Ensino Fundamental e Médio Código do Col

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Ensino Fundamental e Médio Código do Col
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1. Estabelecimento
Colégio Estadual Napoleão da Silva Reis – Ensino Fundamental e Médio
Código do Colégio - 00690
Rua Santa Laura, nº 1
Fone 3618-1118
Distrito de Vila Guay
CEP. 84941-000
Ibaiti – Pr.
Código do Município – 0980
32º´ Núcleo Regional de Educação
Código do NRE – 45007
1.2 Aspectos Históricos da Escola
Por volta de 1950 iniciou-se uma pequena Comunidade nos arredores do
Ribeirão do Engano, com o nome de Patrimônio dos Bodes, e mais tarde o
Senhor Gustavo de Almeida e o Dr. Gaspar Carvalho, dividiram essas terras em
lotes, surgindo então o Bairro com o nome de Vila Guay, nome indígena que
quer dizer terra de gente jovem, relatados pelo Senhor Motinha.
Neste mesmo ano foi criado o município de Ibaiti, sendo o primeiro
Prefeito, o Senhor Júlio Farah. O Prefeito nomeou a Professora Oronina Neves de
Freitas, para lecionar na localidade chamada Vila Guay. Então foi organizada
uma sala de aula, na casa onde residia o Senhor Francisco Claro, com 55 anos.
A escola funcionou precariamente e em 1951. A professora, Dona
Oronina Neves de Freitas desistiu de trabalhar por falta de verbas.
Em 1952, foi destinado um terreno das terras do Senhor Gustavo de
Almeida Rayel, para construção de uma escola de madeira, que se denominou
Escola Isolada Presidente Juscelino Kubistchek de Oliveira, no Governo de
Bento Munhoz da Rocha.
Em 1964, Vila Guay passou a ser Distrito pelo Decreto Lei no 62/64 de
15/04/64. Em 1970, foi construída um grupo escolar de alvenaria, que iniciou
em 1971 e recebeu o nome de Grupo Escolar Napoleão da Silva Reis, pelo
Decreto nº 1.202 de 30/12/71.
Em 1982, passou a denominar-se Escola Estadual Napoleão da Silva Reis
Ensino de 1º Grau, pela Res. 754/83 D.O.E 08/03/83.
Parecer de Ensino de 1º Grau, nº 178/85; Autorização de Funcionamento:
Res. nº 3053/85 de 17/06/1985, com o nome de Escola Estadual Napoleão da
Silva Reis – Ensino de 1º Grau. Reconhecimento pela SEED: Res. nº 1701/86 de
14/04/1986. Aprovação do plano de Implantação de 1ª a 8ª séries; Resolução
para Implantação de 1ª a 6ª séries, com efeito retroativo a 1980 a 1983. Res.
nº 3699/82 de 30/12/1983 e Res. nº 3053/85, ficando extinta a extensão da
Escola Estadual Antônio Martins de Mello – 1º Grau Regular e Supletivo de
Ibaiti. Em 1992, essa escola se separou de 1ª a 4ª séries pelo Decreto da Lei
Municipal nº 010/92 de 13/05/1992, da municipalização do Ensino, ficando
desmembrado, 1ª a 4ª de 5ª a 8ª séries; Em 1994, implantado o 2º grau, com
denominação de Colégio Estadual Napoleão da Silva Reis – Ensino de 1º e 2º
grau. Resolução nº 3734/97 de 05/11/1997 da autorização e Implantação do
Ensino Médio, contido na Es. Nº 194/04 de Reconhecimento e Funcionamento.
Resolução nº 1551/03 – prazo de cinco anos para a renovação do
reconhecimento.
Em
2008,
a
Escola
será
Reconhecida
oficialmente.
Atualmente
denominada de Colégio Estadual Napoleão da Silva Reis Ensino Fundamental e
Médio. Essa denominação é em homenagem ao Senhor Napoleão da Silva Reis,
pai do Prefeito José da Silva Reis, gestor por dois mandatos no município. O
colégio fica a 18 km da sede do NRE e 356 km da capital (Curitiba). Se localiza
na Zona Urbana do Distrito, porém este faz parte da Zona Rural por agregar
alunos do campo. Dados elaborados pelo Professor João Cardoso Rodrigues que
foram fornecidos por Saturnino Braz, já falecido.
1.3 Espaço Físico
A área geral da Escola é de 2.110 m², porém a mesma não tem escrituras
lavradas em cartório, dificultando convênios com a Fundepar.
A Escola possui 5 salas de aula, 1 sala de direção, 1 secretaria, 1 sala de
professores, 1 biblioteca adaptada para sala de vídeo, 1 sanitário feminino, 1
sanitário masculino, 1 sanitário de professores, 1 cozinha que é utilizada
também pela escola municipal e no horário noturno não tendo número de salas
suficientes, utiliza duas salas do prédio da escola municipal.
1.4 Quadro Estatístico e Oferta de Cursos e Turmas
O Colégio Estadual Napoleão da Silva Reis, oferta duas modalidades
ensino:
●
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries 12 turmas
●
Matutino 04 turmas início 7h40 e término às 12h total de alunos = 86
●
Vespertino 04 turmas início 13h e término às 17h20 total de alunos = 82
●
Noturno 04 turmas início 19h e término às 23h20 total de alunos = 87
●
Ensino Médio Noturno
1º ano = total de alunos = 33
2º ano = total de alunos = 44
3º ano = total de alunos = 28
1.5 Caracterização da População
A Escola está situada no Distrito de Vila Guay, no Município de Ibaiti com
uma população estimada em 1.800 habitantes. A maioria dos alunos advém da
Zona Rural são de origem humilde provenientes de famílias de baixa e média
renda. São filhos de bóias-fria, trabalhadores volantes, pequenos agricultores,
pedreiros, motoristas, funcionários públicos,
comerciantes, domésticas e
outros. Fazem parte de um mundo cultural limitado e às vezes precário, não
possuem acesso a leitura informativa, jornais ou revistas, somente rádio e
televisão. Estudam por
acreditar num futuro melhor. outros apresentam
desinteresse dos pais e deles próprios, sendo que a vida no distrito é difícil o
trabalho na região é escasso, há falta de mão-de-obra especializada, portanto,
os filhos de sitiantes ou assentados trabalham com os pais ou
buscam
trabalho em lavouras ou no campo. Por este motivo a permanência destes é
um desafio, pois a necessidade do trabalho os obriga a abandonar os estudos,
provocando a evasão escolar.
1.6 Quadro de profissionais da educação
Equipe de Direção
João Cardoso Rodrigues
Irene de Siqueira
Evanilde Martins Carlos
Maria Elizabete Pessoa
Diretor
Diretora Auxiliar
Pedagoga
Pedagoga
Funcionários (as) Administrativo
Anália Rodrigues de Oliveira
Izolina Miguel da Silva
Rosa Mª Nogueira de Oliveira
Secretária
Tec. Adm.
Tec. Adm.
Funcionários (as) Serviços Gerais
Cleoneia Alves dos Santos
Iracema Delgado Pereira
José Roberto Barbosa
Maria de Fátima B. Brito
Maria de Fátima Rosa
Marilene Fernandes Petrelli
Aux.
Aux.
Aux.
Aux.
Aux.
Aux.
Serv.
Serv.
Serv.
Serv.
Serv.
Serv.
Professores (as)
NOME
1. Irene de Siqueira
2. Maria Cleusa Ferreira
3. Maria Divina de Oliveira
4. Telma Regina Nobile
5. Luciana Cristina Sanromam
6. Natalina Aparecida da Silva
7. Sandra Regina Bueno
8. Selma Maria Santana
9. Sergio Morais de Medeiros
10.Roseli Ap. de Medeiros
11.Graceli Bitzer
12.Mônica Vegnyn
13.Maria Angelina Peroto
14.Mônica Vegnyn
15.Neriane Cristina Araújo
16.Erica Azevedo Barboza
17.Lucélia Marçal Siqueira
18.Silvia Andreia Fernandes
19.João Rocha Mansur
20.Vanessa Mendes Cardoso
21.Genival Freire de Siqueira
22.Graceli Bitzer
23.Mônica Vegnyn
24.Neide Maria Miksza
25.Simone Nascimento Zignani
26.Vivian Valença
27.Natalina Aparecida da Silva
28.Alessandra Mª Q. de Loyola
29.Nair Cândida M. Gimenes
30.Genilval Freire de Siqueira
DISCIPLINA
Ling.Port.
Ling.Port.
Ling.Port.
Ling.Port.
Matemática
Matemática
Ciências
Ciências
Ciências
Ciências
História
História
Geografia
Geografia
Geografia
Inglês
Inglês
Inglês
Artes
Artes
Filosofia
Ens. Relig.
Ens. Relig.
Ed.Física
Ed.Física
Ed.Física
Física
Química
Biologia
Filosofia
Ger.
Ger.
Ger.
Ger.
Ger.
Ger.
2.
OBJETIVOS GERAIS
●
Valorizar a cultura dos povos do campo de modo a criar vínculos com a
comunidade que gere um sentimento de pertença possibilitando a
criação de uma identidade cultural, a partir da qual o aluno possa
compreender o mundo e a sua relação com ele, oportunizando a todos
os
alunos
articulando
conhecimentos
os
específicos
conhecimentos
das
diferentes
sistematizados
suscitadas pela realidade do campo,
com
as
linguagens
questões
buscando superar as práticas
excludentes através de encaminhamentos pedagógicos que contemplem
todos os alunos no processo de ensino e de aprendizagem.
●
Promover a Integração Escola e Comunidade através de vários projetos
que venham de encontro com o interesse de ambos, atendam a
diversidade social, econômica e cultural e garanta o acesso, a
permanência e a aprendizagem de todos os alunos, estabelecendo uma
proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais dos
sujeitos do campo, considerando os tempos, espaços pedagógicos e seus
ciclos produtivos de modo a atender as demandas específicas da
comunidade., combatendo o preconceito de que o campo é sinal de
atraso conscientizando os alunos quanto à importância dessas regiões e
do trabalho ali desenvolvido para a sociedade,
resgatando valores
morais, sociais e éticos, desenvolvendo as potencialidades de cada
educando e sua auto estima permitindo que ele exercite a sua cidadania
a partir da compreensão da realidade, para que o aluno se torne um
pesquisador e possa contribuir em sua transformação.
●
Capacitar os profissionais da Educação, dentro de suas áreas para melhor
desenvolvimento do trabalho.
3. MARCO SITUACIONAL
A Educação do Campo, no Brasil, sempre foi pensada a partir das
referências da cidade, sem levar em conta as especificidades do campo, e dos
objetivos do capital, em contraposição às necessidades básicas da população
trabalhadora. Após os novos marcos legais instituídos pela Constituição e Lei
de Diretrizes e Bases – Lei 9.394/96,
não houve alteração significativa
na
histórica defasagem do atendimento aos povos do campo em todos os níveis e
modalidades com exceção em certa medida ao primeiro segmento do nível
fundamental.
Esse descompasso se deveu a compreensão de que no meio rural, do
princípio da nossa história até a metade do século XX, se caracterizava pelo
latifúndio, pela monocultura e pelo recurso a técnicas de produção muito
rudimentares, podendo prescindir da educação e mesmo da alfabetização.
A partir de 1930 houve a demanda dos segmentos populares com a
intensificação do processo de industrialização
e a transferência da mão-de-
obra dos setores tradicionais para o moderno. Surgem nessa época os
movimentos
em
defesa
da
escola
pública,
gratuita
e
laica,
com
as
responsabilidades da escolaridade elementar assumidas pelo estado. Dada a
forma como se desenvolveu a agricultura no Brasil, com ausência da provisão
de recursos públicos, dentre os quais a escola, a expansão da demanda escolar
só se desenvolveu nas áreas em que mais avançaram as relações de produção
capitalistas, de caráter espoliados dos povos do campo.
A partir dos anos 90, os povos organizados do campo conseguem
agendar na esfera pública a questão da educação do campo com uma questão
de interesse nacional ou, pelo menos, se fazem ouvir como sujeitos de direito.
O Ministério da Educação, a partir do atual governo, finalmente abre-se à
construção de uma Política Nacional de Educação do Campo, que vem sendo
construída em diálogo com as demais esferas da gestão do Estado e com os
movimentos e organizações sociais do campo brasileiro. É criada a Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade e, na sua estrutura é
criada a Coordenação Geral do Campo que está a coordenar um “movimento
nacional” de construção dessas políticas de Educação para o Campo.
O Brasil já tem quase 100% dos alunos matriculados na escola de 7 a 14
anos. O Ensino Médio cresceu consideravelmente nos últimos anos. Agora o
grande desafio da Educação básica é o qualitativo e só a boa escola deve
garantir que o esforço quantitativo seja sustentável a médio e longo prazo.
Sabemos que se a escola não melhorar, haverá um maior número de crianças e
adolescentes com repetência, mais evasão, mais fracasso e mais pessoas com
a auto-estima prejudicada.
A maioria de nossas crianças, atualmente conseguem entrar na escola,
mesmo vindo a pé, de ônibus, de bicicleta. Aparentemente estudam, lêem,
escrevem, pesquisam, outros só vêm para comer; diante disso surge o fracasso
escolar, que pode ser entendido de duas maneiras: uma interna à estrutura
familiar, que diz respeito ao individual e a outra externa, que está ligada à
qualidade de estímulos do meio, à escola e aspectos sociais da aprendizagem.
As duas instâncias concorrem mutuamente para agravar ou minimizar os
fatores que acarretam problemas de evasão e repetência. Os fatores
ambientais devem levar em conta os estímulos a que o aluno é submetido, em
muitos casos, há confusão, falta de ritmo ou excessiva velocidade, pobreza ou
mesmo carência de estímulos. Ajuntando-se todas as causas surge a evasão
escolar e consequentemente a repetência. É raro os pais questionarem a
capacidade
de
ensino
dos
professores,
e
quando
há
dificuldades
na
aprendizagem, acusam os filhos sem pestanejar, tanto os alunos como os pais
ainda tem respeito e confiança nos professores e pela escola, principalmente
pela autoridade inquestionável da figura do professor, mesmo assim ainda há
grande número de evasão na escola.
O fracasso escolar de nossos alunos muitas vezes está nos critérios da
avaliação, que norteia o processo de julgamento aos alunos interessados e
desinteressados, sempre se acaba depositando no aluno toda a culpa pela nãoaprendizagem tanto da leitura como da escrita, sem que seu processo escolar
e social seja considerado.
4. MARCO CONCEITUAL
O desenvolvimento social hoje tem exigido cada vez mais formação
sólida, ampla, continuada e profunda de seus membros e aí entra capacitação
dos professores, porque o mundo está mudando velozmente, e é nessa direção
que estamos caminhando para as necessidades de obtermos cada vez mais
novos conhecimentos, novas experiências.
São três os eixos teórico-políticos orientadores da política em construção
para a educação do Campo que tem como pano de fundo a diversidade étnicoracial como valor, ou seja, o reconhecimento do direito à diferença e a
promoção da cidadania na vida da República.
a) Construção de uma base epistemológica;
b) Estratégias de construção da Esfera Pública;
c) Estado em ação
Algumas ações do Governo Federal estão em andamento ou em processo
de definição teórico-prático:
●
No campo da pesquisa
●
No campo da participação
●
Plano Nacional e Planos Estaduais de Educação
●
Formação inicial e continuada de educadores do e para o campo
●
As Classes Multisseriadas
●
EJA Profissionalizante para agricultores familiares
●
O Transporte Escolar
●
Infra-estrutura física e instalações
●
Apoio a experiências inovadoras de formação de educadores e de
elaboração e aquisição de materiais didático-pedagógicos
●
Intercâmbio de experiências em Educação do Campo
●
Curso de Especialização em Desenvolvimento Rural Sustentável.
A escola está atenta para promover as adaptações necessárias e
promover a sua adequação, para perceber os anseios da comunidade e fazer
com que os conteúdos curriculares e metodologias sejam apropriadas às reais
necessidades e interesses dos alunos do campo.
Frente à dificuldade do sucesso escolar, muitos alunos desenvolvem
atitudes que podemos chamar de resistência à escola. Nessas condições o
aluno faz o mínimo para obter a aprovação. Segundo o educador GRAMSCI
(1990, pág. 55), a tarefa progressista da escola é a de colocar o aluno em
condições
de
ser
governante,
não
somente
no
sentido
de
governos
politicamente, mas, principalmente, de auto determinar-se em face das
transformações que ocorrem, conscientizando-se do espaço que ocupa na
sociedade.
A sociedade depende da escola, que por sua vez, a escola também
depende da sociedade e de acordo com ZABALA, para que uma escola
sobreviva precisa: buscar a informação, saber ler os desejos do aluno, escrever
com dignidade, escutar os pais, falar com os alunos, criar empatia para com
todos, cooperar para a praxis, fixar metas razoáveis, saber fazer bem feito e
ser autônoma, mostrando as metas formativas, indicadores de avaliação,
trabalhar a tecnologia, fazer uma gestão compartilhada, com pais e alunos
atuantes, usando os recursos e estruturas dentro de metodologias inovadoras,
fazendo da avaliação um momento de privilégios, com projetos inovadores.
O planejamento das atividades escolares é imprescindível, tendo em
vista atingir os objetivos da ação educativa previstos na LDB 9394/96. Desse
modo, as atividades escolares deverão ser objeto de reflexão por parte do
coletivo da escola, incluída a comunidade, os alunos e os demais segmentos.
Dessa reflexão é que surgirão os caminhos a serem perseguidos na ação
educacional, materializados na forma de Projeto Político Pedagógico.
Constata-se hoje, que há certa distância entre o que o aluno aprende no
colégio e aquilo que realmente lhe faz falta na realidade do dia-a-dia. Em seu
artigo 14 a LDBEN n.º 9394/96 define que os sistemas definirão as normas da
gestão democrática do ensino público na educação básica de acordo com as
suas peculiaridades, de acordo com os seguinte princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II
–
participação
das
comunidades
em
conselhos
escolares
ou
equivalentes.
Para que o Colégio passe a refletir os anseios da comunidade, é
necessário um amplo projeto comunitário, que resgate a cidadania através do
fortalecimento e autonomia da unidade escolar como executora do projeto
educacional. A busca dessa autonomia deverá ser perseguida de forma
articulada, juntamente com a instituição de uma prática política democrática,
que elimine a fragmentação, a exclusão, o corporativismo e o autoritarismo.
Caminhar na direção da democracia da escola, na construção de sua
identidade como espaço-tempo pedagógico com organização e projeto político
próprio, com base nas convicções que envolvem o processo como construção
coletiva, supõe a garantia de acesso, permanência, capacitação continuada
dos educadores e qualidade do ensino-aprendizagem.
Segundo Saviani, O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e
intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida
histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.
Assim o objeto da
educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que
precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se
tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das
formas mais adequadas para atingir esse objetivo. Escola tem a ver com o
problema da ciência, ou seja, o saber metódico, sistematizado através do
currículo. que é a atividade nuclear da escola, para propiciar a aquisição dos
instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência). Este é o
fim a atingir. É preciso encontrar a fonte natural para elaborar os métodos e as
formas de organização do conjunto de atividades da escola, o seu currículo,
distribuídas no espaço e tempo escolares.
Um currículo é, portanto, uma escola funcionando, desempenhando a
função que lhe é própria, viabilizando as condições de sua transmissão e
assimilação.
5. MARCO OPERACIONAL
A evasão escolar é um dos problemas mais sérios enfrentado por todas
as instituições de ensino, problema (este) que deve ser revisto pelas
instituições no preocupante a formação de uma sociedade mais justa,
consciente de seus deveres e obrigações e acima de tudo humanitária, porque
esta na educação a esperança de um futuro melhor.
E em nossa instituição o problema esse ano 2006 referente a evasão foi
grave pois tivemos cerca de 20% de alunos evadidos na faixa etária entre 12 a
20 anos, do Ensino Fundamental e Médio.
Segundo a LDB em seu artigo 205 onde afirma que: a educação direito de
todos e dever do Estado e da Família.
Depois de Ter analisado esse artigo e outros verificamos que o nosso
objetivo para acabar com a evasão é inserir, incluir a família na escola através
de projetos onde nossa comunidade (sociedade) possa mudar seu olhar,
olhando a educação como sendo algo essencial.
É urgente e prioritário adotarmos medidas que assegurem a todas as
crianças e jovens o ingresso e sua permanência no ensino pelo maior tempo
possível. Algumas dessas medidas práticas, esperando-se um efeito positivo
imediato são os seguintes: Adaptação do horário e do calendário escolar as
necessidades dos alunos que trabalham distribuição gratuita de material
escolar para os mais carentes, manter sempre um dialogo aberto entre
professores, diretores, orientadores, família e educando, continuar o projeto
FICA COMIGO, desenvolvido pela SEED...
O fracasso escolar é um problema que deverá ser visto e analisado por
todos os envolvidos; a partir daí assumirmos o compromisso de criarmos metas
para a solução do problema.
Metas essas que serão enunciados no início do ano, com trabalhos de
conscientização do valor dos estudos e a modificação que a educação pode
causar em nossas vidas.
Elaborar projetos de intervenção onde os educandos possam realizar
trabalhos extra-classe com o acompanhamento do professor.
Projetos esses que faça com que o aluno sinta o prazer de aprender pois
segundo Rubens Alves, a tarefa do professor é a mesma da cozinheira: Antes
de dar faca e queijo ao aluno, provocar fome... se ele tiver fome, mesmo que
não haja queijo, ele acabará por fazer uma maquineta para conseguir.
5.1 Papel específico dos segmentos da comunidade escolar
Conselho Escolar
Para que haja uma gestão democrática na escola é fundamental a
existência de espaços propícios para que novas relações sociais entre os
diversos segmentos escolares possam acontecer, assim, o Conselho Escolar
deverá constituir um desses espaços juntamente com o Conselho de Classe,
Grêmio Estudantil, APMFs entre tantos outros possíveis.
Por isso, a gestão
deixará de ser exercício de uma só pessoa e passará a ser uma gestão
colegiada, na qual os segmentos escolares e a comunidade local se congregam
para, juntos constituírem uma educação de qualidade e socialmente relevante.
Desta forma a função político pedagógica do Conselho Escolar se expressará
“no
olhar”
comprometido
que
desenvolverá
durante
todo
o
processo
educacional, tendo como foco privilegiado a aprendizagem, qual seja: no
planejamento, na implementação e na avaliação das ações da escola, onde
consta que a finalidade do Conselho é promover a articulação entre os vários
segmentos da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir eficiência e
qualidade do seu funcionamento,
tendo papel fundamental, tanto na
observação da organização da escola quanto em relação ao tempo pedagógico,
cabendo ao mesmo ficar atento aos sinais que evidenciam que os estudantes
estão sendo respeitados em seu ritmo de aprendizagem e que a reorganização
do trabalho pedagógico favorece esse ritmo. Sua tarefa é de auxiliar a escola
na ampliação de sua autonomia, atuar de forma compartilhada, dirimir as
dúvidas, encontrar saídas e alternativas e propor novas condutas de
participação individual e coletiva.
Em relação à condução das atividades pedagógicas e administrativas, o
Conselho Escolar verificará as formas como se realizam a progressão dos
estudantes, de que modo estão se saindo nas recuperações propostas pelos
docentes e quais resultados alcançaram, bem como o tempo adequado para
as atividades realizadas, sendo que o tempo pedagógico deverá ser
aproveitado ao máximo para que o estudante, que é o maior favorecido, seja
impulsionado a atingir novos patamares de aprendizagem, sendo que todos
que participam da escola são responsáveis em garantir que o tempo
pedagógico não seja desperdiçado ou esvaziado de sentido.
5.2 Conselho de Classe
Conselho de classe é o momento que reunimo-nos para discutir, debater
e decidir sobre a aprendizagem do educando, seus conflitos é o critério de
avaliação que irá ser usado para promoção do mesmo e inserção na cidadania.
Antes das reuniões do Conselho de Classe, deverão ser realizados os préconselhos.
As reuniões do Conselho de Classe geralmente serão feitas em
finais de bimestre, quando já estão computadas todas as notas dos alunos, ou
a qualquer tempo extraordinariamente e em caráter excepcional quando
necessário.
Os objetivos do Conselho de Classe são:
●
Analisar sobre o desenvolvimento dos conteúdos curriculares, bem como
o encaminhamento metodológico e avaliação destes conteúdos;
●
Propor medidas viáveis à solução dos problemas detectados dentro do
processo ensino-aprendizagem;
●
Avaliar os resultados do processo ensino aprendizagem constantemente;
●
Verificar os alunos que estão com notas abaixo da média, seis
procurando meios para repor os conteúdos a serem re-estudados em
forma de trabalhos, pesquisa, provas, e exercício variados;
●
Fazer de conformidade com o P.P.P, sondagens de aprendizagem em
todos níveis e séries do Colégio para aprovação e aproveitamento do
educando;
●
O conselho poderá ser feito por turmas, em horários diferentes e
lavrados em atas para serem validados;
●
Após cada bimestre já estão previstos em calendário escolar e os
extraordinários serão convocados com antecedência de horas, sendo
obrigatória a presença da direção, equipe pedagógica e de todos os
professores, ficando os faltosos possíveis de faltas a descontar;
●
O conselho sempre deverá ser presidido por um pedagogo e na sua
ausência pela direção da escola;
5.3 Associação de pais mestres e funcionários
Uma APMF, com representatividade e capacidade operacional, faz-se
imprescindível neste momento em que o País passa por mudanças e apresenta
o desafio de alavancar, qualitativa e quantitativamente pela primeira vez na
história, como importante ferramenta de apoio aos projetos educacionais,
viabilizando-os. Contribuir para uma das necessidades do país que é o de
estímulo e apoio à Inovação Tecnológica, no sentido de atender aos interesses
da Educação Nacional e aberta à participação dos associados e a todos os
segmentos sociais que fortaleçam o desenvolvimento de saudáveis relações.
A Associação de pais e mestres e funcionários da escola é um órgão de
representação dos Pais, Mestres e Funcionários, sem caráter político partidário,
religioso, racial e sem fins lucrativos, portanto, não sendo remunerados e é
constituída por prazo indeterminado. Os objetivos e atribuições, bem como
funções da diretoria estão expressos no Regimento Escolar.
Ações da APMF:
●
Integrar a comunidade no contexto escolar, promovendo encontros de
pais para refletirem sobre a política educacional vigente, visando sempre
a realidade dessa mesma comunidade.
●
Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos
junto à Direção do estabelecimento de ensino, contribuindo com
sugestões para adoção de medidas que se julgarem necessárias,
respeitando as decisões tomadas pelo Conselho Escolar;
●
Colaborar para o sucesso de ações previstas no Projeto Pedagógico do
estabelecimento de ensino voltado para a assistência ao educando, ao
aprimoramento do ensino e para a integração família escola comunidade;
●
Discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a assistência ao
educando, o aprimoramento do ensino e para a integração família escola
comunidade;
●
Promover o entrosamento entre os pais, alunos, professores e membros
da comunidade, através de atividades sócias - educativa - cultural desportivas, de comum acordo com a Direção do estabelecimento de
ensino e aprovação do Conselho Escolar;
●
Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento do
estabelecimento escolar, sempre dentro de critérios de prioridade, sendo
as condições dos educandos fator de máxima prioridade;
●
Promover palestras, conferências e círculos de estudos envolvendo pais e
professores, a partir de necessidades apontadas por esses segmentos.
5.4 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil tem por objetivo, representar condignamente o
corpo discente, ou seja os alunos. O grêmio visa defender interesses
individuais e coletivos do colegiado escolar, incentiva a cultura literária,
artística
e
desportiva
dos
membros,
promove
a
cooperação
entre
administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar, onde
buscam seus aprimoramentos, realizar intercâmbio e colaboração de caráter
educacional, assim como a filiação às entidades, UMES, UPES, UBES, etc, lutar
pela democracia permanente na escola, através do direito e participação nos
fóruns internos. A diretoria do Grêmio é composta pelos alunos da escola de
todas as séries, e se reúnem sempre para discutirem problemas relacionados à
educação. A assembléia geral do grêmio tem instâncias deliberativas e estão
sempre atentos aos problemas escolares do dia a dia. Participam de reuniões,
encontros, seminários e outros eventos.
O grêmio não deve apenas cuidar das atividades recreativas e culturais,
mas também levar à frente as lutas dos estudantes pela melhoria do ensino,
por um tratamento mais digno, por mais democracia na escola e participar das
lutas mais gerais que os movimentos sociais realizam. É um órgão de
representação dos mais importante da escola e contribui para formar um
estudante consciente e capaz de lutar pelos seus direitos. Sua meta mais
importante é a de tornar a escola mais prazerosa e proveitosa para os
estudantes.
5.5 Professor(a) Conselheiro(a)
O (a) professor (a) Conselheiro (a) terá a tarefa de incentivar a sua turma
a melhorar o seu desempenho em médias, participações, colaboração pela
melhoria do Colégio, ser o porta voz da turma junto à equipe pedagógica e
direção e promover o processo de escolha do Representante de Turma no início
do ano letivo. É importante o professor possibilitar que as turmas tenham
tempo para formar sua opinião sobre os candidatos e sobre o processo de
eleição.
Após eleitos, alguns critérios devem ser pré-estabelecidos, como:
●
Destituir candidato que se utilize de artifício não ético, para se eleger;
●
Os representantes escolhidos deverão dar exemplo no cumprimento do
Regimento Escolar;
●
O professor conselheiro, em consenso com a turma, poderá propor
substituição do Representante de Turma, destitui-lo e promover novas
eleições sempre que ficar claro que o representante está deixando de
executar suas funções;
●
eleger democraticamente, o representante de turma, com o qual
trabalhará diretamente;
●
propor e efetuar mudanças pedagógicas na turma, como troca de lugar
entre um aluno e outro, troca de turma etc.;
●
laborar, propor e
incentivar e apoiar projetos de interesse dos
estudantes que estejam articulados com o Projeto Político-Pedagógico da
Escola;
●
responsabilizar-se por confraternizações esporádicas e as de final de
semestre, previstas no Projeto Político Pedagógico;
●
convocar, juntamente com a equipe pedagógica, reuniões extraordinárias
do Conselho de Classe para tratar de problemas mais sérios e que
precisem de uma discussão mais aprofundada e coletiva;
●
discutir com a turma gráficos que podem ser obtidos com a equipe
pedagógica
sobre
médias
bimestrais,
assiduidade,
ocorrências,
valorização do patrimônio, afim de melhorar o desempenho da turma;
●
acatar sugestões de
classe para a melhoria do Projeto Político
Pedagógico, para a melhoria do currículo, melhoria do Regimento Interno,
espaço físico do Colégio e outros, registrá-la por escrito e entregar ao
diretor, presidente do Conselho Escolar, para que as mesmas sejam
avaliadas e, se for o caso, implementadas;
●
auxiliar e incentivar os estudantes
a pensar projetos que serão
desenvolvidos pelo Grêmio Estudantil.
5.6 Representante de turma
O representante de turma exercerá papel fundamental de liderança em
sua sala. Para tanto, participará de curso de “formação de lideranças”, com
direito a certificado. Sua tarefa será, em conjunto com sua equipe (turma),
trabalhar para atingir os seguintes objetivos, através de conscientização e
projetos práticos:
●
Melhorar a média da turma, buscando qualidade no ensino;
●
Zelar pelo patrimônio da escola;
●
Participar de debates e movimentos estudantis;
●
Incentivar a turma a participar dos diversos eventos culturais e
esportivos organizados durante o ano;
●
Identificar os alunos de sua turma para fazerem parte do coletivo das
diversas diretorias do Grêmio, conforme as suas preferências;
●
Auxiliar o professor Conselheiro;
●
Zelar pelo cumprimento do Regimento Escolar;
●
Ser o porta voz da turma, para em conjunto com o Professor Conselheiro
encaminhar propostas escritas sobre qualquer tema, para apreciação do
Conselho Escolar;
●
Além disso, o representante, pelo Estatuto do Grêmio, também faz parte
do Conselho de Representantes de turma do Grêmio, que só perde em
poder para a Assembléia Geral dos estudantes.
5.6 Recursos disponíveis
A participação da comunidade na Escola além de ajudar na elaboração de
idéias, convênios e parcerias para apresentar palestras, reuniões, promoções,
também instrui e informa no dia-a-dia sobre atividades extracurriculares, para
que se promova o bom andamento da Escola e a integração e interação da
comunidade, através dos diversos segmentos, fazendo com que ela caminhe
com suas próprias pernas.
5.7 Calendário Escolar
Nos três turnos de funcionamento a escola busca atender aos interesses
da aprendizagem dos alunos fazendo cumprir na medida do possível o horário
de entrada e saída dos alunos, dos professores, da direção e funcionários.
O programa de capacitação continuada é preestabelecido pela SEED, aos
sábados, no espaço da própria escola, em horário definido pelo NRE estando
em andamento os Grupos de: Educação do Campo e Capacitação de
Conselheiros. Participam ainda de seminários, cursos dentro e fora da escola
por disciplina ou projetos.
Reuniões realizadas:
22/03 – Eleição do Conselho Escolar
27/03 – Reunião Serviços Gerais
18/04 – Fera Cidade – participação da Escola
05/05 – Conselho de Classe
24/07 – Reunião Administrativa e Serviços Gerais
26/07 – Conselho de Classe
01 e 02/09 – Reunião APMF e Grêmio Estudantil para aplicação dos recursos do
bazar
15/09 – Reunião Administrativa e Serviços Gerais
11/10 – Conselho de Classe
16/10 – Reunião de organização do Desfile Municipal – Tema Organização
Econômica de Ibaiti
03/11 – Reunião de organização do Desfile Municipal
13/12 – Reunião com a Direção Equipe Pedagógica e demais segmentos para
Pré-Planejamento e Avaliação Institucional.
15/12 – Conselho de Classe Final.
5.8 Utilização dos espaços educativos
O Colégio não possui estrutura adequada para o funcionamento dos
espaços educativos, sendo que o espaço existente é dividido com uma Escola
Municipal, de forma precária. Dentro do
possível buscamos desenvolver o
trabalho educativo. Não há laboratório, refeitório, videoteca, midioteca, pátio
coberto. Buscamos utilizar os espaços disponíveis da Escola/comunidade para
a organização de eventos nos finais de semana, colocando a disposição da
comunidade, obedecendo a regras e normas que estão sendo elaboradas pelos
segmentos organizados.
5.9 Hora Atividade
A hora atividade do professor será utilizada para correção de provas,
testes
e
avaliações,
planejamento
de
atividades,
projetos,
troca
de
experiências sobre a prática pedagógica e metodologias, estudos pedagógicos,
e outros assuntos educacionais de interesse dos professores e da comunidade.
O planejamento, execução, acompanhamento e avaliações das ações a
serem executadas na hora atividade dos professores será de responsabilidade
da Equipe Pedagógica e da Direção da Escola.
A atividade desenvolvida pelos professores será registrada em fichas
individuais, em data e horário estabelecidos e vistado pela direção e ou equipe
pedagógica. No horário escolar será elaborado um cronograma constando as
horas aulas bem como as horas-atividade dos profissionais da educação.
5.10 Inclusão Educacional
No art. 58 da LDB, 9394/96, entende-se por educação especial, para os
efeitos
desta
Lei,
a
modalidade
de
educação
escolar,
oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais. Em seguida a lei fala que haverá, serviços de apoio
especializado na escola regular para essa clientela na Educação Básica. Esses
educandos de acordo com o Art. 59, terão currículos, metodologias técnicas,
recursos educativos próprios para atender às suas necessidades, terão
professores especializados e capacitados na área e que com o estudo,
desenvolverão um trabalho que vise a efetiva integração na vida em
sociedade. Serão pessoas iguais com os iguais, com direitos, deveres e
obrigações e com locais se possível adaptados para seu desenvolvimento. A
essa política de educação especial, damos o nome de inclusão.
A escola recebe apenas um aluno com deficiência física, paraplégico de
nascença, usa cadeira de rodas e se adapta muito bem ao ambiente escolar.
Chega à escola através do transporte escolar.
5.11 Cultura Afro brasileira
A Lei n.º 10.639/03 e as Diretrizes da Cultura Afro-brasileira contém os
princípios
norteadores,
a
escola
trabalhará
abordando
o
assunto,
desenvolvendo ações em exposições, amostras, danças, discussões, pesquisas
e debates envolvendo a comunidade escolar.
Todas as disciplinas abordarão o assunto da seguinte forma:
LÍNGUA PORTUGUESA -
estudos da língua, povo, o negro na mídia, o mercado
de trabalho, a literatura e outros.
HISTÓRIA – um novo olhar sobre o negro, sua descendência, o escravismo, a
África como continente, os quilombos e a democracia atualmente.
GEOGRAFIA – o continente, a população brasileira, miscigenação, colonização,
mapas, movimento do povo.
ARTE – dança, rituais, música, legados e outros.
ENSINO RELIGIOSO – religiosidade africana, celebrações e outros.
BIOLOGIA/CIÊNCIAS – teoria antropológica, teorias racistas, tipo biológico,
descendentes e reflexão.
EDUCAÇÃO FÍSICA -
futebol, práticas corporais, capoeira, brinquedos e
brincadeiras, jogos, folclore e outros.
MATEMÁTICA -
análise de dados da população brasileira afrodescendente por
cor, renda e escolaridade.
Trabalhar-se-á com projetos e textos contextualizados, palestras sobre
racismo, abolição, o negro hoje
5.12 Projetos e Ações
A escola participa da maioria dos Projetos desenvolvidos pela
SEED como:
●
Projeto Semana Cultural e Esportiva – jogos colegiais, intercolegiais e
outros, dança, teatro, música para entretenimento;
●
Projeto FERA – artes e talentos da nossa comunidade;
●
Projeto Com Ciência – Agrotóxicos – Projeto de conscientização sobre o
uso correto dos equipamentos de proteção;
●
Projeto Agenda 21 – meio ambiente sustentável
●
Projeto cidadania – envolver comunidade nos projetos de inclusão sobre
as desigualdades e cultura afro-descendente;
●
Projeto de incentivo a leitura e pesquisa, com participação de todos os
professores.
●
Arte no Paraná – Este projeto tem como finalidade,
identificar alguns
talentos escondidos nos educandos e que são
relevantes pelos
professores e que estão presentes em sala de aula.
●
Projeto Festa da Colheita
5.13 Organização de Turmas e distribuição por Professor
Os critérios de organização das turmas será feito obedecendo a
necessidade da comunidade escolar. Cada aluno fará a matricula no turno que
mais lhe convier, ou seja, matutino, vespertino ou noturno. A distribuição por
professor obedece as regras estabelecidas pelo NRE, que distribui as aulas das
diversas disciplinas no início e durante o ano letivo, conforme a necessidade da
escola.
5.14 Avaliação de desempenho do pessoal docente e não docente
Será planejado coletivamente, e será o reflexo de nossas intenções.
Segundo Gadotti, “o currículo é o verdadeiro espaço escolar. Além de ser o
espaço do conhecimento é também o espaço do debate das relações sociais e
humanas, o espaço do poder, do trabalho e do cuidado, da gestão e da
convivência, por isso tem a ver com a ética, a sustentabilidade, a questão da
violência.” Para tornar concreto a autonomia da escola e do currículo como
processo, como uma trajetória “eco-político-pedagógico” da escola, necessita
ser avaliado e reavaliado constantemente, buscando a qualidade e não a
quantidade
nas
atividades
curriculares
e
extra-curriculares
de
forma
cooperativa, construindo relações democráticas no espaço escolar, como uma
escola cidadã que planeja e respeita pais, alunos, direção, funcionários,
colegas e comunidade escolar em geral, promovendo e buscando a interação
das ações que visem a solução dos problemas diagnosticados anteriormente.
5.15 A avaliação do processo de ensino-aprendizagem
O planejamento anual será acompanhado pela direção e equipe
pedagógica, mapeando e diagnosticando suas turmas para poderem trabalhar
com elas ao longo do ano, de acordo com a Proposta Curricular da escola
buscando o uso de metodologias diversificadas com instrumentos avaliativos
adequados, levando em consideração o aluno, seu meio e sua história de vida.
Corrigir trabalhos, provas, testes, pesquisas com comentários construtivos e
críticos; dando oportunidade de recuperação dos conteúdos aos alunos com
médias insuficientes, auxiliando-os na mediação dos conhecimentos de forma
produtiva e solidária, respeitadas as pluralidades culturais e suas formas de
manifestações. Propomos uma prática de avaliação, que promova o aluno num
contexto geral, subsidiando o mesmo em toda sua totalidade, metodologias
diversificadas e recursos didáticos apropriados para a aprendizagem, com
recuperações paralelas, contínuas durante todo o período escolar. O Conselho
de Classe será para reunir os docentes em torno da aprendizagem do aluno. As
discussões feitas nas reuniões desse Conselho serão para analisar e propor
medidas viáveis e a busca de soluções dos problemas detectados dentro do
processo ensino-aprendizagem.
A escola fará uso de fichas diversas para o registro
e controle do
processo de ensino-aprendizagem ( ocorrências diárias em sala de aula,
comunicado aos pais, chamamento de pais e/ou responsáveis, controle de
entrada e saída dos alunos, fichas de encaminhamento, ficha diária para
controle do trabalho escolar).
Elaborará os procedimentos da avaliação profissional, os critérios de
promoção sem perder de vista a identidade e a missão da escola. A
comunidade será informada sobre a elaboração do plano de avaliação interno
do trabalho escolar, o que está sendo proposto e o que está sendo
implementado.
5.16 Acompanhamento e avaliação do Projeto Político-Pedagógico
O Projeto Político Pedagógico será avaliado sempre que necessário, com
reuniões pedagógicas extraordinárias envolvendo além da direção e Equipe
Pedagógica, professores, alunos, funcionários, Conselho Escolar, APMF, Grêmio
Estudantil e Segmentos para dar sugestões e possíveis soluções que
contribuam para a melhoria do ensino-aprendizagem, através de planejamento
participativo.
5.17 Formação Continuada
A Hora e a Vez do Professor Que Aprende
O Brasil já tem quase 100% dos alunos matriculados na escola de 7 a 14
anos . O Ensino Médio cresceu consideravelmente nos últimos anos. Agora o
grande desafio da Educação básica é o qualitativo e só a boa escola deve
garantir que o não melhorar, haverá um maior número de crianças e
adolescentes com repetência , mais evasão , mais fracasso e mais pessoas
com a auto-estima prejudicada. Daqui pra frente o grande desafio é
implementar esse paradigma curricular novo.
E para isso é preciso ainda dar um novo sentido ao papel do professor e
rever uma contradição básica da Reforma Educacional Brasileira. Como podem
os professores ser protagonista da transformação pedagógica necessária para
melhorar a educação básica se eles próprios não receberam uma educação
prática e teórica de qualidade? Hoje uma das necessidades básicas de
aprendizagem é constituir competências para continuar aprendendo ao longo
de sua vida produtiva. Para refletirmos sobre isso, podemos tomar como
referência as quatro necessidades básicas de aprendizagem definidas pela
UNESCO.
Aprender a conhecer, aprender a fazer;
Aprender a conviver, aprender ser.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUARQUE, Cristóvam. “Educação e desenvolvimento”.In: Paixão de
aprender nº 3. Prefeitura Porto Alegre, jun. 1992.
VEIGA, Ilma Passos. IN Gestão Educacional. Novos Olhares. São Paulo, Ed.
Vozes, 1996.
DIAS, Sobrinho, J. Universidade: projeto, qualidade, avaliação e
autonomia. Pro-Posições, Campinas, vol. 3, n. 1, março 1992.
CHALITA, Gabriel. Pedagogia do amor. São Paulo – 2002.
GRAMSCI, Mario._________________________Rio de Janeiro, 1990.
ZABALZA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo.Rio
Grande do Sul, 2000 – Artimed.
SAVIANI, Demerval. Sobre a natureza e especificidade da educação. In:
Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo, Cortez,
1992.
Elementos para um Plano nacional de educação do campo – Site MEC.
DELLORS, Jaques. Os Pilares da Educação. Rio Grande dos Sul, 1996 –
Artimed.
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo. Secretaria de
Inclusão Educacional. MEC – 2003.
nternet – Instituto Paulo Freire – GADOTTI, Moacir REORIENTAÇÃO
CURRICULAR, Desafios e perspectivas da construção de relações
democráticas no espaço escolar.
Revistas
Nova Escola, ano 20 nº 178, 2005 – p. 43
Conselho Escolar – Estatuto. 2004, p. 09. Cap. II, art. 9º
Projeto Agenda 21 – 2005
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96

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