NOTA TÉCNICA Nº 01/2013 – CCZ/DGVS/SMS Assunto: Vigilância
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NOTA TÉCNICA Nº 01/2013 – CCZ/DGVS/SMS Assunto: Vigilância
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DIRETORIA GERAL DE VIGILÂNCIA À SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES Rua do Mocambo, s/n – Trobogy – Salvador – BA Tel.: 3611-7308/7330/7331 NOTA TÉCNICA Nº 01/2013 – CCZ/DGVS/SMS Assunto: Vigilância da raiva animal em Salvador – BA. 1. Essa Nota Técnica (NT) tem o objetivo de alertar e orientar sobre a importância do envio de amostras biológicas de animais domésticos e silvestres com suspeita de raiva para o diagnóstico laboratorial, com vistas a aprimorar o monitoramento da circulação do vírus rábico em Salvador. 2. Para fins dessa NT compreende-se por: Canino ou felino suspeito de raiva: quando apresentarem mudança brusca de comportamento e/ou sinais clínicos compatíveis com a raiva, tais como salivação abundante, dificuldade para engolir, mudança de hábito alimentar, alterações neurológicas, a exemplo de incoordenação motora e paralisia dos membros posteriores1; Morcego hematófago e não hematófago suspeito de raiva: quando for encontrado em local e horário não habitual, quando apresentar dificuldade para voar ou for achado morto. (Obs.: A patogenia da raiva é pouco conhecida em morcego. No entanto, sabese que os morcegos disseminam o vírus da raiva pela saliva antes de apresentarem alterações clínicas compatíveis com a raiva por período mais longo do que o observado em cães e gatos1). 3. Considerando que: A notificação de casos de raiva animal em Salvador tem diminuído ao longo dos últimos anos, como pode ser observado na Figura 1; O último caso de raiva canina notificado em Salvador foi em 2009, no bairro de São Cristóvão, cuja variante viral (V 3) é compatível com amostra isolada de morcego hematófago Desmodus rotundus; Foram detectados dois morcegos não hematófagos positivos para raiva: um no ano de 2007 e outro em 2011, nos bairros Parque São Cristóvão e Patamares, respectivamente; Em março de 2013 foi registrada a suspeita de um caso de raiva canina no bairro de Patamares. Após a eutanásia realizada em clínica veterinária o cadáver foi descartado sem prévia coleta e envio de amostra para diagnóstico. Houve relato da presença de um morcego morto no mesmo espaço ocupado pelo cão suspeito. 45 40 Nº de casos 35 30 25 20 15 10 5 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Canino Ano Felino Quiróptero Figura 1. Casos de raiva animal notificados em Salvador - BA, de 2000 a 2012 (Fonte: CCZ/SMS). 4. Recomenda-se: Que os médicos veterinários que atuam em clínica veterinária no município notifiquem imediatamente ao Centro de Controle de Zoonoses – CCZ de Salvador em caso de atendimento de caninos e felinos suspeitos de raiva; Em caso de óbito do animal suspeito, amostra biológica deverá ser encaminhada para diagnóstico da raiva no Laboratório Central – LACEN (Rua Waldemar Falcão, 123 Brotas – Atendimento 24h, inclusive finais de semana e feriados). O CCZ poderá ser acionado para recolher o cadáver, acompanhado de ficha epidemiológica2 (Anexo I) preenchida pelo médico veterinário. (Obs.: O CCZ funciona nos dias úteis, horário comercial, e pode ser contatado pelos telefones: 3611-7308 / 7330 / 7331 ou 22018666, bem como pelo e-mail: [email protected]); Não manipular morcegos com suspeita de raiva, os mesmos devem ser mantidos isolados, longe do contato com pessoas e animais domésticos. O CCZ deve ser notificado imediatamente para recolher o animal e encaminhar para diagnóstico laboratorial; Notificar ao CCZ a ocorrência de primatas (ex.: sagui e macaco prego) e canídeos silvestres (ex.: raposas) encontrados mortos, para fins de investigação sobre a participação dessas espécies no ciclo de transmissão da raiva e de outras zoonoses. Salvador, 06 de junho de 2013. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica – 7ª edição – Caderno 13. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de Diagnóstico Laboratorial da Raiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. ANEXO I SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DIRETORIA GERAL DE VIGILÂNCIA À SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES Rua do Mocambo, s/n – Trobogy – Salvador – BA Tel.: 3611-7308/7330/7331 Solicitação de exame laboratorial para diagnóstico de raiva Proprietário ou responsável:___________________________________________________ Endereço:_________________________________________________________________ Bairro:_____________________________ Telefone: ( )____________________________ Cidade:_______________________________________ Estado:______________________ Há pessoas agredidas ou que tiveram contato: ( ) não ( ) sim Quantas:____________ Identificação do animal: Data da coleta:_____________________ Identificação da amostra:____________________ Espécie: ( ) cão ( ) gato ( ) bovino ( ) equino ( ) outra______________________________ Raça:_____________________ Sexo:_______ Cor:__________________ Idade:_________ Endereço:__________________________________________________________________ Vacinação antirrábica: ( ) sim ( ) não Nº de doses___________ ( ) Morcego (espécie)____________________________ Hora da coleta:________________ Local da coleta:___________________________________________ ( ) Vivo ( ) Morto Sacrificado: ( ) sim ( ) não Sinais anteriores:____________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Informações sobre o remetente: ( ) Clínica veterinária ( ) Profissional autônomo ( ) CCZ Nome: ____________________________________________________________________ Endereço: _________________________________________________________________ Cidade: __________________________________ Estado: __________________________ Telefone: ( ) _______________ Fax: ( ) _______________ E-mail:____________________ __________________________________ Responsável pela solicitação / CRMV Observação: por favor, preencha a ficha com letra de forma e coloque a identificação nas amostras.
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