aGenda - Computerworld

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aGenda - Computerworld
Tendências: Cinco considerações sobre o futuro dos data centers​– PÁG. 26
www.computerworld.com.br | NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2014 | ANO XIX | no 564 | R$ 14,95
O PORTA-VOZ DA TECNOLOGIA CORPORATIVA
AGENDA
2015
3 Carreira: os cargos de TI em alta
3 Inovação: as grandes tendências
3 Dinheiro: as novas faixas salariais
3 Negócios: o mapa da tecnologia
inclui
Nuvem é caminho sem volta, mas é preciso ajustar processos
Na medida em que as primeiras experimentações migram para o uso amplificado na corporação, fica
evidente que alguns processos precisarão passar por ajustes para o conceito decolar com mais força.
negócios • tecnologia • liderança
FIQUE ATUALIZADO ACESSANDO O SITE: www.computerworld.com.br
novembro / dezembro de 2014
Índice
20 | CAPA
Mapa da mina: para onde vão os
investimentos em 2015?
AGENDA
A combinação da pesquisa feita pela
Computerworld dos EUA e a pesquisa
IT Leaders feita no Brasil apontam
as áreas que serão privilegiadas
pelos CIOs e também as que devem
ter impacto sobre contratações de
profissionais de TI
10 OS MAIS PROCURADOS
Na lista dos 10 profissionais
de TI mais buscados pelas
empresas, o primeiro
lugar está reservado
a programadores e
desenvolvedores de aplicativos.
Especialistas em segurança e
três funções ligadas a big data
também se destacam.
TENDÊNCIAS
14 AS TECNOLOGIAS
Que tecnologias você precisa
acompanhar - e adotar – em
2015? Segundo o IDC, a força
motriz do ano continuará
sendo a transição acelerada
da indústria para a Terceira
Plataforma, que abrange
mobilidade, serviços em
nuvem, redes sociais, Big
Data e Analytics.
INOVAÇÃO
24 BOLA DE CRISTAL
O Gartner alerta: para se dar
bem em 2015 é preciso ajustar
seu perfil de liderança para
explorar as oportunidades de
negócios. Internet das Coisas,
impressão 3D, máquinas
inteligentes, app economy,
nuvem e client computing
estão na lista.
CIOS AVISAM: A NUVEM É
CAMINHO SEM VOLTA
Na medida em que cloud migra para o uso
ampliado na corporação, fica claro que alguns
processos precisarão passar por ajustes para o
conceito decolar com força.
MERCADO
26 OS DATA CENTERS
A adoção de ferramentas
focadas em big data e análise
transforma processos, rotinas
de Trabalho, estratégias
e modelos de negócios
das empresas. Essa é uma
das cinco tendências que
impactarão os centros de
processamento de dados em 2015
negócios • tecnologia • liderança
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2015
editorial | silvia bassi
Acelere para
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2
2015
S ilvia Bassi, diretora editorial da
COMPUTERWORLD
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015 está logo ali, virando a esquina, deixando 2014 para trás. Faça o mesmo,
acelere para 2015 e só leve de 2014 o aprendizado, os sucessos – pequenos e
grandes, e a energia para fazer acontecer um grande ano. A Cabala diz que é
preciso primeiro crer para ver as coisas se materializarem. O que quer dizer que você
precisa materializar na sua mente aquilo que quer que aconteça e manter a visão acesa
enquanto trabalha muito para que ela se materialize fisicamente. Milagres existem, e
cada um de nós pode faze-los, só é preciso trabalhar para que eles.
Seguindo os preceitos da Cabala, preparamos uma edição repleta de previsões e
de sinalizações do que é preciso fazer para que o ano seja um sucesso. Da carreira
ao salário, das tendências à inovação. Item número 1 a visualizar: crescimento dos
investimentos e consequentemente dos negócios.
As previsões ajudam. O ano começa com a expectativa do IDC de que os países
emergentes crescerão 7,8% os investimentos em Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC), enquanto os países desenvolvidos crescerão 1,4% apenas.
Uma pesquisa da Computerworld norte-americana com executivos de TI demonstra
recuperação nos orçamentos destinados à tecnologia. Quase metade (43%) em um
total de 194 respondentes afirmou que seus orçamentos crescerão. O dado revela uma
elevação de 7 pontos percentuais sobre a projeção verificado para 2014. A média de
crescimento nos investimentos gira na casa dos 4,3%.
O cenário brasileiro é ainda mais otimista. Dos quase 400 CIOs entrevistados para
a pesquisa IT Leaders 2014, 84% terão, em 2015, orçamentos iguais ou maiores que os
deste ano, sendo que 61% deles afirmaram que seus budgets crescerão no novo ano.
Item número 2 a visualizar: empregos em alta, carreiras evoluindo.
O ritmo de criação de novos empregos em tecnologia pode não crescer de forma
tão acelerada por conta do ano que não vai ser fácil. Mas a previsão geral é de
evolução. Uma pesquisa da Computerworld indica que, de maneira geral, há uma
busca por profissionais com conhecimento técnico, capazes de suportar um contínuo
crescimento em estruturas computacionais próprias, e profissionais capazes de
visualizar esse crescimento nos negócios da companhia.
O ranking reflete isso: 48% dos CIOs entrevistados disseram que vão contratar
programadores e desenvolvedores de aplicativos. Os executivos de TI procuram
desenvolvedores capazes de fazer a empresa avançar, que possuam experiência para lidar
com a escala e complexidade das operações da companhia.
O segundo grupo é formado por gerentes de projeto, com 35% dos CIOs
programando contratações nesse segmento nos próximos 12 meses. As companhias
procuram por profissionais capazes de olhar sistemicamente para iniciativas de
grande porte e que toquem diversas áreas das organizações. A busca é por pessoas que
consigam misturar visão de negócios e tecnologias.
O que resume bem nossos votos para 2015: que você possa olhar de forma
abrangente para as oportunidades de negócio, que continue a ser resiliente e enxergue
o sucesso mesmo nos momentos complicados e que tenha velocidade para chegar lá.
Visualize. Vai acontecer. Feliz Ano Novo.
15/12/2014 18:48:42
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Tributação de Data Centers
Esta tributação, que alguns
obviamente já disseram que
vai “alavancar e estimular” o
mercado local, é na verdade
uma proteção vergonhosa.
Isto não é competitividade. É
terrorismo fiscal e uma nova
forma de oficializar a volta da
“reserva de mercado”. Isto
não vai estimular em nada a
melhoria dos datacenter locais
nem qualquer outra área.
Todas áreas serão afetadas
com esta tributação. Todas
grandes empresas serão
afetadas com isso.
Leitor: Gilberto Strapazon
Reportagem: Governo crava
50% de imposto em serviços
de DC prestados do exterior
Crise de Talentos
Há anos observo essa
tendência no mercado de
TI. Não há investimento em
educação no Brasil, como
vamos formar profissionais
competentes?
A força de trabalho envelhece,
se aposenta, mas não consegue
parar de trabalhar, porque
não há quem a substitua. E
as empresas agem como se
nada estivesse acontecendo.
Estamos caminhando para
uma grande crise de talentos,
não só na TI.
Leitor: Marcelo Souza
Reportagem: Brasil
enfrenta crise de
talento que ameaça seu
crescimento, pontua SAP
Big Data
Big data é tratado com
glamour mas deve ser
encarado como o reflexo
de um problema em TI.
A informação sempre foi
apoiada em caracteres, o
advento de outros tipos de
arquivos sem texto expôs
esta deficiência da TI. Fazer
máquina e aplicativos
compreenderem dados
binários ‘não-texto’ será um
desafio e tanto para os velhos
conceitos sobre o que é e qual
a natureza da informação. E
para piorar, o volume desse
novo tipo de binário vai
aumentar de forma geométrica.
Sem uma resposta adequada no
horizonte, a TI está entrando em
perigosa crise fundamental.
Leitor: Lord Romulus
Reportagem: Big data não
deve ser um projeto de TI
TI em todo lugar
O que vejo no mercado é o fato
do desenvolvimento não seguir
processos ou normas, além de
estar alheio a road maps dos
fornecedores. Vi sim muitos
sistemas quebrarem por pequenas
atualizações do SO ou de algum
driver, mas ao olhar o histórico,
fazia anos que o fornecedor
já havia informado sobre o
direcionamento estratégico da
alteração. Um exemplo clássico
foi o service pack de ruptura do
Windows XP que deixou muitos
sistemas inoperantes. Entretanto
os itens bloqueados pela Microsoft
já eram itens desaconselhados a
serem usados.
Leitor: Fernando Angelieri
Reportagem: TI pervasiva
desafia plataformas de
desenvolvimento
O que você só encontra no site dA Computerworld
8 características de um gestor de sucesso
N
ão existe uma fórmula pronta para se tornar um bom gestor, cada
situação pede características diferentes e próprias do negócio que
dificilmente poderão ser utilizadas em outros ramos. Mas, existem dois
pontos imprescindíveis para uma gestão adequada: paixão pelo que
faz e resiliência.
Uma pessoa que não acredita e não defende o projeto no qual
faz parte não consegue enfrentar todas as barreiras, o que reflete
diretamente na produtividade.
Outro ponto importante, a resiliência, é a capacidade de se adaptar a
diversas situações mesmo que adversas. Em cada situação e até mesmo
nas mudanças de equipe, deverá ocorrer adaptação na postura do
profissional, de forma que não haja prejuízo nos processos de trabalho.
Outras características que devem ser priorizadas pelos bons gestores são:
Capacidade de mediar e resolver conflitos – é saber ouvir e mediar os
conflitos logo que surgem, mas não se deve tomar partido e buscar que
as respostas para os conflitos ocorram naturalmente, trazendo ganhos
para corporação. Tenha uma postura racional evitando reações que
prejudiquem o clima. Discussões ríspidas e muito emocionais devem ser
controladas.
Iniciativa e pró-atividade – Em qualquer empresa, ter iniciativa e próatividade proporciona destaque, mostra o quanto você é engajado e quer
crescer. O gestor, por sua vez, não se preocupará apenas com os demais
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funcionários, mas com todos os concorrentes que existem no setor de
atuação. Agir é imprescindível para fazer os resultados aparecerem.
Autoconfiança – O profissional que quer tomar a frente de uma equipe
precisa confiar em si mesmo para tomar decisões, arriscar e buscar novas
formas de solucionar um problema que envolve vários setores.
Capacidade de reter talentos – Mais do que se esforçar para manter
talentos na sua empresa, é imprescindível cativá-los e dar aos mesmos
segurança para que eles queiram continuar no projeto e, principalmente,
almejem crescer.
Saber delegar o operacional – Um gestor tem como função gerenciar
as ações. Delegue tarefas operacionais.
Conexões e criatividade – O gestor deve estar atento às inovações e
mudanças do mundo, e saber aplicar essas inovações ao cotidiano da
empresa e ao seu campo de atuação levando a um retorno imediato.
Controle – O gestor não pode esquecer que ele está no comando,
e que é possível e aceitável delegar as funções, mas não é adequado
entregar todo o processo nas mãos da equipe, por mais competente
e confiável que ela seja. Portanto, esteja na frente, crie métodos que
possibilite a visibilidade de todos os projetos em andamento, com o bom
e velho relatório.
Aprendizado contínuo – O bom profissional busca se capacitar, mas se
não possuir algumas das características citadas, aprenda e se especialize
para então desenvolvê-las e aprimorá-las com o conhecimento adquirido.
10 CARREIRA
profissionais
10
de TI mais procurados
Os
para
2015
Três funções relacionam-se a big data. Mas tratar grandes volumes
de dados não está no topo da lista. O primeiro lugar está ocupado
por programadores e desenvolvedores de aplicativos
O
ritmo de criação de novos
empregos em tecnologia pode não
crescer de forma tão acelerada
quanto nos últimos anos.
Contudo, a previsão geral é de evolução.
Uma pesquisa da Computerworld indica
que, de maneira geral, há uma busca
por profissionais com conhecimento
técnico, capazes de suportar um
continuo crescimento em estruturas
computacionais próprias.
A seguir, listamos os dez perfis
profissionais que serão mais procurados em
2015, segundo os 200 executivos de TI que
participaram da pesquisa.
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1
Programadores/desenvolvedores
de aplicativos
48% planejam contratar profissionais
nessa área nos próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: 1o lugar
Como nos dois anos anteriores,
os departamentos de TI parecem
mais propensos a abrir vagas para
programadores e desenvolvedores do
que qualquer outra posição. Trata-se
de uma habilidade procurada inúmeras
empresas. Os executivos de TI procuram
desenvolvedores capazes de fazer a empresa
avançar. Devido à demanda, enfrentam
certa dificuldade para encontrar talentos
n
11
linha, pois é preciso suportar tanto o volume
quanto a variedade de hardware e software
que prolifera nas corporações.
4
requeridos, principalmente que possuam
experiência para lidar com a escala e
complexidade das operações da companhia.
2
Gerente de projetos
35% planejam contratar
profissionais nessa área nos
próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: 5o lugar
A demanda por gestores de projeto subiu
quarto posições em um ano. Devido a um
investimento mais baixo nos anos recentes,
as companhias procuram por profissionais
capazes de olhar sistemicamente para
iniciativas de grande porte e que toquem
diversas áreas das organizações. A busca é
por pessoas que consigam misturar visão de
negócios e tecnologias e por profissionais
que lideram times em metodologias
especificas como ágil, por exemplo.
n
3
Help desk/suporte
30% planejam contratar
profissionais nessa área nos
próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: 2o lugar
Líderes de TI afirmam que ainda procuram
profissionais de help desk e suporte devido a
expansão dos projetos em andamento, bem
como a ampliação na lista de dispositivos
e aplicações que precisam ser suportados.
Iniciativas de consumerização (BYOD),
por exemplo, puxam as contratações nessa
n
Segurança/governança
28% planejam contratar
profissionais nessa área nos
próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: 7o lugar
As empresas indicam que gastarão mais
dinheiro em segurança nos próximos anos. Os
departamentos de TI tentam fortalecer suas
barreiras, o que justifica a categoria passar da
sétima para quarta posição em 12 meses.
A expansão no número de ameaças diárias
faz multiplicar os times de segurança. A
procura é por mais especialização, como
profissionais focados em gestão de incidentes
e prevenção de vulnerabilidades.
n
5
Desenvolvedores web
28% planejam contratar
profissionais nessa área nos
próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: não existia
Segundo os head hunters, o cargo
para profissionais com experiência em
desenvolvimento web é a posição mais difícil
de ser preenchida. O fluxo entre a demanda e
a disponibilidade não bate. Existe uma grande
lacuna entre o que as companhias querem
fazer e o que a mão de obra pode executar.
n
6
Administrador de banco de dados
26% planejam contratar
profissionais nessa área nos
próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: 6o lugar
Aqui está uma especialização sempre
necessária (e buscada) pelas empresas. As
empresas ganharam a capacidade de trabalhar
com quantidades massivas de informações,
mas ainda não compreendem ao certo como
os bancos de dados devem funcionar nesse
contexto. A consultoria Robert Half aponta
n
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12 CARREIRA
que 52% das empresas nos EUA veem grande
demanda por administradores de BD.
7
Business intelligence/analytics
24% planejam contratar
profissionais nessa área nos
próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: 8o lugar
O interesse latente por transformar
grandes volumes de dados em informações
úteis ao negócio coloca ferramentas analíticas
e de inteligência entre as dez mais. Esses
profissionais vêm sendo mais requisitados
para projetos. A expectativa é que isso se
mantenha ao longo dos próximos anos.
n
8
Aplicações e gerenciamento de
dispositivos móveis
24% planejam contratar
profissionais nessa área nos
próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: 4o lugar
A grande maioria dos executivos de TI
tenta atender a demanda de aplicativos
móveis trazidos por funcionários para
o ambiente de trabalho. Para tanto,
os requisitos de contratação incluem
habilidades de desenvolvimento de apps e
gestão de dispositivos móveis.
n
9
Redes
22% planejam contratar
profissionais nessa área nos
próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: 3o lugar
Segundo pesquisa da Robert Half, 57%
dos executivos de TI nos EUA acreditam
que administração de redes estará entre
as habilidades prioritárias em seus times.
As empresas procuram profissionais com
experiência em roteamento IP, switch,
filtros e firewalls, debugging, redes ópticas,
gestão de infraestrutura e integração de
ambientes virtuais.
n
10
Big data
20% planejam contratar
profissionais nessa área nos
próximos 12 meses.
n Posição no ano passado: 11o lugar
Em setembro de 2014, o relatório “FastGrowing Tech Skill” apontou que o número
de posições de trabalho direcionadas a
grandes volumes de dados cresce acima de
50% ao ano. Tais demandas avançam sobre
diferentes indústrias e especialidades. A
expectativa é que profissionais com essas
habilidades subam alguns degraus nas
listas de mais procurados no futuro.
n
E como fica a média salarial dos profissionais de TI para 2015?
Guia Salarial da Robert Half mostra profissionalização no modelo de contratação do setor de tecnologia da informação
O mercado de tecnologia está em expansão e deve manter aquecida a demanda por profissionais em 2015. De acordo com Guia Salarial da consultoria Robert
Half, a maior procura é em empresas de médio porte, que estruturam seus quadros de TI, em startups e em grandes companhias que lançam novos projetos
na área. As indústrias mais aquecidas são a eletrônica, serviços financeiros e internet.
O Guia Salarial aponta ainda outras duas importantes transformações no setor: a ampliação das contratações no modelo formal, substituindo gradativamente
o modelo “pessoa jurídica” por contratos CLT; e a redução da rotatividade dos executivos de TI nos últimos semestres.
As habilidades comportamentais mais valorizadas pelas empresas nos profissionais de TI são visão de negócio, jogo de cintura, adaptabilidade e
comunicação, aponta o estudo.
As posições mais demandadas do segmento de tecnologia são gerente de TI, desenvolvedor e analista de negócios. O coordenador de sistemas e
desenvolvimento é o profissional que deve ter a maior alta salarial em 2015, com previsão de 10% de aumento. Já o gerente de TI, desejado principalmente
por pequenas e médias empresas, tem faixa salarial a partir de R$ 12,5 mil e até R$ 25 mil, para companhias deste porte.
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14 tendências
www.computerworld.com.br
10
tendências
de TI para 2015
A Terceira Plataforma continuará
promovendo crescimento, inovação e
ruptura em todos os setores em 2015
15
Q
ue tecnologias você precisa acompanhar - e eventualmente
adotar – em 2015? Segundo as previsões da International Data
Corporation (IDC) a força motriz do ano continuará sendo a
transição acelerada da indústria para a Terceira Plataforma,
que abrange computação móvel, serviços em nuvem, redes sociais, Big
Data e Analytics. “Em 2015, a Terceira Plataforma será responsável
por um terço das despesas globais de TIC”, prevê Frank Gens , vicepresidente sênior da IDC. “A indústria está entrando na Etapa da
Inovação. Ao longo dos próximos anos, esperamos ver uma explosão
de inovação e de criação de valor que estenderá radicalmente as
capacidades e aplicações da Terceira Plataforma a todos os setores.”
Segundo Gens, essas são as dez tendências para o ano:
1
Os gastos globais com TIC crescerão
3,8% em 2015, movimentando
mais de 3,8 trilhões dólares. Quase
todo crescimento será focado em
tecnologias da Terceira Plataforma. Os
investimentos em TIC nos mercados
emergentes deverão crescer 7,1% sobre
2014, enquanto mercados maduros deverão
crescer apenas 1,4%.
2
Entre os gastos com serviços de
telecomunicações, os serviços
de comunicação de dados
sem fio serão a área de maior
crescimento (13%), respondendo por
536 bilhões de dólares. Para evitarem
ser vistas como meras fornecedoras de
infraestrutura, as operadoras lutarão para
desenvolver serviços de PaaS, atraindo
os desenvolvedores para suas redes.
Também buscarão maior aproximação com
os prestadores de serviços over-the-top
(OTT), através de acordos inovadores de
desempenho e qualidade de serviço (QoS) e
de compartilhamento de receitas.
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16 tendências
3
Os dispositivos móveis e
os aplicativos continuarão
crescendo em 2015, mas não no
ritmo frenético registrado nos
últimos anos. As vendas de smartphones
e tablets atingirão 484 bilhões de
dólares, respondendo por 40% de todo
investimento em TI (excluindo os serviços
de telecomunicações), com os fornecedores
chineses capturando uma parcela
significativa do mercado mundial. Os
dispositivos vestíveis experimentarão uma
explosão de inovação, embora com vendas
ainda pouco significativas. Os downloads de
aplicativos móveis de consumo começarão
a desacelerar em 2015, enquanto que os
aplicativos móveis corporativos vão dobrar.
4
Investimentos em serviços de
nuvem continuarão a ser foco de
atividade em 2015, respondendo
por 118 bilhões de dólares. A
adoção de Infraestrutura como Serviço
(IaaS) crescerá rapidamente (36%), com a
líder Amazon sofrendo ataques de todos
os lados. Da mesma forma, haverá maior
competição no segmento de Plataforma
como Serviço (PaaS), com concorrentes se
envolvendo em batalhas mortais para atrair
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desenvolvedores e seus aplicativos. Players
de Software como Serviço (SaaS) devem
acelerar a adoção de PaaS e marketplaces
na nuvem. “Esperamos ver novas e
estranhas parcerias, tais como Facebook
com Microsoft e/ou IBM e Amazon com
HP, para expandir as oportunidades de
mercado”, acrescenta Gens.
5
Gastos com soluções de Big Data e
Analytics crescerão muito em 2015,
envolvendo software, hardware
e serviços, respondendo por um
mercado de 125 bilhões de dólares. Soluções
de Analytics rich-media (vídeo, áudio e
imagem) vão emergir como importantes
impulsionadoras de projetos de Big
Data. E as cadeias de fornecimento de
soluções de Dados como Serviço crescerão
em importância, com fornecedores
de plataformas de análise na nuvem
oferecendo aos clientes informações de
valor agregado a partir de conjuntos de
dados comerciais e/ou abertos. Também
veremos novas e importantes ofertas
nas áreas de computação cognitiva,
aprendizado de máquina e análise para
Internet das Coisas (IoT).
6
A Internet das Coisas é um dos
aceleradores de inovação mais
importantes para o crescimento
e a expansão de valor baseado
na Terceira Plataforma de TI. A invenção
de mais e mais “coisas” inteligentes e
conectadas levará ao desenvolvimento
de milhares de novas soluções. Um terço
dos gastos com IoT em 2015 será focado
em dispositivos inteligentes embarcados.
A indústria de telecomunicações ajudará,
estabelecendo parcerias com as principais
empresas de TI interessadas em alavancar
o mercado de soluções para IoT. A
manutenção preditiva emergirá como uma
importante categoria de soluções para IoT.
17
7
Data centers estão passando por
uma transformação fundamental
na era da Terceira Plataforma, com
as capacidades de computação e
armazenamento movendo-se para a nuvem.
Essa mudança vai desencadear uma explosão
de inovações de hardware “cloud-first” e
maior consolidação entre os fornecedores
de servidores, armazenamento, software
e redes. Haverá duas ou três grandes
fusões, aquisições ou reestruturações entre
fornecedores de alto nível em 2015.
8
A Terceira Plataforma está
transformando não apenas a
indústria de tecnologia, mas todos
os setores da economia. Um
número considerável de negócios disruptivos
surgirá em 2015. Os exemplos incluem redes
alternativas de pagamento, entre os serviços
financeiros, a expansão das tecnologias
da Internet das Coisas para segurança e
obras públicas e sistemas de transporte,
e a expansão dos serviços baseados em
localização no setor de varejo. As plataformas
digitais irão expandir-se rapidamente,
podendo facilmente dobrar em 2015.
9
Além da Internet das Coisas,
sistemas de aprendizado de
máquina e de computação cognitiva
serão outros dois aceleradores
de inovação que se tornarão drivers de
crescimento importantes em 2015. Soluções
de segurança vão ajudar a garantir a borda
(segurança biométrica em dispositivos
móveis, por exemplo) e o núcleo da nuvem
(criptografia como prática padrão). A
inteligência de ameaças emergirá como
uma categoria essencial de Dados como
Serviço (DaaS), fornecendo informações
sobre ameaças específicas para as empresas.
E a impressão 3D crescerá, expandindo o
mercado das empresas de impressão de
documentos convencionais, estabelecendo as
bases para uma batalha iminente por clientes
comerciais e industriais em 2016.
10
A China será mais influente
no mercado global de TIC em
2015, com gastos que serão
responsáveis por 43% de todo
o crescimento da indústria, um terço de
todas as compras de smartphones, e cerca de
um terço de todas as compras online. Com
um enorme mercado interno, a nuvem da
China e seus líderes de comércio eletrônico
(Alibaba), de social mídia (Tencent) e de
busca (Baidu) ganharão maior destaque
Além da Internet das Coisas,
aprendizado de máquina e
computação cognitiva
serão outros dois
aceleradores de inovação​
no mercado global. Da mesma forma,
fabricantes chineses de smartphones com
marca (Lenovo, Xiaomi e ZTE, por exemplo)
deverão capturar mais de um terço do
mercado de smartphones em todo o mundo.
“Dizer que 2015 será um ano decisivo para
a indústria de TIC é subestimar o mercado”,
disse Gens. “Vamos ver, finalmente, a
massificação da Terceira Plataforma, junto
com a consolidação de fornecedores e altas
taxas de abandono, parcerias estranhas,
batalhas mortais entre desenvolvedores (e
seus aplicativos), ampliação das soluções
de aprendizado de máquina e computação
cognitiva e das ofertas da Internet das
Coisas, um crescente foco em cadeias de
fornecimento de dados e o rápido aumento
de influência dos chineses.” n
www.computerworld.com.br
18 PUBLIEDITORIAL
A revolução digital e as nuvens
Modelo híbrido é hoje considerado o mais eficiente para os negócios
D
Plataformas de
computação
em nuvem irão
desempenhar
um grande papel
na conexão de
coisas, pessoas
e máquinas
Fábio Costa, presidente da
WMware no Brasil
www.vmware.com
e um lado a cobrança por respostas
rápidas a flutuações de tráfego
diárias e sazonais. De outro, os
regulamentos legais que regem de forma
rigorosa o tratamento de informações
pessoais e de pagamento. Para lidar
com esse quadro, as empresas têm a
disposição soluções de nuvem híbrida,
modelo considerado pelo mercado o
mais eficaz não só pela escalabilidade,
mas pela ampla possibilidade que se
abre para acompanhar a chamada era
da revolução digital, que surge com a
Internet das Coisas, a grande novidade
que transformará toda a estrutura da
sociedade nesse século.
“Soluções combinando máquinas
inteligentes, grandes análises de dados
e aplicações de usuários finais já se
destacam em grandes indústrias e, as
plataformas de computação em nuvem
irão desempenhar um grande papel na
conexão de coisas, pessoas e máquinas”,
diz o presidente da WMware no Brasil,
Fábio Costa, um dos palestrantes do debate
realizado pelo Business Leaders, empresa
de comunicação e de estratégia de negócios
focada na inovação e no desenvolvimento
dos principais cargos C-level das companhias
e com o apoio do COMPUTERWORLD.
E como se preparar para essa
mudança? Um dos principais desafios
é a administração da escalabilidade da
infraestrutura e de operações de data
centers. Um posicionamento que requer
soluções mais modulares, virtualizadas,
capazes de acompanharem a expansão dos
negócios de maneira gradativa.
Entre as principais tendências está o
avanço das infraestruturas definidas por
software, principalmente no setor de redes,
destacou Costa, durante sua palestra,
realizada no Grand Hyatt, em São Paulo,
para um público de mais de 50 executivos.
Tecnologias disruptivas como virtualização e
cloud devem começar a ganhar mais espaço
no mercado, conforme os cases se mostrem
efetivos e as necessidades cresçam.
Atenta a essa movimentação, a VMware
mantém uma parceria com o UOL DIVEO
para cobrir todo tipo de necessidade do
ambiente corporativo, ao prestar análise
de dados, conforme a capacidade de
hardware, armazenamento, servidores e
redes se estendem.
19
Adoção de nuvem muda comportamento
Cloud computing é definitiva e transforma a maneira de fazer negócios
A
computação em nuvem está
no centro das atenções dos
empresários e líderes de Tecnologia
da Informação e Comunicação. Não
será diferente em 2015. Nos próximos
anos, indicam pesquisas de diferentes
institutos, como Gartner, IDC e
Capgemini, para citar alguns nomes, a
adoção de clouds deve ultrapassar 70%
das empresas instaladas no Brasil.
Num futuro próximo, haverá, para
as aplicações focadas na nuvem e em
mobilidade, uma grande demanda por
armazenamento e análise de dados, o
que, sem dúvida, fará dos data centers
uma estratégia-chave. Combinando
a excelência técnica do UOL DIVEO
com a confiabilidade e robustez dos
produtos da VMware, constitui-se uma
solução altamente escalável e segura.
Esta foi a receita da parceria de sucesso
anunciada com exclusividade durante o
painel: UOL DIVEO e VMware trazendo
uma cloud híbrida, hoje, ao alcance de
empresas de diversos segmentos, realizado
durante evento do Business Leaders,
empresa de comunicação e de estratégia
de negócios focada na inovação e no
desenvolvimento dos principais cargos
C-level das companhias.
“As clouds são definitivas e já mudaram
o comportamento da sociedade. Basta
observar a maneira como as pessoas se
relacionam, ouvem música e chamam um
táxi, entre tantas outras coisas”, disse o
presidente do UOL DIVEO, Gil Torquato.
Ele foi um dos palestrantes do debate
sobre cloud híbrida.
Embora as clouds sejam relativamente
novas, no UOL DIVEO esse movimento
teve início em 2003, o que garante um
background para acompanhar o crescimento
da tecnologia para todas as frentes.
Outras tendências são a redução
de custos com TIC, acessibilidade
de tecnologias avançadas a todos
os colaboradores de uma empresa e
utilização da nuvem como uma ferramenta
de mídia para fortalecer a relação com
clientes e usuários.
No final das contas, nuvens
híbridas abrem um leque de soluções
personalizadas para os tomadores de
decisão de TIC, mantendo satisfeitos os
responsáveis pela segurança dos dados.
Atuamos em
nuvem há mais
de uma década,
o que nos dá
total segurança
nas decisões
Gil Torquato, presidente
do UOL DIVEO
www.vmware.com
20 investimento
Mapa da mina:
para onde vão os
investimentos em TI em 2015
A combinação da pesquisa feita pela
Computerworld dos EUA e a pesquisa IT Leaders
feita no Brasil apontam as áreas que serão
privilegiadas pelos CIOs e também as que devem
ter redução em projetos no próximo ano
www.computerworld.com.br
21
72
%
dos CIOs
entrevistados
planejam continuar
investindo médio/
muito em sistemas
de gestão (ERP) nos
próximos 12 meses
E
xecutivos de tecnologia começam
a fazer suas listas de projetos (e
desejos) para o próximo ano. Há
uma expectativa grande de que
iniciativas envolvendo mobilidade se
intensifiquem ainda mais no futuro breve.
Isso, por si só, deve puxar uma série de
iniciativas paralelas e complementares
envolvendo temas como segurança, nuvem,
analytics e desenvolvimento de sistemas.
Percebe-se um otimismo no
mercado. Mesmo com uma economia
praticamente estagnada, os líderes de TI
mostram-se animados. Uma pesquisa
da Computerworld norte-americana
demonstra recuperação nos orçamentos
destinados à tecnologia. Quase metade
(43%) em um total de 194 respondentes
afirmou que seus orçamentos crescerão.
O dado revela uma elevação de 7 pontos
percentuais sobre a projeção verificado
para 2014. A média de crescimento nos
investimentos gira na casa dos 4,3%.
O cenário brasileiro é ainda mais otimista.
Dos quase 400 CIOs entrevistados para a
pesquisa IT Leaders 2014, 84% terão, em
2015, orçamentos iguais ou maiores que os
deste ano, sendo que 61% deles afirmaram
que seus budgets crescerão no novo ano.
Eis alguns tópicos que estão na mesa de
trabalho dos CIOs mundo a fora.
1
Segurança
– Está aí uma das
prioridades das organizações para o
futuro próximo. Vimos uma série de
notícias ruins sobre roubo de dados
chegando à mídia em 2014. Justamente
por isso, recursos de segurança figuram
no radar de 46% dos líderes de tecnologia
que participaram do estudo nos EUA.
Dos CIOs brasileiros que participaram do
estudo IT Leaders 2014, 65% investirão em
projetos de segurança nos próximos meses.
A lista contempla projetos envolvendo
desde ferramentas de controle de acesso,
prevenção contra invasões, gestão de
identidade e proteção contra vírus e
malwares. Aliás, trata-se de uma área
que segue um ritmo constante e intenso
em termos de investimento ao longo
da última década. O desafio agora visa
balancear os níveis de proteção com a
www.computerworld.com.br
22 investimento
65
73%
%
dos IT Leaders
investirão em
serviços de TI
no modelo
Cloud Computing
farão investimentos
em soluções de
segurança em geral
agilidade de negócios. Logo, entende-se
uma busca por abordagens cada vez mais
proativas nessa seara.
Digitalização
corporativa será
tema para as
empresas, por
causa de fatores
como a explosão
das redes sociais
até a internet
das coisas.
www.computerworld.com.br
2
Nuvem – As empresas seguem
um movimento de canalização de
investimentos para cloud computing,
em detrimento de grandes
somas alocadas na construção de suas
próprias infraestruturas. Mais de 40% dos
respondentes do estudo da Computerworld
revelaram que suas organizações investirão
mais em software como serviço (SaaS) e um
mix de nuvens públicas, privadas e híbridas
ao longo de 2015.
No Brasil, 73% dos CIOs investirão
em TI no modelo Cloud e 54% deles vão
migrar para algum modelo de Software
como Serviço (SaaS). O principal motivo
é simplificar a gestão da TI. 74% dos
executivos vão investir em infraestrutura
de TI no modelo de cloud computing,
Para muitas companhias, a migração
para esse novo ambiente não requer
investimentos diferentes dos já previstos.
Trata-se de uma mudança de bolso.
Ao invés de comprarem seus próprios
servidores, storages e sistemas, comprarão
infraestrutura e softwares pagando as a
Service. Mas, obviamente, há algumas
exceções, especialmente junto a pequenas
e médias organizações, que pulam etapas
e, em muitos casos, já vão direto para essa
nova arquitetura computacional.
3
Business Analytics – Big
data aparece de forma cada vez
mais nítida no horizonte das
organizações: 38% dos executivos
de TI entrevistados disseram que dedicarão
mais recursos de tecnologia em ferramentas
de análise, mineração de dados e business
intelligence no próximo ano. No Brasil o
percentual é bem maior, 70%.
Digitalização das organizações vem
como um tema forte para as companhias a
partir de agora. Isso se deve a fatores que
vão desde a explosão das redes sociais até
elementos da internet das coisas (IoT).
4
Desenvolvimento de
aplicações – Mais de um
terço (38%) dos respondentes
indicou que gastará mais dinheiro
atualizando ou substituindo aplicações,
incluindo app móveis.
23
83%
dos CIOs investirão
em soluções de
consumerização, incluindo
a compra de tablets e
smartphones para acessar
aplicações corporativas
5
Conexão sem fio/mobilidade
– Os recursos destinados a
iniciativas de mobilidade traduzem,
até certo ponto, o momento
pelo qual passa a indústria. A pesquisa
identificou que 35% dos respondentes
planejam algum tipo de projeto nesse
sentido. Mobilidade é caminho sem
volta no Brasil: 83% dos executivos
informam que vão investir em soluções
de consumerização incluindo a compra
de tablets e smartphones para acessar
aplicações corporativas.
Mas, engana-se quem pensa que isso
tem relação exclusiva com dispositivos.
Os esforços tocarão tecnologias de RFID,
ferramentas de acesso remoto, gestão
de aplicações à distância e, também, em
aplicações mais tradicionais de cobertura
de ambientes com redes sem fio e aquisição
de aparelhos. Outro fato relaciona-se ainda
a estratégias para suportar o movimento
de consumerização (BYOD) por parte dos
departamentos de TI.
Sem cortes
Os investimentos tendem a declinar em
algumas áreas. Hardware, que vive um
70
%
dos CIOs vão investir
em Business
Intelligence
momento difícil, deve amargar mais
um ano complicado. Pela pesquisa, 24%
dos respondentes sinalizaram redução
nos gastos com servidores, PCs e outros
equipamentos. Com uma inclinação maior
para terceirização das operações de TI, 19%
dos entrevistados afirmaram que projetos
de modernização ou substituição de
sistemas legados ficará em segundo plano
e 16% apontaram que pretendem gastar
menos com consolidação de data center.
A pesquisa revela que 15% das empresas
esperam cortar os gastos com sistemas de
ERP e CRM, ferramentas open source, de
SOA, sistemas operacionais entre outros.
No Brasil o ERP não saiu da pauta: 72%
dos líderes de TI vão continuar investindo
nessa área.
Mesmo com mais dinheiro para investir
no próximo ano, 53% dos executivos de TI
entrevistados colocaram o fator ‘contenção
de despesas’ com uma de suas principais
prioridades., seguido de automatização de
processos de negócio (47%) e otimização
dos investimentos já realizados (44%).
No Brasil, 65% dos executivos temem que
os orçamentos de TI não sejam suficientes
para as ações planejadas. n
No Brasil, 65%
dos executivos
temem que seus
orçamentos de
TI não sejam
suficientes
para as ações
planejadas de
inovação
www.computerworld.com.br
24 INOVAÇÃO
10
tendências tecnológicas
para 2015
Consultoria Gartner liberou a sua lista de previsões das tecnologias que devem
acelerar como tendências no mercado de TI ao longo do próximo ano
C
hegamos aquele momento em que consultorias começam a liberar as previsões para
o próximo ano. O Gartner revelou sua lista com as 10 tendências tecnológicas para
2015. A consultoria colocou grande parte de suas fichas no conceito de Internet das
Coisas (IoT), que traz a reboque um universo de componentes complementares
como máquinas inteligentes, análises pervasivas e impressão 3D. Grande parte dos pontos
que compõem a lista apontam para a fusão entre o mundo real e virtual, e a forma como isso
impacta as rotinas das empresas, que se transformam em organismos cada vez mais digitais.
Com base nesse cenário, o Gartner vem alertando executivos de TI para a necessidade de
que ajustem seus perfis de liderança a fim de explorarem as oportunidades de negócio.
A visão é que digitalização das organizações permite às empresas adotarem uma postura
tecnológica menos amarrada à eficiência operacional de processos internos e mais como uma
habilitadora para o desenvolvimento de modelos de negócios, serviços e produtos disruptivos.
Confira as apostas do Gartner:
1Computação em toda parte –
Para a consultoria, o mundo
caminha para um acesso total e ubíquo a toda capacidade
tecnologia. Telas inteligentes e dispositivos conectados
se proliferarão em diversas formas, tamanhos e tipos de
interação.
preferências, conexões sociais e outros atributos
fornecerá inputs para as aplicações.
2Internet das coisas –
6Máquinas inteligentes –
7Nuvem e client computing –
3 Impressão 3D –
8Aplicações e infraestruturas definidas por software –
A consultoria manda um recado para
os CIOs: experimentem, avaliem e incentivem projetos
para desenvolver utilizações de sensores e dispositivos
conectados em suas empresas.
Ok, não se trata de uma tecnologia
nova. Aliás, vamos fazer justiça que o conceito ronda
por aí desde 1984. Contudo, agora é que atinge níveis
importantes de maturidade. Enquanto o tema ganha
atenção no campo de consumo, a verdadeira revolução
tende a vir de sua aplicação nas corporações.
4
5
A nálises avançadas, pervasivas e invisíveis – Toda
aplicação é um app de análises nos dias de hoje.
S istemas contextuais ricos – Conhecer o usuário,
sua localização, tudo que ele fez no passado, suas
www.computerworld.com.br
A capacidade de executar tarefas
com precisão e aprenderem com rotinas dará nova
dimensão aos mais diversos equipamentos.
Esse é tópico central para
evolução da nuvem. Isso significa que uma aplicação
estará baseada em nuvem e será capaz de se estender a
múltiplos clients.
Tecnologia precisa misturar estruturas de maneira
dinâmica, com elementos pré-definidos e bem menos
complexidade.
9Web-scale IT –
Tópico que se assemelha ao modelo já
usado por grandes provedores de soluções em
nuvem, incluindo sua cultura abrangente de riscos e
alinhamentos de colaboração.
10Segurança –
Em particular, a tendência é de mais
atenção para aplicações com autoproteção.
anuncio.indd 43
12/10/2014 16:28:56
26 MERCADO
Cinco considerações sobre o
futuro dos data centers
Indústria de TI passará por um período de transição sem precedentes, e a
velocidade desta mudança aumentará bastante durante 2015
A
adoção de ferramentas focadas em big data e análise transforma processos, rotinas de
trabalho, estratégias e modelos de negócios das empresas. Na visão da Dimension Data, essa
é uma das cinco principais tendências que deve influenciar o cenário de tecnologia em 2015.
A integradora de TI delineou cenários que impactarão os centros de processamento de dados ao
longo do próximo ano. Veja a lista:
1
G randes data centers ficam maiores enquanto os pequenos
“encolhem” ainda mais
As vantagens trazidas por cloud e análise de grandes volumes
de dados potencializarão o crescimento do mercado de data
centers. A tendência aponta para uma diminuição dos centros de
dados proprietários e para um consequente aumento das grandes
infraestruturas de espaço compartilhado que servem milhares de
clientes e obtém ganhos de escala consideráveis.
Por uma questão de custos e de otimização do negócio, as empresas
começam a reavaliar o espaço que realmente necessitam dentro dos
centros de dados. Na maior parte dos casos, as empresas concluem
que superestimam suas reais necessidades e que, se aproveitarem
as vantagens oferecidas pela cloud, conseguem reduzir em até 50% a
dimensão do seu espaço dentro do centro de dados.
pelas novas arquiteturas e sistemas que lhes permitem otimizar o
negócio em termos de tempos de resposta e de custo/benefício.
As organizações de TI necessitam aproveitar todos os avanços
tecnológicos, como a cloud e as novas metodologias de
desenvolvimento, para explorar todas as possibilidades através da
criação de ideias inovadoras e de novas abordagens ao mercado.
O investimento em tecnologia de desenvolvimento de software ágil
(Agile) é o primeiro passo para capitalizar todas essas oportunidades.
4
O valor do software para o negócio
grande desafio para muitas empresas, em 2015, passa por
O
garantir que os seus esforços na implementação de metodologias
de desenvolvimento de aplicações resultem em valor tangível ao
negócio. Esta é uma abordagem crítica porque o processo envolve
um vasto conjunto de variáveis e interações.
As tecnologias open source podem também oferecer um
valor significativo ao promover e otimizar todo o processo de
desenvolvimento de sistemas.
2
Potencialização do valor da automatização
Os CIOs já não querem ajuda apenas para questões de teor
tecnológico, e pedem cada vez mais apoio na otimização de
processos operacionais para extrair o máximo valor possível dos
investimentos feitos em tecnologia.
A automatização é um elemento chave para extrair o máximo
valor da tecnologia. A tendência é procurar diferentes tipos de
competências em TI. Já não existe a necessidade de especialistas
numa área específica, mas sim de pessoas que se concentrem em
soluções de automatização e na integração das diferentes interfaces
de programação de aplicações com as tecnologias existentes.
3
TI mais ágil
maior parte das organizações de TI ainda administra os seus centros
A
de dados num modelo de gestão antigo, utilizando processos em
cascata e sistemas direcionados pela ociosidade. Com isto, muitas
vezes, perdem a oportunidade de aproveitar vantagens oferecidas
www.computerworld.com.br
5
Extrair valor da informação
s empresas ainda procuram entender a melhor forma de obter
A
mais valor a partir dos dados que recebem e como essa informação
pode se traduzir em vantagem competitiva. Muitas organizações já
apostam e exploram benefícios da nuvem, mas poucas aceitaram
o desafio do tratamento e da análise dos dados, principalmente
porque isso requer um compromisso com as unidades de negócio.
As equipes de TI e dos comitês executivos não estão habituados
a trabalhar juntos e o futuro passa por um trabalho mais direto e
próximo entre as duas partes. As equipes de TI devem considerar
entregar algumas tarefas básicas de gestão de redes e de proteção
de dados a um fornecedor de serviços que garanta a constante
disponibilidade dos dados.
novembro/dezembro 2014
cio.com.br
OPINIÃO [Hu Yoshida]
Pág.
A força motriz das tendências em TI para 2015
OPINIÃO [Celso Souza]
3
Pág.
A proteção da informação é um desafio diário
8
negócios • tecnologia • liderança
Nuvem é caminho sem volta
Para CIOs brasileiros,
na medida em que as
primeiras experiências
de
cloud migram para o
uso
ampliado, novas prát
icas
devem ser criadas
27_[01-CIO]_CAPA.indd 27
16/12/2014 13:29:49
20 a 24 de maio
(local a definir)
Evento
temLcomo
P OdeRumTdiaOque A
E Gdiferencial
R E uma proposta de conteúdo de excelente qualidade e objetivo de fomentar reflexões críticas sobre a área. O CIO
Global Summit reúne decisores líderes de TI e especialistas, e conta com o
apoio internacional do CIO Executive Council. O objetivo do evento é debater e
trocar experiências sobre tecnologias, estratégias de TI, inovação e negócios em
um ambiente rico em networking com tema de TIC de destaque entre a audiência.
29 de outubro
são paulo
16 de abril
recife
O IT Leaders Conference tem como objetivo principal o desenvolvimento de líderes frente aos temas
Inovação e Tecnologia. Os 100 IT Leaders de maior
destaque do Brasil estarão presentes nesse que é o
mais importante e respeitado evento voltado ao desenvolvimento de líderes de IT.
O Premier IT Leaders tem como base o estudo de
Gestão de TI nas Organizações Brasileiras na qual
CIOs são convidados a responder um questionário
em que são apontados os cem melhores executivos
de TI ligados a organizações de grande porte e tradicionais investidores em TI.
25 de março
belo horizonte
25 de outubro
campinas
25 de setembro
rio de janeiro
25 de junho
curitiba
11 de junho
porto alegre
23 a 27 de novembro
são paulo
Uma semana para entender o
novo consumidor conectado
A palavra digital não pode mais ser usada para definir uma mídia ou produto.
Digital é um modo de vida. É a realidade diária vivenciada por milhões de pessoas
e empresas ao redor do planeta. Em um mundo no qual o poder de influência
pertence aos consumidores digitais, hiperconectados e produtores da própria
informação.
O desafio do Digital Age é integrar empresas e marcas a esse cenário, conectando profissionais das áreas de Marketing, Mídia, Publicidade, Jornalismo e
Negócios a especialistas internacionais e locais capazes de apontar mudanças e
quebrar paradigmas.
A proposta da Digital Age Week é incomodar. Acelerar a ruptura. Indicar
caminhos.​E provocar a mudança nas linhas de pensamento, construindo o conhecimento para o futuro dos negócios junto aos principais tomadores de decisão
em Marketing, Mídia, Comunicação e Tecnologia.
Informações sobre como se inscrever: 11 3030-4050 ou faça seu cadastro em nosso formulário.
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H u Yosh i da*
opinião
Business Defined IT:
a força motriz das tendências
em TI para 2015
Para focar mais nos resultados, os executivos vão precisar adotar
tecnologias que orquestrem, automatizem e integrem suas plataformas
P
ara quem ainda não me conhece, sou um veterano
da indústria e baseio as previsões sobre o próximo
ano em minhas observações, conversas, palestras,
encontros, etc. Em 2015, as tendências serão uma extensão
das tecnologias que se destacaram em 2014, porém com
maior clareza e urgência. Ainda que possa parecer óbvio,
nem sempre as tendências são contínuas de um ano para o
outro. E nesse sentido, pelo menos, 2015 sai na frente.
Essas tendências terão como força motriz a necessidade
da TI adotar a terceira plataforma identificada pela
IDC, que é construída sobre mobilidade, nuvem, redes
sociais e big data. Esses quatro pilares vão impulsionar
o crescimento sustentável dos negócios e que exigir a
colaboração mais forte entre a TI e o negócio.
As empresas precisam de mobilidade para que suas equipes
sejam mais produtivas em um mundo competitivo; necessitam
da agilidade e da elasticidade da nuvem para serviços on
demand; dependem das redes sociais para entender os
sentimentos de sua base de clientes e conectar-se com eles de
um modo mais direto e devem, se ainda não o fizeram, dar
mais atenção ao big data para obter a análise prospectiva que
guiará as suas decisões e validará suas ações.
A TI deve responder a essas exigências e tornar-se arquiteta
e intermediária de serviços de negócios. Em 2015, vocês não
apenas verão os CIOs tornarem-se mais astutos com relação
aos principais motores por trás dessas tendências; eles
também investirão uma porção maior dos seus orçamentos em
iniciativas voltadas para os resultados do negócio, e o negócio
irá controlar uma parte maior do gasto em TI.
Para focar mais nos resultados dos negócios do que na
infraestrutura, os executivos de TI vão precisar adotar
tecnologias que convirjam, orquestrem, automatizem
e integrem as suas plataformas. Em vez de adotar
um enfoque “Faça Você Mesmo” para construir
uma plataforma de aplicativos, conectando servidor,
armazenamento e rede, vão orquestrar todos os elementos
gerenciadores, integrando-os com o sistema operacional e a
pilha de aplicativos. Eles deverão ser capazes de consumir
infraestrutura da mesma forma que compram um carro,
ou seja, escolhendo o modelo e a versão que mais lhes
convém, personalizando apenas os itens opcionais.
Os fornecedores e o seus canais de distribuição também
estão sofrendo perturbações, e estão se esforçando para
realinhar os seus portfólios. A receita dos serviços de cloud da
Amazon foi de US$ 2,6 bilhões em 2013, e deslocou mais de
US$ 13 bilhões de gastos em TI que teriam sido destinados a
fornecedores de infraestrutura tradicional e os seus canais.
A Business Defined IT vai precisar que os fornecedores
de infraestrutura ofereçam mais do que apenas a
infraestrutura. Eles vão precisar fornecer orquestração,
automação e integração em todos os seus produtos,
de modo que os CIOs possam se concentrar sobre os
resultados dos negócios. Não basta que os fornecedores
possam construir uma arquitetura maior, mais rápida
e mais barata. Eles também precisam proporcionar os
softwares de gerenciamento e de relatório, bem como os
serviços que dão suporte à Business Defined IT.
Já que a maioria das organizações de TI não contrata
desde 2008, essas equipes estão sobrecarregadas de
trabalho e não possuem elasticidade para implementar
novos softwares e processos. Os fornecedores e seus
parceiros de distribuição vão precisar suprir os serviços
para aliviar parte desse trabalho e tornar a TI capaz de
fazer a transição para o novo paradigma. Ambos precisam
estar dispostos a compartilhar o risco e trabalhar como
parceiros da TI ao longo dessa transformação. CIO
*Hu Yoshida é CTO Global da Hitachi Data Systems
www.cio.com.br
3
capa
4
Nuvem é
caminho
sem volta,
mas é
preciso
ajustar
processos
Para CIOs brasileiros,
na medida em que as
primeiras experiências de
cloud migram para o uso
ampliado, novas práticas
devem ser criadas
A
previsão de Nicholas Carr
começa a virar realidade. A cloud
computing avança e transforma a
tecnologia em uma utility, permitindo a
compra de recursos computacionais em
um modelo muito similar ao consumo de
energia elétrica.
O caminho em direção à nuvem parece
uma viagem inevitável, mas na medida em
que as primeiras experimentações migram
para o uso amplificado na corporação, fica
evidente que alguns processos precisarão
passar por ajustes para o conceito decolar
com mais força.
Para os CIOs brasileiros, cloud
computing também já é parte da
revisitação pragmática das atividades
www.cio.com.br
30-33_[04-07-CIO]_MATCAPA.indd 4
16/12/2014 13:27:59
CIO da Penske para América do Sul.
Os executivos participaram
de uma conversa na redação da
COMPUTERWORLD para debater
modelos de compra de Cloud Computing
e os desafios para gerenciar e orquestrar
o número de fornecedores que
inevitavelmente se alinham quando a
nuvem entra na ordem do dia corporativa.
Também participaram da conversa
Paulo Sgarbi, superintendente de sistemas
da HDI Seguros; Jayro Caner de Souza,
gerente de tecnologia da Coelho da
Fonseca; Osvaldo Rodrigues, CIO da
Tecnisa; e Fernando Donizeti, da Tibério.
Restrições de mercado
da TI, necessária para abrir caminho - e
tempo - para a inovação estratégica. 73%
deles, segundo a pesquisa IT Leaders
2014, estarão, nos próximos 12 meses,
ampliando ou ativando modelo de
aquisição e implementação de TI em
nuvem nas suas empresas. Mas ainda há
trechos da estrada a serem pavimentados.
“Os modelos ainda não estão totalmente
prontos”, diz Alexandre Dias, gestor de TI
do Hospital Santa Paula. Nesse contexto
entram questões relativas à infraestrutura,
precificação, amarração de contratos e
alinhamento junto a fornecedores.
“Vejo esse novo caminho sendo
construído a partir do momento que a
demanda vem”, adiciona Fabio Mazelli,
5
Em alguns casos, não basta o CIO estar
convencido que o caminho é para a nuvem.
Há toda uma questão de cultura e regras
que acometem algumas verticais e travam o
conceito. A HDI Seguros vive esse contexto.
A empresa não utiliza cloud especialmente
por conta das regras que regulamentam
o setor onde atua. “Ainda não temos
nada em nuvem”, revela Paulo Sgarbi,
superintendente de sistemas da companhia.
O executivo estuda provas de conceito,
sendo que o primeiro projeto pode vir
a partir da adoção de ferramentas de
correio eletrônico na nuvem. Ele vê,
ainda, a oportunidade de cloud viabilizar
o trabalho com grandes volumes de
informações. Nesse sentido, tecnologias
como big data são quase que inviáveis
de serem operacionalizadas apenas com
recursos locais.
Cultura corporativa
Um fator adicional a se considerar quando
o tema é cloud – pelo menos na percepção
de alguns líderes de TI interessados no
conceito – é o fato de que executivos
no comando de algumas empresas não
estão ainda totalmente convencidos dos
benefícios trazidos pela nuvem.
Esse cenário tende se transformar
na medida em que casos relevantes de
uso se massificam e as novas gerações
assumem o alto comando das operações.
“Com a chegada de líderes mais jovens
no comando das operações de empresas
www.cio.com.br
30-33_[04-07-CIO]_MATCAPA.indd 5
16/12/2014 13:28:00
capa
6
Os maiores
desafios
aparecem
depois da
primeira fase
de adoção da
nuvem e se
amplificam na
medida em
que as
companhias se
aprofundam
na implantação
mais tradicionais, a transformação será
de uma hora para outra”, acredita Jayro
Caner de Souza, gerente de tecnologia da
Coelho da Fonseca, acrescentando que
“precisamos considerar que o mundo se
adapta ao que existe”.
O caminho é a nuvem
Foi mais ou menos essa necessidade de
adaptação que impulsionou a Tecnisa
a adotar ferramentas em nuvem.
“Tínhamos um provedor que dava
muito problema e fizemos disso uma
oportunidade, nos preparando para ir
para outro patamar”, lembra Osvaldo
Rodrigues, CIO da construtora.
Há dois anos a empresa migrou seu
correio eletrônico para a nuvem e, em
pesquisa recente, a ferramenta foi “o
produto melhor avaliado internamente”,
revela Rodrigues. Na mesma época, o
executivo definiu um plano diretor no qual
a premissa para futuros investimentos em
tecnologia é ter a cloud computing seria
como primeira opção.
Atualmente a empresa também já
utiliza um sistema de gestão de carteira
de clientes (CRM) rodando em nuvem e
sustenta planos de levar o data center que
mantém na Avenida Faria Lima, em São
Paulo, também para a cloud.
O processo encontra-se em avaliação,
com definição prevista para o primeiro
semestre de 2015. “Mas ainda tem algumas
perguntas que precisam ser respondidas”,
diz Rodrigues, citando temas relativos a
precificação no modelo que ainda são um
tanto nebulosos.
Desafios pós-nuvem
Uma pesquisa divulgada pela CompTIA,
associação da indústria da tecnologia da
informação, revela que mais de 90% das
empresas dos Estados Unidos usam algum
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Da esq. para a dir.
no sentido horário:
Alexandre Dias, do
Hospital Santa Paula;
Fabio Mazelli, da
Penske; Jayro Caner
de Souza, da Coelho
da Fonseca; Felipe
Dreher, editor executivo
da Computerworld;
Renato Galisteu, da
T-Systems; Osvaldo
Rodrigues, da Tecnisa;
Paulo Sgarbi, da HDI
Seguros​; e Fernando
Donizeti, da Tibério
recurso em nuvem. O estudo, no entanto,
revelou que o caminho de adoção do
conceito não é fácil.
De acordo com o levantamento, 24%
das empresas que adotaram cloud
computing acabaram voltando para os
sistemas locais após um período. E mesmo
os usuários que evoluíram da fase de
“experimentação” para adotar aplicativos
mais avançados, também enfrentam
desafios posteriores.
A pesquisa indica que os desafios
maiores aparecem depois dos primeiros
estágios da adoção e se amplificam
radicalmente na medida em que as
companhias se aprofundam nas etapas
do projeto.
Complexidade só aumenta
Enquanto 28% das empresas disseram que
a transição da fase experimental para um
primeiro estágio de uso exigiu esforço
7
significativo, 63% das companhias que
completaram a transformação total da
TI garantem que a transição final é a que
apresenta o esforço mais significativo.
É fundamental considerar também que
ainda estamos no início da evolução do
mercado de cloud computing. A tendência
aponta para uma evolução gradativa do
conceito dentro das organizações. Inclusive,
com diferentes unidades de negócios dentro
de uma mesma empresa migrando para o
modelo a velocidades distintas.
De acordo com um relatório de 2013
da Forrester, 58% das empresas utilizam
mais de um fornecedor. A realidade é que
as companhias acreditam que precisarão
adotar plataformas multi-nuvem formando
uma teia complexa de provedores. Pelo
visto, novos desafios se desenham no
horizonte dos CIOs e só o tempo ajudará
a responder as questões que surgirem
durante a jornada. CIO
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opinião
Cel s o S o u z a*
Quanto vale a
sua informação
Garantir a proteção da informação é
um desafio diário, mas não impossível
V
8
*Celso Souza é COO da
Dinamo Networks
ivemos em um mundo competitivo,
marcado por constantes mudanças
e inovações. Hoje em dia, basta
apenas um segundo para uma empresa
perder a liderança de mercado por uma
falha em seu sistema de segurança. Nunca
foi tão verdadeira a premissa de que
uma informação estratégica, dentro da
corporação, é mais valiosa do que todos os
seus bens materiais somados.
Realizar uma gestão de riscos corporativos
e incorporar soluções de segurança em todos
os processos são, portanto, ações essenciais
para proteger a imagem de uma companhia e
garantir o seu crescimento.
Um estudo da consultoria IDC estima
que o custo das empresas brasileiras para
diminuir os estragos causados pelo roubo
de dados será de US$ 5,6 bilhões em 2014.
Já um levantamento da Symantec apontou
o Brasil como o país da América Latina
que mais sofreu ataques cibernéticos em
2013. Os números assustam e revelam que,
apesar de há muito debatida, a segurança da
informação ainda é vista como uma despesa
e não como um componente essencial na
estratégia de negócios de uma companhia.
Um dos métodos que pode auxiliar os
empresários a reverter esse cenário, e
que tem sido cada vez mais adotado no
mercado, é a criptografia. Utilizada desde a
antiguidade para garantir a privacidade das
comunicações militares, a técnica protege
as informações transmitidas e armazenadas
por meio da codificação, ou seja, ela
“embaralha” o conteúdo da mensagem, de
modo que ele só possa ser lido por quem
?
tem a chave correta para “desembaralhá-lo”.
A cobertura da proteção é extensa: senhas,
dados financeiros, backup, devices, e-mails,
transações bancárias, entre outros. Além
disso, a criptografia pode ser usada tanto para
proteger dados armazenados (no computador,
celular ou na nuvem) como informações
transmitidas pela rede, com ou sem fio.
Outro ponto a ressaltar quando
discutimos proteção de dados é a
importância do estabelecimento de uma
política interna de segurança voltada a
funcionários e parceiros. Pesquisa realizada
pela PwC Brasil com 9.600 companhias,
700 delas brasileiras, revelou que a maioria
dos entrevistados atribui incidentes de
segurança a “inimigos” internos conhecidos,
como funcionários ativos (31%) ou
ex-funcionários (27%).
Além disso, os registros de funcionários
(35%) e de clientes (31%) lideram a lista de
categorias de dados comprometidos no
levantamento. É necessário que a empresa
invista em treinamentos educacionais, visando
mostrar ao usuário como utilizar os recursos
tecnológicos de forma segura e eficaz.
Vale ainda implementar medidas que
controlem atividades que possam expor dados
confidenciais a pessoas não autorizadas.
Regras para armazenamento, impressão e
encaminhamento de documentos digitalmente
são alguns exemplos.
Garantir a proteção da informação é um
desafio diário, mas não impossível.
O segredo é estar atento às mudanças que
ocorrem no mercado e à chegada de novas
tecnologias. CIO
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