HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO Condutas orientadas

Transcrição

HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO Condutas orientadas
HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO
Condutas orientadas pelo Ministério da Saúde no Estado de Santa Catarina
Mordedura de animais
A raiva é uma antropozzonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus rábico
contido na saliva do animal infectado, principalmente através da mordedura. Apesar de ser
conhecida desde a antiguidade, continua sendo problema de saúde pública nos países em
desenvolvimento.
O Vírus rábico pertence ao gênero Lyssavirus. No ciclo urbano, as principais fontes de
infecção são o cão e o gato. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da
cadeia silvestre.
A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado,
principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas.
Após um período variável de incubação, aparecem:
 Febre, falta de apetite, dor de cabeça, dor de garganta, irritabilidade, dores nos trajetos
dos nervos e alterações do comportamento;
 Ansiedade, espasmos musculares involuntários e convulsões;
 Paralisia muscular, parada respiratória;
 Óbito.
Não existe tratamento por isso a profilaxia é tão importante.
Em caso de possível exposição ao vírus da raiva é imprescindível a limpeza do ferimento
com água corrente abundante e sabão, ou outro detergente, pois essa conduta diminui,
comprovadamente, o risco de infecção.
Condições do animal
Animal sem suspeita de Animal clinicamente Cão ou gato raivoso,
raiva no momento
suspeito no momento desaparecido ou morto.
Animais silvestres
Tipo de exposição
Contato indireto:
Lavar
sabão
com
água
e Lavar
sabão
Acidentes leve:
Lavar com água e
sabão;
Observar o animal por
10 dias
Se o animal estiver
sadio
no
período
encerrar o caso
Se o animal morrer,
desaparecer ou tornarse raivoso – 5 doses da
vacina (dias 0-3-7-1421)
com
agua
e Lavar
sabão
Lavar com agua e
sabão
Iniciar tratamento com
duas doses – dia 0 e 3
Se a suspeita foi
descartada em 10 dias
encerrar o caso
Se o animal morrer,
desaparecer ou tornarse raivoso – completar
esquema de 5 doses
com
água
e
Lavar com água e
sabão
Realizar o tratamento
com as 5 doses da
vacina
Acidentes graves:
Lavar com água e
sabão;
Observar o animal por
10 dias
Se o animal estiver
sadio
no
período
encerrar o caso
Se o animal morrer,
desaparecer ou tornarse raivoso – 5 doses da
vacina ( dias 0-3-7-1421)
Lavar com agua e
sabão;
Iniciar tratamento com
duas doses – dia 0 e 3
Se a suspeita foi
descartada em 10 dias
encerrar o caso
Se o animal morrer,
desaparecer ou tornarse raivoso – completar
esquema de 5 doses
Lavar com água e
sabão;
Realizar o tratamento
com as 5 doses da
vacina
 Sempre que o animal (cão ou gato) não apresentar sinais clínicos da raiva e for passível
de observação não deve ser iniciado o tratamento com vacina ou sorovacinação,
independente do tipos de lesão.
 Se durante o período de observação o animal apresentar sinais clínicos sugestivos da
doença, morrer ou desaparecer, deverá ser iniciado o tratamento antirrábico conforme o
tipo de exposição (Protocolo do ministério da Saúde – tabela acima).
 Nas agressões por morcegos, deve-se indicar soro-vacinação independente da gravidade
da lesão, ou indicar conduta de reexposição.
 É preciso sempre avaliar os hábitos e cuidados recebidos pelo cão e gato. Podem ser
dispensadas do tratamento as pessoas agredidas por cão ou gato que, com certeza, não
tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do
domicílio (exclusivamente), não tem contato com outros animais desconhecidos e que
somente saem às ruas acompanhados de seus donos, que não circulem em área com a
presença de morcegos hematófagos.
 O soro deve ser infiltrado nas lesões a maior quantidade possível da dose do soro.
Quando a lesão for extensa e múltipla, a dose pode ser diluída em soro fisiológico, para
que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região anatômica não permita a infiltração
de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via
intramuscular, na região glútea.
Guia da Vigilância Epidemiológica – 6a edição - 2005

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