Texto original (fragmento de A História da Riqueza do Homem, de
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Texto original (fragmento de A História da Riqueza do Homem, de
Texto original (fragmento de A História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman) As corporações lutaram para manter o monopólio dos respectivos artesanatos, e não permitiam aos estrangeiros que se imiscuíssem em seu mercado. Quando lemos na história medieval o relato de guerras sangrentas entre uma cidade e outra, devemos lembrar que freqüentemente se travavam apenas porque os membros das corporações não toleravam a concorrência de estrangeiros. Hoje em dia, o inventor de um novo processo, ou de um processo melhor, patenteia sua invenção, e ninguém mais poderá usá-la. Mas na Idade Média não havia leis sobre patentes, e as corporações, ansiosas de manter o monopólio, se preocupavam naturalmente em ocultar seus segredos artesanais. No entanto, como impedir que eles fossem conhecidos? Como impedir que outros viessem a saber das manhas do ofício? Uma lei veneziana de 1454 nos indica pelo menos um dos métodos: "Se um trabalhador levar para outro país qualquer arte ou ofício em detrimento da República, receberá ordem de regressar; se desobedecer, seus parentes mais próximos serão presos, a fim de que a solidariedade familiar o convença a regressar; se persistir na desobediência, .serão tomadas medidas secretas para matá-lo, onde quer que esteja.” Referencial teórico Exemplo de citação indireta ou parafrase Huberman (1986) afirma que na Idade Média, as corporações mantinham seus segredos de ofício a qualquer preço, inclusive engendrando planos de assassinato àquele que não se apresentasse por deixar vazar tais informações. Exemplo de citação direta (uso de aspas) Huberman (1986, p. 58) ao relatar o comportamento das corporações, em relação àqueles que deixavam vazar informações sigilosas, cita uma lei veneziana: “[...] se persistir na desobediência, serão tomadas medidas secretas para matá-lo, onde quer que esteja”. Referências HUBERMAN, Leo. A história da riqueza do homem. Ed. 21. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.