hortec - Etec Professor Mário Antônio Verza

Transcrição

hortec - Etec Professor Mário Antônio Verza
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA
CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA
HORTEC
ANGELO ROBERTO MARTINS
CLAUDINEI VALENTIM
GUSTAVO ANTONIO DAMASCENO TROVO
PALMITAL
2012
ANGELO ROBERTO MARTINS
CLAUDINEI VALENTIM
GUSTAVO ANTONIO DAMASCENO TROVO
HORTEC
Trabalho
de
conclusão
de
curso
apresentado à ETEC Prof. Mário Antônio
Verza,
como
parte
dos
requisitos
necessários para a obtenção do título de
Técnico em Informática.
Orientador:
Antonio
PALMITAL
2012
Prof.
Alessandro
Aparecido
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA
ANGELO ROBERTO MARTINS
CLAUDINEI VALENTIM
GUSTAVO ANTONIO DAMASCENO TROVO
HORTEC
APROVADO EM 21/06/2012
BANCA EXAMINADORA:
ALESSANDRO APARECIDO ANTONIO – ORIENTADOR
TATIANA VALÉRIO MONTEIRO – EXAMINADORA
ISAQUE KATAHIRA – EXAMINADOR
Dedicamos este trabalho à Deus pelo
esplendor da vida, presente em todas as
atividades;
Aos amigos pelo incentivo;
Às nossas famílias, filhos e esposas pelo
apoio, compreensão, carinho e paciência
durante todo este curso, principalmente
nos momentos de dificuldades.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos às manifestações de carinho e apreço, recebidas de todos os
colegas da ETEC Prof. Mário Antonio Verza, os quais foram nossa maior fonte de
luz inspiradora e de apoio para o sucesso deste trabalho.
Nosso muito obrigado também ao nosso orientador, o Profº Alessandro
Aparecido Antonio, nossa co-orientadora Profª Luciana Michele Ventura, ao Profº
Pedro Angelo Montechesi Kirnew, ao Profº Fausto Ribas Chadi e nossa professora
do componente de TCC Tatiana Valério Monteiro pelo auxílio seguro e oportuno
durante todo o processo de orientação deste trabalho, pois aliado às suas
experiências profissionais, todas as dicas e instruções foram imprescindíveis para o
desenvolvimento e conclusão deste trabalho.
Também agradecemos aos nossos familiares por nos terem apoiado e
entendido a nossa ausência, não só durante as aulas, mas especialmente durante o
processo de desenvolvimento deste trabalho.
Enfim, a todos, o nosso grande muito obrigado!
MARTINS, Angelo Roberto; TROVO, Gustavo Antonio Damasceno; VALENTIM,
Claudinei. Trabalho de Conclusão de Curso no Ensino Técnico em Informática –
Hortec. Pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, São Paulo,
2012.
RESUMO
Já pensou a dificuldade que deve ser cuidar da horta, calcular custos de sementes e
adubos e fazer anotações em papéis? E se um programa fizesse isso para você?
Nós pensamos em desenvolver um software que torne bem prático e fácil o trabalho
dos alunos do curso de Técnico em Agronegócio. Para isso será realizado um
trabalho em conjunto, uma parceria com o curso de Agronegócio. Será uma fusão do
conhecimento das duas partes. Os alunos e professores do curso de Agronegócio
serão responsáveis pelas informações que necessitam de mais importante para que
os alunos do curso de informática desenvolvam o programa de fácil manipulação
para o usuário. Assim serão coletadas informações através de perguntas, ideias,
trocas de experiências, aulas práticas e outros com os docentes e alunos do curso
de Agronegócio.
Palavras-chave: Agronegócio; informática, fusão, informação.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Classificação taxonômica de alguns vegetais ……..……………….
15
TABELA 2 – Época de plantio para região sudeste ….…………..……………….
23
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Login e senha……..………………................................................... 27
FIGURA 2 – Cadastro de alunos……..………………..........................................
28
FIGURA 3 – Menu principal do aluno .................................................................
29
FIGURA 4 – Cadastro de aula ...........................................................................
29
FIGURA 5 – Alteração de aula ...........................................................................
30
FIGURA 6 – Alteração de cadastro ....................................................................
31
FIGURA 7 – Menu principal do professor ..........................................................
32
FIGURA 8 – Cadastro de hortaliças ...................................................................
32
FIGURA 9 – Visualização das aulas e anotações ..............................................
33
FIGURA 10 – MySQL .........................................................................................
33
FIGURA 11– Interface gráfica ............................................................................
34
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ETEC – Escola Técnica
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
MYSQL- Structured Query Language (Linguagem de Consulta Estruturada)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................
11
1.1 OBJETIVOS .................................................................................................
11
1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .....................................................
12
2. CARACTERIZAÇÃO DOS TIPOS DE HORTAS .............................
13
3. CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS ..............................................
15
4. IMPORTÂNCIA ALIMENTAR DAS HORTALIÇAS .........................
17
5. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS ...............................................
18
5.1 MATERIAIS DE PLANTIO ............................................................................
18
6. DESENVOLVIMENTO DAS HORTALIÇAS ......................................
20
6.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SOLO ..........................................................
20
6.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CLIMA .........................................................
20
6.3 ADUBAÇÃO ..................................................................................................
20
6. 3. 1 Adubações Básicas .................................................................................
20
6.3. 2 Adubações Orgânicas ..............................................................................
20
6.4 OBTENÇÕES DE MUDAS ...........................................................................
21
7. INSTRUÇÕES GERAIS ..........................................................................
22
7. 1. IRRIGAÇÃO ................................................................................................
22
7. 2. CAPINA ......................................................................................................
23
7. 3. CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS ....................................................
23
8. COLHEITA .................................................................................................
24
9. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO ...................................................
26
9.1. JAVA ...........................................................................................
26
9.2. MySQL ........................................................................................
26
9. DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA ...........................................
27
CONCLUSÃO .................................................................................................
35
REFERÊNCIAS ..............................................................................................
36
APÊNDICES ..................................................................................................
33
ANEXO ............................................................................................................
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11
1. INTRODUÇÃO
Agronegócio é toda relação industrial e comercial envolvendo a cadeia
produtiva pecuária ou agrícola. O termo agropecuária é usado no Brasil para definir
o uso econômico do solo para cultivo da terra, associado com a criação de animais.
Sendo assim podemos dizer que Agronegócio é um conjunto de negócios
relacionados à agricultura do ponto de vista econômico, também chamado de
agribusiness.
Sabendo da importância do agronegócio para economia do Brasil, a
instituição
de
desenvolvimento
profissional
Centro
Estadual
de
Educação
Tecnológica Paula Souza com relação ao curso de Técnico em Agronegócio, assim
como em seus demais cursos, tem como objetivo trabalhar a fim de que os
profissionais que formam possam e tenham capacidade de atuar no mercado de
trabalho.
O curso de Técnico em Agronegócio tem como grade curricular mobilizar
conhecimentos, habilidades e atitudes, para: poder, saber e querer mudanças
quanto à introdução de inovações tecnológicas, organizacionais e gerencias,
visando corrigir distorções nos elos da cadeia de negócios.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Geral
Auxiliar as aulas práticas do curso de Agronegócio, ajudando a gerenciar os
dados da horta.
1.1.2 Específicos
•
Auxiliar no gerenciamento de dados das aulas do curso.
•
Criar um sistema amplo e dinâmico que una simplicidade e praticidade.
•
Auxiliar a Etec visando à melhoria do curso com o nosso software.
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1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho foi realizado em duas etapas a primeira com coleta de dados
através de pesquisa bibliográfica em livros e sites relacionados ao assunto além do
apoio técnico dos professores Pedro Angelo Montechesi Kirnew e Fausto Ribas
Chadi, a segunda etapa consta a elaboração de um aplicativo com a finalidade de
facilitar o trabalho dos docentes e discentes do curso técnico de agronegócio.
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2. CARACTERIZAÇÃO DOS TIPOS DE HORTAS
I) Hortas Educativas
Quando o objetivo principal de uma horta é a educação dos indivíduos que
dela participam direta ou indiretamente são consideradas hortas educativas.
As hortas educativas podem ser de caráter escolar ou familiar. Segundo
Macêdo (2005),
A educação hortícola se refere ao conhecimento de técnicas básicas de
produção, dos aspectos nutricionais relativos à alimentação de hortaliças
diversas dos cuidados essenciais com as qualidades dos produtos das
formas e modos de preparo e consumo, e dos aspectos nutricionais
relativos à alimentação de hortaliças diversas. Assim, a horta educativa é
sempre diversificada, cultivando-se diferentes espécies hortícolas ao
mesmo tempo. Pode ser comunitária quando conduzida em comum por
associação ou grupo de pessoa, formal ou informalmente constituído,
escolar quando conduzida pelos estudantes de uma escola de qualquer
natureza e familiar também denominada caseira ou de “fundo de quintal”,
quando conduzida pelo individuo e a sua família. Esta se localiza
geralmente próxima à residência do proprietário.
As hortas educativas ocupam pequenas áreas e os produtos são destinados
primeiramente à alimentação das pessoas empenhadas no trabalho de preparo da
horta. Entretanto, podem crescer e gerar excedentes para comercialização e até se
transformarem em atividade com duplo objetivo, educacional e comercial.
II) Horta Comercial
A horta comercial tem como principal objetivo a obtenção de rendimento
econômico proveniente da comercialização de produtos. Pode ser especializada ou
diversificada e com destinos diferentes para os produtos obtidos.
As hortas comerciais diversificada são de pequeno porte produzem várias
espécies de hortaliças e se localizam na periferia dos centros urbanos. Seus
produtos são comercializados nas feiras livres ou a intermediários, varejistas ou não,
que repassam para mercados e feiras ou centros de abastecimentos.
As hortas comerciais especializadas são em geral de médio ou grande porte,
explora poucas espécies e localiza-se geralmente afastada dos grandes centros
urbanos, entretanto, a maior ou menor distância de centros urbanos é a função do
destino da produção e das características dos produtos. Podem ser perecíveis e
alcançam Quando a produção se destina diretamente ao consumo e trata-se de
produtos altamente perecível são destinados a indústrias de enlatados como tomate
e ervilha, já os produtos com maior durabilidade como alho, cebola, batata, etc.,
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podem suportar a maior distância dos centros urbanos é irrelevante e até pode se
transformar em fator de redução de custos, pelo menor preço das terras.
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3. CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS
As hortaliças são classificadas como legumes, verduras e condimentos, na
linguagem popular, e até utilizadas por alguns técnicos.
Toda hortaliça cuja parte aproveitada como alimento é fruto, semente, bulbo,
raiz ou tubérculo, denomina-se legume.
Exemplo: tomate, ervilha, cebola, cenoura, batata, etc.
As hortaliças cujas partes aproveitadas são folhas, flores e hastes, são
conhecidas como verduras.
Exemplo: alface, couve-flor, brócolos, agrião, e etc.
As hortaliças cuja finalidade é melhorar o sabor, o aroma, ou a aparência dos
alimentos, como o coentro a cebolinha, a salsa, a pimenta, entre outros. São
denominadas como condimentos.
Segundo o parentesco botânico as hortaliças compreendem um grande
numero de família dentre as quais são encontradas uma ou mais espécies de
interesse econômico.
Torna-se necessário uma metodologia que apresente as diferenças e as
semelhanças botânicas ou de ordem tecnológica entre essas culturas, devido à
grande quantidade de espécies envolvidas e as exclusividades de cada cultura.
Uma classificação muito antiga considera como critério para o agrupamento,
as partes que têm valor comercial e que são utilizadas na alimentação humana. Tal
classificação vem sendo utilizada, com pequenas alterações, pelo sistema Nacional
de Centrais de Abastecimento.
A classificação é a seguinte:
•Hortaliças tuberosas - aquelas cujas partes utilizáveis crescem dentro do
solo, compreendendo: rizomas (inhame), bulbos (cebola, alho), tubérculos
(batatinha,
cará),
e
raízes
tuberosas
(cenoura,
batata-doce,
beterraba,
mandioquinha-salsa).
• Hortaliças herbáceas - aquelas cujas partes aproveitáveis ficam acima do
solo, sendo suculentas e tenras: hastes e talos (aspargo, funcho, aipo), folhas
(alface, taioba, repolho, espinafre), flores e inflorescências (couve-flor, brócolis,
alcachofra).
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• Hortaliças-fruto – aquelas que produzem frutos que são utilizados verdes ou
maduros, todo ou em parte: pimentão, quiabo, melancia, ervilha, tomate, abóbora,
jiló, berinjela.
Outra classificação, mais fácil, incorreta e pouco abrangente também, e muito
usada, é a que reúne todas as hortaliças em dois grandes grupos: os “legumes” e as
“verduras”.
O melhor critério para organizar as culturas oleáceas é levar em conta o
parentesco botânico das plantas, com a vantagem de se apoiar em características
muito estáveis. Assim, enquanto que os métodos culturais empregados ou as partes
aproveitáveis na alimentação podem variar de uma região para outra, por simples
tradição regional ou conforme imposições econômicas, as características botânicas
são invariáveis. Esse tipo de classificação fundamenta-se no parentesco e nas
semelhanças entre elas, utilizando-se os órgãos vegetativos e reprodutivos. Para
tanto, utilizamos três unidades taxonômicas que nos cativam mais de perto:
• o gênero botânico - que é o agrupamento de espécies afins;
• a família botânica - que é a reunião dos gêneros botânicos afins;
• a espécie botânica - que é a unidade taxonômica básica, englobando indivíduos
vegetais muito semelhantes entre si.
Essas unidades são utilizadas desde os primeiros trabalhos do célebre
professor sueco Karl Von Linnée (1707 - 1775), adotando-se um sistema binário de
nomenclatura, em latim, aceito universalmente, que compreende o nome do gênero
e o epíteto específico para designar uma espécie botânica.
Tabela 1 – Classificação taxonômica de alguns vegetais.
FAMÍLIA BOTÂNICA
NOME POPULAR
NOME CIENTÍFICO
Alliaceae
Cebola
Allium cepa
Apiaceae
Cenoura
Daucus carota
Apiaceae
Salsa
Petroselinum crisp
Asteraceae
Alface
Lactuca sativa
Brassicaceae
Couve-manteiga
Brassica oleracea var. acephala
Brassicaceae
Rabanete
Raphanus sativus
Brassicaceae
Rúcula
Eruca sativa
Chenopodiaceae
Beterraba
Beta vulgaris
Solanaceae
Tomate
Lycopersicon esculentum
Fonte: Bevilacqua (2012, p. 5)
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4. IMPORTÂNCIA ALIMENTAR DAS HORTALIÇAS
O consumo de hortaliças é de vital importância para a saúde, pois são fontes
de vitaminas, fibras e sais minerais, substâncias essenciais ao bom funcionamento
do organismo humano. Auxiliam a digestão e o funcionamento dos diversos órgãos
sendo considerados alimentos protetores da saúde, além de desempenhar ação
antioxidante.
Como o organismo humano não tem a capacidade de armazenar vitaminas e
sais minerais, necessários à sua nutrição, aconselha-se a ingestão diária de tais
nutrientes, especialmente provenientes de hortaliças pelos benefícios adicionais pela
ingestão de fibras. Uma hortaliça pode ser rica em um ou mais nutriente e pobre em
outros.
Algumas hortaliças fornecem fitoquímicos que têm ação benéfica para a
saúde na prevenção de doenças e auxílio na recuperação de pessoas com
enfermidades. Entre os benefícios do fito químicos estão à prevenção de doenças
cardiovasculares, de câncer e melhora do sistema imunológico.
Nas hortaliças encontramos cálcio, fósforo e ferro. O cálcio é um ótimo
fortificador dos ossos e dentes, acelera a coagulação do sangue e ajuda na
regulação nervosa e muscular. É encontrado em alguns vegetais verdes e na couveflor. O ferro ajuda no transporte de oxigênio pelo corpo desde o pulmão até as
células sendo um componente da hemoglobina, o ferro é encontrado no rabanete,
espinafre, beterraba, agrião etc. O fósforo é necessário para converter as proteínas,
lipídios e hidratos de carbono em energia dentro do organismo, indispensável para o
sistema nervoso. É encontrado em todas as leguminosas.
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5. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
Em olericultura, normalmente são utilizados vários instrumentos que muito
auxiliam a execução das tarefas. Porem, para as pequenas horta a enxada e
qualquer equipamento que permita regar as plantas são os únicos que não podem
faltar, instrumentos como: enxadão, pás, garfo, cavador reto, mão-de-onça, ancinho,
sacho, pazinha de transplante, carro-de-mão, marcadores diversos, pulverizadores e
outros improvisados pelo olericultor, são importantes porque facilitam os trabalhos e
proporcionam o melhor rendimento. A utilização de equipamentos como grade,
arados, enxada rotativa, conjunto de irrigação, sulcador, etc., é utilizado com mais
frequência em pequenas hortas comerciais ou em hortas maiores.
5.1 MATERIAIS DE PLANTIO
As hortaliças necessitam de canteiros bem alimentados e preparados para
desenvolverem e darem bons frutos. Para iniciar o cultivo de uma horta natural é
preciso reserva-lhe espaço claro, arejado e que receba o sol da manhã ou da tarde.
As hortaliças podem ser multiplicadas por sementes, mudas ou brotos, ramas,
hastes
ou
estacas,
frutos,
tubérculos,
bulbos
e
bulbilhos
ou
“dentes”.
A maioria das espécies hortícolas tem como material de multiplicação as sementes.
Em geral estas são pequenas e perdem rapidamente o poder germinativo na
ausência de embalagens adequadas, especialmente se mantidas em temperaturas e
umidade relativas elevadas. Para conservar melhor o poder germinativo das
sementes comercializadas são utilizados sacos de papel laminizados e latas. Por
isso, estas devem ser compradas em quantidades necessárias para um curto
período e em embalagens fechadas. Na ocasião da compra deverão ser observados
no rotulo das embalagens a espécie, a cultivar, o poder germinativo e a validade do
teste de germinação.
As espécies que são multiplicadas por sementes são as seguintes: abóbora,
abobrinha, agrião, alface, beterraba, berinjela, cebola, cebolinha, cenoura, coentro,
couve, brócolos, couve-flor, feijão-vage, jiló, melancia, melão, milho-doce, moranga,
nabo, pepino, pimentão, pimenta, rabanete, salsa, quiabo e tomate.
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As mudas podem ser originadas de sementes, plantadas em canteiros
especiais, ou de parte de vegetal (vegetativas) como as brotações laterais de couve
e pedaços de cebolinha. Algumas hortaliças devem ter suas sementes plantadas
inicialmente em sementeiras depois transplantadas para canteiros. Outras hortaliças
como a beterraba, rabanete e cenoura podem ser cultivados em lugares definitivos.
As plantas produzidas em sementeiras devem ser retiradas para que possam
produzir, pois o espaçamento entre uma e outra planta é muito pequeno, não sendo
suficiente para o desenvolvimento total das plantas. Portanto são mudadas para
uma local onde terão mais espaço para se desenvolverem.
Ramas, hastes ou estacas são pedaços do caule de outras hortaliças,
utilizados como material de plantio, a exemplo do agrião, a batata-doce e da hortelã.
Para a batata-doce, ramas com 20 a 30 cm de comprimento constituem o principal
material de plantio.
O material de plantio do chuchu é o fruto. Apesar de considerado o material
vegetativo por autores, trata-se de material sexuados.
O material vegetativo de multiplicação da batatinha é o tubérculo, que deve
ser plantado com 3 a 4 cm de tamanho.
O material vegetativo da cebola ou a própria cebola é o bulbo, que pode ser
utilizada para plantio. Neste caso, deve-se escolher ou produzir bulbos dos menores,
também denominados bulbinhos.
O material utilizado para a multiplicação do alho é o bulbinho ou “dente”.
Para a produção própria de qualquer material de multiplicação de hortaliças
recomendam-se escolher plantas mães produtivas bem desenvolvidas e isentas de
pragas e doenças.
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6. DESENVOLVIMENTO DAS HORTALIÇAS
6.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SOLO
As plantas necessitam de um solo rico em nutrientes, água e oxigênio. O grau
de exigência desses componentes varia em função da espécie de planta ou cultivar.
As hortaliças, em geral, se caracterizam pela alta exigência nos três componentes
citados.
6.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CLIMA
Dentre os fatores climáticos, a luz, a temperatura e a umidade são os de
maior importância em olericultura.
6.3 ADUBAÇÃO
A adubação consiste em corrigir as deficiências naturais do solo em algum
nutriente importante para o crescimento das plantas ou para repor os nutrientes
removidos pelas colheitas.
A falta de suplementação dos nutrientes está diretamente relacionada ao
ataque de pragas e doenças, por isso a necessidade da adubação.
6.3.1 Adubações básicas
A regra de utilização de 150 a 250g da fórmula 4-14-8 ou 4-16-8 por m²
de área deve ser acrescida de relativa dos de bom senso. Devem-se
considerar
as
exigências
nutricionais
das
espécies,
os
grandes
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espaçamentos, a duração do clima, o nível de produtividade esperando e as
indicações de real estado de fertilizante do solo.
6.3.2 Adubações Orgânicas
O adubo orgânico é da maior importância para o cultivo de hortaliças.
Mesmo pelo fornecimento de nutrientes, vez que na maioria dos casos é
pobre, mas, pela melhoria das condições físicas do solo que impõe.
A matéria orgânica torna o solo muito solto, mas ligados, conferindolhes maior capacidade de retenção de água e nutrientes e os solos mais
pesados, mais soltos, com maior porosidade e penetração do ar. O adubo
orgânico melhora a vida macro biológico do solo favorecendo a sobrevivência
de minhocas, fungos e bactérias benéficas. Fornece ainda micronutriente às
culturas e favorece a absorção de nutrientes provenientes de outras fontes.
6.4 OBTENÇÕES DE MUDAS
As mudas da maioria das espécies hortícolas são obtidas a partir de
sementes. A semeadura em sementeiras deve ser bastante uniforme, em pequenos
sulcos paralelos, distanciados 10 cm e profundidade em torno de 1 cm. A cobertura
das sementes deve ser feita com uma fina camada de terra ou esterco curtido, de
preferência, peneirado sobre o leito.
A cobertura do leito com folhas de dendezeiro, coqueiro ou assemelhado
ajuda a conservar a umidade, evita compactação e superaquecimento do solo,
favorecendo a germinação.
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7. INSTRUÇÕES GERAIS
7. 1. IRRIGAÇÃO
A irrigação é fundamental para complementar a grande necessidade de água,
para a maioria das espécies hortícolas, mesmo em períodos ou regiões onde
ocorrem os melhores regimes de distribuição de chuvas. O excesso de água
provoca o aparecimento de doenças nas hortaliças, que apesar de necessitarem de
muita água, não gostam de ser encharcadas. O excesso de água dificulta a
oxigenação das raízes. O ponto ideal é sempre úmido, no inverno uma rega por dia
já é suficiente para quase todas as hortaliças, já as que crescem melhor no período
do frio devem ser regadas diariamente, da sementeira até a colheita, e sempre que
apresentarem sinais de falta de umidade. No verão elas pedem rega na sementeira,
nos primeiros dias após o plantio das mudas ou quando as chuvas faltarem.
Em geral, a quantidade de água a aplicar por vez, deve ser o suficiente para
molhar a terra até a profundidade de 20 a 25 cm, onde se concentram a maioria das
raízes. O excesso favorece a erosão e a lixiviação dos nutrientes. A falta prejudica o
crescimento e a qualidade dos produtos podendo acelerar o processo de maturação.
A irrigação pode ser feita por sulcos ou por aspersão.
Alguns fatores influenciam na escolha no método de irrigar:
a) Característica do solo – textura: argilo-arenoso; permeabilidade: a água
infiltra rapidamente.
b) Topografia do terreno - se for plano ou decline suave: pode ser por sulcos
de infiltração; acentuado: por aspersão.
c) Quantidade de água por planta - algumas plantas toleram irrigação por
inundação permanente como o arroz.
d) Qualidade da água – água poluída deve ser utilizada por métodos
artificiais, sulcos de maneira que não afete as folhas.
E) Fator econômico – para nossas condições o mais econômicos é o sulco de
irrigação (infiltração).
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7.2. CAPINA
Para evitar a concorrência por água, luz e nutrientes a capina devem ser
executadas para retirar as ervas daninha que infestam as culturas. Deve ser
realizado o quanto antes e sempre que necessário.
7.3. CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
As principais pragas que atacam as hortaliças podem ser agrupadas em
insetos, ácaros e nematóides.
O controle de insetos e ácaros deve ser feito por meio de catação manual ou
eliminação das partes muito atacados. Os nematóides são mais bem controlados por
meio de práticas culturais como rotação de culturas, arações e gradagens
sucessivas em dias de solo, inundações temporárias e uso de cultivares resistente.
As doenças mais comuns nas hortaliças são causadas por bactérias, fungos e
vírus.
O controle das doenças deve ser feito eliminando-se as partes atacadas ou a
planta toda. Num caso de virose deve se eliminar todas as plantas atacadas e
combater os insetos vetores. Muitas vezes, no entanto, um mau desenvolvimento
das plantas, amarelecimento das folhas, murchamento e morte das plantas podem
ser causados por deficiência nutricional. Também, a falta ou excesso de água ou
excesso de calor ou frio podem ser responsáveis por esses sintomas.
24
8. COLHEITA
As hortaliças devem ser colhidas quando apresentarem, em determinada fase
de seu crescimento, suas melhores características de sabor, paladar, aparência e
qualidade. O ponto de colheita pode ser definido pela idade da planta,
desenvolvimento das folhas, hastes, frutos, raízes ou outras partes utilizadas como
alimento.
Tabela 2 - Época de plantio para região sudeste
Tabela de seleção das hortaliças
Hortaliça
Tipo de plantio
Ou semeadura
Espaçamento
Abobrinha italiana
Cova
100 X 60
Acelga
Definitiva ou muda
20 X 40
Agrião
Definitiva ou muda
20 X 20
Alcachofra
Mudas
200 X 100
Alface de inverno
Sementeira
25 X 25
Alface de verão
Sementeira
25 X 2 5
Almeirão
Definitivo
25 X 15
Batata
Definitivo
80 X 30
Batata-Doce
Definitivo
80 X 25
Berinjela
Em saquinhos
150 X 80
Beterraba
Definitivo
20 X 10
Brócolis Inverno
Sementeira
100 X 500
Brócolis verão
Sementeira
100 X 500
Cebola
Sementeira
40 X 10
Cebolinha
Sementeira
40 X 5
Cenoura Inverno
Definitivo
20 X 5
Cenoura verão
Definitivo
20 X 5
Época de plantio
J F M A M J J A S O N D
Época de
colheita
40-60
dias
70 dias
40-70
dias
100-140
dias
45-80
dias
45-80
dias
60-80
dias
90-115
dias
110-165
dias
90-120
dias
60 dias
80-100
dias
80-100
dias
120-150
dias
70-100
dias
80-120
dias
80-120
dias
25
Chicória
Sementeira
30 X 30
Coentro
Definitivo
20 X 10
Couve-manteiga
Sementeira
100 X 50
Couve-flor inverno
Sementeira
80 X 50
Couve-flor verão
Sementeira
80 X 50
Espinafre
Definitivo
25 X 5
Ervilha
Definitivo
40 X 20
Feijão-vagem
Cova
100 X 60
Jiló
Sementeira
120 X 80
Mandioquinha
Definitivo
70 X 30
Mostarda
Sementeira
30 X 20
Nabo
Definitivo
30 X 15
Pepino
Cova
100 X 60
Pimentão
Sementeira
100 X 40
Quiabo
Definitivo
100 X 40
Rabanete
Definitivo
20 x 80
Repolho inverno
Sementeira
60 X 40
Rúcula
Definitivo
20 X 5
Salsa
Definitivo
30 X 10
Tomate
Sementeira
Fonte: Bevilacqua (2012, p. 81)
80 X 60
80-100
dias
50-80
dias
80-90
dias
90-100
dias
90-100
dias
30-40
dias
60-140
dias
50-80
dias
60-90
dias
8-11
meses
45-50
dias
55 dias
40-60
dias
100-120
dias
70 dias
25-30
dias
90 dias
40-50
dias
50-60
dias
100-120
dias
26
9. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO
9.1 – JAVA
Java é uma linguagem de programação orientada a objeto desenvolvida na
década de 90, por uma equipe de programadores chefiada por James Gosling, na
empresa Sun Microsystems. Diferentemente das linguagens convencionais, que são
compiladas para código nativo, a linguagem Java é compilada para um bytecode
que é executado por uma máquina virtual, assim capacitando muitos programas da
mais alta qualidade, como utilitários, jogos e aplicativos corporativos, entre muitos
outros. O Java é executado em mais de 850 milhões de computadores pessoais e
em bilhões de dispositivos em todo o mundo, inclusive telefones celulares e
dispositivos de televisão.
9.2 – MySQL
O MySQL é um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD) que
utiliza a linguagem SQL (Linguagem de Consulta Estruturada, do inglês Structured
Query Language) como interface. É atualmente um dos bancos de dados mais
populares, com mais de 10 milhões de instalações pelo mundo.
.
27
10. DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA
A horta da Etec teve seu início no dia 13 de outubro de 2011, mas a iniciativa
de cultivo de plantas já havia sido tomada bem antes, na construção da estufa é
constantemente usada pelos alunos e quando for informatizada, poderá ser utilizada
por mais pessoas. Existe uma grande dificuldade em registrar tudo o que acontece
nas aulas devido ao grande número de usuários da horta, tudo será facilitado com a
informatização dos relatórios, inclusive a avaliação do professor sobre o
desenvolvimento dos alunos nas aulas práticas, pois tudo estará registrado e
organizado.
O aplicativo contará com os seguintes recursos:
I) Quando o usuário executar o programa a tela com login e senha será
apresentada, se o usuário ainda não for cadastrado ele utilizará o botão cadastrar.
Figura 01: Login e senha
28
II) O Cadastro de alunos (nome, idade, endereço, cidade, RG, CPF, Módulo,
Telefone Residencial ou Celular, e-mail).
Figura 02: Cadastro de aluno
29
III) Menu principal do aluno.
Nesta tela o aluno irá acessar o menu principal do aluno.
Figura 03: Menu principal do aluno
IV) Os alunos cadastram as aulas e realizam anotações que podem ser visualizadas
pelos professores.
Figura 04: Cadastro de Aula
30
V) Altera os dados de uma aula já existente.
Figura 05: Alteração de aula.
31
VI) O aluno irá realizar alterações no seu cadastro.
Figura 06: Alteração de cadastro.
32
VII) O professor irá acessar a tela principal do professor.
Figura 07: Menu principal do professor.
VIII) Nessa parte do programa o professor realizará o cadastro de cada hortaliça
definindo seu nome, espaçamento, tempo de germinação e desbaste, a previsão de
colheita e os meses que podem ser realizadas o plantio das mesmas.
Figura 08: Cadastro de Hortaliças
33
IX) Menu que visualiza as atividades realizadas pelos alunos nas aulas como por
exemplo: a data da aula, o aluno que realizou a plantação, etc.
Figura 09: Visualização das aulas e anotações.
X) O banco de dados foi criado no gerenciador de dados MySQL.
Figura 10: MySQL
34
XI) A interface gráfica utilizada na criação do aplicativo foi à plataforma net beans.
Figura 11: Interface gráfica.
35
CONCLUSÃO
O programa será de grande importância, pois tornará o curso de agronegócio
ainda mais atrativo. O aplicativo servirá como um apoio para os alunos e professores
ajudando-os no controle da horta.
A ideia do aplicativo foi aprimorada em cada etapa do desenvolvimento, seus
objetivos foram alcançados e todas as dificuldades foram superadas, teve como
princípios básicos o controle das hortaliças com datas de plantio e previsão de
colheita, além de tirar as dúvidas dos alunos em relação às épocas favoráveis para o
plantio de cada hortaliça.
O usuário encontrará facilidade ao manusear o aplicativo realizando tarefas
específicas e importantes percebendo e compreendendo os fundamentos e
princípios de cada uma. Esse aplicativo poderá ser modelado futuramente se
tornando acessível por pessoas com deficiências visuais e motoras.
36
REFERÊNCIAS
MACEDO, Pedro Brasil. Curso de Horticultura. São Paulo, 09/09/2005. Disponível
em http://www.ceplac.gov.br/radar/Artigos/artigo8.htm. Acesso em 22/10/2011 ás:
04h23min
ETEC Palmital. Curso de agronegócio. São Paulo, 28/03/2012. Disponível em
http://www.etecpalmital.com.br/cursos/agronegocio/curso.html.
Acesso
18/04/2012 ás 20h15min
em
BEVILACQUA, Helen Elisa C.R. Classificação das hortaliças e Cultivo de
hortaliças em recipientes. Cap. I, Cap. XV, São Paulo, 81, 09/05/2008. Disponível
em
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/02manualhorta_125389178
8.pdf. Acesso em 23/04/2012 ás 20h30min
CAMARGO, Carlos Eduardo Dias. BARRETO, Celso “Xim”. TRUFEM, Sandra F.
Botelho. LORENZATO, Sérgio E. BONONI, Vera Lúcia Ramos. Manual Brasil
Agrícola. Vol.5. Horticultura, Fruticultura e Plantas Medicinais. São Paulo:
Parma, 1986.
FILHO, Ralfe Della Croce. RIBEIRO, Carlos Eduardo. Informática Programação de
Computadores Vol. 4. Lógica de programação aplicada à linguagem Java. São
Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010.
37
APÊNDICES
APÊNDICE A - Cebolinhas produzidas na Horta Etec
Fonte: Monteiro, Laiane Luiza, 2011.
APÊNDICE B – Profº Fausto e alunos no plantio de alface
Fonte: Monteiro, Laiane Luiza, 2011.
38
APÊNDICE C – Mudas da horta da Etec.
Fonte: Monteiro, Laiane Luiza, 2011.
APÊNDICE D – Salsinha e couve
Fonte: Monteiro, Laiane Luiza, 2011.
39
APÊNDICE E – Hortaliças da Horta.
Fonte: Monteiro, Laiane Luiza, 2011.
APÊNDICE F – Alface e Tomate.
Fonte: Monteiro, Laiane Luiza, 2011.
40
ANEXOS
ANEXO A – Cartilha Horta na Escola
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

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