VI Congresso Nacional de Suinicultura

Transcrição

VI Congresso Nacional de Suinicultura
ZUP/67/MAR/13
OS NOVOS NÚMEROS
DO SEU SUCESSO
NO TRATAMENTO DO CRS
14 1
4
Federação Portuguesa
de Associações de Suinicultores
N.º 100
2013 Abr. Mai. Jun 5,00 €
suinicultura
www.suinicultura.com
VI Congresso Nacional
de Suinicultura
9
Suinicultura 2020
O Futuro Hoje
Exposalão – Batalha
MSD Animal Health
Quinta da Fonte - Edif. Vasco da Gama, Nº 19
2770-192 Paço de Arcos – PORTUGAL
Tel.: (+351) 214 465 700 • Fax: (+351) 214 465 724
www.msd-saude-animal.com.pt
19 e 20 de junho de 2013
editorial
Amigos Suinicultores,
Temos à porta o VI Congresso Nacional de Suinicultura,
momento alto do movimento associativo em Portugal,
que permitam potenciar compras e vendas,
onde os mais importantes temas com que nos debatemos,
partilhar conhecimentos para melhorar
serão discutidos e analisados, esperando­‑se que se torne
um marco importante para futuro da Suinicultura em
produtividades, tendo por fim reduzir custos
Portugal.
e aumentar proveitos, só o conseguiremos,
A importância de todo o programa, não me per‑
se soubermos estar unidos.”
mite destaques, mas ainda assim, gostaria de referir
o tema “A Nova PAC e o Quadro Comunitário de Apoio
2014/2020, pela importância que pode ter para todo o
sector. As espectativas depositadas no documento que
esta Federação recentemente entregou no GPP, assim como a recetividade como o mesmo foi acolhido, dão­‑nos
ânimo e esperança.
Revolucionaremos (a ser comtemplado o documento), solucionando os problemas que o setor tem com o ambiente e
o ordenamento do território, permitindo aumentar a nossa autossuficiência e a modernização do setor. Contamos com a
cumplicidade da Administração Portuguesa e reconhecemos a forma como este tema tem sido acolhido.
Ainda neste painel, tem de merecer destaque, o tema “Desafios e Oportunidades – Agrupamentos de Produtores / Con‑
centração de Oferta”, num País de produtores tradicionalmente virados de costa uns para os outros, onde finalmente se
começa a notar a consciencialização de que só unidos potenciamos vendas, reduzimos custos e melhoramos produtivi‑
dades. Interessante podermos tomar conhecimento das experiências dos Agrupamentos existentes.
Mudar, sem resistência à mudança, acreditando em parcerias com quem tem objetivos comuns. Fazer em conjunto,
alargando âmbitos que permitam potenciar compras e vendas, partilhar conhecimentos para melhorar produtividades,
tendo por fim reduzir custos e aumentar proveitos, só o conseguiremos, se soubermos estar unidos.
Hoje 28 de Maio estou contente. Reduzimos novamente o valor a pagar pelo SIRCA em cerca de 65%, a todos os
Suinicultores representados pelo movimento associativo. Se atendermos a que esta taxa, que nos foi imposta com um
valor a pagar de 0,025 Euros por quilo de porco abatido, temos que a poupança total dos suinicultores por ano foi de seis
milhões de euros, graças e exclusivamente ao trabalho feito pelo movimento associativo.
Um forte e sentido agradecimento, àqueles da Administração, que connosco tanto têm colaborado neste projeto.
Não estou feliz, porque não fui capaz de obter a união que permitisse que esta negociação pudesse representar a
totalidade dos Suinicultores Portugueses. Culpa minha, ou talvez de outros que teimosa, mas legitimamente, continuam
a querer navegar sozinhos, não vendo que, dividindo fragilizam o peso que em conjunto podemos ter no presente, con‑
dicionando um melhor futuro.
“Fazer em conjunto, alargando âmbitos
Resta­‑me a consolação de que todos pagaremos menos.
Um forte abraço a todos os Suinicultores.
Vitor Menino
Presidente da Direcção
suinicultura
3
presenças institucionais
4
suinicultura
suinicultura
sumário
editorial por Vitor Menino ................................................................................... 3
comissão de honra ...............................................................................................7
presenças institucionais
João Paulo Pedrosa – Deputado da Comissão de Agricultura e do Mar ......................8
Ficha Técnica
Revista Suinicultura n.º 100
Publicação da Federação
Portuguesa de Associações
de Suinicultores (FPAS)
www.suinicultura.com
NIPC 501 312 072
Director
Vitor Menino
[email protected]
Sub­‑Director
A. Simões Monteiro
(Médico Veterinário)
[email protected]
Editor/Redacção
FPAS – Av. António Augusto Aguiar,
n.º 179, r/c esq 1050­‑014 Lisboa
Tel.: 21 387 99 49; 91 756 39 01
Fax: 21 388 31 77
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Paginação, pré­‑impressão
DPI Cromotipo
Rua Alexandre Braga, 21 B
1150­‑002 Lisboa
Impressão
Projecção Arte Gráfica, S.A.
Parque Industrial da Abrunheira
Quinta do Lavi, Armazém 1,
2710-089 Sintra
Periodicidade
Trimestral
Manuel Isaac – Deputado da Comissão de Agricultura e do Mar ..................................10
Paulo Batista Santos – Deputado da Comissão de Agricultura e do Mar ....................12
Pedro Pimpão – Deputado da Comissão de Agricultura e do Mar ................................14
Nuno V. e Brito – Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro Alimentar......16
José Diogo Albuquerque – Secretário de Estado da Agricultura ...............................18
António José Martins de Sousa Lucas – Presidente da Câmara da Batalha ............20
Raul de Castro – Presidente da Câmara Municipal de Leiria ........................................22
Eduardo Diniz – Diretor do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério
da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território ........24
Direcção Geral de Agricultura e do Desenvolvimento Rural........................................28
Maria Teresa Villa de Brito – Diretora Geral de Alimentação e Veterinária..............32
Luís Souto Barreiros – Presidente do Conselho Diretivo do IFAP.............................34
opinião
Joaquim C. Dias .....................................................................................................................36
intervenções técnicas
Factores de producción: Influencia de la genética y del manejo – Pep Font I Puig .....38
Factores de Produccion; Influencia en la Sanidad – Joan Sanmartín............................44
Producción de Carne y Materias Primas – Lolla Herrero.................................................48
programa científico .............................................................................................54
programa social ......................................................................................................56
associações FPAS..................................................................................................62
Tiragem
2000 exemplares
ICS/122280
Depósito Legal 48323/91
Sócio nº P­‑1154
suinicultura
5
presenças institucionais
6
suinicultura
comissão de honra
Presidente da República Portuguesa
Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva
Primeiro Ministro de Portugal
Pedro Passos Coelho
Ministra da Agricultura
Assunção Cristas
Deputados da Comissão de Agricultura e do Mar
João Paulo Pedrosa
Manuel Isaac
Paulo Baptista dos Santos
Pedro Pimpão
Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro Alimentar
Nuno Vieira e Brito
Secretário de Estado da Agricultura
José Diogo Albuquerque
Secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território
Paulo Lemos
Presidente da Câmara Municipal da Batalha
António Sousa Lucas
Presidente da Câmara Municipal de Leiria
Raúl Castro
Director do Gabinete de Planeamento e Políticas
Eduardo Diniz
Director Geral de Agricultura e do Desenvolvimento Rural
Pedro Teixeira
Directora Geral de Alimentação e Veterinária
Maria Teresa Villa de Brito
Presidente do IFAP
Luís Souto Barreiros
suinicultura
7
presenças institucionais
João Paulo Pedrosa
Deputado da Comissão de Agricultura e do Mar *
O
respeito pela qualidade am‑
biental é o principal proble‑
ma que se coloca ao livre
desempenho da atividade
suinícola em Portugal. De facto, a pro‑
dução pecuária é uma atividade eco‑
nómica legítima, que cria riqueza e dá
emprego e, por isso, merece o apoio
e a estima de todos. Acontece que o
regime ambiental de tratamento dos
efluentes representa um problema
e um custo muito significativo deste
sector. Não vale a pena iludirmo­‑nos,
sem este problema resolvido o sec‑
tor não vive com tranquilidade e os
empresários e trabalhadores estão
em permanente sobressalto. Portan‑
to, o fundamental é que todos, espe‑
cialmente os empresários, se devem
empenhar na resolução do problema.
Sem uma definição clara dos custos
do tratamento dos efluentes, os em‑
presários nunca poderão avaliar a
rentabilidade efetiva do sector e assim
garantir o sucesso e rentabilidade do
sector. O sector  tem futuro, merece
8
suinicultura
ser apoiado e acarinhado garantindo­
‑se, sempre, todas as condições am‑
bientais que hoje ninguém aceitaria
que não fossem cumpridas.
* Deputado do PS eleito
pelo círculo de Leiria
presenças institucionais
suinicultura
9
presenças institucionais
Manuel Isaac
Deputado da Comissão de Agricultura e do Mar *
Suinicultura: que futuro?
O
negócio da suinicultura
vale, de acordo com dados
recentes, cerca de 450 mi‑
lhões de euros, sendo que
a produção de porcos se destina so‑
bretudo à indústria. Portugal, que já
foi um país autossuficiente, importa
hoje o equivalente a 300 milhões de
euros em carne de porco fresca, ten‑
do perdido cerca de 10% de explo‑
rações de suinicultura nos últimos
dois anos – em 2011, o grau de au‑
toaprovisionamento de Portugal foi
de 67,8%, traduzindo­
‑se num grau
de dependência do exterior de cerca
de 32%. E segundo as últimas previ‑
sões, o número total de animais aba‑
tidos deverá diminuir 3,3% em 2013,
em comparação com 2012.
Apesar de o preço da carne ter
aumentado, as causas para estas per‑
das podem ser várias. Desde logo, o
grande aumento do custo de produção
de cereais. A retoma da produção só
poderá ser uma realidade se houver
uma redução dos custos das matérias­
‑primas, sendo que a carne suína re‑
presenta 46% do volume de total de
carnes produzidas em Portugal.
Depois, a grande reestruturação
do tecido empresarial que ocorreu
durante o ano passado, e que motivou
10
suinicultura
parcerias, fusões e aquisições entre
empresas, mas também, e infelizmen‑
te, o encerramento de algumas outras
que eram referências do setor.
Reformas necessárias para dar
cumprimento à recente diretiva rela‑
tiva à estabulação de suínos e como
tentativa de combater o aumento de
produtividade das explorações nou‑
tros Estados­‑membros da União Eu‑
ropeia.
Outro fator importante é a dimi‑
nuição do consumo de carne de suí‑
no, que deverá cair em cerca de 2,5%
em 2013, depois de uma queda de
2,2% em 2012 (kg/pessoa).
Também as exportações totais da
UE em termos de peso de carcaça
devem diminuir 13,9% para 1,88 mi‑
lhões de toneladas este ano, assim
como as exportações de animais vi‑
vos diminuíram 44,8% no ano passa‑
do, tendência que se tem mantido nos
primeiros meses deste ano (­‑4,3%),
e que reflete os problemas que os
exportadores da UE enfrentam com
as autoridades sanitárias russas, o
aumento da produção nacional na‑
quele país e a diminuição do preço
de carcaça de suíno.
As exportações de carne de porco
também reduziram, na UE, em cerca
de 5,7% nos primeiros meses de 2013
em comparação com o mesmo perío‑
do do ano anterior. Destaque­‑se, no
entanto, o aumento das exportações,
já este ano, em 69% para a China, o
principal comprador da UE, e em 3%
para o Japão.
É este o cenário que servirá de
pano de fundo ao VI CONGRESSO
NACIONAL DE SUINICULTURA. Po‑
derá parecer um cenário “negro”,
mas os maus momentos só se ul‑
trapassam discutindo e procurando
melhores, e diferentes, soluções para
os problemas. É isso que espero vir a
encontrar durante o encontro.
A par da discussão de temas tão
importantes como a nova PAC e o Qua‑
dro Comunitário de Apoio 2014/2020
ou futuro do mercado mundial das
matérias primas, do mercado inter‑
no europeu da carne de porco ou dos
mercados de exportação de países
terceiros, tenho a certeza de que os
suinicultores saberão encontrar res‑
postas para os problemas que afetam
o setor e que, seguramente, serão ul‑
trapassados com o esforço e a vonta‑
de de todos.
Nós cá estaremos para apoiar em
tudo o que for possível. Mas é funda‑
mental, primeiro, a legalização de to‑
presenças institucionais
das as suiniculturas, o que passa pelo
Governo, através do RIAP, facilitar e
desburocratizar todo o processo.
E depois, então, a sanidade. O
Governo, juntamente com as asso‑
ciações de produtores e os suinicul‑
tores, tem de fazer uma aposta na
sanidade animal. Tem de se fazer um
esforço para que a sanidade animal
esteja sempre assegurada a 100%,
para que não ponha em causa, no fu‑
turo, o esforço que está a ser feito na
área da exportação, principalmente
com os novos países, trabalho esse
que tem sido meritoriamente realiza‑
do quer pelo Secretário de Estado da
A
Alimentação e da Investigação Agro‑
alimentar, Nuno Vieira e Brito, quer
pelo Ministro de Estado e dos Negó‑
cios Estrangeiros, Paulo Portas.
É com esta convicção que desejo
à FPAS uma ótima jornada de traba‑
lho, para a qual me sinto muito honra‑
do em ter sido convidado.
Deixo aqui um grande abraço a to‑
dos. Estarei sempre ao vosso lado, a
fazer o combate em prol da suinicul‑
tura na Assembleia da República.
Bem­‑haja a todos!
* Deputado do CDS­‑PP
eleito pelo círculo de Leiria
PREOCUPA-SE!
suinicultura
11
presenças institucionais
Paulo Batista Santos
Deputado da Comissão de Agricultura e do Mar *
Os desafios da suinicultura
A
suinicultura nacional so‑
freu, na década de 70, uma
viragem no sentido da pro‑
dução intensiva, atingindo
um grau de desenvolvimento bastante
elevado, explicado pelo investimento e
a especialização que ocorreram neste
sector.
Neste quadro, registou­‑se uma evolu‑
ção no efetivo suíno português, tradu‑
zida por um significativo aumento da
produção, assim como foi visível uma
alteração da distribuição geográfica
12
suinicultura
do investimento neste sector e a uma
grande concentração de explorações
de tipo industrial nos distritos de Lei‑
ria, Lisboa, Santarém e Setúbal.
Hoje, dentro do sector da pecuária, a
suinicultura ocupa um lugar de grande
importância e representa uma parte
muito significativa do PIB agrícola,
bem como o setor empreendeu um
enorme esforço de modernização,
procurando produzir de forma mais
competitiva nomeadamente no con‑
texto do designado mercado europeu
alargado. De igual forma, as explora‑
ções de suinicultura enfrentam atu‑
almente novos desafios, como, por
exemplo, a proteção ambiental, a defe‑
sa do bem­‑estar animal e a crescente
preocupação dos consumidores com
a segurança alimentar. Aliás, neste
domínio, a progressiva transposição
das regras comunitárias sobre o im‑
pacto dos efluentes das suiniculturas
no ambiente, a reconversão das uni‑
dades de abate no sentido da melhoria
da sua eficiência económica, assim
como da resolução de forma eficiente
do impacto dos subprodutos dos ma‑
tadouros no ambiente, são questões
que, por ainda não estarem resolvidas
de forma sustentada e satisfatória,
induzem, no imediato, dificuldades à
fileira da carne de porco nacional. No
entanto, o tratamento dos efluentes e
a organização de todo este sector têm
obrigatoriamente que ser objeto de
opções inadiáveis, no sentido da racio‑
nalização, otimização e planificação
desta importante atividade produtiva.
Também às entidades públicas com‑
pete um maior envolvimento no apoio
ao reforço da competitividade do setor,
bem como no controlo e fiscalização
de agentes económicos e circuitos pa‑
ralelos de comercialização, com parti‑
cular atenção para a carne importada.
presenças institucionais
Trata­‑se de um objetivo que só será
possível em parceria com os empre‑
sários e as estruturas representativas
da fileira do Porco, como a Federação
Portuguesa de Associações de Suini‑
cultores, que tem desempenhado um
papel decisivo na procura das melho‑
res soluções para o setor e sobretudo
intervindo com sucesso em processos
relevantes como a recente discussão
pública dedicada ao Sistema Integrado
de Recolha de Cadáveres das Explora‑
ções Suinícolas –
­ SIRCA. A realização
do VI Congresso Nacional de Suinicul‑
tura na Batalha, estou certo, será uma
oportunidade para afirmar o sector de
produção da carne de porco nacional,
num tempo em que a agricultura, a
pecuária e a indústria agroalimentar
assumem uma posição de extrema
importância para a recuperação eco‑
nómica e social do nosso País.
* Deputado do PSD eleito
pelo círculo de Leiria
suinicultura
13
presenças institucionais
Pedro Pimpão
Deputado da Comissão de Agricultura e do Mar *
O
sector da suinicultura as‑
sume muita importância no
contexto nacional, pelo que
se aplaude esta iniciativa da
Federação Portuguesa de Suiniculto‑
res, ao reunir em Congresso Nacional
os vários agentes relacionados com
esta área de atividade.
Este encontro assume ainda maior
importância numa altura em que es‑
tão a ser definidos os documentos
preparatórios e a estratégia nacional
a seguir no âmbito do novo quadro
financeiro comunitário 2014/2020.
Estou certo que as conclusões ­‑ que
14
suinicultura
a discussão neste encontro vai pro‑
porcionar ­‑ poderão ser muito úteis na
definição de um rumo de maior sus‑
tentabilidade para este sector.
A 
suinicultura é uma atividade
económica relevante no nosso país e
que tem enfrentado enormes desafios
ao longo dos últimos anos, o que facil‑
mente podemos constatar, por exem‑
plo, ao analisar a informação relativa
aos índices de preços da carne de
suínos e demais dados apresentados
pela Direcção Geral das Atividades
Económicas, relativos à Evolução dos
Preços na Cadeia de Abastecimento
Alimentar, no relatório de Setembro
de 2012.
Neste campo, assume particular
destaque o facto dos preços dos su‑
ínos no produtor agrícola terem re‑
gistado um crescimento médio anual
de 1% entre 2005 e 2011, enquanto
os preços da alimentação animal que
são o principal custo de produção,
terem aumentado 6,6%. Esta dis‑
crepância traduz a incapacidade de
refletir as significativas subidas dos
custos nos anos mais recentes, o
que se refletiu nas margens ligadas
á produção.
presenças institucionais
Convém realçar, a este propósito,
que, no contexto da UE27, o cresci‑
mento dos preços tem refletido a evo‑
lução do conjunto da economia, pelo
contrário, em Portugal, verifica­‑se uma
tendência para os preços do total da
carne, na indústria e no consumidor, de
crescimento inferior ao da inflação.
Todos estes dados devem merecer
a nossa reflexão, no sentido de mino‑
rar estes efeitos e adotar uma estra‑
tégia de promoção da carne de porco
e de valorização da suinicultura, já
que estamos perante a segunda maior
atividade pecuária com maior efetivo,
segundo dados estatísticos do INE.
Na Região de Leiria, para além do
impacto económico­‑social que o sec‑
tor da suinicultura representa, dado o
significativo número de produtores e
a elevada concentração de exploração
suinícolas, existe ainda uma necessi‑
dade de efetivar abordagens de inter‑
venção integrada na aplicação de con‑
ceitos sustentáveis de tratamento de
efluentes produzidos por este sector.
Creio que todos sairão a ganhar se
for devidamente salvaguardada a sus‑
tentabilidade ambiental desta ativida‑
de (em especial, a própria proteção da
bacia hidrográfica da região do lis), até
para que a atividade suinícola não seja
asfixiada por problemas ambientais.
Num contexto em que no nos‑
so país se discute o relançamento da
economia, creio estarmos perante um
sector que pode dar o seu contributo
para este desígnio nacional de valori‑
zar o sector primário como prioridade
estratégia na tão necessária retoma
económica.
Por último, aproveito a oportunida‑
de para fazer votos de que os traba‑
lhos do Congresso Nacional da Suini‑
cultura sejam muito frutuosos e ricos
em propostas e soluções que possam
ajudar à revitalização deste importan‑
te sector, saudando todos aqueles que
diariamente se dedicam a esta nobre
atividade.
Votos de bom trabalho.
* Deputado do PSD eleito
pelo círculo de Leiria
Biossegurança
Biossegurança
– Prevenção
– Prevenção
Higiene
Higiene
& Desinfeção
& Desinfeção
ao ao
serviço
serviço
de de
uma
uma
Virkon
Virkon
S S
performance
dede
exceção
exceção
Desinfetante
Desinfetante
Virucida,
Virucida,
Bactericida
Bactericida
e
e performance
Desinfetantes
Desinfetantes
Homologados
Homologados
®
®
Fungicida
Fungicida
de Largo
de Largo
Espectro.
Espectro.
Mundialmente
Mundialmente
conhecido.
conhecido.
Dispensa
Dispensa
mais apresentações…
mais apresentações…
Prophyl
Prophyl
2000
2000
®
®
Tripla Tripla
Associação
Associação
(1 Amónio
(1 Amónio
QuaterQuaternário nário
+ 1 Aldeído
+ 1 Aldeído
+ Clorocresol).
+ Clorocresol).
Conceito
Conceito
ÚnicoÚnico
de desinfeção.
de desinfeção.
Extraordinária
Extraordinária
Eficácia
Eficácia
em presença
em presença
de matéria
de matéria
orgânica.
orgânica.
Septicid
Septicid
®
®
Associação
Associação
Sinérgica
Sinérgica
de 1 Amónio
de 1 Amónio
Quaternário
Quaternário
+ 1 Aldeído.
+ 1 Aldeído.
Desinfetante
Desinfetante
de Eleição
de Eleição
para aplicapara aplicação em
çãoProdução
em Produção
animal,
animal,
Indústrias
Indústrias
agro-alimentares
agro-alimentares
e Transporte
e Transporte
de de
animais.
animais.
I I
I I
I I
I I
I I I I
Instalações
Instalações
Indústrias
Indústrias
agro-alimentares
agro-alimentares
Veículos
Veículos
de transporte
de transporte
de animais
de animais
e de eprodutos
de produtos
alimentares
alimentares
Pedilúvios
Pedilúvios
Rodilúvios
Rodilúvios
Material
Material
... ...
Tel.:+351
Tel.:+351
21 843
21 68
8435068– 50
Fax:
– Fax:
+351+351
21 840
21 32
8401732– 17
E-mail:
– E-mail:
[email protected]
[email protected]
PORTUGAP
LORTUGAL
Publicidade
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Biossegurança-Prevenção
Biossegurança-Prevenção
SUÍNOS
SUÍNOS
-1ª PROVA.indd
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1
1
suinicultura
15
17-04-2013
17-04-2013
10:51:40
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presenças institucionais
Nuno V. e Brito
Secretário de Estado da Alimentação
e Investigação Agro Alimentar
A Suinicultura,
Um Caminho com Futuro
e para o Futuro
P
ublicar o centésimo núme‑
ro de uma revista é sinal
de dinâmica e vigor, ca‑
racterísticas que, aliás, são
manifestas num sector que, de forma
corajosa, tem tido a capacidade de se
organizar e, através, desta defesa de
interesse comum, respondido e ul‑
trapassado os desafios, que nestes
tempos de mudança, têm sido muitos
e exigentes. As minhas felicitações a
todos (serão muitos, certamente) que
contribuíram para estas cem edições
e, neles, a todos os produtores e téc‑
nicos que suportam e valorizam este
sector.
Profundas mudanças têm sido
evidentes na última década, quer por
diferentes oscilações da conjuntura
económica a que se acresce a ne‑
cessidade de se adaptar às novas
exigências de um mercado cada vez
mais global, quer pelas reestrutura‑
ções profundas do tecido produtivo
ditadas por regras de licenciamento
alicerçadas no ordenamento do terri‑
tório e em questões sanitárias e de
bem­‑ estar.
Não será, de todo, despiciente
considerar o esforço produtivo, ma‑
nifestamente de cariz intensivo, quer
nos custos de instalação quer, em es‑
16
suinicultura
pecial, nos custos produtivos e, par‑
ticularmente dentro destes, os fato‑
res de produção, encabeçados pelos
custos das matérias­‑primas, em que
Portugal é profundamente deficitário
e, em consequência, altamente de‑
pendente do estrangeiro.
Para ultrapassar estes constran‑
gimentos, numa bem sucedida par‑
ceria entre os suinicultores, muito
bem representados através da FPAS
e a administração pública, em diá‑
logo franco e construtivo, interes‑
santemente regular, fácil e vivo, tem
sido possível encontrar soluções, que
honram os compromissos comunitá‑
rios, estruturantes para a suinicultura
portuguesa, que se pretende profis‑
sional e competitiva.
Observe­‑se a evolução da produ‑
ção de carne de suíno que, entre 2000
a 2006 variou entre as 223.000 tone‑
ladas e as 238.000 toneladas, a par‑
tir do qual manifestou uma tendência
positiva, ultrapassando as 250.000
toneladas em 2007, registando­‑se em
2011 uma produção de 264.000 tone‑
ladas.
De igual modo, observa­
‑se uma
tendência, ainda que reduzida, de
subida do comércio internacional
de carne que se situou em 2011 em
20.526 toneladas, o valor mais eleva‑
do registado na última década.
Considerando que a produção lí‑
quida (abate de suínos) era, em 2011,
407.000 toneladas, o consumo de
carne de suíno de 475.000 tonela‑
das e o grau de aprovisionamento de
67,8% em 2011, existe um potencial
de crescimento que urge preencher.
O caminho é assim de trabalho
em prole do auto abastecimento, da
conquista de novos mercados e não
descurando a sustentabilidade am‑
biental potenciar o desenvolvimento
económico através da criação de va‑
lor acrescentado e de emprego qua‑
lificado.
Neste percurso, deverá estar pre‑
sente o diálogo entre o conhecimento
científico e os saberes locais, em que
o primeiro contribua para reinterpre‑
tar os segundos, reinventando assim
soluções para o futuro. Acredito e
pugno para que as universidades e os
centros de competência, de mão dada
com a produção e as empresas, tendo
presente as condições específicas do
clima, da geografia, do património ge‑
nético disponível e, em particular, do
património humano, encontrarão um
caminho de identidade, indispensá‑
vel para enfrentar, reverter e renovar
presenças institucionais
uma certa globalidade, onde temos de
encontrar o nosso espaço e reforçar
a nossa competitividade.
Neste cenário, devemos olhar de
forma cuidada e estratégica para o
potencial genético autóctone, que
ainda que só preencha um nicho de
mercado, constitui em si, uma alter‑
nativa diferenciada, que devidamente
explorada e apoiada, originará a co‑
locação no mercado de produtos de
altíssima qualidade.
Estas características dos produtos,
promovidos através das suas qualida‑
des organolépticas, mas também atra‑
vés dos modos de produção, na perfeita
integração no ambiente e dos recursos
alimentares disponíveis é hoje interna‑
cionalmente e socialmente reconhecida.
Nesta atual abertura a novos
mercados, estratégicos para o cres‑
cimento de todo o sector, tem sido,
igualmente, através da preservação
e autenticidade dos nossos recursos
autóctones, que o reconhecimento
pela diversidade e qualidade dos pro‑
dutos nacionais se afirma. Não sendo
o país de quantidades, outros indica‑
dores têm de ser apresentados e va‑
lorizados neste percurso de interna‑
cionalização do sector agroalimentar.
Neste esforço de internacio‑
nalização cada vez mais impor‑
tante, as condições e eficiência
produtiva, o estatuto sanitário, a
avaliação ambiental, entre outros
indicadores, são condições relevan‑
tes para o sucesso desta estratégia.
A 
economia portuguesa conta
com a capacidade do setor suinícola
para afirmar a sua capacidade, aliás
já, constatada no volume de negó‑
cios que ascende a 450 milhões de
euros.
Acreditamos, pois, que o recen‑
te percurso de crescimento, que se
sabe tecnicamente e profissional‑
mente sustentado, vai continuar. Es‑
tamos cientes que vários números
centenários da revista (independen‑
temente do seu formato, cada vez
mais influenciado pelas novas tec‑
nologias) irão surgir. Fazemos votos
que, a construção de um Portugal
mais forte, continue a ser feito em
conjunto, com a ativa participação
de todos.
suinicultura
17
presenças institucionais
José Diogo Albuquerque
Secretário de Estado da Agricultura
U
m dos principais objetivos
que nos propusemos des‑
de o início tem sido atuar
no sentido de garantir uma
autossuficiência alimentar em valor a
partir de 2020. Atualmente esta situa­
‑se em cerca de 80%. Para alcançar
a autossuficiência é preciso aumentar
o acesso dos consumidores aos pro‑
dutos agroalimentares nacionais, au‑
mentando a produção, e substituindo
as importações.
Existe da nossa parte a preocupa‑
ção em reforçar o grau de autoaprovi‑
sionamento agroalimentar, procurando
melhorar a organização da produção,
através da concentração da oferta e da
regulação da cadeia alimentar. Nesse
sentido definimos como prioridades a
valorização do sector como produtor
de bens transacionáveis, contribuindo
assim para a correção do desequilíbrio
da balança comercial nacional.
A 
melhoria da competitividade
deste sector em particular passa por
aumentar a dimensão e a escala dos
seus operadores, de modo a permitir
ganhos de eficácia e eficiência na uti‑
lização dos cada vez mais caros fato‑
res de produção, e ainda por soluções
coletivas para resposta a exigências
ambientais ou de bem­
‑estar animal.
De facto, a procura de soluções técni‑
18
suinicultura
cas adequadas deve ser feita de modo
integrado e de acordo com as neces‑
sidades da indústria e as preferências
dos consumidores.
Quando falamos na importância
do equilíbrio da nossa cadeia alimen‑
tar, não podemos deixar de referir a
PARCA ­– Plataforma de Acompanha‑
mento das Relações na Cadeia Ali‑
mentar. A PARCA é a prova do nosso
empenhamento num pilar fundamental
para a distribuição mais equitativa de
valor na cadeia alimentar, criando um
espaço de diálogo entre os vários ele‑
mentos da fileira, tendo em vista uma
maior transparência e um equilíbrio na
distribuição de valor.
Também os trabalhos em curso
para a criação de uma Interprofissio‑
nal da carne de suíno são de louvar e
refletem esse esforço, demonstran‑
do querer assumir dentro do próprio
sector a resolução de divergências e a
procura de soluções de compromisso
para que todos possam beneficiar no
final.
Por último, aproveito para referir que
no âmbito da futura PAC 2014­‑2020 tem
existido já preocupações com a neces‑
sidade de regulação da cadeia alimen‑
tar, nomeadamente no que diz respeito
à definição de objetivos no novo PDR
no sentido do reforço da competitivida‑
de em todo o território nacional.
presenças institucionais
suinicultura
19
presenças institucionais
António José Martins de Sousa Lucas
Presidente da Câmara da Batalha
C
ongratulo­
‑me com a reali‑
zação do VI Congresso Na‑
cional do setor na Batalha,
desejando que seja um su‑
cesso em termos de participação e da
troca de conhecimentos e de experiên‑
cias, potenciando esta importante ativi‑
dade económica da região e do país.
Aproveito para deixar o convite a
todos os participantes a visitarem a
Batalha, noutra altura, com mais tem‑
po, para assim ser possível usufruírem
de momentos únicos em torno do:
– património da humanidade, com
o Mosteiro da Batalha, que este
ano comemora 30 anos de clas‑
sificação pela UNESCO;
–
MCCB museu da comunidade
concelhia da Batalha, eleito o
melhor museu português 2012,
pela APOM e recentemente elei‑
to na Bélgica, um dos 4 melhores
museus europeus;
– Eco Parque Sensorial da Pia do
Urso, usufruindo de um espaço
natural de excelência, em plena
Serra de Aire e Candeeiros;
– Centro de BTT da Pia do urso,
com mais de 300Kms de percur‑
sos cicláveis, em plena serra de
paisagens únicas;
20
suinicultura
–
Percurso pedestres espalhados
pelo concelho;
–
Gastronomia de excelência, à
base da carne de porco, como é
o caso da morcela, do bucho ou
do tachadéu;
– Vinho de grande qualidade pro‑
duzido pela Adega Cooperativa
da Batalha;
– Etc
Considero fundamental que as
entidades públicas, passem a olhar o
setor primário e atividades conexas,
como é o caso da suinicultura, com
o grau de importância que o mesmo
merece, descomplicando em sede de
processos administrativos, tomando
medidas para que possamos ser com‑
petitivos em sede de custos de pro‑
dução, em suma, deixando trabalhar o
setor privado, sendo parceiros e não
adversários. E ainda temos tanto a fa‑
zer em sede de desburocratização.
Sabendo dos níveis de dependência
alimentar do estrangeiro, é imperioso
que possamos gradualmente, encetar
processos e medidas que permitam
aumentar a nossa capacidade produti‑
va, de forma que o deficit alimentar, se
vá paulatinamente reduzindo, até que
possamos ficar próximos da autossu‑
ficiência nalgumas áreas e excedentá‑
rios noutras, podendo também assim
o setor primário, contribuir de forma
mais efetiva para melhorarmos ainda
mais a nossa balança comercial. Isto,
sem esquecer que a substituição de
importações, corresponde em ultima
análise, a exportações.
Tratando­‑se de um setor cuja ati‑
vidade principal evidencia elevadas
preocupações ambientais, é funda‑
mental que se aprofunde a discussão
destas questões e que rapidamente
se agilizem os processos para que
a atividade possa ser desenvolvida,
reduzindo ao mínimo possível os im‑
pactos ambientais, que nalguns casos
e em certas regiões, como é exemplo
Leiria, ainda estão longe do ideal, ou
do socialmente aceitável. Também é
público que nestas questões, bastam
alguns maus exemplos, para colocar
em causa todo um setor de ativida‑
de. Daí que o envolvimento direto e
mais atuante de todos, potencie a
responsabilidade social e ambiental,
levando, em ultima análise, ao encer‑
ramento das unidades cujas preocu‑
pações ambientais não se coadunem
com uma vivência saudável em so‑
presenças institucionais
ciedade. Não é minimamente aceitá‑
vel que continuemos a assistir a des‑
cargas de efluentes para as linhas de
água e a odores intensos a afetarem
aglomerados urbanos da região. Os
muitos que cumprem com as regras
do jogo, são claramente afetados, a
vários níveis, pelos poucos incumpri‑
dores. O processo da ETES – estação
de tratamento de efluentes suiníco‑
las, arrasta­
‑se à demasiado tempo,
reiterando também por mais esta
via, as preocupações dos concelhos
desta região com esta matéria, soli‑
citando ao Ministério da Agricultura e
Ambiente uma atitude mais proactiva
na resolução deste grave problema.
É fundamental também que existam
cuidados na construção da legislação,
de forma que de uma vez por todas se
eliminem as contradições e choques,
entre diversos diplomas, para não
mais nos termos que debater com um
diploma a permitir determinadas so‑
luções e outro a impedir.
Finalmente, desejar que este longo
período de enormes dificuldades, per‑
mita que aprendamos a construir um
novo modelo de desenvolvimento, que
assente na sustentabilidade e na se‑
gurança das gerações vindouras.
suinicultura
21
presenças institucionais
Raul de Castro
Presidente da Câmara Municipal de Leiria
Uma revista e um
congresso: a suiniculura
no Concelho de Leiria
O
centésimo número da revis‑
ta da Federação Portuguesa
de Associações de Suini‑
cultores, marca quase um
quarto de século de uma intensa luta
na defesa e na credibilização do setor.
É um número que nos leva a felicitar
a Federação e o corpo editorial pela
22
suinicultura
dinâmica que tem justificado uma vida
longa que, seguramente, continuará
nos trilhos da confiança não só dos
associados mas, igualmente, dos con‑
sumidores.
O peso económico da produção
suinícola, com cerca de 350 unidades
produtoras no concelho de Leiria, re‑
presenta uma relevante percentagem
no todo nacional, sendo que 36% têm
a sua sede em Leiria (dados do BP).
É, assim, um setor de grande im‑
portância pela riqueza que produz e
que deve ser tratado com o respeito
que merece.
Por isso, a Câmara de Leiria tem
procurado colaborar, estabelecendo
laços de confiança que permitam man‑
ter as mais­‑valias evidentes e resolver
os problemas também existentes e co‑
nhecidos da opinião pública, por vezes
ampliados na sua essência.
O recente processo de licencia‑
mento de dezenas de suiniculturas
que, antes, se tinham instalado de
forma menos adequada, foi um factor
corrector e de boa fé da Câmara Mu‑
nicipal de Leiria. É um exemplo, para
além de outras iniciativas, daquilo
que é feito junto dos produtores e
junto da Administração Central, para
se viabilizar um ordenamento eficaz
e eficiente das instalações.
Por outro lado, a definição estraté‑
gica das ETES não tem sido pacífica,
especialmente pelo Poder Central, que
ao longo dos anos tem sido um verda‑
deiro obstáculo à sua concretização,
por omissão de atuação e de decisão.
O que sabemos, é que Leiria não
pode continuar a ter uma imagem ne‑
presenças institucionais
gativa, derivada dos “atentados” às li‑
nhas de água, que periodicamente são
conhecidos e onde algumas vezes foi
o setor da suinicultura condenado in‑
justamente.
Por isso, o Município leiriense tem
vindo a desdobrar­
‑se em múltiplos
esforços para mudar este estado de
coisas, de modo a garantir o bom tra‑
tamento dos efluentes, evitar graves
problemas ambientais, dignificar os
produtores e levar ao desaparecimen‑
to dos confrontos de interesses so‑
ciais, muitas vezes, bem visíveis.
Acreditamos que muito em bre‑
ve, possa haver finalmente por par‑
te do Governo Central, uma decisão
que vai garantir a sustentabilidade
do setor, criando as condições es‑
senciais para que a maioria das
explorações possam finalmente ser
legalizadas.
Este número 100 da revista coin‑
cide com o VI Congresso Nacional de
Suinicultura. Trata­‑se de um momen‑
to charneira para a reflexão e para o
debate sobre os problemas que afe‑
tam o setor.
Os temas apresentados em pro‑
grama, espelham as preocupações em
robustecer o setor face à atual crise
que o País atravessa, mas espelham,
igualmente, as preocupações com as
questões ambientais, com o prestígio
dos produtores e com o contributo
para novas soluções.
Congratulamo­
‑nos com isso e
esperamos que surjam propostas
exequíveis, animadoras e responsá‑
veis para os suinicultores, para a(s)
autarquia(s) e para a Administração
Central.
Somos todos partes interessa‑
das. Uns produzem e outros zelam
pelos licenciamentos, enquanto os
consumidores devem merecer o
respeito pela confiança que devem
depositar nas carnes que lhes che‑
gam, assim como todos devem ge‑
rar confiança num ambiente cada
mais saudável.
..........................................................................................................................................................................................
..........................................................................................................................................................................................
..........................................................................................................................................................................................
..........................................................................................................................................................................................
suinicultura
23
presenças institucionais
Eduardo Diniz
Diretor do Gabinete de Planeamento
e Políticas do Ministério da Agricultura,
do Mar, do Ambiente e do Ordenamento
do Território
O contributo do setor
da suinicultura na criação
de valor económico no
complexo agroalimentar
– prospetiva para 2020
N
os trabalhos de preparação
do próximo ciclo de pro‑
gramação dos fundos co‑
munitários 2014­‑2020 está
definida enquanto visão para o setor
agroalimentar o equilíbrio da Balança
Comercial em 2020.
Por outro lado, as orientações
políticas, na programação global dos
Fundos Estruturais e de Investimento
Europeu, assentam na prioridade ao
setor dos bens transacionáveis com
um enfoque na questão da interna‑
cionalização da economia portugue‑
sa. Estas orientações recentram a
importância da produção agrícola,
pecuária, alimentar e florestal como
setores incontornáveis para a aloca‑
ção de recursos de modo a contribuir
para ultrapassar os desequilíbrios
macroeconómicos da nossa econo‑
mia.
Com efeito, o saldo da balança co‑
mercial agro­
‑florestal é tradicional‑
mente negativo e representa um dos
défices estruturais importantes da
economia portuguesa, devido ao dé‑
fice agroalimentar (cerca de 3.9 mil
24
suinicultura
milhões de euros anuais), que é ne‑
cessário corrigir.
Verifica­‑se, porém, que o complexo
agroalimentar demonstrou, nos últi‑
mos anos, um dinamismo no comércio
internacional, com um aumento rele‑
vante das exportações. O grau de au‑
toaprovisionamento alimentar tem­‑se
mantido estável na última década e é
de cerca de 83%. Se for corrigido das
produções alimentares que são dirigi‑
das para consumos intermédios dos
próprios ramos alimentares (deduzin‑
do, portanto, as duplicações de custo
ao longo da fileira, de que é exemplo
a alimentação animal) apresenta um
valor próximo dos 70%.
Segundo cenários construídos
pelo GPP, a manutenção dos níveis de
consumo alimentar de 2011, acompa‑
nhada pelo ritmo atual do crescimento
das exportações (7,6% média anual do
período 2000­‑2011) e por um cresci‑
mento da produção alimentar de 2%
ao ano, permitem a diminuição do rit‑
mo de crescimento das importações e
contribuem para o equilíbrio da balan‑
ça comercial setorial.
Contudo, uma das questões preo‑
cupantes coloca­‑se na degradação dos
preços implícitos no produto agrícola
face aos restantes intervenientes na
cadeia alimentar, a qual causou uma
evolução negativa para o setor agríco‑
la da repartição de valor ao longo da
cadeia de abastecimento alimentar.
Esta situação, acima descrita para
todo o agroalimentar, reproduz­‑se no
setor da carne de suíno nacional. Com
efeito, quer do ponto de vista positivo
no que se refere ao aumento das ex‑
portações, quer do ponto de vista ne‑
gativo, que assenta na dificuldade de
repercutir os acréscimos de custos ao
longo da cadeia, fazem deste setor um
caso exemplar da questão global
Os cálculos do GPP, no caso da car‑
ne de suíno, para o período 2006­‑2011,
apontam para um grau de abasteci‑
mento do mercado interno (produção
/ consumo aparente) em quantidade de
70.8% (e 67.8% em valor) e um acrés‑
cimo no valor das exportações de car‑
ne de 19 M¤para 49M¤.
Embora Portugal seja importador
líquido de carne de suíno e o saldo
presenças institucionais
seja negativo em cerca de 194 M¤, o dinamismo do setor, de‑
monstra que existe potencial de reequilíbrio desta situação.
Contudo, o relatório de análise dos índices de preços da
cadeia alimentar, publicado pelo GPP em setembro de 2012,
concluiu que os preços dos suínos no produtor agrícola tive‑
ram um crescimento médio anual de 1% entre 2005 e 2011,
enquanto os preços da alimentação animal, o principal custo
de produção, aumentaram 6,6%, o que revela a incapacidade
de refletir as grandes subidas dos custos nos anos mais re‑
centes, que se traduziu na diminuição das margens da produ‑
ção em cerca de 10% no período 2011­‑2012.
Por outro lado, também se verifica que os preços da car‑
ne de suíno no consumidor tiveram uma estabilidade muito
grande, não refletindo a inflação e, a partir de 2009, deixando
mesmo de repercutir os movimentos sazonais dos preços na
produção e na indústria, com tendência de crescimento infe‑
rior ao da inflação.
Outros fatores contribuíram para a atual situação do se‑
tor, relacionados com condicionalismos e regras associadas
à produção em matérias como proteção ambiental, bem­‑estar
animal, segurança alimentar, sendo ainda de assinalar limita‑
ções a nível de ordenamento do território, que levam a que o
setor não tenha conseguido acompanhar a evolução do con‑
sumo interno.
Apesar destas dificuldades, o setor tem demonstrado capa‑
cidade de resiliência e de adaptação importantes, quer através
de melhorias de eficiência técnica na produção, quer ao nível
da inovação por parte da indústria e do comércio, que têm per‑
mitido enfrentar estes desafios através de ganhos de competi‑
tividade mas as quais necessitam de ser aprofundadas.
O futuro do setor vai depender da sua capacidade de man‑
ter essa dinâmica de adaptação estratégica, que passa por
uma requalificação dos processos produtivos e da raciona‑
lização de estruturas e de meios de produção, que permitam
uma especialização dos agentes intervenientes na cadeia de
valor e de ganhos de dimensão e de escala na produção.
Neste ponto é de destacar o diálogo muito útil com orga‑
nizações representativas do setor, nomeadamente a FPAS, a
qual como resultado de uma reflexão conjunta teve a opor‑
tunidade de apresentar de forma clara e profissional os in‑
teresses setoriais de que destaco a importância de atuar na
valorização da produção:
– quer ao nível da redução de custos, em que a procura de
segmentação do ciclo produtivo é uma resposta possível
e eficiente. Com efeito, a separação das fases de produ‑
ção reprodução, recria e acabamento, designadamente
esta última permitirá através de uma maior especializa‑
ção e localização mais apropriada (mitigando os custos
de adaptação ambiental e eventualmente da alimentação
animal) obter ganhos de produtividade relevantes;
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suinicultura 25
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presenças institucionais
­– quer a jusante da cadeia, procu‑
rando equilibrar a distribuição do
valor ao longo da cadeia, incluin‑
do a procura de destinos alterna‑
tivos para o produto transforma‑
do e ainda através da procura de
iniciativas ao nível do interpro‑
fissionalismo;
Da parte da administração cabe
o papel de facilitar estes processos,
através de um diálogo constante com
o setor para aferir das suas dificulda‑
des, e criando instrumentos necessá‑
rios para promover ganhos de com‑
26
suinicultura
petitividade e a sustentabilidade das
explorações.
Nesse sentido, os objetivos do
Ministério quanto a atingir a autos‑
suficiência agroalimentar, em valor,
em 2020 passam por criar condições
para o investimento de projetos que
criem valor e da posição negocial dos
produtores ao longo da cadeia alimen‑
tar. Para além de iniciativas como a
PARCA, com resultados visíveis como
o relatório de índice de preços já citado
e a revisão de legislação sobre prazos
de pagamento ou práticas restritivas do
comércio, estão já definidos os objeti‑
vos programáticos para o futuro pro‑
grama de desenvolvimento rural, cuja
componente de reforço de competitivi‑
dade irá certamente contribuir para a
adaptação competitiva que este setor
terá de fazer num futuro próximo.
Da parte do setor será necessário
ter uma noção concreta do caminho
a seguir, e uma interlocução eficaz,
construtiva e objetiva, e acima de tudo,
concertada na resolução de problemas
que afetam a fileira no seu todo, sendo
os esforços em curso para a criação de
uma interprofissão para a carne de suí‑
no um passo importante nesse sentido.
presenças institucionais
Direcção Geral de Agricultura
e do Desenvolvimento Rural
A
suinicultura ­
– o sector da
actividade pecuária e a Sui‑
nicultura, revista da Fede‑
ração Portuguesa de Asso‑
ciações de Suinicultores são hoje dois
pilares da actividade pecuária nacional
e mostram a sua dinâmica na organi‑
zação deste VI Congresso Nacional de
Suinicultura e no celebrar do centési‑
mo número da sua publicação.
Para reflectir um pouco sobre este
tema da “Suinicultura 2020 – o futuro
hoje”, utilizaremos dois artigos recente‑
mente divulgados no www.3tres3com.pt.
Um artigo reflecte os dados produ‑
tivos de um dos países líder deste sec‑
tor de actividade na União Europeia;
a Dinamarca (Anual Report 2012. Pig
Recherch Centre, Danish Agriculture &
Food Council).
Segundo o relatório, a produtivida‑
de média em 2012 foi de 28,8 leitões
desmamados por porca ano e um in‑
cremento de 0,7 leitões face ao ano
anterior. O Índice de Conversão (IC)
da fase de transição (desmame ­‑ inicio
de engorda) foi de 1,95, o Ganho Médio
Diário (GMD) de 443 gramas por dia e
28
suinicultura
a mortalidade 2,9%. Na fase de engor‑
da o IC foi de 2,87, o GMD de 898 g/d
e a mortalidade média de 3,5%. No en‑
tanto as 25% melhores explorações já
atingiram uma média de 31,5 leitões/
porca/ano e estão cerca de 5 anos à
frente das restantes explorações. Nas
fases de transição e engorda as di‑
ferenças são ainda maiores, pois as
25% melhores explorações possuíam
10 anos de vantagem, nos seus níveis
produtivos.
Em termos de conclusão é referido
que existe ainda um enorme potencial
de crescimento das produtividades
das explorações médias, pelo que é
essencial manter o esforço continua‑
do de melhoria da eficiência.
Sabe quais são os dados produti‑
vos da sua exploração? Qual tem sido
a evolução anual? Está a produzir de
forma eficiente, técnica e economica‑
mente?
Num outro artigo (Vantagens com‑
petitivas com o uso da informação: como
usam as empresas? Por Carlos P. J. Mo‑
rales) reflecte sobre as vantagens com‑
petitivas com o uso da informação.
Como é referido neste artigo, hoje,
a informação disponível e frequente‑
mente de acesso livre, é praticamente
inimaginável, mas esta abundância não
é garantia de êxito, pois o essencial é
dispor de informação no momento
adequado e ter a capacidade de as‑
sociar dados que aparentemente não
parecem ter relação entre si.
A vantagem competitiva que a in‑
formação pode fornecer só se obtém
se for possível obter a melhor in‑
formação disponível, interpreta­
‑la e
transformá­
‑la em formatos compre‑
ensíveis. É reportado, com base num
inquérito a gestores de diferentes ti‑
pos de empresas, que só 17% utilizam
mais de 75% da informação recolhida
e só 27% pensam que a utilizam me‑
lhor que os seus competidores. É re‑
ferido também que para a informação
ser útil, tem de possuir três atributos
essenciais: precisa, validade e nível de
detalhe.
Aplicando estas ideias à pecuária,
hoje todos os sistemas produtivos
pecuários intensivos, nomeadamente
na suinicultura, são suportados por
presenças institucionais
diferentes sistemas de gestão de in‑
formação produtiva, mas talvez nem
sempre os processos sejam ágeis e
os indicadores ou as prioridades es‑
tejam claramente identificados, pois a
recolha de dados é uma tarefa orien‑
tada essencialmente para alimentar
a rotina da exploração. Só quando se
vislumbram problemas (ou suspeitas)
é que se procuram avaliar outros fac‑
tores. Neste sentido é indicado que
são necessários indicadores novos,
nomeadamente de dados sanitários
e de uma melhor caracterização das
ocorrências e dos registos. É referi‑
do nomeadamente que o aumento da
prolificidade que tem sido obtida nos
últimos anos está a afectar o peso
dos leitões ao nascimento e a sua ho‑
mogeneidade ao desmame, situação
que condiciona a mortalidade nesta
fase. Também é referido que está a
ser observado em muitas explorações
aumentos de refugos das porcas man‑
tidas em parques por problemas nos
membros (coxeia), mas se a causa não
for identificada com mais detalhe, será
insuficiente, pois este “sintoma” pode
ter diferentes causas.
Como é o seu sistema de gestão
da produção? É precisa, válida e tem
detalhe para poder responder aos de‑
safios futuros? Está a ser utilizada de
modo eficiente?
Por último, mas não menos im‑
portante (the last, but not the least),
gostaríamos de abordar a questão do
enquadramento ambiental e do orde‑
namento territorial das explorações de
suínos.
Por razões do forte impacto am‑
biental que esta actividade têm no
meio ambiente – água, solo e ar, a sua
localização e/ou manutenção é cada
vez mais contestada pelas popula‑
ções, se não forem assegurados bons
desempenhos ambientais. Os custos
da gestão ambiental das explorações
de suínos tem de ser integradas como
essências no seu processo produti‑
vo, provavelmente com necessidades
de adaptação das instalações, dos
sistemas de produção, bebedouros,
alimentação, limpezas, etc. que tem
influência no processo de produção e
na gestão dos efluentes pecuários da
exploração.
Por outro lado, os efluentes pecu‑
ários também devem ser encarados
como um produto que pode ter uma
GAMA ANTIBIÓTICA
injectável suína
DIMENSÃO
ANTI-INFECIOSA
A Vétoquinol, especialista em anti-infeciosos
dedicados à saúde animal, coloca agora
à sua disposição a gama melhor adaptada
à produção suína
Antibioterapia racional: um ato de responsabilidade
suinicultura
29
presenças institucionais
30
suinicultura
presenças institucionais
valorização e não somente um “re‑
síduo” que necessita de ser elimina‑
do. É neste sentido que a valorização
agrícola, (com ou sem valorização
energética) seja considerada como
uma Melhor Técnica Disponível (MTD).
O sistema “lagunares” com objectivo
de degradação da carga orgânica e de
eliminação final nas linhas de água, já
não é mais uma técnica aceitável. São
necessários novos sistema de gestão
dos efluentes pecuários, em que entre
as explorações de suínos e as explora‑
ções agrícolas próximas se desenvol‑
vam projectos e ou sinergias que per‑
mitam uma articulação e o assegurar
da sua valorização como fertilizantes
e/ou correctores do solo, valorizando
a composição mineral e orgânica dos
estrumes e/ou chorumes, como ele‑
mentos essências no fornecimento
de nutrientes para a produção vegetal,
poupando recursos não renováveis
usados na produção de fertilizantes
inorgânicos. È necessário também ter
em consideração que um bom plano
de gestão de efluentes tem de mini‑
mizar a perda de nutrientes, quer pela
libertação de gases, quer pela lixivia‑
ção ou escorrências.
Também com alguma frontalidade
é necessário encarar que algumas
instalações pecuárias e de suínos em
particular, em face da sua localiza‑
ção e/ou das características das suas
instalações, não serão facilmente en‑
quadráveis numa gestão ambiental
eficiente (tecnicamente / económica)
pelo que devem ser descontinuadas
e/ou deslocalizadas. São decisões
difíceis que têm de ser tomadas, pois
os custos de adaptação, ou a sua in‑
compatibilidade de enquadramento no
ordenamento territorial, não permitem
futuro eficiente para estas instalações.
O processo de regularização previsto
no REAP terá de encarar esta situação
com objectividade, pois também não
será racional permitir a manutenção
destas explorações em incumprimen‑
to ambiental, em concorrência com
as explorações que investiram e su‑
portam os custos de uma boa gestão
ambiental.
Assim, talvez seja de questionar
também se está a sua exploração a
cumprir os normativos de ordenamen‑
to e ambientais? O processo REAP e o
respectivo Plano de Gestão de Efluen‑
tes Pecuários já foi desenvolvido e/ou
submetido? Como melhorar o seu de‑
sempenho ambiental no futuro?
Estas serão três desafios (entre
outros) que consideramos que os sui‑
nicultores devem reflectir, tendo em
perspectiva a “Suinicultura 2020”,
tema deste VI Congresso Nacional da
Suinicultura, que em boa hora a FPAS
promove.
suinicultura
31
presenças institucionais
Maria Teresa Villa de Brito
Diretora Geral de Alimentação e Veterinária
É
com muito gosto que acedo
ao pedido que a Federa‑
ção Portuguesa das Asso‑
ciações de Suinicultores
(FPAS), me formulou a propósito da
publicação do centésimo número da
sua revista. Esta tem vindo ao longo do
tempo a revestir­‑se de cada vez mais
interesse, quer pela oportunidade e
atualidade dos temas tratados, quer
também pelo perfil dos articulistas.
Tem esta publicação assumido pa‑
pel preponderante na divulgação de
diversas matérias, contribuindo assim
como veículo de informação e capaci‑
tação de técnicos, suinicultores e de
outros intervenientes na fileira.
Regista­‑se o cuidado no anuncio
atempado dos principais eventos na‑
cionais e estrangeiros e a preocupa‑
ção de dar conta de forma detalhada
32
suinicultura
dos eventos organizados pela FPAS
e/ou pelas suas Associações. Realça­
‑se que esta Direção Geral vem be‑
neficiando também daquela, quando
nas suas páginas se inserem os textos
que são o resultado dos convites que
nos são formulados a nela intervir. Em
suporte papel, ou mais recentemente
via eletrónica, é possível aceder a um
conjunto vasto de informação cujo tra‑
tamento importa assinalar.
Ao longo dos cem números podem
recordar­‑se não só a história do setor,
mas também rever a génese dos mo‑
mentos mais críticos e importantes,
ficando assim o leitor capaz de melhor
apreciar a vitalidade e a força dum co‑
letivo, expressas na sua publicação de
referência.
A revista assume particular im‑
portância enquanto órgão divulgador
dos impactos dos contextos socioe‑
conómicos do momento e dos desa‑
fios que a produção enfrenta. A meu
ver, importa manter o pluralismo das
diversas vertentes de opinião sobre a
abordagem daqueles. Creio que des‑
ta forma se disponibilizam preciosos
contributos para a formação de massa
crítica dos agentes económicos en‑
volvidos nesta atividade que, tal como
as demais necessita de permanentes
acréscimos de saber e inovação, que
lhe permitirão assim competir num
mundo cada vez mais global.
O consequente anúncio dos bons
resultados obtidos por alguns será tor‑
nado público através da revista que se
assumirá como veículo mobilizador para
os demais, continuando desta forma, a
assegurar pelo menos nos próximos
cem números, uma dinâmica adaptada
aos requisitos que o futuro perspetiva.
No contexto atual de internaciona‑
lização do setor para o qual também
estamos a contribuir importa a meu
ver, aproveitar este espaço de escri‑
ta e de opinião para afirmarmos que
o desejamos aproveitar, publicitando
oportunamente desenvolvimentos e
resultados de projetos tão importan‑
tes quanto os da erradicação da Do‑
ença de Aujeszky e da salvaguarda do
Bem­‑estar animal dos suínos. Ambos
os desígnios, estou certa, serão alcan‑
çados também pelo uso que formos
capazes de fazer deste meio de divul‑
gação.
A todos quantos participam na fei‑
tura da revista gostaria de dizer que
entendo que a melhor forma de reco‑
nhecer o trabalho feito é melhorá­‑lo
cada vez mais e que para tal contarão
com a instituição que dirijo.
presenças institucionais
Doxiciclina
Tiamulina
Lincomicina
Amoxicilina
Tilosina
Ceftiofur
Florfenicol
Ivermectina
anilcicixoD
anicaxoflornE
Enrofloxacina
ESPECIALIDADES VETERINÁRIAS
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Telefone: 219668478 / 219 662 744
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suinicultura
33
presenças institucionais
Luís Souto Barreiros
Presidente do Conselho Diretivo do IFAP
É
com enorme prazer que
me associo ao convite da
Federação Portuguesa de
Associações de Suiniculto‑
res – FPAS, e é para mim, nome do
Instituto de Financiamento da Agri‑
cultura e Pescas (IFAP), um privilégio
integrar a Comissão de Honra do VI
Congresso Nacional de Suinicultura.
A estreita relação entre a FPAS e
o IFAP é consubstanciada desde há
vários anos através da assinatura de
diversos protocolos de colaboração,
visando essencialmente garantir que
34
suinicultura
as bases de dados de animais sejam
mantidas atualizadas no tempo legal‑
mente estabelecido.
O SNIRA constitui uma das áreas
onde o IFAP, em articulação com a
Direção Geral de Alimentação e Vete‑
rinária, tem procurado investir com o
objectivo de melhorar a qualidade do
serviço prestado, desenvolvendo no‑
vas funcionalidades e principalmente
evoluindo no sentido de desmateriali‑
zar processos, agilizar procedimentos
e reforçar validações ao nível da reco‑
lha de informação.
Nesse sentido, no âmbito do proje‑
to “O SNIRA na WEB”, foi disponibili‑
zada pelo IFAP, em dezembro de 2012,
a declaração de existências de suínos
em ambiente web.
Pretende­
‑se, deste modo, que
as declarações de existências fei‑
tas à Base de Dados SNIRA sejam
realizadas online, de forma desma‑
terializada, quer através dos servi‑
ços oficiais, entidades protocoladas
quer, inclusivamente, pelos próprios
detentores, desde que registados no
portal do IFAP. Com efeito, cerca de
presenças institucionais
3,3% do total de declarações efetua‑
das entre 1 de abril e 23 de maio de
2013 foram realizadas pelos próprios
detentores, diretamente no Portal do
IFAP.
Desta forma, o IFAP fornece um
serviço útil aos suinicultores, evi‑
tando deslocações e reduzindo o
tempo de registo da informação na
Base de Dados do SNIRA e permitin‑
do a obtenção imediata de estatísti‑
cas que ajudam ao acompanhamento
do mercado.
Adicionalmente, o desenvolvimento
do projeto “O SNIRA na WEB” vai, ain‑
da, permitir, em ambiente web, o re‑
gisto das saídas e entradas de animais
nas explorações, o registo de animais
mortos e desaparecidos na exploração,
a indicação dos suínos presentes na ex‑
ploração em determinadas datas ao lon‑
go do ano e a disponibilização do mapa
de abate de animais (com a identificação
do animal abatido, o peso da carcaça e a
classificação da carcaça).
Deste modo, pretende­‑se promo‑
ver uma constante melhoria da qua‑
lidade da informação residente na
base de dados, bem como facilitar,
aos detentores de animais, as tarefas
de atualização dos dados da respetiva
exploração.
O desenvolvimento desta ope‑
ração, contribui inequivocamente
para potenciar o processo de mo‑
dernização administrativa pública,
em curso, uma vez que existe um
total alinhamento com as princi‑
pais diretrizes de atuação política
previstas nas Grandes Opções do
Plano 2010 – 2013, nomeadamen‑
te na opção “Modernizar Portugal
– Modernizar o Estado, Simplificar
a Vida aos Cidadãos e às Empre‑
sas”, uma vez que a operação, ten‑
do como principal objetivo a dispo‑
nibilização via web de serviços aos
utentes, pressupõe a simplificação,
desburocratização e desmateria‑
lização dos processos, através de
reengenharia e do desenvolvimento
e do aproveitamento de infraestru‑
turas tecnológicas.
Concluo desejando, desde já, o
maior sucesso à FPAS na organiza‑
ção de mais um Congresso Nacional
de Suinicultura.
suinicultura
35
opinião
Joaquim C. Dias
Opinião
Parem de dar
tiros nos pés
É OBRA!...
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rinta e dois anos de vida da
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Representante da FPAS
2011:
FPAS e, cem publicações
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pobre país aonde normalmente,
OS organizadores
reeleito Presidente
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COM OIPORC Institucionais fizeram Conheça
do Grupo de Trabalho
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conclusões
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Suinicultura;
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As recentes “Reuniões da Benedi- questão de juntar
do COPA-COGECA
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Pediu­‑me o Dr. Simões Monteiro que
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Imprensa
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tem
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bem como se faz...
importante
empresário da Região, le- e algumas “figuras” internacion
al
escrevesse algumas palavras acerca
FPAS
reconhece
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grupos
Com coefeito,
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um con- gravitam nas órbitasa daqueles
ngre anestes
destas àquela
efemérides
que vão vila
concretizar­
importância
ssista a
do evento
s que nunca é
empresariais, rejeitando a presença de desespero, mais do
siderável
número
personalidades
‑se nos dias
19 e 20 de
de Junho
aquando COM
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S
da realização
do VI
OMAR
institucionais, com indispensável manter a serenidade,
ligadas
à fileira
daCongresso
carne de Nacional
porco no das Organizações
VANT
A
de
Suinicultura,
na
Batalha,
dado
que
GENSa FPAS, uma conjugar esforços e procurar raparticular ênfase para
nosso país.
!
tive o privilégio de, quer numa quer
Tanto quanto me foi dado saber, vez que «...as associações nada têm cionalmente os denominadores conoutra, participar na sua fundação.
propunha-se
aos voa!...
convidados, crite- feito e nada fazem para resolver este muns que unem os elos da cadeia!
Como o tempo
Feir
a NaTodos os
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JPlataforma
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orna Pio
l so
e outros problemasreúne
do
sector....».
E, para tal, quer queiram quer não,
riosamente
seleccionados,
um jantar
FPAS
do
OIPORC
2011
m
E...
vão
Economia
es
Os
“Deuses”
daon
grcarne
Pelo amplo
corredor da minha
me‑
fileira
sTRINTA!
C
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Programação
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Secretários
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FPAS,
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Econ
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s da em Esp
a
no M
bali nha
mentos
pessoas
(amigose easoutros…)
za
assegurar a concrecrise
quee varre
o sector
medidas se sente não é filho de boa gente...» e podemunedgolordevem
ural ção
que
ao
longo
destes
trinta
e
dois
anos
a tomar face à gravidade da situação. porque também me assiste o direito e tização deste desiderato. É lá, dentro
fizeram parte duma bonita história de
Em jeito de plenário, pretendia- a autoridade moral, (desculpem lá a da legitimidade que lhes cabe, que depaixão pela suinicultura. De entre os com pouca ou nenhuma densidade, Ética; neste caso, também a ética da
imodéstia...)
de QUARENvem
ser discutidas
e definidas
-se
assimJoaquim
analisar Muñoz
as causas
preo- muita
frivolidadea coberto
e sensacionalismo
palavra
escrita,
pois foi através
das as esamigos,
Cruz,daFaria
TA ANOS
dedicados
ininterrupta páginas
e tratégias
adequadas á resolução
quer
cupante
e trágica
situação
socio-ecoa nossa
revista SUINICUL‑
da SUINICULTURA que
pude
dos Santos,
Lino Conde,
Cóias
Capela, descabidos,
continua a ser
um exemplo de
expressar
as minhas conjunturais
opiniões (algu‑quer dos
Artur daa Fonseca,
José Inácio,
Antu‑já TURA 
devotadamente
á Suinicultura,
de codos problemas
nómica
qual, na verdade,
assume
e rigor
mas problemas
certamente estruturais
controversas)
mas são, no
nes Correia,
Forte, que
Tavares
Ca‑ informação
mentar ecredível
replicar
em profissional,
nome da ética,
os quais
contornos
deBraço
um mais
provável
aos objectivos que estiveram fundamentadas sempre na consciên‑
bral são indeléveis registos de sauda‑ adequada
naufrágio colectivo para os principais do bom senso e do respeito que nos presente e serão no futuro próximo,
cia do “dever” e da responsabilidade
de e gratidão a quem já não está entre na génese do seu estatuto editorial.
uns aos outros, achei por de difícil solução!
elos da cadeia produtiva e industrial devemos
Neste momento de “paragem” ética para com aqueles que as liam.
nós e contribuiu de uma forma ou de
bemreflectir
e oportuno
umas li- NesteFora
distotão
perde-se
tempo,
do
sector.
sobre oalinhavar
passado, sinto
percurso
longo, «o
tem‑ dinheioutra
para a edificação desta grande e para
nhas acercaum
daqueles
e que
ro epassa,
sobretudo
credibilidade
e assisteEstranhamente,
oua FPAS!
não.., nenhu- naturalmente
motivo sebastiânicos
de grande po
não passa
depressa.
prestigiada
instituição:
orgulho
em
ter
tido
a
oportunidade
e
O que
passa
depressa
é
o
tempo
que
época em que
a grande maio‑
estafados comentários, corolários de -se ao que normalmente acontece em
ma Numa
Organização
Socioprofissional
o
privilégio
conviverfadista,
com aqueles
passou…»
há “estórias”
que merecem
ria
dos
órgãos
de
Comunicação
Social
velhadefilosofia
paradigma
situações
similares:
Ora aparecem
foi convidada a participar no even- uma
nos intoxicam cada vez mais com mo‑ “senhores “e partilhar com eles os ser contadas… mas não o farei. Prefi‑
delos de informação inconsistentes, valores supremos da Amizade e da ro deixa­‑las como incumbência testa‑
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Nº 93 •Julho / Agosto / /Setembro
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o 2010
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Nº 97
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• Tel
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51) 214
339 300
• Fax
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51) 214
339 308
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10/16/
12
36
suinicultura
5:21
PM
opinião
mentária para o Dr. Simões Monteiro
aquando da sua “passagem à reserva“
num futuro que lhe desejo bem longín‑
quo, para lá, claro está… do horizonte
da minha finitude!
A célebre Capa da SUINICULTURA n.
º 59. “Confeccionada” á minha revelia
(contra todas as normas em vigor) pelo
Sub­‑Director (S. M.) e que quando apa‑
receu nas bancas e em casa dos suini‑
cultores provocou a confusão total com
a Revista Caras, tal a profusão inusita‑
da de fotos femininas e muito fashion,
(só mais tarde percebi os motivos…) os
fechos de ultima hora, noite dentro, em
cima do prelo e os telefonemas em direc‑
to com o exausto Francisco (da NOZ), a
ouvir os meus comentários finais acer‑
ca da apresentação gráfica, exigindo­‑lhe
alterações de última hora normalmente
acompanhada do comentário: Oh Fran‑
cisco ... Porra! ... Há­‑de chegar o dia em
que você faz uma coisa de jeito logo à
primeira! Mude isto, mude aquilo…etc,
etc e depois os comentários do Francis‑
co para o companheiro do lado (Dr. SM)
também estoirado e deserto de fechar
a edição…comentários esses que não
posso reproduzir. São momentos ines‑
quecíveis que ajudaram a construir uma
grande amizade e cumplicidade que
guardo já com muita saudade.
Ao Dr. Simões Monteiro, alma­‑mater
desta Casa e da Revista Suinicultura,
sem a qual, nas circunstancias actuais,
dificilmente a FPAS sobreviverá econo‑
micamente (é bom que os suinicultores
tenham consciência disto…) quero dei‑
xar aqui o meu testemunho de admira‑
ção e gratidão por tudo o que tem feito
pela FPAS e pela Revista pedindo­‑lhe
que no sopro imaginário das velas e no
txim­‑txim da celebração dos aniversá‑
rios, vislumbre o meu sorriso de felici‑
dade e ouça bem lá no fundo da alma a
minha voz amiga a resmungar:
– Até que enfim Dr..., já não preci‑
sa nada de mim!
suinicultura
37
intervenções técnicas
Pep Font I Puig
Factores de producción:
Influencia de la genética
y del manejo
S
ituación económica del sector.
En los últimos años la
diferencia entre el precio
de venta y el coste de producción del
cerdo (margen) ha sido mínima, tal y
como se puede apreciar en la Tabla 1.
Después de un periodo nefasto
para el sector (años 2007 y 2008), y
de un periodo con márgenes cercanos
a 0 o negativo (años 2009 a 2011), en
el año 2012 se consigue un margen
claramente positivo (4,8 cts. ¤/Kg):
­– El Coste de Producción se situó
en 122,8 cts. ¤/Kg vivo (cerdo de
106,5 Kg), aumenta en 4,2 cts. ¤/
Kg en relación al 2011.
– El Precio de Venda neto para el
productor fue de 127,6 cts. ¤/Kg
vivo, aumenta de 11,8 cts. ¤/Kg
en relación al 2011.
Coste de Producción
La elevada variabilidad en el pre‑
cio de las materias primas ha gene‑
rado variaciones muy importantes
(más de 20 cts./Kg vivo) en el coste
de producción, tal y como podemos
apreciar en la Gráfica 1. El Pienso es
el principal coste en la producción
porcina, representa en torno al 70%
del coste total.
38
suinicultura
Año
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Pienso
ALOJAMIENTO Y GESTIÓN
OTROS
COSTE PRODUCCIÓN
62,4
28,4
7,5
98,4
74,5
27,7
8,1
110,3
84,3
28,1
7,7
120,1
67,8
28,2
7,4
103,4
70,8
26,8
7,2
104,9
84,9
26,4
7,3
118,6
89,3
26,5
7,0
122,8
114,6
3,9
110,7
103,9
4,2
99,7
114,7
4,6
110,1
109,7
5,9
103,8
110,9
6,0
104,9
122,0
6,2
115,8
133,4
5,8
127,6
12,3
-10,6
-10,0
0,4
0,0
-2,8
4,8
104,6
105,8
104,2
106,0
107,3
107,5
106,5
PRECIO VENTA merco
Descuento
PRECIO VENTA neto
MARGEN
PESO SACRIFICIO (kg)
Tabla 1. Costes de Producción, Precio de Venta y Márgenes medios en España
en el periodo 2006 ‑ 2012. Expresado en céntimos de euro por Kilogramo de
cerdo vivo.
Año
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Precio Pienso (€/kg)
IC global
Coste Plaza y año (€)
Productividad Cerda
Mortalidad global (%)
0,208
3,00
31,1
22,7
9,7%
0,246
3,02
30,7
22,9
9,4%
0,281
2,99
30,9
23,5
9,7%
0,232
2,93
32,4
23,8
8,2%
0,244
2,90
31,5
23,7
7,5%
0,295
2,88
30,8
24,0
7,0%
0,316
2,83
30,5
24,6
7,1%
Tabla 2. Evolución de los principales factores de producción desde el 2006 al
2012.
La fuerte presión que ha ejercido
el encarecimiento de las materias pri‑
mas, ha forzado al sector a una mejora
en su eficiencia productiva: el Índice
de Conversión Global, la Productividad
de la cerda y el Porcentaje de Morta‑
lidad han mejorado significativamente
en los últimos años. Los Gastos de
Alojamiento y Gestión de las explota‑
ciones se han mantenido estables.
En la Tabla 2 presentamos la evo‑
lución del Precio del Pienso en el pe‑
riodo 2006 ‑­ 2012, y también de los
principales factores técnicos.
Para evaluar la mejora en la efi‑
ciencia productiva del sector duran‑
te el periodo 2006 a 2012, fijamos
el precio del pienso al nivel del año
intervenções técnicas
2006 (0,208 ¤/Kg). Obtenemos un
ahorro en el coste de producción de
6 cts. ¤/Kg desde el año 2006 al 2012
(Gráfico 1).
Precio de Venta
La mejora obtenida por parte del
productor en eficiencia productiva,
no se ha visto reflejada en su margen
neto, ya que el Precio de Venta del cer‑
do no sigue la misma evolución que el
Coste de Producción (Tabla 1).
En España el productor cobra los
cerdos por debajo del precio del mer‑
cado de referencia (Merco Lleida). La
diferencia entre el Preu de Merco Llei‑
da y el importe Neto Cobrado es el Des‑
cuento, que cada matadero lo aplica se‑
gún sus propios criterios de valoración
por peso y calidad de la canal.
Año
ES
DK
FR
AL
HO
2010
Precio Venta
Coste Producción
Margen
105
107
-1
102
106
-4
99
107
-8
105
118
-13
102
111
-9
2011
Precio Venta
Coste Producción
Margen
116
121
-5
111
120
-9
112
126
-14
115
136
-22
110
126
-16
Tabla 3. Evolución del Coste de producción, Precio de venta y Margen de los
principales países Europeos productores de porcino. Datos del 2010 y 2011,
expresados en céntimos de euro por Kg de cerdo en vivo.
Al comparar los resultados ob‑
tenidos por los diferentes países re‑
presentados en INTERPIG, podemos
constatar que la situación padecida en
España y Portugal es muy similar a la
del resto de países. En la Tabla 3 pre‑
sentamos los resultados obtenidos por
España, Dinamarca, Francia, Alemania
y Holanda en los años 2010 y 2011.
*INTERPIG: Grupo internacional de exper‑
tos en economía del sector porcino
Comparación con otros Paises Europeos
La información presentada hasta
este punto procede de nuestra Base
de Datos SIP en España, pero es to‑
talmente extensiva a las condiciones
de producción en Portugal, donde es‑
tamos trabajando de forma continua
desde el año 2007.
A nivel internacional, SIP Consul‑
tores es miembro del grupo INTER‑
PIG* desde el año 2006, aportando la
información técnica y económica de
España.
Influencia de la genética:
Productos diferenciados.
Al margen de la gran lucha comer‑
cial que existe a nivel de las distintas
empresas proveedoras de genética
porcina, para conseguir una mayor
cuota de mercado, la verdadera impor‑
tancia de la genética radica en la posi‑
bilidad de poder abastecer al mercado
de distintos productos diferenciados.
En función de su calidad de la car‑
ne, del nivel de engrasamiento y de su
valor en el mercado, podemos clasi‑
ficar 4 productos, que ordenamos de
mayor a menor valor: 1) el cerdo ibé‑
rico o porco preto, 2) los cruces con
razas tradicionales (Berkshire, Breton,
Celta, Chato, etc.), 3) los cruces de Du‑
roc y 4) el cerdo magro convencional
cruzado de Pietrain.
A continuación, en la tabla 4 pre‑
sentamos las principales caracterís‑
ticas técnicas y productivas de cada
producto, y también el coste de pro‑
ducción que obtenemos a partir de
nuestra BBDD SIP del año 2012. En el
caso del producto Magro Pietrain, más
del 90% de los cerdos de la muestra
que presentamos corresponde a ma‑
chos enteros.
Todos los machos de los grupos de
mayor calidad de carne son castrados,
ya que debe evitarse cualquier riesgo
de olor sexual y además son animales
de mayor peso.
A nivel de peso, y por razones del
precio del pienso, en los últimos años
suinicultura
39
presenças institucionais
intervenções
técnicas
hemos visto una reducción significa‑
tiva, de forma que antes del 2007, el
ibérico habitualmente rozaba los 160
Kg de peso al sacrificio, mientras que
los grupos Tradicional y Duroc se si‑
tuaban por encima de los 125 Kg. El
grupo Magro Pietrain siempre se ha
situado entre 105 y 110 Kg de peso al
sacrificio.
En cuanto al número de cerdos
sacrificados por Cerda y Año, el úni‑
co grupo que destaca es el Ibérico, el
resto no tienen diferencias significa‑
tivas.
La gran diferencia entre los 4 gru‑
pos se sitúa en el Índice de Conversión
Global, la combinación de peso, cas‑
tración y sobretodo de la raza determi‑
nan estas diferencias tan importantes.
Del Ibérico al Pietrain tenemos un di‑
ferencial de 1,43 Kg de pienso, que al
precio medio del año 2012 (0,316 /Kg),
supone un encarecimiento de 45,2 cts.
¤/Kg en vivo. Otros factores de cos‑
te como son el peso de sacrificio, los
costes de alojamiento y gestión, etc.,
provocan que la diferencia real en el
coste de producción de los 2 grupos
se reduzca a 34,0 cts. ¤/Kg.
Las variaciones en la conversión
global del pienso son directamente
proporcionales al coste de producción
de los 4 grupos. De forma que toman‑
do como referencia el cerdo conven‑
cional (Magro Pietrain), el grupo Duroc
tiene un sobre coste de 5 cts. ¤/Kg, el
grupo de razas autóctonas o tradicio‑
nal 19 cts. ¤/Kg y el grupo ibérico con
el mayor estándar de calidad obtiene
un sobre coste de 34 cts. ¤/Kg.
Gráfico 1. Evolución del Coste de Producción y del Precio del Pienso. Incluye
también la evolución del Coste de producción con el precio del Pienso estable
(0,208 ¤/Kg). Expresado en céntimos de euro por Kg cerdo en vivo.
Producto
Ibérico / Preto
Cruce Tradicional
Cruce Duroc
Magro Pietrain
Castrado
Peso (kg)
Sacrificados CA
IC global
Coste (€/kg)
SI
SI
SI
NO (si)
139,8
124,9
118,0
106,5
14,4
23,4
23,5
22,9
4,26 ± 0,21
3,59 ± 0,15
3,10 ± 0,15
2,83 ± 0,14
1,57 ± 0,09
1,42 ± 0,06
1,28 ± 0,05
1,23 ± 0,05
Tabla 4. Información técnica y económica de 4 productos diferenciados. Datos
BBDD SIP del año 2012.
Influencia del manejo:
Gestión y eficiencia.
Trabajar con Base Económica
Tal y como hemos descrito en el
primer punto, el sector porcino está
atravesando un periodo relativamen‑
te largo de márgenes muy limitados
o negativos. Por este motivo los res‑
ponsables técnicos y los directivos de
40
suinicultura
Gráfico 2. Informe comparativo con el grupo SIP. Los valores expresan las des‑
viaciones en euros por cerdo.
las empresas deben trabajar conjun‑
tamente y de forma coordinada para
minimizar el coste de producción y
maximizar el valor de venta de sus
animales. Su objetivo es muy claro,
optimizar el margen de la empresa,
intervenções técnicas
Gráfico 3. Informe de evolución. Diferencia entre el coste de producción del
cliente y el coste medio del grupo SIP en los años 2009 a 2012. Expresado en
céntimos de euro por Kg cerdo en vivo.
si no lo consiguen, otros productores
mejor preparados y más eficientes se
quedaran con su cuota de producción.
Desde 1999 en SIP Consultores
nos hemos especializado en la elabo‑
ración y presentación a los ganade‑
ros de informes técnico­‑económicos,
que les permitan conocer cuál es su
nivel de competitividad en relación a
los demás, e identificar cuáles son
sus puntos fuertes y sobretodo cuáles
son sus puntos débiles sobre los que
deben actuar con la máxima celeridad.
El objetivo es claro, el productor debe
mantener sus puntos fuertes y corre‑
gir en la medida de lo posible sus pun‑
tos débiles.
En el gráfico 2, presentamos un
ejemplo del informe comparativo con
el grupo SIP. El valor 0 significa empa‑
tar con la media, los valores negativos
son los puntos débiles y los valores
positivos son los puntos fuertes. En
el ejemplo queda claro que el cliente
en cuestión, tiene una excelente efi‑
ciencia en el consumo de pienso del
cebo (S­‑3) y en la productividad de las
madres, mientras que debe corregir a
toda costa el consumo de fármacos e
intentar buscar soluciones para redu‑
cir el precio del pienso.
Recientemente hemos incorpo‑
rado un informe, que permite cono‑
cer al productor la trayectoria de su
empresa con relación a los demás
productores en los últimos 4 años.
Es un informe muy útil para poder
evaluar la gestión de la empresa, ya
que el objetivo real del productor
es conseguir un sistema de mejora
continua desde la perspectiva de efi‑
ciencia económica.
A continuación (gráfico 3), pre‑
sentamos un ejemplo del informe de
análisis de la evolución de la empre‑
sa.
Es un ejemplo de éxito en la ges‑
tión. El productor en cuestión, en
el año 2009 su coste se situaba a
unos 4 cts. ¤/Kg peor que la media
del grupo SIP, paulatinamente fue
mejorando su nivel de eficiencia. En
el año 2011 invierte su situación y
obtiene un coste mejor que la me‑
dia del grupo SIP, y finalmente en el
2012 consigue mejorar a la media en
unos 5 cts.¤/Kg
suinicultura
41
intervenções técnicas
La Excelencia en Producción Porcina
Cuando observamos la gran varia‑
bilidad que se produce en el coste de
producción, que se repite año tras año,
y que presentamos en nuestro infor‑
me de comparativo del grupo SIP, se
nos plantea una gran cuestión: ¿Cuál
es el perfil de los productores más
eficientes?
En el informe de comparativo pre‑
sentamos la variabilidad de una des‑
viación estándar, es decir la variación
de 5 cts. ¤/Kg de la media coincide
con el valor de 1 desviación estándar.
En la Distribución Normal, en el inter‑
valo de una desviación estándar se si‑
túa el 70 % de la muestra, por lo que
tenemos 2 grupos de productores, los
que se sitúan dentro del grupo del 15
% más bajo (coste inferior a 1,18 ¤/Kg)
y los que se sitúan dentro del grupo
del 15 % más alto (coste superior a
1,28 ¤/Kg).
Con la finalidad de identificar el
perfil de los más eficientes, cada año
analizamos las características de los
42
suinicultura
GLOBAL
Pi ens o
Al oja m.+Ges ti ón
Fa rma cos
Repos .+Cubri c.
Tota l
Coste por Kg
Bajo
89,2
23,2
2,9
1,4
125,9
1,18
MEDIA
95,2
28,2
5,1
2,4
130,9
1,23
Alto
101,2
33,2
7,3
3,4
135,9
1,28
Tabla 5. Resumen de la variabilidad en el coste de producción. Datos BBDD
SIP del año 2012.
productores que se sitúan en el grupo
de excelencia, el grupo que en el año
2012 ha conseguido un coste inferior
a 1,18 ¤/Kg.
Al profundizar en los productores
que forman parte de este grupo ob‑
servamos una gran heterogeneidad
en el tamaño de la explotación, en su
situación geográfica, en la forma de en‑
focar su negocio, en sus proveedores
de genética, de pienso, algunos están
asociados a cooperativas, otros son
productores independientes o grandes
grupos integradores, ahora bien se ca‑
racterizan por compartir 3 cualidades:
1) Tienen un gran nivel de autocrí‑
tica, nunca están convencidos de que
estén haciendo las cosas suficiente‑
mente bien.
2) Buscan un equilibrio óptimo
entre la genética que utilizan, el tipo
de instalaciones de que disponen, el
manejo de los animales y un excelente
control de todo el proceso de alimen‑
tación.
3) Tienen una gran capacidad de
trabajo, son incansables, sobre todo
cuando se trata de aprender más para
mejorar sus resultados.
presenças institucionais
suinicultura
43
intervenções técnicas
Joan Sanmartín
Factores de Produccion;
Influencia en la Sanidad
L
a instauración de la nor‑
mativa sobre bienestar ani‑
mal, no solamente supone
cambios en el diseño de las
instalaciones, manejo de los anima‑
les, nutrición etc. El nuevo escenario
de gestaciones libres y un periodo de
lactación mas prolongado, dan lugar a
un cambio en la estructura sanitaria
de las explotaciones y lo mas impor‑
tante, se genera un status inmunitario
muy diferente, donde la exposición
continua a ciertos patógenos obliga al
establecimiento de nuevos planes sa‑
nitarios.
La etapa de infectena­‑cuarentena,
así como la posterior adaptación al
microbismo de la explotación, cobra
especial importancia en el sistema de
gestaciones libres. Siendo necesario
prestar atención no solamente al con‑
trol de las patologías víricas y bacte‑
rianas mas comunes o tradicionales,
si no también a todo el conjunto de
infestaciones parasitarias.
A lo largo de este articulo haremos
un repaso de aquellas patologías , que
según nuestra experiencia, tienen una
mayor importancia ó se van a ver con‑
dicionadas en su epidemiología por el
modelo de gestación en grupo.
Una de las patologías víricas, que
mejor control tiene en el sistema de
44
suinicultura
alojamiento individual es la Parvovi‑
rosis. Con el nuevo modelo de aloja‑
miento su com portamiento presenta
ciertas modificaciones que pueden
llegar a sorprender. Generalmente la
infección de parvo se esta producien‑
do, de forma muy concreta, durante la
primera gestación y de forma especial
con presencia de Circovirus porcino,
dando como resultado un incremento
de nacidos con tremor congénito. Esta
combinación de procesos víricos con‑
diciona, en la fase de infectena cua‑
rentena, el programa vacunal a seguir
para su control.
La inmunidad de rebaño en el caso
de parvovirus es irregular dándose
la circunstancia que rebaños con in‑
fección endémica pueden existir al‑
gunos animales susceptibles de ser
infectados.
La influenza es una patología infra‑
valorada, que no debemos de olvidar
dentro de los programas de control y
profilaxis. Su forma de presentación,
en ocasiones puede llevar a confusi‑
ón con la infección por virus PRRS. La
presentación de un brote clínico de la
enfermedad conlleva graves perdidas
económicas y da lugar a un desequili‑
brio sanitario en la explotación, favore‑
ciendo las coinfecciones con otros pa‑
tógenos tanto víricos como bacterianos.
El comportamiento de la enferme‑
dad no es especialmente distinto en
función del sistema de alojamiento,
ahora bien la diseminación vírica si
es mucho mas rápida en el sistema
de grupos. El establecimiento de un
buen programa vacunal es fundamen‑
tal para evitar la recurrencia de bro‑
tes de enfermedad, la introducción de
cerdas nuliparas no suficientemente
protegidas puede ser el detonante de
la explosión de un brote agudo.
Las patologías de etiología bacte‑
riana que tienen transmisión orona‑
sal son, en los sistemas de bienestar
animal, las grandes beneficiadas. El
contacto intimo y prolongado en el
tiempo entre las cerdas facilita la di‑
seminación de los agentes patógenos.
produciéndose un incremento de pre‑
valencias, permitiendo y potenciando
la colonización e infección de la des‑
cendencia.
Enfermedades bacterianas en las
que la transmisión se realiza por vía
oral son igualmente beneficiadas con
estos sistemas de alojamiento. La in‑
fección por Leptospiras es un claro
ejemplo de esta situación y no debe‑
mos ignorarla a la hora de establecer
programas de control de vectores e
incluirla en el diagnostico diferencial
de procesos reproductivos.
presenças institucionais
suinicultura
45
presenças institucionais
intervenções
técnicas
Las enfermedades del tracto di‑
gestivo como son disentería, infeccio‑
nes por espiroquetas y salmonella son
también favorecidas en su presenta‑
ción y diseminación por el modelo de
gestación en grupo
Las enfermedades de la piel ad‑
quieren especial relevancia con el
nuevo sistema de manejo, la presencia
de agentes como Staphylococcus hy‑
cus , Streptococcus y algunos hongos
dermatofitos , en la superficie cutánea
de las cerdas, contribuyen a la pre‑
sentación de problemas dérmicos en
lechones lactantes y destetados.
Las afecciones podales y lesiones
músculo esqueléticas también deben
de incluirse dentro de las patologías
asociadas o potenciadas por el siste‑
ma de alojamiento en grupo.. La elimi‑
nación de cerdas en distintos estadios
del ciclo productivo como consecuen‑
cia de problemas locomotores se in‑
crementa en las explotaciones con
La pezuña de las cerdas sufre de
46
suinicultura
manera muy directa las agresiones re‑
lacionadas con el tipo de piso.
Las enfermedades parasitarias
pueden alcanzar su máxima expresi‑
ón en alojamientos en grupo si no se
establecen las oportunas medidas de
control. La puesta en marcha de pro‑
gramas de control debe de hacerse
teniendo el conocimiento completo
del ciclo del parasito y del grado de in‑
festación de la explotación. Aquellas
explotaciones donde la transforma‑
ción a bienestar se esta realizando
mediante la utilización de parques o
corrales exteriores con superficie de
tierra tienen mayores posibilidades
de infestación por especies de pará‑
sitos hasta ahora poco frecuentes en
los cerdos criados en sistema inten‑
sivo. (ver cuadro adjunto)
El establecimiento de lactaciones
mas largas al que nos obliga la nor‑
mativa de bienestar animal, supone
también una modificación de los
modelos de transmisión, infección y
control de determinadas patologías.
Un aspecto altamente positivo
que ha traído la gestación grupal,
especialmente aquella en la que se
usan Estaciones Electrónicas, es
una mejora significativa en el peso
al nacimiento. Esto mejora significa‑
tivamente la calidad e inmunidad del
lechón que ingresa al engorde.
La reflexión final debe ser: la
necesidad de evaluar en cada ex‑
plotación los factores de riesgo, te‑
niendo en cuenta que los sistemas
de bienestar pueden favorecer la
presentación o reemergencia de de‑
terminadas patologías y que no so‑
lamente hemos de prestar atención
a los agentes patógenos sino tambi‑
én a aquellos factores directamente
relacionados con el diseño y calidad
de las instalaciones para evitar per‑
didas de producción y alcanzar los
ratios óptimos dentro de los nuevos
parámetros productivos como es la
eficiencia alimentaria.
presenças institucionais
Optimizar
Optimizaroonível
nívelde
deL-Triptofano
L-Triptofanoem
em
alimentos
alimentospara
paraporcos
porcoscrescimento
crescimento
para
parareduzir
reduziroocusto
custodo
doalimento
alimento
1818
Optimo
Optimo
o
ntto
meen
lim
o AAli
o ddo
usstto
CCu
1717
1919
2020
2121
2222
2323
Calculo
Calculododoóptimo
óptimoeconómico
económicodadarelação
relação
SID
SIDtriptofano:lisina
triptofano:lisina(%)
(%)em
emalimentos
alimentospara
paraporcos
porcoscrescimento
crescimento
NutricionistasdadaAjinomoto
AjinomotoEurolysine
Eurolysine
☛☛Nutricionistas
demonstraram
demonstraramrecentemente
recentementeque
que
S.A.S.
S.A.S.
asasnecessidades
necessidadesdadarelação
relaçãoSID
SIDTrp:Lys
Trp:Lys
em
em
porcos
porcos
crescimento
crescimento
(>25
(>25
kgkg
P.V.)
P.V.)
são
são
dede
20%.
20%.
Resposta
Resposta
do do
GMD
GMD
e do
e do
I.C.I.C.
(%)(%)
+6%
+6%
GMD
GMD
gráfico
gráfico
áá
direita
direita
ilustra
ilustra
expresivamente
expresivamente
☛☛O O
que
queformular
formularabaixo
abaixodas
dasnecessidades
necessidades
afecta
afecta
negativamente
negativamente
oo
crescimento
crescimento
ee
oo
Índice
ÍndicededeConversão,
Conversão,resultando
resultandonuma
numa
performance
performance
inferior.
inferior.
Considerar
oo
L-Triptofano
L-Triptofano
nana
formulação
formulação
☛☛Considerar
optimizada
optimizadaaoaomenor
menorcusto
custopossibilita
possibilita
uma
umamaior
maiorflexibilidade
flexibilidadenanautilização
utilização
das
dasmatérias
matériasprimas
primaspara
parasatisfazer
satisfazerasas
restrições
restrições
nutricionais.
nutricionais.
+6%
+6%
GMD
GMD
SIDSID
Trp:Lys
Trp:Lys
(%)(%)
Acesso
Acesso
livre
livre
a toda
a toda
a informação
a informação
em:
em:
www.ajinomoto-eurolysine.com
www.ajinomoto-eurolysine.com
Contact:
Contact:
INDUKERN
INDUKERN
PORTUGAL,
PORTUGAL,
LDA
LDA
Centro
Centro
Empresarial
Empresarial
Sintra
Sintra
Estoril
Estoril
II –IIRua
– Rua
PéPé
dede
Mouro
Mouro
– Edif.
– Edif.
CC
Apartado
Apartado
5353
– Estr.
– Estr.
dede
Albarraque,
Albarraque,
2710-335
2710-335
SINTRA
SINTRA
Telef.:
Telef.:
219248140
219248140
– Fax:
– Fax:
219248141
219248141
– [email protected][email protected]
suinicultura
47
intervenções técnicas
Lolla Herrero
Producción de Carne 
y Materias Primas
S
abemos que el coste de las
materias primas representa
entre el 70 y el 80% del cos‑
te total de la producción de pienso y de
la carne. En los últimos años cualquier
productor de cerdo se ha visto frus‑
trado por el aumento desmesurado del
precio de las materias primas y espe‑
cialmente por la volatilidad que han
reflejado la mayoría de los mercados
y sobre todo por el poco control que
tienen sobre su mayor coste.
Analizando la situación a la con‑
clusión que llegamos es que los pará‑
metros que utilizábamos en el pasado
para tomar decisiones acerca de las
compras de las materias primas han
cambiado pues estamos en un mer‑
cado más global, más errático y más
volátil. Ahora los aspectos fundamen‑
tales del mercado, como la oferta y la
demanda han perdido importancia y
otros aspectos han tomado la iniciati‑
va, por ejemplo la actividad de los fon‑
dos de inversión, pues los cereales y la
soja son ahora parte de su estrategia
diaria y cualquier noticia relacionada
con esos productos se utiliza para dar
al mercado la volatilidad necesaria
para aumentar la rentabilidad de sus
inversiones.
48
suinicultura
Figura 1: Posición de los fondos en maíz
Figura 2: Evolución de los precios de maíz en Chicago
presenças institucionais
Resultados reprodutivos
TOPIGS 2012
Tal como já vem sendo hábito, a Topigs Portugal recolheu os dados reprodutivos relativos a
2012 junto de todos os suinicultores portugueses que utilizam exclusivamente F1´s Topigs nas
suas explorações e que desejaram colaborar. Este ano recolheram-se dados de mais de 34.000
reprodutoras Topigs divididas por 73 explorações.
Mostramos também, novamente, os resultados médios das 10 melhores explorações Topigs de
2012 que obtiveram uma média de 28,72 desmamados / porca / ano entre um total de 6646 porcas,
sendo que a exploração nº1 produziu 30,72 leitões desmamados / porca / ano! As 10 melhores
explorações com genética Topigs são, por ordem alfabética: Herdade da Serrana – Suigranja,
Herdade das Místicas – Fontembro, Herdade de Besteiros – Fontembro, Lourinha & Filhos
– José Lourinha, Portang – Suigranja, Quinta do Cabo – Suigranja, São Lourenço – Suigranja,
Suinivaleirão – Horácio Figueiredo, Torre – Suigranja e Várzea – Suigranja.
O potencial genético das F1´s Topigs continua a aumentar ano após ano, tal como mostra a
evolução anual da produtividade das 10 melhores explorações Topigs em Portugal. Esta evolução
é devida à seleção balanceada da Topigs que tem em especial atenção a vitalidade dos leitões.
Nascidos totais /
ninhada
23,18
12,47 11,52 10,16 11,82 2,28
2008
7003
369
23,61
12,58 11,60 10,38 10,99 2,27
2009
7469
356
24,20
12,88 11,71 10,49 10,28 2,31
Taxa de renovação
Desmamados /
porca / ano *
415
% Mortalidade
pré-desmame
Nº médio de
porcas / exploração
4560
Desmamados /
ninhada
Número total
de porcas
2007
Nascidos vivos /
ninhada
Ano
Partos / porca / ano
Evolução da produtividade – TOPIGS Portugal
2010
17013
516
24,71
12,91 11,77 10,54 10,55 2,37
2011
28569
461
26,03
13,16 12,10 10,88 10,25 2,39
2012
34043
466
25,89
13,47 12,19 10,85 11,41 2,42 43,7
2012
(10
melhores)
6646
665
28,72
13,80 12,68 11,57
8,73
2,48 41,0
(*) média do total de porcas de todas as explorações
Nº médio de
porcas / exploração
Desmamados
/ porca / ano
Nascidos totais /
ninhada
Nascidos vivos /
ninhada
Desmamados
/ ninhada
% Mortalidade
pré-desmame
Partos / porca / ano
2010
(10
melhores)
2011
(10
melhores)
2012
(10
melhores)
Número total
de porcas
Ano
Evolução da produtividade – 10 melhores explorações
6031
603
26,39
13,21
12,02
10,97
8,70
2,42
9583
958
27,82
13,53
12,52
11,44
9,16
2,44
6646
665
28,72
13,80
12,68
11,57
8,73
2,48
suinicultura
49
presenças institucionais
intervenções
técnicas
Como ejemplo en los gráficos
adjuntos podemos observar como
hay una clara correlación entre las
posiciones de los fondos y la evolu‑
ción de los precios, que como he‑
mos comentado es una de las cla‑
ves de la evolución de los precios.
¿Qué hace el fabricante de pienso
o el productor de carne
ante esta situación?
Sin duda no lo tiene
fácil pero no hay más so‑
lución que seguir traba‑
jando habrá que cambiar
las estrategias de compra
y habrá que adecuarlas a
la nueva situación pues a
pesar de todo el mercado
seguirá dando oportuni‑
dades.
Para tener éxito, en‑
tre otros aspectos, es
importante:
1. Que el concepto
“caro o barato” deje paso
al concepto de margen,
pues hoy es difícil definir
lo que es caro o barato.
2. La toma de decisio‑
nes debe ser rápida pues
las buenas oportunida‑
des pasan muy deprisa.
3. Establecer relacio‑
nes de confianza con pro‑
veedores y clientes en la
base de “Win to Win”.
4. Utilizar herra‑
mientas de cobertura,
los seguros a la larga
son una buena inversi‑
ón especialmente en los
mercados tan volátiles
en los que nos estamos
moviendo.
5. La INFORMA‑
CION. Parece que como
hay mucha información
estamos informados,
pero esto no esta tan
claro, es básico tener
todos los datos para
tomar una buena deci‑
sión cuando se analiza
50
suinicultura
intervenções técnicas
un precio y esa información no está
claramente disponible.
Lo anterior no quiere decir que no
se analice la oferta y la demanda hay
que seguir haciéndolo pero sabiendo
que no es la base para el movimiento
de los precios. Para un país como Por‑
tugal que necesita importar una buena
parte de los cereales que consume
y prácticamente toda la proteína los
mercados internacionales son claves.
Después de los tres años pasados
con precios que ha alcanzado nive‑
les históricamente altos parece que
todo el mundo coincide en que va‑
mos a una situación de precios más
Figura 3: Posición de los fondos en habas soja
APORCAMAISEQUILIBRADADOMERCADO
A Hypor Libra é um cruzamento entre Large White e
Landrace, uma verdadeira F1. Reconhecida pela sua
capacidade de desmame de ninhadas grandes e
uniformes, com leitões de grande qualidade, qualquer que
seja o sistema de produção. A Hypor Libra também tem
uma grande reputação pela sua contribuição sobre a
eficiência de crescimento, a sua eficiência alimentar,e na
obtenção de carcaças de excelente percentagem de carne
magra. Ela nasceu para maximizar a produção de leitões
ao longo da sua vida produtiva.
Para mais informação:
Hypor España G.P., S.A
J.L. Bugallal Marchesi, 7 Bajo Dcha
15008 A Coruña, Espanha
Telf.: +34 981 169 192
[email protected]
• MÁXIMAREN TABI LI DADE
• LEITÕESVIÁVEI S E UNI FO RM ES
Técnico Comercial:
Javier Ocaña Rincón
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Por que há leitões que
têm a cauda diferente?
intervenções técnicas
Figura 4:
Evolución de
los precios
de harina
de soja en
Chicago
relajada, aunque sin
duda no exenta de so‑
bresaltos. La base para
ser optimistas respecto
a precios más bajos es
sólida.
1. Se recuperan los
stocks de trigo y maíz en
todos los países produc‑
tores, y los más impor‑
tantes exportadores
2. Mejoran los stocks
de soja y de otras prote‑
ínas
3. El consumo so es‑
tabiliza o baja debido a la
crisis económica
4. El flete se manten‑
drá bajo ya que hay mu‑
chos barcos disponibles
5. China ha estabili‑
zado sus importaciones.
Lo anterior está fa‑
voreciendo que ya haya
ofertas de cereales y
proteínas para cosecha
nueva más interesan‑
tes. Maíz por debajo
de 200¤ en los puer‑
tos, trigo por debajo de
215¤, cebada en el país
vecino en el entorno de
200¤, y soja en el en‑
torno de 380¤, todos
estos precios son sen‑
siblemente más bajos
que los actuales, pero la
gran pregunta es si ya
son lo bastante baratos,
la respuesta sería.
¿Obtengo un buen
margen para mi negocio?
En caso afirmativo
la decisión a tomar es
clara.
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suinicultura
53
Danisco Animal Nutrition
presençascientífico
programa
institucionais
C o n g ress o
N aci o na l d e
S u i n ic u lt u ra
Batalha 19 e 20 junho 2013
Programa
Dia 19 de Junho, Quarta feira
3ª Sessão
14:00/15:00 horas
Moderador: Dr. José Daniel Alves
Sessão Solene da Abertura
Beneficios do consumo da carne de porco
– Como desmontar alguns mitos
Suinicultura, o Futuro; ilhas de Resistência
Joaquim da Conceição Dias
15:00/17:00 horas
1ª Sessão
Moderador: Eng. Nuno Correia
Interprofissional e relações com a grande
distribuição
Presidentes da APED, IACA, APIC e FPAS
17:00/17:30 horas
Coffee break
17:30/19:00 horas
2ª Sessão
Moderador: Luís Souto Barreiros, Presidente do
Conselho Directivo do IFAP
A nova PAC e o Q. Comunitário de Apoio
2014/20
Eduardo Diniz – Director GPP
Identificação de áreas com necessidade de
apoio ao investimento
Valorização das raças autoctones
Carla Alves – Secretária Ténica do LGPS 
da Raça Bísara
Padrões de consumo actuais – Tendências
futuras
Ana Isabel Trigo de Morais – Dir.ª Geral da APED
10:30/11:00 horas
Coffee break
11:00/13:00 horas
4ª Sessão
Moderador: David Neves
IPPC Emissão de gases de efeito de estufa
Miguel Higuera ­– Director de ANPROGAPOR
Valorização de Efluentes suinícolas
Mariano Herrero – Perito do Grupo IPPC,
Sevilha
14:30/16:00 horas
Pedro Lagoa – Director da FPAS
5ª Sessão
Agrupamentos de Produtores/Concentração
de Oferta – Desafios e oportunidades
Moderador: Dr. Gonçalo Pimpão
Representantes dos agrupamentos de produtores
– Influência da genética e do maneio
Dia 20 de Junho, Quinta feira
09:00/10:30 horas
54
Prof. Doutor Fernando Bernardo – FMV – UTL
suinicultura
Factores de produção:
Pep Font – SIP Consulters
programa científico
– Influência da sanidade
Joan Sanmartín – OPP
16:00/16:30 horas
Coffee break
16:30/19:00 horas
6ª Sessão
Moderador: Eng. António Tavares
Mercado das matérias primas
Lola Herrero, Consultora Mundial do Mercado
de Cereais
Mercado interno (UE) da carne de porco
Daniel Azevedo – Policy advisor of
COPA­‑COGECA
Mercados de exportação de paises terceiros
Karsten Flemin – Dansk Slaughtery
suinicultura
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presençassocial
programa
institucionais
Programa Social
Dia 19 de Junho, Quarta feira
Dia 20 de Junho, Quinta feira
15:00 horas
10:00 horas
Concentração junto ao Hotel Mestre Afonso
Domingues
Recolha dos acompanhantes nos Hoteís Mestre
Afonso Domingues e Villa Batalha
15:15 horas
10:30 horas
Visita guiada ao Museu da Comunidade
Concelhia da Batalha (a)
Visita ao Museu da Madalena (b)
17:00 horas
Visita guiada ao Mosterio da Batalha
Visita à Aldeia da Pia do Urso - Ecoparque
sensorial (c)
18:30 horas
12:30 horas
Regresso aos hoteis
Almoço na Aldeia da Pia do Urso
20:00 horas
15:30 horas
Jantar Oficial do Congresso e Comemoração dos
32 anos da FPAS
– Quinta do Fidalgo - Batalha
Visita ao Centro Interpretativo da Batalha de
Aljubarrota (d)
11:30 horas
17:30 horas
Regresso à Exposalão para encerramento do
Congresso
(a) – O MCCB acabou de receber o prémio Kenneth
Hudson como Melhor Museu do Ano 2013
Ceco:
Trichuris suis
Rins:
Stephanurus dentatus
Pulmões Traqueia e Brônquios:
Metastrongylus apri
Tecido muscular:
Trichinella spiralis
Cysticercus cellulosae
Para
O anti-helmíntico
desparasitar:
de eleição
Cólon:
Oesophagostomum
dentatum
Trichuris suis
Estômago:
Hyostrongylus rubidus
Intestino delgado:
Ascaris suum
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56
56
suinicultura
(b) – Existe desde 2000, na Rebolaria, a Casa-Museu do Rancho Folclórico Rosas do Lena, onde é
reconstituída uma casa estremenha do século XIX.
No mesmo local encontramos um interessante núcleo
formado por exposições permanentes de miniaturas
etnográficas, instrumentos musicais, trajos, peças
dos canteiros da Batalha, alfaias agrícolas e ferra‑
mentas de várias profissões.
A Casa da Madalena é um edifício do século XVIII e
XIX e, no seu interior estão preservadas as formas de
construção arquitectónica de três épocas distintas.
Noutro local desta povoação, o Rancho Folclórico
Rosas do Lena criou uma Casa da Cultura resultante
da transformação de um palheiro tradicional, onde
está reunido o espólio do agrupamento e ainda um
arquivo e uma biblioteca etnográficas.
(c) – Breves considerações históricas sobre a Pia do
Urso
Já no tempo dos Romanos, o lugar de Pia do Urso
era utilizado como ponto de passagem, restando
presenças
programa
institucionais
social
ainda na localidade de Alqueidão da Serra (Porto de
Mós), um troço da via então existente e que servia os
grandes povoados, nomeadamente Olissipo (Lisboa),
Collipo (Batalha/Leiria) vindo a cruzar-se depois na
direcção de Bracara Augusta (Braga) a Mérida, então
capital da Lusitânia.
Cerca de 500 anos mais tarde, o Concelho da Batalha,
a Freguesia de São Mamede, e em particular o lugar
da Pia do Urso, foi também ponto de passagem dos
militares das invasões francesas, que por entre pilha‑
gens e massacres efectuados, dizimaram populações e
património.
Dada a morfologia do terreno existente – assente num
maciço rochoso calcário esventrado por dezenas de re‑
entrâncias nas rochas designadas por pias – este local
constituía-se como o único de Porto de Mós a Ourém
com grandes quantidades de água.
Dada a singularidade do espaço natural onde está in‑
serido, o lugar de Pia do Urso carrega em si um misto
de fábula e magia, prevalecendo duas lendas em re‑
dor deste lugar, que a seguir se dão conta de forma
sumária.
Já na Idade Média, mais precisamente em 1385, a Pia do
Urso foi local de passagem das tropas comandadas por
D. Nuno Álvares Pereira, na caminhada efectuada de
Ourém a Porto de Mós com destino a Aljubarrota onde,
nesse local, decorreu uma das batalhas mais decisivas
para a afirmação da independência de Portugal.
Começando pela provável origem do nome desta local‑
idade, dizem os mais antigos que a designação se ficou
a dever ao facto de um urso (provavelmente um Urso
Ibérico) aproveitar uma das pias existentes no maciço
rochoso e aí beber água com frequência.
O Condestável, de acordo com os relatos de então, terá
aproveitado este local paradisíaco para efectuar uma
paragem e, assim, descansar. As tropas lusas terão aqui
recolhido algumas pedras lascadas utilizadas na Bat‑
alha de Aljubarrota.
A pia em questão, devidamente assinalada no local,
apresenta um declive natural que facilitaria a este e a
outros animais a ingestão do líquido, numa zona, re‑
corde-se, densamente arborizada.
Outra lenda em redor da Pia do Urso aborda a existência,
suinicultura
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presenças institucionais
OO MUSEU
MUSEU
DE
DE TODOS
TODOS
AAMUSEUM
MUSEUM
FOR
FORALL
ALL
EL
ELMUSEO
MUSEO
DE
DETODOS
TODOS
. TIMETABLE. HORARIO
. HORARIO Encerra
Encerra
2ª2ª
e 3ª
e 3ª
feira
feira
HORÁRIO
HORÁRIO. TIMETABLE
. 14h00-18h00
. 14h00-18h00
58 suinicultura
10h00-13h00
10h00-13h00
.
. 2pmto to6pm
10am
10amto to1pm
1pm 2pm
6pm
Closed
Closed
onon
Monday
Monday
and
and
Tuesday
Tuesday
SeSe
cierra
cierra
el el
lunes
lunes
y martes
y martes
wwwwww. m. muus se euubbaatatal hl haa. c. oc omm
presenças
programa
institucionais
social
há alguns anos, de uma oliveira diferente das demais, em
virtude desta apresentar a rama preta e ao longo da sua
vida nunca ter produzido azeitona. A explicação para estes
factos bizarros, apontavam os mais idosos, relacionava-se
com a hipótese de, aquando da permanência naquele local
dos exércitos franceses, a oliveira ter servido de escond‑
erijo de armas, munições e pólvora.
(d) – Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota
Desde que em 2002 se iniciou o processo de recupera‑
ção e valorização do campo de São Jorge, a Fundação
Batalha de Aljubarrota verificou que o elemento decisi‑
vo para o sucesso da salvaguarda deste património era
a criação de um Centro de Interpretação, que apresen‑
tasse a Batalha de Aljubarrota ao público, de uma for‑
ma rigorosa, instrutiva e cativante. Foi assim possível,
através do diálogo com os Ministérios da Cultura e da
Defesa Nacional, transformar o antigo Museu Militar
no Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota
(CIBA): um projecto inovador que, tirando partido das
novas tecnologias, relança este conjunto patrimonial e
a vivência que podemos ter dele.
• área de exposições temporárias
• loja
• cafetaria
• parque de merendas
• Parque de Engenhos Medieval
O Centro de Interpretação foi também desenhado para
permitir uma relação cada vez maior com a paisagem
circundante, que se pretende progressivamente recu‑
perada e tanto quanto possível próxima da existente em
1385. Deste modo, os visitantes têm a possibilidade de
percorrer o campo da Batalha de Aljubarrota e de con‑
hecer os factos mais importantes. Estes pontos incluem
os locais onde se encontravam inicialmente o exército
português e o exército franco-castelhano; o local onde
se posicionou Nuno Álvares Pereira, D. João I, os ar‑
queiros ingleses e a ala dos namorados; a posição dos
trons (bombardas) utilizados pelo exército castelhano,
da cavalaria castelhana, do Rei Don Juan I, etc. Inseri‑
do neste conjunto patrimonial requalificado, encontrase ainda a Capela de São Jorge, mandada construir
por Nuno Álvares Pereira em 1393.
Com o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota
foi possível obter um novo espaço funcional, com maior
capacidade e melhores condições para a recepção dos visi‑
tantes. O Centro dispõe :
• área expositiva com 900 m2: dois núcleos expositivos
dedicados à Batalha de Aljubarrota, à época em que
se inseriu e às descobertas arqueológicas no campo de
batalha; e um auditório para projecção de um espectá‑
culo multimédia que reconstitui a Batalha e os eventos
que a originaram.
• serviços educativos com 1.500 m2 (área interior e exte‑
rior), com um programa educativo variado dirigido não
só a escolas, mas a outros grupos, visitantes individuais
e famílias
plus
LONGA CONSERVAÇÃO
| LONG DURATION
| LONGUE CONSER
LARGA DURACIÓN
VATION
| LANGE ZEIT VERDÜNN
ER | LUNGA
CONSERVAZIONE
PARA PREPARAÇÃO
E CONSERVAÇÃO DO
SÉMEN DE VARRASCO
FOR PREPARATION
AND CONSERVATION
S
OF THE BOAR SEMEN
POUR LA PRÉPARAT
ION ET LA CONSERVA
TION DE LA SEMENCE
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IÓN Y LA CONSERVA
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suinicultura
presenças institucionais
suinicultura
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FPAS
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suinicultura
ZUP/67/MAR/13
OS NOVOS NÚMEROS
DO SEU SUCESSO
NO TRATAMENTO DO CRS
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19 e 20 de junho de 2013

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