CURSO: PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E - pós-graduação

Transcrição

CURSO: PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E - pós-graduação
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
CURSO: PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
DISCIPLINA: DINÂMICA DE GRUPO
Professor: Ms. João Luiz Derkoski
Nossa proposta
Refletir e sentir a possibilidade da aplicação da dinâmica de grupo na prática
psicopedagógica.
Sumário
Assunto
Página
Apresentação.....................................................................................................02
Diferenças entre dificuldades e distúrbios..........................................................03
As dinâmicas de grupos como práticas de ensino na psicopedagogia..............05
Principais Teorias...............................................................................................10
Localização da dinâmica de grupo diante das diversas ciências.......................11
Aplicação da dinâmica grupal.............................................................................11
A dinâmica grupal e a docência..........................................................................13
Ciclo docente......................................................................................................13
Construção conjunta do conhecimento e as dinâmicas.....................................15
Resistência à ludicidade e às dinâmicas...........................................................16
Planejamento de ensino....................................................................................17
Passos das dinâmicas.......................................................................................18
Escolhendo as dinâmicas..................................................................................19
Sugestões: dinâmicas e jogos...........................................................................25
Bibliografia.........................................................................................................31
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
1
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Apresentação
O procedimento pedagógico nas práticas pedagógicas, composto de
tecnologia e sócio-interacionismo vem tomando expressiva conotação.
A criança, o jovem e o adulto já não se contentam com aulas monologadas,
dissertativas, monótonas e sem contextualização prática com o que acontece no diadia.
A mídia geral rápida se encarrega de divulgar por imagem, som, produções
sensacionais, coisas, fatos e aparelhos o que muitos professores desatualizados
nem sabem que existem e se conhecem não aprenderam como tratar
pedagogicamente tais situações.
Muitos professores preocupados com essa onda, e na intenção de melhorar
suas aulas, utilizam dinâmicas de grupos, o que é um avanço, quando planejadas
como componentes de atividades motivadoras ou esclarecedoras do temas
propostos pela disciplina em desenvolvimento.
O problema é identificado quando a prática pedagógica se estende a alunos
com dificuldades ou distúrbios de aprendizagem e que em seus direitos de cidadania
devem ter seu desenvolvimento pessoal e sua inclusão social garantidos, através de
professores com capacitação especial para trabalho tão diferenciado e que em raras
exceções recebem formação contínua e atualizada para poder cumprir o que exigem
a Constituição Federal, Lei Diretrizes e Bases da Educação e as demais normas de
garantia a cidadania.
Parafraseando Gonçalves (2.011): Será através deste novo olhar a cerca
deste sujeito em sala de aula portador de suas singularidades orgânicas, funcionais
ou sintomáticas, que a educação poderá construir um novo caminho frente aos
desafios de diversificar o olhar diante de cada aluno, que possibilitará igualdade de
oportunidades de aprendizagem.
A disciplina dinâmica de grupo não pretende apresentar receitas prontas para
resolver todas as dificuldades da psicopedagogia, mas se apresenta como contributo
para prática de ensino, mesmo porque nesta área se encontram mais formas de
tratamento para doentes da aprendizagem do que atividades interativas bio-sociopsicopedagógicas para tornar a vida dos alunos menos difícil e mais produtiva.
Na psicopedagogia o uso da dinâmica de grupo é importante quando aplicada
em oportunidades que se fazem necessárias para o despertar, evidenciar,
desenvolver aspectos, físicos, mentais, sócio-ambientais das pessoas em geral e
das portadoras de dificuldades ou distúrbios de aprendizagem. Muitas vezes é na
sinergia do grupo que visualizamos verdadeiros milagres.
Carneiro (2011) sobre a preensão do conhecimento, interpreta assim o
trabalho de Kurt Lewin nesta área: As já relatadas experiências de Lewin permitiram
o desenvolvimento de uma nova mentalidade pedagógica em que se destacam três
princípios: no primeiro, o grupo (classe) não é concebido como ambiente de
competição, mas sim como ele mesmo, um fato de cooperação, sendo por isso um
objeto de sua própria instrução; o segundo preceitua que o papel do monitor
(professor) é motivar o grupo, controlar seu funcionamento e seus resultados, e
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
2
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
ajudá-los a definir suas dificuldades; por fim o terceiro implica num método
pedagógico ativo. Ou seja, nele os "alunos", através de suas próprias experiências,
devem chegar ao conhecimento.
Deve-se esclarecer que a dinâmica de grupo, sem planejamento como
atividade complementar do desenvolvimento da aula, pode se apresentar mais como
um fator passa-tempo do que pedagógico o que nada acrescenta a qualidade do
ensino.
Espera que tenha um bom proveito para seu aperfeiçoamento profissional.
Estaremos juntos na apresentação do módulo.
Um abraço.
Professor João Luiz Derkoski
Diferenças entre Dificuldades e Distúrbios de Aprendizagem
Inicialmente a para o desenvolvimento deste módulo faço diferenciação mais
didática do que sistêmica entre dificuldades e distúrbios.
O termo “dificuldades” pode ser usado para designar qualquer tipo de
obstáculos encontrados pelos indivíduos no processo de ensino-aprendizagem. Eles
podem ser das mais diversas ordens. Muitas vezes, os problemas não estão no
aluno, mas ligados a elementos externos que o influenciam. Abaixo você pode ver
exemplos de fatores que causam dificuldades na apreensão do conhecimento:
o Problemas sociais como a desnutrição.
o Ausência de motivação.
o Conflitos familiares.
o Baixa qualidade do sono.
o Diferenças culturais.
o Deficiências na estrutura da educação: salas superlotadas; professores
mal remunerados, pouco treinados e sobrecarregados.
o Material didático inadequado.
o Inadequação metodológica.
o Mudanças no padrão de exigências da escola.
o Baixo QI (Quociente de Inteligência).
o Falta de interesse.
o Problemas na visão.
o Problemas na audição.
o Problemas genéticos.
o Comprometimentos neurológicos.
o Problemas de ordem psicopedagógica.
Já os distúrbios de aprendizagem estão mais vinculados ao próprio aluno, e
certas disfunções neurológicas, característica fundamental para diferenciar uma
criança com distúrbios de aprendizagem daquelas que apenas apresentam algumas
dificuldades e podem ser classificados:
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
3
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
a) Distúrbios de Entrada - se caracterizam pelas informações chegadas ao
cérebro que podem ser através do ouvido (entrada de audição) e da visão (entrada
visual). E esse processo todo de entrada, é realizado no cérebro e podem ser de:
Percepção Visual
Percepção Auditiva
Integração
Seqüência
Abstração
Memória
b) Distúrbios de Saída - Assim como determinadas pessoas encontram
dificuldades na forma como recebem as informações, outras têm problemas no
momento da saída de informações, ou seja, no momento de concretização do
conhecimento adquirido. Isso é percebido quando a criança realiza ações como
escrever, desenhar, atividades motoras e outras. Quando essa dificuldade implica na
escrita ou na fala, ela é chamada de Distúrbios de Saída de Linguagem e, quando se
dá na realização de atividades musculares, é chamada de Distúrbios de Saída
Motora. Podem ser de:
Linguagem
Espontânea
Demanda
Atividade Motora
Grosseira
Fina.
Alguns distúrbios de linguagem conhecidos como os principais e podem ser
classificados ora como um ora como outro e entre eles:
Dislexia
Disgrafia
Disortografia
Afasia
Disartria
Discalculia
Acalculia
Apraxia
Dispraxia
Gagueira
Déficit de atenção
Ao realizar o resumo das Diferenças entre Dificuldades e Distúrbios de
Aprendizagem extraído do curso: Distúrbios de aprendizagem – módulo 01 acessado
em 08 de maio em www.Cursos24Horas.com.br, verifica-se que as dinâmicas de
grupos podem contribuir largamente com a aprendizagem, mas em determinadas
situações deve ser oferecido aos necessitados o tratamento de especialistas, para
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
4
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
diagnósticos mais detalhados e até prescrição de medicamentos. Isto por que as
dificuldades de aprendizagem podem ser transitórias quando suas causas são
tratadas ou eliminadas, enquanto os distúrbios permanecem pela vida toda, já que
são disfunções do sistema nervoso central.
As dinâmicas de grupos como práticas de ensino na Psicopedagogia
Porque dinâmicas de grupo
Antes do estudo das dinâmicas considera-se necessário fazer algumas
observações conceituais.
Agregado:
• Sociais - manifestações públicas - encontro de pessoas, comícios,
passeatas, protestos. Tem um objetivo casual e de curto tempo.
• Residenciais: Condomínios, bairros. Embora próximos mantêm-se
estranhos.
• Funcionais - Encontros profissionais casuais, governadores,
secretários, executivos.
• Multidões - Agregados pacíficos ou tumultuosos de pessoas ocupando
determinado espaço físico.
Grupo social
Formam uma coletividade identificável, estruturada, contínua, de
pessoas sociais que desempenham papéis recíprocos, segundo determinadas
normas, interesses e valores sociais, para a consecução de objetivos comuns
(FICHTER, 2.010).
Segundo Oliveira (2001) grupo é toda reunião de duas ou mais pessoas
associadas pela interação. Devido à interação social, os grupos mantêm uma
organização e são capazes de ações conjuntas para alcançar objetivos
comuns a todos os seus membros.
Os grupos sociais são formas estáveis de integração social. Um fator
mantém a estabilidade do grupo: os contatos sociais são duradouros. Nos
grupos sociais há normas, hábitos e costumes próprios, divisão de funções e
posições sociais bem definidas.
Características de um grupo social
• Pluralidade de indivíduos – há sempre mais de um individuo no grupo,
coletivismo.
• Interação social – os indivíduos comunicam-se uns com os outros.
• Organização – todo o grupo, para funcionar bem precisa de uma ordem
interna.
• Objetividade e exterioridade – quando uma pessoa entra no grupo ele já
existe, quando sai ele permanece existindo.
• Objetivo comum – união do grupo para atingir os objetivos dos mesmos.
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
5
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
•
•
•
texto:
Consciência grupal ou sentimento de “nós” – compartilham modos de agir,
pensamentos, idéias, etc.
Continuidade – é necessário ter certa duração. Não pode aparecer e
desaparecer com facilidade.
Interação social – no grupo, os indivíduos comunicam-se uns com os
outros.
Alcântara, (1972) Ao ensinar sobre grupos na educação escreve o seguinte
Existem vários conceitos de Grupo. Preferimos o de Homans que conceitua:
Grupo como sendo uma quantidade de pessoas que se comunicam amiúde
entre si, durante certo tempo, com o fim de estudar um problema e que são
suficientemente poucas como para que cada uma delas possa comunicar-se com
todas as demais de maneira dinâmica e direta, “cara a cara”.
Devemos salientar também, para melhor compreensão desse conceito, que
para constituir um Grupo não basta reunir um número reduzido de pessoas, nem
haver um interesse comum: é necessário, ainda, que haja interação entre seus
componentes, o que representa o núcleo essencial do grupo.
Entende-se por interação a ação recíproca em que cada indivíduo, em sua
relação com os demais, membro a membro, reage ante a presença de cada um e
ante sua conduta, antecipando mentalmente aquilo que espera que o outro diga ou
faça. Esta interação é, portanto, recíproca e o número de reações é cada vez maior.
O limite numérico se impõe, porque quando o grupo aumenta, a interação se
torna cada vez mais complexa, levando o grupo a desintegrar-se. Em tal caso, as
reações que se suscitam no grupo transformam-se em fenômenos de massa,
apresentando uma atmosfera anônima e impessoal, dificultando o perfeito
desenvolvimento do trabalho grupal.
Segundo Knowles, a Dinâmica de Grupos considera como características de
um grupo:
• Uma associação definível (identificação entre as pessoas).
• Consciência de grupo (percepção coletiva de unidade).
• Participação com os mesmos propósitos (objetivos comuns).
• Dependência recíproca para a satisfação de necessidades (ajuda mútua).
• Ação recíproca (grande comunicabilidade).
• A existência de uma estrutura interna - distribuição dos papéis sociais (“roles”)
que se reconhecem.
• Habilidades para atuar em forma unitária (o grupo pode comportar-se como
um organismo unitário).
Podemos concluir que o verdadeiro sentimento de grupo somente existe
quando há um forte laço de simpatia, uma união dentro do grupo e um sentimento do
”nós”, que costuma manifestar-se nos seus integrantes ao usarem a 1ª pessoa do
plural: sentimos, acreditamos, fazemos etc. Como diz Gibb, “os membros de um
grupo não nascem; eles se fazem. Aprende-se a atuar em grupo, atuando-se em
grupo.
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
6
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Quando adquirimos as habilidades para tornar um grupo operante e para
crescer dentro dele, falamos, então, de “grupos maduros” e de “ membros maduros
do grupo”.
Castilho, (1992) esclarece sobre as funções desempenhadas pelo grupo em
uma organização, mas que podem ser usadas na educação, explicando e dando
funções importantes:
A existência de grupos nas organizações se dá ora por uma ordem natural, ou
pelo surgimento da necessidade de realização de projetos específicos. De um modo
ou de outro, os grupos têm funções que ajudam à organização a alcançar suas
necessidades de efetividade. Vejamos abaixo algumas funções mais significativas:
• Os grupos são uma maneira de se executarem tarefas que não poderiam
ser levada a cabo por indivíduos trabalhando isoladamente: Se uma tarefa
tem grande impacto na organização, a tendência é que esta seja realizada
pelo grupo, e não por indivíduos. Tal prática ajuda na qualidade da decisão
bem como no processo de implementação, já que passa a ser vista como
uma idéia de grupo e não de um indivíduo. Tarefas complexas costumam
ser desenvolvidas por grupos, o que propicia uma maior riqueza no
resultado, ganhos de produtividade e freqüentemente de maximização de
tempo.
• Os grupos possibilitam a maximização dos talentos: Por melhor explorar as
habilidades de cada membro, favorece a criatividade, o empenho para o
desejo de auto-realização. Tais condições permitem ao grupo amplificar
seus próprios recursos, ao tempo que se permite utilizar uma maior
dimensão dos talentos de cada um.
• Os grupos favorecem um maior número de diferentes visões quando na
análise do processo decisório: Tal oportunidade só vivida em grupo
oportuniza a análise de diferentes ângulos, que não seria possível ao
indivíduo isoladamente. Embora o processo decisório em grupo possa ser
gerador de conflito e até mesmo de “caos”, ao mesmo tempo ele propicia
um maior número de adesões, pelo fato de se ter trabalhado diversos
pontos de vistas dos participantes.
• Os grupos favorecem a obtenção da qualidade quando estão concentrados
no conceito de cliente interno e externo: Os grupos tendem a ser sensíveis
a demandas de outros grupos, quando se encontram na fase da
interdependência, deste modo concentra-se em sua sinergia para obter o
melhor resultado, que crie satisfação para todos envolvidos na situação.
• Os grupos são facilitadores do processo de identificação e duplicação do
comportamento individual dentro de um sistema social mais amplo:
Independente dos padrões e procedimentos explicitados pela organização,
os grupos servem de sistemas de regulação para os seus membros, têm
suas próprias normas internas, de modo geral implícitas, mas que é
claramente decodificada pelos membros do grupo. Afastar-se desse
modelo, é correr o risco de ser punido, alijado ou defenestrado (jogado pela
janela) pelo grupo. Tanto maior for o tamanho do grupo, maior tenderá a ser
a força de referência sobre o participante, assim, estar em conformidade
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
7
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
•
•
com o grupo, é ter a certeza que será reconhecido ou de alguma forma
recompensado por ele. Maior seja a força de identificação do indivíduo com
o grupo, maior será a necessidade que terá de ser aceito e estar conforme
com aqueles procedimentos.
Os grupos são forças propulsoras nas mudanças organizacionais, ajudando
na implementação das mesmas: Pela força que tem sobre o comportamento
e atitude dos seus membros, o grupo pode conseguir o apoio e a adesão
para a realização das mudanças. Quanto maior for a atração que um grupo
exerce sobre seus membros, maior será a sua força de influência sobre
estes membros e portanto maior será a colaboração que os participantes
oferecerão no apoio às mudanças.
Os grupos, transmitindo aos novos membros as crenças e valores que
caracterizam a cultura da empresa, asseguram a estabilidade da
organização: A preservação de uma identidade, obtida através de certo
nível de coesão grupal terá que estar centrada em um conjunto de crenças
e valores que sejam mobilizadores de seus membros. Tal processo
assegura que os novos membros desenvolvam atitudes e crenças “corretas”
sobre a organização. Isto gera uma ação estabilizadora para a empresa.
Mas tal prática se de um lado é a preservadora do “status quo”, da
manutenção da continuidade, por outro lado e por estas mesmas razões,
problematiza as possibilidades de mudanças mais rápidas ou mais
profundas.
Em nível de cada pessoa Castilho, (1992) faz o seguinte comentário:
Os Indivíduos não vivem isolados, por natureza, para sua sobrevivência tem
que ser gregários vivendo grupos. É aí onde constrói a sua imagem, onde estrutura a
sua personalidade, onde busca e encontra as suas referências.
Simplesmente no isolamento, ou não cresce ou não é pessoa.
O grupo, pois, é de vital importância para o crescimento e desenvolvimento do
indivíduo como pessoa. E passa oferecer algumas funções que o grupo tem para os
indivíduos. Resumindo e adaptando Castilho (1992):
• Os grupos ajudam às pessoas a apreenderem. Diante de situações
consideradas como novas, cada pessoa procura testar o ambiente de modo
que possa se comportar e se sentir confortável na situação. Age da seguinte
forma... “o que aconteceria se...”. Entretanto, se as condições potenciais do
teste puderem indicar uma conseqüência negativa, a pessoa prefere “ouvir” as
referências e os conselhos dos membros do grupo, para melhor se orientar na
situação. Tal atitude também é válida para situações em que a pessoa levaria
muito tempo para tirar suas próprias conclusões. A tendência das pessoas e
dos grupos é valorizar a estabilidade e uniformidade dos seus pontos de vista,
porque isto preserva a segurança e a tranqüilidade interna do grupo, desse
modo elas gentilmente aquiescem em dar estas referências que servirão de
elemento de facilitação da integração da pessoa no grupo.
• Dessa maneira os grupos são muito úteis para que seus membros aprendam
rapidamente como funciona o ambiente. Também favorecem a compreensão
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
8
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
do que sejam situações difíceis, importantes e significativas, estabelecendo
parâmetros para todos os seus membros. Estes parâmetros passam pela
regulagem de forma e expressões, permitidas no processo de comunicação
(linguagem, piadas etc.), pelo modo de apresentação (vestuário, apresentação
pessoal), e até regras implícitas de comportamento (como para se obter uma
nova promoção ou um cargo).
• Os grupos ajudam as pessoas a aprenderem sobre si mesmo: De fato, os
grupos servem para cada um de nós, não só como fornecedor de informações
externas, mas, nos oferece referências sobre nós mesmos. Podemos
compreender até que ponto estamos “agradando”, ou não, ao ambiente. A
inferência obtida sobre o nosso padrão de comportamento através do grupo
servirá de sistema de auto-regulação. Desse modo podemos concluir que, é
através do grupo e só através dele que obteremos e formaremos a nossa
auto-imagem. Em função de como nós atendamos às expectativas internas do
grupo, ele será um elemento alimentador de uma alta ou baixa estima para
cada membro do grupo.
• Os grupos ajudam as pessoas a desenvolverem novas e diferentes
habilidades: Os grupos ajudam seus membros a adquirirem habilidades,
sejam elas operacionais ou interativas. O grupo também desenvolve
habilidades através de feedback, oferecendo ao participante informações
sobre o seu desempenho e sua aceitação. Esta necessidade de compartir
habilidades e experiências será tanto maior quanto mais sejam estes grupos
de trabalhos.
• Os grupos ajudam as pessoas a obterem recompensa a reconhecimentos que
não estarão disponíveis a ele individualmente: Participar de certos grupos ou
eventos pode levar o indivíduo a se destacar de uma maneira que ele não a
teria se não estivesse dentro do grupo. Isto pode ser feito com o objetivo de
atender certos interesses pessoais, tal como se associar a um Sindicato, uma
dada Associação, de modo a obter ganhos com isto. Pode também participar
de “Corais”, “Teatro”, “CIPAS” de modo a obter um reconhecimento que não
teria no anonimato de sua profissão. Ainda pode se filiar a causas como a
algum grupo desempenha uma Campanha meritória a favor de... recebendo o
reconhecimento público. Ou simplesmente participar de grupos-tarefas,
grupos de apôio, Quanto maior for o reconhecimento social desse grupo,
pertencer a ele dará ao participante o sentimento de status e reconhecimento
social.
• Os grupos satisfazem certas necessidades importantes da pessoa: As
pessoas precisam ser atendidas em certos tipos de necessidades sociais,
para terem um sentimento interior de adequação. Como o ser humano precisa
viver em contextos sociais, ele precisa não só ser aceito, mas se sentir
querido e amado em seus grupos de referências. Quando vivencia as
situações de rotina, os membros do grupo parecem não ter muito claro a
importância do atendimento dessas necessidades, porém se vivencia uma
situação de dificuldade, a necessidade de apoio parece ficar muito evidente e
clara neste momento.
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
9
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
•
Os grupos são fontes de significado para as pessoas: As pessoas precisam
ter um sentido para o que fazem e para as suas vidas. Como o ser humano
não é uma ilha, ele precisa viver não só o sentimento de pertencimento como
o sentimento de significância. O grupo oferece a oportunidade à pessoa de
encontrar dentro dele, um bom fórum para desenvolver ações que levem a dar
um significado à sua existência. Este sentido de significado é o motor
motivacional para a auto-realização. O referendo e o reconhecimento do
grupo são o combustível de apoio e animação de auto-sustentação para a
busca do sentido de êxito, do sentimento de realização.
PRINCIPAIS TEORIAS
Enquanto a psicanálise foi criada e desenvolvida principalmente por uma
única pessoa, o próprio Freud, a Dinâmica Grupal é o resultado de trabalhos de
múltiplas pessoas, em múltiplos campos do conhecimento e da atividade humana.
Estudiosos estruturantes da Dinâmica Grupal: Freud com a Psicanálise; Kurt
Lewin, com a Teoria de Campo; e Jacob Levy Moreno com o Psicodrama e a
Sociometria; formam os principais desdobramentos teóricos e técnicos da Dinâmica
Grupal e resumindo-se Minicucci (1991) temos:
Teoria de campo – criada por Kurt Lewin propõe que o comportamento é o produto
de um campo de determinantes interdependentes, conhecido como espaço de vida.
C = f (P, M), (C) é função (f) ou resultado da interação entre a pessoa (P) e o meio
ambiente (M) que a rodeia (contexto).
Teoria da interação – Desenvolvida por Bales, Homans, White, concebe o grupo
como um sistema de indivíduos que interagem entre si.
Teoria de sistema – Apresentada por Newcomb, Miller, Stogdill, acentua que o
grupo é um sistema de integração, de comunicação, de encadeamento de posições
e de papéis, e principalmente de vários tipos de entrada (imput) e de saída (autput)
do sistema.
Teoria sociométrica – criada por Moreno, estuda essencialmente as escolhas
interpessoais que ligam o grupo as pessoas. Cuidou da formação de psiquiatras,
psicólogos, professores, pedagogos, tornando-os especialistas em relações
humanas. Introduziu terminologia própria em dinâmica de grupo como psicodrama,
sociometria, desempenho de papeis,...
Teoria psicanalista – Idealizada por Freud, estuda os processos motivadores e
defensores do indivíduo na vida grupal. Tem sido trabalhada por Bion, Thelen, Stock,
Berne e todos os pesquisadores da teoria de grupo.
Teoria cognitiva – Preocupa-se em verificar como o indivíduo recebe e interioriza as
informações sobre o mundo social e com essa cognição passa a influir no
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
10
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
desempenho de seu comportamento. Dedicaram-se a este estufo Piaget, Festinger,
Heidar, Krech e Crutchfield.
Teoria empírica e estatística – Seguidores dessa teoria acreditam que os conceitos
de dinâmica de grupo devem ser descobertos por processos e não constituídos de
antemão, por um teórico. Nessa linha estão Cattell, Meyer, Hemphill, dentre outros.
Esquema da localização da dinâmica de grupo diante das diversas ciências
Behaviorismo
(Psicologia Comportamental)
Dinâmica Grupal
X
Psicologia e Sociologia
Psicologia
Individual
Psicanálise
(Psicologia Dinâmica)
Psicologia
Psicologia
Social
Psicologia das Massas
(Multidões)
Psicologia dos Grupos
Dinâmica grupal
Micro-Sociologia
Sociologia
Macro-Sociologia
APLICAÇÕES DA DINÂMICA GRUPAL
A Dinâmica Grupal é uma ciência interdisciplinar que entre varias aplicações
destancam-se: saúde, educação, serviço social, administração de empresas, política,
esportes, religião etc.
Na Saúde - Na área da saúde humana é onde se situam os resultados mais
promissores das aplicações práticas da Dinâmica Grupal como os Grupos
Operativos em Doenças Orgânicas.
Os trabalhos de Grupos Operativos são largamente utilizados como
adjuvantes no tratamento de pessoas com doenças orgânicas consideradas
crônicas. Em diversas instituições médicas têm sido formados grupos operativos com
portadores de diabetes, nefropatias, tuberculoses etc.
Os Grupos de Balint acontecem em Hospitais de Ensino Universitário são
aplicadas muitas técnicas grupais para facilitar a formação e o aperfeiçoamento
médico.
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
11
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Consiste em discutir a dinâmica das relações humanas contidas nas situações
clínicas trazidas pelos participantes do grupo, na medida em que os mesmos
experimentam e reconhecem em sí próprio os dinamismos inconscientes inerentes a
essa tarefa.
Nas reuniões os integrantes do grupo desenvolvam a capacidade de refletir
acerca dos fenômenos relacionais inconscientes.
A Comunidade terapêutica São reuniões comunitárias nas quais todos os
pacientes e membros do quadro de pessoal de uma unidade de saúde mental se
reúnem, é o mais complexo dos grupos terapêuticos.
Com os pacientes busca-se superar as atitudes de passividade e retraimento
estimulando a participação ativa numa comunidade de estrutura grupal.
Ao lado de seu puro valor informativo, a reunião também fornece
oportunidades para avaliar-se a importância dinâmica dos eventos comunitários e
corrigir percepções distorcidas.
Os grupos de auto-ajuda são formados por pessoas comuns com um
problema comum que reunem-se partilham seus problemas e aprendem umas com
as outras, sem utilizar-se da ajuda de profissionais, em histórias e representações
que os membros do grupo possuem e controlam. De todos esses grupos o mais
disseminado e popular é o constituído pelo movimento mundial de Alcoólicos
Anônimos (AA).
Na Administração - É no campo administrativo onde mais se universalizou a
sua ideologia. A dinâmica de grupo não é um produto pronto, industrializado,... Em
desenvolvimento humano o que importa são os fatores competência, experiência e
ética do profissional que coordena o processo e não a nomenclatura ou rótulo
comercial dos procedimentos. (MOSCOVICCI)
No Serviço social essa área foi uma das primeiras a reconhecer
explicitamente que os grupos podem ser orientados de forma a obterem dos seus
participantes as modificações desejadas.
O Serviço Social de Grupos-SSG com seu esquema teórico e operacional
ainda em fase de estruturação (nasceu com Natálio Kisnerman em 1960) aceita uma
divisão em grupos (CARNERO, :
Orientados para o crescimento - são os grupos de tratamento, recreação,
discussão, aprendizagem.
Pela necessidade de ajuda sentida por seus membros - são os grupos de
trabalho, de comunidade, institucionais (sociedades de fomento, de vizinhos,
comissões etc).
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
12
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Grupos orientados para a ação social, nos quais os membros necessitam
de auxílio para conseguirem um bom padrão de relacionamento com os outros, em
vista dos quais orientam sua ação.
O crescimento do grupo ocorre em ambos, no primeiro de forma direta, como
objetivo metodológico básico; no segundo de forma indireta, pois se procura
principalmente o crescimento dos que recebem a ação executada pelo grupo.
DINÂMICA DE GRUPO E A DOCÊNCIA
A pedagogia dos grupos permite uma síntese perfeita entre instrução e socialização
do indivíduo. Todas as vertentes da Dinâmica Grupal contribuem para essa
perfeição, no entanto, foram os achados de Lewin e de Moreno que mais
contribuíram para esse objetivo pedagógico.
Na apreensão do conhecimento - As experiências de Lewin permitiram o
desenvolvimento de uma nova mentalidade pedagógica em que se destacam três
princípios:
• no primeiro, o grupo (classe) não é concebido como ambiente de competição,
mas sim como ele mesmo, um fato de cooperação, sendo por isso um objeto
de sua própria instrução;
• o segundo preceitua que o papel do monitor (professor) é motivar o grupo,
controlar seu funcionamento e seus resultados, e ajudá-los a definir suas
dificuldades;
• por fim o terceiro implica num método pedagógico ativo. Ou seja, nele os
"alunos", através de suas próprias experiências, devem chegar ao
conhecimento.
Nos métodos para formação de educadores - A metodologia constitui uma
dimensão pedagógica que, provavelmente, pode ser mais beneficiada com a
utilização de técnicas psicodramáticas.
CICLO DOCENTE
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
13
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Planejamento - Plano
Refletir Durante
(formativa)
Ações - atividades
Refletir antes
(diagnóstica)
Avaliação
Refletir depois
(somativa)
Refletir Durante
(formativa)
Controle
As dinâmicas de grupos estão inseridas do que chamamos de ciclo docente
que é o fazer e o refazer permanente da ação de ensinar como ato racional de
humanização.
As dinâmicas são procedimentos originados de pré-requisitos que são:
a) Planejamento – Diagnóstico, planos e estratégias de ensino. O que significa
refletir antes do processo.
b) Ações e atividades – momento do desenvolvimento da prática pedagógica
em busca dos objetivos. O refletir durante o processo formativo-cognitivo, para
avaliação de como se desenvolve o processo.
c) Continuação das ações e atividades – controle comparativo de evolução do
processo – continua o refletir durante.
d) Avaliação de comparação entre o desejado e o conseguido – refletir depois
para replanejar e seguir aperfeiçoando o processo.
Procedimentos
São ações, processos ou comportamentos planejados pelo professor para
colocar o estudante em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes
possibilitem modificar sua conduta em função dos objetivos previstos. (TURRA. C. M.
e outros)
As dinâmicas de grupo pertencem aos procedimentos ativos interacionistas e
das técnicas ativas, pois para darem os resultados esperados precisam da interação
de seus componentes, sistematização de ações e sinergia grupal.
O exemplo da dinâmica “caixa do segredo” pode mostrar como o processo
este processo se desenvolve:
O diagnóstico
a) Sensibilização – Despertar a curiosidade
b) Recursos disponíveis – os estudantes, o professor, uma caixa segredo com
objetos dentro.
c)Teorização – Conceito e importância da busca de soluções em conjunto (sócioconstrutivismo)
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
14
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
d) Método ativo
e) Como fazer:
1. Apresentar a caixa
2. Apontamento individual
3. Deixar em exposição na mão dos estudantes no mínimo 24 horas
4. Discussão participativa alternativa de membros do grupo em 3 rodadas.
5. Decisão final.
6. Apresentação do resultado final
Escreva aqui sua conclusão pessoal: ___________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Escreva aqui a conclusão final do grupo: _________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Qual a diferença entre sua conclusão particular e a do grupo, você pode explicar?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
CONSTRUÇÃO CONJUNTA DO CONHECIMENTO E AS DINÂMICAS
O conhecimento é uma sinfonia. Para a sua execução é necessária a
presença de muitos elementos: os instrumentos, as partituras, os músicos, o
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
15
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
maestro, o ambiente, a platéia, os aparelhos eletrônicos etc. ... Também na
construção do conhecimento a integração das muitas ciências não garante a sua
perfeita execução. A interdisciplinaridade surge, assim, como possibilidade de
enriquecer e ultrapassar a integração dos elementos do conhecimento. (FAZENDA,
1991). As dinâmicas de grupos podem contribuir nesta interdisciplinaridade.
A aplicação de dinâmicas de grupos incorporada à psicopedagogia surge
como uma nova competência e um novo saber em auxílio à construção de outros
saberes. É preciso saber que os professores não possuem apenas saberes, mas
também competências profissionais que não se reduzem ao domínio dos conteúdos
a serem ensinados, e aceitar a idéia de que a evolução exige que todos os
professores possuam competências antes reservadas aos inovadores ou aqueles
que precisavam lidar com públicos difíceis. (PERRENOUD, 2000)
Procurando dar uma conceituação (Beauclair, 2010):
A dinâmica de grupo na psicopedagogia é uma técnica de caráter vivencial, em que os
elementos envolvidos, conseguem pela habilidade do animador energias para atingirem
sentimentos, emoções, conhecimentos sobre si e sobre o grupo raramente conseguidos
em suas individualidades.
Justificando afirma: A partir das reflexões aqui estabelecidas, percebo que as
dinâmicas de grupo contribuem significativamente para a modificação de atitudes e
comportamentos individuais e grupais. O que se torna necessário é a construção de
estudos metodológicos que possibilitem um entender com mais clareza e movimento
teórico sobre sua prática, pois é necessário vincular teoria e prática para dar
significado e sentido ao seu fazer, ou seja, dinâmica de grupo tem que ter objetivo,
não é só fazer por fazer. (BEAUCLAIR, 2010)
Segundo Mrech (2010): “A intervenção psicopedagógica veio introduzir uma
contribuição mais rica no enfoque pedagógico. O processo de aprendizagem da
criança é compreendido como um processo pluricausal, abrangente, implicando
componentes de vários eixos de estruturação: afetivos, cognitivos, motores, sociais,
econômicos, políticos etc.”, podendo-se acrescentar que as dinâmicas de grupos
podem contribuir muito com todo este processo.
Reforça esta posição quando a causa do processo de aprendizagem, bem
como das dificuldades de aprendizagem, deixa de ser localizada somente no
estudante e no professor e passa a ser vista como um processo maior com inúmeras
variáveis que precisam ser apreendidas com bastante cuidado pelo professor e
psicopedagogo. (MRECH, 2010)
RESISTÊNCIAS À LUDICIDADE E ÀS DINÂMICAS
Um dos aspectos mais importantes a ser levado em conta pelo professor e
pelo psicopedagogo é o reconhecimento das estruturas prévias de alienação no
saber que o professor e o estudante apresentam em relação ao uso de brinquedos,
jogos e materiais pedagógicos (dinâmicas em geral).
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
16
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
São elas que impedem seu emprego em uma variedade mais rica de
utilização:
• A concepção e capacidade lúdica do professor. Um professor que não sabe
e/ou não gosta de brincar dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica dos
seus estudantes.
• Ele parte do princípio de 'que o brincar é bobagem, perda de tempo. Assim,
antes de lidar com a ludicidade do estudante, é preciso que o professor
desenvolva a sua própria.
• O professor que, não gostando de brincar, esforça-se por fazê-lo,
normalmente assume postura artificial, facilmente identificada pelos
estudantes. A atividade proposta não anda.
• Em decorrência, muitas vezes os professores deduzem que brincar é uma
bobagem mesmo, e que nunca deveriam ter dado essa atividade em sala de
aula.
• Diante de um material novo, é bastante comum o professor estabelecer, uma
atitude distanciada em relação a este objeto, colocando-se como especialista
e não como quem! Brinca com o material.
• O seu olhar é técnico, basicamente olhar de professor ou do psicopedagogo
sobre o objeto, isto é, um olhar adulto.
Acontece que quem vai utilizar o objeto geralmente é uma criança ou um
adolescente. Muitas vezes aí se estabelece uma incompatibilidade entre esses dois
olhares. (Educação On-Line - www.educacaoonline.pro.br - O site da Educação)
PLANEJAMENTO DE ENSINO
PLANEJAMENTO DE ENSINO
Planejamento
Plano de curso
Plano de aula
Dinâmicas
O que vem acontecendo na prática docente atual, o planejamento tem-se
reduzido à atividade em que o professor preenche e entrega à secretaria da escola
um formulário. Este é previamente padronizado e diagramado em colunas, onde o
docente redige os seus "objetivos gerais", "objetivos específicos' "conteúdos",
"estratégias" e "avaliação".
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
17
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Na maioria dos casos, os professores imprimem copias de planos de anos
anteriores, até mesmo de outros colegas (trocam só o nome) e os entregam à
secretaria da escola, com a sensação de mais uma atividade burocrática cumprida.
Como foi afirmado no ciclo docente o refletir é um ato continuo do antes
durante e depois e em SAVIANI (1987, p. 23), "a palavra reflexão vem do verbo
latino 'reflectire' que significa 'voltar atrás'”. Refletir é o ato de retomar, reconsiderar
os dados disponíveis, revisar, vasculhar numa busca constante de significado em
resumo redirecionar quando os objetivos não foram alcançados. É dessa reflexão
contínua que nasce os tipos de dinâmicas necessárias para complementar o
processo da aprendizagem.
Mesmo não sendo objetivo principal de nosso tema para um melhor
entendimento recuperaremos alguns conceitos sobre o assunto planejamento e
planos emprestados de Nereci (1981):
Planejamento: Refere-se à previsão quanto à orientação da aprendizagem
que pode efetuar-se através de planos de curso, de unidade e de aula.
Plano de curso: É a previsão de todas as atividades escolares em uma área
de estudo ou disciplina, durante um período letivo.
Plano de aula: É a previsão mais precisa possível quanto ao conteúdo,
materiais e atividades didáticas que ativem o processo ensino-aprendizagem capaz
de possibilitar ao educando alcançar objetivos previamente estabelecidos. Portanto é
no plano de aula em que se decidem quais as dinâmicas podem ser usadas.
Revisando o plano de aula o separamos em suas seguintes partes:
• Tema: é o que será abordado na aula.
• Objetivos: são as atitudes a serem desenvolvidas pelos alunos, isto é, o
que os alunos devem aprender com a aula. Os objetivos são descritos
sempre no infinitivo, pois diz respeito às ações a serem realizadas pelo
aluno.
• Conteúdo: é o que será ensinado.
• Materiais: são os recursos necessários para o desenvolvimento da aula.
Dependem das estratégias que serão utilizadas para se atingirem os
objetivos propostos.
• Procedimentos didáticos: são as atividades ou estratégias desenvolvidas
de acordo com os objetivos propostos. Podem ser descritos numa
seqüência didática, encadeando as atividades de acordo com os
interesses e necessidades de cada faixa etária (é fundamental que se
conheçam as necessidades dos alunos, em cada estágio de
desenvolvimento, do bebê à idade adulta). As intervenções do professor
no decorrer da aula também podem ser previstas no plano de aula.
• Avaliação: é o procedimento realizado para se averiguar se os objetivos
propostos foram atingidos. Dessa maneira, o professor pode fazer, com
mais segurança e eficácia, as modificações necessárias para as
próximas aulas.
PASSOS DAS DINÂMICAS
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
18
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
PASSOS DA DINÂMICA
Antes
Durante
Depois
Como vimos escolher as dinâmicas faz parte do plano de aula e, portanto, devem ser
escolhidas, antes ligadas aos objetivos do ensino, durante a aplicação sofrer a
avaliação formativa, observar se está sendo realizada com animação e proveito, e
depois a avaliação somativa, discussão com todos os integrantes do que se
aprendeu com ela. Sem estes três quesitos básicos as dinâmicas pouco o nada
representam para a aprendizagem.
ESCOLHENDO AS DINÂMICAS
Outro ponto importante é saber fazer a escolha das dinâmicas. A idade,
desenvolvimento intelectual, habilidades, momento histórico, dificuldades e
distúrbios, temas geradores devem ser levados em conta. A dinâmica jamais deve
ter apenas cunho de passa-tempo.
Exemplifica-se com alguns exemplos
1. Tema: Naturalismo
•
O que os estudantes gostam: Passar o tempo ao ar livre, observar, colecionar
plantas, pedras, animais, perceber a natureza...
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
19
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
•
O que o professor pode fazer: Utilizar o espaço fora da sala de aula, ter
plantas e animais na sala, conduzir experiências de ciências,... Andar a
cavalo, animais de estimação...
A floresta animada
Procedimentos:
• Antes
1. O animador orienta a importância da conservação da biodiversidade da
floresta.
2. Cada estudante escolhe o que quer representar: Planta ou animal.
3. Espalham-se no centro da sala.
4. São escolhidos 04 observadores - fotógrafos
• Durante:
1. Cada um deve representar o ser que escolheu, se movimentando e
fazendo o som apropriado do ser.
2. Os observadores observam e fotografam.
3. A apresentação deve durar 15 minutos.
• Depois:
1. Cada um relata o que sentiu.
2. Os observadores contam as coisas interessantes que viram e o que
sentiram.
3. Exposição de fotografia
4. Redação: A floresta viva.
2. Tema: Lingüística
•
•
Os estudantes gostam de: Ouvir histórias, trocadilhos, adivinhações, jogos de
palavras, criarem poemas...
Os professores podem fazer: Projetos de leitura e escrita, despertar debates,
palavras cruzadas, o que é o que é,...
Fazer versinhos e rimas
Procedimentos
• Antes:
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
20
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
1. O animador explica a importância da lingüística e da prática das
apresentações em público.
2. Deve preparar uma caixa com fichas numeradas,
3. Estabelecer as tarefas sobre fazer um verso rimado, ou cantar uma música
usando palavras da ficha.
4. Solicita a cada estudante que retire a sua tarefa.
5. Dar 10 minutos para preparar a apresentação.
• Durante:
1. O animador chama pelo número e o estudante faz a representação.
2. Prossegue estudante por estudante, até o último.
• Depois:
1. Cada um relata o que sentiu.
2. O animador elogia, encoraja e motiva todos para se apresentarem nas
oportunidades que vierem surgir.
3. Redação de pequeno texto: escrever verso ou a canção.
3. Tema: Musical
• Os estudantes gostam de: Escutar músicas, cantar, tocar instrumentos,
batucar, criar tons...
• Os professores podem fazer: Escolher músicas apropriadas, Karaoque,
apresentar música popular e clássica, fazer paródias...
Banda de boca
Antes:
1. O animador explica o que é um conjunto, uma banda e uma orquestra.
2. Fala sobre os instrumentos que compõem cada um dela, percussão,
metais, cordas...
3. Solicitar aos estudantes que escolham um instrumento que será imitado
com a boca.
4. Divide a turma em duas.
• Durante:
1. Dar um tempo 10 minutos para cada um treinar o som do instrumento com
o auxilio do maestro animador.
•
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
21
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
2. Cada turma em conjunto escolhe uma música que seja do conhecimento
da maioria.
3. Ensaiar a música.
4. Apresentação: A primeira turma apresenta a sua banda e a segunda
assiste depois à segunda apresenta e a primeira assiste.
• Depois:
1. As turmas fazem comentários da apresentação.
2. Respondem sobre como foi o trabalho do grupo.
3. Responda: Para dar certo qual o comportamento dos componentes de
cada banda?
4. Tema: Lógica matemática
• Os estudantes gostam de: Trabalhar com números, adivinhar soluções...
• Os professores podem fazer: Usar jogos estratégicos, objetos concretos,
linhas de tempo, uso de mapas...
Descobrindo o resultado
Antes:
1. O animador afirma a um estudante que adivinha o resultado do número
que o estudante pensar.
• Durante:
1. Pense num número, multiplique por dois, some mais... Divida por dois, tire
o número que você pensou você ficou com...
2. Repete com outro estudante
• Depois:
1. Pedir aos estudantes para explicarem o acerto do resultado.
2. Aplicarem a brincadeira uns com os outros.
3. Escrever e mostrar os cálculos.
•
5. Tema: Habilidade Cinestésica
• Os estudantes gostam de: Jogar, usar o corpo, dançar, fazer mímicas,
representar, emitar.
• Os professores podem fazer: Proporcionar atividades de movimentos...
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
22
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Expressão Corporal
Antes:
1. O animador escolhe uma música para ser cantada e gesticulada ao
mesmo tempo.
2. Distribui a letra da música.
3. Tocar a música
• Durante:
1. Os estudantes devem fazer os gestos que ilustram os versos da música.
2. Repete o processo com outra música.
• Depois:
1. Pedir aos estudantes expressem o que sentiram.
2. Explicar que o corpo também fala.
3. Desenvolver o tema: A harmonia entre o corpo e a mente.
•
6. Tema: Habilidade Espacial
• Os estudantes gostam de: Rabiscar, pintar, desenhar ou criar representações
tridimensionais, trabalhar com quebra-cabeça, completar labirintos, montar e
desmontar coisas.
• Os professores podem fazer: Desenhar mapas e labirintos, conduzir atividade de
visualização.
Mapa do bairro
Antes:
1. O animador solicita a cada estudante que desenhe o mapa de seu bairro.
Ruas, prédios mais importantes, e sua casa.
2. Estudantes do mesmo bairro podem fazer juntos.
• Durante:
1. Os estudantes devem traçar as ruas, quadras e marcarem os edifícios
mais importantes.
• Depois:
•
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
23
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
1. Pedir aos estudantes que descrevam como fizeram o trabalho.
2. Dar um mapa de uma cidade desconhecida e pedir para os estudantes
encontrar um endereço.
3. Mostrar como funciona um GPS.
7. Tema: Intrapessoalidade
• Os estudantes gostam de: Controlar os próprios sentimentos e humores,
estabelecer metas pessoais, aprender a escutar, utilizar habilidades
metacognitivas.
• Os professores podem fazer: Permitir o trabalho no ritmo de cada um,
designar projetos individuais e direcionados, estabelecer metas, oferecer
oportunidades de receberem feedback um dos outros, envolver em projetos
de reflexão.
Reconhecendo diferenças
Antes:
1. O animador pede a cada estudante que escreva em uma folha de papel
uma característica referente a Seu porte físico, sua capacidade intelectual
e seu estado emocional.
2. Faça o desenho de um animal de comportamento semelhante ao seu.
3. Mostra como fez o seu trabalho.
• Durante:
1. Espera que todos tenham escrito e desenhado.
2. Fazem a apresentação individual.
3. O s colegas afirmam ou contestam.
4. Prendem seus desenhos em um cordão esticado na sala.
• Depois:
1. Cada estudante explica o que sentiu ao fazer e expor o trabalho.
2. Concluir com a janela de Johari.
•
8. Tema: Interpessoalidade
• Os estudantes gostam de: Curtir amigos, liderar, meditar, dividir, entrar em
consenso, trabalhar como um membro de um time efetivo.
• Os professores podem fazer: Utilizar aprendizagem cooperativa, passar
projetos em grupo e em duplas, criar situações nas quais troquem
informações.
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
24
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Se revelando aos outros
Antes:
1. O animador divide a turma em três grupos.
2. A tarefa e construir a maior torre possível com os materiais fornecidos
(palitos de picolé e barbante).
3. Eleger uma comissão de avaliação.
• Durante:
1. Dar um tempo para os grupos se organizarem. (10 minutos)
2. Informar que o tempo de construção é de 20 minutos.
3. Animar os grupos
• Depois
1. A comissão compara as torres.
2. Deve ser elogiadas todas.
3. Escolhe a que mais atendeu a tarefa solicitada.
4. Cada grupo explica como se comportou para desenvolver a tarefa.
5. Escrever um texto sobre os diversos tipos de comportamento no trabalho e
na sociedade.
•
SUGESTÕES
DINÂMICAS E JOGOS
Após a apresentação dos exemplos de como poderemos utilizar as dinâmicas
nas mais diversas oportunidades, a título de ampliá-los, será apresentado a seguir
sugestões de outros autores.
BASQUETINHO
Patrícia Maria Pedote
Edição 01 de Agosto de 2001 da Revista Jogos Cooperativos, pág. 11
Apresentado por Guilhermo Brown no Curso de Jogos Cooperativos realizado no I
Festival de Jogos Cooperativos - SESC Taubaté – 1999.
Objetivo do Jogo:
Fazer o maior número possível de pontos em um determinado tempo através da
conversão de cestas
Propósito:
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
25
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Compartilhar de um objetivo comum, oferecendo oportunidade para a construção de
estratégias para alcançá-lo. Este jogo permite encaminhar reflexões, procurando
resgatar Valores Humanos como:
• União do grupo em torno de um objetivo comum.
• Respeito pela dignidade das duas funções (arremessadores e recolhedores)
no todo do grupo.
• Flexibilidade e Abertura nas discussões.
• Criatividade para a construção de estratégias satisfatórias.
• Disponibilidade e Coragem para vencer desafios e ir além do imaginado.
• Honestidade e Ética no cumprimento das regras.
Recursos:
• Espaço físico de ao menos 7x7m;
• 4 ou 5 cestas de diâmetros e alturas diferentes (caixas de papelão, cestos de
lixo, baldes, etc.);
• 90 bolas (pingue-pongue, frescobol, plástico);
• fita crepe, giz ou algo para demarcar o espaço do jogo;
• flip chart, quadro branco, lousa ou chão para marcar os pontos.
Número de Participantes:
Fazer o maior número possível de pontos em um determinado tempo através da
conversão de cestas O jogos aqui está estruturado para 30 pessoas, mas quanto
mais pessoas, mais divertido.
Duração:
Entre a explicação e a realização do jogo, cerca de 25 minutos. O momento da
reflexão fica atrelado ao público e ao propósito do jogo. Pode ser desde um
comentário de 10 minutos até uma discussão de 30 minutos sobre questões como
trabalho em grupo, estratégias, lideranças, cooperação, etc.
Descrição:
Demarcar um quadrado de cerca de 7x7m onde as cestas serão distribuídas. As
cestas corresponderão a pontos de acordo com o grau de dificuldade de acerto (por
exemplo, cestas mais difíceis de acertar valem 200 pontos, 50 para as intermediárias
e 10pontos para as fáceis).
Na parte interna das linhas não é permitido entrar para fazer cestas nem para
recolher as bolas.
Os participantes dividem-se em arremessadores, de um lado, e recolhedores de
bolas, do outro. Iniciado o jogo, os arremessadores lançam as bolas em direção às
cestas, enquanto os recolhedores apanham as bolas que não entraram nas cestas e
as devolvem aos arremessadores. Recolhedores não podem fazer cesta. Ao final do
tempo de jogo são contados os pontos marcados pelo grupo.
O tempo de jogo é de 1 minuto, podendo ser jogado em 2 tempos, ou quantos mais
interessar ao focalizador e aos jogadores. No intervalo dos tempos pode haver troca
de funções entre arremessadores e recolhedores.
Dicas:
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
26
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Este jogo é bem divertido e motiva bastante de crianças a maior-idade. Pode estar
presente em uma aula de Educação Física, treinamento de gestão de pessoas ou
festa de aniversário.
O tempo, espaço, número e tipo de bolas, os pontos, objetivo específico, número de
participantes podem variar de acordo com o público do jogo.
O focalizador pode deixar os jogadores organizarem-se e aproveitar isto como forma
de reflexão sobre como o grupo está se relacionando. Este jogo pode ser usado
como introdução à discussão sobre trabalho em grupo, assim como pode ser usado
para aprofundar e aprimorar o relacionamento das pessoas.
O focalizador deve estar atento às manifestações dos participantes para poder
encaminhar as discussões e aproveitar os acontecimentos como ganchos de
reflexão.
O objetivo é melhorar a pontuação a cada tempo de jogo. Caso isto não aconteça, o
focalizador deve ter o cuidado de auxiliar o grupo a entender a razão da queda no
desempenho procurando motivar os participantes a reorganizarem-se para uma
próxima tentativa. Ao invés de desmotivar, esse resultado pode ser rico para uma
reflexão.
Que tal tentarmos acertar umas cestas? Lá vai a primeira bola...
Viva!!! Acertamos! 50 pontos!
ADAPTAÇÃO (sugestão)
A criança que tem dificuldade motora lança a bolinha na cesta, a professora ou
o assistente tenta aparar a bolinha (jogo de dupla).
No lugar da cesta poderia ser um cachorro... Marionete... A mão do professor
ou a do assistente é a boca do cachorro... Quando a bola é aparada... A festa é
grande... Rolam-se no chão.
AMIGOS DE JÓ
Patrícia Maria Pedote e
Kátia Maria Alves Barata
Edição 1 de Agosto de 2001 da Revista Jogos Cooperativos, pág. 12 criado por Patrícia
Maria Pedote e Kátia M. Alves Barata - (para o I Festival de Jogos Cooperativos 1999)
Objetivo do Jogo:
Cantando a música "Amigos de Jó", todo o grupo tem que deslocar-se na cadência e
realizar os movimentos propostos formando uma espécie de balé brincalhão.
Propósito:
O propósito é fazer do jogo-dança um momento de união do grupo e proporcionar um
espaço de adequação do ritmo grupal. Podem ser trabalhados Valores Humanos como:
Alegria e Entusiasmo pela brincadeira do grupo (diversão entre erros e acertos);
Harmonia na busca do ritmo grupal; Parceria e Respeito para caminhar junto
com o outro.
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
27
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Recursos:
• Espaço físico mínimo de 35 m2;
• círculos no chão (bambolês, círculos desenhados de giz ou barbantes) em
número igual ao de participantes dispostos em um grande círculo.
Número de Participantes:
Pode ser jogado com um mínimo de 16 pessoas até quantos o espaço permitir.
Duração:
Grupos pequenos jogam em cerca de 20 minutos; grupos maiores precisam de mais
tempo para administrar a adequação rítmica.
Descrição:
Cada participante ocupa um bambolê ou círculo desenhado no chão.
A música tradicional dos "Escravos de Jó" é cantada com algumas modificações:
"aMigos de Jó joGavam caxanGá. Tira, Põe,
Deixa Ficar, fesTeiros com fesTeiros
fazem Zigue, Zigue, Zá (2x)"
O grupo vai fazendo uma coreografia ao mesmo tempo em que canta a música. A
cadência das passadas é marcada pelas letras maiúsculas na música:
1. "aMigos de Jó joGavam caxanGá." : são 4 passos simples em que cada um
vai pulando nos círculos que estão à sua frente.
2. "Tira": pula-se para o lado de fora do círculo.
3. "Põe": volta-se para o círculo.
4. "Deixa Ficar": permanece no círculo, agitando os braços erguidos.
5. "fesTeiros com fesTeiros": 2 passos para frente nos círculos
6. "fazem Zigue Zigue, Zá" : começando com o primeiro passo à frente, o
segundo voltando e o terceiro novamente para frente.
Quando o grupo já estiver sincronizando o seu ritmo, o(a) focalizador(a) pode propor
que os participantes joguem em pares. Neste caso, o número de círculos no chão deve
ser igual à metade do número de participantes, as pessoas ocupam um círculo e ficam
uma ao lado da outra com uma das mãos dadas. Além disso, quando o grupo cantar
"Tira..." o par pula para fora do círculo, um para cada lado e sem soltar as mãos.
E por que não propor que se jogue em trios e quartetos?
Dicas:
Este jogo-dança é uma gostosa brincadeira que exige certa concentração do grupo
para perceber qual é o ritmo a ser adotado. É prudente começar mais devagar e se o
grupo for respondendo bem ao desafio, sugerir o aumento da velocidade.
O respeito ao parceiro do lado e a atenção para não machucar os pés alheios são
toques interessantes que a pessoa que focaliza o jogo pode dar.
Quando o grupo não está conseguindo estabelecer um ritmo grupal, o(a) focalizador(a)
pode oferecer espaço para que as pessoas percebam onde está a dificuldade e
proponham soluções. Da mesma forma, quando o desafio já tenha sido superado e o
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
28
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
grupo queira continuar jogando, há espaço para criar novas formas de deslocamento e
também há abertura para outras coreografias nesta ou em outras cantigas do domínio
popular.
Vale dizer que o pessoal ri muito, que é um jogo legal para descontrair, para festinhas
de criança e festonas de adultos, aulas na escola, treinamentos de gestão de pessoas
buscando o ritmo de trabalho do grupo. O jogo pode acompanhar reflexão sobre temas
de interesse específico ou simplesmente ser jogado pelo prazer de jogar-dançar.
ADAPTÇÃO (sugestão)
Trabalhando com os círculos concêntricos e de mãos dadas é possível incluir,
portadores de necessidades especiais, deficientes motores, visuais, cadeirantes, e
outros portadores de necessidades especiais, intercalando. Entre cada um deles,
segurando a mão, ou no ombro deverá estar presentes participantes não portadores
para cooperarem com a dança.
NA PAREDE
Edição 2 de Setembro de 2001 da Revista Jogos Cooperativos, pág. 12
Adaptado do jogo descrito no livro "Cooperative Learning in Physical Education"Grineski (1986, Ed. Human Kinetics).
Este é um jogo bastante ativo e que exige certa habilidade, mas que essencialmente
requer muita cooperação.
Objetivo do Jogo:
Manter a bola em jogo e permanecer o mais próximo possível dos 21 pontos.
Recursos:
Uma bolinha de tênis ou de borracha pequena para cada grupo de 4 jogadores.
Um ambiente fechado ou ao ar livre que tenha paredes amplas. Na parede serão
desenhados com giz ou marcados com fita crepe, retângulos com aproximadamente
1,20m de altura (partindo-se do chão) por 2m de largura.
Propósito:
Este jogo permite que os participantes interajam positivamente para construir o
entrosamento de seus times e unir esforços para alcançar o desafio. Pode ser utilizado
por professores de Educação Física e também por focalizadores que queiram
desenvolver o relacionamento interpessoal de grupos de trabalho.Também promove o
exercitar de valores humanos como:
• Comunicação e flexibilidade: para compartilhar percepções com o time e juntos
traçar estratégias.
• Clareza com criatividade: para identificar os erros, estabelecer metas realistas e
encontrar as melhores soluções para o time.
• Paciência: para aceitar os erros e limitações dos colegas.
Número de Participantes:
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
29
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Mínimo de quatro. O jogo é jogado em quartetos, tantos quanto o espaço nas paredes
permitir.
Duração:
Cada rodada pode durar entre 2 e 5 minutos e por ser repetida por quantas vezes o
grupo desejar.
Descrição:
Cada quarteto forma um time. Os jogadores devem estar numerados em 1, 2, 3 e 4 e
devem rebater a bola com a mão de modo que ela bata na parede (dentro do retângulo
marcado, que é a área de jogo), pingue uma vez no chão e volte para que o próximo
jogador rebata. Os jogadores, pela ordem do seu número, revezam-se rebatendo a
bola. O número 1 começa e depois o 2, o 3, o 4 e continua com o 1 repetindo a
seqüência.
O time começa com 21 pontos. A cada erro – se a bola rolar, não bater na parede, não
bater na área de jogo, pingar duas ou mais vezes no chão antes de ser rebatida –
perde-se um ponto. Também perde-se um ponto se a bola for rebatida fora da ordem. A
rodada dura o tempo que for preestabelecido, ao final do qual verifica-se a pontuação
de cada time.
Dicas:
Para aumentar o desafio dos times pode-se diminuir a área de jogo ou mesmo jogar
com raquetes.
Para grupos que estiverem se iniciando no jogo, utilize bolas maiores (de borracha ou
plástico) e diminua o seu tamanho quando os participantes já estiverem se
coordenando bem.
Este jogo é bastante atraente para jovens e crianças a partir de 10 anos (para estas,
utilizar área de jogo e bolas maiores).
Depois de uma primeira rodada sugira que os times estabeleçam qual será a meta da
próxima rodada.
Dois minutos é o tempo mínimo para que uma rodada dure. Cinco minutos pode ser
muito tempo de acordo com habilidade dos jogadores que podem terminar o jogo com
uma pontuação negativa!
O focalizador deve estar atento para que o jogo não se torne uma competição entre os
times. É natural que os jogadores queiram comparar os resultados, mas faça disto um
momento de troca de dicas e estratégias. O desafio está em cada time tentar superarse e não aos outros.
TROCA DE PALAVRAS
Edição 2 de Setembro de 2001 da Revista Jogos Cooperativos, pág. 13
Re-creação a partir do Jogo Cooperativo de Tabuleiro Juntos (Together) de Jim
Deacove – Family Pastimes/Projeto Cooperação
Objetivo do Jogo:
Encontrar soluções para os problemas recebidos pelos grupos.
Propósito:
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
30
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
Pensar, juntos, sobre a importância de soluções viáveis para as questões ambientais e
sociais, trabalhar os Valores Humanos e a cooperação intra e inter-grupal. Alguns
Valores Humanos trabalhados:
• Respeito para com a opinião do outro;
• Comunicação para a resolução dos conflitos;
• Flexibilidade e abertura para ouvir o outro e entendê-lo;
• Não violência para que os conflitos possam ser resolvidos de maneira pacífica;
• Ética para encontrar a solução melhor para o grupo e não só para si.
Recursos:
Tiras de papel e Canetas
Número de Participantes:
O jogo pode ser compartilhado em duplas, trios, quartetos ou quintetos. Não há um
número mínimo de grupos, podendo ser re-criado conforme a necessidade.
Duração:
O jogo pode ter vinte minutos para a etapa dentro dos grupos e mais vinte para os
relatos. Mas pode ser modificado de acordo com o interesse dos participantes.
Descrição:
As tiras de papel são previamente preparadas com palavras-solução de questão
ambiental, por exemplo. Outras tiras com palavras-problema – poluição, desmatamento,
miséria, entre outras. Os participantes são divididos em grupos e recebem as palavras
problema. São distribuídas até que todas acabem. Em seguida os grupos recebem as
palavras-solução, da mesma maneira. O objetivo é que cada grupo disponha as
palavras problema em ordem de prioridade a serem solucionadas. Usarão, então,
depois as palavras-solução. Em seguida o grupo escolherá um relator que comentará a
experiência. Há possibilidade dos grupos trocarem palavras-solução para melhor
adequação e resolução do problema.
Dicas: Este é um jogo de re-flexão que pode ter inúmeras variantes de acordo com o
grupo. Para grupos em que haja conflitos, por exemplo, o facilitador pode dispor das
palavras-problema de maneira que possam proporcionar a discussão destes conflitos e
suas causas.
Outra possibilidade, em se tratando de um Jogo Cooperativo, é a troca de palavras ou
mesmo de participantes que funcionarão como conciliadores, podendo experimentar
uma outra situação. O importante é o exercício da discussão, da re-flexão e da cooperação para a solução de conflitos.
Fábio Luiz de Mello Martins
Onde encontrar mais
• Jogos dirigidos para grupos, recreação e aulas de educação física. (Silvino José
Fritzen)
• Jogos de Cintura 6ª edição (José Luiz Fazzi, Juarez Tarcisio Dayrell)
Dinâmica de grupo e relações humanas (Silvino José Fritzen)
• Exercícios práticos de dinâmica de grupo e de relações humanas. (Silvino José
Fritzen 4º Volume.)
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
31
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL
Prof. MS. JOÃO LUIZ DERKOSKI
•
Técnicas pedagógicas de dinâmica de grupo (Celso Antunes).
Bibliografia
ALCANTARA, Alcides. Dinâmica de Grupo e sua Importância no Ensino. Brasil. SENAI Departamento Nacional – Divisão de Ensino, 1.972.
CASTILHO, Áurea. Liderando grupos: um enfoque gerencial. – Rio de Janeiro:
Qualitymark, 1992.
BEAUCLAIR, João. Psicopedagogia - trabalhando competências, criando habilidades.
Editora: Wak. São Paulo. 2004.
CARNEIRO, Francisco Danúzio de Macedo. Dinâmica grupal: Conceituação, história,
classificação e campos de aplicação. 2011.
FAZENDA, Ivani Catarina Alves et al. (Org.). Práticas Interdisciplinares na escola. 3ª
edição São Paulo: Cortez, 1996.
GONÇALVES, Andréia. Transtornos de aprendizagem: estratégias psicopedagógicas
para o aprender
acessado em
02 de maio de 2010 em
http://www.qualifique.com/artigos/TranstornosDeAprendizagemEstrategiasPsicopedago
gicasParaOAprender_AndreiaGoncalves.pdf.
CURSOS 24 HORAS. Distúrbios de aprendizagem – módulo 01 acessado em 08 de
maio em www.Cursos24Horas.com.br
MINICUCCI, Agostinho. Dinâmica de grupo: teorias e sistemas. 3.ed., São Paulo: Atlas,
1991.
MRECH Leny Magalães, O uso de brinquedos e jogos na intervenção Psicopedagógica
de crianças com necessidades especiais - FONTE: http://www.regra.com.br/educacao
Publicado em 03/05/2007
SAVIANI, D. Educação; do senso comum à consciência filosófica. São Paulo,
Cortez/Autores Associados, 1987.
NERECI. Imídeo Giusppe. Didática Geral Dinâmica. São Paulo. Atlas, 1981. (TURRA.
C. M. e outros)
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Artmed, 2000.
Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000
www.pos.ajes.edu.br – [email protected]
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.
32

Documentos relacionados

baixo - ajes - pós

baixo - ajes - pós Entende-se como educação inclusiva o processo de inclusão dos deficientes (com necessidades especiais) ou os com distúrbios de aprendizagem. Embora não queiramos nesta introdução alongarmo-nos nest...

Leia mais

d isciplin a : cu ltu ra co r po rale lu d icid adeda cr - pós

d isciplin a : cu ltu ra co r po rale lu d icid adeda cr - pós da corrida, do nado, etc., se não se introduzisse uma tríplice consideração em lugar de uma única consideração , quer fosse ela mecânica e física, como em uma teoria anatômica e fisiológica do anda...

Leia mais