Química
Entrevista
ESPANHOLA
CALÀ DEL GRAU São Paulo MARIPILI São Paulo PAELLAS PEPE São Paulo Rua Bom Pastor, 1.660, Ipiranga (11) 3798-7616
TORERO VALESE São Paulo Rua Horácio Lafer, 638, Itaim Bibi (11) 3168-7917
MUSEO VERONICA São Paulo Rua Tuim, 370, Moema (11) 5051-2654
Rua Joaquim Távora, 1.266, Vila Mariana Rua Alexandre Dumas, 1.152, Chácara Sto Antônio
(11) 5549-3210
(11) 5181-4422
Na Cozinha Tem História
BÁRBARO
FRANCESA
FREDDY São Paulo Rua Pedroso Alvarenga, 1.170, Itaim Bibi (11) 3167-0977
LIMONN São Paulo Rua Manuel Guedes, 545, Jardim Europa (11) 2533-7710
L’ENTRECÔTE DE PARIS São Paulo
Av. Magalhães de Castro, 12.000, 3° andar (11) 3198-9465
48
São Paulo Rua Mato Grosso, 402, Higienópolis (11) 3214-0079
Almanaque
ANTONIETTA - Shopping Cidade Jardim - SP
Instagram
ITALIANA
Ingredientes
Participe! Indique um restaurante ou faça seus comentários
enviando um e-mail para [email protected]
BRÁZ TRATTORIA São Paulo Av. Magalhães de Castro, 12.000, Shop. Cidade Jardim (11) 3198-9435
COSI São Paulo Rua Barão de Tatuí, 302, Santa Cecília GRAZIE A DIO! São Paulo Rua Girassol, 67, Vila Madalena (11) 3031-6568
GENOVA São Paulo Rua Lisboa, 346, Pinheiros (11) 3064-3438
LA GRASSA São Paulo Av. Juriti, 32, Moema (11) 3053-9303
(11) 3826-5088
NICO São Paulo
Rua Costa Aguiar, 1.586, Ipiranga (11) 2068-3000
BOTTEGA PARADISI São Paulo Rua Pirapora, 218, Paraíso (11) 3052-1473
SPADACCINO São Paulo R. Mourato Coelho, 1267, Vila Madalena
(11) 3032-8605
ZEFFIRO São Paulo Rua Frei Caneca, 669, Consolação (11) 3259-0932
São Paulo
Rua Leopoldo Couto de Magalhães Jr., 524 Itaim Bibi
(11) 2691-8003
Rua Padre Lustosa, 388, Centro (11) 4123-5651
Rua Conselheiro Brotero, 903, Santa Cecília (11) 3664-8313
JAPONESA
KAPPA & KANASHIRO
PORTUGUESA
BACALHAU & VINHO VERDE SBC URUGUAIA
EL TRANVIA São Paulo VARIADA
SACRA ROLHA São Paulo Rua Rio Grande, 304, Vila Mariana (11) 4304-0300
PRAÇA SÃO LOURENÇO São Paulo Rua Casa do Ator, 608, Vila Olímpia (11) 3053-9300
Brotas Estrada Municipal BRO 040, Km 15 (14) 99121-8040
Campinas
Rua Coronel Quirino, 1.682 – Cambuí
(19) 3252-5333
São Paulo - Interior e Litoral
BRASILEIRA
BROTAS ZEN BISTRÔ CHURRASCO
CENÁRIO CHURRASCARIA
CONTEMPORÂNEA
CEDRO Sto. Ant. do Pinhal Estrada do Pico Agudo, km 5 (12) 3666-1713
ESPAÇO W Ubatuba Av. Atlântica, 2.244, Praia Grande
(12) 3835-1374
RONCO DO BUGIO Piedade Estrada PDD, 128, Bairro dos Pires
(11) 9 8259-7788
Rua Dr. Tolentino Filgueiras, 16, Gonzaga (13) 3284-1893
Ilhabela Av. Pedro Paula de Morais, 703 (12) 3896-5241
São Roque Estrada do Vinho, km 2,5 (11) 4711-3001
Hotel Fazenda & Ecoturismo Areia que Canta
(14) 3653-1382
LION ESPAÇO GASTRONÔMICO Santos ITALIANA
PASTA DEL CAPITANO PORTUGUESA
VILA DON PATO TRADICIONAL DE FAZENDA
AREIA QUE CANTA
Brotas
Rod. Engº Paulo Nilo Romano (SP 225) KM 124,5
URUGUAIA
EL TRANVIA Campinas 3º piso do Shopping Iguatemi (19) 3294-1345
EL TRANVIA Sorocaba Ala Sul do Shopping Iguatemi Esplanada (15) 3243- 9221
49
Outros Estados
BRASILEIRA
CASA COUPÊ Paraty/RJ Praça Monsenhor Hélio Pires, 6, Centro Histórico
(24) 3371-6008
DIVINA GULA Maceió/AL Av. Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85 (82) 3235-1016
Av. Sete de Setembro, 4.211, Batel (41) 3340-4000
CONTEMPORÂNEA
CATANZARO RISTORANTE Curitiba/PR DEL BARBIERE Porto Alegre/RS Rua Jerônimo Coelho, 188, Centro (51) 3019-4202
DIVINO Nova Lima/MG Quinta Avenida, 144 - Loja 6, Vale do Sol
(31) 3541-4272
MARGARIDA CAFÉ Paraty/RJ Praça Macedo Soares, 1.829, Centro Histórico
(24) 3371-2441
ORIGENS Curitiba/PR Av. Sete de Setembro, 5190, Batel
(41) 3351-2222
CARMELA CAFÉ & BISTRÔ
Curitiba/PR
Rua Conselheiro Araújo, 90, loja 02, Centro
(41) 3779-3979
TRIO GASTRONOMIA
Brasília/DF
CLS 213, Bloco A, Loja 27 - Asa Sul - Brasília - DF
(61) 3346-2845
FRUTOS DO MAR
REI DO CAMARÃO Curitiba/PR Rua Lívio Moreira, 215, São Lourenço
(41) 3252-9051
ROSSO RESTÔ
Florianópolis/SC Rodovia Gilson da Costa Xavier, 201, Centro
(48) 3206-7665
ARTUSI RISTORANTE Florianópolis/SC Rua Bocaiúva, 2090, Centro
(48) 3037-2228
DEGLI ANGELI Belo Horizonte/MG Rua Francisco Deslandes, 156, Anchieta
(31) 3281-7965
DOMENICO Porto Alegre/RS Rua Pe. Chagas, 293/20, Moinhos de Vento
(51) 3389-2731
PANTUCCI TRATTORIA Curitiba/PR
Rua Barão de Guaraúna, 553, Juvevê
(41) 3205-3883
ITALIANA
VILA RICA Belo Horizonte/MG Av. Fleming, 900, Pampulha
(31) 3646-9946
LA TAMBOUILLE
Brasília/DF
(61) 3047-5925
Park Shopping, Espaço Gourmet, SAI/SO, área 6580, CCCV, loja 249 K1, Guará
68 LA PIZZERIA
Belo Horizonte/MG Rua Felipe dos Santos, 68, Bairro de Lourdes
(31) 3291-7466
CAMPANIA RISTORANTE
Curitiba/PR
Alameda Prudente de Morais, 1.265, Centro
(41) 3013-2009
TAYPÁ Brasília/DF
QI 17, Comercial, Bloco G - Fashion Park, Lago Sul (61) 3248-0403
DON RALF Goiânia/GO
Alameda Couto Magalhães, 685, Setor Pedro Ludovico (62) 3255-6185
TOUJOURS BISTROT
Brasília/DF
CLS, Quadra 405 sul, Bloco D, Lojas 16-18, Asa Sul
L’ENTROCOTE DE PARIS
Belo Horizonte/MG Rua Marília de Dirceu, 189, Bairro de Lourdes
(31) 3327-4959
Curitiba/PRRua Desembargador Costa Carvalho, 151, Batel
(41) 3244-2574
Curitiba/PRAv. Sete de Setembro, 4838, Batel
(41) 3042-8228
PERUANA
FRANCESA
(61) 3242-7067
FRANCO-ITALIANA
DUO CUISINE
JAPONESA
YOKOHAMA
INTERNACIONAL
CAFÉ COM LETRAS LIBERDADE Belo Horizonte/MG Praça da Liberdade, 450 - Bairro Funcionários (dentro do CCBB-BH)
(31) 3267-9929
CAFÉ COM LETRAS SAVASSI
Belo Horizonte/MG Rua Antônio de Albuquerque, 781 - Bairro Funcionários
(31) 3225-9973
CHURRASCO
RESTAURANTE MOURÃO
Goiânia/GO
Av. C-231, Qd. 501, Lt. 01, nº 10, Jardim América
(62) 3285-2288
* O nosso Programa Saca-Rolha possibilita que você, associado, leve até 2 garrafas de vinho para acompanhar sua refeição, sem a cobrança de rolha.
50
a
Drinks
Agenda
Canteiro
Saca só - Saca Rolha
Saca só - Saca Rolha
Notícias
Por aí
Dica
Saca só - Saca Rolha
s a c a - r o l h a
saca
rolha
Campos do Jordão/SP
Restaurante Gato Gordo
Saca só - Saca Rolha
Tipo de culinária: Contemporânea
Endereço: Rua Glicinias, 70 – Descansópolis –
Campos do Jordão/SP
Novidades
no Programa
Saca-Rolha
Telefone: (12) 3663-2973 / (12) 99661-7571
Horário de funcionamento: Sexta, sábado,
domingo e feriados, das 12 às 18h
Capacidade: 120 pessoas
Site: -
Instagram: -
Facebook: restaurante.gatogordo
Wi-fi: não
São José dos Campos/SP
Vallet: estacionamento no local
Le Palmier Restaurante e Bar
Tipo de culinária: Internacional
Endereço: Av. Heitor Villa Lobos, 821, Mezanino Vila Ema, São José dos Campos/SP
Salvador/BA
Oui Restaurante
Tipo de culinária: Francesa
Horário de funcionamento: segunda a sábado, das
Endereço: Rua Dom Marcos Teixeira, 25, Barra –
19h às 23h30
Salvador/BA
Capacidade: 80 lugares
Telefone: (71) 3321-4765
Site: www.lepalmier.com.br
Horário de funcionamento: sexta a domingo, das
Instagram: não
12 às 16h. Terça a sábado, das 19 à 0h
Facebook: Le Palmier Restaurant
Capacidade: 80 lugares
Wi-fi: sim
Site: -
Vallet: sim
Instagram: OUI RESTAURANT
Entrevista
Telefone: (12) 3911-2778 / (12) 3923-6805
Facebook: https://www.facebook.com/
OuiRestaurant
Wi-fi: sim
Vallet: sim
51
E
In
Neste espaço colocaremos receitas
especiais de restaurantes que participam
do nosso Programa Saca-Rolha.
Seja muito bem vindo e bom apetite.
s a c a - s ó
saca
só
Ragu de Linguiça
MODO DE PREPARO
Re cei ta
faca, picar a carne. Aquecer o azeite numa caçarola
B ráz
Trat t oria
Rendimento: 8 porções
Retirar a pele dos gomos de linguiça e, com uma
e nele refogar bem a carne da linguiça, até começar
a dourar.
INGREDIENTES:
Juntar a cebola e, quando ficar transparente,
Para o ragu:
acrescentar o alho, o salsão e a cenoura. Deixar
- 600g de linguiça suína de pernil ou calabresa fresca
refogar, sem que o alho escureça. Despejar o vinho
- 120g de cebola fatiada finamente
branco e deglacear (fazer com que o fundo do
- 35g de alho picado finamente
refogado se desprenda da panela com o vinho,
- 80g de salsão em cubos pequenos
usando uma colher para ajudar). Deixar o vinho
- 100g de cenoura em cubos pequenos
evaporar por completo, adicionar os tomates e o
- 200ml de vinho branco seco
caldo de carne (usar caldo caseiro, de preferência).
- 80ml de azeite extra virgem
Tampar a panela, deixando uma pequena abertura,
- 1,2l de caldo de carne caseiro (sem sal)
baixar a chama do fogo e deixar cozinhar por uma
- 600g de tomates frescos maduros, sem pele e sem
hora, mexendo sempre que necessário. O líquido
sementes, cortados em cubos grandes
tem que evaporar e o ragu, encorpar. Se necessário,
- 1 ramo de manjericão fresco
durante o cozimento, pode-se adicionar mais caldo.
- Sal fino
- Pimenta-do-reino moída
Ao final do cozimento, ajustar o sal e temperar
com pimenta-do-reino moída na hora,
preferencialmente. Desfolhar um ramo de
PARA A FINALIZAÇÃO:
manjericão, juntar ao ragu e desligar o fogo.
- 800g de radiatori di grano duro (ou outro formato de
Cozinhar a massa curta em abundante água
massa curta)
fervente e salgada (com sal grosso) até que esteja
- Sal grosso
“al dente”. Misturar ao ragu.
52
c o i s a
T e x t o :
n o s s a
P a u l o
S a m á
Amazônia:
o tacacá é de lá
camarões e o jambu você come com os palitinhos
Por Amazônia, entenda-se a região, não o estado
gentilmente oferecidos pelas tacacazeiras, as
do Amazonas. Até porque o tacacá é mais típico de
tradicionais vendedoras de rua. Elas têm pontos
Rondônia, Amapá, Acre e Pará (necessariamente
fixos nesses locais, que são passados de mãe pra
nessa ordem, pra rimar com “á”). O prato é feito à
filho, com freguesia fiel. E veja que interessante:
base de tucupi - aquele caldo amarelo delicioso - e
embora turisticamente muitos de nós já tenhamos
da goma de tapioca, os dois extraídos da mandioca
almoçado ou jantado um tacacá em algum passeio
brava, além de jambu, camarão seco salgado, sal,
pelas regiões Norte ou Nordeste, para os locais
alho, pimenta-de-cheiro e chicória. Os experts
nunca é prato principal. Os amazonenses gostam
indicam tomar bem quente, direto na cuia, em
mais dele como aperitivo, no finalzinho da tarde.
pequenos goles, pra apreciar com calma. Os
Happy-hour com tacacá é coisa de lá. É coisa nossa.
g o s t i n h o
d e
c u r i o s i d a d e
T e x t o :
P a u l o
S a m á
Doces + Estatísticas Amargas
= Bolos Agridoces
É tudo meio contraditório e, por isso mesmo,
interessante. Imagine você uma rede de padarias
francesa que criou bolos agridoces para distribuição
comercial na Romênia, tematizados com gráficos
que mostram as estatísticas da desigualdade de
gêneros daquele país.
Panfletário? Talvez. Uma grande ideia? Com toda a
certeza. O conceito dos produtos e a campanha de
comunicação foram criados em parceria pela rede de
padarias Paul e a agência MRM / McCann Romênia.
A iniciativa tem ainda um lado social: 5% da renda
Curioso? O nome dos bolos é mais ainda: “Exclusão
serão revertidos para uma fundação que visa
de Start-up”, “Diferença Salarial”, “Teto de Vidro
desenvolver projetos que reduzam a desigualdade de
Duplo” e por aí vai. O sabor? Dizem eles que é bem
gêneros no mercado de trabalho romeno.
mais gostoso que as estatísticas.
53
e s t o q u e
nosso estoque
Seleção Mensal
Seleção Especial
Seleção Grandes Vinhos
Seleção Obras Primas
Castelvero
Le Stelle 2012
Three French Hens 2014
FRANÇA
Magnesia 2013
Kalecik Karasi
Itália
Uvas: 60% Merlot
e 40% Mourvédre (Monastrell)
Álcool: 13,5%
Turquia
Uva: 100% Barbera
Álcool: 14,5%
Uva: 100% Kalecik Karasi
Álcool: 14%
Uva: 100% Öküzgözü
Álcool: 13,5%
R$ 51,15
R$ 67,50
R$ 61,16
R$ 62,48
Nit Del Foc
(Espumante)
Partal de Autor 2005
Espanha
Uvas: 60% Monastrell,
20% Syrah, 10% Tempranillo,
7% Cabernet Sauvignon
e 3% Merlot
Álcool: 14,5%
Uvas: 90% Macabeo
e 10% Chardonnay
Álcool: 13%
R$ 61,60
Espanha
R$ 102,30
Principe del Sole
2013
Magnesia 2013
Öküzgözü
Turquia
Château Lalande
D’Auvion 2012
Itália
FRANÇA
Uvas: 50% Sangiovese
e 50% Merlot
Álcool: 13%
Uvas: 50% Merlot e
50% Cabernet Sauvignon
Álcool: 13%
R$ 63,69
R$ 145,00
Taste 2014
Chenin Blanc
Taste 2013 Shiraz /
Cabernet Sauvignon
Tetramythos
Agiorgitiko 2013
Tetramythos
Retsina 2013
África do Sul
África do Sul
Grécia
Grécia
Uva: 100% Chenin Blanc
Álcool: 12,6%
Uvas: 60% Shiraz e 40%
Cabernet Sauvignon
Álcool: 13,6%
Uva: 100% Agiorgitiko
Álcool: 13%
Uva: 100% Roditis
Álcool: 12%
R$ 54,89
R$ 54,89
R$ 57,81
R$ 57,90
Vinhos em
consignação
54
Se você vai fazer um evento, festa ou jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos. Consignamos
o vinho para você. Assim, não sobrará nem faltará. Sem contar que será um prazer ajudá-lo a
escolher o vinho mais adequado para a ocasião. Pedido mínimo de 10 garrafas.
t o q u e
Faça suas compras por telefone (0800 774 0303)
ou site até o último dia do mês, e receba juntamente
com sua próxima caixa de vinhos. Pedidos sujeitos
à confirmação no estoque.
T e x t o :
F á b i o
t e c h
A n g e l i n i
MENU
FOR
TOURIST
ITÁLIA
ESTANCIA LOS
CARDONES
TIGERSTONE 2012
Uva: 100% Nero
D’Avola
Álcool: 14%
ARGENTINA
Uva: 100% Malbec
Álcool: 14%
R$ 66,00
R$ 249,00
COLOMA ROSADO
2015
COLOMA SELECCIÓN
2014
O apetite bem traduzido
ESPANHA
ESPANHA
Uvas: 100% Pinot Noir
Álcool: 12,5%
Uvas: 100% Garnacha
Tintorera
Álcool: 14,5%
Às vezes, fazer o garçon, waiter ou cameriere
CA DI’ PONTI NERO
D’AVOLA 2014
R$ 59,80
R$ 73,80
entender o que queremos do menu vira uma
maratona de gestuais frenéticos e tropeços
fonéticos, que só terminam quando somos
vencidos pelo cansaço ou pela fome. Foi dessa
dificuldade de comunicação dos turistas,
Il Brecciolino 2011 –
FRANÇA
Uvas: 40% Sangiovese,
40% Merlot e 20% Petit
Verdot
Álcool: 14,5%
R$ 231,00
Lidio Carraro Tannat
Grande Vindima 2011
detectada principalmente em eventos esportivos,
BRASIL
o Menu for Tourist. O aplicativo nacional
Uvas: 100% Tannat
Álcool: 16%
R$ 186,00
e da proximidade da Rio-2016, que nasceu
gratuito pode ser baixado da Apple Store e do
Google Play, e funciona como um localizador de
restaurantes (via GPS), tradutor e intérprete de
cardápios. Além de disponibilizar inglês, italiano,
espanhol, alemão, francês, mandarim, japonês
e russo, o app tem como virtude respeitar as
WEST LANE WINERY
2012
E.U.A.
Uva: 100% Carignane
Álcool: 14,5%
R$ 59,00
particularidades de cada idioma, evitando
traduções literais que resultem em imbróglio
linguístico. O Menu for Tourist ainda tem filtros
de busca por cidade, distância, bairro e tipos de
culinária. Alívio para os garçons, visibilidade
para os estabelecimentos, e praticidade para os
turistas, que poderão experimentar, sem sustos,
as peculiaridades gastronômicas de cada pedaço
do mundo.
55
além da
garrafa
SEM FRETE
Linha Vacu Vin
ADICION
AL
o até o
eu pedid
s
o
a
ç
a
F
eba
ês e rec
m
o
d
ia
último d
com sua
a junto
r
p
m
o
c
sua
vinhos*
aixa de
c
a
im
x
pró
Conhecida mundialmente após
lançar a inédita bomba a vácuo
para vinhos, a marca Vacu Vin
é presença obrigatória no mundo
do vinho e gastronomia.
JOGO 12 MARCADORES
TAÇAS FESTA
TERMÔMETRO DE
ENCAIXE SILICONE
CORTADOR DE LACRE
VACU VIN
Preço para associado:
Jogo de 2 tampas
Preço para associado:
Preço para associado:
R$ 39,00
Preço para associado:
R$ 37,00
R$ 55,00
VACU VIN
Bomba a vácuo
com 2 tampas.
Preço para associado:
R$ 21,00
SACA-ROLHA TWISTER
PRETO BLISTER
Sacar-rolha
Modelo Sommelier
BICO DOSADOR
BICO DOSADOR
ABS/TPR p/ vinho
para espumante
Preço para associado:
Preço para associado:
Preço para associado:
Preço para associado:
R$ 60,00
R$ 28,00
R$ 19,00
R$ 51,00
R$ 52,00
56
*Pedidos sujeitos à confirmação no estoque.
Linha Cristal
Linha Cristal
TAÇA PORTO
TAÇA BORDEAUX
Par de taças de cristal 228 ml
Par de taças de cristal 180 ml
Par de taças de cristal 660 ml
Preço para associado:
Preço para associado:
Preço para associado:
R$ 52,00 (o par)
R$ 63,00 (o par)
R$ 50,00 (o par)
TAÇA BORGONHA
TAÇA DEGUSTAÇÃO
DECANTER BOHEMIA
Par de taças de cristal 500 ml
Par de taças de cristal 255 ml
1500 ml
Preço para associado:
Preço para associado:
Preço para associado:
R$ 50,00 (o par)
R$ 58,00 (o par)
R$ 65,00
Linha bolsas
TAÇA DE ESPUMANTE
0800 774 0303
www.sociedadedamesa.com.br
Bolsa “SEIS”
De lona, modelo engradado,
para até 6 garrafas.
Preço para associado:
R$ 84,00
Faça suas compras por telefone ou site até
o último dia do mês e receba juntamente
com sua próxima caixa de vinhos.
sociedade
da mesa
c l u b e
d e
v i n h o s
57
Sociedade da mesa apresenta:
Promoção
U
m
e
Amigo
u
q
i
d
In
Oi, José! Tudo bem?
E aí, aproveitou a promoção
“Indique um Amigo” ?!
Aproveitei Paulo!
E sempre aparece um amigo novo
para indicar, é ótimo, ainda mais agora
com a edição especial de inverno!
Como é?
Nos meses de Maio e Junho,
quem indicar ganha o presente em dobro!
Para todo amigo indicado que se associar,
eu ganho dois pares de taça e ele
ganha um par!
Que legal!
Vou indicar meu cunhado.
Todo inverno ele começa a me visitar
mais pra tomar um vinho...
A promoção
chama “Ïndique um Amigo”,
mas acho que vale pra
cunhado também!
fim
Como indicar:
Acesse
www.sociedadedamesa.com.br/indique
ou
Em Maio e junho
associados ganham
o presente em dobro!
Seu amigo pode se cadastrar diretamente:
www.sociedadedamesa.com.br/amigo
Basta que ele preencha o campo
“Quem me indicou foi” com seu nome completo!
ou
Ligue para nós no 0800 774 0303 ou
Envie um e-mail com nome, telefone
ou e-mail do seu amigo para
[email protected]
e Nós entraremos em contato com ele.
Promoção válida para amigos indicados
que se associarem ao clube.
0800 774 0303
www.sociedadedamesa.com.br
Siga a Sociedade da Mesa nas redes sociais:
Facebook
sociedadedamesa
I nstagram
@sociedadedamesa
B l og do Dar io
tudoconformeeumesmo.com
R e vist a Socie dade da Me sa
revista.sociedadedamesa.com.br
m o m e n t o s
meu momento
sociedade da mesa
Bons vinhos, bons pratos e boas companhias
proporcionam momentos especiais, que
chamamos de Momentos Sociedade da Mesa.
Compartilhe conosco. Seu momento pode ser
selecionado e aparecer nesta coluna.
Compartilhe seu Momento Sociedade da Mesa Conosco.
Poste no Instagram suas fotos que traduzem melhor este
momento com a #meumomentosociedadedamesa e marque
nosso perfil #sociedadedamesa. As fotos escolhidas por
nossa equipe serão publicadas aqui na revista.
60
@claudianpd:
#meumomentosociedadedamesa #wine
#domingao #familia #sociedadedamesa
@claudiombueno: Vive lá France!!
#meumomentosociedadedamesa
#sociedadedamesa
@Cristinagmc:
#meumomentosociedadedamesa
@fer_nasuk: Nada como um bom vinho
para terminar bem uma semana estressante!
Las Perdices – Bonarda
@jfernandorigo: #sociedadedamesa
#meumomentosociedadedamesa
@soniavallebarros:
#meumomentosociedadedamesa
@robertapessoajorge: Tucunaré, coberto
de laminas de amêndoas, molho de gengibre,
arroz vermelho picante com cenoura,
aspargos frescos ..... E ótimas companhias!!!!!
#micrvengs #3R
@rafaelneyfonseca: Don’t you wanna
come with me? Don’t you wanna feel my
bones on your bones?
@fla_coelhodafonseca #boneshaker
#meumomentosociedadedamesa
@Vanialm: caldo de batata doce,
inhame e mandioquinha com dadinhos
de tapioca com chia #cozinhaterapia
#meumomentosociedadedamesa
#sociedadedamesa
61
CONHEÇA O BLOG DO DARIO.
Acesse o blog para ler e consultar mais
de uma centena de artigos técnicos
sobre v inho e histór ias ou reflex õ es
escr itas por Dar io Taibo - fundador da
Sociedade da Mesa e responsável pela
seleção dos v inhos apresentados no
clube. Tudo conforme ele mesmo ( ou
quase. . . ex iste um pequeno filtro da
área j ur ídica no caso das frases mais
polêmicas e políticas ) .
WW W.T UDOCONFOR MEEUMES MO.COM
Para artigos técnicos digite a # atsm no campo de busca ou procure
pelo tema que dese j a saber mais, como por exemplo “ D ióx ido de
enxofre ” ou “ Rolha de cortiça ”
62
julho
próxima seleção mensal
selecionado
p o r
D a r i o
T a i b o
Se a seleção Grandes Vinhos do mês passado nos
Las Perdices - Signature
Cabernet Sauvignon 2015
Lujan de Cuyo | Argentina
deixou deslumbrados com dois vinhos magistrais
da Viña las Perdices, neste mês voltamos para
essa bodega para desfrutar de outros dois vinhos
deliciosos. Nesta ocasião apresentamos um Cabernet
País: Argentina
Sauvignon e um Petit Verdot de Mendoza, para
Região: Mendoza
continuar descobrindo as novas propostas dessa
Indicação Geográfica: Lujan de Cuyo
Uvas: 100% Cabernet Sauvignon
Crianza: 50% do vinho com 8 meses de
crianza em barril francês e americano.
região que já nos tinha muito acostumados com o
Malbec. Quando temos a oportunidade de entender
o potencial vitivinícola dessa região, de mãos dadas
Álcool: 14,5 % vol.
com enólogos como Juan Carlos Muñoz, que é capaz
Produtor: Viña Las Perdices
de abrir a porta para novas experiências enológicas,
ficamos gratos. Estamos muito satisfeitos com esta
Valor para Associado: R$ 59,00
Valor aproximado de mercado: R$ 80,00
seleção dupla Las Perdices Signature, que recebeu seu
nome por ser uma seleção pessoal do enólogo.
Estes varietais de Petit Verdot e Cabernet Sauvignon,
têm o estilo de sua alma mater, Juan Carlos Muñoz,
que é um incansável defensor do caráter varietal de
seus vinhos, em contínua busca pelo equilíbrio entre
Las Perdices - Signature
Petit Verdot 2015
Lujan de Cuyo | Argentina
País: Argentina
Região: Mendoza
Indicação Geográfica: Lujan de Cuyo
a fruta e a madeira, com seus vinhos suaves, amáveis,
redondos, fáceis de beber e de se desfrutar.
Como dissemos com a seleção anterior dessa bodega,
apaixonar-se por seus vinhos será inevitável. Seu
jovem enólogo busca, desde o início, a essência dos
vinhedos localizados em Agrelo-Lujan de Cuyo e
Uvas: 100% Petit Verdot
em Barrancas - Maipu. Graças à sua capacidade de
Crianza: 50% do vinho com 8 meses de
inovação e energia, conseguiu, em poucos anos,
crianza em barril francês e americano
o reconhecimento internacional - mais do que
Álcool: 14,5 % vol.
merecido - pelos seus vinhos.
Produtor: Viña Las Perdices
Valor para Associado: R$ 59,00
Valor aproximado de mercado: R$ 80,00
Lembre-se de nos comunicar quaisquer alterações
no envio do mês de julho, tais como alteração de
quantidades, pedidos adicionais ou suspensão até
o último dia deste mês de junho. Pedidos sujeitos à
confirmação no estoque.
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